De nada adiantam. Para aferição de desempenho chegavam, então, as provas. Mais um recuo por demais evidente, para alívio de todos os que andavam com receio dos exames e desataram a espernear.
O Ministério introduziu o exame de 6.º ano. Quanto vai valer na nota final?
Para já vai ter um peso de 25 por cento para a nota final, durante um período inicial, enquanto a medida e o seu impacto estiver sob análise. Quando se introduziu exames no 9.º também começaram por valer 25%. Para avaliar a resposta dos alunos, dos professores, o impacto que tem na avaliação e aprendizagem dos alunos. É o primeiro ano e vamos começar com peso mais moderado e depois teremos possibilidade de incrementar ou não essa ponderação para a nota final.
Esse peso na nota final não dá para passar ou chumbar de ano…
Não introduz diferenças, mas ajuda que professores e alunos trabalhem para uma meta clara, tendo consciência que, mesmo que a nota final não seja determinada pela prova de avaliação externa, para todos os efeitos tem o seu peso. Já existe aqui um elemento de avaliação externa comum todas as escolas. O segundo aspecto é que, mesmo não contando, estamos a habituar os alunos a trabalhar sendo avaliados. A ideia de que o nosso trabalho é submetido a avaliação e que nos devolve, sob a forma de resultados, quais as áreas em que o aluno está a aprender o que é suposto ou onde apresenta dificuldades, é também muito importante. É um excelente momento para detectar a nivel nacional quais as áreas em que há mais dificuldades. É bom para o professor, para determinar o plano de trabalho mais adequado àquela turma, como é útil para o sistema educativo.
Se bem repararmos, esta segunda resposta é redondinha, faz pirueta sobre si mesma e roda a 720º.
Do exame fica o nome. Ou seja, as provas de aferição passam a contar 25%, o que de nada adianta em termos práticos. Um elemento comum de avaliação (com o nome de aferição) já existia. Isto é eduquês puro, na variante do vazio de conteúdo recoberto com excesso de conversa.
O que diria Nuno Crato há uns meses se lesse uma resposta destas?
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Setembro 22, 2011 at 4:34 pm
Ou seja ao aluno acontece nada se tiver um!!!
O Crato nada diz porque nada sabe.
Setembro 22, 2011 at 4:39 pm
Se for com 5 ou 4 desce um nível, mas nunca chumba se for com positiva.
Setembro 22, 2011 at 4:40 pm
Desiludida! Sem palavras…
Setembro 22, 2011 at 4:45 pm
Continua de desilusão em desilusão … até à identificação plena com os ministérios da D. Lurdes e Isabel Alçada.
O que será que são obrigados a snifar quando entram para o ministério da educação?
Setembro 22, 2011 at 4:46 pm
Tanta conversa fiada e no fim acaba tudo a dar “beijinhos”.
O Crato deve andar mal rodeado e não está a ter pedalada.
Setembro 22, 2011 at 4:47 pm
Sequência dos acontecimentos:
1. Nuno Crato é nomeado ministro e, de imediato, recebe os aplausos da comunidade umbiguista porque vai, finalmente, acabar com o eduquês e, esperava-se também, com o sindicalês;
2. Nuno Crato nomeia Isabel Leite para secretária de Estado do Básico e Secundário;
3. Isabel Leite, pouco depois, mostra-se mais “eduquesa” do que os “eduqueses” que Nuno Crato queria liquidar em definitivo.
4. Nuno Crato está a ser vítima de uma terrível conspiração (veja-se o episódio da DGRHE) e vai, provavelmente, nomear um secretário de Estado de inteira confiança.
Mas quem?
Setembro 22, 2011 at 4:51 pm
Que peso têm os exames de 9º ano na nota final?
Setembro 22, 2011 at 4:52 pm
Vantagem:os exames serão elaborados por entidade exterior ao M.E.
Setembro 22, 2011 at 4:54 pm
Minha opinião: não há mudanças de 180º, mas não é tudo mau. Há alguma mudança.
Setembro 22, 2011 at 4:54 pm
O vídeo da entrevista já está no youtube:
Entrevista a Isabel Leite (Secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário)
Setembro 22, 2011 at 4:56 pm
#8:
Vantagem?
Vou estar cá para me rir…
Criar um GAVE privado? Que vai levar o triplo do dinheiro (no mínimo)?
Não me façam rir: o dinheiro para a chulice acabou.
Setembro 22, 2011 at 4:58 pm
#5:
Quando é que param de desculpabilizar o Nuno Crato?
Um chefe é a cara das suas medidas e da sua equipa.
PONTO FINAL
Setembro 22, 2011 at 4:59 pm
O MEC está com medo dos resultados nos exames.
Exames da treta só servem para convencer ainda mais os alunos da facilidade da vida.
Setembro 22, 2011 at 5:00 pm
O objectivo do Centrão é só um:
Acabar por partir o pescoço aos professores!.
Setembro 22, 2011 at 5:05 pm
#8 Reb:
Vantagem? Mas qual vantagem? O outsourcing na educação vai ter o mesmo resultado que teve em todos os outros sectores. Em termos financeiros, vai sair mais caro. Em termos da natureza/dificuldade dos exames, vai fazê-los de acordo com a “encomenda” do MEC.
Respondendo à outra questão: o peso dos exames de LP e MAT, no 9.º ano, é de 30%.
Setembro 22, 2011 at 5:05 pm
#13:
Para se fazer alguma coisa de jeito na Educação é preciso dinheiro, a questão é que o dinheiro não há porque foi todo torrado em betão e luvas!
Os professores deviam ter uma visão abrangente – não leiam o artigo seguinte que não é preciso!
Onde pára Paulo Campos?
22 Setembro2011 | 10:58
Pedro Santos Guerreiro – psg@negocios.pt
Pára no Parlamento. Está na oposição. Mas fala como se ainda estivesse no Governo. Porque precisa de defender aquilo que alimentou: o monstro das estradas.
Paulo Campos foi um homem essencial a José Sócrates, na sua política, nas campanhas e no financiamento delas. Deixou obra feita, algumas com inaugurações estranhamente milionárias e um escandaloso Aeroporto de Beja. Sobretudo: foi o grande actor das concessões de estradas. Mas este editorial não é sobre o homem: já perdeu umas eleições e ganhará outras. Paulo Campos é apenas uma pessoa errada. Cometeu erros que deixam um custo brutal. Aliás, era só fazer as contas. Quando as fizemos, fomos desmentidos.
Um desses muitos desmentidos que o tempo clarificaria foi há mais de três anos. A 24 de Julho de 2008, ninguém falava do Lehman Brothers, o mundo ainda não tinha mudado. Mesmo nessas condições, uma investigação conjunta do Negócios e da Antena 1 concluía, em manchete, que as “estradas de Sócrates” não eram rentáveis; o investimento nunca seria recuperado e, em vários casos, nem sequer a operação seria lucrativa.
O contra-argumento do Governo era o suposto “keynesianismo”: o investimento público traria emprego e crescimento. Além disso, combatia-se a interioridade e acidentes de viação. E o valor económico das externalidades ambientais e de desenvolvimento compensaria. Com o IRC dos lucros das empresas que iriam florescer à volta das estradas, a conta seria paga.
Estes argumentos não são idiotas. Se o Estado só investisse no que dá lucro, nem bancos de jardim haveria. Mas naquela altura, com uma dívida pública ascendente e já reconhecidamente desorçamentada, sem a economia a crescer e com juros a subir, era uma loucura. Foram escritos milhares de editoriais sobre isso. Debalde. Ficou um “buraco” de 400 milhões por ano, de 2014 até 2030.
Os dados são da Inspecção-geral de Finanças. Esta semana, na Assembleia, Paulo Campos continuava a defender as suas estradas. Devia pedir desculpa: tem uma pegada fiscal gigantesca.
A Estradas de Portugal era um bicho complicado, nascendo de uma Junta Autónoma imersa em dívidas e suspeitas de corrupção. A sua renovação e modelo de financiamento pretendiam dar-lhe respeito e equilíbrio (e, suspeito, desorçamentação). O respeito foi conseguido, o equilíbrio não. A EP é um fracasso. Dá lucro financiado pelos impostos das gasolinas mas não tem dinheiro para pagar dívidas, que aliás não consegue refinanciar. As sete “estradas de Sócrates” (que chegaram a ser doze, mas algumas ficaram pelo caminho, como a sinistra concessão do Centro) estão ainda a ser construídas.
Juntando à factura destas concessões os encargos com as SCUT e com as PPP, explica-se grande parte do drama português. O “betão” começou com Cavaco, as PPP com João Cravinho (que as fez especialmente ruinosas), a demência final com Paulo Campos. As estimativas de tráfego saem furadas. Os bancos estrangeiros saltam dos contratos de financiamento, que foram sobrando para a Caixa. E os privados pedem compensações ao Estado.
Temos infra-estrutras do melhor, o que não temos é dinheiro. As estradas foram parte de um modelo de desenvolvimento que aproveitou às concessionárias. Do crescimento económico, ficaram as dívidas.
Primeira página de 24 de Julho de 2008: o Negócios e a Antena 1 publicam uma investigação aos números do próprio Governo que mostra que o défice das estradas que estavam então a ser lançadas era inevitável. O Governo desmentiria as conclusões. Segundo o relatório da IGF agora revelado, as concessões (que ainda estão a ser construídas) terão em “cash-flow” negativo anual de 400 milhões de euros, entre 2014 e 2030.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=507473
Setembro 22, 2011 at 5:07 pm
Exames? Nope!
Parecem mas não são.
Setembro 22, 2011 at 5:12 pm
#0:
Exames fofinhos Paulo G?
Não te preocupes: qualquer passamos para passagens administrativas…
O Centrão torrou o dinheiro todo! Exames? Qualquer dia nem dinheiro tem para o papel onde eles são impressos…
O Paulo Morais está errado: eles não estão a derreter o nosso dinheiro – estão numa de vaporização!
Corrupção
Paulo Morais: Impostos que os portugueses pagam estão a “derreter” em mecanismos
22 Setembro 2011 | 12:46
Lusa
O vice-presidente da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, afirmou hoje que grande parte dos impostos que os portugueses pagam estão a “derreter” em mecanismos de corrupção. Veja aqui o vídeo.
“Grande parte dos cerca de 80 mil milhões de euros que o Estado gasta por ano é derretido em mecanismos de perfeita corrupção, alguns dos quais são bem conhecidos”, salientou Paulo Morais, em entrevista à agência Lusa.
Segundo Paulo Morais, “bastará focar o aspecto das parcerias público-privadas”, nomeadamente a renegociação com as concessionárias das antigas SCUT, que fez com que os portugueses passassem a pagar duplamente mais: em portagens e em impostos para pagar auto-estradas que vão ficar ainda mais caras.
O professor universitário de estatística e ex-vice-presidente da Câmara do Porto classificou o exemplo das SCUT “claramente um caso de prejuízo com dolo do Estado português por parte de um conluio entre quem negoceia em nome do Estado e os concessionários que obtiveram a concessão”.
“Através de um mecanismo pomposa e eufemísticamente chamado de disponibilidade diária das estradas, garantir rentabilidades da ordem dos 14, 15 por cento dos concessionários sobre preços que, por sua vez, já eram elevados, independentemente do tráfego, é perfeitamente inadmissível”, considerou.
Para Paulo Morais, a eventual cessação das novas condições acordadas para as ex-SCUT “é uma questão que tem de ser tratada com urgência, porque por cada mês que passa são milhões de euros que o povo português perde para pagar a uns senhores que conseguiram, à custa da conivência de pessoas no Estado, garantir rendas verdadeiramente obscenas”.
O vice-presidente da secção portuguesa da Transparência Internacional voltou a acusar a classe política portuguesa de se ter transformado numa “mega central de negócios”, onde reina a promiscuidade entre pessoas que, alternadamente, são titulares de cargos públicos e administradores de grupos empresariais fornecedores do Estado.
“Não faz sentido que os portugueses paguem tantos impostos. Não faz sentido que uma pessoa que leva no fim do mês 700 e tal euros para casa custe à sua empresa, por uma questão fiscal, 1.600”, defendeu.
Segundo Paulo Morais, a diferença entre o custo real do trabalhador e o salário que recebe vai em parte para serviços que os cidadãos utilizam, mas também “vai muito dele para mecanismos de corrupção”.
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=507503
Setembro 22, 2011 at 5:14 pm
# 12 Concordo plenamente.
Olhem para o que o Sr. ministro anda a fazer e não para o que ele dizia antes de ser ministro. Pois parece que o que era já não é.
Setembro 22, 2011 at 5:15 pm
Desculpem o bold com fartura…
E ainda tenho de aturar com CAMELOS…e BURACOS PONTUAIS – será que não são CRATERAS?
Setembro 22, 2011 at 5:16 pm
“É bom para o professor, para determinar o plano de trabalho mais adequado àquela turma, como é útil para o sistema educativo.”
Qual plano? No final do ano?
Setembro 22, 2011 at 5:19 pm
#16
Pegada fiscal?
Gostei! 🙂
Setembro 22, 2011 at 5:20 pm
#21:
A mulher anda ao papel, tal qual o NC:
Não sabe o que diz, nem sequer o que fala…
Esqueçam:
Ainda por cima – trabalhar das 9 às 9?
Como eu fiz muitas vezes, nã!
Nã! Que se cansam…
ESQUEÇAM!
Setembro 22, 2011 at 5:23 pm
.
O que diria Nuno Crato há uns meses se lesse uma resposta destas?
Esta é uma boa pergunta para alguém lhe colocar.
.
Setembro 22, 2011 at 5:26 pm
Passado o “estado de graça” é tempo de clarificação:
http://www.pcp.pt/pcp-divulga-diversas-iniciativas-sobre-educa%C3%A7%C3%A3o
Setembro 22, 2011 at 5:31 pm
E o que acontece às provas de aferição do 4º ano???
Fica tudo igual?!?
Setembro 22, 2011 at 5:45 pm
Peso mais moderado, incrementado e ponderado, noves fora nada.
Setembro 22, 2011 at 5:46 pm
Entrevista a Isabel Leite
http://tv1.rtp.pt/antena1/index.php?t=Entrevista-a-Isabel-Leite.rtp&article=4022&visual=11&tm=16&headline=13
Setembro 22, 2011 at 5:48 pm
Quem é que deu estas respostas? Não vêem que, com exames a valer 25%, o que os alunos aprendem logo é que não são para levar a sério?
Que não vale a pena esforçarem-se?
Quem decide isto não deve dar aulas há muito tempo, ou nunca as deu, ou não faz a mínima ideia de como é a natureza humana… (ou as três hipóteses juntas, para rematar o comentário em beleza)
Setembro 22, 2011 at 5:48 pm
A máquina acaba sempre por normalizar os mais atrevidos. Crato não terá implodido? Já encontraram a caixa negra?
Setembro 22, 2011 at 5:48 pm
Provavelmente o ministro está em prisão domiciliária, proibido de falar aos jornalistas.
Setembro 22, 2011 at 5:48 pm
Os exames são muito, muito fofinhos: quem for com 2 e tirar 4, passa, mas quem for com 3 e tirar 1, passa na mesma.
Setembro 22, 2011 at 5:52 pm
Completamente imbecil:
Tem sido muito criticado o facto de a nota de Educação Física no Secundário contar para a média de acesso ao ensino superior. Pondera alterar isto?
Acho que tem de ser reanalisado. Se pensarmos num aluno que quer prossguir estudos numa área como medicina, economia ou engenharia, temos de considerar se é justo, correcto e se faz sentido. É importante ter prática desportiva para quem quer seguir essa via e para criar hábitos de vida saudáveis, o desporto deve fazer parte do nosso quotidiano. Se deve ou não determinar o nosso futuro, do ponto de vista do percurso escolar, acho que tem de ser pensado.
Isto vai prejudicar mais alunos do que aqueles que vai beneficiar.
Então porque não se deita fora a pior nota do secundário?
A senhora não sabe matemática?
Setembro 22, 2011 at 5:52 pm
#5- é verdade. Mas era suposto o Nuno Crato ter coluna vertebral tão … elástica?
Setembro 22, 2011 at 5:55 pm
Ups! # 34 é para #12 e não #5. 🙂
Setembro 22, 2011 at 5:58 pm
Os exames do básico, tal como estão, terão sempre um número elevado de classificações negativas. Qual a motivação de um aluno, com nível 2 de classificação interna, para o estudo?
Note-se que no secundário, quando os alunos têm classificação interna negativa, vigora a nota de exame (vão como externos).
Sabendo que a matemática uns 30% vão com 2 a exame, estamos a falar de uma fatia significativa dos alunos que vão “queimar” a escola/professor.
Para os alunos sentirem os exames como algo importante, com impacto na sua vida escolar, seriam necessárias duas condições:
– A nota de exame sempre que fosse acima da interna, substituiria esta. Constituindo uma motivação extra para os alunos.
– Os resultados do exame, constituiriam uma das formas de selecção dos alunos no acesso aos 7.º e 10.º anos.
Setembro 22, 2011 at 5:58 pm
Teste de diagnóstico – escreve na forma de potência : 7x7x7 R: 7/3
(alunos de 6º ano que foram meus no 5º – e eu sei o que ensinei! e este aluno teve 4!)
Setembro 22, 2011 at 6:02 pm
#33
Claro! O professores ganham todos o mesmo e têm o mesmo horário, logo as disciplinas terão de se considerar todas iguais ou equivalentes…
Setembro 22, 2011 at 6:07 pm
#32
Quem for com 1 e tirar 5, chumba na mesma (2,00).
Teria que tirar uma classificação fora da escala para passar, 7 (NF=2,50).
Setembro 22, 2011 at 6:13 pm
36…
“Para os alunos sentirem os exames como algo importante, com impacto na sua vida escolar, seriam necessárias duas condições:
– A nota de exame sempre que fosse acima da interna, substituiria esta. Constituindo uma motivação extra para os alunos.
– Os resultados do exame, constituiriam uma das formas de selecção dos alunos no acesso aos 7.º e 10.º anos.”
Eu acrescentaria outros incentivos, mas fora da escola. Há muitos alunos que praticam futebol ou outras modalidades em clubes locais. Os dirigentes desses clubes deveriam trabalhar em coordenação com as escola e fazer depender certas regalias e benefícios, dentro do clube, dos resultados escolares dos jovens atletas.
Exemplo, um só poderia ser o capitão da equipa se tivesse positiva a todas as disciplinas, ou se tivesse positiva nos exames finais de ano. Em caso de haver dois ou três com iguais hipóteses de ser o capitão da equipa, seria escolhido o que tivesse melhores resultados escolares. Nas deslocações ao estrangeiro, não participariam os que tivessem mais de um certo número de negativas, etc.
Creio que é uma boa proposta.
Setembro 22, 2011 at 6:18 pm
#40
Já há clubes desportivos que acompanham os resultados dos alunos. Isso vê-se nas novas gerações de atletas de alta competição/clubes profissionais.
Setembro 22, 2011 at 6:31 pm
41: ótimo. Mas essa prática deveria ser generalizada para todos, mesmo os que não são de alta competição…
Setembro 22, 2011 at 6:45 pm
Uma das características do discurso eduquês é a indefinição do sujeito das frases. Às tantas já não se sabe se se está a falar dos professores, dos alunos ou do próprio ministério. Já naõ se sabe muito bem qual é o ator do processo ensino-patinagem a que se referem as obrigações, ou os deveres, ou as vantagens, ou seja o que for de que se está a falar.
Fica tudo a pairar lá no ar, sem ninguém arcar com o peso das responsabilidades.
Mas afinal esta treta indefinida, este discurso nebuloso e manhoso, está bem de acordo com l`air du temps, e convém a muita gentinha que governou o país nos últimos anos…
Setembro 22, 2011 at 6:56 pm
O problema não é tanto dos exames, da sua maior ou menor quantidade, do seu maior ou menor rigor ou peso. O problema está aquém ou para além disso: é sistémico.
Temos um sistema de ensino construído a pensar não na qualidade das aprendizagens, não para os alunos saberem e gostarem de pensar – mas obsecado e sufocado por uma lógica cumulativa, seja nos currículos (tão generalistas e “universais” que as disciplinas “acotovelam-se” e sobrepõem-se umas às outras), seja nos programa (organizados mais em extensão do que em compreensão), seja no dimensionamento (a tendência mega, para a escola-fábrica desumanizada e desterritorializada).
Com esta concepção de ensino, os exames acabam, muitas vezes, por acentuar aquela lógica perversa, ora por excesso (quando tendem a constituir-se como um fim em si mesmos, subsumindo o processo: uma “examocracia”), ora por defeito (caucionando o próprio sistema, através do “sucesso estatístico”, que confirma apenas a inconsistência do processo).
Num ensino preocupado e centrado na qualidade das aprendizagens, a obrigatoriedade de exames no fim de cada ciclo de ensino seria vista como um coisa normal, sendo estes encarados como um instrumento de aferição e de controle, constituindo uma orientação para educadores e educandos.
Setembro 22, 2011 at 7:14 pm
.
Eu tenho que sair em defesa desta medida…
Então vocês não vêem que se os exames contassem mesmo, os alunos ainda ficavam traumatizados para o resto da vida?!
E nós não queremos alunos traumatizados, pois não??
.
Setembro 22, 2011 at 7:16 pm
#37
A colega não acha que isso é uma pergunta muito difícil para fazer à criança?
😛
Setembro 22, 2011 at 7:19 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2011/09/22/o-merito-da-monotonia/
Setembro 22, 2011 at 7:36 pm
#45
“E nós não queremos alunos traumatizados, pois não??”
Resposta: Não, nós queremos jovens adultos traumatizados.
Depois de sairem desta escola a fingir, quando caem na real, na vida ativa, coitados…não aprenderam a lidar com a frustração, não aprenderam a ler nem a escrever como deve ser, não aprenderam quase nada. Depois a escola da vida tira-lhes as peneiras. Sei de cada caso…
Setembro 22, 2011 at 7:54 pm
#48
E hoje em dia não são quase todos assim?
O problema é que já nem é a escola da vida que lhes tira as peneiras, uma vez que há pais que fazem questão de fazer tudo aos filhos…
Agora a propósito da entrada para a universidade, até os há que se dão ao trabalho de fazer centenas de quilómetros só para ir ensinar como se lava a roupa…
Setembro 22, 2011 at 8:00 pm
Turmas de 26??? Eu fui corrido a turmas de 28 e há escolas com casos de 29. Foi a moribunda DREN a obrigar a direcção da escola a associar turmas mais pequenas, sem mais aquelas. Depois admirem-se, com as tais metas e coiso e tal e blablabla.
Setembro 22, 2011 at 11:13 pm
O Nuno Crato já foi para o governo sem uma única ideia sobre nada. Ponto final. Está liquidado.
Setembro 23, 2011 at 12:08 am
[…] E, em matéria de luta contra o famigerado «eduquês», pode-se dizer que de cada cavadela só sai uma reles minhoca. […]
Setembro 23, 2011 at 12:16 am
Estes exames apenas vão servir para avaliar e desacreditar os professores. Se tiverem um certo grau de exigência, as notas serão baixas e não se poderiam aguentar tantos chumbos. Os alunos passam à mesma e os professores chumbam.
Setembro 23, 2011 at 1:22 pm
Veem (novo acordo!) porque é que eu como prof. do 8º. escalão fiquei contente ao saber que o “topo” não seria avaliado? Mas há alguma coisa que se aproveite, nisto tudo? É tudo a fazer de conta…logo, o não avaliar o topo seria pelo menos claro, sem faz de conta. Sugiro que se acabe de vez com os exames e com os chumbos! Se tanto passa assim, como assado, então acabe-se de vez com o chumbo e com o faz de conta.
Setembro 23, 2011 at 1:25 pm
Não gosto do novo acordo.
“Veem”????????