Relembremos que é o mesmo que fez uma comunicação toda institucional por causa de uns rendilhados no Estatuto dos Açores…
Tribunal de Contas detecta novo buraco de 220 milhões na Madeira
O Tribunal de Contas está a investigar um novo buraco de 220 milhões de euros nas contas da Madeira. Esse é o montante de um recente empréstimo contraído pela Empresa de Electricidade que o governo de Alberto João Jardim desviou para pagar despesas de funcionamento.
Configurará ofensa de alguma gravidade dizer que o comportamento do PR (em, tempos o senhor Silva nas palavras do bonzo) é, neste caso e perante o povo português, de uma assinalável falta de coragem política e de aparente cedência a interesses político-partidários?
Que segredos explicarão tantos e tão longos silêncios, de tanta gente?
Setembro 20, 2011 at 10:26 am
#0
Estatuto dos Çaores – não conheço 😉
Setembro 20, 2011 at 10:41 am
O Presidente foi à terapia da fala.
Setembro 20, 2011 at 10:49 am
Até ao momento ainda não percebi porque é que o governo/MF não pediu ainda a todas as câmaras, regiões autónomas etc., as contas de todas as empresas com capitais públicos regionais e municipais.
As contas das empresas regionais seguem o POC e por conseguinte têm as responsabilidades para com terceiros registadas (banca, fornecedores, etc.) como qualquer outra empresa portuguesa assim como as garantias e avales dados/recebidos.
A desculpa apresentada é que contabilização é feita na óptica da contabilidade pública – só se regista quando se paga o torna a dita contabilidade pública uma anedota, pois na realidade mais não é que um mero registo dos movimentos de tesouraria/caixa (recebimentos e pagamentos).
A contabilidade deve registar todo o movimento de tesouraria bem como todas as despesas e receitas, custos e proveitos, débitos e créditos, bem como as responsabilidades assumidas perante terceiros com base em avales, garantias, etc. – Se a contabilidade pública não o espelha e a contabilidade nacional sim então acabe-se com a contabilidade pública pois esta mais não é do que um mero registo de tesouraria e chamemos-lhe isso mesmo.
Todas as empresas são obrigadas a registar na sua contabilidade todos os movimentos acima referidos com impacto na realidade da empresa, o estado devia seguir a mesma óptica, mais deveria ter as contas prontas ao mês tal com as empresas financeiras e as empresas não financeiras mas que por efectuarem o apuramento do IVA Mensal também o são obrigadas a fazer.
Não peço que o estado copie a contabilidade do merceeiro da esquina com o seu caderninho do Deve e Haver mas no entanto tenho a certeza que a Troika tem pena que esse caderninho não exista.
Setembro 20, 2011 at 11:15 am
A Agência de rating “Fucked and Poor’s” já baixou a cotação do emplastro presidencial Cavaco de “DDD” para “D”:
“Desistam que está quase morto”.
Setembro 20, 2011 at 11:50 am
nao votaste nele?
agora aguenta
Setembro 20, 2011 at 11:52 am
não parece um buraco para proveito próprio, ao contrário dos que por aqui abundam e se passeiam pelas capas dos jornais.
Setembro 20, 2011 at 11:59 am
Há pouco estava (perdido?) no Feicebuque.
Setembro 20, 2011 at 12:59 pm
Relata-se que quando Nikita Krutchev foi empossado secretário-geral do Politburo, após a morte de Estaline, fez o discurso da tomada de posse criticando o legado estalinista. A critica persitente levou a que um elemento da assembleia se indignasse, perguntando:”E onde estava o camarada quando Estaline era vivo, nunca tendo ouvido essas criticas?”.
Nikita respondeu:”Estava aí no teu lugar, em silêncio, como vais estar.”
Setembro 20, 2011 at 2:49 pm
Expliquem-me lá o que é que o maluco da ilha anda a fazer de diferente do insistentemente recomendado pelo BE e PCP?
Investimento público à tripa forra. SNS e Educação a pagarem tudo e mais alguma coisa.
Combate ao desemprego (emprego no estado para todos).
Crescimento maior do que no continente.
ADD com bom garantido por decreto.
Tudo diferente da Grécia como desejam o camarada secretário geral e o xico, e ainda por cima tem estas melgas a zunir às orelhas.
Vida de cão, é o que é.
Setembro 20, 2011 at 2:57 pm
o jardim de certeza que tem fotos de 99% dos politicos cubanos cm gajas em cenas escaldantes e por isso ficam caladinhos..nao encontro mais nenhum motivo.
Setembro 20, 2011 at 2:59 pm
Cavaco traça rasgados elogios a Alberto João Jardim
http://www.tsf.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=913948&page=-1
Setembro 20, 2011 at 3:03 pm
Para ter Presidentes da Republica inoperantes (alguns verbos de encher) e ligados a partidos políticos, mais vale e é mais honesto, mais simbólico e mais sólido da nação como um todo ter isto. Ao menos que a portugalidade não seja apanágio dos cobardes e dos arreadores de calças crónicos:
Setembro 20, 2011 at 3:21 pm
Pergunta prévia: “Alguma vez precisámos de algum?”
Setembro 20, 2011 at 5:51 pm
A minha teoria pode ser ingénua, mas é uma como outra qualquer:
afinal, toda a gente sabia do buraco na Madeira, ao que se diz. As eleições lá são, salvo erro a 9 de outubro.
O que se faz para não tirar o tapete à força toda a AJJ?
Anuncia-se, a 3 semanas das eleições, o descalabro madeirense na esperança que AJJ se demita e outro avance, não perdendo o PSD mas afastando-se o incómodo AJJ.
Setembro 20, 2011 at 6:03 pm
pronto o Homem já falou à Nação
agora é so pegar no oráculo de Delfos para decifrar a mensagem
ps- sera que ele se acha incoerente?
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=288430
Setembro 20, 2011 at 6:37 pm
Chiça com um rei desses antes o anarquismo!!!
Setembro 20, 2011 at 6:37 pm
“Satélite vai cair na Terra entre quinta e sábado em local desconhecido” (Público).
Se cair no(s) buraco(s) da Madeira, será absorvido e não fará estragos. 😀
Setembro 20, 2011 at 6:53 pm
A Madeira deixou de ser uma ilha.É um queijo flamengo,de tanto buraco ter.
Ele é viadutos ,túneis em tudo o que era montanha,teleféricos,estradas com diferentes cotas,etc
Grande Alberto.
Setembro 20, 2011 at 7:05 pm
#0-Num quadro de Goya?
À senhora,vi-a numa obra da Paula Rego.
Setembro 20, 2011 at 7:15 pm
Grande Vítor malheiros!
-feira, Setembro 20, 2011
O grande buraco, as dúvidas e as certezas
por José Vítor Malheiros
Texto publicado no jornal Público a 20 de Setembro de 2011
Crónica 38/2011
Ofereço um Bugatti Royale a todos os que tenham ficado surpreendidos com a dívida da Madeira
Apesar das dificuldades orçamentais, às vezes consegue-se fazer uma flor usando um pouco de imaginação e foi o que decidi fazer hoje. Esta semana, seguindo o exemplo de Oprah Winfrey, que gosta de oferecer automóveis aos espectadores do seu programa de televisão, esta crónica oferece um Bugatti Royale a cada um dos portugueses que tenha ficado genuinamente surpreendido com o buraco descoberto na Madeira.
Eu sei que a Bugatti só fabricou seis Royales, que o valor de cada um é de dezenas de milhões de euros, que pertencem a coleccionadores que não os querem vender mas, mesmo assim, esta é uma daquelas promessas que posso fazer com absoluta segurança.
Se tenho receio de que o prémio seja reclamado pelo Banco de Portugal ou pelo Tribunal de Contas? Pelo Presidente da República ou pelo primeiro-ministro? Por algum dirigente do PSD ou do PS? Pelo Procurador-Geral da República? Pela inspecção-geral de algum ministério? Por algum deputado da Assembleia da República ou da Assembleia Regional? Não tenho.
É verdade que há uma coisa que não se sabia a propósito do buraco de Jardim: ninguém sabia que a quantia relativa a 2008, 2009 e 2010 era de 1.113,3 milhões de euros e que só de 2011 já se encontraram mais 568 milhões de euros, mas isso também ainda não se sabe hoje. Estes são números provisórios que poderão ainda crescer ou – caso o escândalo nacional e internacional cresça de forma desmesurada – poderão ver o seu crescimento absorvido por operações de engenharia financeira criativa.
O que se sabe hoje é exactamente o que sempre se soube: que Alberto João Jardim se marimba para as leis da República, trata como coisa sua os bens públicos cuja gestão lhe foi confiada, escarnece da democracia, ri-se dos portugueses em geral e trata os madeirenses como seus vassalos. Mas, como ganha eleições, a sua prepotência e a sua gestão autoritária sempre foram vistos com um terno olhar benevolente pelo PSD – com escassas excepções, como alguns momentos de Marques Mendes. (Não se lembram da rigorosa Manuela Ferreira Leite, há dois anos, a elogiar a Madeira como o exemplo de “um bom governo do PSD”?)
Por outro lado, como Jardim é arruaceiro e malcriado, os sucessivos Governos sempre evitaram o confronto aberto. Será uma surpresa que, perante um governante sem escrúpulos, a quem se desculpam sempre os atropelos, se descubra que este continuou a prevaricar?
Há outra surpresa que não vai existir: o resultado das eleições regionais. Alvo da crítica nacional, os madeirenses vão voltar-se para Jardim como os cavalos que se refugiam na cavalariça em chamas. Jardim é tudo o que conhecem. Afinal, o homem endividou-se para fazer obra, que raio!
Há uma outra coisa de que podemos ter a certeza: o falso consenso de condenação a Jardim vai durar pouco. Pedro Passos Coelho vai continuar a disfarçar, dizendo que a dívida “não tem compreensão” (para não dizer que não tem justificação ou que é um caso de polícia, como devia), as instituições que deveriam ter controlado a Madeira vão dizer que chamaram a atenção, a oposição vai indignar-se mas o Rei Momo vai continuar a fazer das suas, inimputável, enquanto nós pagamos o bilhete para o ver actuar todos os dias. Aposto mais um Bugatti.
Agora que o buraco da Madeira tem um número há, porém, algo que importa saber – como importa saber, aliás, a propósito da República no seu todo: para onde foi o dinheiro? Que obras se fizeram com estes milhões que nenhuma das instituições de controlo e fiscalização deu pela sua presença? Qual a base legal dos acordos secretos com empreiteiros? Como foram escolhidas estas empresas? Será que agora, que vamos ter de pagar com o dinheiro que não temos, nos podem explicar aquilo que a lei e a decência exigiam que nos explicassem mesmo que houvesse dinheiro?
Setembro 20, 2011 at 7:47 pm
Um tijolo é um tijolo.
Nasceu tijolo, é tijolo, morrerá tijolo.
Setembro 20, 2011 at 10:35 pm
Mas nós temos PR? Ainda não me tinha apercebido…
Setembro 20, 2011 at 11:00 pm
Eu não pago o buraco da Madeira
8:15 Segunda feira, 19 de setembro de 2011
Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os madeirenses ostentarem os atuais privilégios. Convém lembrar que os madeirenses pagam impostos muito mais baixos. A taxa máxima de IVA, por exemplo, está apenas nos 16%. Perante isto, não é justo pedir mais dinheiro às pessoas do continente. Não é justo. O buraco escavado por Alberto João tem de ser coberto, em primeiro lugar, pelo dinheiro dos madeirenses. A conversa sobre transferências do continente para a ilha só deve surgir num segundo momento.
Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os portugueses da Madeira ostentarem os privilégios da “insularidade”. Até porque em 2011 a questão da insularidade é altamente questionável. A Madeira é mais isolada do que Trás-os-Montes? Não, não é, até porque é difícil atracar um paquete em Bragança. O mesmo pode ser dito sobre o Alentejo interior. Pedir a um alentejano que pague a “insularidade” da Madeira é quase um insulto. Além disso, a Madeira já é uma das regiões mais ricas de Portugal. A solidariedade devia partir dos madeirenses e não dos alentejanos, transmontanos ou beirões. A Madeira devia ajudar partes do continente, e não o inverso.
Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os madeirenses viverem à custa dos meus impostos, dos nossos impostos “cubanos”. A Madeira retém os seus impostos locais (ou seja, não dá um cêntimo ao resto do país) e depois – como já vimos – paga impostos nacionais a taxas inferiores. Adivinhem quem paga a diferença? Claro, os idiotas dos “cubanos”. A Madeira ainda recebe um subsídio de “insularidade” de 300 milhões e a sua dívida foi perdoada várias vezes. Por quem? Pelos idiotas dos primeiros-ministro “cubanos”. Como se tudo isto não fosse suficiente, a Madeira voltou a endividar-se e, pior, escondeu a fatura de forma ilegal. Não há como fugir à questão: Alberto João Jardim fugiu à lei, ou seja, a sua gorvernação foi conduzida à margem da lei. E fez isto num momento de altíssimas dificuldades financeiras para o país. Moral da história? A autonomia tem sido a desculpa para a impunidade. Ora, esta brincadeira tem de acabar. Portugal é só um. Portugal é uma nação. Nesta altura de crise, não pode haver enteados “cubanos” e filhos madeirenses. Todos têm de pagar a conta de forma igual.
http://aeiou.expresso.pt/eu-nao-pago-o-buraco-da-madeira=f674778