Escrevo-lhe porque verifiquei hoje que a bolsa de recrutamento assume como data de fim de colocação para os contratados da bolsa 31 de Julho de 2012 (a data correcta devia ser 31 de Agosto).

Isto pode ter consequências gravíssimas:

  • Assumir-se que o ano escolar é o ano lectivo (o que em termos conceptuais servira para dizer que os professores só fazem falta e devem ganhar em período de aulas);
  • Os professores contratados passarem a ter um tempo de serviço inferior a 365 dias anuais,

  • Serem todos despedidos a 31 de Julho e irem para o desemprego esse mês de Agosto (o que faz disto uma esperteza saloia para poupar visto que receberão o subsídio de desemprego embora se o limite de tempo para o obter baixar possam ter prejuízo….). E se tiverem contrato em Agosto ganham esse mês e as ferias e se terminar em Julho ganham Julho e pagam-lhe as ferias e sem caducidade…..(outra questão gira)
  • Desigualdade relativa entre os contratados a 31 de Agosto que só irão para a rua um ano depois e os desempregados depois disso que mesmo contratados agora serão desempregados mais cedo
  • O recuo histórico (alguém, com 36 anos de serviço, sempre dizia que a grande vitória sindical não foram essa mitológicas carreira única e ECD mas sim a ideia de que os professores “eventuais” tinham direito a um contrato anual e que ganhavam férias e 12 meses no ano, ao contrário do que era no ano em que eu nasci).

Às tantas voltar atrás aqui é mais uma adequação “à realidade nacional” como a que o “Vespa” Soares usou para justificar a inenarrável transformação dos nossos péssimos lares de idosos em depósitos em camarata ….(a justificação de empacotar as criancinhas nas creches com voluntarios a acamar ainda eh mais gira…. “a lei que limitava o número era…. sueca”). Ok recusamos o farol sueco sigamos o Burkina Faso ou a China.

Mas tudo pode ser resolvido se houver barulho suficiente e se concluir que foi erro informático

Um abraço,

L.