Excerto de um mail interessante:
Após consternação quase geral na DREC (a comecar pela ex-DRque teve de transmitir aos docentes a noticia ao final da tarde de 4ª feira), pois os “dispensados”, ao que parece, até eram competentes (bons profissionais, mestrados e com formações complementares, experiência de escola como docentes e alguns em cargos de gestão,), hoje já houve um pedido de demisão de uma chefia intermédia e um dos “dispensados” também já “regressou”… motivo: algumas centenas de processos jurídicos foram parar à secretaria da nova directora por não existir quem representasse o ME…
Setembro 2, 2011 at 12:35 pm
http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/nuno-crato-governo-educacao-dre-tvi24/1277452-4071.html
Governo acaba com direcções regionais de Educação
Ministério da Educação substitui antigas DRE por «estruturas simplificadas»
Por: Redacção / MM | 2- 9- 2011 11: 47
Setembro 2, 2011 at 12:39 pm
Peço as minhas desculpas mas não partilho da consternação.
Setembro 2, 2011 at 12:44 pm
Não percebi. Estou consternado. Vou tomar Ilvico.
Setembro 2, 2011 at 12:44 pm
Nem sei que diga, entre as direcções regionais e os directores…
Boa tarde
Setembro 2, 2011 at 1:10 pm
Tadinhos, vão ter de ir trabalhar… para as escolinhas. Coitados dos alunos.
Setembro 2, 2011 at 1:13 pm
O Paulo ainda se lembra daqueles receios que manifestou no início sobre a possível “mastigação” do Crato pela “máquina” burocrática?
Não lhe dizia eu na altura que o homem estava só a observar de onde lhe vinha a oposição?
😀
Setembro 2, 2011 at 1:56 pm
Pois eu não sou contra as DRE. O problema era quem as «fazia», isto é, quem as dirigia.
Nalgumas circunstâncias, eram as DRE (corrijo: algumas) que ajudavam as escolas a apagar alguns fogos e a suavizar determinadas imbecilidades provenientes do ME.
Quem simplificação é essa que aí vem???
Por outro lado, existe lá muito estrume a ganhar bom dinheiro para coçar a polpa do tomate.
Setembro 2, 2011 at 2:58 pm
Acho piada a estas danças de cadeiras. Os “competentes” e os outros, os “que têm mestrado” e os que têm “muita experiência”, os rosas, os laranjas e os azuis, os que chegam e os que partem…
Se alugassem camarotes para assistir às cenas, era capaz de lá ir e divertir-me um bocado.
Estou como a Caneta, não partilho da consternação. E para os “competentes” que quiserem mesmo trabalhar, que venham para as escolas, que há cá muito que fazer…
Setembro 2, 2011 at 3:20 pm
Há muito tempo que todos assistíamos impávidos e serenos ao aumento do número de directores regionais adjuntos. A ordem é rica mas os Frades são poucos e bem alimentados.
Conceitos como descentralização, desconcentração e autonomia foram sempre muito mal percebidos na nossa sociedade. A nossa Administração é complexa e só deixará de ser quando todos formos capazes de resistir à teia burocrática que geramos à nossa volta e que nos deixa completamente enredados, acorrentados, incapazes de agir, deliberar e projectar o futuro,
Espero mesmo que as estruturas simplificadas de que nos fala Crato não sejam um ó tempo volta pra trás, ao tempo de Gertrudes, Porém acredito que se vá poupar uns milhões de euros à escala de 10 anos.Mais urgente do que esta medida só mesmo acabar com o disparate chamado «parque escolar» que está a custar milhões a mais ao bolso dos contribuintes, gáudio de uns poucos que andam por aí e afronta do povo que vai gemendo e chorando neste vale de lágrimas e de dívidas.
Setembro 2, 2011 at 3:28 pm
A mudança é só de cor: o rosa deixou de estar na moda;agora reina o laranja.
A mudança dos lugares nas cadeiras só teve este critério.
Abanar bandeiras tem que se pagar – foi este o critério que presidiu às mudanças na DREC, como havia sido o critério no anterior governo, no outro e no outro…
Crato não inovou nada e a máquina política comanda como comandava.
A única diferença é que uns entravam de mansinho e iam tomando conta do terreiro; outros, eventualmente cheios de soberba da falta de idade entram e anunciam que mandam pelo que fazem e desfazem e dão ordens de saída do género: ” não conto consigo amanhã apresente-se na sua escola”.
Setembro 2, 2011 at 4:46 pm
não percebi nenhures!!!! Mas não estou nada ralada…. eu queria era ver a extinção das fundaçõezinhas e dos adidos nas estranjas…e já agora porquoi pas la indepêndentia de la Madera….
era menos umas dívidas, dos outros, que eu não pagava. porque minha só devo a casa ao banco, e já falta pouco!!!
Setembro 2, 2011 at 5:13 pm
#7 As DRE não têm nada que andar a apagar fogos de erros do ministério. Isso só fez com que em cada DRE as interpretações sejam diferentes e os professores tratados de forma diferente. E nasceu um mostro legislativo pois muitos ofícios e afins surgiram para resolver problemas causados por interpretações de alguma DRE.
Erros nacionais requerem soluções nacionais. Depois ainda vai dizer que a boa DRE era aquela que ajudava a esconder para debaixo do tapete de modo a que em Lisboa (e na imprensa) ninguém soubesse!
Dizem os Diretores de escolas … “a quem vamos telefonar a pedir esclarecimentos”… ora a quem será? Ao ministério!
Mas acham mesmo preciso 5 call centers se um pode funcionar dando a mesma resposta a todos. Os call centers de Lisboa (DGRHE por exemplo) não funcionam bem? Organizem-nos! Ou acham que 5 a dizerem 5 coisas diferentes funcionam melhor?
O único problema disto tudo é que o ministro está a fazer isto não para reforçar a uniformização das decisões mas para as entregar aos diretores de escolas .. e assim vamos passar a ter mais de 1500 decisores!
Quem fica mal nisto tudo? os professores e os alunos.
E não me venham com a especificidade das escolas. Neste cantinho à beira mar grande parte das decisões podiam ser todas únicas. As escolas deviam ter apenas uma autonomia limitada nas decisões pedagógicas.
Projetos educativos? Agarrem em 10, tirem o nome da escola, baralhem e tentem que os seus diretores descubram qual é o seu!
Setembro 2, 2011 at 5:40 pm
#7,
as DRE é que apagavam fogos? Bem pelo contrário. Só servem para alastrar a confusão com informações contraditórias, isso quando se dignam a responder aos esclarecimentos que se lhes pede.
Setembro 2, 2011 at 5:46 pm
Já viram que as escolas, por exemplo, podiam funcionar sem secretarias. O Estado poupava muito dinheiro. Mas… como é que os professores recebiam o seu salário?
Setembro 2, 2011 at 5:47 pm
Quem de todos aqueles que aqui têm falado contra as DRE sabe o que é feito nessas DRE, os recursos humanos que as mesmas possuem, e a garantia do direito de cidadania que a existência das mesmas permite e que a sua inexistência inibiria?
Setembro 2, 2011 at 5:57 pm
#14 já lhe respondi a essa questão noutro tópico, não vejo o sentido de andar a repetir comentários por aqui.
Não aumente confusão com outros assuntos que sabe serem possíveis de resolver doutra forma e nem estão aqui em causa.
Visite outros países e veja que existem outras soluções, e os professores até recebem mais.
Já quanto às DRE… estava à espera de mais lugares na DRE?
Setembro 2, 2011 at 6:08 pm
Ó António, ó meu homónimo, venha trabalhar para uma escola que por cá também há muito que fazer. E não precisamos de inventar serviço para nos tornarmos úteis…
Setembro 2, 2011 at 6:25 pm
Caro António.
Sou professor há 27 anos.
Já dei aulas a alunos do 9º ano mais 1 (lembra-se quem eram?) e ao 10º ano profissionalizante antes de haver cursos profissionais (lembra-se do que eram?). Dei uma disciplinina, chamada Práticas de Aplicações Informáticas, que tinha uma carga lectiva de 4 horas por dia, 5 dias por semana. Ainda estou vivo e recomendo-me.
Setembro 2, 2011 at 6:29 pm
Felizmente conheço muitos outros sistemas educativos. Sei como é feita a inclusão em escolas do Canadá e como as escolas nórdicas funcionam ser pessoal não docente e como as escolas ingleses se organizam e como as escolas espanholas e italianas organizam e vivem as suas autonomias.
Setembro 2, 2011 at 7:02 pm
#18,
Estimo em saber que fez tudo isso e ainda está vivo.
E actualmente faz o quê?
Deixe de fazer queixinhas e vá dar aulas, como nós.
Setembro 2, 2011 at 7:08 pm
#19,
Elucide-nos, não diga apenas que sabe.
#18,
Sei. Chegou a fazer a papelada para o Prodep III financiar?
Eu ajudei a fazer.
Setembro 2, 2011 at 7:13 pm
Ora vamos lá com calma. Primeiro era o “ai Jesus” que Lisboa centralizava tudo, pelo que a solução foi a desconcentração administrativa. Depois, finalmente, a panaceia seria regionalização. Agora “aplaude-se” a centralização???
Setembro 2, 2011 at 7:13 pm
Eu também sou competentíssima e especializadíssima e sei como funcionam as escolas no Ruanda e na Somália e no Afeganistão.
Só que vocês não querem saber disso para nada, por isso não conto.
Setembro 2, 2011 at 7:15 pm
#12
“Projetos educativos? Agarrem em 10, tirem o nome da escola, baralhem e tentem que os seus diretores descubram qual é o seu!”
Fartei-me de rir… 🙂
Setembro 2, 2011 at 7:21 pm
Tive uma questão jurídica. A DREC decidiu “xpto”. Recurso Hierárquico para o ME. O ME devolveu a “bola” à DREC. Obviamente, a DREC voltou a dizer “xpto”!
Abençoada EXTINÇÃO!
Setembro 2, 2011 at 7:24 pm
O que eu sei é que, como professora daquelas que dá aulas no duro (as cadeiras não são nada ergonómicas) , sempre que precisava da DREC e das dghes e djis e até o júri nacional, nunca contei com eles. Para defender os interesses dos profissionais só mesmo Deus.
Setembro 2, 2011 at 7:32 pm
#26,
“Para defender os interesses dos profissionais só mesmo Deus.”
Dá para rir, mas infelizmente é mesmo verdade.
Setembro 2, 2011 at 7:36 pm
#27
Pois é. Antes era Nossa Senhora mas Ela agora baldou-se um bocado e Deus só nos vale quando lhe apetece.
Setembro 2, 2011 at 7:48 pm
Muitos dos que estavam na DREC ( principalmente os de um grupo de recrutamento) acautelaram a sua situação, em devido tempo, por forma a não voltarem à docência …
Setembro 2, 2011 at 8:12 pm
Já Hobbes dizia que as pessoas se preocupam, basicamente, com a sua auto-afirmação.
Setembro 2, 2011 at 8:15 pm
Estou a gostar da extinção das DREs
Setembro 2, 2011 at 10:45 pm
Caro Paulo e Jamé
Em resposta a 21 e 22 posso dizer o seguinte:
Sou professor desde 1983. Quando apareceu o PRODEP era Presidente de um Conselho Directivo e com alguns colegas conseguimos apresentar 8 projectos que nos permitiram apetrechar a escola com tecnologias de ponta que tinham que ser alugadas porque o PRODEP não permitia aquisições (lembras-te, Paulo?). Já dei aulas a alunos desde o 2º ciclo ao Ensino Superior Politécnico. Dei aulas a crianças e a adultos trabalhadores, alguns que se deslocavam, todos os dias, de Elvas a Lisboa para ter aulas. Sei que há Directores que fazem uma excelente gestão da sua escola e há outros que são verdadeiras nódoas. Sei que há excelentes colegas professores como eu que não sou excelente porque sou apenas e só um bom profissional que trabalha sempre que é preciso mas que não acha que isso seja sinónimo de excelência. Optei por ser, simplesmente, um professor do ensino básico e secundário. Mas sei que as DRE têm recebido muitos problemas de erros de validação de currículos de alunos que necessitam que essas mesmas DRE arranjem uma forma de poder validar para que os alunos não saiam prejudicados por erros administrativos. E recursos de avaliação que apresentam vícios de forma que têm que ser sanados. E recursos de avaliação que derivam de erros aritméticos. E de projectos científicos, promovidos por entidades privadas, que necessitam de ser acompanhados, monitorizados e avaliados por uma entidade regional. Há muitas mais coisas caro Paulo. No plano desportivo, no plano pedagógico, no plano administrativo… Vamos centralizar tudo na 5 de Outubro ou na 24 de Julho? Vamos criar uma estrutura nacional longe de tudo e de todos e permitir que em cada escola reine o livre arbítrio do director?
Setembro 2, 2011 at 10:47 pm
#22,
Nunca aplaudi a regionalização.
Nem aplaudirei.
Chegam-me um Jardim e um César.
Setembro 2, 2011 at 10:49 pm
Já estão a fazer as malas? Que chatice tão grande, vão ser iguais aos outros, aos zecos de mala às costas.
Setembro 2, 2011 at 10:59 pm
“Call center” no ME?
Centralize-se! Centralize-se!
A despropósito: alguém ouviu aqueles 30 segundos, ontem, do ministro da Saúde? É esta gente (?) que nos vai governar por mais quatro anos?
Setembro 2, 2011 at 11:03 pm
mas num pais que visto espaço é do tamanho de uma cabeça d’alfenêtê… para que é preciso tanta gente a mandar nesta carica…????? Ele à cidades com mais habitantes que este país e não precisam de tanto minostério, dric’s e drec’s fundaciones, gobernadores cibis, presidentes d’ajunta e d’afreguesia!!!!
Por isso é que não hái produtibiade…. mandem essa gente cavar, embalar, polir e lavar o país irra!!!!
deviam fechar ainda mais coisas….
escrebi d’acordo com o pasmo qu’e ma vai na alma!!!!! prontes!!!!
2ª feira visto a camisola de professora e tenho que falar mais melhor,bem, perfeitinho!!!!!
Setembro 2, 2011 at 11:18 pm
#32
A minha experiência diz-me que a maior parte dos problemas burocráticos surge porque há uma burocracia instalada que se alimenta a si própria. Se o MEC ficasse privado da maior parte do seu aparelho administrativo, ou seja, incapaz de resolver a montanha de problemas burocráticas que o emaranhado das leis e a desorganização dos vários serviços provocam, teriam de começar a fazer uma coisa muito diferente do que têm feito até aqui: tornar os procedimentos simples e racionais de forma a impedir os problemas de ocorrer…
Setembro 2, 2011 at 11:21 pm
Um exemplo: o emaranhado em que se tornou a gestão da carreira dos professores. Com contagens e recontagens, múltiplos diplomas legais, congelamentos e descongelamentos, mais a ADD, mais os titulares que deixaram de o ser.
Com regras claras, lógicas, simples, uniformes, era possível processar centralmente os vencimentos de todos os professores. Da maneira que está, nem pensar.
Setembro 2, 2011 at 11:29 pm
Por outro lado, alguém vai ter de ficar com as competências das DRE, pois não me parece que seja centralizando, com «call center» ou devaneios do género, que a questão se resolva.
Ora, se elas forem distribuídas, por exemplo, pelas escolas, autarquias, etc., vamos ter, de certeza, muito mais imbróglios, prepotência, arbitrariedade, etc., do que actualmente.
Setembro 2, 2011 at 11:45 pm
#39
E quais são concretamente as competências das DREs? Desconfio que pouca gente saiba.
Precisaríamos de saber o que é que as DREs fazem que mais ninguém está em condições de fazer. Desconfio que pouca coisa.
E dessas coisas que só as DREs sabem ou podem fazer, quais são as indispensáveis ao funcionamento do sistema? Haverá alguma?…
Setembro 3, 2011 at 12:05 am
Extinção pura e dura das DRE’s já.
Agora só espero que não reactivem os CAE’s
Setembro 3, 2011 at 2:45 am
As competências mais relevantes das DRE são:
– Definir a rede escolar, n.º de turmas, cursos, etc… (onde se fartam de fazer m*rda, contribuindo para o esvaziamento de algumas escolas, de modo a encerram-nas pouco tempo depois).
– Manutenção das Escolas do 2.º e 3.º ciclo, que não pertencem às autarquias, e as Secundárias, que não integram a Parque Escolar.
– Decidir sobre as transferências de escola de alunos alvo desta medida disciplinar.
– Recursos de de avaliações.
As 3 primeiras podem passar para as autarquias ou para as escolas ou para uma entidade concelhia de educação eleita.
A última admito que é mais complexa.
Em todo o caso vão ficar as tais estruturas simplificadas… isto não se não ficar igual.
Setembro 3, 2011 at 2:50 am
gralhas:
“Recursos de avaliações.”
“ou para a(s) escolas/entidade concelhia de educação eleita.
Acrescento ainda uma percepção pessoal, os directores e antigos PCE medíocres têm nas DRE o principal apoio,
Setembro 3, 2011 at 3:01 am
As palavras de #32 e #39 são palavras de pessoas que não têm “ódios de estimação” e pensam para além dos seus próprios interesses. Pensam nos “interesses” da comunidade educativa…
Só podem ser verdadeiros professores.
Parabéns.
Setembro 3, 2011 at 8:34 am
#44,
Pois, todos os outros não passam de lixo. Não vá ao médico…
Setembro 3, 2011 at 1:32 pm
# 42
Com essa transferência de competências é que a m**** vai aumentar. E digo mais: a despesa vai ser superior.
Setembro 3, 2011 at 3:02 pm
# 45
Quem se pica alfinetes tem!