Enquanto a avaliação continuar a ser vista como “castigo” para mudança de escalão e não como avaliação do desempenho do professor, não vejo razão para se avaliar quem não muda de escalão…
Neste momento não faz qualquer sentido qualquer tipo de avaliação para ninguém, uma vez que o objectivo único da avaliação tem a ver com a peogressão na carreira e com mais nada. Ora acontece que as carreiras estão congeladas até ao infinito e, portanto , não há progressão para ninguém, o que esvazia por completo a necessidade de qualquer avaliação. Resta a obsessão velha de seis anos de garantir à opinião pública que os professores são avaliados, não importa como nem para quê.
Sim…
Assim sobram mais MB e Ex para os restantes 2/3 dos professores e estes podem beneficiar do aumento do tempo de serviço…para se algum dia descongelar as progressões chegarem ao topo.
Faz sentido sim senhor, quanto mais não seja para corrigir as injustiças dos canudos e das médias que suas excelências apresentam. Que raio, que nunca vi assim tanta dor de rins pelos mestrados e doutoramentos de Bolonha à la carte, já para não falar dos canudos made em piaget, versão experimental das novas oportunidades e coisinhas do género que não havia no tempo dos supostos sortudos a benificiar.
Sejam transparentes, por favor.
É mais do mesmo e é lamentavel porque vai sobrar trabalho para os mais velhos com as tretas das avaliações que não servem para nada. Eu não consigo entender (por mais que me esforce) para que diabo são avaliações se está tudo congelado e porque diabo não há avaliação para os mais velhos. O relatório que também não serviu/serve para coisa nenhuma é outra treta porque não se passa do Bom ainda que se tenha “feito o pino” nos últimos 2 anos. Que fartote! Nunca pensei na reforma mas agora já cansei/esggotei com tanta mudança e tanta palhaçada.
Temos de encontrar um modo de mandar às ortigas a ADD e os sindicatos deviam proibir o governo de menosprezar, espezinhar, molestar, fisicamente e moralmente os professores.
Não devemos particularizar os assuntos (contudo, sabemos que há milhares de casos semelhantes por este malfadado país) e eu já aqui afirmei que estive 8 + 2 anos, no antigo 7º escalão. Regredi para o 5º escalão, em 11 de Novembro de 2009. No entanto, fui avisada, em Janeiro de 2010, que só em 21 desse mês progredira e, por conseguinte, teria de repor o dinheiro auferido antes.
Ora, eu ouvi “n” vezes, na minha escola, que era muito sacrificada, na sobrecarga do meu horário, devido ao facto de a minha colega, com mais dois anos de serviço, ter uma doença do foro psicológico.
Quando surgiu a história dos titulares, a minha colega estava há cerca de um ano com baixa psiquiátrica (foram muitas as recaídas) e apresentou-se (ou foi chamada, incentivada a comparecer) na escola. E, não sei onde foram arranjar os 30 e poucos pontos exigíveis, para “entronar” a minha colega de titular.
Eu criei um clube de línguas na escola, estabeleci uma parceria Etwinning com o Gymnasium Carlo Schmidt, Stugarda, Deutschland; uma parceria Coménius com o Collège Macouria, Guyane française.
Fui eleita coordenadora de departamento, para dois mandatos consecutivos, entre 1999-2005; fui elemento do C. Pedagógico e da Comissão de Avaliação, durante esse mesmo período.
Obtive duas Pós- Graduações e fiz um mestrado de 4 anos, em regime pós-laboral: a partir das 18 horas de sexta-feira até às 23 horas; e sábado das 9 horas às 16/18 horas.
E, ainda por cima de tudo, continuei a pagar as quotas do Sindicato …! E isso tudo serviu para quê???
“Temos de encontrar um modo de mandar às ortigas a ADD e os sindicatos deviam proibir o governo de menosprezar, espezinhar, molestar, fisicamente e moralmente os professores.”
Isso é um problema, os sindicatos não são os professores.
#11
Não eram 30 pontos, eram bem mais e nunca deveriam ter contado apenas os últimos anos. Tudo disparates e coisas à portuga e aí vem mais com a não avaliação aos profs dos últimos escalões.
Recordo que muitos foram às manifs, fizeram muito barulho e depois foram numa pressinha entregar os OI. Os profs não são unidos e digo isto porque com outra classe profissional nunca seria assim. Defendem-se uns aos outros e bem.
Depois de 6 anos a martelar a opinião pública com a necessidade de os professores serem avaliados, e com um governo que não é capaz de se libertar da tralha conceptual que herdou do anterior (muito bons e excelentes, aulas assistidas e objectivos individuais, quotas e relatores) não faz sentido nenhum isentar da avaliação qualquer professor. Quando muito, só os que já meteram os papéis para a reforma.
É uma vergonha o PSD, que nunca foi consequente nas iniciativas que tomou ou fingiu apoiar com vista a suspender a ADD socratina, apresente agora uma avaliação que, nesta e noutras coisas, consegue ser bem mais pobre do que o modelo implementado com o primeiro ECD.
#13,
Sim eram mais, mas eu inferi da narrativa da colega que a outra lhe passou à frente, com mais 30 pontos, que ela não sabe de onde vieram (?).
A narrativa é, de facto, de terror.
Colega, Mª Almeida, eu também já relatei que isso aconteceu na minha escola: colegas que foram às primeiras manifs., desceram a Av. da Liberdade a gritar palavras de ordem e, depois, foram lestos a entregar os ditos cujos, Quem não os entregou, levou um belo puxão de orelhas por escrito.
#14,
Concordo com o António.
Apesar de já ter escrito aqui várias vezes que me estou nas tintas para a ADD, porque estou cansada, porque só quero pensar no meu trabalho em sala de aula, a 100%, porque já chega de tanto desgaste da classe, entendo que isentar uma parte significativa de docentes só virá agudizar ainda mais o mau estar (eu diria mesmo um clima de guerrilha) instalado nas escolas, Desburocratize-se, simplifique-se (a começar pela legislação, que é uma «diarreia» crónica), mas isentar no mínimo dá mau aspecto.
É tudo verdade o que alguns colegas têm escrito: esses docentes já têm sobre os seus ombros muitos anos de profissão, estão numa fase da vida em que têm que se repartir pelo apoio aos pais idosos e aos filhos em final de curso, início de vida profissional (ou não) e, muitos, enfrentam o aparecimento de doenças…
Mas simplifique-se; não se retire, assim, do nada.
Colegas
Sou vou dizer isto: deixem-nos dar aulas. Eu já nem dei se quero ou não ser avaliada. Atingi o limite da paciência e não estou sequer a imaginar o meu marido e o meu filho com “supervisão” de algum colega na consulta que fazem diariamente no hospital. Como “vedes” sou muito velha e já ando nisto há muitos anos.Nunca pensei em reforma e sempre tentei fazer o meu melhor e já andei em muitas escolas, credo!
Na escola onde estou há N anos todos sabemos quem trabalha, quem se entende com os alunos, quem, etccccccccc
Vou continuar a vir a este espaço tal como faço há muito tempo mas vou tentar não me irritar mais com isto porque ainda me dá alguma coisita má.
Agosto 25, 2011 at 10:04 pm
Faz sentido sim senhor, quanto mais não seja para corrigir as injustiças dos canudos e das médias que suas excelências apresentam. Que raio, que nunca vi assim tanta dor de rins pelos mestrados e doutoramentos de Bolonha à la carte, já para não falar dos canudos made em piaget, versão experimental das novas oportunidades e coisinhas do género que não havia no tempo dos supostos sortudos a benificiar.
Sejam transparentes, por favor.
Caro Carlos Maduro, concluí o meu curso made in piaget em 2006. Dou aulas desde 2004, sempre em escolas e bairros problemáticos, todas ou quase todas eram ou tornaram-se TEIP, e sabe o que é curioso? A maior parte das vezes fui substituir colegas com canudos made in ESE de Lisboa, Setúbal e Universidade Nova de Lisboa, aqueles canudos míticos feitos em seda e com letra em tinta de ouro… E sabe que mais? Quando leccionei nas AEC’S perdi a conta às vezes em que tive de resolver problemas disciplinares, em turmas onde estavam a leccionar colegas com canudos made in ESE de Lisboa, Setúbal e Universidade Nova de Lisboa. Aliás os colegas mais incompetentes que tive vinham dessas escolas. Generalizar fica-lhe mal, porque há boa e má formação em todas as escolas, e muitas vezes a diferença está apenas na qualidade e empenho dos alunos.
Já verificou os resultados dos seus alunos em realização de exames nacionais?
Olhe, no 1º ano que dei aulas fui professora dos filhos de José Miguel Júdice (um dos fundadores do Jornal Expresso, onde escrevia, em 1985), e este Sr. foi também o Bastonário da Ordem dos Advogados, que antecedeu a Marinho Pinto. Tive como alunos a elite de Lisboa, familiares de Nuno Abecassis, Presidente da Câmara de Lisboa, na altura. E além de outros jovens tive ainda como aluno, o filho da jornalista/escritora Leonor Xavier, filhos de colegas professores, e de actores reconhecidos.
As coisas correram muito bem e só recebi simpatia dos alunos, EE, colegas de Escola. Em outros anos, as coisas foram mais difícieis, pois os alunos mudam de ano para ano. Lá virá o tempo em que perderá a frescura dos 1ºs anos de leccionação.
# 20
Eram incompetentes em tudo, menos a preencher papelada 😉
#21
Eu dou aulas ao 1º e 2º ciclo. Nos 4 anos em que tive 1º ciclo, fiquei 3 vezes com 4º ano e as minhas turmas foram sempre as melhores do respectivo Agrupamento, nas provas de aferição. São resultados que valem o que valem.
De facto tem razão, há anos melhores e piores, já tive avaliação de muito bom, excelente e de bom, houve anos em que acabei o estágio com 18 valores e outros com 17, mas nunca deixei nenhum trabalho ou turma a meio, nem ninguém teve que vir disciplinar a minha turma por mim.
Quando perder a frescura, deixo o ensino e arranjo algo que me faça sentir fresco de novo. 🙂
Agosto 26, 2011 at 2:37 am
Colegas
Haverá necessidade de se insultarem tanto?
Colega, pela parte que me toca apenas não gostei que o colega Carlos Maduro, se tivesse referido de modo menos próprio à Instituição onde eu estudei e aprendi muito. E através da minha experiência tentei demonstrar que estamos perante um mito infeliz, e que não corresponde em nada à verdade.
O que não faz nenhum sentido é obrigar qualquer professor a submeter-se a uma avaliação administrativa – uma avaliação que só serve para sustentar uma progressão – quando estão vedadas todas as perspectivas de progressão!
A avaliação funcional e formativa – formal ou informal – é intrínseca ao exercício da actividade docente, como qualquer professor bem sabe. Na verdade, não há actividade mais escrutinada do que a actividade docente.
Quando deixaremos de embarcar no discurso manipulador de certos políticos e sindicatos que, habilidosamente, fazem da avaliação administrativa uma questão central, distraindo-nos do que é efectivamente relevante?
#23
Mas davam erros científicos? Tratavam mal os alunos? Não cumpriam o programa? …
Ao rotular desse modo os colegas, não estará a ser arrogante, de um autoconvencimento desmesurado?
Auto-estima do tamanho da torre dos Clérigos!
#21,
Gostei do seu comentário.
Os colegas «verdinhos» têm de compreender de uma vez por todas que a nossa profissão não é «matemática», há muitas variáveis em jogo até porque a «matéria» com que trabalhamos é humana; não são coisas, objectos. Assim, vão ter de aprender muito ao longo da vida…
Nós, os «velhotes» temos muita tarimba, por isso, evitamos estas «boutades» delicodoces. Há mais humildade (e realismo) no nosso discurso.
O lirismo do colega só pode mesmo ser fruto da idade…
Duvido da facilidade com que disse que vai embora da profissão, quando um dia coiso e tal.
Hum, prof. do 1º ciclo. Vai para onde?
O texto citado no post parece-me um pouco confuso.
Por outro lado, se um professor com 5 anos de experiência é tão bom como com 25, podemos concluir que nenhum aprende nada de útil para o seu trabalho após os ditos 5 anos, o que é estranho, pois se costuma dizer que na vida se está sempre a aprender…
Mas se assim for, então que se faça uma avaliação ao fim de 5 anos e depois se progrida por diuturnidades ou algo do género…
O exagero que o colega Filipe encontra na minha generalização é proporcional à forma como se autoavalia individualmente, demonstrando com isso complexo de inferioridade.
Mas explico melhor, made em piaget é o que conheço, haverá mais, não sei, com isso referia-me às habilitações que foram passadas a granel, mediante a frequência de meia dúzia de cadeiras e que deram equivalências a licenciaturas, desconhece casos destes? Quanto ao resto, aos que se seguiram o seu percurso com normalidade, parece ter sido o seu caso, não tenho nada a dizer, a não ser afirmar que sou da geração daqueles que, com média de 14, ficavam assistentes nas faculdades. Digo-lhe já que não foi o meu caso, sou dos que não se envergonham dos dez e dozes que tiveram, mas que têm sido constantemente prejudicados pela excelência dos colegas que terminam hoje em dia as licenciaturas, mestrados e doutoramentos.
Sinto-me roubado e reservo-me o direito de também mostrar a minha indignação.
Agosto 25, 2011 at 6:57 pm
O sentido não sei, a direcção não vislumbro.
Agosto 25, 2011 at 7:27 pm
Enquanto a avaliação continuar a ser vista como “castigo” para mudança de escalão e não como avaliação do desempenho do professor, não vejo razão para se avaliar quem não muda de escalão…
Agosto 25, 2011 at 8:05 pm
Os que têm 30 anos de repetição da experiência do 1º ano, nem precisam…..
Agosto 25, 2011 at 8:38 pm
É para poupar? Então, poupe-se com todos.
Agosto 25, 2011 at 9:38 pm
O actual processo de avaliação-empresarial em curso (PA-ECU) é uma ideologia vazia de sentido humano.
A rendição ao mercado e à lógica dos grupos político-mafiosos é o sinal da decomposição da educação enquanto actividade propriamente humana.
O desumano-cliente e o abstracto-trabalhador são os espectros telecomandados pela Nomenklatura.
Agosto 25, 2011 at 9:39 pm
Neste momento não faz qualquer sentido qualquer tipo de avaliação para ninguém, uma vez que o objectivo único da avaliação tem a ver com a peogressão na carreira e com mais nada. Ora acontece que as carreiras estão congeladas até ao infinito e, portanto , não há progressão para ninguém, o que esvazia por completo a necessidade de qualquer avaliação. Resta a obsessão velha de seis anos de garantir à opinião pública que os professores são avaliados, não importa como nem para quê.
Agosto 25, 2011 at 9:49 pm
Sim…
Assim sobram mais MB e Ex para os restantes 2/3 dos professores e estes podem beneficiar do aumento do tempo de serviço…para se algum dia descongelar as progressões chegarem ao topo.
Agosto 25, 2011 at 10:04 pm
Faz sentido sim senhor, quanto mais não seja para corrigir as injustiças dos canudos e das médias que suas excelências apresentam. Que raio, que nunca vi assim tanta dor de rins pelos mestrados e doutoramentos de Bolonha à la carte, já para não falar dos canudos made em piaget, versão experimental das novas oportunidades e coisinhas do género que não havia no tempo dos supostos sortudos a benificiar.
Sejam transparentes, por favor.
Agosto 25, 2011 at 10:24 pm
É uma proposta mais refinada para voltarmos aos TITULARES, de má memória, e aos outros … os restantes professores!
Agosto 25, 2011 at 11:07 pm
É mais do mesmo e é lamentavel porque vai sobrar trabalho para os mais velhos com as tretas das avaliações que não servem para nada. Eu não consigo entender (por mais que me esforce) para que diabo são avaliações se está tudo congelado e porque diabo não há avaliação para os mais velhos. O relatório que também não serviu/serve para coisa nenhuma é outra treta porque não se passa do Bom ainda que se tenha “feito o pino” nos últimos 2 anos. Que fartote! Nunca pensei na reforma mas agora já cansei/esggotei com tanta mudança e tanta palhaçada.
Agosto 25, 2011 at 11:09 pm
Temos de encontrar um modo de mandar às ortigas a ADD e os sindicatos deviam proibir o governo de menosprezar, espezinhar, molestar, fisicamente e moralmente os professores.
Não devemos particularizar os assuntos (contudo, sabemos que há milhares de casos semelhantes por este malfadado país) e eu já aqui afirmei que estive 8 + 2 anos, no antigo 7º escalão. Regredi para o 5º escalão, em 11 de Novembro de 2009. No entanto, fui avisada, em Janeiro de 2010, que só em 21 desse mês progredira e, por conseguinte, teria de repor o dinheiro auferido antes.
Ora, eu ouvi “n” vezes, na minha escola, que era muito sacrificada, na sobrecarga do meu horário, devido ao facto de a minha colega, com mais dois anos de serviço, ter uma doença do foro psicológico.
Quando surgiu a história dos titulares, a minha colega estava há cerca de um ano com baixa psiquiátrica (foram muitas as recaídas) e apresentou-se (ou foi chamada, incentivada a comparecer) na escola. E, não sei onde foram arranjar os 30 e poucos pontos exigíveis, para “entronar” a minha colega de titular.
Eu criei um clube de línguas na escola, estabeleci uma parceria Etwinning com o Gymnasium Carlo Schmidt, Stugarda, Deutschland; uma parceria Coménius com o Collège Macouria, Guyane française.
Fui eleita coordenadora de departamento, para dois mandatos consecutivos, entre 1999-2005; fui elemento do C. Pedagógico e da Comissão de Avaliação, durante esse mesmo período.
Obtive duas Pós- Graduações e fiz um mestrado de 4 anos, em regime pós-laboral: a partir das 18 horas de sexta-feira até às 23 horas; e sábado das 9 horas às 16/18 horas.
E, ainda por cima de tudo, continuei a pagar as quotas do Sindicato …! E isso tudo serviu para quê???
Agosto 25, 2011 at 11:13 pm
#11
“Temos de encontrar um modo de mandar às ortigas a ADD e os sindicatos deviam proibir o governo de menosprezar, espezinhar, molestar, fisicamente e moralmente os professores.”
Isso é um problema, os sindicatos não são os professores.
Agosto 25, 2011 at 11:23 pm
#11
Não eram 30 pontos, eram bem mais e nunca deveriam ter contado apenas os últimos anos. Tudo disparates e coisas à portuga e aí vem mais com a não avaliação aos profs dos últimos escalões.
Recordo que muitos foram às manifs, fizeram muito barulho e depois foram numa pressinha entregar os OI. Os profs não são unidos e digo isto porque com outra classe profissional nunca seria assim. Defendem-se uns aos outros e bem.
Agosto 25, 2011 at 11:32 pm
Depois de 6 anos a martelar a opinião pública com a necessidade de os professores serem avaliados, e com um governo que não é capaz de se libertar da tralha conceptual que herdou do anterior (muito bons e excelentes, aulas assistidas e objectivos individuais, quotas e relatores) não faz sentido nenhum isentar da avaliação qualquer professor. Quando muito, só os que já meteram os papéis para a reforma.
É uma vergonha o PSD, que nunca foi consequente nas iniciativas que tomou ou fingiu apoiar com vista a suspender a ADD socratina, apresente agora uma avaliação que, nesta e noutras coisas, consegue ser bem mais pobre do que o modelo implementado com o primeiro ECD.
Agosto 25, 2011 at 11:33 pm
#13,
Sim eram mais, mas eu inferi da narrativa da colega que a outra lhe passou à frente, com mais 30 pontos, que ela não sabe de onde vieram (?).
A narrativa é, de facto, de terror.
Colega, Mª Almeida, eu também já relatei que isso aconteceu na minha escola: colegas que foram às primeiras manifs., desceram a Av. da Liberdade a gritar palavras de ordem e, depois, foram lestos a entregar os ditos cujos, Quem não os entregou, levou um belo puxão de orelhas por escrito.
Agosto 25, 2011 at 11:34 pm
#12
Estás enganado. Os sindicatos são os professores. Quando estes desistem de lutar, os outros cedem…
Agosto 25, 2011 at 11:44 pm
#14,
Concordo com o António.
Apesar de já ter escrito aqui várias vezes que me estou nas tintas para a ADD, porque estou cansada, porque só quero pensar no meu trabalho em sala de aula, a 100%, porque já chega de tanto desgaste da classe, entendo que isentar uma parte significativa de docentes só virá agudizar ainda mais o mau estar (eu diria mesmo um clima de guerrilha) instalado nas escolas, Desburocratize-se, simplifique-se (a começar pela legislação, que é uma «diarreia» crónica), mas isentar no mínimo dá mau aspecto.
É tudo verdade o que alguns colegas têm escrito: esses docentes já têm sobre os seus ombros muitos anos de profissão, estão numa fase da vida em que têm que se repartir pelo apoio aos pais idosos e aos filhos em final de curso, início de vida profissional (ou não) e, muitos, enfrentam o aparecimento de doenças…
Mas simplifique-se; não se retire, assim, do nada.
Agosto 25, 2011 at 11:58 pm
Colegas
Sou vou dizer isto: deixem-nos dar aulas. Eu já nem dei se quero ou não ser avaliada. Atingi o limite da paciência e não estou sequer a imaginar o meu marido e o meu filho com “supervisão” de algum colega na consulta que fazem diariamente no hospital. Como “vedes” sou muito velha e já ando nisto há muitos anos.Nunca pensei em reforma e sempre tentei fazer o meu melhor e já andei em muitas escolas, credo!
Na escola onde estou há N anos todos sabemos quem trabalha, quem se entende com os alunos, quem, etccccccccc
Vou continuar a vir a este espaço tal como faço há muito tempo mas vou tentar não me irritar mais com isto porque ainda me dá alguma coisita má.
Agosto 26, 2011 at 12:47 am
Carlos Maduro Diz:
Agosto 25, 2011 at 10:04 pm
Faz sentido sim senhor, quanto mais não seja para corrigir as injustiças dos canudos e das médias que suas excelências apresentam. Que raio, que nunca vi assim tanta dor de rins pelos mestrados e doutoramentos de Bolonha à la carte, já para não falar dos canudos made em piaget, versão experimental das novas oportunidades e coisinhas do género que não havia no tempo dos supostos sortudos a benificiar.
Sejam transparentes, por favor.
Caro Carlos Maduro, concluí o meu curso made in piaget em 2006. Dou aulas desde 2004, sempre em escolas e bairros problemáticos, todas ou quase todas eram ou tornaram-se TEIP, e sabe o que é curioso? A maior parte das vezes fui substituir colegas com canudos made in ESE de Lisboa, Setúbal e Universidade Nova de Lisboa, aqueles canudos míticos feitos em seda e com letra em tinta de ouro… E sabe que mais? Quando leccionei nas AEC’S perdi a conta às vezes em que tive de resolver problemas disciplinares, em turmas onde estavam a leccionar colegas com canudos made in ESE de Lisboa, Setúbal e Universidade Nova de Lisboa. Aliás os colegas mais incompetentes que tive vinham dessas escolas. Generalizar fica-lhe mal, porque há boa e má formação em todas as escolas, e muitas vezes a diferença está apenas na qualidade e empenho dos alunos.
Agosto 26, 2011 at 12:52 am
#19,
Explique em que é que eram incompetentes.
Agosto 26, 2011 at 1:39 am
#19
Já verificou os resultados dos seus alunos em realização de exames nacionais?
Olhe, no 1º ano que dei aulas fui professora dos filhos de José Miguel Júdice (um dos fundadores do Jornal Expresso, onde escrevia, em 1985), e este Sr. foi também o Bastonário da Ordem dos Advogados, que antecedeu a Marinho Pinto. Tive como alunos a elite de Lisboa, familiares de Nuno Abecassis, Presidente da Câmara de Lisboa, na altura. E além de outros jovens tive ainda como aluno, o filho da jornalista/escritora Leonor Xavier, filhos de colegas professores, e de actores reconhecidos.
As coisas correram muito bem e só recebi simpatia dos alunos, EE, colegas de Escola. Em outros anos, as coisas foram mais difícieis, pois os alunos mudam de ano para ano. Lá virá o tempo em que perderá a frescura dos 1ºs anos de leccionação.
Agosto 26, 2011 at 2:37 am
Colegas
Haverá necessidade de se insultarem tanto?
Agosto 26, 2011 at 2:51 am
# 20
Eram incompetentes em tudo, menos a preencher papelada 😉
#21
Eu dou aulas ao 1º e 2º ciclo. Nos 4 anos em que tive 1º ciclo, fiquei 3 vezes com 4º ano e as minhas turmas foram sempre as melhores do respectivo Agrupamento, nas provas de aferição. São resultados que valem o que valem.
De facto tem razão, há anos melhores e piores, já tive avaliação de muito bom, excelente e de bom, houve anos em que acabei o estágio com 18 valores e outros com 17, mas nunca deixei nenhum trabalho ou turma a meio, nem ninguém teve que vir disciplinar a minha turma por mim.
Quando perder a frescura, deixo o ensino e arranjo algo que me faça sentir fresco de novo. 🙂
Agosto 26, 2011 at 2:56 am
Mª Almeida Diz:
Agosto 26, 2011 at 2:37 am
Colegas
Haverá necessidade de se insultarem tanto?
Colega, pela parte que me toca apenas não gostei que o colega Carlos Maduro, se tivesse referido de modo menos próprio à Instituição onde eu estudei e aprendi muito. E através da minha experiência tentei demonstrar que estamos perante um mito infeliz, e que não corresponde em nada à verdade.
Agosto 26, 2011 at 9:15 am
#24
Luís Filipe,
O colega não gostou das acusações à sua instituição. Retribuiu com INSULTOS A OUTRAS INSTITUIÇÕES.
O senhor não é, em nada, melhor do que o Maduro. Olham os 2 para o umbigo e acham-se superiores a todos.
Agosto 26, 2011 at 9:47 am
O que não faz nenhum sentido é obrigar qualquer professor a submeter-se a uma avaliação administrativa – uma avaliação que só serve para sustentar uma progressão – quando estão vedadas todas as perspectivas de progressão!
A avaliação funcional e formativa – formal ou informal – é intrínseca ao exercício da actividade docente, como qualquer professor bem sabe. Na verdade, não há actividade mais escrutinada do que a actividade docente.
Quando deixaremos de embarcar no discurso manipulador de certos políticos e sindicatos que, habilidosamente, fazem da avaliação administrativa uma questão central, distraindo-nos do que é efectivamente relevante?
Agosto 26, 2011 at 11:12 am
#23
Mas davam erros científicos? Tratavam mal os alunos? Não cumpriam o programa? …
Ao rotular desse modo os colegas, não estará a ser arrogante, de um autoconvencimento desmesurado?
Auto-estima do tamanho da torre dos Clérigos!
#21,
Gostei do seu comentário.
Os colegas «verdinhos» têm de compreender de uma vez por todas que a nossa profissão não é «matemática», há muitas variáveis em jogo até porque a «matéria» com que trabalhamos é humana; não são coisas, objectos. Assim, vão ter de aprender muito ao longo da vida…
Nós, os «velhotes» temos muita tarimba, por isso, evitamos estas «boutades» delicodoces. Há mais humildade (e realismo) no nosso discurso.
O lirismo do colega só pode mesmo ser fruto da idade…
Duvido da facilidade com que disse que vai embora da profissão, quando um dia coiso e tal.
Hum, prof. do 1º ciclo. Vai para onde?
Agosto 26, 2011 at 4:56 pm
O texto citado no post parece-me um pouco confuso.
Por outro lado, se um professor com 5 anos de experiência é tão bom como com 25, podemos concluir que nenhum aprende nada de útil para o seu trabalho após os ditos 5 anos, o que é estranho, pois se costuma dizer que na vida se está sempre a aprender…
Mas se assim for, então que se faça uma avaliação ao fim de 5 anos e depois se progrida por diuturnidades ou algo do género…
Agosto 26, 2011 at 7:20 pm
O exagero que o colega Filipe encontra na minha generalização é proporcional à forma como se autoavalia individualmente, demonstrando com isso complexo de inferioridade.
Mas explico melhor, made em piaget é o que conheço, haverá mais, não sei, com isso referia-me às habilitações que foram passadas a granel, mediante a frequência de meia dúzia de cadeiras e que deram equivalências a licenciaturas, desconhece casos destes? Quanto ao resto, aos que se seguiram o seu percurso com normalidade, parece ter sido o seu caso, não tenho nada a dizer, a não ser afirmar que sou da geração daqueles que, com média de 14, ficavam assistentes nas faculdades. Digo-lhe já que não foi o meu caso, sou dos que não se envergonham dos dez e dozes que tiveram, mas que têm sido constantemente prejudicados pela excelência dos colegas que terminam hoje em dia as licenciaturas, mestrados e doutoramentos.
Sinto-me roubado e reservo-me o direito de também mostrar a minha indignação.
Agosto 27, 2011 at 12:08 am
Como é obvio…concordo com Mª Fernanda que me parece uma colega cuja experiência e idade ensinaram muito.