Ultrapassemos a questão da avaliação dos avaliadores, coordenadores e elementos dos órgão de gestão directamente pelo Director (artigo 4º, nº 2), no que é uma concentração excessiva de poder numa pessoa que, por essa mesma razão, pode influenciar toda a avaliação realizada no agrupamento ou escola.
O erro de tudo isto está no 75/2008, por isso agora há que aguentar.
Passemos ao artigo 6º;
Artigo 6.º
Elementos de Referência da Avaliação
1 – Os objectivos e as metas fixadas no projecto educativo do agrupamento de escolas ou da escola não agrupada.
2 – Os parâmetros estabelecidos para cada uma das dimensões aprovados pelo Conselho Pedagógico.
3 – Os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa por órgão a designar.
Estes elementos, para início de conversa, estão ordenados de uma forma errada. Ou se partem dos mais gerais para os mais particulares ou vice-versa.
Neste caso, parte-se dos intermédios (Projecto Educativo), segue-se pelos mais particulares (o que o CP decidir) e chega-se aos mais gerais (os nacionais).
Para além disso há algumas confusões, tanto conceptuais, quanto práticas.
Vejamos:
- O Projecto Educativo (assim como o Plano Anual de Actividades, aqui erradamente esquecido) não é emanado do CPedagógico e não deverá já conter os elementos fundamentais para a avaliação do desempenho de um docente?
- Ao atribuir a cada CPedagógico a capacidade para definir a nível local os parâmetros para cada dimensão (mesmo reduzindo-as de 4 para 3), não vamos cair outra vez no reino da arbitrariedade em nome de uma pretensa autonomia?
- O que são os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa a realizar por órgão a designar? Não é a IGE? Os parâmetros da avaliação externa vão mudar?
- Qual é o peso relativo de cada dimensão (fica ao arbítrio de cada CP?) e de cada conjunto de parâmetros?
- Neste contexto todo, onde se encaixam as Metas de Aprendizagem? Vamos esquecê-las ou serão reformuladas? E quanto ao perfil do desempenho docente, que teve direito a diploma próprio?
A ADD até pode ser uma coisa simples e deseja-se que o seja. Mas, para o bem e o mal, movemo-nos num emaranhado legislativo e seria boa ideia que o trajecto não fosse definido à vista da costa, quando se repara nos rochedos semi-submersos, nem que fosse deixado ao arbítrio de pilotos que tanto podem ser sensatos, informados, competentes e dotados de sentido ético, como podem não ser nada disso. Que é aquilo com que nos temos confrontado e que tantos atropelos e distorções provocou nos anteriores ciclos avaliativos e versões-simplex da ADD.
E estas dúvidas não são uma forma de levantar problemas. Pelo contrário, procura-se alertar para que esses problemas sejam removidos do caminho, em devido tempo.
Mas se fossem só estes…
Agosto 13, 2011 at 12:18 pm
Boa pergunta: onde se enquadram as “merdas” das aprendizagens? Com o nº de alunos a aumentar vamos ter cercas maiores?
Agosto 13, 2011 at 12:56 pm
Não conhecia o perfil de desempenho docente. Foi publicado numa altura em que estava fora da docência e quando voltei em 2003 nunca tomei contacto com o documento.
Se está na lei, é para cumprir na íntegra. Então porquê um sistema de avaliação que irá atribuir uma nota quantitativa (sabe-se lá com que “fórmula”) em função de critérios que irão obedecer (espera-se) mais ou menos a isto? Significa isso que se aceita que haja professores que não o cumprem, ou que o cumprem a 50, 75 ou 88,3333 por cento? E o que se faz a esses? Mandam-se borda fora? Ou deixam-se em banho-maria?
Agosto 13, 2011 at 1:28 pm
“2 – O relatório de auto-avaliação deve consistir num documento de reflexão… sobre a actividade desenvolvida no ciclo avaliativo…
3- O relatório de auto-avaliação é anual e reporta-se ao trabalho efectuado nesse período.”
Afinal, o RAA é anual ou sobre o ciclo avaliativo?
Agosto 13, 2011 at 1:33 pm
A treta continua…
Agosto 13, 2011 at 1:36 pm
Uma mão cheia de nada e a outra de mais do mesmo:
http://fjsantos.wordpress.com/2011/08/13/uma-mao-cheia-de-nada-e-a-outra-de-mais-do-mesmo/
Um bom título (paráfrase do livro de Irene Lisboa) para uma boa análise.
Agosto 13, 2011 at 1:43 pm
#3
De facto parece haver uma grande confusão entre os Artºs 5º, 18º e 19º, quanto à periodicidade dos relatórios de auto-avaliação e à duração dos ciclos avaliativos.
Agosto 13, 2011 at 1:49 pm
Professores: novo modelo prevê avaliação interna e externa
A proposta de novo modelo de avaliação de professores prevê uma avaliação interna, feita em todos os escalões e na escola do docente, e uma externa, centrada na observação das aulas e realizada por avaliadores externos.
O projeto de desempenho docente, entregue na sexta-feira aos sindicatos, prevê isenção de avaliação para os professores no oitavo escalão da carreira, desde que, em todas as avaliações, tenham obtido, no mínimo, a classificação de Bom, estejam no nono e décimo escalões ou reúnam as condições de aposentação.
Segundo a proposta de regulamentação, divulgada pelo Ministério da Educação, será constituída, para os casos de avaliação externa, uma bolsa de avaliadores formada por docentes de todos os grupos de recrutamento.
Ronda negocial a 22 e 23 de agosto
A observação das aulas exigida para o efeito será feita no último ano do ciclo de avaliação docente, sendo obrigatória para os professores em período probatório e nos segundo e quarto escalões da carreira. Poderá ser requerida, em qualquer escalão, para atribuição da menção Excelente.
A primeira ronda negocial entre Governo e sindicatos está agendada para dias 22 e 23.
De acordo com o documento, compete ainda ao avaliador externo aferir a dimensão científica e pedagógica dos professores.
Nas situações de avaliação interna, o avaliador é o coordenador de departamento curricular ou quem ele designar.
A proposta de regulamentação do novo modelo de avaliação de desempenho docente, que abrange educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário, prevê ciclos de avaliação mais longos, coincidindo com a duração dos escalões da carreira.
No caso dos professores contratados, o ciclo de avaliação corresponde à duração do contrato, tendo como limite mínimo 180 dias de serviço letivo prestado. Quanto aos docentes em período probatório, equivale a um ano escolar.
Secção de Avaliação aprova classificação final
O processo de avaliação de desempenho fica concluído no final do ano escolar anterior ao ano da progressão do professor na carreira.
O documento estipula que compete à Secção de Avaliação do Desempenho Docente do Conselho Pedagógico aprovar a classificação final, cabendo-lhe validar as notas de Muito Bom, Excelente e Insuficiente.
Os quatro elementos que compõem a Secção são eleitos pelo Conselho Pedagógico. Em comunicado, o Ministério da Educação assegura que “nenhum professor será prejudicado pelos resultados das avaliações obtidas nos modelos precedentes”, sendo que, após o final do primeiro
ciclo de avaliação, “cada docente pode optar, para efeitos de progressão de carreira, pela classificação mais favorável nos três ciclos entretanto realizados”.
Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/professores-novo-modelo-preve-avaliacao-interna-e-externa=f667875#ixzz1Uudv5CZI
Agosto 13, 2011 at 2:31 pm
Alguém me tira esta dúvida?
Nos 2º e 4º escalões é obrigatório ter aulas assistidas, sendo estas efectuadas no último ano do escalão. Como as progressões estão congeladas, como sabemos qual é esse último ano? Será que temos de pedir aulas assistidas no último ano desses escalões e em todos os anos seguintes até ao descongelamento?
Agosto 13, 2011 at 2:48 pm
#8
Os escalões têm tempos de duração definidos, se depois há progressão ou não isso já é outra conversa.
Continuo sem perceber:
1 – o porquê das aulas assistidas
2 – o porquê das aulas assistidas no 2º e 4º escalões e no período probatório e não noutros escalões (escapou-me alguma coisa?). Já não fizemos estágio?
3 – As aulas assistidas deviam ser só para os “prevaricadores”, temos a IGE que pode fazer este papel, poupava-se muito acabando com isto
4 – porque se insiste em gastar dinheiro, que não temos, com avaliadores externos e aulas assistidas. Nós não temos medo, sentimos que isto é pura desconfiança e que se tapa a boca aos desconfiados com 2 ou 3 aulas assistidas.
5- Como progridem os profs do 8º e 9º escalão, é apenas pelo tempo de serviço?
6- Em quem e como é que o coordenador de dept. pode delegar as suas funções de avaliador?
Para já.
Alguém me dá umas dicas???
Agosto 13, 2011 at 2:52 pm
MN diz:
Não esperava muito mais!
Para ser coerente deveria dizer que este novo simplex é melhor!
Agosto 13, 2011 at 2:57 pm
Qual a lógica de colocar o presidente do conselho geral a interferir na ADD?
Pode nem ser professor.
No ensino superior o presidente daquele órgão está impedido de se intrometer e pronunciar publicamente sobre o quotidiano das universidades/politécnicos.
Agosto 13, 2011 at 3:00 pm
Também não percebo a isenção dos que estão no 8.º escalão. Não progredirão mais?
Agosto 13, 2011 at 3:02 pm
sabendo que as dúvidas continuarão a avolumar-se, alguém saberá dizer-me, para efeitos de avaliação, em que escalão estarão neste momento os tristes do antigo 8º, actual 6º, que de acordo com as normas transitórias do celebre “acordo” seriam reposicionados directamente no novo 8º, sem parar no 7º? Como saberão, os colegas que estavam no mesmo índice mas com menos 1 ano no escalão passaram ao 7º, ultrapassando os colegas com mais tempo de serviço. E agora, para efeitos de ADD, mantemo-nos no 6º, ou somos teoricamente do 8º, ainda que sem receber pelo índice?
Agosto 13, 2011 at 3:03 pm
#0
A segunda dúvida/confusão é, no mínimo, muito preocupante.
A arbitrariedade daí resultante (intervenção dos CPs) pode ser ainda maior do que a que aconteceu no actual ciclo avaliativo, aqui sobejamente documentada. Pode vir a ser um simplex tornado complex por muitas escolas.
Agosto 13, 2011 at 3:14 pm
#14
Correndo o risco de estar a fazer uma interpretação errada, estou em crer, embora o documento nada diga, que estes parâmetros serão os indicadores dos actuais padrões de desempenho. É o que me parece.
Agosto 13, 2011 at 3:15 pm
Boas… não querendo entrar em apreciações de ordem conceptual, nem querendo avaliar esta proposta inserida no conjunto de diplomas legais que regem o sistema educativo, não sabendo que despachos e decretos serão revogados ou alterados quando, e após, esta proposta passar a decreto-regulamentar, e fazendo uma leitura ainda um pouco cuidada, gostaria de acrescentar algo às apreciações já efectuadas pelo Paulo, não com a profundidade que apresenta, mas sobretudo com pontos que apresentam erros tão óbvios que custa acreditar que constem desta proposta.
Assim, chamo a atenção para os os artigos 22.º e 27.º desta propostas. Juntando o 22.º com o facto dos ciclos de avaliação coincidirem com o escalão de cada docente, as quotas serão aplicadas anualmente sobre diferentes conjuntos de docentes, criando arbitrariedade relacionada com o número de docentes avaliados e com a qualidade dos mesmos.
Erro mais grave é o que provém do artigo 27.º. Se, após uma reclamação ou um recurso, um docente passar a ter a menção de Muito Bom ou Excelente, “o agrupamento ou a escola não agrupada tem direito a menos uma menção equivalente no ano seguinte”. Não é o agrupamento ou a escola… será um desgraçado de um docente que, devido a algo que aconteceu no ano lectivo anterior e sobre o qual não tem qualquer responsabilidade, deixará de ter a avaliação a que normalmente teria direito… como se pode justificar tal coisa?
Agosto 13, 2011 at 3:25 pm
Olhe sr Primeiro Ministro: Tirem-me deste filme…….
Estou no oitavo escalão e já sou excelente? Maravilha das maravilhas,(Eu sei que sou ) mas coitado do meu filho que nunca vai entrar para o ensino e que está a trabalhar no que não quer…com uma licenciatura em educação física e com uma depressão que já lhe vai custando uns tostões….bem mas isto não lhe interessa nada porque não deve ter filhos nessa situação. O que lhe queria dizer é que continuamos com as injustiças e agora talvez ainda mais… Eu não tenho vergonha nenhuma de lhe dizer que aprendi muito com uma colega que trabalha comigo e que está no 5º escalão, Essa sim é excelente, e vou continuar a aprender com ela, porque não são os escaloes nem as formações, que não existem, que nos fazem melhores ou piores profissionais, e olhe que essa colega nunca teve excelente …por causa das célebres quotas que são mais uma injustiça a juntar às demais…Tirem-me deste filme e deixem-me trabalhar com as minhas crianças ,pois pode ser que uma delas chegue a ministro, e veja as coisas de outra forma…..veja como é a Educação noutros países mais evoluídos, Austrália, Holanda e copie , copie que nós não vemos nem reclamamos , e deixe de fazer remendos num trapo que já não existe para nada, tenho dito.
Agosto 13, 2011 at 3:32 pm
Esta abaliassom é baril: debia-mos pedir um parser ao Dr. Vítor Espadinha pra savermos se debemos ir comer uns bulinhos de bacalhao a Fafe, até pode ser na Gandarela, com uns cópos de 3.
Ó Guinó-te que te paresse? Bais defendêla ou nam? Esta é milhor cas outras, num é? O Nugueira nem disfarsa o olhar de prazer, mas tem de intusiasmar as óstes! Bámos ber que todos estom felizes!
Agosto 13, 2011 at 3:33 pm
E não se pode simplesmente extermina-la?
Agosto 13, 2011 at 3:40 pm
#17
Grandioso e corajoso depoimento!
Subscrevo na totalidade!
Agosto 13, 2011 at 3:44 pm
Uma tristeza… Uma confusão semântica e legislativa e mais do mesmo.
Informo-te, Guinote, que a CCAD era eleita pelo CP. Não é novidade nenhuma.
Um escândalo a isenção da avaliação dos profs do 8º e 9º escalão (eu estou no 9º).
E o pior, associar-se a avaliação à progressão que está congelada… para sempre.
De vitória em vitória até à derrota final!
Agosto 13, 2011 at 3:49 pm
Já estou a ver, no ano em que chegar ao 8º escalão, ainda muito distante, senão imaginário, receberei um diploma de professor extraordinário e deixarei de ser avaliado. Sai cada aberração deste ministério, que já nada mais me admira.
Agosto 13, 2011 at 3:49 pm
#9
“Continuo sem perceber:
1 – o porquê das aulas assistidas
2 – o porquê das aulas assistidas no 2º e 4º escalões e no período probatório e não noutros escalões (escapou-me alguma coisa?). Já não fizemos estágio? ”
É que os processos “Kafkianos” só são kafkianos quando nos dizem – a nós – respeito. Se deixarem de ser para todos …
Ai, que não, que o Crato até é um bom rapaz, e que está a ser lixado, coitado!
A propósito: quando é que sai o próximo ” folhetim” do SC (Santana Castilho) ?
Agosto 13, 2011 at 3:52 pm
#21,
Era formalmente eleita ou outra coisa?
Ouvi falar mais em outras coisas…
Agosto 13, 2011 at 3:54 pm
Vai ser interessante assistir à argumentação dos sindicatos…têm obrigação de estudar bem a lição e de discutir as questões todas como deve ser, não se deixando levar por sorrisos eduqueses e afins…
Se lhes faltarem argumentos sensatos, justos, consistentes e extremamente oportunos, basta que consultem o blogue em que nos encontramos, pode ser que se inspirem…
Bem hajas, Paulo!
Agosto 13, 2011 at 3:54 pm
Devia o CRAto ler alguns dos depoimentos aqui escritos… alguns assessores o farão afim de afinar a coisa. O trabalho do Guinote afinal pode ser útil.
Agosto 13, 2011 at 3:54 pm
Estava para aqui a pensar, será que o PIT dos profs poderá ser um PAA individual? Ou simplesmente deveria de não existir, somo ou não “obrigados” a contribuir positivamente para o PE?
Agosto 13, 2011 at 3:56 pm
Acabei de ler o DOC, com o projecto sobre o “novo” modelo de avaliação. Mais do mesmo! No essencial, um decalque dos anteriores! Por exemplo, o “Projecto Docente” é outro nome para os “Objectivos individuais”!?
O facto de um grupo de professores não serem avaliados, precisamente os que já estão no topo (ou quase), leva-me a não ter dúvidas de que o modelo de avaliação tem intuitos puramente economicistas, ou seja, impedir o progressão de uma grande parte de docentes, estando, à primeira vista, disrtorcido, por não ser (pelo menos não parecer!), um instrumento de natureza pedagógica, razão para a qual foi criado.
Numa primeira leitura, concluo que não se demarca muito do modelo de MLR/Sócatres, apenas com mais uma maquilhagem.
Agosto 13, 2011 at 3:58 pm
Então o modelo não ia ser igual ao dos privados? se este é o modelo de avaliação dos privados, já estou com pena deles.
Agosto 13, 2011 at 4:00 pm
#29
São uns brincalhões estes nossos novos governantes: anunciam uma coisa e fazem outra(e entretanto o zezinho anda entretido a discutir aquilo que nunca vai acontecer)
Agosto 13, 2011 at 4:03 pm
#0
«O que são os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa a realizar por órgão a designar? Não é a IGE? Os parâmetros da avaliação externa vão mudar?»
Por certo não são os parâmetros da avaliação da unidade “escola/agrupamento”, mas uma bateria de parâmetros a fornecer às escolas para aferir a dimensão “científica e pedagógica”, não permitindo que os CP definem por si só esta dimensão, com implicações inimagináveis no universo de avaliadores externos que cada escola venha a ter. Aliás, estes parâmetros serão depois aprovados pelo CP (art.º 11-º), o que me leva mesmo a crer que se trata de um conjunto vasto de entre o qual optaremos, de forma a criar alguma homogeneidade nacional neste campo.
Um outro aspecto que me parece ter tido uma análise menos correcta será a visão de que o avaliador externo só apreciará as aulas a observar. Não creio ser essa a leitura a fazer. O art.º 13.º indica a competência da avaliação da dimensão “científica e pedagógica” que, mesmo centrada na observação de aulas, deveria ir além disso, digo eu…!
Não vejo como se possa considerar este eventual modelo como menos burocrático. Contas rápidas a 25 docentes por ano, dará umas 300 páginas para uma secção (sabe-se lá com que literacia!) analisar, ponderar e avaliar nas pequenas diferenças de relatórios fastidiosos…
Se conseguirmos apontar os problemas da proposta, talvez para o Natal o modelo seja melhor.
Agosto 13, 2011 at 4:05 pm
#24
No nosso caso foi assim:
– tratando de ser um elemento por nível de ensino, havendo só uma pessoa do pré-escolar, ficou a escolha feita por falta de elementos;
. o elemento do 2.º ciclo deu um passo em frente e ninguém se opôs que fosse ele;
– o elemento do 3.º ciclo foi eleito por votação secreta.
Agosto 13, 2011 at 4:07 pm
# 28
“Como o governo Sócrates gastou em viagens, carros e telemóveis
por Ana Sá Lopes, Publicado em 13 de Agosto de 2011 | Actualizado há 16 horas
Álvaro Santos Pereira ficou estupefacto com as contas de telemóveis, viagens e carros. As contas continuam a chegar”
Não é um modelo de avaliação que foi apresentado, é um modelo de contenção.
Agosto 13, 2011 at 4:08 pm
#23
Nã percebi a sua resposta, até pq nem sequer me encontro em nenhum desses escalões, estarei eternamente no 3º, e já lá vão 20 anitos disto, não é muito eu sei.
Agosto 13, 2011 at 4:11 pm
# 33
fonte: jornal i
Agosto 13, 2011 at 4:16 pm
Se tens 20 anos de serviço já devias estar no 4.
Agosto 13, 2011 at 4:16 pm
O que dirão os comentadores, tais como MST,RS,FM, entre outros, desta avaliação deixar de fora, um universo, tão considerado de professores?..
Porquê a perseguição, apenas a alguns escalões?
Se isto estava mal, não melhorou, piorou.
Reforçou mais uma vez, que os governos deixaram de estar interessados , na qualidade da educação. O que os preocupa, ao contrário dos restantes países europeus, á a ADD.É patológico,não é normal, nem aceitavel que assim seja.
Porquê? Porque, persegue uns professores,desconfiando do seu trabalho, da sua competência, enquanto que quem está nos escalões superiores, não é incomodado, faz a sua vidinha, esperando que a reformas chegue.
É injusto, e sei o que ouço de colegas que estão nos últimos escalões:
-Ai moça, trabalhas como se estivesses em estágio…
– Nâo te chateis, poupa-te que eles não nos dão valor..
Eu a pensar: Valor dão, mas não a mim, e sim a ti, e outros que estão nas mesmas condições.
Até os projectos, quando chegam às escolas, em que muitos são impostos, poupam os mais velhos, os que estão em patamares mais elevados. Pelo menos onde trabalho, verificam-se algumas situações deste tipo. Sendo os de escalões intermédios, os que continuam a trabalhar como burrinhos de carga, que andam a preencher papelada, e a exporem-se em aulas assistidas.
Estou farta de fantochadas, e de me sentir gozada, por políticos, que apenas estão interessados em poupar dinheiro à minha custa.
Certamente que a continuar anos a fio congelada na carreira, era para subir em Novembro, e continuando a não subir, que isto começa a influenciar, a minha pessoa, enquanto profissional.
Por vingança?…
Apenas porque sou humana, não sou uma coisa!..
Agosto 13, 2011 at 4:21 pm
#36
Pois devia, eu mudava em Março deste ano, faltavam-me uns diazitos na contabilidade e fui. Por isso estou à espera de melhores dias.
Agosto 13, 2011 at 4:22 pm
# 37
Lamento que na sua escola assim seja. Não é o que se passa na minha escola. Os mais velhos, salvo raríssimas excepções (“muito bem” protegidos), têm sido os mais sobrecarregados com trabalho.
Agosto 13, 2011 at 4:26 pm
Há mais uns quantos na mesma situação que eu, tenho um colega de grupo em situação exactamente igual, terminámos a Lic no mesmo ano e temos o mesmo tempo de serviço, pelo caminho 2 anos incompletos, por pouco, frutos de colocações e/ou horários incompletos. É a vida…
Agosto 13, 2011 at 4:27 pm
Então tens 18 anos e 5 meses.
Agosto 13, 2011 at 4:30 pm
#41
faço 20 anos certinhos em Novembro próximo, com os “descontos” do tempo de serviço e o resto que já expliquei fiquei nesta situação. Já “investiguei” o caso está certo.
Agosto 13, 2011 at 4:31 pm
#31
Muito pertinente!
As “implicações inimagináveis no universo de avaliadores externos que cada escola venha a ter” só seriam ultrapassadas com parâmetros e critérios únicos a nível nacional. O que também levantará dúvidas…
Outro problema é que as competências da avaliação da dimensão “científica e pedagógica” constante no Artº 13º (avaliadores externos), é também atribuída no 14º aos avaliadores internos, sem se entender bem como é que isso pode vir a ser implementado.
Também temo que o processo se torne tão ou mais pesado que o anterior.
Agosto 13, 2011 at 4:37 pm
#41
Algum erro de contagem. Devias estar no 4.
Agosto 13, 2011 at 4:38 pm
#31,
Só analisei um artigo. O resto virá. Já nos posts da noite escrevi que a análise era preliminar e com as 14 páginas lidas muito rapidamente, sem relacionar e contabilizar tudo.
Roma e Pavia…
Agosto 13, 2011 at 4:41 pm
Uma coisa me parece certa: a divisão entre os professores aumenta. Apenas para dar um exemplo, o facto de os colegas dos últimos escalões não serem avaliados, ao que parece, nos leva a cultivar contra eles animosidade. Mais uma vez o ministério agradece.
Agosto 13, 2011 at 4:43 pm
Alguém me pode informar, por favor, onde posso consultar o documento cujos artigos são aqui comentados? Obrigada.
Agosto 13, 2011 at 4:45 pm
#46
E contamos contigo e as tuas análises!
Ontem não fazia ideia do que seria o percentil e logo depois fez-se luz.
Também ando a ler e a reler, mas surgem-me mais dúvidas que certezas ou mesmo esperanças.
Agosto 13, 2011 at 4:47 pm
#44
Eu tb acho, terei que voltar à carga com a secr.,
Agosto 13, 2011 at 4:47 pm
#47
Está umas mensagens mais abaixo…
Chegou – A Proposta De Novo Modelo De ADD Do ME
Agosto 13, 2011 at 4:50 pm
#46
Não iria por aí.
Já neste modelo, quem não solicitou aulas, viveu o ciclo em paz! Pelo menos, acho-o!
Essa questão leva-nos aos objectivos ocultos da ADD: poupar, poupar, poupar, para alguém ter para desbaratar!!!
Agosto 13, 2011 at 4:50 pm
pelos comentários que tenho lido, começou neste blogue (noutros tb, suponho) a reflectir-se um dos objectivos da nova proposta da ADD: a desejada divisão entre entre “novos” e “velhos”.
Não posso provar mas apostaria que há por aqui muitos “novos” a quererem passar por “velhos” e vice-versa.
Agosto 13, 2011 at 4:52 pm
#49

Experimenta analisar a tua situação aqui.
Não garanto que esteja tudo correcto, mas eu começei a trabalhar no dia 1 de setembro de 1993 e subiria ao 4º escalão em 30 de Dezembro de 2011.
Agosto 13, 2011 at 4:53 pm
#52
Não fiques com dúvidas:
48 de idade, 25 de serviço, 7 escalão…
Agosto 13, 2011 at 4:56 pm
#54
Aqui estão as grandes diferenças.
42 de idade 18 de serviço, 3º escalão.
Agosto 13, 2011 at 5:01 pm
#46,
Não me move qualquer animosidade contra quem não é responsável pela proposta.
Move-me a discordância em relação à proposta, que contraria o fundamental do que era o pensamento do actual MEC antes de o ser.
Quanto a “velhices”, 46 anos de idade, cerca de 20 anos de serviço, 5º escalão.
Agosto 13, 2011 at 5:01 pm
#55
Se fizeres bem as contas, verás que não tive bonificações!
Terás demorado muito tempo a efectivar? Eu consegui ao fim do 3.º ano de serviço!
Agosto 13, 2011 at 5:04 pm
#53
Obrigada, tenho mesmo que voltar à carga.
Já agora 43 de idade a completar os 20 de serviço em Novembro. Serve?
Agosto 13, 2011 at 5:07 pm
#57
Errado.
Efectivei no meu 2º ano de serviço.
Todo o tempo a partir do dia 1 de setembro (1º dia de trabalho) até hoje contabilizou-se como 365 ou 366 dias de serviço (irrelavente para o caso pois todo o tempo de contratado é considerado para a carreira)
A transição da carreira de MLR prejudicou imenso todos os que à data tinham menos de 18 anos de serviço.
Agosto 13, 2011 at 5:11 pm
#59
Terá sido irrelevante? É que era sempre necessário ficar um ano em cada escalão e marcar passo!!!
Mas não sei, é matéria em que não me sinto á vontade.
Agosto 13, 2011 at 5:18 pm
Se reparares no quadro que fiz quem começou a trabalhar antes de 87 (sem bonificações) não tinha o indíce 235 (ou seja tinha um escalão a menos).
Agosto 13, 2011 at 5:19 pm
#56 Paulo
Eu não me referia ao seu post mas sim a comentários que aliás já apareciam por aqui há bastante tempo… como por exemplo, sobre a vidinha dos dos últimos escalões,ou sugestões de que os mais velhos ganham mais fazendo menos, ou que têm melhores horários ( na minha escola sempre verifiquei o contrário, porque a componente não lectiva tapa buracos…) etc, etc.
Sabe, Paulo, eu já estou cansada disto tudo. A ADD cada vez me parece mais uma farsa e um beco sem saída. Cada cabeça sua sentença e começo a inclinar-me para a ideia de que a ADD não serve para nada. Ao longo da vida pensei muitas vezes que gostaria de gravar ou de filmar as minhas aulas para poder analisá-las e melhorar o meu desempenho. Parecia-me também interessante pedir a colegas com quem trabalhava para que assistissem às minhas aulas, tal como fizemos no estágio. Isso sim, seria uma avaliação contínua e formativa. O que se passa actualmente é uma treta. Na minha escola, ao fim de duas ou três semanas eu adivinho sem grande margem de erro quem vai ter MB ou EXC. São os bons gestores de imagem, creio que com uma breve formação de marketing tudo se consegue.
Agosto 13, 2011 at 5:22 pm
#47
Agosto 13, 2011 at 5:25 pm
Como já tem sido notado, legisla-se cada vez pior, os articulados apresentam-se cada vez mais confusos e emaranhados – e este modelo de ADD não é excepção.
Mas atribuir esse facto apenas à incúria ou à inépcia dos legisladores é capaz de ser uma ideia simplista e ingénua. Porque a arbitrariedade e a iniquidade, muitas vezes, são convocadas a título de condições imanentes do funcionamento do próprio sistema/modelo, aparecendo, astuciosamente, a conflitualidade que ele induz a título de mera “perversão administrativa e burocrática” ou de “factor subectivo inerente”, enfim, de tão inevitáveis quanto desprezáveis “danos colaterais”.
Agosto 13, 2011 at 5:27 pm
#37
Também eu lamento que na sua escola seja assim. mas sempre podia reclamar dessa situação na própria escola, sempre que fosse pertinente.
Eu sou “velho”!
Não me incomoda ser ou não ser avaliado por um modelo como este! Não me trará vantagem ou inconveniente nenhum! Dar-me-á o trabalho de redigir um relatório de 3 páginas por ano. Para chegar onde estou entreguei vários relatórios de dezenas de páginas.
Incomoda-me que a eventual isenção de avaliação nos 3 últimos escalões perturbe tanta gente, como se fosse um previlégio. Consideramos que este modelo avaliativo vai melhorar a nossa prática? Pensamos que não chegaremos a velhos ou não acreditamos poder chegar aos últimos escalões?
Mas incomoda-me sobretudo que quem não vê mérito nenhum neste modelo de avaliação, esteja obcecado em o estender ao maior número de colegas possível. Era como se eu, pouco afectado pelas quotas, as defendesse para todos os escalões.
Mas estranhamente a questão das quotas é o meu cavalo de batalha, por considerar que é o elemento que vicia e desvirtua todo o modelo.
Quase apetece dizer: Degladiem-se! Colherão o que semearem!
Mas penso que ainda devemos lutar contra as quotas, contra as arbitrariedades, contra a dimensão do trabalho de/para avaliação, contra a designação forçada de avaliadores, etc.
Sobre a isenção de avaliação para os últimos escalões, não é um prémio, mas pode ser um CASTIGO! Libertando os professores de entregar um relatório de 3 páginas, impede-se de terem MB e a respectiva bonificação de tempo para progressão. Há dúvidas de que muitos dos Exc. e MB iriam/irão para os professores dos últimos escalões? Assim, muitos perderão até 3 anos de bonificação, o que se traduzirá em escalões mais baixos quando da reforma: Muitos EUROS num escalão de topo!!!!
E o objectivo da ADD é apenas este. Se fosse formativo o modelo teríamos seguramente outro modelo.
Agosto 13, 2011 at 5:33 pm
#56
“Quanto a “velhices”, 46 anos de idade, cerca de 20 anos de serviço, 5º escalão”
Ora aí está mais um justo motivo de luta: a contagem de todo o tempo de serviço para efeitos de progressão (dou de barato o congelado se for para toda a administração). É que de reforma em reforma vão uns mesitos ou anitos.
Agosto 13, 2011 at 5:36 pm
#65,
Repito: os colegas “isentados” não têm culpa, caso assim seja.
Mas discordo frontalmente de que não tenham qualquer avaliação no 8º e 9º escalões.
Agosto 13, 2011 at 5:37 pm
# fad
Boas observações/ interrogações. É sempre útil referir aspectos que quase ninguém levanta.
Agosto 13, 2011 at 5:47 pm
#67
Muitos euros, milhões de euros!
Um escalão a menos em 25% dos professores x 13 meses … e depois os efeitos ao longo de 15/17 anos de reforma. Muitos euros, apenas a troco de uns relatórios cuja avaliação ainda tinha custos.
Agosto 13, 2011 at 6:02 pm
e que tal 31 anos de carreira e 6º escalão?
Agosto 13, 2011 at 6:04 pm
#65
Acha então normal, que das largas dezenas de milhar de professores, apenas sejam escolhidos para prestarem contas em aulas assistidas, dois escalões.
Não pode estar a falar a sério.
Percebo o quer dizer, porque isso lhe convém, dado o lugar em que se encontra.Que isto não faz da avaliação de professores uma coisa séria, nem pouco mais ou menos.
Há várias razões, para que tal assim seja. Entre elas, podemos registar, onde ia o ministério recrutar tantos professores para avaliarem outros?
Isso ficaria caro e não era funcional. Então optou-se, por calar a boca do cidadão comum, dizendo que a ADD, existe e é rigorosa.
Eu fui avaliada com aulas assistidas este ano, porque a isso fui obrigada.
Perante as minhas colegas, de escalões finais, era vista como uma tontinha, que parecia que andava no estágio. Até uma aula filmada, fui obrigada a ter, para em caso de desempate. E o colega, acha que eu aceito tudo isto, fazendo de palhaça, sem ganhar mais um euro. Já tenho 21 ano de carreira e continuo no 4º escalão.Porquê, tanta aula assistida, filmes, evidências, se não subo para coisa nenhuma?..
Enquanto isto, os colegas de escalões superiores, vivem o seu dia a dia, na paz dos anjos.
Pode crer, que isto começa a despertar em mim algo, que eu jamais pensava que desencadeava.E assim sendo, algo certamente irá mudar comigo no futuro, não tenho dúvidas..
Agosto 13, 2011 at 6:28 pm
Deve ser problema meu, mas nunca percebi a lógica dos OI, que agora devem passar a Projecto Docente. Se eu sou parte de um todo – a minha escola – que tem o seu projecto e objectivos definidos (PEE), que tonteria é esta de estabelecer o que quer que seja individual? Os meus objectivos/projecto são, forçosamente, os da escola, logo são individuais em quê? Ou tenho de elaborar um PE e um PAA meus, tipo ovelha tresmalhada? Em que é que isto contribui para o trabalho colaborativo e para o sucesso dos alunos?
Agosto 13, 2011 at 6:35 pm
#72
Há muito que faço essa leitura.
Concordo, com o que escreve.Alguém pode ir definir uns objectivos individuais, que não pressuponham e não tenham ligação com o PEA?..
Agosto 13, 2011 at 7:45 pm
#71
Estou a falar a sério!
E parece-me que não entendeu (evito pensar que não quis entender)o que eu escrevi.
Lamento a frustração que revela nos seus comentários…
“Eu fui avaliada com aulas assistidas este ano, porque a isso fui obrigada.
Perante as minhas colegas, de escalões finais, era vista como uma tontinha, que parecia que andava no estágio. Até uma aula filmada, fui obrigada a ter, para em caso de desempate. E o colega, acha que eu aceito tudo isto, fazendo de palhaça, sem ganhar mais um euro.”…
Mas lamento mais que queira tratar a sua frustração tentando provocar frustração nos outros.
Não a vejo contestar a existência de quotas e de afunilamentos. Não a vejo contestar a avaliação por pares sem vocação e formação para isso, nem a vejo contestar o carácter burocrático ou de farsa que é esta avaliação. Não a vejo contestar o tempo de serviço que lhe foi sonegado.
Sobretudo, não a vejo defender o valor desta avaliação. Mas vejo que a quer para todos!
“Percebo o quer dizer, porque isso lhe convém,…”
Não percebeu coisa nenhuma! Deve voltar a ler todo o comentário novamente.
“Enquanto isto, os colegas de escalões superiores, vivem o seu dia a dia, na paz dos anjos.”
Se é inveja, é algo de muito feio. Podiam apenas aparentar viver em paz ou podiam estar em paz por se sentirem seguros do que faziam. Ou mesmo fingir que vivem em paz para provocar a sua inveja.
Enquanto o seu cavalo de batalha for esse, merece a situação que tem.
Infelizmente, eu luto mais por si do que a senhora! Desejar o pior para os outros só piora a situação de todos. Mas nem é este o caso, pois como referi em #65 os professores nos últimos escalões só perdem por não poderem aceder às avaliações de mérito que lhes reduziriam o tempo de permanência nos respectivos escalões.
Agosto 13, 2011 at 9:22 pm
#71 É mesmo inveja e é muito feio. Não foram os colegas dos últimos escalões que criaram esta proposta. São estas posições de maldade que afastam os professores.
Agosto 13, 2011 at 10:01 pm
# 65
Concordo plenamente com tudo o que argumenta! O cavalo de batalha deverão ser as quotas, poderão existir outros, mas este é o que mais repercussões negativas trará à maioria.
Quanto à isenção de avaliação também não a considero um presente, mas antes um presente envenenado! Já fizeram muito bem as continhas e chegaram à conclusão de que se houvesse avaliação obrigatória nestes escalões teriam que “abrir os cordões à bolsa”, pois muitos progrediriam mais rápidamente, não fora o congelamento. Assim, haverão alguns que se fartarão e pedirão reforma antecipada, mesmo ganhando bastante menos e os restantes demorarão mais tempo a chegar ao topo, se chegarem. Entretanto um professor no 7º escalão que tenha excelente pode ultrapassar ou igualar um outro que esteja no 8º. É só fazer contas e verificar que tal é possível!
Não devemos perder o sentido que isto não se trata de cuidar das “quintinhas” de cada um, mas antes de um processo global que como tal deve ser encarado, se é que queremos continuar a ter a pretenção que nos oiçam!
Agosto 13, 2011 at 10:12 pm
Em comunicado divulgado hoje, o PCP referiu que os números divulgados significam mais 31 escolas encerradas do que as inicialmente previstas e mais dois alunos por turma do que o estabelecido.
O anúncio da tutela, para os comunistas, “só pode ser entendido à luz da decisão de reduzir significativamente o número de professores, dando seguimento às imposições da troika”.
As medidas, sustentadas na “ideia de que é preciso ‘emagrecer o Estado’, não têm sequer em conta o interesse das crianças, nomeadamente quando põem em causa o sucesso escolar”, lê-se no comunicado. O PCP garantiu estar em “preparação uma grande operação de desvalorização da Escola Pública, colocando-a em pé de igualdade com as respostas privadas”.
“Elevados níveis de instabilidade nas escolas, nomeadamente do corpo docente, contribui não só para o aumento das retenções” como para o insucesso e procura pelo ensino privado financiado pelo Estado, acrescenta-se.
“O PCP tudo fará para que sejam criadas as condições de estabilidade profissional e de emprego para todos os trabalhadores das escolas, docentes e não docentes, a par da aprovação de medidas que visem a sua valorização e dignificação”, disse o partido.
Na quinta-feira, o Ministério da Educação e Ciência anunciou o encerramento de 297 escolas e que os alunos desses estabelecimentos serão mudados para “centros escolares ou escolas com infra-estruturas e recursos que permitem melhores condições de ensino”.
A tutela indicou ainda que o processo “vai prosseguir no próximo ano lectivo”, assegurando que todos os encerramentos vão fazer-se “com o acordo das respectivas autarquias”.
No mês passado, o ministro da Educação, Nuno Crato, tinha já anunciado que 266 escolas com menos de 21 alunos teriam garantidamente que fechar, indicando ao mesmo tempo que novas agregações de escolas estavam suspensas.
Agosto 14, 2011 at 12:10 am
# 74
#75
#76
O que quero dizer, é que não é inveja, mas sim mau estar, por tudo o que se passa.
Sei que se todos os professores , digo TODOS mesmo, estivessem a passar pelo mesmo, havia uma luta mais igual e todos juntos, conseguiriam alguma coisa.
O que se passa, é que estrangularam essa união, entre professores, fazendo duns filhos, doutros carrascos enteados.
Desejo a todos os colegas que se encontrem nos últimos escalões, vida e saúde da boa, e a mim que não me falte..
Agosto 14, 2011 at 11:03 am
# 13
A nossa situação é no mínimo revoltante!
Agosto 14, 2011 at 3:23 pm
#78 “Sei que se todos os professores , digo TODOS mesmo, estivessem a passar pelo mesmo, havia uma luta mais igual e todos juntos, conseguiriam alguma coisa.” Isso faz-me lembrar qualquer coisa. Ah! A entrega dos objectivos individuais. Num dia todos disseram que não os entregavam e no dia seguinte foram quase todos à socapa entregá-los ao Director. Não estávamos todos na mesma situação? Só que apenas lutaram alguns. O que espera desta classe?