Vejamos a natureza da avaliação:
Artigo 7.º
Natureza da Avaliação
1- A avaliação é interna e externa.
2 – A avaliação interna é efectuada pela escola do docente e realizada em todos os escalões, com excepções previstas no artigo 20.º.
3- A avaliação externa centrada na observação de aulas, é efectuada por avaliadores externos, nas situações previstas nos termos do n.ºs 2 e 3 do artigo 18.º.
Para comodidade da análise, o melhor é ir já em busca dos artigos 20º e 18º;
Artigo 20.º
Isenção de Avaliação
Estão dispensados de avaliação os docentes:
a) Posicionados no 8.º escalão da carreira docente, desde que, em todas as avaliações efectuadas ao longo da sua carreira, tenham obtido, no mínimo, classificação de Bom;
b) Posicionados no 9.º e 10.º escalões da carreira docente;
c) Que reúnam condições de aposentação durante o ciclo avaliativo.(…)
Artigo 18.º
Observação de Aulas
1 – A observação de aulas é da responsabilidade dos avaliadores externos, nos termos do artigo 13.º, a quem compete proceder ao registo das observações.
2 – A observação de aulas é feita no último ano do ciclo de avaliação do docente.
3 – A observação de aulas é obrigatória para os docentes:
a) Em período probatório;
b) Nos 2.º e 4.º escalões da carreira;
4- Sempre que o docente requeira, em qualquer escalão, para a atribuição da menção de Excelente.
Comecemos pelo mais polémico:
Mas por que justificação plausível se pode encontrar para isentar de avaliação quem está nos 8º e 9º escalões, atendendo a que existe progressão possível? Podem progredir sem avaliação? E porque só aos docentes do 8º escalão se pede que em todas as avaliações tenham tido pelo menos Bom? Quem está no 9º escalão pode ter tido classificações inferiores (ou não ter sido avaliado) por alguma razão em especial? A que se deve tal privilégio? A meras questões práticas relacionadas com a dificuldade em arranjar avaliadores?
Não é aceitável este tipo de isenção que contraria qualquer lógica de demonstração de mérito exactamente por parte de quem deveria servir de exemplo e modelo para os docentes em início ou a meio da carreira.
Isenção de avaliação? É que não se fala de aulas assistidas. É pura e simplesmente de qualquer avaliação! Completamente inaceitável. Parece ser uma medida feita à maneira dos tempos de Maria de Lurdes Rodrigues, destinando-se a aliciar uns quantos para colocarem o modelo em desenvolvimento. Como sabemos, deu resultado e será ver muito boa gente a desfrutar do que, neste caso sim, é um claro e abusivo privilégio discriminatório.
Já a avaliação externa, através da observação de aulas, fica mais ou menos como era, tornando apenas regra o que era excepção: o carácter externo do avaliador. O que a mim não provoca especiais urticárias, como a alguns cristãos-novos reconvertidos à avaliação interna e interpares de que tanto mal disseram.
O que acho errado é que a observação de aulas exista apenas em dois escalões, sendo particularmente ridícula, neste contexto, a obrigatoriedade no 4º escalão (declaração de interesses, estou no 5º, não se me aplica), pois os docentes que lá estão estacionados têm, mais coisa menos coisa, cerca de 20 anos de carreira, como contratados ou do quadro, mais ou menos congelamento.
Se dispensam de qualquer avaliação os do 8º escalão, porque raios obrigam à parafernália toda os do 4º?
Não seria mais lógico limitar essa observação (já que não vai ser generalizada conforme se pensava e foi mesmo explicitado como boa prática de uma ADD) ao período probatório e aos primeiros escalões que, como a generalidade dos estudos indica, são os mais críticos para o desenvolvimento profissional dos docentes?
E já agora, os avaliadores externos poderão (desta forma) ser do 3º escalão ou do 5º, nada sendo referido sobre os requisitos adicionais para serem recrutados/nomeados como avaliadores externos.
Como está o diploma – sendo um decreto regulamentar, em que outro diploma (e em que termos) pensam regulamentar a nomeação e os requisitos dos avaliadores externos?
Uma outra lógica recomendaria que fossem avaliadores os docentes mais experientes, do 8º escalão para cima, por exemplo (quando os há), mas esses são aqueles que não terão de demonstrar qualquer tipo de desempenho, pois estão isentos de avaliação.
O que é inaceitável e lá voltamos ao início desta conversa.
Agosto 13, 2011 at 5:15 pm
Que “situações previstas” são estas?
3- A avaliação externa centrada na observação de aulas, é efectuada por avaliadores externos, nas situações previstas nos termos do n.ºs 2 e 3 do artigo 18.º.
Agosto 13, 2011 at 5:18 pm
Quem nomeia os avaliadres externos? Como serão escolhidos? Será só pela antiguidade? T~em de ter formação específica?
Eu , 36 anos dee serviço, 9º esclão, sempre em formação, actualização cientificoo-pedagógica, prefiro ficar fora. Todos somos professores.
Agosto 13, 2011 at 5:20 pm
é caso para dizer: já podes dar aulas de direito!!
Agosto 13, 2011 at 5:20 pm
Eu interpreto assim: quem está nos 8º e 9º não vai progredir mais. Ponto final.
Logo, não vale a pena gastar tempo e dinheiro com esses.
Os mais torturados são os do 4º. Porquê? Porque quem aí está, dificilmente avançará…
Se ninguém progride na próxima década, para quê insistir nesta doideira sem remendo possível???
Agosto 13, 2011 at 5:22 pm
#2, eu, 8º escalão, um biénio sem avaliação ( por não ter entregue o RAA), estarei na calha para avaliadora???
Só de pensar nessa hipótese, fico com as férias estragadas!!
Melhor esquecer…
Agosto 13, 2011 at 5:33 pm
Sobre as aulas assistidas, mais especificamente, logo escrevo amanhã.
Agosto 13, 2011 at 5:34 pm
..enquanto lutamos desesperadamente por dignidade Nogueira Leite….
Actualmente já é:
– administrador executivo da CUF,
– administrador executivo da SEC,
– administrador executivo da José de Mello Saúde,
– administrador executivo da EFACEC Capital,
– administrador executivo da Comitur Imobiliária,
– administrador (não executivo) da Reditus,
– administrador (não executivo) da Brisa,
– administrador (não executivo) da Quimigal
– presidente do Conselho Geral da OPEX,
– membro do Conselho Nacional da CMVM,
– vice-presidente do Conselho Consultivo do Banif Investment Bank,
– membro do Conselho Consultivo da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações,
– vogal da Direcção do IPRI,
e agora vice-presidente da CGD!!!!!!! Mais palavras…
Agosto 13, 2011 at 5:42 pm
TODOS somos professores. Quero dar aulas em paz e melhor que sei. Deixemos de nos consumir com tretas.
Agosto 13, 2011 at 5:44 pm
#7
Coitado do homem!!!
Mas, pensando bem, deve haver docentes com mais funções do que ele: professor, apoios, direcções disto e daquilo, coordenação deste e daquilo, grupos de trabalhos, disciplinares, de articulação, comissões…. ás tantas alguns profs. ainda acumulam mais funções, ganham é menos!
Agosto 13, 2011 at 5:46 pm
#9 Com mais funções sim… com menos a tudo o que diz respeito a €.
Agosto 13, 2011 at 6:05 pm
Artigo 20.º
Isenção de Avaliação
Estão dispensados de avaliação os docentes:
a) Posicionados no 8.º escalão da carreira docente, desde que, em todas as avaliações efectuadas ao longo da sua carreira, tenham obtido, no mínimo, classificação de Bom;
Não me parece que os professores do 8º escalão estejam dispensados de avaliação. Quantos são os professores do 8º escalão que em TODAS as avaliações efectuadas AO LONGO DA SUA CARREIRA , tenham obtido, no mínimo, classificação de Bom?(desculpem as maiúsculas mas não consegui colocar negrito para salientar)
Estou a interpretar mal?
Agosto 13, 2011 at 6:07 pm
#10
Pois essa é que é essa! Se eu ganhasse um prémio de 2000 € por reunião ou galo me cantava. Tomara eu!
Agosto 13, 2011 at 6:08 pm
Digo: “outro galo me cantava”.
Agosto 13, 2011 at 6:08 pm
#11
Provavelmente não. Mas haverá uma qualquer circular a dizer que o S antes de MLR equivale ao B pós MLR, Assim tipo Bolonha e pré-vergonha!
Agosto 13, 2011 at 6:08 pm
#11 a esmagadora maioria. O antigo Satisfaz equivale ao Bom actual.Falta dizer «ou equivalente».
Agosto 13, 2011 at 6:20 pm
Neste post evidencia-se bem a “natureza” desta ADD. O papel das AO, as incidências (cirúrgicas, sobre certos escalões) ou “isenções” (estratégicas, sobre outros escalões), que pautam o regime das mesmas, não deixam grande margem para dúvidas acerca dos propósitos do modelo.
A “qualidade do ensino e a melhoria das aprendizagens” não passam do álibi ideológico para caucionar o controlo e a domesticação da classe docente. Os pressupostos estão aí à vista de todos:
– Desconfiança de base em relação à classe e ao seu funcionamento (“nem todos podem chegar a generais”…) ;
– Controlo (regime autocrático de direcção e AO selectivas e instrumentais) e estrangulamento administrativo (quotas) da carreira docente;
– Proletarização e precarização da profissão (o professor reduzido a “funcionário/burocrata do ensino”).
E são instituídos através de:
– Sistemas(administrativo-burocráticos) de normalização (operando pela generalização do dispositivo de “observação”), conduzindo à uniformização (por padrões de desempenho) das práticas da docência;
– Mecanismos de condicionamento competitivo, produzindo a atomização e fragilização do corpo docente (daí, p. ex., as “isenções” que distinguem ou premeiam escalões).
Agosto 13, 2011 at 6:31 pm
Não se devia misturar a discussão da progressão com a da avaliação. A progressão está congelada por acto administrativo ad libitum e poderá sê-lo novamente até se fartarem. Para o fazer os governos viram as classes umas contra as outras. Já o mecanismo da avaliação destina-se a criar a dissensão dentro de uma classe. São coisas bem diferentes. A questão das quotas deveria ser encarada como um mecanismo de restrição à progressão e posta de imediato noutro plano de discussão.
Agosto 13, 2011 at 6:51 pm
Viajei no tempo e revisitei ADD antes de MLR. Um relatório com uma estrutura simples claramente definida no Diário da República (ao qual deveria ser anexada a prova da realização de ações de formação), apresentado apenas nos momentos de mudança de escalão. Com poder de síntese, um máximo de três páginas, capa incluída. Simples, justo e sem contestação. Quem queria Bom ou Muito Bom também pedia pedi-los, sendo avaliado em conformidade.
De tanto se querer distinguir os “bons” dos “maus” e de se achar que “isto não é avaliação não é nada!” ou que “é tudo um embuste”, vejam no que deu!
Admito-o: tenho saudades do tempo da avaliação que não era avaliação, pois agora é que é mesmo avaliação (risos)!
Abraço a todos!
António Pereira
P.s. Vou fazer uma proposta ao Nuno para resolver o problema da ADD de uma vez por todas: ALARGUE-SE, JÁ!, A ISENÇÃO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DE TODOS OS ESCALÕES!
Agosto 13, 2011 at 6:53 pm
Queria dizer:
ALARGUE-SE, JÁ!, A ISENÇÃO DE AVALIAÇÃO AOS PROFESSORES DE TODOS OS ESCALÕES!
Agosto 13, 2011 at 6:55 pm
Pois: mais uma bosta mal cheirosa. Porquê só os docentes colocados nos 8º. e 9º.s escalões estarem isentos de avaliação? Porque, tal como diz a Reb, lá mais acima, estão em fim de carreira e não vão progredir mais… portanto… depois, porque deve ser desses que vão sair os futuros avaliadores… sim, porque não serem avaliados é um rebuçado envenenado.
A observação de aulas nos 2º. e 4º. escalões é arbitrária. É nestes como poderia ser noutros. Tal como diz o Paulo, era muito mais sensato fazer uma avaliação a sério nos primeiros anos de carreira, porque é no início que se revelam as maiores dificuldades, digo eu… Na verdade, já nem sei o que diga. A verdade é que esta paranóia de criar um modelo de avaliação a uma classe profissional de tantos milhares de pessoas tem por única utilidade garantir que muitas delas, principalmente as dos 2º. e 4º. escalões, vão ficando pelo caminho. Esta é a única utilidade de avaliar profissionais que fizeram um curso, um estágio, um período probatório… e que todos os dias são postos à prova directamente à frente de uma pequena multidão de alunos e depois, indirectamente, à frente dos pais.
Ah! e há ainda que domesticar a classe!
Verdadeiras vantagens para a Educação? Não há.
Agosto 13, 2011 at 7:02 pm
Estou no antigo 9º. escalão. Penso que agora é o 8º. Não sei se há alguém no 10º. Não posso concordar com nada disto.
Agosto 13, 2011 at 7:04 pm
’tou farta desta loucura….enjoada e agoniada!!!!!
para variar estou no 4º escalão…. congelada,gelada, e de sorvete….
com a recessão em que estamos a entrar….que é coisa para 10 anos…. para que querem eles que se assista às aulas do 4º escalão, já tenho bem mais de 20 anos mais gelo menos gelo…farta de tanta falta de respeito….. eu devia era ser filha do nogueira leite!!!!
Agosto 13, 2011 at 7:30 pm
O quadro de isenções vem “dizer” que a carreira estará congelada para os próximos dez anos. Vale uma aposta a longo prazo?
Agosto 13, 2011 at 7:36 pm
# 23
Em especial para esses isentados,obviamente.
Agosto 13, 2011 at 7:54 pm
isto tudo mete nojo
Agosto 13, 2011 at 7:57 pm
#21
se falares em índices não há confusão, estás no 299; eu estou no índice que foi criado para fazer a tramóia (235). Se nada disto tivesse acontecido estava agora no 299 e em 2015 estaria no 340!!!!!! Isto foi obra do diabo!!!! só pode!!!!! temos que nos defender destes animais.
Agosto 13, 2011 at 7:58 pm
#20, concordo!
A isenção nos 8º e 9º vem mostrar-nos, com clareza, que a carreira parou ali.
Não poderia dizer-se o mesmo para os que estão nos escalões abaixo. Era inaceitável. Mas, na realidade, cada um de nós parou no escalão em que se encontra. Não há progressões.
Mais valia sabermos todos isso. Mas, a continuar de modelo em modelo, a classe vai esmifrar-se pelas notas altas, na esperança vã de que, daqui a uns anitos ( décadas, talvez qdo já reformados), suba um degrau no vencimento…
Isto nada tem a ver com formação e melhorias de desempenho.
Agosto 13, 2011 at 8:01 pm
Agora imaginem que o pessoal do 8º escalão não aceitava isto por achar que tem, como os demais, direito a progredir na carreira até ao último escalão.
Não é o que eu quero para mim. Mas pode haver quem, estando nestas condições, não se conforme.
Agosto 13, 2011 at 8:04 pm
Tudo isto tem a ver com dar aulas o mais barato possível; chamam os economista com eficiência, o menor numero de professores possível com o maior numero possível de alunos por turma.Ma os filhos dele vão para o estrangeiro ou para colégios particulares, portanto eles são os primeiros a não utilizar o sistema que estão a criar.
Agosto 13, 2011 at 8:05 pm
E isto agora de formas de luta está fraco porque acusam logo de ser traidor ao país e à sua dívida soberana. De maneira que vamos continuar a penar……
Agosto 13, 2011 at 8:06 pm
Fiquemos então felizes por não ganharmos o salário mínimo que é o sonho dos nossos governantes!!!!
Agosto 13, 2011 at 8:08 pm
Admito que foi ingenuidade da minha parte, mas nunca pensei que, depois do que NC disse publicamente sobre o anterior modelo, fosse apresentar um que não é assim tão distinto dele. Há diferenças, sim, mas não são substanciais nem marcam a diferença. Não julguei que fosse “salvar o mundo”, mas tomava-o por uma pessoa mais criativa.
Por exemplo, onde está a redução da burocracia? Tanto que falou sobre isso, não só sobre a ADD mas tb sobre a vida nas escolas. Cheguei a ter esperança de que esta, de facto, fosse reduzida, mas já não tenho… os papéis e as reuniões são para continuar. 😦
Agosto 13, 2011 at 8:13 pm
#20
Onde está escrito que os professores do 8º e 9º escalão não vão progredir??!!
Agosto 13, 2011 at 8:15 pm
e os contratados (sem a bonificaçãozinha…) são avaliados para? como?
(não, não me apetece ler…)
Agosto 13, 2011 at 8:21 pm
#33, sem avaliação não há progressão!
Não acredito em progressões automáticas. Seria ilegal. 🙂
Agosto 13, 2011 at 8:21 pm
#20
Nas estrelas! recredir talvez para salvar o País e os privilegios de alguns!
Agosto 13, 2011 at 8:21 pm
ora aqui estão os nossos queridos políticos a mentalizar a carneirada
Programa de ajustamento financeiro
Corte na despesa pública não cobre nem um quarto do desvio orçamental
13.08.2011 – 14:54 Por PÚBLICO
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Vítor Gaspar anuniou ontem a antecipação do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás
Vítor Gaspar anuniou ontem a antecipação do aumento do IVA sobre a electricidade e o gás
(Daniel Rocha)
Os cortes na despesa pública não vão cobrir nem um quarto do desvio orçamental de 1,9 mil milhões de euros. Apesar de o Governo se ter comprometido em cobrir o “buraco” com medidas em partes iguais do lado da despesa e da receita, pouco mais de 300 milhões virão de cortes da primeira solução.
Agosto 13, 2011 at 8:27 pm
“Docente actualmente c/ 20 anos de serviço Docente actualmente no início da carreira.
Aulas assistidas com 23 anos de serviço Aulas assistidas com 15 anos de serviço.
Aqui está uma grande incongruência do sistema agora proposto no que se refere à componente de aulas assistidas obrigatórias. Ou seja, não reconhece aos professores mais velhos que, com 23 anos de serviço, estão devidamente preparados para progredir ao 5.º Escalão da carreira e, no entanto, consideram que os docentes mais novos quando terminarem o 15.º ano de serviço já estarão em condições de prosseguirem na carreira, acedendo igualmente ao 5.º Escalão” Ramiro Marques
Esta proposta apresenta ATROCIDADES que até o Ramiro vê!!!!!!!!!! …e o João Dias da Silva parece satisfeito…
Agosto 13, 2011 at 8:29 pm
Mudam algumas designações, mas não há ruptura com o monstro kafkiano:
“Sujeição às regras do SIADAP impede ruptura efectiva
Sem prejuízo de uma discussão aprofundada sobre o projecto ministerial de novo modelo de avaliação e da elaboração de um parecer a entregar no dia 23 de Agosto, no MEC, no âmbito da reunião negocial convocada para as 10 horas desse dia, a FENPROF não pode deixar de tecer, desde já, alguns comentários.
Assim, tendo em conta o conteúdo do documento recebido às 23.30 horas de 12 de Agosto, numa primeira e muito simples leitura, pode afirmar-se que:
•A sujeição do regime proposto às regras gerais do SIADAP impede-o de se libertar de diversos procedimentos do modelo actual, limitando-se a alterar algumas das suas designações. Exemplos: as quotas surgem como percentis a ter em conta na atribuição de Excelente ou Muito Bom e os objectivos individuais passam a chamar-se Projecto do docente, ainda que mantendo o carácter facultativo já actualmente existente;
•Há procedimentos cuja exequibilidade é duvidosa, designadamente a criação de uma bolsa de avaliadores com docentes de todos os grupos disciplinares (que, de acordo com o documento de princípios gerais apresentado pelo MEC, serão de escalões superiores aos avaliados) ou a avaliação externa depender de docentes de outra escola, uma solução já estabelecida anteriormente e que não foi praticável;
•A ligação e implicações da avaliação na carreira num momento em que esta se encontra bloqueada levantam, no mínimo, dúvidas quanto à manutenção de um regime que, até por essa razão, deveria ser mais formativo e menos orientado para a gestão das progressões;
• Os docentes contratados só poderão ser apenas avaliados nos casos em que o seu contrato tenha uma duração mínima de 180 dias, o que poderá pôr em causa a contagem do tempo de serviço prestado em contratos de menor duração;
• O adiamento, mais uma vez, da consagração de uma solução para os inúmeros docentes que se encontram fora das escolas, exercendo a sua actividade em instituições dependentes de outros ministérios. O processo continuará a aguardar regulamentação futura com prejuízo para a contagem de tempo de serviço destes docentes;
•Positivamente, assinala-se o alargamento da duração dos ciclos avaliativos, a limitação da observação de aulas, nos casos em que é obrigatória, ao último ano de cada ciclo, a substituição das grelhas de auto-avaliação por um relatório crítico da actividade elaborado sinteticamente;
• Por fim, tendo em consideração o regime de isenções proposto pelo MEC, bem como o tempo mínimo de contrato proposto para que haja avaliação, tudo indica que, finalmente, a avaliação deixará de ter qualquer implicação nos concursos dos professores, reivindicação que, há muito, vem sendo defendida pela FENPROF.
Na reunião de dia 23 de Agosto, haverá oportunidade de esclarecer muitos dos aspectos que, neste projecto não são claros, mas também de confrontar o MEC com um dos problemas principais que, de momento, preocupa os docentes: a situação de milhares de contratados que, em Setembro, ficarão no desemprego e de docentes dos quadros que não terão horário lectivo distribuído.
O Secretariado Nacional da FENPROF
13/08/2011
Agosto 13, 2011 at 8:36 pm
É uma vergonha considerar que os professores do 8.º e 9.º escalões não sejam avaliados. É uma continuidade do professor titular. Se estas medidas forem em frente, estou disposto a participar em movimentos de rua. Como os de Londres. Vamos para a guerra.
Agosto 13, 2011 at 8:42 pm
Olha o MN a sentir a hostilidade do pessoal em Setembro para alinhar umas marchas e umas greves simbolicas!
Agosto 13, 2011 at 8:48 pm
Eu seja cão se percebo alguma coisa desta confusão toda!
Agosto 13, 2011 at 8:53 pm
😆
Agosto 13, 2011 at 8:54 pm
#42
eu explico: trata-se de um roubo (da continuação de) com anestesia, a anestesia das palavras.
Agosto 13, 2011 at 8:59 pm
Esta trapalhada com a avaliação dos professores do 8º, 9º e 10º escalões leva-nos a concluir que a história do mérito é só para inglês (ou será a troika?) ver. Isto vem de um governo formado por partidos que votaram a suspensão da ADD na legislatura anterior porque coiso e de um Ministro que tinha vontade de implodir o ministério que dirige. Deve haver algo que me escapa…
Agosto 13, 2011 at 9:00 pm
Passo!
Agosto 13, 2011 at 9:05 pm
o que te escapa é que eles quando estão na oposição são uma coisa e quando vêm para o governo são outra; agora a mim o que me faz rir é o ps ser eleito daqui a 4 anos porque o psd governou mal e então temos que daqui a 8 anos o psd será outra vez governo porque o ps governou mal.
Agosto 13, 2011 at 9:07 pm
#42 que confusão?
Agosto 13, 2011 at 9:12 pm
amigos e amigas não se preocupem com a ADD
preocupem-se com coisas mais serias, por exemplo , nº de alunos pori turma , conteudos das varias disiciplinas, curriculos, mega-agrupamentos, baixa de salarios, privatizacao do ensino e degradacao da escola publica, etc
daqui a 4 anos o governo muda , novas regras, entretanto ninguem apanhou com estas pq afinal de contas ta tudo congelado e o pessoal só tem é que c@@gar nisto
Agosto 13, 2011 at 9:15 pm
pois muda muda daqui a 4 anos vais levar com o ps.
Mas daqui a 4 anos sabes o que vais dizer?? isto :”daqui a 4 anos o governo muda , novas regras”
Agosto 13, 2011 at 10:09 pm
Apreciação avisada e assertiva, que aponta, denunciando, um dos aspectos mais polémicos e odiosos da proposta ora apresentada:
“O que acho errado é que a observação de aulas exista apenas em dois escalões, sendo particularmente ridícula, neste contexto, a obrigatoriedade no 4º escalão (declaração de interesses, estou no 5º, não se me aplica), pois os docentes que lá estão estacionados têm, mais coisa menos coisa, cerca de 20 anos de carreira, como contratados ou do quadro, mais ou menos congelamento.” (SIC)
Agosto 13, 2011 at 10:10 pm
PCP teme “maior despedimento de sempre de professores”
O PCP caracterizou como o “maior despedimento de sempre de professores” o anúncio do Ministério da Educação de encerrar 297 escolas do 1.º ciclo do ensino básico e aumentar o número de alunos por turma.
Em comunicado divulgado hoje, o PCP referiu que os números divulgados significam mais 31 escolas encerradas do que as inicialmente previstas e mais dois alunos por turma do que o estabelecido.
O anúncio da tutela, para os comunistas, “só pode ser entendido à luz da decisão de reduzir significativamente o número de professores, dando seguimento às imposições da troika”.
As medidas, sustentadas na “ideia de que é preciso ‘emagrecer o Estado’, não têm sequer em conta o interesse das crianças, nomeadamente quando põem em causa o sucesso escolar”, lê-se no comunicado. O PCP garantiu estar em “preparação uma grande operação de desvalorização da Escola Pública, colocando-a em pé de igualdade com as respostas privadas”.
“Elevados níveis de instabilidade nas escolas, nomeadamente do corpo docente, contribui não só para o aumento das retenções” como para o insucesso e procura pelo ensino privado financiado pelo Estado, acrescenta-se.
“O PCP tudo fará para que sejam criadas as condições de estabilidade profissional e de emprego para todos os trabalhadores das escolas, docentes e não docentes, a par da aprovação de medidas que visem a sua valorização e dignificação”, disse o partido.
Na quinta-feira, o Ministério da Educação e Ciência anunciou o encerramento de 297 escolas e que os alunos desses estabelecimentos serão mudados para “centros escolares ou escolas com infra-estruturas e recursos que permitem melhores condições de ensino”.
A tutela indicou ainda que o processo “vai prosseguir no próximo ano lectivo”, assegurando que todos os encerramentos vão fazer-se “com o acordo das respectivas autarquias”.
No mês passado, o ministro da Educação, Nuno Crato, tinha já anunciado que 266 escolas com menos de 21 alunos teriam garantidamente que fechar, indicando ao mesmo tempo que novas agregações de escolas estavam suspensas.
Agosto 13, 2011 at 10:18 pm
O facto de se viver uma má avaliação não autorizava expectativas tão elevadas!
O modelo da MLR está justificado numa matriz que o NC herda intacta. Esperar mudanças substanciais? Não brinquem mais como muitos aqui andaram a fazer mantendo artificialmente altas expectativas! A MLR foi um erro de casting de Sócrates. Se a dita senhora a quem foi pedida a “empreitada” percebesse um pouco da matéria e conhecesse os professores (que se orgulhou de perder!) teria arranjado um calendário diferente para aplicar a sua ADD, testaria e corrigiria os erros antes de a generalizar e se tivesse extremos cuidados em seleccionar os “titulares” estaríamos, grosso modo, como estamos com as perspectivas que esta proposta permite ter. O modelo da MLR acabou de ser testado, vão-se corrigir os erros … Querem acreditar que é um novo modelo? Acreditem, faça-se a vossa vontade.
Bem sei que custa aos turiferários deste ministro enfrentar esta dura realidade, mas vistas as coisas nada muda de essencial e seria expectável uma mesma atitude combativa e com igual denodo com que se zurziu com plena justiça as políticas da dita senhora.
Agosto 13, 2011 at 10:20 pm
Mais uma para motivar mais quem trabalha! Com 23 anos de serviço e no 5º escalão, sinto-me traído por toda a gente. Do desgraçado do Sócrates e da Maria de Lurdes nem vale a pena falar, deviam ser julgados como criminosos. Os sindicatos assinaram o último estatuto da carreira, fizeram um frete politico gigantesco ao governo de então, sem cuidar das enormes injustiças que ele acarretava. quem se tramou foram os que estavam entre o 6º e o 8º do antigo estatuto, nunca mais têm hipótese de chegar ao topo da carreira. O que no mínimo seria justo era que ao tempo de serviço de cada um correspondesse o respectivo escalão na carreira!
Com esta nova avaliação foram-se os titulares mas ficaram os privilegiados, já têm o dinheiro e ainda por cima estão dispensados de tudo. Nas escolas os directores e a sua camarilha mafiosa não estão preocupados com os alunos mas com a sua sobrevivência. Para os amigos tudo, para os outros a lei!. Aos compadres e às comadres os cargos chave, bons horários, as turmas escolhidas, o menor número de alunos possível e… os excelentes…! para os outros, o trabalho. Já ninguém tem vergonha!Vale tudo.
Por mim acabei um ciclo, levei alunos do 7º ao 12º ano, (cheguei a ter 150 e uma DT) os resultados nos exames nacionais ficaram bem acima da média nacional mas já atingi o limite! Aguentei estes anos para ver alguma mudança…
Para o ano a planificação está feita, trabalhos de grupo durante um mês, outro mês para os alunos apresentarem os trabalhos, no básico 4 e 5 para todos, no secundário uma nota para eles não reprovarem no exame… também fica bem um teste, na matriz dos objectivos dá-se logo as perguntas e as respostas… alguns que andam a ter excelentes sempre assim fizeram e nunca ninguém os impediu. ESTOU FARTO DE ÉTICA PROFISSIONAL E DE SALVAR A PÁTRIA! VÃO BARDAM…
Agosto 13, 2011 at 10:22 pm
Já que estamos em fim de ciclo convém dizer o resto! Quem corrige exames nacionais de 12º ano, quem cumpre os critérios todos, não é quem tem mais turmas do Secundário! Ficar com as turmas dá jeito em termos de horário e estatuto, corrigir os exames implica dar a cara, mostrar competência e não receber quase nada.
A outra é a tão falada continuidade! Dar continuidade mas não vir ao 7º ano, isso dá muitos alunos e muito trabalho!
Então é simples: ter o máximo de turmas do Secundário e não corrigir exames nacionais de 12º, dar continuidade mas não vir ao início! Digam lá que assim não são excelentes!
A outra aberração é a indústria de explicações: escolhem-se as melhores turmas, dos bons, dos que não dão problemas e dá-se explicações aos outros desgraçados! TUDO na mesma escola e na mesma sala dos professores! Dá para confrontar o professor da turma e ter logo ali a jeito o/a explicador para corrigir o teste, tirar as dúvidas, meter uma cunha! ou, caso seja necessário, meter um recurso!
Tudo na mesma escola e na mesma sala de professores! O que faz a direcção? Participa… no lodaçal.
Agosto 13, 2011 at 10:26 pm
Paulo,
Estarei enganado ou as coisas são mesmo assim: http://educaraeducacao.blogspot.com/2011/08/uma-add-sem-quotas-cenarios.html
Agosto 13, 2011 at 10:27 pm
Relativamente aos colegas do 9º escalão, o MB e o Excelente são irrelevantes, tanto no actual, como no futuro modelo de ADD!!! A redução do tempo de permanência nos escalões que advém dessas bonificações só tem efeitos no escalão seguinte.Assim,qual o interesse dessas bonificações quando passarem para o último escalão?????
Só se forem mais cedo para a reforma!!!!!
Agosto 13, 2011 at 10:30 pm
#56
Coisa mais tosca… esqueceu-se de ler a alínea a)!!!!!
Agosto 13, 2011 at 10:33 pm
Ora por aqui esperava-se tudo do Crato ministro, ou estou enganado?
Parece-me bem esta avaliação, até porque estou no 9º novo escalão. Para que diabo seria avaliado? Já dei provas de ser BOM ao longo de muitos anos. Crato revela-se um ministro prático. Na minha idade, o que significa ser avaliado? Tenho o privilégio da idade, da experiência, da, de, dos, das, carago, vim para esta profissão antes do 25 de Abril, quando se podia ir para o que se quisesse, já cá não estarei muito tempo, na verdade, muito pouco. Avaliarem-me para quê, eu que até já fui titular? O colega, a colega que me lêem, já foram titulares? Nunca foram? Cá me queria parecer. Pois nunca saberão, nunca usufruirão desse momento diáfano em que nos declaram titulares. Na verdade, já não sou, mas fui! «Viveu-se? Pode-se morrer.», lá diz aquela inesquecível Dona Madalena de Vilhena! Agora, quem anda pelos quartos, quintos, e partes mais baixas, ou quer entrar :), deve ser avaliado. Tem de ser. Por exemplo, estas colegas – sem misoginia – que lêem Paulo Coelho, e o dizem, o confessam, o proclamam… Não devem ser avaliadas? Eu acho que devem, têm de ser até examinadas. Este coimbrão Professor Doutor Carlos Reis, que por quantia não declarada, mas que deve ter sido muiiiito redondinha, este lente, dizia eu, que agora proclama – cheio de razão, digo eu sem ironias baratas – a excelência dos nossos não lidos clássicos – ah, já me esquecia, quanto terá empochado para colocar o nome na frente de um manual dos tais nos quais pululam autores de categoria duvidosa? Quanto? Ora quem tem telhados de vidro… Mas não deixa o homem de ter a sua razão. Que me desculpe a germânica wagneriana Edwiges, mas tem. Isto de professores de P ou LP lerem o seu Antero ou o seu Camilo foi chão que deu uvas. A um mesito do início das aulas, há muita gentinha que vai leccionar LP e não sabe ainda distinguir um complementozito de um modificador. Piàgêtes! O manual resolverá!
Deixemo-nos de modificadores e regressemos aos complementos, isto é, ao essencial: pois eu acho bem esta nova ADD que se anuncia, ou anunciaram quase no dia seguinte. Vamos lá avaliar a rapaziada, é urgente como o barco do outro!
Este modelo, pelo menos, não faz com que a avaliação seja feita pelos ditos pares. Que tantas vezes eram ímpares 🙂 E mais não digo para me não repetir.
Este modelo vai trazer maior tranquilidade às escolas. E não só: maior qualidade no processo de ensino-aprendizagem. Porque, em verdade o reconhecemos e o proclamamos deste modo: aqueles e as muitas, muitas aquelas que nestes conturbados tempos recentes diziam não poder ensinar porque sim, agora vão poder fazê-lo porque não. Menos tempo para papeladas e descritores será mais tempo para preparar as aulinhas.
Penso eu. Mas o que pensar quando uma colega, professora de LP segundo ciclo, excepção por certo, sem dúvida, de facto, a um mesito das aulas diz que está preocupada pois não vê muito bem como ocupar três blocos de 90 minutos por semana?
Crato, sabias disto?
Eu acho que sabes, meu maroto…
———–
P. S. Se não levar muita pancada, prometo entreter-vos mais vezes. Eh, eh! 🙂
Agosto 13, 2011 at 10:34 pm
#58
A ordenação das classificações por ordem crescente é para a aplicação do percentil.
Agosto 13, 2011 at 10:39 pm
# 59
Lamento muito que esteja para se despedir do ensino (e, mais ano menos ano, da própria vida) e espero que venha a este sítio mais vezes.
Quanto à dúvida do PG relativamente à razão pela qual os colegas como o Mesão não serão avaliados, é «simples»: é uma forma de, não os aborrecendo, os manter no activo. De contrário, manter-se-ia a corrida às reformas antecipadas, o que constituiria uma dupla despesa para o estado: mais reformados + mais novos contratados.
Agosto 13, 2011 at 10:40 pm
#60
Ya…
Donde o percentil é aplicado à ordem e não à classificação!
Agosto 13, 2011 at 10:43 pm
#61
Talvez não…
Extraindo o factor relevante para os concursos (algo que ainda não se confirma), usar os de cima para puxar os de baixo… Ou seja, vamos mudar os nomes aos bois, mas manter o figurino: o povo não gosta, damos uma benesse a quem puxe pelos bois… Bois, não boys. Com devido pedido de desculpas aos dois!
Agosto 13, 2011 at 10:48 pm
#62
Pois claro!
Agosto 13, 2011 at 10:49 pm
#60
Leitura de quem não é matemático:
Ordenando todas as classificações (“supônhamos” 100), teremos 25 classificações acima do percentil 75 e,dessas, 5 classificações acima do percentil 95.
Logo, em 100 avaliados poderá haver um máximo de 5 Exc. e 20 MB. Tal e qual como com as quotas.
Poderá haver… porque no projecto são indicadas outras condições.
Falar de percentis em lugar de quotas é jogada psicológica para desdramatizar e apanhar algums incautos que, como eu, não entendem nada de matemática. E parece que já apanhou muitos.
É só fazer as contas.
Agosto 13, 2011 at 10:54 pm
#27 concordo contigo reb. Este congelamento vai durar muuuuuuitos anos!
# concordo Sherlock. Daqui a 4 anos apanhamos com o ps e outras novidades surgirão. Os professores ficaram agressivos uns com os outros.
São os contratados contra os do quadro, os mais novos do quadro desancam nos mais velhos…
Estão preocupados com a avaliação? Pois eu estou mais preocupada com a perda do poder de compra, com as contas para pagar, com o desemprego que atinge membros da minha família mais próxima, com os casais de professores conhecidos que para o ano já não terão colocação e têm filhos para sustentar…
Bolas!
Agosto 13, 2011 at 10:54 pm
Este modelo não vai trazer maior tranquilidade às escolas nem maior qualidade ao processo de ensino-aprendizagem. Apenas acentuará a revolta surda que existe na escolas e prejudicará os alunos. E sim o Crato sabe disto, mas a vaidade de ser ministro falou mais alto.
Agosto 13, 2011 at 10:58 pm
#60
A diferença mais significativa (porventura única) é que com esta formulação em percentis se pode evitar aquela situação aberrante de ter que baixar a classificação final do prof. para 7,9 por não ter lugar dentro das quotas.
Essa aberração é agora torneada, pois um prof pode ter 8,5 ou mesmo 9,0 e não ter sequer MB por estar abaixo do percentil 75.
Agosto 13, 2011 at 11:01 pm
Estou nesta situação também. É uma injustiça tremenda:
http://www.facebook.com/notes/ramiro-marques/descascando-a-proposta-de-nova-add-o-caso-dos-docentes-que-est%C3%A3o-no-4%C2%BA-escal%C3%A3o/10150263051431440
Agosto 13, 2011 at 11:04 pm
#68
Concordo.
Agosto 13, 2011 at 11:07 pm
#68
Talvez não. Estamos perante um Decreto-regulamentar a pedir muitas Portarias… e em cada portaria, muitas portas se fecham!
Agosto 13, 2011 at 11:07 pm
percentis que algo mudará… eu não.
No futebol será igual, o Porto campeão!
Agosto 13, 2011 at 11:10 pm
#66
Concordo!
A maior “importância” desta avaliação está no clima nefasto que cria entre os professores.
Juntar um mau ambiente profissional a todos os restantes problemas que enumera ( e talvez mais) vai ser insuportável para muitos de nós.
Há que procurar minimizar os danos…
Agosto 13, 2011 at 11:12 pm
Com avaliação ou sem ela vai dar no mesmo. Todos os professores vão ficar mais pobres.
Mas pelo menos podiam não gozar connosco. Sim, porque esta proposta só pode ser a gozar! Mais parece um trabalho de grupo de alguns dos nossos alunos, daqueles que parecem uma manta de retalhos e não há coerência. Assim é este modelo. Não é simplex, é mais um híbrido sem viabilidade.
Agosto 13, 2011 at 11:13 pm
Apesar deste assunto me ter preocupado durante muito tempo (demasiado, penso agora) creio que alguns comentários aqui publicados começam a fazer todo o sentido. Refiro-me ao 27 e 66, entre outros. Se os efeitos deste imenso pântano não terão qualquer implicação nos próximos anos e se a tutela demonstra, uma vez mais, que não serão nunca os aspectos formativos que nortearão este processo, então “desvinculemos” e preocupemo-nos com questões reais e imediatas: 26 alunos nas turmas do 1º ciclo, centenas de horários zero … E não, não estou no 8º, nem nos seguintes, mas não sei muito bem onde estou (algures entre o 6º e o 8º, como consequência do dito “acordo”)
Agosto 13, 2011 at 11:15 pm
Isto é tudo uma fantochada,e os diretorzecos a rirem-se
Agosto 13, 2011 at 11:20 pm
#71
Não sei se entendi bem.
Aqui as portas estarem abertas ou fechadas é quase igual. A diferença é apenas simbólica, isto é, ter um B de 8,5 em lugar de 7,9 dará maior satisfação só a alguns… não deixa de ser um bom.
Triste, mesmo triste, é discutirmos estes pormenores da avaliação nas actuais circunstâncias. Mas vai ser este o futuro, como nos ensinou quer a história recente quer este novo projecto.
Deveríamos estar apenas de férias!
Agosto 13, 2011 at 11:26 pm
É sempre inaceitável e isso, meu caro, é insustentável.
Agosto 13, 2011 at 11:34 pm
Estamos quase na mesma!
Não há progressão sem avaliação? É verdade. Se estamos “congelados” por falta de Orçamento, para quê continuar a “desperdiçar” verbas e a desgastar os que realmente querem ensinar? Não entendo. É política?!
Se o ME quer regular e premiar o mérito, com redução de custos, elimine-se a burocracia, dignifique-se a classe docente, sejamos honestos e corajosos. Na minha modesta opinião ou há observação de aulas para todos, externa, ou limita-se aos casos em que de facto essa medida seja efectivamente necessária. Sim,sim, porque não aceito que sejamos todos “farinha do mesmo saco”!
A realidade, é que nos próximos tempos, ninguém progride e o mérito é algo que interessa apenas a alguns…
Agosto 13, 2011 at 11:37 pm
Esperava bastante mais do Ministro Nuno Crato.
Vou tentar “ficar” de férias.
Agosto 13, 2011 at 11:44 pm
Estou desagradavelmente surpreendida, ou não, sei lá.
Isto é tudo um embuste. Jamais poderei voltar a acreditar nos políticos. Lamento por mim, pela minha família, pelos meus alunos, pela Educação e por nós todos. Darei as minhas aulas o melhor que sei e renunciarei a estas fantochadas.
Lamento Ministro Nuno Crato, eu acreditava no senhor.
Agosto 14, 2011 at 12:36 am
O que interessa é pôr o pessoal a discutir a coisa. Andamos nisto desde 2006 e não saímos daqui. Até poderíamos pensar que os decisores são todos analfabetos, mas a razão é outra e simples. O sistema não confia nos professores. Nos mais novos, em matéria de conhecimento científico; e nos mais velhos nas artes das inovações. Assim, não chateando os mais velhos consegue uns aliados; avaliando os mais novos, obriga-os a um pretenso aperfeiçoamento. E poupa-se alguma massa, que faz falta para os boys da CGD, Ninguém nunca mais progride, mas andamaos todos muito entretidos a tecer considerações sobre nós mesmos enquanto a maior parte dos alunos continuará mais e mais ignorante de conhecimentos básicos, como LP, MAT, HIST FQ e CIEN.
No fim, continuaremos a ser o país mais atrasado da Europa, mas com o maior número de telemóveis per capita e o melhor parque automóvel.
Viva, portanto, a ADD e quem a apoiar.
Agosto 14, 2011 at 12:48 am
59 – Fabuloso texto! Nem mais!
Agosto 14, 2011 at 12:54 am
O importante foi conseguido:
Criaram um mecanismo, que estrangularam a união da classe docente.
Se todos ficassem insatisfeitos, lá poderiam ir novamente manifestarem-se.
Assim, irão como, se a maioria dos professores,não é atingida da mesma maneira?..
Isto ainda vai dar muito que falar, palpita-me!!…
Agosto 14, 2011 at 1:03 am
# 84
Como é que alguém que se expressa desta maneira pode ser professor?
Agosto 14, 2011 at 1:04 am
“… a Troika (…) Disse que havia um buraco e explicou de onde vinha esse buraco, ou seja, quem foram os seus responsáveis, a saber:
– O BPN
– As dividas da Madeira
– os ordenados dos professores”
Alguém me sabe confirmar este comentário que li no “Arrastão”?
É que se os nossos ordenados são mesmo um dos responsáveis pelo “buraco” , podemos tirar o cavalinho da chuva que a ADD é só para disfarçar porque vamos ficar mesmo com a carreira SUSPENSA (não, não é congelada, na Madeira é que é congelada no “cont’nente” é diferente) AD ETERNUM.
Agosto 14, 2011 at 1:41 am
Se este modelo for para a frente, vamos assistir a um inicio de um ano lectivo muito, muito problemático. Nuno Crato sabe bem que a insatisfação é grande na classe docente. Pensa que irá conseguir um acordo com a FNE. Mas se a FNE vier a concordar com tal proposta do MEC só dará uma imagem péssima de si própria aos docentes que nela são sindicalizados e a todos os outros e naturalmente arranjará um enorme problema que jamais se livrará dele. Tenho vários colegas que estão no 8º e 9º escalão que entregarão o cartão do sindicato da FNE caso venha aceitar tal absurdo de modelo. Agora imagino o que farão os outros colegas sindicalizados.
A FNE terá que por de lado as suas simpatias partidárias e entender que o que está em jogo é a DIGNIDADE DOS PROFESSORES.
Lamento que sejamos tantos, mas mesmo muitos PROFESSORES, decepcionados com Nuno Crato.
E podia ser tudo tão diferente…. Assim, Nuno Crato estará a entrar pelo um corredor, onde um dia poderá se encontrar junto das fotos de parede de MLR e IA.
Eu acreditei nele.
Agosto 14, 2011 at 2:08 am
# 84
Se eu a avaliasse, dava-lhe Insuf.
Agosto 14, 2011 at 2:10 am
Pode.
Agosto 14, 2011 at 2:11 am
#85
#84
pode
Agosto 14, 2011 at 2:27 am
Notas breves:
1 – Espero que esta proposta do ministério vá no sentido de acalmar e de se resolver a situação da ADD. Não pretendo ser arauta da desgraça e desejo êxito, entendimento, ao NC e aos professores.
Dito isso:
2 – O modelo apresentado por MLR simplificou-se mas manteve a sua estrutura e é consistente, razoável e prático.
3 – Confirma-se o que eu disse aqui. Depois de MLR nada seria igual em termos de ADD.
4 – Boa sorte !
Agosto 14, 2011 at 3:01 am
será q o NC tb herdou 1 ADD ‘blindada’?!?! lol
http://www.ionline.pt/conteudo/142987-como-o-governo-socrates-gastou-em-viagens-carros-e-telemoveis
Agosto 14, 2011 at 3:01 am
maria campos és TÃO tótó tao toto que ate dás pena…
Agosto 14, 2011 at 4:41 am
# 93
… e tu és tão ávido de avaliar os outros que não te vês ao espelho!
Agosto 14, 2011 at 9:25 am
#94
Diagnóstico:
És um aposentado paranóico a fazer-se passar por entendido em matéria de educação (identificado há muito tempo).
Agosto 14, 2011 at 9:32 am
#85
Esta “luana” é falsa. Não é professora.
Agosto 14, 2011 at 10:19 am
#82
Não esperava tanta inocência …! A bandalheira expressa no documento emanado do gabinete do Ministro Crato exige uma atitude de repúdio e não se pode perder tempo à volta de análises supérfluas.
É vergonhoso e demasiado insultuoso o modo de dar continuidade à ADD. Isto só merece o total desprezo pelos políticos e teremos de encontrar um modo de neutralizar atitudes corruptas, a nível dos valores e dos princípios subjacentes ao conceito de ESCOLA.
A formação contínua de professores sempre a conheci dentro das escolas públicas, até ao momento de chegar o reinado perverso da MLR. A política educativa desta ministra da educação está por demais identificada, pois emergiu com intenção de anestesiar e de alienar as massas.
Mas, Srs. Políticos, deixem-se de quotas e de dividir para reinar. Digam claramente que não querem pagar dignamente o trabalho exercido pelos professores.
Agosto 14, 2011 at 10:30 am
Se me encontrasse na lista de professores dispensados da avaliação, estaria, neste momento, a protestar, pois não aceitaria um presente envenenado que poderá funcionar, futuramente, como arma de arremesso. Mas alguém tem dúvidas de que a avaliação é para todos? Haverá algum professor que não queira ser avaliado?
Conclusão, trata-se de um sistema que pretende simplesmente impedir progressões, por razões económicas, sobretudo nos 2.º e 4.º escalões.
Agosto 14, 2011 at 11:01 am
Bom, e a guerra entre professores novos e velhos adensa-se: ainda vai haver porrada na sala de profs. Peço desculpa ao Paulo, pois eu costumava ser mais comedida nos comentários. Mas começa a tornar-se impossível manter o tento na língua. Eu acho k estou no 8º escalão, não sei bem. Ou seja, sou uma professora velha, desactualizada, calona e parece k nem vou ser avaliada. Que bela profissão a minha!
Agosto 14, 2011 at 11:03 am
Eu teria algo de mais sensato a dizer sobre isto, mas tenho medo de ser atingida por algum tomate virtual.
Agosto 14, 2011 at 11:09 am
E o que dizem da avaliação contar apenas para os professores na carreira e para os contratados ser ZERO? Maravilha não?
Agosto 14, 2011 at 11:14 am
O dramalhão em torno da isenção de 40 mil colegas não é o problema da ADD. O problema será chegar aos escalões dos 40 mil colegas isentos. Pelas contas que quase fizeram, com tanto congelamento, alteração nos escalões e mais quotas, se chegarmos a um 7.º escalão, será obra. A uns atrás estava num 4.º escalão, às portas do 5.º escalão e com o tempo de serviço e o congelado, estaria no 6.º escalão.
Do 4.º escalão, volto a um novo 1.º escalão. Hoje, estou “congelado” no 2.º escalão…
Agosto 14, 2011 at 11:25 am
#95
Meu querido:
Jogue no euromilhões, talvez tenha mais sorte de acertar !
Agosto 14, 2011 at 12:14 pm
Os professores têm que exigir a contagem do tempo de serviço perdido.
Nuno Crato irá pactuar com uma imoralidade se não fizer essa reposição.
Agosto 14, 2011 at 1:21 pm
85
pro.galinhas Diz:
Agosto 14, 2011 at 1:03 am
# 84
Como é que alguém que se expressa desta maneira pode ser professor?
————-
Não sabia??? Disto está a classe cheia, é só ver as actas, até de colegas de LP! Por estas e outras é que lá se foi o respeito.
Agosto 14, 2011 at 7:19 pm
#33
“Onde está escrito que os professores do 8º e 9º escalão não vão progredir?”
“A avaliação do desempenho é obrigatoriamente considerada para efeitos de: Progressão na carreira” [alínea a) do artigo 41.º do ECD]
Dizer-se que os colegas do 8.º e 9.º escalão estão dispensados da avaliação é o mesmo que dizer-se que não progredirão na carreira, por força do disposto no ECD.
Agosto 14, 2011 at 11:07 pm
#88
#89
Verifiquei só agora, os comentários, sobre o que escrevi em 84.
Acho realmente lamentável a forma como comentaram o que escrevi.
Fui ler de novo, porque muitas das vezes, escreve-se apressadamente, e não se dá pelos erros, no momento. Neste caso, não consigo ver onde está o erro, do que realmente escrevi.
Se foi quando escrevi “…estrangularam a união da classe..”, reforço mais uma vez, que o que escrevi, foi prepositado,aplicando uma expressão de forma exagerada, para a associar a uma situação exagerada e descabida também ela, o que no meu entender, tem sentido.
Deve-se ter especial atenção à etimologia da palavra, usada, para que seu uso seja adequado.Neste caso, a expressão é exagerada, precisamente, porque a situação o exige, daí que a palavra fosse usada com esse sentido.
Lamento a forma, como fizeram os comentários.
Mesquinho mesmo!..
Agosto 14, 2011 at 11:47 pm
#107
Luana,
num certo dia, um dos comentadores também fez um reparo à minha “má utilização” do particípio “incutido”.
Acontece, pois todos temos a probabilidade de errar (errare humanum est), quando nos expressamos à pressa e com o frenesim de dizer coisas.
“Criaram um mecanismo que estangulou … ”
[ há duas orações:
– na 1ª o vocábulo “mecanismo” tem função de complemento directo;
– na 2ª temos o “que” como sujeito da oração (Criaram um mecanismo que (o qual) estrangulou].
Agosto 14, 2011 at 11:49 pm
“estrangulou”