… se achava, como muitos outros professores e os próprios sindicatos vão proclamando, que a proposta do ME de observação e avaliação das aulas por professores de outras escolas será inviável por falta de meios.
Concordei em parte, porque realmente é preciso compensar quem se desloca e dar-lhe condições para tal, em matéria de horário.
Mas que isso se ultrapassaria, assim houvesse vontade por parte dos potenciais observados. O que não há, a atender ao que se passou nestes ciclo avaliativo, quando era possível requerer um relator externo, quando faltasse internamente um professor do grupo disciplinar certo ou com a graduação desejável por lei para o ser ou.
Meios… com alguma boa vontade arranjavam-se. Se a média de avaliados por avaliador foi de 5-6 nestes dois anos, isso significaria que um professor que fosse observar 3 aulas (máximo) a 6 colegas por ano, teria de fazer 18 observações. Uma de 15 em 15 dias, mais coisa, menos coisa. Se fossem só duas aulas, ainda menos. Se lhe atribuíssem para esse efeito a maior parte da componente não-lectiva (que no caso de professores nos escalões mais elevados pode chegar a 8-10 horas, por exemplo) e o dispensassem de aulas de substituição e outras rotinas burocráticas, a coisa fazia-se.
Mas não há vontade. Porque, afinal, interpares é má, externa é má, híbrida é má, seca é má, molhada é má, húmida também. Quente, aquece demais, fria arrefece em excesso e morna nem aquece nem arrefece. O mesmo problema que um dia aqui já enunciei sobre metafóricas pilinhas – grandes doem, curtas não chegam, tamanho-padrão entediam.
Quanto aos meios… se quisessem até se arranjavam, não era fortuna nenhuma que inclinasse o orçamento. Acho que, assim sem fazer cálculos, só como número simbólico, 1% do buraco do BPN chegaria.
Agosto 7, 2011 at 7:26 pm
Isto está a ficar muito ixitante!
Então com 1% do B P N…
Mas está uma onda bem apanhada!
Meios arranja-se, vontade é que coiso.
Agosto 7, 2011 at 7:30 pm
Ena! Se concluiu que o que os professores pensam sobre a ADD é igual ao que sabe de “…pilinhas – grandes doem, curtas não chegam, tamanho-padrão entediam.”, ainda que metaforicamente, deveria mostrar os “estudos”…
Parece-me que, objectivamente, está a fazer o jogo dos “inimigos”: dos socratinos, dos “tudólogos”, dos “monos”…
Fica-lhe muito mal (na minha parva opinião e na de muitos outros) andar a mostrar que é má vontade não querermos ir à escola ao lado e a acenar com a cenoura/pagamento de não se ter as aulas de substituição, se alinharmos nessa infâmia.
Agosto 7, 2011 at 7:33 pm
Na minha escola não havia avaliador para mim, do meu grupo disciplinar, mas não foi por isso que não solicitei avaliador externo… foi mesmo por não ter concorrido a classificação de mérito por não querer compactuar com este modelo de avaliação. Iguais a mim, quantos?…
Agosto 7, 2011 at 7:37 pm
aulas observadas só tem sentido se forem apenas para efeitos FORMATIVOS
de outra forma ou é para encher egos ou para ver o “nada”
pq continuam a insistir numa p@rvoic3 que nem o ens. sup. nem o privado fazem… e olhem que eles tb dão aulas!!!
or
ps- essa resposta desiludiu-me … peço desculpa
pss- no meu distrito não existem professores do meu grupo com maior escalão nem menor escalão … todos os QE estão no meu escalao
Agosto 7, 2011 at 7:42 pm
#2,
Acontece nas melhores famílias. Poderia responder mais, mas como não estou em modo de debate com quem desata a adjectivar… sitópe!
#4,
As aulas assistidas devem ter um intuito formativo… até que melhores, se algo está mal. Se continuarem meio “coisas”, talvez o “formativo” não chegue.
Agosto 7, 2011 at 7:49 pm
Isto era tão simples!
Quem quiser ser avaliador que se chege à frente (serão millhares!). Definido um perfil mínimo, dada formação, força que se faz tarde….
Alguém questiona a competência e legitimidade dos inspectores ( e eu conheço alguns que, como professores, Deus meu!!!). Então….
Ficavam com uma turminha, para não dizerem que coiso e tal e apareciam por aí…
Simples, mais barato e (mais) pacífico!
Agosto 7, 2011 at 7:52 pm
Magistral, o penúltimo parágrafo! 🙂
Agosto 7, 2011 at 7:54 pm
Uma reflexão: nos anteriores governos, a ADD proposta foi em grande parte um instrumento de arremesso que permitiu atingir, e fê-lo com sucesso, o estatuto remuneratório dos professores.
Hoje não me admiraria que ele estivesse a ser utilizado como o véu que esconde o grande problema de fundo, a precarização contratual de todos os professores, não só os contratados mas todos, pois ninguém neste momento está a salvo de ser posto fora do sistema a curto/médio prazo.
Perante isto que fazer: talvez ter uma visão mais larga e não nos deixarmos enredar a tempo inteiro em armadilhas artificiais.
Agosto 7, 2011 at 7:55 pm
#5 tu disseste: “…As aulas assistidas devem ter um intuito formativo… até que melhores…”
vamos imaginar 3 aulas assistidas … como consegues melhorar ? quantas são reservadas para a parte formativa , quantas para a parte PUNITIVA
com 3 aulas encenadas vê-se alguma coisa? pq somos mais papistas que o papa?
a parte do “formativo” para mim só tem validade se os alunos ganharem com isso … acha que 3 aulas chegam para melhorar casos descabrosos?
Agosto 7, 2011 at 7:56 pm
se quiserem melhorar o ensino com a historia das aulas assistidas entao que seja em formato FORMATIVO e com uma média de 20 aulas tipo estágio clássico
Agosto 7, 2011 at 7:57 pm
So funny…
Agosto 7, 2011 at 7:57 pm
ps- nao acredito em aulas assistidas
Agosto 7, 2011 at 7:58 pm
#4
O que afirma em relação ao privado não é verdade. Há vários colégios, em particular alguns dos que ficam sempre bem classificados nos rankings, em que existem aulas observadas (pelo coordenador, pelo director pedagógico).
Agosto 7, 2011 at 7:59 pm
Parece que ainda ninguém viu o verdadeiro problema da coisa;
Só deve (pode) avaliar quem quer, não quem é obrigado ou vai fazer o frete, aparecendo na aula a dizer que é chato, também não concorda, mas foi para ali mandado “à força”…
Sabem quantos concorreram à formação de formadores de ADD aberta pela DGRHE em Março passado? Cerca de 600.
Se abrirem recrutamento para avaliadores voluntários serão mais que os votos no PPM.
Agosto 7, 2011 at 8:09 pm
#13 os RAROS colégios onde isso existe , acontece pq?
e acha que essas duas “entidades” tem competência cientifica para isso?
Agosto 7, 2011 at 8:18 pm
Desafio o PG a fazer uma sondagem, tipo:
Concorda que a ADD contemple a avaliação por pares de uma escola perto de si?
– SIM
– NÃO
Agosto 7, 2011 at 8:18 pm
off topic
vale mais ser motorista no ME do que professor do antigo 1º escalao
Início > Governo > Nomeações > Ministério da Educação e Ciência > Gabinete do Ministro da Educação e da Ciência
Motorista – Hugo Conceição
Cargo: Motorista
Nome: Hugo Miguel dos Santos Conceição
Idade: 34 anos
Vencimento mensal bruto: 825,59€
Agosto 7, 2011 at 8:26 pm
Ser motorista do Crato? Fosca-se!!!!
Deve estar sempre a perguntar:
– Se isto gasta 7/100, quanto gasta atá Cebolais?
– Se formos a 120 km/h, a que horas chego à inauguração?
– Se ganhas a hora extra a 200%, quanto metes hoje ao bolso?
– Se os peneus estão quase lisos, quantos metros ainda fazem?
Para além de passar a vida a dizer:
– Prepara-te para o exame, pá!
Agosto 7, 2011 at 8:28 pm
#18 brinca brinca…
mas olha … cada vez apercebo-me mais que os nossos maiores inimigos são os próprios profs
sinceramente …
Agosto 7, 2011 at 8:33 pm
Isso é verdade!
Tve e tenho mais problemas com professores do que com motoristas.
E ando aqui (quase) desde a pré-história
Agosto 7, 2011 at 8:34 pm
Pneus e não peneus, como saíu
Agosto 7, 2011 at 8:35 pm
#15
Receio não conseguir responder às questões com rigor.
Não tenho dados suficientes para afirmar se são raros ou não
Porque acontece? Tirando a resposta óbvia (penso que não será a que tem em mente) da supervisão das práticas não consigo pensar em mais nenhuma.
Quanto à competência das “entidades” também não me posso pronunciar sem conhecer. Posso, no entanto, afirmar sem receio que se um director pedagógico e um coordenador não possuem competência para tal deveriam possuir. No privado e no público.
Agosto 7, 2011 at 8:45 pm
#22 eu respondo
1º – so acontece quando o director tem duvidas sobre a competencia do “bicho”, numa de arranjar desculpas para o por a andar
2º – imagine as competencias de um coordenador do departamento de “matematica e ciencias experimentais” analisar cientificamente um prof de biologia
Agosto 7, 2011 at 8:46 pm
Já o disse aqui várias vezes, não concordo com as aulas observadas, enquanto forem pré-programadas e encenadas. Continuo a dizer que temos lá na sala vinte e tal crianças que nos estão a avaliar permanentemente, vão fazer comentários para casa, e podem ter a certeza, se as aulas tiverem algum problema, os pais serão os primeiros a ir à escola queixar-se do prof. A ou B. Se for apenas um, talvez não seja de valorizar, se forem 2 o(a) director(a) deve começar a estar atento e se forem 3 ou mais, então talvez haja motivo para requerer aulas observadas para o professor em causa. Casa contrário, não há motivo para andarmos a perturbar as aulas uns dos outros. Sim porque as aulas observadas implicam sempre alguma desconcentração dos alunos, a aula não decorre de modo normal.
Agosto 7, 2011 at 8:46 pm
ps- esqueci-me no meu exemplo atrás mencionar que o tal coordenador era prof de Matemática
Agosto 7, 2011 at 8:47 pm
caso
Agosto 7, 2011 at 8:47 pm
“Com vinagre não se apanham moscas”.
Temos que começar por encarar o facto de que a maioria dos zecos se mostra céptica ou pouco disponível para alinhar com a ADD; e, se tal atitude, não custa admitir, podia albergar algum reflexo defensivo ou corporativo, a experiência do modelo vigente também não é um incentivo para abertura a outras “experiências” – sobretudo se elas, afinal, se prefiguram como uma “evolução na continuidade”.
Para não se ceder ao mais fácil, que é levantar processos subjectivos de intenção (“vocês não querem mas é ser avaliados, para tudo ficar na mesma”), temos que reparar que grande parte dos zecos sentiu o processo avaliativo como uma imposição ideológica e societal – como MLR bem percebeu e aproveitou, a população, tendo má-consciência por relegar a educação dos seus para um plano secundário, reage compensatoriamente sobre os zecos exigindo-lhes as responsabilidades de que ela abdicou -, para ajudar a mascarar os objectivos economicistas pretendidos com o constrangimento administrativo da sua carreira.
NC, quando decide (por motivos essencialmente políticos e ideológicos) que os resultados do actual modelo – contra a sensatez e a maioria das expectativas – também serão considerados para a carreira, e, como se tal não bastasse, faz ainda finca-pé na manutenção do sistema de quotas (estrangulamento da carreira por motivos economicistas): deverá, legitimamente, acalentar esperanças de mobilizar os zecos para desenvolver o seu modelo de ADD?
Como é que, com tais pressupostos e condições, os zecos podem sentir na ADD um incentivo e uma oportunidada para a melhoria e reconhecimento do seu desempenho?…
Agosto 7, 2011 at 8:48 pm
-aula observada é aula PERDIDA para o aluno
-3 aulas nao melhoram nenhum prof
Agosto 7, 2011 at 8:50 pm
Há tempos visitei uma escola em França. Todas as portas têm um pequeno vidro por onde quem passa no corredor possa espreitar sem ser visto. Pode ser uma solução. Se querem tanto espiar as aulas, é só fazer um pouco de bricolage e colocar vidros das portas.
Agosto 7, 2011 at 8:55 pm
#23
1º – Não nos casos que eu conheço. O processo aplica-se a todos os docentes.
2º – “analisar cientificamente” só mesmo se me puser a imaginar. Contudo, as aulas observadas não servem só, e nem são a melhor forma de se analisar essa vertente.
#27
Excelente análise das causas da desmotivação dos “zecos”. Concordo.
Agosto 7, 2011 at 9:08 pm
#19
Essa é que é essa! Nas últimas semanas deu para perceber muita coisa.
Agosto 7, 2011 at 9:26 pm
Não acho que haja honestidade intelectual, nem isenção, por parte do PG quando quer um Deus para si e Outro para os demais.
Há dias, confidenciou que não tenciona concorrer aos MB ou Exc. e que não seria avaliador; na minha opinião, não deveria empurrar os outros para uma situação humilhante (pares de outra escola) e, ainda por cima, pô-los entre a espada e a parede: ou querem isso ou ficam com orelhas de burro (leia-se, digo a toda a gente que o que não querem é ser avaliados).
PS: Não possuo um conhecimento igual ao seu sobre pilinhas, mas se formos para a moda, informo-o que não existe apenas o S,o M e o L…
Agosto 7, 2011 at 9:40 pm
#16,
Não precisa desafiar.
Tenho a certeza – como escrevi no post – que a esmagadora maioria é contra.
Agosto 7, 2011 at 9:43 pm
#32,
Comentário que denota fraca compreensão do que escrevi.
Quanto ao resto, a tentativa de ser engraçada… ficou pela tentativa, até porque quem quer apenas 3 tamanhos para avaliação não sou eu.
Agosto 7, 2011 at 9:44 pm
A escola conserva e transmite. Não inova. Não percebe o sentido das transformações sociais. É reformada quando o desfasamento é tão grande que já não lhe permite funcionar. Não sei de poderia ou deveria ser de outro modo. Mas o certo é que não sabe ser. Constato, não critico.
Agosto 7, 2011 at 9:58 pm
Pensemos no Grupo 930 na área da DREC: o observador externo em Aveiro terá de ser de Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria? Isto será viável? Trata-se de um Grupo de Recrutamento que pode ter 3 ou 4 professores por Distrito. Os problemas criados foram tantos que alguns não têm solução.
Agosto 7, 2011 at 10:05 pm
33,
Portanto, como gosta de representar os profes-penso eu-, não tente defender essa via (fazer-nos lavagem ao cérebro ou contribuir para nos denegrir a imagem perante a opinião pública, também não parece ser o seu estilo). Se calhar, neste caso, ficava-lhe bem alinhar a sua posição pela dos sindicatos…
Todos ficávamos a ganhar.
E pronto! Desejo-lhe que “desligue” e tenha umas boas férias
Agosto 7, 2011 at 10:05 pm
Ora bem, antes de se comentar a resposta, que da forma enunciada tem ali algo que não me agrada – parece que os professores é que são uns chatos, cheios de má vontade, não facilitam as coisas – tem de se dizer que a pergunta é daquelas enviesadas…
Parece que avaliar professores é sinónimo de ir assistir a 2 ou 3 aulas. Que a alternativa à avaliação pelos pares da mesma escola é a avaliação pelos pares da outra escola.
A verdade é que os socratinos impuseram um quadro conceptual e procedimental a respeito da ADD que demasiada gente aparenta ter interiorizado. Fala-se em ADD e as pessoas, incluindo aqui o Paulo Guinote, começam a pensar e a opinar em função desse quadro.
Como se, tendo mudado o governo e a maioria que o suporta, e estando o novo ministério a tentar segurar ao máximo a ADD burocrática e kafkiana que em tempos criticou, isso não deva ser denunciado com toda a clareza.
Como se a ADD não pudesse – não devesse – ser algo bastante diferente.
Com toda a consideração intelectual que tenho por ele, gostaria de devolver ao Paulo Guinote o conselho que ele nos deu aqui no blogue quando se especulava quem seria o novo ministro da educação: THINK OUT OF THE BOX!
Agosto 7, 2011 at 10:12 pm
#24
Absolutamente de acordo. Aulas assistidas quando tal se justifique. Até porque o modelo actual de aulas assistidas pré-programadas, com observador da escola ou externo, servirá sempre para alguns colegas montarem circos e fazerem actividades que nunca fazem noutras circunstâncias (conheço quem tenha usado o projector pela primeira e última vez nas aulas assistidas). Conheço também colegas que “instruem” os alunos como se comportar na aula assistida em concreto sob pena de…lamentável e incontornável quando a observação é feita com dia e hora marcados.
Agosto 7, 2011 at 10:13 pm
#32 serena,
…”PS: Não possuo um conhecimento igual ao seu sobre pilinhas, mas se formos para a moda, informo-o que não existe apenas o S,o M e o L…”.
Até que enfim que aflorou o seu real problema!
O tamanho que conhece é igual a zero e daí esse seu péssimo feitio.
Bejinho do Magalhães e cumprimentos das gaivotas da Adraga.
Agosto 7, 2011 at 10:18 pm
Se a observação de aulas tem carácter formativo, talvez o avaliado aprenda mais se for assistir às aulas do avaliador.
Assim sempre colhia alguns ensinamentos com o avaliador…
Agosto 7, 2011 at 10:25 pm
Os médicos são avaliados pelos colegas?
De que hospital?
Santa Maria avalia, S. José..
S. Francisco Xavier avalia os Capuchos…
Quem avalia os professores universitários, que correm todas as capelinhas do país, a botar discurso, andam de um lado para o outro, ganhando uma pipa de massa, e não estão em lado nenhum?
Tudo isto me continua a fazer rir.
Esta ADD que querem impor de qualquer maneira, feita por colegas, que tiraram um curso, para leccionar uma determinada área, e de um dia para o outro, vêem tudo invertido, mandando os mesmos avaliar colegas, é anedótico, triste, descabido, algo que roça o anormal, num país europeu.
Ó carago!..
O problema é dinheiro,não é? O problema não é os professores ficarem mais competentes, porque são avaliados, e são controlados no que fazem.
O governo está-se nas tintas que façam bem ou mal. O problema são as quotas. Têm que haver um mecanismo, que faça com que os professores, ainda que deiam muito bem aulas, que sejam altamente competentes, não subam de escalão, porque o governo não lhe quer pagar nem mais um euro.
Não sejamos burrinhos, porque esta coisa da ADD, tal como é apresentada, enjoa, qualquer um, que seja atento, inteligente e competente no que faz.
A minha máxima é:
Se sou boa no que faço e competente, tenho que ser paga como tal.O que não acontece, com o regime de quotas, porque nem todos os excelentes sequer, conseguem passar da cepa torta.
Vão dar uma volta com a avaliação feita por colegas de outras escolas.
Cá para mim tanto me faz, que sejam da minha escola, do Norte, do Centro, do Sul do país, de Espanha ou de qualquer outro local do planeta.
Que me interessa isso, se não subo de escalão?.
Agosto 7, 2011 at 10:27 pm
A avaliação não será só para os professores dos 2º, 3º ciclos e secundário…
Os professores do 1º ciclo e os educadores, independentemente da sua idade e tempo de serviço, têm sempre 25 horas lectivas. Onde vão buscar as horas para a observação de aulas? Qualquer um destes, ao deslocar-se para a outra escola para observar as aulas dos outros, deixará os seus alunos sem aulas. Não vejo que coloquem mais professores para estas possíveis situações… A avaliação ficaria caríssima!
Lembro que qualquer professor consegue fazer “flores e brilharetes” em aulas preparadas para observação… Todos nós, ao fim de algum tempo numa determinada escola, sabemos quem se empenha ou quem vai andando ao sabor da onda. Alguns destes, da onda, até fizeram “coisas giras” nestas aulas observadas que solicitaram!
Agosto 7, 2011 at 10:31 pm
E não é que esta aberração se está a naturalizar? Aulas assistidas para quê?
Só no caso de queixas ou para quem quer mudar de escalão, se justificam. Senão representam uma humilhação, por constituírem um procedimento anómalo. Por que é que não há uma investigação semelhante no desempenho de outras profissões?
Agosto 7, 2011 at 10:35 pm
#2
o meu médico diz-me que as pilinhas grandes têm um inconveniente…demoram e custam mais a ficar rígidas. Talvez se possa falar nisso aos alunos quando vierem as tão falas aulas de educação sexual.
Agosto 7, 2011 at 10:35 pm
Voltas e mais voltas para tentar não ter de reconhecer o óbvio: uma ADD cumprindo os pressupostos do modelo actual, que no fundo é o que o actual governo quer manter, com mais alguns remendos, das duas uma: ou tem custos financeiros e organizacionais incomportáveis ou é um processo injusto, arbitrário, burocrático, onde se simulam, em vez de se generalizarem, as boas práticas.
Agosto 7, 2011 at 10:36 pm
#43,
Corrija-me se estou enganado: não há já, actualmente, colegas sem componente lectiva no 1º CEB para azere4m isso “internamente”?
Agosto 7, 2011 at 10:37 pm
#32
a senhora doutora consegue introduzir uma carga erótica no seio do umbigo e fala vezes sem conta em pilinhas e tamanhos. O seu discurso é afrodisíaco.
Agosto 7, 2011 at 10:39 pm
#37,
Permito-me desaceitar os seus conselhos porque:
1) Não pretendo representar ninguém e já o repeti várias vezes.
2) Não faço, digo ou escrevo o que fica bem, mas aquilo em que acredito.
3) Não gosto de condescendências. Se não gosta, tem várias opções em aberto. Uma é escrever o que acha certo e ir “desligar” para onde entender.
Se estou áspero e pouco “fofinho”?
Sim e assumo isso.
Estou farto de hipocrisias de todos os formatos.
Agosto 7, 2011 at 10:40 pm
quanto ao post acho que daqui a 10 anos talvez tenhamos esquecido siglas como ADD, ML e ENGENHEIRO. Afinal o ser humano tem de se mostrar pelas suas virtudes e pelo seu ar grandioso. Os medíocres que fiquem com a -erda que fizeram aos professores.
Agosto 7, 2011 at 10:40 pm
quanto ao post acho que daqui a 10 anos talvez tenhamos esquecido siglas como ADD, ML e ENGENHEIRO. Afinal o ser humano tem de se mostrar pelas suas virtudes e pelo seu ar grandioso. Os medíocres que fiquem com a –erda que fizeram aos professores.
Agosto 7, 2011 at 10:40 pm
#48,
É só falar-lhe em metáforas. Fica nisto.
Agosto 7, 2011 at 10:47 pm
#47,
Não PG. No 1º ciclo todos os professores têm turma. O horário é sempre de 25 horas lectivas. Este ano houve a possibilidade dos coordenadores de escola, em escolas com 150 ou mais alunos, de ficarem dispensados de algumas horas da componente lectiva. Estes asseguravam aulas de apoio educativo e apoio ao estudo a algumas turmas. No meu agrupamento, este ano esteve colocada uma colega só para o apoio educativo e o que fez mais foi substituir colegas… Os alunos que necessitavam de apoio, pouco tiveram.
Agosto 7, 2011 at 10:50 pm
#32
mas permita que corrija a senhora doutora no seu discurso sem querer faltar-lhe ao respeito; é uma simples correcção linguística.
quando diz:
“Não possuo um conhecimento igual ao seu sobre pilinhas, mas se formos para a moda, informo-o que não existe apenas o S,o M e o L…”
Em princípio e em condições de normalidade uma mulher tem mais conhecimento de pilas do que um homem. Eu pessoalmente conheço a minha e não estou interessado em conhecer mais nenhuma.
Mas parabéns pela sua fixação transborda no seu discurso. Cá por mim é do signo escorpião!
Agosto 7, 2011 at 10:51 pm
Sem vontade nem bondade …..!!!
Desde meados da década de 90 que qualquer “bicho careta” ousa intitular-se “professor” e bradar aos céus que coiso…., ele é que sabe……, porque ….. sim…..:!!!!
Tenho mantido alguma sobriedade sobre o assunto. No entanto, e depois de assistir à verborreia de alguns capangas que se dizem professores não posso continuar impávido às posições mais anacrónicas que por aqui se vão esponjando.
1 – Formação de professores – uma m++da. A criação das ESES e IPVS criou a ideia (errada) de que conhecimento científico não interessa.
2 – Nas escolas existem 30% de professores da “nova vaga” que deviam mudar de profissão.
3 – Não quero uma escola facilitista onde militam “professores” que nunca deviam ter ursupado a denominação.
4 – Os Professores querem o melhor para os alunos e as comunidades que servem. Por isso querem ser avaliados durante o seu desempenho.
5 – Não pode haver equívocos. Esta é a realidade. Temos que separar o trigo do joio. Como? Avaliando, claro!!!
6 – Declaração de interesses: Conheço muito bem a realidade escolar nacional. Não tenho dúvidas em afirmar que após o seu estágio pedagógico (???) o candidato à carreira de professor jamais deveria ser sujeito à observação de aulas com a finalidade de classificar, pontuar, ordenar, impedir de progredir…. etc. .Avaliado (acompanhado) sempre que se afigure pertinente e com objectivos claramente formativos, sim.
Infelizmente, por razões conjunturais, a triagem vai ser feita de forma cega. As imbecilidades do Homem vão ser pagas.
Para terminar e sabendo que muito putativo “professor” anda por aí, lamento que o monstro criado continue a devassar a sociedade portuguesa. Impõe-se arrepiar caminho. As “virgens ofendidas” que sabem que nunca deveriam ter colocado os pés num estabelecimento de ensino recolham aos seus aposentos e por lá permaneçam em retiro durante muito tempo. Os profissionais da educação agradecem.
Agosto 7, 2011 at 10:51 pm
40,
Eu podia continuar a ignorar o seu assédio? Lá poder podia, mas perdia a oportunidade de lhe confidenciar umas coisitas:
– O magalhães já não está na moda;
– O cor-de-rosa, quanto a mim, só assenta bem a homens de pilinha pequena;
– Não é qualquer professor de disciplinas de 2.ª categoria que me intimida;
– Admirei um niquinho que viesse tentar apoucar-me sem ter a companhia do b-imundo (ponto a favor – afinal a cobardia não é ilimitada – por lhe bastar o insulto sob anonimato).
PS: Espero que as gaivotas tenham feito cocó na sua cabeça (para cada traidor, há sempre uma mão justiceira)
Agosto 7, 2011 at 10:56 pm
#30
diz-me onde vÊs aulas assistidas
Agosto 7, 2011 at 10:58 pm
#53,
É que eu conheço quem tenha ficado sem componente lectiva, só isso.
Agosto 7, 2011 at 11:02 pm
No meu agrupamento, as coordenadoras de departamento do 1º ciclo e do pré-escolar não tinham turma atribuída e cumpriam habitualmente o seu horário de trabalho na escola-sede. Desconheço se avaliavam os colegas todos ou apenas os relatores…
Agosto 7, 2011 at 11:06 pm
#56
Desculpe senhora doutora o seu discurso é libidinoso e a uma hora destas a adrenalina sobe-me no corpo. Um homem não merece isto, essa sua fixação constante esse atordoar da alma e da consciência. Desejo-lhe uma boa noite.
Agosto 7, 2011 at 11:07 pm
No meu agrupamento havia uma relatora para avaliar todos os colegas de 1º ciclo e tinha igualmente que dar apoio.
Agosto 7, 2011 at 11:14 pm
#47,
Fui relatora de 3 colegas e não tive hora nenhuma da componente não lectiva para essa função porque a componente não lectiva dos professores do 1º ciclo é de 2 horas. Estas 2 horas têm que ser preenchidas com 1.30 h de Apoio ao Estudo, atendimento aos Enc. de Educação, 30m duas vezes por mês, supervisão pedagógica das AEC e reuniões. No próximo ano lectivo tudo isto se mantém. Os coordenadores de escola só terão dispensa da componente lectiva (não têm turma) se na sua escola existirem 250 ou mais alunos. Ainda não percebi como se observarão aulas… Também devo lembrar que nos grandes centros urbanos e seus arredores as escolas não estão juntas. Aqui não há centros escolares… como no interior.
Tanto ano de desgaste, de desencanto… e para quê? O que mudou? O que beneficiaram os alunos? Mudou uma coisa! Já há professores Muito Bons e Excelentes!!! (principalmente os oportunistas). Tenho 32 anos de serviço e faltam 13 para me poder reformar. Nunca pensei que desejaria o que tanto me apetece – Trabalhar com os meus alunos, sendo exigente e cada vez mais na minha “quintinha”.
Agosto 7, 2011 at 11:29 pm
As coordenadoras de departamento do 1º e do pré-escolar não têm turma; têm atribuição de uma carga horária para coordenação mediante o nº de turmas que existe no agrupamento; o restante é preenchido com apoio educativo e avaliação dos relatores ou de outros professores. Os coordenadores de escola com mais de 250 alunos, a partir do próximo ano lectivo também não têm turma, tendo que cumprir 5h de apoio educativo, sendo o restante para a coordenação da escola.(Isto mudou porque antes do famoso despacho de 24 de Dezembro de 2010 a dispensa era em função das turmas e não do nº de alunos.)
Agosto 8, 2011 at 12:06 am
Se a avaliação docente é uma inevitabilidade, em termos de poupança, e de achincalhamento, sobretudo, eu apostaria em ter aulas assistidas. Porém, há uma condição a impor e que se traduz na eliminação das quotas. Os professores são docentes e não “zecos”, e quem atirou a expressão ao ar não pode sentir-se ofendido/a se os nomearmos também por um qualquer politicozeco, profissionalzeco, jornalistazeco, assalariadozeco.
Eu, enquanto professora do ensino secundário, tive sempre a porta da sala de aulas aberta, e alunos de outras turmas a assistirem às minhas aulas: umas vezes à espera do colega, outras porque o aluno não tem aulas, ou por qualquer motivo diferente. E mesmo no 3.º Ciclo. O que de facto aconteceu, no ano lectivo transacto, no dia de sexta-feira, na aula de Área de Projecto. Todavia, não é possível fazê-lo em algumas turmas, considerando o grande n.º de alunos, as características específicas da turma, tais como, a dispersão e desestabilização por parte dos alunos. E nesta faixa etária há alunos muito conversadores. Deste modo, o “zumbido” produzido incomoda os vizinhos da sala ao lado.
No entanto, durante o inverno, são os alunos a pedir que a porta seja fechada, para evitar o frio. E quantas vezes sufocamos, no verão, ainda que a porta se mantenha escancarada. Assim, as aulas assistidas não devem constituir um cavalo- de- batalha na avaliação dos professores. E seria oportuno que se dispusessem a fazê-lo, obrigando a retirar as quotas, uma vez que as mesmas é que são impeditivas de progressão na carreira docente.
A formação em exercício coabitou, durante largos anos, nas escolas portuguesas, com a formação de estagiários.
Devíamos ensaiar um modo de despistar as verdadeiras razões que se encontram subjacentes às intenções do governo, e de todos os educadores interessados em elevar a educação, em Portugal. Os professores estão habituados a melhorar as suas performances e não vão descurar o enriquecimento cultural e formativo dos jovens alunos, assim como dos adultos, na generalidade da sociedade.
Permitamos, nós, professores, dignificar as boas práticas no desempenho da nossa profissão que, como princípio primordial, tem por lema – a formação intelectual e integral dos cidadãos portugueses. Mas, reneguemos as quotas na avaliação dos professores.
Agosto 8, 2011 at 12:33 am
Aulas assistidas pelo vizinho do lado? è mais do mesmo (colegas a avaliar colegas) e pior ainda porque, afinal, o monstro não desapareceu. Tem tentáculos enorrrrrrmes.
Agosto 8, 2011 at 12:38 am
#29
Na minha escola, as portas também têm vidros de alto a baixo . Quem está dentro da sala vê o exterior e vice-versa. O processo, assim, é mais transparente.
Agosto 8, 2011 at 12:48 am
Bolas. Peço desculpa #55 “usurpado a denominação”.
Agosto 8, 2011 at 1:16 am
Avaliação pelos (p)ares? Que raio de ambiente se vive nas escolas se os pares não têm noção do que se passa à sua volta? Ou não têm noção se os alunos e encarregados de educação têm apreço pelo trabalho do corpo docente? Seria o tipo de escolas em que se teria de criar uma ADD do tipo Milurdiano para se ter alguma ideia do que se passava lá dentro. Sendo assim estaria tudo mal e não seria a ADD que as salvaria.
Agosto 8, 2011 at 1:26 am
#56 serena,
…”O cor-de-rosa, quanto a mim, só assenta bem a homens de pilinha pequena;”…
E não é que continua a falar de pilinhas?
…”
Não é qualquer professor de disciplinas de 2.ª categoria que me intimida”…
Sim Senhora Doutora.Agora teve muita razão. Vaidosa…
Cocó de gaivota na minha cabeça? Que nojo!É mais nojento que pézinhos de coentrada…
Bejinho
Seu Magalhães
PS- É DOS FORA DE MODA QUE ELAS GOSTAM MAIS
Agosto 8, 2011 at 1:57 am
afinal aqui está a grande solução:
Dois mil ‘profs’ vão vigiar aulas dos colegas
Hoje
No 1.º ciclo, docentes destacados para esta tarefa deixarão de leccionar.
O próximo modelo de avaliação dos professores vai contar com cerca de dois mil professores destacados para observar aulas dos colegas, segundo apurou o DN. Destes, só os docentes do 1.º ciclo vão ser obrigados a deixar de dar aulas, por não ser possível cortar no número de horas de semanais.
Estes professores vão ter ainda que observar três aulas por avaliado, e não apenas duas como até agora. Além destas, que são de carácter avaliativo, podem ainda ter que assistir a mais lições, mas apenas numa vertente de formação.
Agosto 8, 2011 at 10:20 am
69,
Não tenho tabus em relação às partes do corpo humano: ficaria mal a um professor…
E não se escreve “pézinhos”: a palavra é grave, não esdrúxula.
PS: Não me admira que com tais seguidores o “Não” tenha ganho na sondagem que o PG fez sobre ADD.
Haja decoro!
Agosto 8, 2011 at 10:24 am
70,
Coitados dos “inspectores” à força…
Chegou a ditadura e eu nem me apercebi, pois ainda há pouco houve eleições…
Agosto 8, 2011 at 2:36 pm
Na minha modesta opinião “avaliação SIM” mas não com base em duas aulas observadas com pré-aviso. A serem observadas, era sem aviso prévio. Mas o mais importante seriam os resultados dos alunos, isto é diagnóstico e resultados finais.
Agosto 9, 2011 at 11:34 am
3 aulas no máximo dá, pelo menos, 9 visitas à escola do lado. Se calcularmos a partir da média, 5 ou 6, dá a bonita conta que se imagina. Claro que os colegas mais antigos, os do topo, com um desconto na componente lectiva de … duas ou quatro horitas, acabam por achar bem até porque, como se imagina, não precisam de fazer mais nada no que toca à avaliação…
E ainda nos queixamos dos governos!
Agosto 10, 2011 at 8:12 pm
É só conversa…ninguém se entende!!!!