O modelo de professor não pode ser aquele que prescinde do seu tempo livre e de descanso (voluntariamente) para assessorar alunos (do secundário, com ambições de universidade/medicina).
Não vejo idênticas reportagens para os médicos que no seu tempo livre percorrem as aldeias, consultando gratuitamente (não os há), ou os advogados, ou juízes, ou os funcionários públicos que trabalham ao fim-de- semana, atendendo utentes.
Não vejo e não quero, já me satisfazia o fim de reportagens de endeusamento de comportamentos em que, a crise de todos nós, é colmatada com o esforço de alguns. Preferia ver sublinhado o que todos precisam de fazer. Começando nos que mais podem e devem.
Antes de mais, parabéns aos alunos e à professora.
Mas, será que esta professora SEMPRE teve estes resultados nos exames de anos anteriores, com alunos diferentes?
Se sim, o mérito é dela. Mas, por vezes, em determinados anos, há uma “casta vintage” de alunos que fazem a diferença. Já aconteceu na escola onde estou por 2 ou 3 anos. A coincidência de vários alunos excelentes num mesmo ano e que alteram completamente a média dos exames, sobretudo se a escola for pequena.
Outra questão: a colega terá tido EXCELENTE na ADD? Esta é daquelas situações que não são precisas grelhas para se atribuir nota.
#2> O modelo de professor não pode ser aquele que prescinde do seu tempo livre e de descanso (voluntariamente) para assessorar alunos (do secundário, com ambições de universidade/medicina).
E porque não? Ou prefere um docente que se limita a “despejar” a sebenta e que chega sempre cansado à escola a contar os minutos que faltam para sair? Infelizmente essa atitude é transversao à sociedade, totalmente oposta à da sociedade luterana que valoriza o esforço de cada um a contribuir para o bem comum. É concensual que, se houver gosto do trabalho (NB! que frase tão horrível :-() a atenção extra dedicada aos alunos faz toda a diferença!
Claro que isto não significa que um docente não deixe de poder ir ao cinema, tirar férias, etc. etc. Mas se o gosto e empenho forem menos raros. seria muito mais frequente ver docentes que ESTUDAM e EVOLUAM, se dediquem a escrever textos didácticos SÉRIOS, etc
Mais um exemplo de óasis (???):
“Escola Secundária Alves Martins
Director satisfeito com resultados em Matemática
destaca trabalho de todos os departamentos
Mais de quatro dezenas de alunos do 12.º ano da Escola Secundária Alves Martins alcançaram pelo menos 18 valores nos exames nacionais de Matemática.” diário de viseu 31 de julho
Parabéns aos profs e aos alunos.
Mas assim estragam as medidas do MEC. Ai qe daqui a pouco vai-se a ver e não fazem falta mais horas para a matemática…
Que bom! É preciso que se saiba que acontece em escolas públicas.Há muitos, outros, exemplos destes em escolas públicas.Chega de dizerem que o ensino público é mau.Temos excelentes alunos, excelentes professores, execelentes funcionários.
14#> Chega de dizerem que o ensino público é mau.Temos excelentes alunos, excelentes professores, execelentes funcionários.
Infelizmente, a média é francamente má. As escolas apenas reflectem a atitude transversal da sociedade onde impera o desleixo, a lamúria constante e o atirar de culpas permanente para cima dos outros.
O caso relatado é, infelizmente, mais excepção do que regra! Não conheço a escola em causa, mas tenho imensas dúvidas que os resultados sejam extensivos a todos os alunos das restantes turmas/docentes da escola.
É verdade que há excelentes docentes, excelente médicos, excelentes juízes, excelentes lojistas,… mas o panorama prevalecente no Burgo é o oposto.
Pode atirar os tomates que quiser para cima de mim, mas o ensino – público e privado – na generalidade é francamente mau, a justiça é uma tragédia – para não escrever outro nome pior-, a produtividade empresarial anda pelas ruas da armagura, …
É a diferença da atitude cultural em relação ao empenho em fazer bem feito, a principal reponsável pelo atraso crónico cultural e económico do Burgo. Tudo o resto são batatas… 😦
A escola, para muitos professores, é um casino, e a educação uma lotaria.
Estranha forma de ver a escola publica. E pior ainda, de justificar o actual estado de coisas.
Mas nem mesmo assim se faz a correlação com a ADD.
Para que serve tal ideia disparatada de uma ADD, num casino, onde a sorte é ditada pelo acaso, tanto para alunos como para professores?
Será preciso acrescentar mais alguma coisa sobre a pobreza de argumentos e de razões de muitos professores que preferem os relatórios “críticos” de auto avaliação para manter o statu quo?
Será então sempre uma questão de sorte ou de azar.
É impossível responsabilizar o professor pelos resultados escolares, numa lógica fugidia, sem agentes.
Um filósofo muito estimado pela esquerda diria que esta concepção da educação é um verdadeira História sem sujeito…
É que ninguém nos dá valor,
ninguém nos paga na justa medida,
e todos esperam de nós o que, estou certo, não fariam.
No meu prédio há dois professores. Eu e ela trabalhamos durante a noite. Todos os outros têm fins de semana livres, fins de tarde livres, noites livres.
Não vos dá raiva da vida de escravidão que toda a gente espera de nós?
#2, sobre os advogados há-os à força, porque o Estado não paga num prazo razoável os custos das defesas oficiosas, apesar de pagar balúrdios a grandes escritórios de advogados para aconselhamento jurídico ou outros serviços.
diz na peça que Fátima Delgado tem 47 alunos ou seja não tem 110 como eu tive este ano. Bom,,,, Parabéns Fátima; o truque da Matemática é fazer 100 exercícios e depois mais 100 e depois mais 100; o truque é não parar. Também tive uma grande professora a Matemática. Era linda e não estava congelada.
Alguns não entenderam – coitados! – o que o colega em #2 escreveu. Na verdade não leram o que escreveu: “O modelo de professor…”. O modelo de professor, isto é, no fundo, o que se espera de um professor, não pode ser o que já acontece em muitos casos – sem qualquer reconhecimento e muitas vezes às cabeçadas com colegas laxistas -, a saber, abdicar por inteiro da vida para além da escola. Uma coisa é dedicação, outra escravatura. Quem confunde a primeira com a segunda… Quem considera que quem não vive apenas para trabalhar é um langão…
Pensem e leia. LaFargue, por exemplo. É um começo. Pode ser que se faça alguma luz.
Aproveito para felicitar a colega e a escola que conheço bem.
No entanto, tal como foi dito anteriormente, ter 1 turma A e de boa colheita ajuda bastante. Se, somado a isto, os alunos forem de 1 extrato sócio-económico médio-elevado possibilitando a ajuda (de todo o tipo) dos pais e explicadores, estão criadas as condiçoes ideias para a realização de 1 bom trabalho.
Isto é incrível: se os alunos têm maus resultados toda a sociedade nos ataca; se os alunos têm bons resultados são os colegas que se atacam. Não percebo, mais uma demonstração de uma das razões pelas quais a avaliação não pode ser interpares. E os nossos governantes sabem-no muito bem…
Eis uma situação que tem várias leituras, como a diversidade de opiniões expressas claramente demonstra. Tanto se pode dizer que a professora é excelente como que lhe calharam poucos alunos, e bons. Que a professora se dedica aos seus alunos muito para além daquilo a que é obrigada, mas também que, como se assinalou em #2, a excelência do sistema não pode assentar numa espécie de vocação missionária dos professores. Porque as pessoas têm direitos, têm família, têm na vida outros interesses e deveres, para além dos profissionais.
Assim se prova que os professores não são uma classe, um grupo, uma entidade homogénea qualquer… smplesmente há muita gente que vai para professor pelas mais variads e diferentes razões…
#17
O h5n1 continua o seu discurso hipercrítico, num niilismo contra tudo e contra todos. De uma prosa que aqui escrevi há uns dias reteve o que considerou ser o “calcanhar de Aquiles”: a defesa, que nunca fiz, do “relatório crítico” como fulcro de um modelo de avaliação do desempenho.
Acontece que eu, que também distribuo críticas sempre que entendo, já por aqui deixei escrito, diversas vezes, que tipo de avaliação defendo para os professores, sujeitando-me dessa forma às críticas dos colegas. Mas do h5n1 nunca se lê uma frase em que, para além de princípios vagos e abstractos, nos diga concretamente aquilo que defende.
Os professores devem ser avaliados? Se sim, de que forma? Será assim tão difícil para si ter um pensamento construtivo?…
#34
Pois, e há professores altos, baixos e medianos, há gente loira e outra mais morena, há homens e mulheres, embora mais destas que daqueles, há novos, velhos e dos que para lá caminham.
Como é que se pode ser prior numa paróquia destas, não é?…
#39
Isso é o que se chama uma visão maniqueísta das coisas. Se gosta de ver o mundo dividido entre bons e maus, é melhor dedicar-se a ver filmes de cowboys ou polícias e ladrões. A realidade é muito mais complexa do que isso.
Há professores que são melhores do que outros em determinadas coisas, mas não noutras. São raros os professores que possamos considerar excelentes em tudo, assim como os professores verdadeiramente maus e sem possibilidades de melhorar serão em número residual.
Do que é que precisamos, então? De uma avaliação que, sendo formativa e cooperativa, ajude todos a melhorar o seu desempenho profissional, fornecendo às escolas elementos que permitam gerir os seus profissionais de forma a rentabilizar ao máximo as suas competências e capacidades.
#44
Rentabilizar os professores em função do interesse dos alunos, como é óbvio.
Podia dar muitos exemplos, mas penso que basta um, que é significativo: havendo um processo de avaliação do desempenho para encontrar os melhores profissionais, a esses professores deveriam, no ano seguinte, ser atribuídas as turmas mais difíceis da escola.
Quem não aceitar isto é porque ainda não entendeu o que é verdadeiramente a avaliação do desempenho…
Há escolas secundárias que são autênticos centros de treinos para exames, começando logo por fazer uma selecção de alunos nas matrículas para o 10º ano. Digo isso porque dou aulas numa EB2,3 e costumo ouvir os alunos do nono ano dizerem que querem ter média de 4 para poderem ingressar em determinada escola secundária no 10º ano. Como não é possível fazer uma selecção a 100 por cento, há sempre alguns alunos menos bons que lá conseguem entrar, e para esses a pressão é grande por parte de professores e colegas, levando-os a anular a matrícula, não estragando assim a média da escola. Sendo assim, os alunos que poderiam fazer a escola de referência descer nos rankings, vão sendo eliminados. Com estas” medidas pedagógicas”, a escola vai tendo bons resultados nos exames, passando para o exterior a imagem de excelência, aumentando a procura por parte dos Encarregados de Educação e permitindo à escola seleccionar os melhores alunos, eternizando assim a sua imagem de excelênncia.
Parabéns à professora e aos alunos. Mas o 2 tem toda a razão! Aqui o Dr. Guinote, estaria disposto a abdicar parcialmente do tempo que dedica ao blogue – em benefício da classe a que pertence, sem dúvida – para ir dar uns tempos gratuitos de ensino (nem me atrevo a dizer aprendizagem… 🙂 🙂 – já me compreederão…) aos seus alunos?
A tal professora: filhos? Marido? Namora? 🙂
Parabéns à professora?!
Uma professora de Matemática da Escola Daniel Sampaio, em Almada, contesta a sua classificação na avaliação de desempenho, usando como a
Agosto 3, 2011 at 5:44 pm
E o resto são coantigas.
Agosto 3, 2011 at 5:51 pm
Não é um oásis, é um pesadelo.
O modelo de professor não pode ser aquele que prescinde do seu tempo livre e de descanso (voluntariamente) para assessorar alunos (do secundário, com ambições de universidade/medicina).
Não vejo idênticas reportagens para os médicos que no seu tempo livre percorrem as aldeias, consultando gratuitamente (não os há), ou os advogados, ou juízes, ou os funcionários públicos que trabalham ao fim-de- semana, atendendo utentes.
Não vejo e não quero, já me satisfazia o fim de reportagens de endeusamento de comportamentos em que, a crise de todos nós, é colmatada com o esforço de alguns. Preferia ver sublinhado o que todos precisam de fazer. Começando nos que mais podem e devem.
Agosto 3, 2011 at 5:55 pm
Se calhar a professora da Escola “Daniel Sampaio” não segue aos filosofias pedagógicas do coiso…
Agosto 3, 2011 at 6:03 pm
Antes de mais, parabéns aos alunos e à professora.
Mas, será que esta professora SEMPRE teve estes resultados nos exames de anos anteriores, com alunos diferentes?
Se sim, o mérito é dela. Mas, por vezes, em determinados anos, há uma “casta vintage” de alunos que fazem a diferença. Já aconteceu na escola onde estou por 2 ou 3 anos. A coincidência de vários alunos excelentes num mesmo ano e que alteram completamente a média dos exames, sobretudo se a escola for pequena.
Outra questão: a colega terá tido EXCELENTE na ADD? Esta é daquelas situações que não são precisas grelhas para se atribuir nota.
😉
Agosto 3, 2011 at 6:07 pm
Já ontem aventei aqui esta notícia, felicitando a colega (e alunos, claro).
Agosto 3, 2011 at 6:08 pm
#2 100% de acordo.
Agosto 3, 2011 at 6:18 pm
#2> O modelo de professor não pode ser aquele que prescinde do seu tempo livre e de descanso (voluntariamente) para assessorar alunos (do secundário, com ambições de universidade/medicina).
E porque não? Ou prefere um docente que se limita a “despejar” a sebenta e que chega sempre cansado à escola a contar os minutos que faltam para sair? Infelizmente essa atitude é transversao à sociedade, totalmente oposta à da sociedade luterana que valoriza o esforço de cada um a contribuir para o bem comum. É concensual que, se houver gosto do trabalho (NB! que frase tão horrível :-() a atenção extra dedicada aos alunos faz toda a diferença!
Claro que isto não significa que um docente não deixe de poder ir ao cinema, tirar férias, etc. etc. Mas se o gosto e empenho forem menos raros. seria muito mais frequente ver docentes que ESTUDAM e EVOLUAM, se dediquem a escrever textos didácticos SÉRIOS, etc
All the best….
—Crespo
Agosto 3, 2011 at 6:23 pm
Pois é parabéns à colega e aos alunos tb.
Agosto 3, 2011 at 6:30 pm
#2
Penso que é uma opção (racionalmente feita) da colega e, portanto, é tão legítima como a sua opinião ou a de qualquer um de nós. Ela é quem sabe…
Agosto 3, 2011 at 6:38 pm
Esta colega teve sorte. Também já tive turmas assim.
Aguardemos pela próxima colheita…
Agosto 3, 2011 at 6:41 pm
Agosto 3, 2011 at 6:50 pm
Mais um exemplo de óasis (???):
“Escola Secundária Alves Martins
Director satisfeito com resultados em Matemática
destaca trabalho de todos os departamentos
Mais de quatro dezenas de alunos do 12.º ano da Escola Secundária Alves Martins alcançaram pelo menos 18 valores nos exames nacionais de Matemática.” diário de viseu 31 de julho
Agosto 3, 2011 at 6:53 pm
Parabéns aos profs e aos alunos.
Mas assim estragam as medidas do MEC. Ai qe daqui a pouco vai-se a ver e não fazem falta mais horas para a matemática…
Agosto 3, 2011 at 6:55 pm
Que bom! É preciso que se saiba que acontece em escolas públicas.Há muitos, outros, exemplos destes em escolas públicas.Chega de dizerem que o ensino público é mau.Temos excelentes alunos, excelentes professores, execelentes funcionários.
Agosto 3, 2011 at 6:56 pm
Parabens aos alunos, à colega e aos pais dos alunos!
E obra!
Agosto 3, 2011 at 7:23 pm
14#> Chega de dizerem que o ensino público é mau.Temos excelentes alunos, excelentes professores, execelentes funcionários.
Infelizmente, a média é francamente má. As escolas apenas reflectem a atitude transversal da sociedade onde impera o desleixo, a lamúria constante e o atirar de culpas permanente para cima dos outros.
O caso relatado é, infelizmente, mais excepção do que regra! Não conheço a escola em causa, mas tenho imensas dúvidas que os resultados sejam extensivos a todos os alunos das restantes turmas/docentes da escola.
É verdade que há excelentes docentes, excelente médicos, excelentes juízes, excelentes lojistas,… mas o panorama prevalecente no Burgo é o oposto.
Pode atirar os tomates que quiser para cima de mim, mas o ensino – público e privado – na generalidade é francamente mau, a justiça é uma tragédia – para não escrever outro nome pior-, a produtividade empresarial anda pelas ruas da armagura, …
É a diferença da atitude cultural em relação ao empenho em fazer bem feito, a principal reponsável pelo atraso crónico cultural e económico do Burgo. Tudo o resto são batatas… 😦
All the best…
—Crespo
Agosto 3, 2011 at 7:27 pm
A escola, para muitos professores, é um casino, e a educação uma lotaria.
Estranha forma de ver a escola publica. E pior ainda, de justificar o actual estado de coisas.
Mas nem mesmo assim se faz a correlação com a ADD.
Para que serve tal ideia disparatada de uma ADD, num casino, onde a sorte é ditada pelo acaso, tanto para alunos como para professores?
Será preciso acrescentar mais alguma coisa sobre a pobreza de argumentos e de razões de muitos professores que preferem os relatórios “críticos” de auto avaliação para manter o statu quo?
Será então sempre uma questão de sorte ou de azar.
É impossível responsabilizar o professor pelos resultados escolares, numa lógica fugidia, sem agentes.
Um filósofo muito estimado pela esquerda diria que esta concepção da educação é um verdadeira História sem sujeito…
Foi a isto que chegámos, senhores professores!
Agosto 3, 2011 at 7:42 pm
#17, meu caro h5n1, conhece a história da galinha dos ovos de ouro?
Felizmente que já cá não estarei quando a nossa sociedade for 100% determinista.
Agosto 3, 2011 at 7:45 pm
Deviam compaginar com a formação do Sporting Clube de Portugal. Talvez chegassem a conclusões interessantes.
Agosto 3, 2011 at 7:50 pm
#2.
É isso mesmo!
Não vejo mais classe profissional nenhuma a que seja exigido tanto trabalho fora daquilo a que é legalmente obrigado.
Eu estou cansado de trabalhar TANTO depois das horas que sou realmente pago. E vocês?
Agosto 3, 2011 at 7:52 pm
É que ninguém nos dá valor,
ninguém nos paga na justa medida,
e todos esperam de nós o que, estou certo, não fariam.
No meu prédio há dois professores. Eu e ela trabalhamos durante a noite. Todos os outros têm fins de semana livres, fins de tarde livres, noites livres.
Não vos dá raiva da vida de escravidão que toda a gente espera de nós?
Agosto 3, 2011 at 7:55 pm
Parabéns aos alunos, à colega, à escola…
Falar em sorte no ensino como fórmula de sucesso… enfim.
#2
Também existem reportagens nos termos que aprecia.
Agosto 3, 2011 at 7:55 pm
e eu que pensava que o segredo era congelar os professores……afinal é dedicação.
Agosto 3, 2011 at 8:20 pm
#2, sobre os advogados há-os à força, porque o Estado não paga num prazo razoável os custos das defesas oficiosas, apesar de pagar balúrdios a grandes escritórios de advogados para aconselhamento jurídico ou outros serviços.
Agosto 3, 2011 at 8:24 pm
# 2 e 21
Têm toda a razão.
Agosto 3, 2011 at 8:40 pm
diz na peça que Fátima Delgado tem 47 alunos ou seja não tem 110 como eu tive este ano. Bom,,,, Parabéns Fátima; o truque da Matemática é fazer 100 exercícios e depois mais 100 e depois mais 100; o truque é não parar. Também tive uma grande professora a Matemática. Era linda e não estava congelada.
Agosto 3, 2011 at 8:41 pm
Alguns não entenderam – coitados! – o que o colega em #2 escreveu. Na verdade não leram o que escreveu: “O modelo de professor…”. O modelo de professor, isto é, no fundo, o que se espera de um professor, não pode ser o que já acontece em muitos casos – sem qualquer reconhecimento e muitas vezes às cabeçadas com colegas laxistas -, a saber, abdicar por inteiro da vida para além da escola. Uma coisa é dedicação, outra escravatura. Quem confunde a primeira com a segunda… Quem considera que quem não vive apenas para trabalhar é um langão…
Pensem e leia. LaFargue, por exemplo. É um começo. Pode ser que se faça alguma luz.
Agosto 3, 2011 at 9:28 pm
Aproveito para felicitar a colega e a escola que conheço bem.
No entanto, tal como foi dito anteriormente, ter 1 turma A e de boa colheita ajuda bastante. Se, somado a isto, os alunos forem de 1 extrato sócio-económico médio-elevado possibilitando a ajuda (de todo o tipo) dos pais e explicadores, estão criadas as condiçoes ideias para a realização de 1 bom trabalho.
Agosto 3, 2011 at 10:03 pm
#28 Concordo.
E se a colega tivesse horário zero, continuava com ele.
Agosto 3, 2011 at 10:55 pm
Eu conheço a Fátima Delgado. Não foi por acaso que que estes resultados aconteceram e não foi a primeira vez.
Curiosamente, posso garantir, não é a premiação do mérito que a faz ser como é, uma excelente professora.
Curiosamente, foi o trabalho para os alunos – e não o trabalho para a ADD – que produziu estes resultados.
Da Fátima, é caso para dizer que antes de não o ser – excelente – já o era 😉
Parabéns, também, aos alunos.
Agosto 3, 2011 at 11:03 pm
#30
Então e diga lá quantos alunos tinha a professora… É que consta que começa com muitos mais, mas a grande maioria anula ao longo do ano…
Agosto 3, 2011 at 11:27 pm
Isto é incrível: se os alunos têm maus resultados toda a sociedade nos ataca; se os alunos têm bons resultados são os colegas que se atacam. Não percebo, mais uma demonstração de uma das razões pelas quais a avaliação não pode ser interpares. E os nossos governantes sabem-no muito bem…
Agosto 3, 2011 at 11:40 pm
Eis uma situação que tem várias leituras, como a diversidade de opiniões expressas claramente demonstra. Tanto se pode dizer que a professora é excelente como que lhe calharam poucos alunos, e bons. Que a professora se dedica aos seus alunos muito para além daquilo a que é obrigada, mas também que, como se assinalou em #2, a excelência do sistema não pode assentar numa espécie de vocação missionária dos professores. Porque as pessoas têm direitos, têm família, têm na vida outros interesses e deveres, para além dos profissionais.
Agosto 3, 2011 at 11:40 pm
Assim se prova que os professores não são uma classe, um grupo, uma entidade homogénea qualquer… smplesmente há muita gente que vai para professor pelas mais variads e diferentes razões…
Agosto 3, 2011 at 11:52 pm
#34,
os seus comentários são dotados de fineza analítica.
O fio é tão fino que.
Agosto 3, 2011 at 11:53 pm
#17
O h5n1 continua o seu discurso hipercrítico, num niilismo contra tudo e contra todos. De uma prosa que aqui escrevi há uns dias reteve o que considerou ser o “calcanhar de Aquiles”: a defesa, que nunca fiz, do “relatório crítico” como fulcro de um modelo de avaliação do desempenho.
Acontece que eu, que também distribuo críticas sempre que entendo, já por aqui deixei escrito, diversas vezes, que tipo de avaliação defendo para os professores, sujeitando-me dessa forma às críticas dos colegas. Mas do h5n1 nunca se lê uma frase em que, para além de princípios vagos e abstractos, nos diga concretamente aquilo que defende.
Os professores devem ser avaliados? Se sim, de que forma? Será assim tão difícil para si ter um pensamento construtivo?…
Agosto 3, 2011 at 11:57 pm
E tudo se transforma em ADD…
Agosto 3, 2011 at 11:59 pm
#34
Pois, e há professores altos, baixos e medianos, há gente loira e outra mais morena, há homens e mulheres, embora mais destas que daqueles, há novos, velhos e dos que para lá caminham.
Como é que se pode ser prior numa paróquia destas, não é?…
Agosto 4, 2011 at 12:07 am
#38
Sim, mas não é disso que se trata.
O que se passa é que há professoes bons e maus (como há cirurgiões e calceteiros bons emaus) e não podem ser todos igualmente classificados…
Agosto 4, 2011 at 12:08 am
#39
Perdão, avaliados…
Agosto 4, 2011 at 12:16 am
Será que alguém quer que experimentemos o sistema de avaliação dos calceteiros?
Agosto 4, 2011 at 12:20 am
#39
Isso é o que se chama uma visão maniqueísta das coisas. Se gosta de ver o mundo dividido entre bons e maus, é melhor dedicar-se a ver filmes de cowboys ou polícias e ladrões. A realidade é muito mais complexa do que isso.
Há professores que são melhores do que outros em determinadas coisas, mas não noutras. São raros os professores que possamos considerar excelentes em tudo, assim como os professores verdadeiramente maus e sem possibilidades de melhorar serão em número residual.
Do que é que precisamos, então? De uma avaliação que, sendo formativa e cooperativa, ajude todos a melhorar o seu desempenho profissional, fornecendo às escolas elementos que permitam gerir os seus profissionais de forma a rentabilizar ao máximo as suas competências e capacidades.
Agosto 4, 2011 at 12:22 am
Que maravilha!
Agosto 4, 2011 at 12:27 am
#42, António
O sistema de ensino não tem como finalidade “rentabilizar ao máximo as competências e capacidades dos professores”. Aos alunos sim…
Agosto 4, 2011 at 1:39 am
Gosto da notícia! Pelos alunos e pelo trabalho da colega. Parabéns.
Agosto 4, 2011 at 2:08 am
Trabalho fora de horas?
Pelo que vi a professora em questão tinha duas turmas. 12 horas lectivas, restavam, 10-12 horas para um trabalho mais personalizado com os alunos.
Mas que exploração!
Bom, bom, são aqueles horas infinitas passadas na sala dos professores, biblioteca ou salas de estudo sem alunos…
Agosto 4, 2011 at 2:16 am
Os bons alunos fazem os bons professores! O resto são tretas. E quando os alunos querem aprender, é muito fácil ensinar-lhes seja o que for.
Agosto 4, 2011 at 2:21 am
#44
Rentabilizar os professores em função do interesse dos alunos, como é óbvio.
Podia dar muitos exemplos, mas penso que basta um, que é significativo: havendo um processo de avaliação do desempenho para encontrar os melhores profissionais, a esses professores deveriam, no ano seguinte, ser atribuídas as turmas mais difíceis da escola.
Quem não aceitar isto é porque ainda não entendeu o que é verdadeiramente a avaliação do desempenho…
Agosto 4, 2011 at 11:57 am
Há escolas secundárias que são autênticos centros de treinos para exames, começando logo por fazer uma selecção de alunos nas matrículas para o 10º ano. Digo isso porque dou aulas numa EB2,3 e costumo ouvir os alunos do nono ano dizerem que querem ter média de 4 para poderem ingressar em determinada escola secundária no 10º ano. Como não é possível fazer uma selecção a 100 por cento, há sempre alguns alunos menos bons que lá conseguem entrar, e para esses a pressão é grande por parte de professores e colegas, levando-os a anular a matrícula, não estragando assim a média da escola. Sendo assim, os alunos que poderiam fazer a escola de referência descer nos rankings, vão sendo eliminados. Com estas” medidas pedagógicas”, a escola vai tendo bons resultados nos exames, passando para o exterior a imagem de excelência, aumentando a procura por parte dos Encarregados de Educação e permitindo à escola seleccionar os melhores alunos, eternizando assim a sua imagem de excelênncia.
Agosto 4, 2011 at 4:17 pm
Parabéns à professora e aos alunos. Mas o 2 tem toda a razão! Aqui o Dr. Guinote, estaria disposto a abdicar parcialmente do tempo que dedica ao blogue – em benefício da classe a que pertence, sem dúvida – para ir dar uns tempos gratuitos de ensino (nem me atrevo a dizer aprendizagem… 🙂 🙂 – já me compreederão…) aos seus alunos?
A tal professora: filhos? Marido? Namora? 🙂
Outubro 16, 2011 at 6:34 pm
Parabéns à professora?!
Uma professora de Matemática da Escola Daniel Sampaio, em Almada, contesta a sua classificação na avaliação de desempenho, usando como a
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/professora-contesta-avaliacao