E ficam sem perceber também qual a razão para esta entidade tutelada pelo MEC recorrer a uma legislação que diz respeito a uma matéria do Ministério da Saúde, lançando a confusão com uma lei revogada há cinco meses pelo parlamento. http://psicanalises.blogspot.com/
#1,
Já.
Aliás, foi aqui que essas indicações foram divulgadas em primeira mão.
Tanto as da DGRHE, como as sobre os EFA por telefone, como ainda essas da DGIDC, que alguns comentadores colocaram em dúvida se eram verídicas (e alguns jornalistas também, num primeiro momento, tamanho o disparate).
Hoje, na TVI, dois vistosos demagogos tomaram conta do ecrã (separados apenas por um serviçal que quase se baba por estar ladeado de tão elevada companhia): Marcelo Rebelo de Sousa, o gelatina político, fez de conta que questionava Nuno Crato, implodidor-mor do reino, acerca das medidas na Educação. Ia o gelatina fazendo, alegremente, perguntas combinadas e o implodidor ia dando as mesmas e combinadas respostas que já antes tinha dado em entrevistas que-o-primeiro-já-conhecia-assim-como-conhecia-as-respostas-que-o-segundo-repetiria-quando-as-mesmas-perguntas-fossem-feitas e… corria tudo de feição em mais uma operação de marketing político. Mas eis que, depois de perguntar acerca das permanência das cotas na avaliação de professores e de receber a mesmíssima resposta (“é uma regulamentação geral”, “inevitável para que não haja só excelentes”), o gelatina pôs-se a improvisar e saiu com uma bacorada que dizia mais ou menos algo do tipo: “pois, se fosse assim com os estudantes, também só haveria excelentes“, ao que o ministro, mesmo compreendendo a pouca inteligência da afirmação, anuiu (demagogo que é demagogo está sempre disposto a anuir). Mas… mas… perguntamos agora nós…aqui não está a falhar nada? Não há cotas de excelentes e bons atribuídos aos alunos!!! E não fez nem faz nenhuma falta para se poder distinguir os alunos! Imaginem que, agora, o ministério decretasse que haveria um máximo de um excelente para cada quinze alunos. Só essa medida seria capaz de “impedir que nas turmas todos tivessem excelente”? Ou seja, de acordo com a lógica Marcelistocratense, como actualmente não há cotas na avaliação dos alunos, estes devem andar há anos (todos os alunos de todas as turmas do país) a ostentar, orgulhosamente, os seus 20 valores a todas as disciplinas. Outra questão: será que uma medida dessas (estabelecer cotas para a nota de excelente atribuídas aos alunos) seria uma medida imprescindível para aumentar a motivação e o empenho dos alunos? Absurdo total, não é? Pois, este absurdo vai ser implementado, em relação aos professores, numa escola perto de si. http://olhequenao.wordpress.com/2011/07/31/os-percalcos-da-demagogia/
A reacção inicial da maioria dos Professores, de absoluta incredulidade e revolta, é justificada. A frustração e o sentimento de logro são, por isso, mais do que naturais. Na verdade, pretender-se-á assegurar “pior do mesmo”.
Proposta de Nuno Crato
deixa partidos da coligação
em maus lençóis
Os “princípios orientadores” ontem anunciados por Nuno Crato para a avaliação dos Professores é um duro golpe na relação de confiança que parecia estabelecida com a classe docente e que tantos votos valeu aos dois partidos da coligação governamental.
Apesar de – como afiançou o Ministro – as questões atinentes à avaliação do desempenho docente “estarem há muito identificadas”, a proposta ontem aduzida aos sindicatos é inusitadamente genérica e ambígua, prenunciando não uma revogação ou substituição do modelo anterior, mas uma (muito) mal engendrada tentativa de perpetuar os defeitos e maleitas das heranças de Maria de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada globalmente consideradas.
A reacção inicial da maioria dos Professores, de absoluta incredulidade e revolta, é justificada. A frustração e o sentimento de logro são, por isso, mais do que naturais. Na verdade, pretender-se-á assegurar “pior do mesmo”.
O modelo existente no ensino particular, sem quotas e que foi tomado como referência, parece estranhamente ignorado.
As quotas – ao contrário do modelo ainda vigente – poderão ser alargadas a TODOS os escalões, estrangulando (ainda mais) a carreira docente, degradando-a a níveis nunca imaginados.
A obsessiva e desproporcionada carga burocrática mantém-se (com o Relatório de Autoavaliação), a que se soma o requinte do “Projecto Educativo do Professor”, imposto pelo “eduquês” em tempos diabolizado mas sempre prevalecente.
A avaliação pelos pares será para manter. Agora com a inflamável nuance de ser assegurado por professores da escola ao lado.
A dimensão formativa da avaliação docente, priorizada pelos países nórdicos a que muitos recorre(ra)m para defender dislates vários nesta matéria, terá sido cuspida para as urtigas.
A pressão que parece exercida pelo novo Ministro para encerrar a negociação é credora da maior preocupação. Aliás, as suas declarações após o encontro com os sindicatos são de uma extraordinária infelicidade, mormente quando, com o propósito de justificar a manutenção das quotas, afirmou que, sem elas, “seríamos todos excelentes”. Uma postura que poderá configurar um libelo populista de suspeição e desconfiança para com as legítimas aspirações dos docentes.
“O modelo existente no ensino particular, sem quotas e que foi tomado como referência, parece estranhamente ignorado.
As quotas – ao contrário do modelo ainda vigente – poderão ser alargadas a TODOS os escalões, estrangulando (ainda mais) a carreira docente, degradando-a a níveis nunca imaginados.
A obsessiva e desproporcionada carga burocrática mantém-se (com o Relatório de Autoavaliação), a que se soma o requinte do “Projecto Educativo do Professor”, imposto pelo “eduquês” em tempos diabolizado mas sempre prevalecente.
A avaliação pelos pares é para manter. Agora com a inflamável nuance de ser assegurado por professores da escola ao lado.
A dimensão formativa da avaliação docente, priorizada pelos países nórdicos a que muitos recorre(ra)m para defender dislates vários nesta matéria, terá sido cuspida para as urtigas.
Se calhar, o monstro do Ministério da Educação estará a implodir Nuno Crato. O que ontem foi anunciado coloca os sindicatos dos Professores – na ausência de uma regulamentação que expurgue do novo modelo as maleitas que sustentam o gangrenoso clima de guerrilha entre a tutela e os docentes desde 2005 – na posição de OBVIAMENTE recusarem a proposta ministerial.
A materializar-se, mais do que uma evolução na continuidade, este modelo significaria um GRAVE retrocesso, a todos os níveis, lesivo do interesse público.
Enfim, o que parece desenhar-se consubstancia uma quebra insanável dos compromissos eleitorais assumidos pelos dois partidos da coligação governamental, que ameaça a paz e a estabilidade nas escolas. Ontem, ter-se-á atirado gasolina para a fogueira. E isso era escusado.
Começa bem Nuno Crato, enunciando sete princípios. Sete, um número simbólico, sagrado, mítico… Já Pitágoras o dizia. A semana tem sete dias, são sete os nossos sentidos, as partes principais do nosso sistema nervoso… rinhónhó… rinhónhó… os sete anões… Enfim, Nuno Crato lá percebeu, e muito bem, que uma coisa perfeitinha tinha de ter qualquer coisa em número sete: foram os princípios. Acho bem que se comece pelo princípio, que é, só por si, um bom princípio.
Não acham original esta forma de entrar em cena? Pode não ser, mas é eficaz de certeza, pois tudo o que tem sucesso obedece a sete princípios. O próprio Salomão, o sábio Salomão, tinha sete princípios. Já ninguém duvida que o nosso ministro está no bom caminho. Quem o andará a aconselhar?
1- A obsesão doentia que esta opinião publica (manifestada nos entrevistadores) continua a ter sobre a avaliação de professores, sempre que se fala em educação! Até parece que não há mais nada a falar e que esse é o problema principal!
2- A promesa, bem vinda, da parte de Nuno Crato sobre mudanças na disciplina nas escolas, assim como na desburocratização das tarefas que atafulham os professores actualmente.
Como já o afirmei noutro comentário, os professores precisam essencialmente de espaço e tempo para lerem, pesquisarem e reflectirem sobre estratégias. De tempo para preparar os seus materiais para as aulas, de se prepararem cientificamente e adapterem esse conhecimento às vissicitudes dos alunos! De tempo e espaço para conviverem uns com os outros do ponto de vista cientifico.
Até agora em 22 anos de ensino ainda não vi em nenhuma escola por oude passei (nem nunca o sistema esteve interessado nisso), espaço onde os professores efectuassem troca de conhecimentos das suas áreas entre si. Este é apenas um exemplo!
O resto, é tudo treta…
Para se prepararem cientificamente, loool. Os professores não lêem um livro. Quantos professores se vêem na sala de professores a ler um livro? Z-E-R-O.
Toda a razão! Mas será que também se promove a troca de conhecimentos cientificos entre a classe? Em vez de andarmos sobrecarregados com tarefas de chácha e muitas vezes a trabalhar para aquecer um sistema pouco estabilizado em termos legislativos, de um ministério que cada vez que faz sol, aplica modificações de critérios e de procedimentos? Em vez de passarmos a vida preocupados com a realização de suportes de projectos e de grelhas e de objectivos e de estatísticas e de pot-fólios e de PCTs PAAS, PESs, etc.
a troca de saberes é muito importante em termos cientificos e a troca de experiencias pedagógicas também. Porque não promover esses encontros e deixar tempo aos professores para aquilo que realmente interessa. E já não falo no trabalho que compete às secretarias do qual os Directores de Turma são uns eternos “escravos”.
Tantos se queixam e antes se queixavam de tudo e de todos, mas os dOCENTES quem tenham memória a curto prazo façam um esforço para se recordar que muitos que seguiam a via de ensino o fazim por gosto e motivação particular.Hoje em dia a necessidade obriga a conversões de mentes menos habilitadas para o efeito cujo o objectivo final é um emprego
Todos criticam a burocracia existente, a avaliação, o atendimento aos Pais (E.E), a burocracia dos concursos,mas principalmente queixam-se de si mesmos.Valorizem-se sejam próactivos instead de se queixarem de tudo e de todos.Existe uma crise e uma necessidade de diminuir custos e aumentar a qualidade no Ensino Publico.Que culpa tem este novo Governo de fazer algo apenas e só tão parecido a outros modelos de Países desenvolvidos da Europa e Mundo em Geral?
Sim, podem dizer que cada vez se encerra mais escolas, que se criam mega agrupamentos!? sem estruturas necessárias ao seu funcionamento, que cada vez recorrem ao ensino Publico alunos oriundos da Classe mádia e Média alta, que as escolas Privadas perdem rendimentos e consequente necessidade de contratação… mas sejam realistas,quem é bom e eficiente nas suas funções, mais facilmente encontra colocação e/ou adapta-se a novas circunstancias.É bom ser fUNCIONÁRIO PUBLICO, mas a verdade é que o funcionário publico é aquele que serve o País e abdica por vezes de outras mordomias, é um estado de alma uma vontade de mudar , uma vontade de servir , ajudar e fazer o nosso Pais crescer na sua qualidade.Custa mudar??? pois custa, mas se não o fizemos até agora, algum dia tinha de se começar a mexer no instituido que na maioria das vezes mexia com muitos que beneficiavam nesse instituido.
De facto existem algumas tarefas atribuidas actualmente aos professores que poderiam ser delegadas no pessoal não docente ou em Departamente especifico para o efeito,mas batam-me se me equivoco se os DT não tem uma carga horária inferior? Se a generalidade dos professores trabalha 35 horas semanais? como qualquer outro funcionário Publico?Se as avaliações não são necessárias? Se o atendimento aos PAIS, CONTRIBUINTES EM SEU TODO DO SALÁRIO do pessoal docente não tem direito a saber o que se passa na escola e com o rendimento escolar de seus filhos (45/1h minutos por semana é muito????
Meus Srs, e o pessoal não Docente??? QUE CARREGA POR VEZES NAS COSTAS A FRUSTAÇÃO DE PAIS,DOCENTES,DIRECÇÃO etc lembra-se deles??? eles fazem parte da equipa e ganham 500 euros por mes.Quantos docentes se queixam e inves de olhar para o seu próprio umbigo, olhassem para a falta de meios nas secretarias,ou seja na carreira de assistentes Operacionais que não está dimensionada para as necessidades actuais ou cuja a formação deixa muito a desejar? Se estivessem nos privados e muitos de vós o estão, sabem que os criterio é apenas um e menciono apenas e só a postura e objectivos.Ou trabalham e obtem resultados ou simplesmente e perdoem-me esta expressão tão actual “temos pena”
Antes de criticarem, enfrentem um espelho e se por acaso acreditarem no que estão a dizer, nunca se esqueçam que é apenas um espelho do nosso País e o mesmo é invertido
20 e 21:
Eu, mais uns dois ou três da minha escola, continuamos a ler livros na sala de professores, com risco da própria vida…
Não é bem assim, mas dá-me gozo ver os e as tontitas comentarem que nós temos tempo para ler…sugerindo que eles e elas, quais escravos profissionais, não o podem fazer (creio que muitos, mesmo que lhes sobrasse tempo das tarefas burocráticas, também naõ leriam livros)
Enfim, creio que após estes anos todos de idiotas à frente do ME, as pessoas já não conseguem distinguir o fundamental do acessório, e já não sabemos muito bem quais são as nossas obrigações enquanto professores, já não sabemos muito bem o que é que andamos lá a fazer…
Há professores com sorte: têm sala de professores com silêncio e ambiente para a leitura e não precisam do tempo de intervalo para tratarem de problemas relacionados com a vida na escola: os alunos, os programas, as emanações da direcção,….
Que inveja! Eu nem costumo ter tempo para ir ao WC!
A propósito…. eu estou identificado, mas como diz a nossa sabedoria popular “Se não queres seres visto, não deixes o rabo de fora” e se me responderem “gato escaldado de agua fria tem medo” e eu ainda posso argumentar que “quem não deve, não teme”
senhoradoutora #24
…repare que eu, às vezes não estou a ler o livro na sala de professores, mas, só pelo facto de transportar um livro comigo, já ouço comentários de escravos profissionais, que vivem afogados em trabalhos burocráticos da treta, que eles não contestam e que, lá no fundo, alguns até adoram.
Também gosto muito daqueles comentários que ouço na sala de professores, “Eu ontem tive (sic) a corrigir trabalhos até às duas da manhã!”, ao que outra rectruca “Eu passei o fim de semana a corrigir testes!” eu então entro na conversa para dizer “Eu cá estive a corrigir trabalhos até às oito da manhã e só dormi três horas desde Janeiro!!!”
O que vale é que ainda há gente que consegue gozar com estas parvoíces, PCT, PAA, PEE, e milhenta tralha que atrapalha. No outro dia uma colega confessou que tinha incluido, num destes relatórios inúteis, documentos de outra escola, e ninguém reparou!
Agosto 1, 2011 at 9:53 am
Bom dia, já passou os olhos pelo jornal i?
http://www.ionline.pt/conteudo/140539-ordens-contraditorias-provocam-caos-absoluto-nas-escolas
Agosto 1, 2011 at 9:54 am
A APLICAÇÃO PARA MANIFESTAÇÃO DE PREFERÊNCIA DOS DACL MUDADA PARA 1 DE AGOSTO A 5 AGOSTO AINDA NÃO ABRIU.
É A IMAGEM DO SERVIÇO PÚBLICO EM PORTUGAL.
O CONCURSO SERÁ MESMO ABERTO A 1 DE AGOSTO?
ÀS 10 HORAS? DE MANHÃ? DE TARDE? À NOITINHA?
ENFIM, TEMOS DE PUXAR POR ESTE PAÍS…
Agosto 1, 2011 at 9:55 am
E ficam sem perceber também qual a razão para esta entidade tutelada pelo MEC recorrer a uma legislação que diz respeito a uma matéria do Ministério da Saúde, lançando a confusão com uma lei revogada há cinco meses pelo parlamento.
http://psicanalises.blogspot.com/
Agosto 1, 2011 at 9:56 am
2- não vale a pena escrever em maiúsculas que não aumenta com isso a quantidade de leitores do seu comentário. Consegue o contrário.
Agosto 1, 2011 at 9:57 am
#1,
Já.
Aliás, foi aqui que essas indicações foram divulgadas em primeira mão.
Tanto as da DGRHE, como as sobre os EFA por telefone, como ainda essas da DGIDC, que alguns comentadores colocaram em dúvida se eram verídicas (e alguns jornalistas também, num primeiro momento, tamanho o disparate).
Agosto 1, 2011 at 10:06 am
#5 Pois eu fui uma delas, mesmo pelo tamanho do disparate 🙂
#2 já lá está a aplicação e documentação para concorrer a DACL
Agosto 1, 2011 at 11:06 am
Oremos …
Agosto 1, 2011 at 12:07 pm
Este ministro continua a dizer uma “mão cheia de coisas” mas sem novidade nenhuma…
Agosto 1, 2011 at 12:08 pm
Ora…o Marcelo era um nosso colega mais velho…na altura éramos os putos
Agosto 1, 2011 at 12:37 pm
« O POEMA DO TEMPO
OS PERCALÇOS DA DEMAGOGIA
Publicado por Jyoti Gomes em 31/07/2011
Hoje, na TVI, dois vistosos demagogos tomaram conta do ecrã (separados apenas por um serviçal que quase se baba por estar ladeado de tão elevada companhia): Marcelo Rebelo de Sousa, o gelatina político, fez de conta que questionava Nuno Crato, implodidor-mor do reino, acerca das medidas na Educação. Ia o gelatina fazendo, alegremente, perguntas combinadas e o implodidor ia dando as mesmas e combinadas respostas que já antes tinha dado em entrevistas que-o-primeiro-já-conhecia-assim-como-conhecia-as-respostas-que-o-segundo-repetiria-quando-as-mesmas-perguntas-fossem-feitas e… corria tudo de feição em mais uma operação de marketing político. Mas eis que, depois de perguntar acerca das permanência das cotas na avaliação de professores e de receber a mesmíssima resposta (“é uma regulamentação geral”, “inevitável para que não haja só excelentes”), o gelatina pôs-se a improvisar e saiu com uma bacorada que dizia mais ou menos algo do tipo: “pois, se fosse assim com os estudantes, também só haveria excelentes“, ao que o ministro, mesmo compreendendo a pouca inteligência da afirmação, anuiu (demagogo que é demagogo está sempre disposto a anuir). Mas… mas… perguntamos agora nós…aqui não está a falhar nada? Não há cotas de excelentes e bons atribuídos aos alunos!!! E não fez nem faz nenhuma falta para se poder distinguir os alunos! Imaginem que, agora, o ministério decretasse que haveria um máximo de um excelente para cada quinze alunos. Só essa medida seria capaz de “impedir que nas turmas todos tivessem excelente”? Ou seja, de acordo com a lógica Marcelistocratense, como actualmente não há cotas na avaliação dos alunos, estes devem andar há anos (todos os alunos de todas as turmas do país) a ostentar, orgulhosamente, os seus 20 valores a todas as disciplinas. Outra questão: será que uma medida dessas (estabelecer cotas para a nota de excelente atribuídas aos alunos) seria uma medida imprescindível para aumentar a motivação e o empenho dos alunos? Absurdo total, não é? Pois, este absurdo vai ser implementado, em relação aos professores, numa escola perto de si.
http://olhequenao.wordpress.com/2011/07/31/os-percalcos-da-demagogia/
Agosto 1, 2011 at 12:45 pm
A reacção inicial da maioria dos Professores, de absoluta incredulidade e revolta, é justificada. A frustração e o sentimento de logro são, por isso, mais do que naturais. Na verdade, pretender-se-á assegurar “pior do mesmo”.
Proposta de Nuno Crato
deixa partidos da coligação
em maus lençóis
Os “princípios orientadores” ontem anunciados por Nuno Crato para a avaliação dos Professores é um duro golpe na relação de confiança que parecia estabelecida com a classe docente e que tantos votos valeu aos dois partidos da coligação governamental.
Apesar de – como afiançou o Ministro – as questões atinentes à avaliação do desempenho docente “estarem há muito identificadas”, a proposta ontem aduzida aos sindicatos é inusitadamente genérica e ambígua, prenunciando não uma revogação ou substituição do modelo anterior, mas uma (muito) mal engendrada tentativa de perpetuar os defeitos e maleitas das heranças de Maria de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada globalmente consideradas.
A reacção inicial da maioria dos Professores, de absoluta incredulidade e revolta, é justificada. A frustração e o sentimento de logro são, por isso, mais do que naturais. Na verdade, pretender-se-á assegurar “pior do mesmo”.
O modelo existente no ensino particular, sem quotas e que foi tomado como referência, parece estranhamente ignorado.
As quotas – ao contrário do modelo ainda vigente – poderão ser alargadas a TODOS os escalões, estrangulando (ainda mais) a carreira docente, degradando-a a níveis nunca imaginados.
A obsessiva e desproporcionada carga burocrática mantém-se (com o Relatório de Autoavaliação), a que se soma o requinte do “Projecto Educativo do Professor”, imposto pelo “eduquês” em tempos diabolizado mas sempre prevalecente.
A avaliação pelos pares será para manter. Agora com a inflamável nuance de ser assegurado por professores da escola ao lado.
A dimensão formativa da avaliação docente, priorizada pelos países nórdicos a que muitos recorre(ra)m para defender dislates vários nesta matéria, terá sido cuspida para as urtigas.
A pressão que parece exercida pelo novo Ministro para encerrar a negociação é credora da maior preocupação. Aliás, as suas declarações após o encontro com os sindicatos são de uma extraordinária infelicidade, mormente quando, com o propósito de justificar a manutenção das quotas, afirmou que, sem elas, “seríamos todos excelentes”. Uma postura que poderá configurar um libelo populista de suspeição e desconfiança para com as legítimas aspirações dos docentes.
“O modelo existente no ensino particular, sem quotas e que foi tomado como referência, parece estranhamente ignorado.
As quotas – ao contrário do modelo ainda vigente – poderão ser alargadas a TODOS os escalões, estrangulando (ainda mais) a carreira docente, degradando-a a níveis nunca imaginados.
A obsessiva e desproporcionada carga burocrática mantém-se (com o Relatório de Autoavaliação), a que se soma o requinte do “Projecto Educativo do Professor”, imposto pelo “eduquês” em tempos diabolizado mas sempre prevalecente.
A avaliação pelos pares é para manter. Agora com a inflamável nuance de ser assegurado por professores da escola ao lado.
A dimensão formativa da avaliação docente, priorizada pelos países nórdicos a que muitos recorre(ra)m para defender dislates vários nesta matéria, terá sido cuspida para as urtigas.
Se calhar, o monstro do Ministério da Educação estará a implodir Nuno Crato. O que ontem foi anunciado coloca os sindicatos dos Professores – na ausência de uma regulamentação que expurgue do novo modelo as maleitas que sustentam o gangrenoso clima de guerrilha entre a tutela e os docentes desde 2005 – na posição de OBVIAMENTE recusarem a proposta ministerial.
A materializar-se, mais do que uma evolução na continuidade, este modelo significaria um GRAVE retrocesso, a todos os níveis, lesivo do interesse público.
Enfim, o que parece desenhar-se consubstancia uma quebra insanável dos compromissos eleitorais assumidos pelos dois partidos da coligação governamental, que ameaça a paz e a estabilidade nas escolas. Ontem, ter-se-á atirado gasolina para a fogueira. E isso era escusado.
publicado por alho_politicamente_incorrecto às 15:41
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http://alho_politicamente_incorrecto.blogs.sapo.pt/631063.html
Agosto 1, 2011 at 12:52 pm
Sexta-feira, Julho 29, 2011
A avaliação dos professores e os cata-ventos
(…)
http://anonimosecxxi.blogspot.com/2011/07/avaliacao-dos-professores-e-os-cata.html
Sexta-feira, 29 de Julho de 2011
Os Sete
Começa bem Nuno Crato, enunciando sete princípios. Sete, um número simbólico, sagrado, mítico… Já Pitágoras o dizia. A semana tem sete dias, são sete os nossos sentidos, as partes principais do nosso sistema nervoso… rinhónhó… rinhónhó… os sete anões… Enfim, Nuno Crato lá percebeu, e muito bem, que uma coisa perfeitinha tinha de ter qualquer coisa em número sete: foram os princípios. Acho bem que se comece pelo princípio, que é, só por si, um bom princípio.
Não acham original esta forma de entrar em cena? Pode não ser, mas é eficaz de certeza, pois tudo o que tem sucesso obedece a sete princípios. O próprio Salomão, o sábio Salomão, tinha sete princípios. Já ninguém duvida que o nosso ministro está no bom caminho. Quem o andará a aconselhar?
(…)
http://dndanacao.blogspot.com/2011/07/os-sete.html
Agosto 1, 2011 at 12:57 pm
Abraço!
Agosto 1, 2011 at 12:58 pm
Fui.
Agosto 1, 2011 at 1:08 pm
Só estou a ser coerente:
#
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 8:47 pm
Não joguem à defesa e depois digam que eu não avisei…
Não lhe vou perdoar um único passo em falso porque a Educação Pública não aguenta mais um único passo em falso:
A seguir é o abismo sem fundo…
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 8:49 pm
A mim ainda não me provou nada:
Tem apenas o beneficio da dúvida e já é muito – espero que não o desperdice…
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 9:13 pm
É bom que o Nuno Crato se sente à mesa com toda a gente e que estude muito – mas mesmo muito…
A Educação está em cacos, o ambiente nas escolas está uma autêntica m€rda!
Sim, uma verdadeira m€rd@!
Muitos deles morreram a trabalhar no tempo da outra BESTA QUADRADA, outros rebentaram psicologicamente, outros estão a caminho…
Uma profissão que deveria ser de crescimento pessoal e conjunto através do trabalho cooperativo MORREU!
Escrevam: a nossa profissão morreu, deixem-se de m€rd@s comigo!
Desperdicem o único balão de oxigénio e esqueçam o Livresco.
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 9:19 pm
#26:
Pois.,.anda tudo a mamar há anos e os professores é que são os f0did0s ou pensam que não iremos continuar a ser?
Iludam-se.
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 9:21 pm
Fui.
Quem quiser que funde o Nuno Crato Fan Club:
Não contem é comigo…para já.
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 9:22 pm
Benefício da dúvida:
Apenas e só
livresco Diz:
Junho 22, 2011 at 9:28 pm
Principalmente sem obra nenhuma até ao momento.
Vão dizer:
Mas falou, mas publicou….
Mas sabem o que responde “Who has the gold makes the rules”:
Who cares?
https://educar.wordpress.com/2011/06/22/o-que-acha-da-escolha-de-nuno-crato/#comment-586517
Agosto 1, 2011 at 1:09 pm
Só volto ao fim da noite…
“Não lhe vou perdoar um único passo em falso porque a Educação Pública não aguenta mais um único passo em falso:
A seguir é o abismo sem fundo…
Agosto 1, 2011 at 1:12 pm
Foram Cratos foram rosas
Não foram dúbias prosas
Que leste no que eu blogo
Foram Cratos, foram rosas
Alapadas ao meu voto
Agosto 1, 2011 at 4:48 pm
Duas observações na entrevista de Nuno Crato:
1- A obsesão doentia que esta opinião publica (manifestada nos entrevistadores) continua a ter sobre a avaliação de professores, sempre que se fala em educação! Até parece que não há mais nada a falar e que esse é o problema principal!
2- A promesa, bem vinda, da parte de Nuno Crato sobre mudanças na disciplina nas escolas, assim como na desburocratização das tarefas que atafulham os professores actualmente.
Como já o afirmei noutro comentário, os professores precisam essencialmente de espaço e tempo para lerem, pesquisarem e reflectirem sobre estratégias. De tempo para preparar os seus materiais para as aulas, de se prepararem cientificamente e adapterem esse conhecimento às vissicitudes dos alunos! De tempo e espaço para conviverem uns com os outros do ponto de vista cientifico.
Até agora em 22 anos de ensino ainda não vi em nenhuma escola por oude passei (nem nunca o sistema esteve interessado nisso), espaço onde os professores efectuassem troca de conhecimentos das suas áreas entre si. Este é apenas um exemplo!
O resto, é tudo treta…
Agosto 1, 2011 at 9:37 pm
#18 Anti-Rousseau
Subscrevo e aplaudo o comentário!
Agosto 2, 2011 at 12:28 am
Para se prepararem cientificamente, loool. Os professores não lêem um livro. Quantos professores se vêem na sala de professores a ler um livro? Z-E-R-O.
Agosto 2, 2011 at 1:08 am
# 20
Toda a razão! Mas será que também se promove a troca de conhecimentos cientificos entre a classe? Em vez de andarmos sobrecarregados com tarefas de chácha e muitas vezes a trabalhar para aquecer um sistema pouco estabilizado em termos legislativos, de um ministério que cada vez que faz sol, aplica modificações de critérios e de procedimentos? Em vez de passarmos a vida preocupados com a realização de suportes de projectos e de grelhas e de objectivos e de estatísticas e de pot-fólios e de PCTs PAAS, PESs, etc.
a troca de saberes é muito importante em termos cientificos e a troca de experiencias pedagógicas também. Porque não promover esses encontros e deixar tempo aos professores para aquilo que realmente interessa. E já não falo no trabalho que compete às secretarias do qual os Directores de Turma são uns eternos “escravos”.
Agosto 3, 2011 at 1:02 pm
Tantos se queixam e antes se queixavam de tudo e de todos, mas os dOCENTES quem tenham memória a curto prazo façam um esforço para se recordar que muitos que seguiam a via de ensino o fazim por gosto e motivação particular.Hoje em dia a necessidade obriga a conversões de mentes menos habilitadas para o efeito cujo o objectivo final é um emprego
Todos criticam a burocracia existente, a avaliação, o atendimento aos Pais (E.E), a burocracia dos concursos,mas principalmente queixam-se de si mesmos.Valorizem-se sejam próactivos instead de se queixarem de tudo e de todos.Existe uma crise e uma necessidade de diminuir custos e aumentar a qualidade no Ensino Publico.Que culpa tem este novo Governo de fazer algo apenas e só tão parecido a outros modelos de Países desenvolvidos da Europa e Mundo em Geral?
Sim, podem dizer que cada vez se encerra mais escolas, que se criam mega agrupamentos!? sem estruturas necessárias ao seu funcionamento, que cada vez recorrem ao ensino Publico alunos oriundos da Classe mádia e Média alta, que as escolas Privadas perdem rendimentos e consequente necessidade de contratação… mas sejam realistas,quem é bom e eficiente nas suas funções, mais facilmente encontra colocação e/ou adapta-se a novas circunstancias.É bom ser fUNCIONÁRIO PUBLICO, mas a verdade é que o funcionário publico é aquele que serve o País e abdica por vezes de outras mordomias, é um estado de alma uma vontade de mudar , uma vontade de servir , ajudar e fazer o nosso Pais crescer na sua qualidade.Custa mudar??? pois custa, mas se não o fizemos até agora, algum dia tinha de se começar a mexer no instituido que na maioria das vezes mexia com muitos que beneficiavam nesse instituido.
De facto existem algumas tarefas atribuidas actualmente aos professores que poderiam ser delegadas no pessoal não docente ou em Departamente especifico para o efeito,mas batam-me se me equivoco se os DT não tem uma carga horária inferior? Se a generalidade dos professores trabalha 35 horas semanais? como qualquer outro funcionário Publico?Se as avaliações não são necessárias? Se o atendimento aos PAIS, CONTRIBUINTES EM SEU TODO DO SALÁRIO do pessoal docente não tem direito a saber o que se passa na escola e com o rendimento escolar de seus filhos (45/1h minutos por semana é muito????
Meus Srs, e o pessoal não Docente??? QUE CARREGA POR VEZES NAS COSTAS A FRUSTAÇÃO DE PAIS,DOCENTES,DIRECÇÃO etc lembra-se deles??? eles fazem parte da equipa e ganham 500 euros por mes.Quantos docentes se queixam e inves de olhar para o seu próprio umbigo, olhassem para a falta de meios nas secretarias,ou seja na carreira de assistentes Operacionais que não está dimensionada para as necessidades actuais ou cuja a formação deixa muito a desejar? Se estivessem nos privados e muitos de vós o estão, sabem que os criterio é apenas um e menciono apenas e só a postura e objectivos.Ou trabalham e obtem resultados ou simplesmente e perdoem-me esta expressão tão actual “temos pena”
Antes de criticarem, enfrentem um espelho e se por acaso acreditarem no que estão a dizer, nunca se esqueçam que é apenas um espelho do nosso País e o mesmo é invertido
Agosto 3, 2011 at 1:31 pm
20 e 21:
Eu, mais uns dois ou três da minha escola, continuamos a ler livros na sala de professores, com risco da própria vida…
Não é bem assim, mas dá-me gozo ver os e as tontitas comentarem que nós temos tempo para ler…sugerindo que eles e elas, quais escravos profissionais, não o podem fazer (creio que muitos, mesmo que lhes sobrasse tempo das tarefas burocráticas, também naõ leriam livros)
Enfim, creio que após estes anos todos de idiotas à frente do ME, as pessoas já não conseguem distinguir o fundamental do acessório, e já não sabemos muito bem quais são as nossas obrigações enquanto professores, já não sabemos muito bem o que é que andamos lá a fazer…
Agosto 3, 2011 at 2:19 pm
Há professores com sorte: têm sala de professores com silêncio e ambiente para a leitura e não precisam do tempo de intervalo para tratarem de problemas relacionados com a vida na escola: os alunos, os programas, as emanações da direcção,….
Que inveja! Eu nem costumo ter tempo para ir ao WC!
Agosto 3, 2011 at 2:25 pm
A propósito…. eu estou identificado, mas como diz a nossa sabedoria popular “Se não queres seres visto, não deixes o rabo de fora” e se me responderem “gato escaldado de agua fria tem medo” e eu ainda posso argumentar que “quem não deve, não teme”
Agosto 3, 2011 at 2:40 pm
senhoradoutora #24
…repare que eu, às vezes não estou a ler o livro na sala de professores, mas, só pelo facto de transportar um livro comigo, já ouço comentários de escravos profissionais, que vivem afogados em trabalhos burocráticos da treta, que eles não contestam e que, lá no fundo, alguns até adoram.
Também gosto muito daqueles comentários que ouço na sala de professores, “Eu ontem tive (sic) a corrigir trabalhos até às duas da manhã!”, ao que outra rectruca “Eu passei o fim de semana a corrigir testes!” eu então entro na conversa para dizer “Eu cá estive a corrigir trabalhos até às oito da manhã e só dormi três horas desde Janeiro!!!”
O que vale é que ainda há gente que consegue gozar com estas parvoíces, PCT, PAA, PEE, e milhenta tralha que atrapalha. No outro dia uma colega confessou que tinha incluido, num destes relatórios inúteis, documentos de outra escola, e ninguém reparou!