…mas seria um gasto desnecessário de imaginação e alguém ainda poderia não perceber e pensar que eu estava mesmo a falar de outra coisa.
- Se a avaliação é interna é porque interpares arruína o clima de escola e as relações pessoais.
- Se a avaliação é externa depende o motivo, mas também está mal.
- Se é externa com avaliadores de outros níveis de ensino é porque não sabem o que é uma aula do Básico e Secundário.
- Se é com inspectores, sabe-se bem que não há em quantidade suficiente e não se conhece que formação tiveram os que existem.
- Se é com professores de outras escolas, é porque é o mesmo, só parece diferente, mas é o mesmo, quero lá quem não conheço nas minhas aulas.
- Se é com uma qualquer organização externa, é porque não sabem nada do assunto e querem é privatizar isto tudo.
Pelo que mais vale ficar como já era, o pessoal já se tinha habituado e tudo. Interpares é que é bom, afinal, estavam enganados os que disseram que não.
Pensando bem: tragam os titulares de volta.
Ou então não se faça avaliação nenhuma que é para se dar razão a quem sempre nos criticou por ser essa a base da contestação.
Ou Deus Nosso Senhor que nos avalie a todos no Dia do Julgamento Final.
Julho 31, 2011 at 8:07 pm
Perfeito:
– Coerência: Precisa-se!!!
…
Julho 31, 2011 at 8:08 pm
Voto na última frase.
Avaliação por Nosso Senhor, antes de subirmos aos Céus. De preferência sem grelhas, pq grelhados é nos Infernos.
Acho q chega.
😉
Julho 31, 2011 at 8:23 pm
Crato no Jornal Nacional, TVI, mais logo.
Paulo, agora a sério, eu acho que o q a maior parte de nós deseja (e só assim não levantaria qualquer contestação) era que tudo voltasse a ser como antes de MLR. Ninguém tem coragem de o assumir, mas no fundo é o q 90% dos professores desejam.
E se virmos bem, quais são as vantagens – a não ser a poupança – dos dois ciclos anteriores em relação ao antigo modelo?
A qualidade de ensino melhorou?
Os bons profissionais são agora reconhecidos?
Os maus profissionais foram reconhecidos e ajudados?
A minha resposta é NÃO para tudo isto.
Assim sendo, reconhecendo que o anterior modelo -o anterior a MLR- não era um modelo perfeito concluímos que estes são bem mais imperfeitos e originaram uma “guerra” sem paralelo ente professores e ME, entre professores e sindicatos, entre professores e professores.
É evidente que foi a questão financeira que serviu de alavanca para tudo isto, mas tivessem a coragem de o dizer e arranjasse-se maneira de o concretizar de outra forma.
Qualquer modelo que aí venha terá a resposta que o Paulo enuncia no seu post. Nunca agradará.
Julho 31, 2011 at 8:27 pm
#3,
Gosto!
Julho 31, 2011 at 8:28 pm
5. Se…, então também não porque…
Ou seja nunca…
Todos nós já percebemos. O dia em que os “100” mil “caíram” em Lisboa parece já uma miragem. Ou será que nunca aconteceu???
Agora, cada um que reencontre a sua face (quem a perdeu), individualmente, porque a face colectiva da classe docente, essa, já desapareceu há algum tempo, se é que alguma vez houve uma face colectiva (para além das duas de M. Nogueira).
Julho 31, 2011 at 8:31 pm
Mas seria pedir muito que não nos andassem sempre a “chatear” com a avaliação? que nos deixassem apenas exercer a profissão, sem andarmos a pensar no projecto educativo do professor/objectivos, aulas assistidas, relatório de auto-avaliação, etc… Mesmo que agora digam que vão desburocratizar, nós sabemos que não vai ser assim. Os vícios das escolas são muitos. As grelhas para avaliar não vão faltar.
partilho a opinião de alguém que já por aqui escreveu, que as aulas assistidas deveriam existir nos casos em que há suspeitas de que não funcionam bem. Neste caso seria o Director(a) a requerer que uma entidade externa, científica e pedagogicamente acreditado, que iria assistir às aulas com a posterior avaliação formativa e final. Nos restantes casos considero um desperdício de energias, tempo e paciência. As aulas no básico e no secundário não são públicas como no superior, pelo que a presença de alguém externo, é um intruso na turma.
Julho 31, 2011 at 8:33 pm
Deus Nosso Senhor que nos avalie a todos no Dia do Julgamento Final.
Sim. Antes Ele a Relator do que eu!
Julho 31, 2011 at 8:35 pm
Poucos costumam responder o óbvio: que o Culpado (…), o responsável principal do crime, é o próprio assassino que mata.» http://psicanalises.blogspot.com/
Julho 31, 2011 at 8:35 pm
Ácido. Mas é exactamente o que penso também.
Olha, sem pelos na língua, Deus ta guarde!
Julho 31, 2011 at 8:36 pm
O PG, assim, está a fazer o jogo do governo e dos que andam a destratar os professores.
Conhece o slogan “O sinlêncio é cumplice”?
Vá, tente ser objectivo, separe os interesses profissionais da amizade e critique os “princípios” do NC…
Encontrará muito por onde. Não se cale… em nome da coerência!
Julho 31, 2011 at 8:38 pm
” Antes Ele a Relator do que eu!”
Julho 31, 2011 at 8:38 pm
Paulo, eu sou dos que acha este modelo tão mau quanto o anterior e não me revejo no que agora vens dizer.
Este modelo é tão ruim quanto o outro, mas eu já nem quero saber.
Repara: mantém-se a avaliação entre pares (não é por serem da escola do lado que deixam de ser pares). Mantém-se a porcaria dos OI (só que agora mudaram-lhe o nome, os profs são mesmo uns tanços…). Mantém-se o RAA. Isso dos ciclos ainda está por explicar.
Então afinal o que é que há de novo? Ou está a escapar-me alguma coisa?
Mais uma vez se revela o total desconhecimento do terreno. As coisas assim não funcionam. Parece mesmo que a agenda secreta do Nuno Crato é acabar com o Gave e ser ele a fazer os exames de Matemática. Hão-de ser lindos!
P. S: Votei PSD, não por acreditar nas competências de PPC ou da sua equipa, mas apenas por ódio a tudo o que seja PS.
Julho 31, 2011 at 8:39 pm
#0
Certeiro, como sempre. Sem mais comentários!
Julho 31, 2011 at 8:44 pm
temos o MEC na TVI
Julho 31, 2011 at 8:44 pm
Ora aí está o Ministro na TVI, com o Prof Marcelo…
As Olimpíadas da Matemática… e tal…
Julho 31, 2011 at 8:47 pm
olá o Crato na TVI….
espero……
a ver…..
Julho 31, 2011 at 8:48 pm
#3 não diga “antes da MLR”.. diga mesmo com todas as letras: o que os professores querem é sem avaliação. A malta trabalha bem e nem precisa de avaliação. Um relatório de duas páginas que a dizer que foi muito bom o trabalho realizado e venha de lá o BOM. O sistema não permitia identificar professores maus, mas que importa isso? Também não identificava os bons. E assim como assim os sistemas seguintes não foram melhores pelo que o melhor é não existir mesmo nenhum sistema pois ninguém se está para dar ao trabalho de fazer propostas correctas. Siga a marinha que agosto é mês de férias!
Julho 31, 2011 at 8:51 pm
Excelente análise
Julho 31, 2011 at 8:52 pm
Gosto muito de citar o Prof. Nóvoa. Sobre a avaliação: “Devem ser os professores a ocupar este espaço. Se não, serão outros a fazê-lo”. A isto chama-se avaliação por pares e é feito nas outras profissões.
Julho 31, 2011 at 8:54 pm
99% do tempo deve ser para as aulas.
Menos burocracia… reduzida a 3 páginas por ano.
Maior autoridade para os professores, com mais disciplina e exigência.
Reformular os currículos, no próximo ano.
Quotas, como na Função Pública.
Julho 31, 2011 at 8:57 pm
Para mim que já era avaliada pelo colega da escola ao lado, fico à espera de novidades…
O ministro disse agora que quer menos burocracia, gostava que o relatório tivesse apenas 2 folhas por ano. Por isto é que falta explicar muita coisa, a avaliação passa a ser a 4 anos e o programa qualquer coisa, é anual?
Fico a aguardar
Julho 31, 2011 at 8:57 pm
gosto do 99%
o que mais gosto é de estudar e preparar materiais que sejam úteis para os miúdos!
portanto também estou passada com a burocracia!!!
Julho 31, 2011 at 8:59 pm
O MEC, muito sereno, diz que ainda não se arrependeu de ter aceitado ser ministro.
Julho 31, 2011 at 9:00 pm
Qual é a profissão em que os profissionais estão em permanente estágio ao longo de toda a sua carreira? sim, porque as propostas anteriores eram exactamente isso e esta corre o risco de ir na mesma direcção.
Julho 31, 2011 at 9:01 pm
E que as coisas têm de vindo a ser feitas passo-a-passo.
Quanto à organização do ano lectivo, diz estar tudo pronto e que não haverá mais alterações nos horários. Amem!
Julho 31, 2011 at 9:04 pm
Apesar da falta de recursos, que o NC acaba de referir, deve encontrar uma organização externa que elabore e corrija os exames nacionais e deixar de sobrecarregar os professores com mais uma tarefa que violenta qualquer um (correcção de 2 fases de exames, com tudo o que comporta, é demais…)
Julho 31, 2011 at 9:07 pm
Também não me parece que nem no ensino privado nem num qualquer país civilizado haja uma engrenagem parecida com esta. É por semos melhores que os outros que precisamos destes requintes? A verdade é que os resultados dos nossos alunos estão muito longe e serem bons e não é por este andar que melhoram.
Julho 31, 2011 at 9:07 pm
Teachers (Evaluation)
Educational services industry (Aims and objectives)
Author:
Larsen, Marianne A.
Pub Date:
11/01/2005
Teacher evaluation policies have spread rapidly throughout the world over the past decade, implemented as quick-fix solutions to assure the public that governments are addressing educational problems. Overwhelmingly, these policies are driven by a neo-liberal business imperative that has captured the imagination of public-sector policy makers. Hence, the discourses of managerialism and accountability have become the taken-for-granted paradigm shaping teacher evaluation policies.
Accountability reforms reveal that the state is far from abandoning its efforts to control the teaching profession. However, it is also important to acknowledge the state’s varying and contradictory role in educational policy making. While this article has argued that many jurisdictions have implemented teacher evaluation policies that are predicated on neo-liberal, business principles, there are governments that have either rejected these pressures or engaged in educational policy making that is more sensitive to local contexts. The new provincial government in Ontario, Canada, for instance, has abandoned the controversial teacher test and is currently engaged in a consultation process with representatives from faculties of education, teachers’ federations and the Ontario College of Teachers to develop an alternative assessment for teacher certification (Larsen et al., 2005).
Further, there is still much to be gained from a policy–sociology approach that examines the roles of actors beyond the state in the educational policy reform process. Teacher evaluation policies formulated by governments and implemented by teacher registration boards, professional teaching councils, boards of education, principals (who are removed from teachers’ unions so that they can now function as managers of teachers), and by teachers themselves demonstrate how the state now governs from a distance by devolving power to other institutions and individuals.
While teacher evaluation policies may provide some of the accountability that the public demands, we need to ask ‘At what price?’ There is ample research evidence to suggest that many of these policies have had a detrimental effect upon teachers. Teachers are spending more and more time and energy preparing for evaluation, time that could be used preparing and teaching lessons and working with their students. Stress and anxiety levels have increased and school relations have deteriorated with the development of new cultures of fear and mistrust.
High-stakes teacher testing and performance appraisal programs, like many other educational reforms that have been implemented over the past 20 years have been introduced to the educational system from the business sector, on the heels of the wider processes associated with neo-liberal economic globalisation. In place of the values and norms associated with economic globalisation, we need to envision an alternative set of values to guide our thinking on how to ensure that we have the highest quality teachers in our schools. Rather than construct teacher evaluation systems that are premised upon the managerialism paradigm associated with economic globalisation, perhaps we need to consider cultural globalisation as a paradigm for quality teacher policies.
Featherstone (1995) describes an image of cultural globalisation that entails the compression, complexity and movements of many cultures. According to Featherstone, globalisation has provided a stage for showcasing global difference, pluralism, and competing ways of knowing and seeing. What would this mean in terms of quality teacher programs and policies? First, we need to reject the standardised, one-size-fits-all approach to quality teaching. While, standards- (or outcomes-) based reforms may provide a framework to start thinking about quality teaching, it is important that mechanisms are not put in place (e.g. checklists, short-answer tests) that ignore the complexities and highly contextualised nature of teaching. Standardised approaches are more efficient, easier to administer and evaluate, but they do not allow for the valuing of pluralism, difference and discord. Rather than approach educational reform with the sole aim of providing public accountability, we need to focus on creating systems and environments that foster excellence and recognise that teaching is work that is creative, continually changing, pluralistic, diverse and complex. This is the challenge that confronts educational policy makers in these still early years of the twenty-first century.
Julho 31, 2011 at 9:07 pm
#0
Concordo com o post, mas nada me surpreende e nada disso é novidade.
Disse e repeti aqui muitas vezes que nenhum modelo seria do agrado dos professores e que um a um, todos seriam rejeitados e criticados.
Para muitos, de facto, o que não querem é ser avaliados!
Julho 31, 2011 at 9:09 pm
A verdade é uma: o país está “falido” e, se é urgente gerar receitas, urgentíssimo é cortar na despesa. Ainda assim, creio que estamos melhor com NC. Pelo menos não me parece, que ao contrário dos anteriores ME, considere os professores como uns zecos.
Julho 31, 2011 at 9:10 pm
Concordo com:
#0
e com
#3
Julho 31, 2011 at 9:12 pm
#17
Não identificava? Das duas uma, ou tem andado noutro planeta ou não é professor.
Julho 31, 2011 at 9:14 pm
#29, Maria Campos
Também eu digo e repito, os professores sempre foram avaliados!
Julho 31, 2011 at 9:14 pm
Em vez dos pontinhos, que só geram conflitos, preferia que me dissessem os pontos fortes e os pontos fracos. Dessa forma era possível melhorar e comparar ao longo do tempo. A justificação dos pontinhos é atrapalhada e num novo ciclo volta tudo ao mesmo.
Preferia uma avaliação completamente externa. Continuar com parte interna é continuar a apostar nos rodriguinhos.
Julho 31, 2011 at 9:14 pm
# 29
Diz ser um facto que muitos dos professores não querem ser avaliados.
Se é um facto, é um facto.
Em que provas irrefutáveis se baseia a sua certeza?
Gostaria muito de conhecer esse estudo e os respectivos dados e resultados. Obrigada.
Julho 31, 2011 at 9:15 pm
Sempre achei que a pior coisa que nos poderia acontecer, como classe profissional, era deixarmos transparecer medo de sermos avaliados por outrem.
Começa a pairar de mais esta suspeita, sobretudo nos comentários que muitos deixam em blogues de referência como este.
Não seria melhor para todos, inclusive “bloggers”, fazermos uma espécie de jejum, até conhecermos na íntegra o desenho do novo modelo de ADD?!
Julho 31, 2011 at 9:17 pm
#33
(a maria campos está a pensar devagarinho em inglês técnico)
Julho 31, 2011 at 9:19 pm
#28, muito bom!
Julho 31, 2011 at 9:20 pm
#32: Nas escolas todos sabemos quem é quem, mas a verdade é que no sistema de avaliação anterior a Maria de Lurdes Rodrigues, a avaliação limitava-se a um simples suficiente, fosse qual fosse o trabalho desenvolvido. Quem se considerasse digno de classificação superior, tinha que se candidatar a ela e defender essa aspiração.
Julho 31, 2011 at 9:20 pm
Acho que nestes 7 princípios pouco ou nada é dito e muito menos sobre o processo para concretizar a ADD preconizada.
Depois de os ler fico com a ideia de que não haverá grande alteração em relação ao anterior.
VOU ESPERAR ATÉ DIA 12 PARA VER COMO SERÁ O VERDADEIRO MODELO DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.
P.S. também já aborrece estarem sempre a dizer que os professores não querem ser avaliados.
Meus amigos, este ano foi infernal e a ADD realizada é, na sua generalidade, um logro.
Qual distinção de mérito qual quê? Sejamos honestos!
Julho 31, 2011 at 9:22 pm
# Ana-Amarela
Já diz o ditado: quanto mais se mexe na m…. pior ela cheira.
Até ver, continuo a achar que o futuro modelo será melhor do que o actual.
Não há modelos perfeitos e que agradem a todos.
O facto de avaliadores e avaliados pertencerem a escolas diferentes e, portanto, não competirem para as mesmas quotas, pode ser positivo.
Julho 31, 2011 at 9:22 pm
A ADD anterior era insuficiente mas também não é preciso passar de 8 para 80!
Julho 31, 2011 at 9:25 pm
Cantiga de embalar:
“Vai-te papão, vai-te embora
de cima desse telhado,
deixa dormir o menino
um soninho descansado.”
( desconheço o autor)
Julho 31, 2011 at 9:27 pm
Como vai ser possível arranjar avaliadores de outras escolas em número suficiente? E quais escolas? As que pertencem ao mesmo agrupamento? Será uma bolsa de nomeados sem formação como aconteceu agora? Haverá tempo de concretizar a formação NECESSÁRIA?
Existem muitas perguntas que terão de ser respondidas no dia 12. Até lá vamos continuando a levantar questões deste tipo. Quem sabe se não servirão para alguma reflexão dos decisores?
Julho 31, 2011 at 9:27 pm
tragam os titulares de volta.
Não serão os que avaliam em escolas alheias?
Relatores titulares menos porque a avaliação é mais espaçada e mais especializados com umas formações coisa e tal!
Afinal isto vai dar para todos ficarem felizes. agora aquela coisa das cotas é que chateia, mas pode ser flexível disse o exmo ministro.
Julho 31, 2011 at 9:30 pm
Muitos dos titulares que conheci já se encontram na reforma. Melhor para eles. Lá se livraram disto.
Julho 31, 2011 at 9:32 pm
Como está tudo congelado, deve dar a tempo a que se formem “avaliadores”. Digo eu!
Julho 31, 2011 at 9:33 pm
Nuno Crato disse na entrevista que a observação de aulas poderia ser opção. Mais uma pergunta: Para quem queira obter MB ou Excelente?
O senhor ministro também disse qualquer coisa como o modelo estar em construção e que está a ouvir este e aquele…
Julho 31, 2011 at 9:33 pm
#38
o sistema quer-nos mansos, submissos e acríticos…. daí a urgência de uma ADD massificada… querem zecos em estágio permanente 🙂
Julho 31, 2011 at 9:35 pm
#49
É triste que nos deixemos cair nisso.
Julho 31, 2011 at 9:37 pm
Uma esponja sobre o passado faria mais pelo novo modelo de avaliação do que todas as interpretações que dele ocorram (neste momento).
Julho 31, 2011 at 9:42 pm
Manter as cotas é ponto assente, logo, nada melhor do que manter a fantochada da avaliação inter pares: alimentar e acicar ódios, é o modelo eficaz para esta “classe”.
Manter os relatores nos escalões superiores, será que N.C. sabe que há docentes com formações académicas inferiores a avaliar outros de formação superior?
Será que ele sabe quanto de imoral e éticamente repulsivo existe neste modelo de ADD ? pelas suas palavras depreendo que não.
Julho 31, 2011 at 9:43 pm
Alguém aqui já explicou muito bem que não se cultiva semente boa em terreno contaminado… esta ADD até pode ser melhor mas…
Julho 31, 2011 at 9:49 pm
N.C. sabe que há docentes com formações académicas inferiores a avaliar outros de formação superior?
Sabe mas vai validar estes resultados. Com esta falta de rigor inicial não lhe reconheço a capacidade necessária ao lançamento de um futuro modelo eficiente.
Julho 31, 2011 at 9:50 pm
#17
“Um relatório de duas páginas que a dizer que foi muito bom o trabalho realizado e venha de lá o BOM. O sistema não permitia identificar professores maus, mas que importa isso?”
E o actual? Não é a mesma coisa? Ou junte-lhe mais 2 aulas e terá com sorte MBOM ou Excelente.
Julho 31, 2011 at 9:52 pm
Nao gostam da injeccao letal!?
Mas caramba, afinal o que e que voces querem?
Querem voltar aos tempos do garrote, ou da forca, ou da cadeira electrica?
Desisto! Sinceramente acho que o que voces nao querem e ser executados!
Julho 31, 2011 at 9:54 pm
#1 Concordo, desde que abranja o Sr. Ministro!
Julho 31, 2011 at 9:57 pm
#32 Note que eu respondia a um comentário dizendo que os dois actuais sistemas não tinham permitido melhorar o que deviam (“Os bons profissionais são agora reconhecidos? Os maus profissionais foram reconhecidos e ajudados?”) e se devia voltar ao anterior como se nesse as coisas fossem diferentes.
Nunca o sistema tradicional identificou bons ou maus. Se na sua escola alguma vez isso aconteceu não foi certamente pelo sistema de avaliação em si mas porque alguém quis atacar algum professor usando o sistema (e terá sido histórico um não suficiente)! Era uma não-avaliação e pronto… pelo que dizer que “os professores sempre foram avaliados” é uma frase feita para inglês ver!
Nota: Para efeitos de argumentação não digo que o actual fazia melhor. Mas o que não gosto de ver é criticar uma coisa e pedir para voltar a uma antiga esquecendo que essa também era má. Com o passar do tempo tudo parece bom! Daqui a uns tempos estamos a pedir titulares!
Quanto à forma do seu argumento: Sou deste planeta de professores! E como sou, não deixo de ensinar mesmo em comentários. Assim quando não concordar com uma pessoa rebata os seus argumentos e não se limite a atacar a pessoa (mesmo se nem a conhece de lado nenhum). Continuando assim perde interessados em discutir consigo (pelo menos ganhará as balhazinhas todas!). Se é boa professora atestada pelo anterior modelo era isto que devia ensinar aos seus alunos! Para o ano explique-lhes o que é um argumento ‘ad hominem’ e que são sempre utilizados por pessoas fracas, pedindo-lhes que não os usem para não o parecerem também!
Julho 31, 2011 at 10:00 pm
#55 Reler o #3 que foi quem eu comentei. E não disse que o actual era bom nem que o queria! Mas pedir para voltar ao anterior é bom? É isso que vamos pedir para a praça pública? Não se consegue arranjar nenhuma proposta? O que eu esperava era ver os professores envolvidos na criação de novas propostas, ou pelo menos a exigir aos sindicatos uma proposta completa. Assim deixam aos políticos a noção de que podem propor o que entenderem que haverá sempre alguém que aceita!
Julho 31, 2011 at 10:01 pm
“…ninguém se está para dar ao trabalho de fazer propostas correctas”
Cada macaco no seu galho: eu lecciono e NC lesgila.
Mas para que não venha a MC ou o PG dizer que o que não quero é ser avaliada, deixo uma sugestão que considero “importantérrima”: Nunca o avaliador deve ser alguém nomeado. Só quem quiser/estiver motivado é que deve fazer esse trabalho.
Julho 31, 2011 at 10:08 pm
Ou seja, Paulo:
Nós não queremos ser avaliados… e tudo terá sempre um defeito terrível.
Compreendido… Creio que o Crato já sabe disso há algum tempo.
Julho 31, 2011 at 10:10 pm
O melhor seria mesmo começar de novo. Queimar e reduzia a cinzas o ADD para começar de novo. Ruptura completa pata começar de novo!!!
Julho 31, 2011 at 10:12 pm
Tudo de novo!
O melhor seria começar de novo. Queimar e reduzir a cinzas o ADD para começar de novo. Ruptura completa pata começar de novo!!!
Criem uma bolsa de avaliadores, alguém que acompanhe os Professores e as Escolas de modo formativo. Existem colegas com Formação já realizada neste campo.
Julho 31, 2011 at 10:15 pm
#0, verdade, verdadinha! 🙂
Prefiro este esboço de modelo ao anterior. Acho os 7 princípios razoáveis.
Prefiro ser avaliada por um colega que não conheça ( embora gostasse que apresentasse competências para tal função), do que por um colega do meu departamento com quem troco ideias e materiais e que considero meu “par” no dia-a-dia.
Prefiro que os ciclos de avaliação correspondam aos anos de mudança de escalão, por me permitir passar 3 anos e meio sem ligar pevide a esta dança -nada-rock que se chama avaliar o que é inavaliável.
E, finalmente, a minha verdade que é politicamente incorrecta: não sinto necessidade nenhuma de ser avaliada para melhorar a minha performance!
Nenhumaaaaaa!!!!
Julho 31, 2011 at 10:15 pm
colegas:
penso q devemos demarcar-nos da lógica imposta: “querem arroz c feijão ou feijão c arroz?” 🙂
é a única ‘liberdade’ q nos é proposta. (so far 🙂 )
o ‘honnête homme’ NC está perante 1 prova de fogo…… espero atribuir-lhe 1 classificação positiva… a ver vamos.
Julho 31, 2011 at 10:17 pm
Ah, e gostava de ser avaliada pelos meus conhecimentos científicos ( gostava de fazer prova), porque me obrigava a estudar. Isso sim, gostava de estudar mais.
Julho 31, 2011 at 10:21 pm
#24, professora
Esse é exactamente o ponto: não faz qualquer sentido que um professor seja mantido em ESTÁGIO por TODA a vida. Inferir disso que os professores não querem ser avaliados de todo, é levantar um processo de intenções absolutamente gratuito e injustificado.
Julho 31, 2011 at 10:21 pm
#64
o objectivo n é melhorar ‘performances’…. o objectivo é dispor de 1 bolsa (adoro esta expressão, sei lá + é in 🙂 ) de “performers’ cansados, acríticos e borradinhos de medo do papão 🙂
Julho 31, 2011 at 10:21 pm
#62: Era uma hipótese…Mas tudo isto não passa de uma encenação rasca,pois o que está em causa desde 2005 é o vil metal.
Não tenho idade,nem tempo,nem estatuto para dramas rascosos.
Julho 31, 2011 at 10:22 pm
#67: Ora aqui está o cerne.
Julho 31, 2011 at 10:23 pm
#66
para conhecimentos científicos tb estou sempre disponível, mas para artes circences não 🙂
Julho 31, 2011 at 10:23 pm
Desculpa Paulo. Leio quase todos os dias o teu blog. Compreendo o teu desabafo neste post…mas não estarás a exagerar nas emoções? Não nos podemos desviar da questão principal: porque é que MEC e as outras ministras anteriores desenvolveram um modelo com quotas, aulas assistidas, avaliação inter-pares? Será que é para avaliar o mérito do docente / melhorar a prática docente? Naturalmente sabes que não, como também muitos de nós que aqui comenta. Também sabes que as razões serão outras, bem mais distante do objectivo principal.
Este modelo proposto por NC, bem como, das anteriores ministras estão cheios de armadilhas. Alguns professores têm vindo a ser enganos constantemente com a ideia de que o modelo de ADD premeia o mérito. Uma autêntica MENTIRA.
Julho 31, 2011 at 10:26 pm
#68, é mais uma “bolha de performers”. 🙂 🙂
Julho 31, 2011 at 10:27 pm
#71, mai´nada.
Para artes circenses temos a escola da Ricou palhaça. 🙂
Julho 31, 2011 at 10:29 pm
A minha posição pessoal e intransmissível, após anos e anos de depravação avaliativa, é esta:
Não quero ser avaliada!
Porquê?
Porque não serve para nadica de nada!
Agora, Maria Campos, venha lá com a sua “ética democrática”: a avaliação é condição sine qua non para se ser um bom profissional e quem não quer ser avaliado é um baldas. 🙂 😉
Julho 31, 2011 at 10:29 pm
#72
tb me faz confusão q o PG (detentor de doutoramento) caia na ratoeira de considerar a hipótese de “estado em estágio permanente” e de ser avaliado por 1 palerma qq.
Julho 31, 2011 at 10:31 pm
#74
ahahaaaa eles queriam era ver as miritas no trapézio 🙂
Julho 31, 2011 at 10:32 pm
#74
de preferência de meia rota 🙂
Julho 31, 2011 at 10:32 pm
E acrescento isto: na minha óptica, levar demasiado a sério esta coisa da avaliação ´faz mal à saúde.
Não nos esqueçamos que devemos ser competentes a avaliar/ classificar alunos, pq lhes trasmitimos conhecimentos que é suposto adquirirem.
No caso dos professores, são avaliados sem que tenha havido um processo de ensino/aprendizagem anterior. Logo, o que é avaliado é o estilo pessoal de cada um, a bem dizer… 🙂
Julho 31, 2011 at 10:33 pm
#76, alto! Não li nada disso no post do Paulo.
Julho 31, 2011 at 10:35 pm
Se eu fizer um curso qualquer, sou avaliada pelo que aprendi do que me ensinaram.
Aqui avalia-se o quê??
O quê??
Estilos de docência?
Há tantos. Uns são melhores que outros? Depende do ponto de vista. 🙂
A mim só me avalia quem me ensinar alguma coisa, ou me faça estudar alguma coisa, vá lá. 🙂
Julho 31, 2011 at 10:36 pm
Gosto em princípio da proposta do modelo de avaliação do Nuno Crato.
1º porque ao permitir o avaliador seja um professor de escalão mais elevado exterior à escola fica em princípio salvaguardado o princípio da imparcialidade.
2ª porque o período de avaliação é alargado não permitindo assim a azáfama de períodos de avaliação mais curtos.
3º porque o modelo será mais desburocratizado.
4º porque um sistema de arbitragem mais expedito.
Julho 31, 2011 at 10:36 pm
#82 porque permite um sistema de arbitragem mais expedito
Julho 31, 2011 at 10:38 pm
Pois bem: tudo depende dos objectivos que se quiserem atingir com a avaliação. Se, tal como argumentavam as senhoras ministras anteriores, a avaliação se destinar a melhorar as práticas educativas, então, aquilo de que precisamos é de um modelo formativo que actue junto dos docentes com problemas, no sentido de os ajudar e nunca de os punir e, nesse sentido, estes modelos estão absolutamente desajustados. Pela mesma razão, não se justifica que todos os docentes sejam sujeitos sistematicamente a todo o processo, com definição de planos, verificação de aulas assistidas, relatórios e toda a série de procedimentos a que temos assistido e que transformaram a vida dos professores num estágio permanente com reflexos negativos em todos os aspectos da vida da escola;
se, por outro lado, a avaliação docente se destinar, como destina, a escalonar os profissionais, impedindo-os de progredirem na carreira, então o modelo a seguir é mesmo um deste tipo e não há volta a dar. Poupam-se um cobres, é certo, mas ninguém sai a ganhar: nem professores, nem alunos, nem ninguém.
Julho 31, 2011 at 10:40 pm
#80
então devia estar a treinar 1 número mto difícil do trapézio e interpretei mal o PG 🙂
Julho 31, 2011 at 10:41 pm
#82: Se o avaliador estiver sempre num escalão superior ao avaliado, quem avalia os docentes do último escalão, que hão-se ser muitos?
Julho 31, 2011 at 10:42 pm
Não serve para nada mas é um mal necessário. É isso.
Julho 31, 2011 at 10:43 pm
Imaginem um mundo sem ADD.
Parece aquela música do John Lennon. “Imagine”. 🙂
Julho 31, 2011 at 10:44 pm
#86, o NC falou disso hoje na entrevista.
Acho que ele parte do princípio que esses já não serão avaliados… 🙂
Julho 31, 2011 at 10:44 pm
#86
qd lhes perguntarem:
quem vos avaliou?
respondem:
fô Deus. 🙂
Julho 31, 2011 at 10:45 pm
Agora percebe-se o que o ministro vai fazer aos exames.
Eu que sou da escola X faço os exames para os alunos da escola Y e vice-versa. Ora aqui está a nova moda baratucha de resolver os problemas. Quais GAVE quais carapuça! Estas Agências Externas é que estão a dar!
Julho 31, 2011 at 10:45 pm
Eu se fosse de Matemática gostava de ser avaliada por aquele miúdo da escola de Alcanena que ganhou a medalha de ouro. Ele dava-me um problema e eu tentava resolver.
Mas como não sou de Matemática,…
Julho 31, 2011 at 10:46 pm
Esta nossa avaliação é externa porque é feita na rua?
Julho 31, 2011 at 10:46 pm
#91, agências externas são os profs da escola ao lado?? 😉
Julho 31, 2011 at 10:47 pm
Vamos a ver se nos entendemos!
Ou optamos por um modelo, ou então declaramos que não queremos nenhum sistema de avaliação. Decidam-se!
Julho 31, 2011 at 10:47 pm
#93, antes na rua que na sala de profs. 🙂
Julho 31, 2011 at 10:48 pm
#95, Pedro, oficialmente quero um modelo, pessoalmente não quero nada disso.
Vais bater-me? 😉
Julho 31, 2011 at 10:49 pm
Pedro, isso é verdade. Mas até agora eu só vejo um modelo em cima da mesa. Este é o copy paste do outro, com nomes difertnes
Julho 31, 2011 at 10:49 pm
Não havia um imperador que afirmou que havia um povo na Península Ibérica que era ingovernável?
Julho 31, 2011 at 10:50 pm
Não me choca não haver modelo de avaliação formal. Mas ao menos haja coragem pública de o afirmar.
Julho 31, 2011 at 10:50 pm
O que eu quero dizer é que, pelo menos no meu caso, não vejo por que razão vou mudar a minha prática para melhor pelo facto de ser avaliada.
Logo, não reconheço a utilidade da coisa.
Mas como tem que ser, então acho que estamos a caminhar para melhor. Aboliram as coisas que mais alergia me faziam: andarmos todos os anos a pensar em dimensões ( whatever that means) e ainda ter que olhar de esguelha para os colegas que nos iam pontuar a coisa.
Julho 31, 2011 at 10:51 pm
#97, Bato-te com simpatia! Lol
Julho 31, 2011 at 10:53 pm
Demagogia ao jantar:
http://ensinobasico.com/blogue/1178-nuno-crato-responde-a-perguntas-na-tvi
E sem bolachas:
http://fjsantos.wordpress.com/2011/07/31/imperdoavel/
Julho 31, 2011 at 10:53 pm
lol
Julho 31, 2011 at 10:55 pm
Pareceu-me que NC deu aberta como hipótese os profs do último escalão não serem avaliados.
Julho 31, 2011 at 10:56 pm
A avaliação de professores está a tomar uma dimensão obsessiva.
Está a ocupar demasiado espaço nas nossas vidas e na vida política nacional.
Perdemos todos.
Não me tornei melhor professora. Estou a ficar extenuada com tanto trabalho.
Não quero ser avaliada. Assim não.
Não podia ser mais formativa?
Julho 31, 2011 at 10:57 pm
Hum…Há sempre quem queira ser enganado…
Julho 31, 2011 at 10:58 pm
#89: reb: há-de haver sempre um último escalão.
Julho 31, 2011 at 10:58 pm
Baralhando e concluindo: na realidade os professores na sua grande maioria não querem ser avaliados.
Julho 31, 2011 at 11:00 pm
#109, muitos países não o têm e com sistemas de ensino muito melhores que o nosso.
Julho 31, 2011 at 11:00 pm
#106, haja alguém que diz frontalmente o que pensa/sente. Eu tb não quero, por achar que não me serve em nada para a minha prática.
Agora, se me tentassem para estudar/ pesquisar…isso seria útil. Não em correntes da pedagogia, já tenho a minha dose, mas por exemplo em métodos de leitura de obras literárias, ou linguística, ou o que for, da minha área.
Disso sinto necessidade de evoluir. E como sou preguiçosa, só me esforço mais se me obrigarem. 😉
Julho 31, 2011 at 11:02 pm
#109, Maravilha, não tire conclusões precipitadas. Aqui só eu e a Nicha afirmámos isso. E cada uma de nós fala em nome pessoal.
Já agora, defina-me “avaliação”, neste contexto, para ver se nos entendemos, ok?
Julho 31, 2011 at 11:07 pm
Pra mim, o que mais me chateia são aqueles que querem um modelo de ADD, mas não sabem qual.
Dizem que querem mas não querem nada. É show!!!
Ao menos digam: NÃO QUERO NENHUM MODELO!
Julho 31, 2011 at 11:07 pm
O monstro kafkiano é afinal um ursinho de peluche…
“Avaliação: “Esperava-se que o MEC anunciasse a suspensão do actual modelo; afinal, fez precisamente o contrário!…”
A propósito da primeira reunião com o MEC sobre avaliação de desempenho, ouvimos Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF e responsável pela comissão negociadora sindical. Ficou a perceber-se que, afinal, o modelo monstruoso e kafkiano de que falava o PSD na oposição poderá estar a transformar-se num simpático animal de estimação do governo. O futuro próximo o dirá…
Foi a primeira reunião com o MEC para substituir o actual modelo de avaliação. Como a avalias?
Mário Nogueira (MN): Esperava bastante mais. Lembrando que o PSD considerou o modelo actual de monstruoso e kafkiano e que o CDS pretendia adaptar ao público o modelo do privado, esperava-se que da reunião resultasse uma ruptura com tal modelo, mas não foi o que aconteceu.
Referes-te ao facto de o Ministro afirmar que irá aproveitar as melhores classificações obtidas com o modelo anterior?
MN: Também. Na verdade nem se percebe como se pode afirmar que serão salvaguardados os direitos dos que contestaram o modelo e, por essa razão, recusaram submeter-se ao chamado “modelo completo” ou, tendo-o feito, foram vítimas das quotas, quando se prevê o aproveitamento da melhor menção obtida ao longo do tempo em que os professores foram obrigados a lidar com o monstro… isto para usar a linguagem do maior partido do Governo.
Referes-te aos efeitos discriminatórios do modelo…
MN: Exactamente. Esperava-se que o MEC anunciasse a suspensão do actual modelo – como pretenderam por duas vezes, enquanto oposição, os partidos do Governo, a última das quais há apenas 4 meses – e que anunciasse a anulação da produção de efeitos discriminatórios do ciclo que agora termina… afinal fez precisamente o contrário: não só não o suspendeu como ainda quer recuperar menções obtidas nos períodos mais turbulentos, eu diria, mais monstruosos de aplicação do modelo para fazer vingar, no futuro, os seus efeitos discriminatórios. Politicamente falando pode dizer-se que isso é pouco sério.
E quanto aos princípios apresentados para o futuro, que pode ser dito?
MN: Ainda falta o modelo e os princípios dizem pouco por serem demasiado gerais, mas já dá para perceber que, por exemplo, do compromisso do CDS e do Governo, através do seu programa, de ter em conta o modelo do particular e cooperativo, apenas se encontra o alargamento dos ciclos avaliativos e falta ainda saber como será concretizado esse princípio, uma vez que o MEC pretende manter as quotas.
Quotas que tão contestadas foram em relação ao modelo actual…
MN: Exactamente e que tantos conflitos têm provocado nas escolas. É curioso como ouvindo o actual Ministro a justificá-las nos lembramos de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada. A cartilha é a mesma e nem sequer houve reciclagem dos argumentos… é puro politiquês…
Mas o acordo celebrado em 2010, no que respeita à avaliação, previa as quotas, ou não?
MN: Previa, mas recordo que esse acordo não era sobre avaliação, mas carreiras. O acordo contemplava a revogação da divisão da carreira em categorias, o desbloqueamento das carreiras até 2013. Houve milhares de docentes que progrediram entretanto, como resultado do acordo. Agora não há nada para negociar e, pelo contrário, o que se pode prever são mais cortes, mais reduções, mais desemprego, mais precariedade, piores condições de trabalho… e quotas como cereja no topo deste bolo azedo. A situação agora é completamente diferente.
E quanto a avaliação externa? Afinal a avaliação inter-pares era dos aspectos mais contestados?
MN: O MEC não substituiu a avaliação inter-pares ao contrário do que tinha anunciado, simplesmente decidiu que os pares serão da escola ao lado e a isso chama avaliação externa. Independentemente de outras considerações, essa já foi solução anterior – aliás, como os avaliadores serem dos escalões mais elevados – e não foi exequível. Para além da dificuldade prática em encontrar os avaliadores, o que o MEC propõe é que os professores, que já estão tão sobrecarregados com trabalho na sua escola, passem a ter também trabalho e conflitos na escola do lado onde terão de se deslocar para avaliarem. Isso não tem sentido.
E relativamente ao calendário negocial, os professores poderão ser envolvidos no processo?
MN: Poderão e deverão. Inicialmente o MEC pretendia ter tudo concluído em Agosto, mas, como tínhamos dito antes, discordámos. Há três rondas negociais previstas – duas em Agosto e a terceira em 9 de Setembro – e mesmo que o Ministério queira dar por concluídas, aí, as negociações, há mecanismos legais que nos permitem levar praticamente até final de Setembro. Assim, será possível, em caso de necessidade, fazer ouvir a vontade dos professores.
Mas manténs ou não esperança em relação á possibilidade de uma verdadeira mudança na avaliação?
MN: Sim, claro, caso contrário não teria sentido a negociação. Decerto os responsáveis do MEC irão reflectir um pouco mais na matéria e eles mesmos concluirão da necessidade de alterar algumas das suas intenções. Basta que se informem um pouco mais sobre o que aconteceu nas escolas nestes últimos anos para não arriscarem repetir… estou certo de que a própria negociação ajudará a percorrer outros caminhos.
http://www.fenprof.pt/?aba=27&mid=115&cat=226&doc=5750
Julho 31, 2011 at 11:10 pm
Hipocrisia em estado puro:
Mas o acordo celebrado em 2010, no que respeita à avaliação, previa as quotas, ou não?
MN: Previa, mas recordo que esse acordo não era sobre avaliação, mas carreiras. O acordo contemplava a revogação da divisão da carreira em categorias, o desbloqueamento das carreiras até 2013. Houve milhares de docentes que progrediram entretanto, como resultado do acordo. Agora não há nada para negociar e, pelo contrário, o que se pode prever são mais cortes, mais reduções, mais desemprego, mais precariedade, piores condições de trabalho… e quotas como cereja no topo deste bolo azedo. A situação agora é completamente diferente.
Falta de vergonha na língua toda.
Julho 31, 2011 at 11:11 pm
#113, tb me parece isso mas…enfim…sabe-se lá o que está no íntimo de cada um de nós… 😉
Julho 31, 2011 at 11:11 pm
#112, Reb
Avaliação é o conceito (ou será apenas uma palavra?) mais invocado no início de qualquer ano lectivo em qualquer escola portuguesa. Avaliação dos alunos, claro. Depois deste lembrete ainda precisa que defina o que significa avaliação?
Julho 31, 2011 at 11:12 pm
Isto é falso, embora tenha servido para sermos atacados na comunicação social por sermos responsáveis pelo agravamento do défice:
Houve milhares de docentes que progrediram entretanto, como resultado do acordo.
Percebe-se agora o silêncio quando nos jornais isto era dito.
Percebe-se agora que, enquanto uns desmentiam os xiitas, outros se riam.
Porque tinham o seu coiro a defender.
Julho 31, 2011 at 11:12 pm
#115, e eu que tinha saltado o #114. 🙂
Julho 31, 2011 at 11:13 pm
Continuo com a minha: de que forma é que este (ou outro) sistema de avaliação vai melhorar a educação portuguesa, os resultados escolares dos alunos?
Quais são os países em que foram implementados sistemas de avaliação (mais ou menos) parecidos com os nossos que obtiveram francas melhorias?
Quais são os sectores em que um sistema de avaliação melhorou o seu desempenho?
Zero! Zero! Zero!
Como é que, num processo em que há quotas, a avaliação pode ser justa?
Julho 31, 2011 at 11:14 pm
#117, mas o que se avalia? a avaliação não é o final de um processo qualquer? No nosso caso é o final de quê?
Julho 31, 2011 at 11:16 pm
#118, tenho uma colega contratada que subiu 2 pontos no concurso por ter tido MBom ( ou Excelente, não sei).
Não faço ideia a quantos lugares correspondem 2 pontos…
Julho 31, 2011 at 11:17 pm
Já em relação à introdução de exames mais cedo, compreendo que isso venha a ter impacto no nosso esforço para preparar bem os miúdos.
Julho 31, 2011 at 11:20 pm
# 123
A lógica da introdução de exames enquanto mecanismo de melhoria dos resultados dos alunos é uma falácia.
Por outro lado, nalguns casos, caímos na tentação de os formatar, i.e., de os preparar para aquele tipo de prova, o que é sempre redutor.
Nada disto significa uma oposição aos exames. Pelo contrário, cada vez mais defendo, perante esta trapalhada, que os profs. deveriam ser avaliados pelos resultados obtidos pelos seus alunos em exames nacionais.
Julho 31, 2011 at 11:21 pm
deixem lá isso…. O ex-primeiro Sócas vai estudar a avaliação dos professores na sorbonne-do-moulin-rouge …..
Julho 31, 2011 at 11:22 pm
Mais 2 pontos pode representar uma subida de cerca de uma centena posições num concurso.
Julho 31, 2011 at 11:24 pm
#124, não compreendo esta frase:” A lógica da introdução de exames enquanto mecanismo de melhoria dos resultados dos alunos é uma falácia.”
Qto a termos a tentação de os formatar para os exames, isso depende que como forem feitos. Se forem sempre parecidos (chapa 3) como têm sido as provas de aferição, pode correr-se esse risco, se não forem, será como os estudantes do secundário que têm de saber a matéria, mas ao nível dos do básico.
Julho 31, 2011 at 11:24 pm
2= a excelente
1 = a muito bom
2 pontos pode valer 500 lugares.
É só abrir as listas de graduação dos grupos – 110, 300 e 910, para se ter uma ideia.
Julho 31, 2011 at 11:26 pm
#126, sendo assim, como criticar os contratados que pedem aulas assistidas.
O que faria eu no lugar deles? Entre ir para o desemprego ou poder trabalhar, o que escolheria?…
Julho 31, 2011 at 11:26 pm
#128, pois…
Julho 31, 2011 at 11:32 pm
# 129
Ter um sistema com exames não equivale a que os alunos obtenham melhores resultados. Só isso, pois parece-me que NC está convicto de que, introduzindo mais exames, melhora a «coisa».
Julho 31, 2011 at 11:33 pm
“”#126, sendo assim, como criticar os contratados que pedem aulas assistidas””
Quando se discorda de algo, mas somos obrigados a participar nela, escolhe-se a menor dedicação.
Ou seja, se sou contra a avaliação, mas tenho de ser avaliado, bastaria não pedir as palhaçadas repugnantes das aulas assistidas.
Julho 31, 2011 at 11:34 pm
Ter exames não significa que os alunos tenham melhores resultados, até podem piorar. Mas pode significar que se esforcem mais, se os exames tiverem peso na nota final.
Julho 31, 2011 at 11:34 pm
# 129
E pedir aulas observadas e ir para o desemprego na mesma???
E trepar à custa dos outros? Por simpatias do avaliador? Porque outros preferiram ser verticais e coerentes e levar a sua contestação até ao fim?
Pois, cada um a tratar da sua vidinha…
Julho 31, 2011 at 11:35 pm
#121
Não necessariamente. Pode ser também o diagnóstico de uma situação.
Julho 31, 2011 at 11:35 pm
#132, isso dizemos nós que não somos contratados e temos emprego garantido ( pelo menos mais garantido que eles).
Julho 31, 2011 at 11:36 pm
#129
Melhora o nível de marranço, empinamento e memorização do saber!
Melhora a pressão, sobre os professores.
Vai ” provar” cruamente e cruelmente que há bons professores e maus professores, que não tiverem culpa nenhuma, ou tiveram muito pouco…
Julho 31, 2011 at 11:37 pm
#135, a isso se chama “avaliação diagnóstica” e não é classificativa. Apenas afere o grau de partida.
Julho 31, 2011 at 11:37 pm
# 133
Penso que o maior esforço recairia sobre os professores das disc. não sujeitas a exame, que deixariam de arrotar postas de pescada sobre os de Port., Mat. (sobretudo estes dois) e teriam mais cuidadinho com a avaliação que fazem dos alunos.
Julho 31, 2011 at 11:38 pm
Porque o Paulo continua a teimar que quem critica é um chato que só gosta de dizer mal sem apontar alternativas e que no fundo é um madraço que não quer é ser avaliado, retomo a minha proposta de ADD, que já deixei várias vezes nos comentários do blogue.
Basicamente, recuperar o essencial do modelo do 1º ECD, melhorando-o e aplicando-o de forma mais rigorosa, eventualmente com a tal componente de avaliação externa de que estes da direita tanto fazem questão. Mas se querem mesmo isso criem a tal “agência” e dêem formação aos eleitos que dela vierem a fazer parte. Pára-quedistas promovidos a avaliadores dos colegas a fazer uns biscates numa escola perto de si, não, obrigado.
Depois, há dois abcessos que estão a mais no sistema de classificações actual. Tirem o “xalente” e o regular, que não fazem falta. Deixem o Insuficiente, para atribuir a quem não alcance um desempenho satisfatório, o Muito Bom para os que se destaquem, não porque são amigos do Director ou entram nos projectos xpto todos que aparecem, mas porque são reconhecidos como tal pelos seus pares e/ou por avaliadores externos que certificariam esta situação. Para os restantes, o Bom é a nota justa.
Aulas assistidas, só para as situações de excepção que já referi: os professores em relação aos quais há indícios concretos de que precisam de melhorar algumas práticas, e aqueles que querem ver reconhecido um mérito superior ao dos colegas.
O projecto educativo da escola e a distribuição anual de serviço definem por si só os “objectivos” de cada professor. Não é preciso mais papelada. Nunca tive dúvidas, quando recebi o horário no início de cada ano, acerca de quais são os objectivos do meu trabalho.
O que é que sobra? O relatório crítico, documento de reflexão, auto-avaliação, ou o que lhe queiram chamar.
E pronto, está tudo. Menos do que uma folha A4. É complicado?…
Julho 31, 2011 at 11:39 pm
# 132
“Ou seja, se sou contra a avaliação, mas tenho de ser avaliado, bastaria não pedir as palhaçadas repugnantes das aulas assistidas.”
Lembre-se que no 4º escalão, por exemplo, é obrigatório ter aulas assistidas…
Julho 31, 2011 at 11:39 pm
#134, há tudo isso e há tb o contrário disso, ou pelo menos a diferença.
Não consigo criticar os contratados neste maldito processo, pela simples razão que, para eles, a questão põe-se em ter emprego ou não.
Não critico porque a minha posição é muito mais confortável.
Julho 31, 2011 at 11:41 pm
#0
A avaliação externa tal como apresentada nos princípios não é externa. Será apenas realizada pelos mesmos mas da escola ao lado. E por falar em escola ao lado, não esquecer que em muitos sítios há aquelas rivalidades e invejas entre escolas da mesma vila ou cidade. Enfim, não me está a cheirar muito bem isto mas tenho andado constipado.
Julho 31, 2011 at 11:42 pm
MAS PQ CARGA DE ÁGUA TEM DE EXISTIR AULAS OBSERVADAS?????!!!!!!!!!!!!!
NO SUPERIOR E NO PRIVADO EXISTEM?
PS- só se entende para efeitos formativos
Julho 31, 2011 at 11:45 pm
# 144
“MAS PQ CARGA DE ÁGUA TEM DE EXISTIR AULAS OBSERVADAS?????!!!!!!!!!!!!!”
Inteiramente de acordo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Julho 31, 2011 at 11:45 pm
#144, compreendo o seu ponto de vista.
Aulas observadas fazem sentido em situação de estágio.
Julho 31, 2011 at 11:46 pm
# 141
Referia-me, unicamente, aos contratados.
Julho 31, 2011 at 11:46 pm
Qdo se começa a “desfolhar” isto da avaliação docente, chega-se a verdades de la palisse…
Julho 31, 2011 at 11:47 pm
Continuo com a mesma interrogação que tive qdo tudo isto começou: Quem avalia o quê?
Não encontro resposta para esta pergunta…
Julho 31, 2011 at 11:48 pm
# 142
Não é uma questão de contratados ou não; é uma questão mais global.
E os defuntos titulares? Dos que concorreram (na minha escola, foram todos), tb era a vidinha, o futuro.
E os relatores que, assumidamente, o quiseram ser?
E os instalados na carreira, que não precisavam da avaliação para nada, e ainda assim pediram aulas observadas? Por uma questão de umbigo (sem traço de piada a este blogue)?
100, 120 ou 150 mil é um pomar muito grande e, como tal, nele há muita maçã podre.
Houve até um apalermado de um prof. (doutorando) que, estando no 4.º escalão, pediu aulas observadas pq era um procedimento obrigatório para ascender ao 5.º, a que aspirava em 2012. No jogo do Amigo Secreto, alguém lhe ofereceu uma página do dicionário com o verbo «congelar» sublinhado.
Julho 31, 2011 at 11:48 pm
Avaliação pelos colegas da escola ao lado não é avaliação externa, é uma palhaçada. Insistir nesta ideia é tomar a atitude desonesta de, tendo proposto uma medida e verificando agora que não tem tempo, nem meios, nem dinheiro para a implementar, inventa uma coisa igual ou pior do que a que está, e diz que vai dar ao mesmo.
Julho 31, 2011 at 11:52 pm
A obsessão com as aulas assistidas tem a ver com a desconfiança em relação aos professores que leccionam nas escolas e também a desconfiança entre si próprios. É o mesmo que se passa com os exames nacionais e a sucessão de reuniões que havia substituidas agora por “formação especializada”, critérios adicionais, interacção permanente com o formador quando, na verdade, bastaria um professor conhecedor e experiente suportado num conjunto de critérios de classificação claros. O professor não é de confiança, por isso é preciso controlá-lo, observá-lo o mais perto possível. É a pedagogia da pestaninha.
Julho 31, 2011 at 11:57 pm
Ninguém comenta isto?
Mas o acordo celebrado em 2010, no que respeita à avaliação, previa as quotas, ou não?
MN: Previa, mas recordo que esse acordo não era sobre avaliação, mas carreiras. O acordo contemplava a revogação da divisão da carreira em categorias, o desbloqueamento das carreiras até 2013. Houve milhares de docentes que progrediram entretanto, como resultado do acordo. Agora não há nada para negociar e, pelo contrário, o que se pode prever são mais cortes, mais reduções, mais desemprego, mais precariedade, piores condições de trabalho… e quotas como cereja no topo deste bolo azedo. A situação agora é completamente diferente.
Até fiz um post e tudo…
Julho 31, 2011 at 11:58 pm
#151,
Tinha-me habituado a formas de argumentar mais sérias.
Nos últimos dias, percebi que…
É pena.
Julho 31, 2011 at 11:59 pm
# 151.
É por causa disto?
Avaliação pelo colega da escola ao lado.
— O Avaliador da escola A avalia o Avaliador da escola B
( está feita a combinação e a promiscuidade)
Agosto 1, 2011 at 12:03 am
# 151. complemento
É por causa disto?
Avaliação pelo colega da escola ao lado.
— O Avaliador da escola A avalia o Avaliador da escola B
e o
Avaliador da escola B avalia o Avaliador da escola A
( está feita a combinação e a promiscuidade)
Mas há mais argumentos….
pois são partes directamente interessadas.
O avaliador não deveria estar A PARTICIPAR NO JOGO.
DEVERIA SER UM ÁRBITRO .
Agosto 1, 2011 at 12:06 am
#154
Insisto no meu ponto. Uma avaliação externa é uma avaliação exterior à escola feita por uma entidade com competências e meios específicos para tal. Desejavelmente, não apenas ao desempenho dos professores mas a todos os aspectos relevantes do funcionamento da escola e do quotidiano escolar.
Por exemplo, as avaliações da IGE, embora demasiado burocratizadas, têm cumprido parcialmente esse papel.
E foi isto que foi prometido, não só para a ADD mas também para os exames e eventualmente outras situações. Agências para cá e para lá. Público, privado, não interessa, o que é preciso é fazer bem feito e que saia um trabalho de confiança.
Foi, tem sido este o discurso. A “avaliação externa” que têm deixado antever não aponta para nada disto. É pena? Claro que é…
Agosto 1, 2011 at 12:10 am
Venha um modelo! Mas descongelem-me JÁ!!!!!
Agosto 1, 2011 at 12:13 am
#157,
Sim… claro que a IGE tem meios para fazer isso, não +e?
Nem no 1º modelo da MLR conseguiu avaliar os coordenadores.
Mas se os professores da “escola ao lado” forem para a IGE já tudo será ideal?
Lamento, não dá para argumentar nesta base.
Não é sério.
Queriam apenas um pretexto para não querer qualquer avaliação.
Lamento.
Assim enterram-se e enterram-nos todos.
eu, desta bulha, tirei o corpo.
Depois de ver o grande líder da Fenprof a defender de novo o “acordo” em que aceitou as quotas para a progressão no ECD e dizer que foi graças àquela noitada que “milhares” progrediram, dou por encerrada uma tentativa de ter um diálogo inteligente e honesto sobre estas coisas.
Agosto 1, 2011 at 12:13 am
Eu sou contratado e não me sujeitei a esta pouca vergonha na sua totalidade, só para subir uns lugares na lista de graduação. Por isso, desci vários lugares. Acho deplorável o que fizeram connosco e aquilo que muitos fazem alegando que apenas não querem ser ultrapassados nas ditas cujas.
Se fossemos uma classe unida… eu sei: keep on dreaming! O mesmo aconteceu quando abriram as vagas para professor titular: ah e tal… detesto isto mas se não for eu, será outro!
Gostaria de saber quantos melhoraram as suas práticas pedagógicas por causa da ADD…
O que o ministério fez foi dividir para reinar, ou seja, criar mau ambiente nas escolas, oferecendo uns rebuçados (bem amargos). A malta não pode atingir o topo de carreira, por isso, vamos criar uma manobra de diversão (ADD) para estrangular o processo de progressão, impedindo, assim, o acesso de TODOS ao topo da dita cuja.
Vamos aguardar por dia 12…
Agosto 1, 2011 at 12:18 am
Mas como é que se avaliam os professores no resto da Europa?
Ninguém fala disto!..
Porquê?..
Agosto 1, 2011 at 12:20 am
E há também o caso daquela professora da minha escola, já com mais de 64 anos, a seis meses da aposentadoria por atingir a idade legal – 65 -, e que foi obrigada a ter aulas assistidas antes de completar em Novembro o tempo para mudança ao 5º escalão.
Cumpriu todas as exigências de assiduidade – 100% – relatórios, formação (tem mestrado e trabalhos publicados), dossier, etc.
As aulas foram avaliadas (por colega licenciada) com MB e Exc em todos os parâmetros.
E sabem qual foi o resultado?
Bom!!! 7,9
A nota era maior mas foi rebaixada. Motivo?
Deveria ter pedido aulas assistidas também neste ano civil… pois as do 1º período não são consideradas… informação dada pela relatora por telefone, a posteriori, já durante as férias!!!
O que fazer?
Aposenta-se no mesmo escalão em que está desde 2004…
Escandaloso!!!! Inacreditável!!!
Agosto 1, 2011 at 12:22 am
#158 80% do orçamento do ME é para salários…
adivinhe quando vai descongelar 🙂
vou dar uma pista 2011+15 = X
tb por isso é q digo que isto é uma palhaçada e se fala demasiado nesta coisa
Agosto 1, 2011 at 12:24 am
#140,
Concordo inteiramente com a aua sugestão.
Lúcido e pragmático, como sempre!
Obrigada.
Agosto 1, 2011 at 12:28 am
” O avaliador terá de pertencer a um escalão superior que o do avaliado.”
E quando for igual, ou inferior?
Esta coincidência, por motivos bastante óbvios, acontecerá maioritariamente.
Agosto 1, 2011 at 12:33 am
#153,
É claro que não esquecemos essa traição!
Só que até dá náusea lembrar essa jogatina. Foi o descrédito total, por isso até evito comentar… e, quanto a isso, o que é que podíamos fazer agora, Paulo?
Agosto 1, 2011 at 12:34 am
Concordo praticamente com tudo o que diz #140, só acrescento – o ECD tem bem explícitos os nossos deveres enquanto docentes, por isso não compreendo a necessidade de inventar tanto.
Quanto às aulas assistidas são resultado de uma verdadeira desconfiança que existe em relação ao nosso desempenho e, sobretudo, no que aos resultados dos alunos diz respeito.
Agosto 1, 2011 at 12:34 am
#161 …pois afinal a roda já foi inventada:
Avaliação de Professores na Bélgica
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola (Professores do quadro).
2. Aulas Assistidas. As aulas Assistidas só ocorrem quando são solicitadas pela direcção da escola, mas não contam para efeitos de progressão dos docentes.
3. Avaliação das Escolas. A avaliação dos professores está englobada na avaliação das escolas. Avalia-se o trabalho da escolas, e desta forma o trabalho dos professores que nelas exercem a sua actividade.
—
Avaliação de Professores na Alemanha*
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular. Apenas existem quadros de escola, tal como existia em Portugal.
2. Aulas Assistidas: Acontecem durante o período de formação e depois de 6 em 6 anos. A aula tem a duração de 45 minutos e é assistida pelo chefe da Direcção escolar. Essa assistência tem como objectivo a subida de escalão. Depois de atingido o topo da carreira, acabaram-se as aulas assistidas e não existe mais nenhuma avaliação.
3. Horários dos Professores. Não existe diferença entre horas lectivas e não lectivas. Os horários completos variam entre 25 e 28 horas semanais.
4. Avaliação de Alunos. As reuniões para efeito de avaliação dos alunos têm lugar durante o tempo de funcionamento escolar normal, nunca durante o período de férias. Tanto na Alemanha como na Suíça, França e Luxemburgo, durante os períodos de férias as escolas encontram-se encerradas. Encerradas para todos, alunos, pais, professores e pessoal de Secretaria. Os alunos e os professores têm exactamente o mesmo tempo de férias. Não existe essa dicotomia idiota entre interrupções lectivas, férias, etc.
5. Horários escolares: Nas escolas de Ensino Primário as aulas vão das 8.00 às 13 ou 14 horas. Nos outros níveis começam às 8 .00 ou 8.30 e terminam às 16.00 ou, a partir do 10° ano, às 17.00.
6. Férias: cerca de 80 dias por ano, embora possa haver ligeiras diferenças de Estado para Estado.
7. Máximo de alunos por turma: 22
—-
Avaliação de Professores na França
1. Categorias. Não existe qualquer qualquer categoria similar à de professor titular.
2. Aulas assistidas. As aulas assistidas só ocorrem no mínimo de 4 em 4 anos, a regra é de 6 em 6 anos, e são observadas por um inspector com formação na área do professsor. O objectivo destas aulas é essencialmente formativo, tendo em vista ajudar os professores a melhorar as suas práticas lectivas.
3. Progressão na carreira. Para além da antiguidade, são tidos em conta os resultados da observação das aulas e as acções de formação frequentadas pelos professores.
Agosto 1, 2011 at 12:36 am
#152,
eu diria mesmo mais: é a pedagogia do Big Brother is Watching you!
Agosto 1, 2011 at 12:39 am
#159
Não tenho lido os comentários todos mas algo me deve estar a escapar. Não entendo essa desistência de argumentar por haver quem desconfie destes princípios para a avaliação. Quem não concordar com esta “nova” avaliação não quer nenhuma? Como assim? Chegámos ao fim da linha, é pegar ou largar?
Agosto 1, 2011 at 12:40 am
Estes governantes pouco têm de criativo e vão remendar algo que antes dos votos cantarem nas urnas, achavam unanimemente que era um monstro.
Achei interessante que ninguém ( e li os comentários todos, ufa!) fale em mudanças de escalões. Está tudo conformado em ficar congelado até às calengas gregas?! Até o Paulo?
Eu só quero uma avaliação (seja ela qual for), quando e se me deixarem mudar de escalão, pois já ando há 8 anos à espera e de congelamentos só gosto no Verão!!!
E não tive a sorte de mudar junto com os milhares de que fala o Mário Nogueira, ao fazer o célebre acordo.
Não aceito de forma alguma que se valide este monstro, gerador de injustiças, amiguismos ou vinganças há muito esperadas e que um ministro sério afirme que o professor poderá escolher a nota deste ciclo avaliativo, em detrimento doutro que ele afirma ser mais sério e justo. Acho que os professores estão a dormir, outros nem tanto e só olham para o seu umbigo ou para a cor do clube e a minha avaliação é decididamente insuficiente. E, não preciso dizer que votei nestes, mas seria pouco se o único objetivo fosse a porcaria da ADD. Mas, aborrece-me dar o meu voto de confiança a hipócritas e incompetentes, tenham a cor que tiverem.
Vou continuar a investir na minha área científica (independentemente da avaliação que nada pretende avaliar, já que não ajuda a melhorar aprendizagens) e, continuar a sorrir de lado, quando quem se julga excelente ou muito bom, não tenha valores morais para que os possa transmitir às novas gerações. Pois, há a vidinha, o emprego e os egos e os brios profissionais… os alunos podem ficar no fim da lista.
Que saudades já tenho da minha profissão, sem ralatórios e objetivos individuais, mas com trabalho criativo em prol dos meus alunos!
Agosto 1, 2011 at 12:41 am
Avaliação dos Professores na Islândia, Dinamarca, Finlândia e Luxemburgo
Não existe qualquer modelo de avaliação dos professores, nem de divisão das suas carreiras profissionais. No caso da Islândia, as escolas por vezes organizam grupos de reflexão para avaliarem as práticas que estão a ser seguidas tendo em vista a sua melhoria.
Agosto 1, 2011 at 12:44 am
#171
Ninguém fala porque o País está congelado, para mim pior que isso é o tempo de serviço que nos roubaram.
Agosto 1, 2011 at 12:45 am
#172
Da Finlândia apenas se interessaram por certos domínios… se é que me faço entender…
Agosto 1, 2011 at 12:46 am
Tb não subo de escalão há sete anos, sem estas alterações estaria no 8º escalão, neste momento estou no 3º pois está tudo congelado e não tive atal sorte, como eu estão mail alguns…
Agosto 1, 2011 at 12:49 am
parece que a roda já foi inventada nos paises do 1º mundo
nos paises onde tantos exemplos os nossos governantes e economistas vão beber inspiração
mas na add …
Agosto 1, 2011 at 12:52 am
#72
Reis,
definiu a ADD em todos os seus matises e como é óbvio filtrou na “joeira” as intenções maquiavélicas subjacentes ao sistema de ensino português. E entendamos, sem desarmar, que as pretensões quotizadas simbolizam e destilam veneno, nas relações estabelecidas no quotidiano da escola. Os ideais políticos, toda a fundamentação teórica e pragmática que sustentam, com premeditação diabólica, a ADD, nada valem na melhoria do ensino e das aprendizagens dos alunos.
O que se esboça no Sistema de Avaliação dos Professores é um “truc” de ilusionismo mesquinho, para dividir e reinar, aliciando os bufos, na escola, com MB e Excelente (um modo de manter a continuidade de titulares encapotados). Os professores são os principais agentes que actuam no terreno da educação e não venham os políticos falar do que não sabem. E, muito menos, ludibridiar quem está de boa-fé, na escola, a contribuir honestamente para a formação integral dos alunos, a fim de que esta lhes permita a autonomia na vida futura,
À volta dos professores tudo é campo minado e movediço, pois bem, armadilhas temos nós, professores, por demais a ultrapassar, e não queremos continuar a desminar terreno tão sinuoso e incerto no dia-adia.
É triste que o Professor Crato me desiluda tanto, no caso de aceitar participar no contínuo espezinhamento da figura profissional que o professor representa na sociedade.
http://joaopinheiro.blogspot.com/2007/07/joeira.html
Agosto 1, 2011 at 12:54 am
#168
Pois, realmente nada que se compare ao que nos querem obrigar a aceitar.
Passa o tempo, passam os anos, e os congelamentos perpetuam-se no tempo.
Enquanto isto, vou fazendo formações, aulas assistidas, por causa do escalão em que me encontro, e não passo desta idiotice.
Não sei onde irei arranjar motivação para os tempos futuros..
Deus Nosso Senhor se lembre de mim, e me inspire..
Agosto 1, 2011 at 1:01 am
#159
Não sei se a IGE tem meios para avaliar os 140 mil professores. Muito provavelmente, não. Agora quem andou a prometer “agências” para fazer isto e aquilo não fui eu. Foram os senhores que ganharam as eleições. Estão no governo, compete-lhes a eles decidir e fazer.
Da minha parte, recuso os falsos dilemas e alternativas que estás a propor: se não queres isto, tens de querer aquilo. Parece o outro: se não querias Socas, tinhas de votar Passos. As coisas não são assim.
Também não venho aqui defender o Mário Nogueira ou justificar as posições de qualquer sindicalista ou sindicato. Falo por mim, e as minhas opiniões comprometem-me apenas a mim próprio.
E por falar em seriedade, deixa-me dizer-te que o que não é sério é estares-me a tentar meter no saco dos que não-querem-qualquer-avaliação quando eu até explico, em #140, que avaliação defendo. A minha opinião. Não a dos cratinos nem dos socratinos, não é sequer “a do sindicato”. Fácil, barata, justa, exequível. E até aceito uma componente de avaliação externa.
Agosto 1, 2011 at 1:04 am
Entretanto uns quantos deputados pediram subsídio de desemprego e outros pensão vitalícia (têm direito depois de 12 longooooos anos na profissão). Mas, compreende-se, coitados! Os profs é que são uns malandros e têm de passar a vida a trabalhar, com anos de serviço ROUBADOS e a perderem poder de compra eternamente. Pois.
Agosto 1, 2011 at 1:11 am
#58
“Sou deste planeta de professores! E como sou, não deixo de ensinar mesmo em comentários.”
Lamento mas hoje vou faltar à sua aula. Importa-se de repor a aula?
Agosto 1, 2011 at 1:19 am
Sou por qualquer sistema de avaliação no qual as pessoas cumpram o papel que é esperado delas.
Da escola ou de outra escola, da IGE ou da Associação de Pais, alguém sério e capaz de distribuir de Excelentes a Irregulares.
O problema não é o mecanismo, e não adianta tentar inventar um sistema novo a cada mês. O problema é a quantidade de areia que os acomodados atiram para a engrenagem todos os dias.
Como já se disse acima, ou os professores ocupam o espaço da sua avaliação, ou outros ocuparão esse espaço.
Tal como a ti, Paulo, preocupa-me este ram ram dos que acharam o mundo perfeito no dia em que nasceram,
Agosto 1, 2011 at 1:34 am
#182
A mim preocupa-me mais, por exemplo, o ram-ram mental dos que acharam perfeito o mundo que Adam Smith descreveu no século XVIII, muito antes de terem nascido…
Agosto 1, 2011 at 1:41 am
Também não tenho particular apreço por esses, António. Compreendo perfeitamente.
Todavia, muitas vezes, acabam por ser os mesmos… São duas faces da moeda da “vidinha”, conforme a leitura que fazem do que lhes será mais favorável no curto prazo.
Concordamos portanto, que falta de espírito crítico, pouca capacidade para argumentar e vistas curtas (por parte de tantos professores) são problemas que entalam a tentativa de ter uma ADD que seja construtiva e benéfica?
Agosto 1, 2011 at 1:48 am
Os professores devem mostrar serem cidadãos de boa fé e deixarem-se avaliar, fingindo acreditar na bondade da dita avaliação em aferir honestamente o mérito profissional. Por outro lado, o governo deve, exemplarmente, mostrar a mesma boa fé e iniciar o processo com a contagem integral do tempo de serviço dos professores, e não estou apenas a referir-me aos congelamentos mas (ainda pior) aos recuos resultantes dos reposicionamentos nos novos escalões. Mesmo que paguem em títulos do tesouro. Então, depois, começamos a falar de avaliação, de progressões, de méritos e de quotas. E deixávamos de nos adjectivar tão proficientemente uns aos outros.
Agosto 1, 2011 at 2:07 am
#184
O problema da ADD é ter-se tornado, a meu ver, uma questão cada vez mais irracional, na medida em que não obedece a qualquer lógica que tenha a ver com a vida e as necessidades das escolas e do ensino.
Há bocado o Paulo Guinote, agastado, queixava-se, porque eu me recuso a ver as coisas na perspectiva que ele pretende, que assim não dá para argumentar. Não deixa de ter razão, a questão está aí, estarmos a discutir um tema que nasceu e cresceu na esfera política, mas que depois se materializa, de forma profundamente perturbadora, no quotidiano escolar.
Pois a verdade é que não precisamos da ADD para nada. Isto nasceu da prepotência obstinada da anterior maioria, houve posições fortes que se cristalizaram, a desconfiança cresceu por todos os lados, há os oportunistas que tentam fazer pela vida, passando entre os pingos da chuva e trepando acima dos colegas.
E agora há uma coligação no poder que quer ganhar alguma confiança entre os professores e sabe que para o fazer deve resolver esta questão, mas sem dar a ideia da ruptura, que a direita assusta-se facilmente com essas coisas, nem de que estão a ceder aos interesses ditos corporativos dos professores.
O governo mudou, mas continuam a agir dentro do condicionamento mental criado pelos socratinos. Ainda hoje o ministro dizia na TVI, a propósito da nova ADD, que andam a ouvir muita gente. E deu como exemplos o Conselho de Escolas e a CCAP, estruturas artificiais criadas pelo socratismo para legitimar um conjunto de políticas e que pelos vistos continuarão a prestar bons serviços aos novos senhores do ministério.
Porque se a questão fosse mesmo uma nova ADD, simples, justa, exequível, capaz de melhorar o sistema e contribuir para a melhoria do desempenho, sentavam-se à mesa e negociavam seriamente com os representantes dos professores. Apenas e só, e em pouco tempo se encontraria um modelo consensual. Como em 1998.
Agosto 1, 2011 at 2:35 am
As diferentes ADD têm-me passado ao lado. Para qualquer professor que não solicita aulas assistidas, acontecerá o mesmo. Reconheço, no entanto, que a 1.ª que conheci (a do relatório critico) era uma grande treta.
Quanto aos princípios da nova proposta, há que ter cuidado na operacionalização da avaliação no fim dos escalões. Imaginemos que mudámos de escola, mudamos de escalão 2 ou 3 meses depois, vamos ser avaliados por quem não nos conhece?
Agosto 1, 2011 at 2:44 am
Não é fácil comentar este ‘post’, pois contrariamente ao que é habitual, no Paulo, é um bocado “coiso”.
Em relação aos 4 pontos:
A maioria dos colegas tende a considerar que, por serem as aulas a nossa função “nobre”, estas, têm necessariamente de ser avaliadas e classificadas. Acontece que já todos (ou quase) tivemos aulas avaliadas no estágio, momento em que, por possuirmos pouca experiência, aceitávamos de “peito aberto” as críticas do orientador, a quem (regra geral) reconhecíamos credibilidade. Quantos de nós, anos mais tarde, achámos que parte do que aprendemos nessa época era um perfeito disparate? Quem é que, ao fim de dez ou mais anos de profissão reconhece credibilidade a um colega (salvo raras excepções) para lhe avaliar e classificar uma aula? Se afastarmos a classificação (e as consequências que daí possam advir) talvez a reacção seja um pouco mais branda e possamos, pontualmente, aprender uns com os outros (avaliadores e avaliados), mas tal só é possível com avaliadores eleitos interpares e num clima descontraído idêntico ao da formação interpares. O conflito avaliador/avaliado, por falta de credibilidade do primeiro aos olhos do segundo, agrava-se se o avaliador for de outro grau de ensino, da IGE ou de uma empresa.
“Pelo que mais vale ficar como já era, o pessoal já se tinha habituado e tudo. Interpares é que é bom, afinal, estavam enganados os que disseram que não.”
O seu conceito de interpares é diferente do meu. A proposta de NC, com avaliadores do mesmo grupo disciplinar do avaliado é, para mim, uma avaliação interpares (entre pessoas com conhecimentos científicos e pedagógicos idênticos que desempenham diariamente funções idênticas). Ainda assim, acho a opção por avaliadores de outra escola um pouco mais conflituosa que a opção por avaliadores da mesma escola. A insistir-se na avaliação de aulas, tenho para mim que, o mal menor era optar-se por um avaliador colegial eleito em cada departamento (sempre que possível, em cada grupo disciplinar).
“Pensando bem: tragam os titulares de volta.”
O conceito de “titular” é mau, no sentido em que, ao criar uma categoria à parte fere a relação interpares. O titular não é “um de nós”, é uma outra casta (a dos “encavalitados”) que deve avaliar titulares, como ele. Aliás, pela resistência (quase visceral) aos titulares facilmente se deveria perceber que qualquer avaliação que não seja efectuada por pares será boicotada.
“Ou então não se faça avaliação nenhuma que é para se dar razão a quem sempre nos criticou por ser essa a base da contestação.”
Frase desnecessária, vinda de quem vem. Há muitos anos que havia avaliação docente e não era necessário fingir que se observavam aulas (e já que estamos “numa de provocação”, os
Agosto 1, 2011 at 3:01 am
#44
“Como vai ser possível arranjar avaliadores de outras escolas em número suficiente? E quais escolas? As que pertencem ao mesmo agrupamento?”
A regra não pode passar por escolas do mesmo agrupamento porque muitas Secundárias (provavelmente a maioria) não estão agrupadas.
“Será uma bolsa de nomeados sem formação como aconteceu agora? Haverá tempo de concretizar a formação NECESSÁRIA?”
Esta questão da formação é outra falácia. Há formadores credíveis em avaliação docente? Volto a repetir o que escrevi no comentário anterior: onde estão os médicos capazes de formarem médicos para avaliarem as consultas de outros médicos?
Agosto 1, 2011 at 3:14 am
#95
“Ou optamos por um modelo, ou então declaramos que não queremos nenhum sistema de avaliação. Decidam-se!”
Outro? Mas o que é que vos deu hoje? Por aqui, o Sol até nem estava muito forte…
Agosto 1, 2011 at 3:20 am
#109
“na realidade os professores na sua grande maioria não querem ser avaliados.”
Na realidade, a maioria dos professores concluiu um curso superior, num dia de semana, numa universidade que ainda mantém (apesar da idade) as portas abertas. Tende (essa maioria) a sorrir para as falácias.
Agosto 1, 2011 at 3:38 am
Triste, muito triste. A maioria entende, perfeitamente, que este modelo é um prolongamento do vigente.
Afinal em que ficamos? Tanta luta para quê?
Só me agradam os ciclos de 4 anos e pouco mais. Avaliadores da escola ao lado é mais do mesmo.
Gostar de NC, não pode ser argumento para se aceitar um modelo velho e mal cheiroso.
Se não há avaliadores externos, não pode a valiação incidir (universalmente) sobre a componente científica e pedagógica. Quando não há dinheiro, não há vícios. Porque os cortes nas despesas justificam isso mesmo, não se façam remendos
Agosto 1, 2011 at 3:42 am
António Duarte, gosto da maioria dos seus comentários.
Agosto 1, 2011 at 3:50 am
Parece-me que “algo” comeu a parte final do meu comentário (188). Aqui vai, pelo menos algo parecido com, o último parágrafo.
Frase desnecessária, vinda de quem vem. Há muitos anos que havia avaliação docente e não era necessário fingir que se observavam aulas (e já que estamos “numa de provocação”, os alunos não sabiam menos que os de hoje). Os médicos têm consultas assistidas? E aos advogados, alguém vai assistir às consultas com os clientes? Poder-se-á argumentar Como o fez #187 que a que havia antes da “lambedora de selos” era uma treta, mas qual é que não o é?
Agosto 1, 2011 at 8:53 am
$ 75
Reb
Aplaudo a sua declaração de que não quer ser avaliada! Pelo menos é coerente e transparente.
Agosto 1, 2011 at 9:10 am
#187: o DA Disse:
“As diferentes ADD têm-me passado ao lado. Para qualquer professor que não solicita aulas assistidas, acontecerá o mesmo.”
Ai sim!!???
Acontecerá o mesmo? O mesmo quê? Com estes modelos remendados de ADD à portuguesa e a OBRIGATORIEDADE de aulas assistidas nos 2º e 4º escalões, só se o prof. pretender estacionar para sempre no mesmo escalão!
Se é esse mesmo o seu desejo…. estão tá bem…
O meu é fugir daqui o mais rápido possível enquanto ainda tenho pernas pra correr!
Agosto 1, 2011 at 9:17 am
# 185:
Então aplauda-me também.
Declaro o mesmo: não quero ser avaliada por este modelo trapalhão e ridículo de ADD à portuguesa!
E posso perguntar aqui se há algum colega que declare o contrário?
Agosto 1, 2011 at 9:20 am
O pedido de aplausos era para o 195 (Maria Campos)
Fico à espera deles…
Agosto 1, 2011 at 9:21 am
Palmas CUMÉQUÉ! 🙂
Agosto 1, 2011 at 9:28 am
Os meus sinceros agradecimentos pelas palmas, Maria Campos!
Fico agora a aguardar as declarações contrárias à minha…
Agosto 1, 2011 at 9:46 am
Pois eu exijo que avaliem o meu trabalho.
(Não quererem avaliar-me com seriedade e qualidade? Isso é que era bom!)
Exijo que quem avalia tenha formação, condições e o queira fazer.
(Isto é tudo o que os actuais relatores não têm. Aliás nem foram atendidos muitos dos caso em que manifestaram incompatibilidades. Ainda estamos à espera da resposta de alguém aos casos apresentados na minha escola).
Exijo que me avaliem e em consequência me descongelem a carreira, me contem o tempo de trabalho todo e me paguem em conformidade.
(Isto é o que nos dizem que não nos vai acontecer porque a crise e tal… o BPN a Troyka e o diabo a 4. Ora eu não contribuí para essa desgraça!)
A par disto não aceito que quem não conhece o meu trabalho se ponha a desconfiar da qualidade do mesmo e faça juízos de valor sobre a minha pessoa.
Convenhamos que as minhas negociações com o ME vão durar até à minha reforma… Reforma?…Ah ah ah!
Agosto 1, 2011 at 12:35 pm
Tudo isto nao passa de mera areia para os olhos de que ja esta cego; apenas se pretende mao de obra barata e mais nada. Dai que qualquer discussao sobre este tema seja inutil.
Agosto 1, 2011 at 12:37 pm
Mais valia dizerem que esta tudo congelado ate 2020 era mais sincero e poupava muito desgaste da massa cinzenta sem necessidade.
Para que os parvos se distraiam ha necessidade de lhe dar circo.
Agosto 1, 2011 at 1:08 pm
Concordo com o António Duarte.
Agosto 1, 2011 at 2:19 pm
Não é por ser feita entre colegas que não se conhecem e por professores de escalões superiores que a coisa ganha coerência e passa a merecer aprovação. Na essência, NC mantem o modelo anterior, mas consegue fazer de conta que não. Um artista.
Agosto 1, 2011 at 3:36 pm
Por alguns comentadores já terem dito, muito bem dito, o essencial, não me alongo sobre este post do Paulo, que me deixa perplexa por enveredar por uma linha argumentativa que julgo falaciosa, generalizando para um falso dilema (Toda e qualquer oposição a este modelo de ADD implica a preferência pelo que vigora ou por nenhum).
E o que quero acrescentar é o seguinte: há outros modelos alternativos de ADD. O próprio Paulo defendeu um, com o qual concordo genericamente (não sei procurar o link). Acaso tem alguma semelhança com esta proposta do MEC? Já aqui subscrevi também o modelo apontado pelo Mário Carneiro, n’ O Estado da Educação e do Resto. Acaso tem alguma semelhança com esta proposta do MEC? Outros comentadores apresentaram outras propostas que também não têm semelhança com esta proposta do MEC, mas que são modelos de ADD.
Portanto, é possível estar contra esta proposta e, ainda assim, defender um modelo de ADD.
Julgo que o que aqui se está a fazer é a tentar apontar onde estão as principais falhas da proposta apresentada que, a meu ver, ganharia uma significativa aceitação se deixasse cair as aulas assistidas de âmbito classificativo (por razões já bem explicadas por outros comentadores), remetendo-as para o domínio formativo inter-pares no seio do grupo disciplinar e/ou para o domínio inspectivo, no âmbito da avaliação externa das escolas.
A actual equipa do MEC afirmou que queria fazer diferente. Até me constou que desta vez queria ouvir os professores. Acho muito bem. Estamos a dar o nosso contributo.
Agosto 1, 2011 at 4:46 pm
Reb
Obrigada pela coragem. Dizes o que muitos pensam mas não têm coragem para assumir.Eu concordo contigo. Não sou calaceira, trabalho no duro e procuro fazer sempre melhor. Os pais não se queixam e os alunos também não.A Direcção nunca me fez nenhum reparo.
Um colégio de Famalicão despediu 70 professores! Há tanto colega que vai perder o emprego, muitos a concorrer a DACL após anos de serviço na mesma escola, e só pensamos na porcaria da ADD? São os profs mais novos contra os mais velhos, porque têm pós-graduações mestrados disto e daquilo, doutoramentos..Anda tudo doido?
Agosto 2, 2011 at 6:16 pm
António Duarte (#140 e outros)
Também eu concordo, desde há muito, com a maior parte dos comentários do António Duarte.
(E está longe de ser por razões ideológicas ou sindicalistas!)
O António defende um modelo muito simples, justo e pouco dispendioso. Um modelo que devolveria a colaboração e a paz às escolas bem como a necessária tranquilidade aos professores para fazerem o seu trabalho.
Já por aqui propus um modelo com linhas gerais semelhantes.
A avaliação dos professores deve ser expurgada dos desvarios recentes dos últimos modelos de avaliação. Mas parece que os excessos já foram entranhados e que agora apenas se procura limar algumas arestas (nem que seja à custa de mais alguns excessos).
A sucessão de denúncias de situações aberrantes a ADD, feita neste e noutros blogues, deveria ser suficiente para percebermos que não há remendos possíveis para os últimos modelos. Ninguém apresentou qualquermérito ou valia aos últimos modelos de ADD. Mas a generalidade dos professores não pensa desta forma e, estranhamente, alguns dos maiores fazedores de opinião também não.
Por tudo isto também não posso deixar de concordar como Ricardo Silva (#67)
e com o Reis (#72):
“Este modelo proposto por NC, bem como, das anteriores ministras estão cheios de armadilhas. Alguns professores têm vindo a ser enganos constantemente com a ideia de que o modelo de ADD premeia o mérito. Uma autêntica MENTIRA.”
Agosto 2, 2011 at 6:18 pm
errata:
“situações aberrantes na ADD”
“Qualquer mérito”