Entramos agora em território mais polémico e que pode gerar maiores resistências, necessitando de clarificação alguns pontos essenciais.
Vejamos o terceiro princípio:
O PROCESSO SERÁ DESBUROCRATIZADO, baseando-se em elementos simples para o avaliado – Programa Educativo do Professor e Relatório de Auto-Avaliação.
A desburocratização é algo também consensual, mas enunciá-la não chega. Há que perceber o que é exactamente o Programa Educativo do Professor.
Pessoalmente preferiria um Projecto Educativo do Professor, porque o entendo como uma espécie de documento-base para o trabalho que o professor pretende desenvolver ao longo do ciclo de avaliação. Há quem considere que isto é uma forma de objectivos individuais mas eu preferia encará-lo como uma espécie de projecção do contributo do professor para a concretização do Projecto Educativo da Escola/Agrupamento, para os objectivos e metas do seu grupo disciplinar e departamento e para o trabalho com as suas turmas, em especial numa perspectiva de continuidade pedagógica (mesmo se os ciclos de escolaridade não coincidem com os 4 anos do escalão) e estabilidade de colocação. Claro que podendo ser reajustado este Programa/Projecto no início de cada ano lectivo, em colaboração com a equipa de avaliação (pois não acho que ela deva ser feita por um único avaliador).
O que nos leva ao quarto princípio:
HIERARQUIZAÇÃO DA AVALIAÇÃO com REFERÊNCIA EXTERNA, a fim de eliminar conflitos de interesses entre avaliadores e avaliados. Os avaliadores terão de pertencer a um escalão mais avançado que os dos respectivos avaliados. As aulas observadas serão efectuadas por professores do mesmo grupo disciplinar, mas exteriores à escola do professor avaliado.
Acho que a hierarquização é um termo algo desnecessário aqui. Considero que a solução de constituir uma bolsa de professores que procedam à observação de aulas não é má, pois mantém uma componente interna à docência mas inclui um elemento externo à escola/agrupamento, embora devam ser muito claros os critérios para a sua constituição. Antes de mais, não deve ser o refúgio dos actuais relatores que se considerem habilitados para isso. Deve ser constituída por professores com uma formação especializada e sempre com habilitação académica, no mínimo, equivalente à do observado/avaliado. Não chega estarem um escalão acima na carreira, como agora se recomendava.
Para além disso, acho que a avaliação global de cada docente não deve ficar apenas a cargo dos professores que observem (e avaliem) as aulas, devendo a avaliação final resultar da combinação desta avaliação com a da direcção da escola (aspectos de tipo mais administrativo e de integração na vida da escola) e eventualmente do coordenador de departamento, com um peso a determinar para cada aspecto. Discordo que a avaliação final resulte meramente da classificação/avaliação das aulas assistidas e da assiduidade mais formação contínua.
Acho que esta solução é melhor do que a actual (apenas interpares), do que uma entregue a professores vindos de outros níveis de ensino que não façam ideia do que é dar uma aula no 1º ciclo ou no Secundário, do que uma entregue a uma IGE como a que existe que não tem quadros para o efeito ou do que entregue a uma qualquer agência puramente externa, estranha ao funcionamento de uma escola.
Quem acha que qualquer destas soluções é melhor, que o diga. Ou se existem outras alternativas viáveis.
Julho 29, 2011 at 9:35 pm
Bom parece que vamos ter um “PEI” ou será um “PIT”?
Julho 29, 2011 at 9:38 pm
Ora aqui vai uma primeira análise !
Espero que isto dê mesmo certo agora.
1- Ponto positivo. Continua a haver cotas ou quotas como quiserem.
2 – Ponto positivo – Continua a haver observação de aulas .
3 – Ponto positivo – Faz-se a vontade aos professores e deixam de ser os colegas da mesma escola a observarem e passam a ser os ” homens do fraque” que aparecem vindos de outra escola.
4- Ponto positivo – Menos papeladas ! Mas aparecem mais siglas … veremos…
Conclusão: Novidades , só no CONTINENTE!
Julho 29, 2011 at 9:44 pm
– O(A) relator(a) sacana ou carrasco vai exercer o seu magistério fora da sua escola; portanto, não vislumbro o que mudou significativamente…
– Continua tudo baseado na pessoa e na sua personalidade.
– Preferia a proposta do CDS: a avaliação hierarquizada ser feita pelo CP com base num júri colectivo de professores.
Julho 29, 2011 at 9:49 pm
Paulo, ainda continuo sem perceber o comentário do post anterior, mas adiante…
O 4.º princípio é, no mínimo, dúbio…
O conflito de interesses permanecerá enquanto forem os professores a avaliar os seus pares, ainda que avaliados e avaliadores pertençam a escolas diferentes… pode até dar-se o caso de haver fusões de escolas, e o conflito de interesses passar a existir, porque o avaliado e o avaliador passam a pertencer ao mesmo agrupamento…
Bom, todas estas hipóteses são prematuras e até, talvez, contraproducentes.
Julho 29, 2011 at 9:52 pm
Parece-me que o festival vai continuar…havendo apenas umas nuances…
Ora então vêm professores externos à escola… isto quer dizer o quê…exactamente?
Vêm profs da escola ao lado? Vêm os coordenadores dos departamentos do agrupamento vizinho? Vêm dos Megas? e as horas para essas andanças e giranças são da COMPONENTE NÃO LECTIVA??? (pois deve ser…tá claro…)
Olhem para virar e revirar e chocalhar…
Julho 29, 2011 at 9:53 pm
#4,
As hipóteses são minhas e pronto.
#1 ou 2 a 3,
Ruído, lamento.
De uma forma ou outra, apresentam-se irmanados no desejo de não ter qualquer ADD ou manter a actual.
Julho 29, 2011 at 9:53 pm
#5,
Não vem ninguém.
A avaliação interpares é a melhor e, a partir de hoje, já beneficia o ambiente de escola.
Julho 29, 2011 at 9:59 pm
E acham que isto desburocratiza???
Só para organizar as idas e vindas e conciliar horários com avaliadores e avaliados das escolas ao lado!!!
AHHH… ai…ai… se já agora…sabe Deus… enfim
E depois os avaliadores são profs de outro agrupamento…onde têm o seu director…mas depois entregam os relatórios dos avaliados-da-escola-ao-lado ao outro director-da-escola-ao-lado…
Não tarda andam os directores à turra!!!! Mas que desburocratização!!!!
Já agora alguns directores não se podem ver…sorriem-se mas odeiam-se…depois sabendo que são os profs-da-escola-ao-lado a avaliar os outros…e vice versa…
Ai que salganhada!!! Se até aqui a rivalidade é dentro de portas…esperem para ver o circo que isto vai dar!!!
Julho 29, 2011 at 10:01 pm
“- Preferia a proposta do CDS: a avaliação hierarquizada ser feita pelo CP com base num júri colectivo de professores.”
Não sei onde está irmanado o desejo de não ter qualquer ADD nesta afirmação ou ser igual à actual…
Julho 29, 2011 at 10:01 pm
#7
Não percebo: As aulas observadas serão efectuadas por professores do mesmo grupo disciplinar, mas exteriores à escola do professor avaliado.
O que é “exteriores à escola” afinal?
Julho 29, 2011 at 10:01 pm
Paulo, lamento mas discordo profundamente. Vamos ver, parece-me que anda esquecido por muitos qual o fim último da escola, também me aprece que foi esquecido por muitos aqueles a quem chamávamos de “baldas” no modelo anterior a MLR, também me parece que foram esquecidos aqueles a quem nós reconhecíamos serem professores excelentes- E que tal, para variar um pouquinho, perguntarem-nos a nós, sim que somos os especialistas em educação de crianças e jovens, quais os “parâmetros” que deviam ser avaliados, o que é para nós um bom e um mau professore. Talvez fosse um princípio, e deixarmos de estar nas mãos daqueles que há anos não leccionam ou que nunca o fizeram, e que de professore só têm o nome, seria outro.
Há muito tempo que percebi que as políticas educativas servem 3 fins: os interesses pessoais de quem manda, os interesses políticos de quem governa e a minimização das despesas, há poucos verdadeiramente preocupados com a escola/alunos/professores/educação etc.
Julho 29, 2011 at 10:03 pm
O Programa Educativo do Professor é mais uma aberração.
E não colhe o argumento de que possa ser “uma espécie de projecção do contributo do professor para a concretização do Projecto Educativo da escola/Agrupamento, para os objectivos e metas do seu grupo disciplinar e departamento e para o trabalho com as suas turmas”. Só por uma razão: esse Programa/projecto educativo JÁ é feito todos os anos, por todos os professores, na elaboração dos PCT e do PPA, já em consonância com o PEE. Pedir mais que isto é voltar ao mesmo: objectivos individuais.
Por isso eu propunha: relatório de auto-avaliação de acordo com os objectivos do PEE.
Concordo em absoluto que a avaliação não deve ser feita por elementos estranhos à realidade das escolas do ensino básico e secundário. Nem profs das universidades nem privados. Mas temo uma inflação de cursos que dê acesso à tal bolsa de formadores. E temo que entre aqueles que já se consideram qualificados para o efeito, mercê deste ou daquele curso que frequentaram, não tenham competência para o fazer. Até porque um curso em supervisão pedagógica (genérico) não é o mesmo que um curso em avaliação pedagógica/científica no grupo da especialidade.
Proposta (repetida), com vontade de rir mas sem me rir porque isto é muito sério: avaliação pelo departamento (não pelo coordenador). Mas isto vai contra o princípio do avaliador ser do mesmo grupo e vai contra o 8º princípio: os professores são todos maus mas vamos fazer uma avaliação para ver se por acaso algum até é muito bom ou excelente. E pelo caminho poupamos uma pipa de massa.
Julho 29, 2011 at 10:03 pm
#6
Paulo, eu nem estou a criticar as suas hipóteses, apenas me tenho limitado a contrapor outras…
Mas penso que hoje não é dia de índia…
Vou aguardar o que aí vem para poder perceber melhor os princípios hoje apresentados.
Julho 29, 2011 at 10:05 pm
#7 Aprecio a ironia 🙂
Julho 29, 2011 at 10:05 pm
Paulo, diga-me quantos dos nossos colegas já há muito aposentados passaram por este tipo de avaliação? A escola era pior naquele tempo? Os professores eram piores? Os alunos saíram da escola sem conhecimentos e/ou competências suficientes para enfrentar “o mundo cá fora”? Não me parece. Este tipo de avaliação apenas serve um fim: o economicista, mais nada.
Julho 29, 2011 at 10:06 pm
Continuando os comentários (sendo difícil de acompanhar o Paulo)…
3. Tenho dúvidas que o processo seja desburocratizado. À cabeça temos uma coisa nova – Programa Educativo do Professor. seja lá o que isto for, creio que contemplará “objectivos”, ainda que possam pintá-lo com outra terminologia. Se já tanta e boa gente se desfez em pesquisas juntos dos outros colegas por um relatório cuja lei especifica todos os passos, imagino qualquer não será o calvário para programar todo um plano profissional, mas enfim. Talvez a favor, mas não com a ideia que estão a desburocratizar.
4. Será sem dúvida o “busilis” da questão.O que é dito é que os avaliadores serão de um escalão superior, o que já acontece; e que as aulas serão da responsabilidade e alguém externo à escola, o que também já estava previsto em algumas impossibilidades. O grande problema é como se concilia tudo isto e que pesos haverá!!! Mesmo assim, há que reler o artigo 35 (ponto 6) do ECD… e que tanto licenciado no reino Guterres tem especialização em supervisão!
Uma nota: não me preocupam as habilitações – desde que a profissional seja uma e clara. A académica é interessante para cada um.
Julho 29, 2011 at 10:08 pm
Parece-me queo melhor é esperar para ver exactamente o que são na prática os “princípios”…
Ando um bocado cansada de tanta aplicação on-line…agora está na moda!
Julho 29, 2011 at 10:29 pm
“Para além disso, acho que a avaliação global de cada docente não deve ficar apenas a cargo dos professores que observem (e avaliem) as aulas, devendo a avaliação final resultar da combinação desta avaliação com a da direcção da escola (aspectos de tipo mais administrativo e de integração na vida da escola) e eventualmente do coordenador de departamento, com um peso a determinar para cada aspecto. Discordo que a avaliação final resulte meramente da classificação/avaliação das aulas assistidas e da assiduidade mais formação contínua.”
Discordo pois assim voltamos ao mesmo, precisamos de critérios objectivos e iguais para todos na àrea administiva etc.
Julho 29, 2011 at 10:30 pm
“sempre com habilitação académica, no mínimo, equivalente à do observado/avaliado”
Muito bem. Isto é absolutamente fundamental.
Julho 29, 2011 at 10:31 pm
#16
Discordo. As habilitações são muito importantes principalmente na análise da componente cientifica.
Julho 29, 2011 at 10:41 pm
Uma coisa é certa – avaliação por pares (dentro da própria escola) dá azo a um lambe botas (na minha escola, o lambe botismo chegou a dar-me náuseas) e quezílias entre colegas. Isso era um ponto absolutamente fundamental que teria que ter um ponto final.
Julho 29, 2011 at 10:43 pm
#20
E porque? Um doutoramento em administração escolar, ou desenvolvimento curricular ou outras coisas mais giras como banda desenhada acrescenta alguma coisa à licenciatura de História, geografia, Ciências, Matemática, Inglês, etc?
Tretas, de quem investiu muitos €€ num canudo suplementar. Dará capacidade de pesquisa, análise… De acordo, mas científica? Minha nossa, é capaz de dizer que o engenheiro tem mais competência para apertar o parafuso que o aprendiz de segunda!!!!
Julho 29, 2011 at 10:45 pm
@ Miguel Ribeiro (22)
O grau académico deve ser, obviamente, na área científica em questão e não em tretas dessas…
Julho 29, 2011 at 10:49 pm
#23
Isso já será diferente, mas não conheço quem, embora acredite que existam uns quantos que continuaram a apostar.
de qualquer das formas, não percebo para que seja necessária a física quântica para dar aulas a um 3.º ciclo.
Julho 29, 2011 at 10:53 pm
@ Miguel Ribeiro (24)
Quanto à física quântica e áreas afins não serem necessárias para o 3º ciclo, tens razão, mas pessoalmente considero que é uma questão de princípio. Não tem sentido absolutamente nenhum um doutorado, por exemplo, em Física ser avaliado por um licenciado em Física.
Julho 29, 2011 at 11:08 pm
#22
“As habilitações são muito importantes principalmente na análise da componente cientifica”
Componente cientifica implica formação nessa àrea e não noutra como o colega infere.
“Minha nossa, é capaz de dizer que o engenheiro tem mais competência para apertar o parafuso que o aprendiz de segunda!!!!”
Mas imagina-se a pedir ao aprendiz de 2ª para lhe elaborar os projectos de … por ex. uma ponte?
Julho 29, 2011 at 11:34 pm
#0
Até aqui totalmente de acordo com as apreciações dos post “apontamentos 1 e 2. Vou ler o 3.
Julho 30, 2011 at 12:09 am
Mais do mesmo!
Programa QUUUUUÊÊÊ do professor?
1- Os professores têm – ou deveriam ter – um programa a leccionar: O do ministério da educação – a ele compete ou deve competir a definição dos programas e objectivos das disciplinas. Simples! Tudo o que vier para além disto é conversa da treta!
E, já agora, não venham com histórias de currículos locais, regionais ou coisa que o valha – a instrução/conhecimento/ educação devem servir o país , os objectivos de desenvolvimento da nação: não os dos pais, não os dos autarcas, não os dos directores, não os dos alunos, não os dos professores.
Neste âmbito, o que as escolas poderiam diversificar deveria situar-se no domínio das actividades extracurriculares, complementares, desportivas, clubes…
2- Aos professores compete a selecção das estratégias/ metodologias de trabalho… e atenção com a avaliação destas coisas… que eu saiba, não existem estudos científicos que comprovem que os resultados dos alunos são melhores com umas do que com outras… não me faltava mais nada, um carapau de corrida vir penalizar outro se usa ou não o computador, a coisa interactiva, o trabalho de grupo, a internet, o teatro e as festas …
3- se o ministério considera necessário, que assuma as suas posições, e elabore um quadro de regras de ética e de conduta para os professores e toda a função pública (que isto já é desconfiança a mais…) sobretudo para aquela função pública que se situa abaixo dos cargos de direcção/chefia superiores e intermédios (que a bom rigor estes não carecem de coisa semelhante… objectivamente, foram estes que conduziram os destinos da nação ao ponto a que chegámos (e em todas as áreas) e, foram, como as evidências comprovam, excelentes no trabalho realizado)
4- Como a palhaçada vai continuar é imprescindível que de uma vez por todas, que o ministério assuma e OBJECTIVE – OBJECTIVE – OBJECTIVE o que é o professor excelente, muito bom…e por aí adiante…
Quanto a aulas assistidas, para além de situações que indiciem problemas, continuo a considerar uma desconfiança inaceitável sobre estes profissionais… arranquem as portas (sai mais barato), ponham paredes em vidro, não construam mais paredes…
Julho 30, 2011 at 3:45 am
#28
Na mouche! Concordo plenamente com a tua argumentação! Um abraço e parabéns pela tua clarividência.
Amanhã (hoje, aliás), com mais tempo, talvez reforce e relembre aqui algumas das minhas opiniões.
Julho 30, 2011 at 6:29 am
…Mais uma invenção Cratista. Programa Educativo?
Sim senhor, belas medidas, tudo na mesma e acrescentam essa coisa do programa. O que muda? ? Agora é bom ou razoável, por ser apresentado pelo NC?
Depois de criticar tanto nos meios de comunicação este modelo de avaliação, afinal nem divergia muito do anterior governo. Agora é bom? Cambada de Hipócritas. Servem-se de tudo para chegar ao poleiro. Sim, poleiro, depois os outros é que estão sempre errados, os críticos, os os tais que nunca acreditaram neste governo nem em NC.
Razão tem o SC.
A montanha pariu um rato, mas há julgue razoável por ser proposto por NC?
Valha-me deus.
Julho 30, 2011 at 6:30 am
!!!!…Mais uma invenção Cratista. Programa Educativo?
Sim senhor, belas medidas, tudo na mesma e acrescentam essa coisa do programa. O que muda? ? Agora é bom ou razoável, por ser apresentado pelo NC?
Depois de criticar tanto nos meios de comunicação este modelo de avaliação, afinal nem divergia muito do anterior governo. Agora é bom? Cambada de Hipócritas. Servem-se de tudo para chegar ao poleiro. Sim, poleiro, depois os outros é que estão sempre errados, os críticos, os os tais que nunca acreditaram neste governo nem em NC.
Razão tem o SC.
A montanha pariu um rato, mas há julgue razoável por ser proposto por NC?
Valha-me deus.