Muita gente anda por aí ao engano. Alguns conseguiram iludir a opinião pública dizendo que iam servir lebre bravia e saborosa, mas depois optaram por coelho de coelhário, sempre insípido e a carecer de muito tempero.
Vejamos parte da agenda parlamentar do plenário de hoje:
Projecto de Resolução n.º 29/XII/1.ª (PCP) sobre suspensão do regime de avaliação de desempenho dos docentes e anulação da produção dos efeitos resultantes do ciclo 2009/2011.
Projecto de Resolução n.º 22/XII/1.ª (BE) que recomenda ao Governo que proceda à suspensão do actual modelo de avaliação do desempenho docente.
Conclusão óbvia: a votação não vão estar projectos de lei para a suspensão da ADD, mas meros projectos de resolução nesse sentido. Lendo o seu conteúdo, percebe-se que, na prática, a sua aprovação pouco ou nada muda. Mesmo se forem respeitadas pelo Governo, apesar de não serem vinculativas.
Perante estas propostas, são óbvios os votos favoráveis do Bloco e do PCP.
Em relação ao PSD e CDS, em coerência, também deveriam votar favoravelmente, quer pelo passado, quer porque os projectos apresentados, nestes termos e agora, nada mudam. Em moderada incoerência poderão abster-se, lavando daí as suas mãos, embora ficando com elas algo manchadas.
Do PS espera-se que vote contra.
Mas…
Mas…
E se as coisas até se passassem de outro modo?
E se António José Seguro, que funcionou como orelhão durante um par de anos para grupos de professores animados com a sua inação (embora nunca tenha alinhado com os alegristas, desempatando a coisa e permitindo a suspensão da ADD), ganhasse um pouco de coragem e, em coerência com a forma como manteve esses grupos de professores na esperança de qualquer coisa, indicasse à actual direcção do grupo parlamentar para se abster? Com base no argumento pragmático que nada disto conduz exactamente a nada?
Com uma tripla abstenção (CDS, PS, PSD), os projectos de resolução seriam aprovados.
E… seria giro.
Pensem nisso.
Se é que esta ideia vai a tempo de alguma coisa.
Julho 27, 2011 at 10:22 am
Já devia ter pensado nela mais cedo, talvez alguém o ouvisse.
Julho 27, 2011 at 10:31 am
E SE PCP e BE SE ABSTIVESSEM E OS VERDES VOTASSEM NÃO SERIA AINDA MAIS GIRO?
Julho 27, 2011 at 10:31 am
Vou roubar para o meu FB.
Com os créditos devidos, claro!
Julho 27, 2011 at 10:36 am
O que este Michael Seufert, do CDS-PP, afirma é vergonhoso:
27.07.2011 09:56
Fim da avaliação de professores volta ao Parlamento mas desta vez não deverá passar
A Assembleia da República debate hoje projetos de resolução do PCP e Bloco de Esquerda que visam travar o processo de avaliação de professores, mas a maioria PSD/CDS-PP deverá chumbá-los.
Na legislatura anterior, PSD e CDS-PP defenderam o fim do modelo de avaliação instituído pelo Governo PS, mas nesta altura “é avisado deixar este ciclo terminar”, disse à Agência Lusa o deputado Michael Seufert, do CDS-PP.
“Estamos numa posição diferente do início do segundo semestre. O processo de avaliação está no fim e o Governo já indicou que vai apresentar uma proposta de novo sistema de avaliação em Setembro”, argumentou.
Michael Seufert referiu que muitos professores “fizeram esforço e tiveram trabalho para ter boas classificações e seria injusto para eles”.
O deputado indicou ainda que as progressões na carreira estão congeladas até 2013, uma provisão do programa da “troika” internacional, e que até lá se poderão avaliar “os efeitos deste ciclo avaliativo” e estudar um novo modelo.
No seu projeto, o Bloco de Esquerda defende a suspensão da avaliação e assinala “a frustração com que se assiste ao recuo” dos partidos do Governo, depois de na legislatura anterior “todos os partidos da oposição se terem manifestado claramente pela suspensão da avaliação do modelo de avaliação do desempenho docente em vigor”.
“Está criada uma enorme expetativa junto da classe docente para que se demonstre coerência entre promessas e prática governativa”, destaca o preâmbulo do projeto do Bloco.
O PCP, que pretende a revogação do modelo, considera que o tempo que passou desde a aprovação da suspensão do modelo de avaliação não pode ser utilizado como “pretexto” para recuar e “retirar justeza a esta reivindicação das escolas e dos professores”.
Para os comunistas, o tempo não invalidou que o modelo de avaliação seja “burocratizado, de matriz não formativa, gerador de conflitos entre docentes, inibidor do trabalho colaborativo dentro da escola, perturbador do normal funcionamento das escolas, em suma, verdadeiramente negativo e absurdo”.
Os partidos da oposição juntaram-se em março para revogar a avaliação de professores naquilo que o governo de Sócrates chamou “coligação negativa”, mas o Tribunal Constitucional entendeu que a Assembleia da República extravasou as suas competências.
Nas eleições legislativas antecipadas de 5 de Junho, o PSD e o CDS conseguiram uma maioria no Parlamento e formaram novo Governo, derrotando os socialistas.
Lusa
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2011/07/27/fim-da-avaliacao-de-professores-volta-ao-parlamento-mas-desta-vez-nao-devera-passar
Julho 27, 2011 at 10:38 am
Este gajo não sabe mesmo o que diz:
“(…) Michael Seufert referiu que muitos professores “fizeram esforço e tiveram trabalho para ter boas classificações e seria injusto para eles” (…)”
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2011/07/27/fim-da-avaliacao-de-professores-volta-ao-parlamento-mas-desta-vez-nao-devera-passar
Julho 27, 2011 at 10:40 am
Bom… isso seria de mestre,”Seguramente”!
Era mesmo o que mereceria quem não cumpriu as promessas da campanha eleitoral.
Julho 27, 2011 at 10:42 am
Aproveita o conselho, Seguro! Quem sabe é a tua (e do PS) bóia de salvação!
Julho 27, 2011 at 10:49 am
E DEMASIADO SERVIÇAL PARA O FAZER…
Julho 27, 2011 at 10:57 am
Michael Lothar Mendes Seufert- 15-04-1983
-Frequência de Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Ramo Telecomunicações – Redes de Dados
-Frequência de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Ramo Telecomunicações – Redes de Dados
Profissão……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..
ESTUDANTE!!
Vai… TRABALHAR!
Julho 27, 2011 at 10:59 am
Acho que para se ser deputado devia-se exigir no mínimo uma Prova de Ingresso onde fossem testados os conhecimentos.
Desafio os jornalistas a irem para a porta do parlamento e fazerem questões sobre a História de Portugal e o funcionamento dos órgãos de soberania e aposto que muitos destes chupistas não sabem um boi sobre o país que governam.
Julho 27, 2011 at 11:01 am
Tem razão #8! Infelizmente.
Julho 27, 2011 at 11:07 am
BOAS FÉRIAS A TODOS…RESPIREM MUITO AR POIS VÃO PRECISAR DELE EM SETEMBRO…
A objecção contra o conformar-se a usos que se tornaram peremptos para ti é a de que dissipam a tua força. Fazem-te perder tempo e borram a nitidez do teu carácter. Se manténs uma Igreja morta; se contribuis para uma Sociedade Bíblica morta; se votas com um grande partido tanto a favor como contra o governo; se pões a mesa de igual modo ao das donas de casa mesquinhas – tenho dificuldade em descobrir, sob todos esses mantos, a tua exacta personalidade. E, claro está, muita e muita força é-te subtraída da tua própria vida.
Mas age, que te conhecerei. Executa o teu trabalho e te fortificarás. Um homem deve ter em mente que o jogo da conformidade ofusca a visão.
Se conheço a tua seita, antecipo o teu argumento.
Ralph Waldo Emerson
Julho 27, 2011 at 11:41 am
#8
Também acho.
Gostava muito que isso acontecesse. Seria de mestre.
Julho 27, 2011 at 11:41 am
manda os menino colocar pauzinho na fechadura da Assembleia. Esse bando quanto mais faz mais estraga.
Julho 27, 2011 at 12:08 pm
É impressão minha ou a maior parte dos professores não anda muito interesada neste tipo de iniciativas?
E quais serão os motivos?
Desinteresse? Desconfiança? Desistência? Desilusão?
Tanta coisa mudou…
Ou será que no fundo, bem lá no fundinho, as coisas apenas voltaram à “normalidade”?
Uma união nunca antes vista e praticamente impensável foi sendo cuidadosamente fragmentada.
Dispersada pelo sabor dos interesses.
Até que quase tudo voltasse a ser como era antes.
…
Acho que quem ajudou a fornecer os “calmantes” já está bastante arrependido.
E ainda mais vai ficar…
…
…
Julho 27, 2011 at 12:31 pm
#0
Essa teoria esbarra nisto.
“Seguro recusa revisão constitucional e dá liberdade de voto à bancada”
http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/seguro-recusa-revisao-constitucional-e-da-liberdade-de-voto-a-bancada_1504456
Bem sei que é só a partir de amanhã que vai ser discutida a liberdade de voto dentro do PS, mas como já foi anunciada não estou a ver alguém a definir o sentido de voto da bancada do PS.
Julho 27, 2011 at 12:52 pm
# 9
“Michael Lothar Mendes Seufert- 15-04-1983
-Frequência de Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Ramo Telecomunicações – Redes de Dados
-Frequência de Mestrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores – Ramo Telecomunicações – Redes de Dados”
Então pode-se “frequentar” um Mestrado sem ter concluído uma licenciatura? Onde é que já vimos isto?
Julho 27, 2011 at 1:14 pm
Será uma licenciatura e um mestrado integrado?
Julho 27, 2011 at 1:20 pm
Profissão: estudante.
Naturalmente!
Julho 27, 2011 at 1:54 pm
No que nos tornamos..esta O Fafe vai gostar..abraço não te percas na brumas da memória..encontra-te na imensidão infinita-supostamente a-da via láctea…fui de facto mesmo e de vez…
http://bulimunda.wordpress.com/2011/07/26/ultimo-post-antes-das-ferias-doodlebug-short-film-by-christopher-nolan-ou-nos-em-setembro/
Julho 27, 2011 at 2:02 pm
#20
Vi e apreciei. Cuidado com andrómeda.
Hehe!
Julho 27, 2011 at 2:09 pm
NÃO TÊM CORAGEM! A NOSSA CLASSE POLÍTICA É UMA MISÉRIA E ANDAM AO “SABOR DO VENTO DOS SEUS INTERESSES”.
Isto é que é uma Democracia!
Julho 27, 2011 at 2:43 pm
ABRAÇO FAFE VOU DE SAÍDA…NAVEGAR POR TERRAS DITAS DE IMORTAIS…
Julho 27, 2011 at 2:43 pm
Julho 27, 2011 at 3:39 pm
Este moçoilo tem todo o ar de ser moço forcado…. mas o que será que ele pega??? Será que é de frente ou de cernelha?
Julho 27, 2011 at 7:35 pm
Pelo que anda dizendo, creio que pega de empurrão…ahahahaah! E não estou a querer dizer aquilo em que estão a pensar. O rapaz é empurrado para a ribalta e dão-lhe as deixas, evidentemente. O moçoilo tem lá cara de saber alguma coisa sobre o assunto!