PSD e CDS mantêm avaliação dos professores este ano

Partidos do governo vão inviabilizar projectos do PCP e BE que revogam avaliação dos professores.

PSD e CDS-PP vão inviabilizar os projectos do PCP e BE que pretendem revogar a avaliação dos professores.

Os partidos do governo, que na anterior legislatura apresentaram projectos para anular este modelo de avaliação de desempenho docente, não querem agora suspender o processo, garantiram ao i fontes da maioria política. A justificação é que o ano lectivo está a terminar e que o novo sistema de avaliação estará pronto a tempo do início do novo ano lectivo, em Setembro.

O governo está a estudar a possibilidade de alargar para quatro anos os ciclos avaliativos. A medida está em sintonia com o programa do governo, que defende que a avaliação de desempenho deverá obedecer a intervalos mais longos. Actualmente, os professores são avaliados de dois em dois anos.

O facto de a progressão das carreiras dos docentes estar congelada até 2013, por imposição da troika, é outra das justificações apontadas para manter o actual modelo até ao fim deste ano, confirmou o i junto de fonte parlamentar do PSD.

O CDS-PP junta-se aos sociais-democratas nesta matéria. “O processo de avaliação este ano está terminado. Já está em fase de recurso. Quando o CDS votou a favor da suspensão ainda estava a meio”, afirma o deputado centrista, Michael Seufert.

Uma coisa é tomarem uma decisão e coiso e tal, pronto, a coerência prás órtigas. Outra é este senhor deputado estar tão mal informado… ou… outra coisa que fica mal dizer a quem tem da verdade uma visão muito pós-moderna.

Em 25 de Março o processo estava a meio? De 1 de Setembro de 2009 a 31 de Agosto de 2011, 25 de Março de 2011 é a meio?

Problemas de literacia temporal?

O processo já está em fase de recurso?

Sabe o senhor deputado que a entrega dos relatórios de autoavaliação em muitas escolas é em 31 de Agosto e que os recursos devem estar resolvidos até 31 de Dezembro e não agora?

Michael Seufert não é obrigado a perceber de Educação para aparecer no Parlamento como alguém que percebe de Educação. É o que há mais, quem não perceba do que fala por lá.

Só que este processo tem sido escalpelizado até ao tutano.

Se Michael Seufert ainda não sabe bem os prazos da coisa a esta altura é porque, provavelmente, não conseguiria um simples Regular numa avaliação justa do seu desempenho e precisaria do aconselhamento de um deputado tutor, acaso estes truquezinhos da treta, esta falta de coluna vertebral e de coragem não fossem apanágio da sua geração de políticos para lamentar.

Não é que esperasse outra coisa, mas ao menos com menos desonestidade política e intelectual.