Isto de “os alunos prontos para trabalhar”, depois de feita a chamada e escrito o sumário é a brincar, não é? é que, tanto quanto me tenho apercebido, nas aulas ditas do ensino regular, é muito difícl os alunos estarem pron tos para trabalhar. O antes da aula, nem merece ser comentado. Ah, já agora: estas aulas são cronometradas, assim, ao minuto?
Só uma cabeça muito maquiavélica é que se lembrava de congeminar uma coisa destas. E pensar que há quem se preste a esta humilhação e que haja quem goste.
Com colegas destes que venha uma avaliação à séria e a doer.
Ele é guiões de preenchimento…
Ele é cópias de relatórios…
Quase de certeza que esta coisa vai ser uma evidência no portafolhas de algum excelente.
Como alguém disse num post anterior que o ADN comunista é inevitável, vou usar a minha parte (da minha mãe) e entrar na semi-clandestinidade, não para lutar, mas por vergonha.
Acho que permitir que o sumário seja escrito no início ou no fim da aula é dar uma liberdade ao professor que não se justifica. Acho que deviam referir qual o minuto em que devia ser escrito e quanto tempo os alunos tinham para o copiar. Fico baralhada assim com directivas tão abertas…
Só falta um guião de como o coordenador de departamento observa o relator a observar a aula do professor em observação de aula.
Mas se for preciso também se arranja.
Fez-se luz! Depois de saber que se pode corrigir os TPC’s em 5 minutos… nunca mais perdrei tempo a explicar seja o que for.
Esta gentinha vai ter o que merece!
#O problema mesmo é que este tipo de documentos que proliferam pelas escolas não foi feito por políticos, mas por colegas nossos. As indicações do ME até são no sentido de simplificar, mas as escolas fazem questão de inventar documentos sobre documentos exigindo o que a lei não prevê e fazendo lei de documentos internos feitos por equipas de 3 pessoas que passam a denominar-se “A CAAD” como se isso fizesse com que fossem inquestionáveis. E depois como a maioria não se dá ao trabalho de ler a legislação, nem argumenta no momento de por em prática os absurdos inventados por colegas que adoram, adoram brincar aos legisladores…
#9
O problema mesmo é que este tipo de documentos que proliferam pelas escolas não foi feito por políticos, mas por colegas nossos. As indicações do ME até são no sentido de simplificar, mas as escolas fazem questão de inventar documentos sobre documentos exigindo o que a lei não prevê e fazendo lei de documentos internos feitos por equipas de 3 pessoas que passam a denominar-se “A CAAD” como se isso fizesse com que fossem inquestionáveis. E depois como a maioria não se dá ao trabalho de ler a legislação, nem argumenta no momento de por em prática os absurdos inventados por colegas que adoram, adoram brincar aos legisladores…
Perante isto tudo, que é apenas a ponta do icebergue, quem é que, com toda a sinceridade, acha que a culpa de esta ADD continuar é dos partidos, do Cavaco e do T. Constitucional?…
Até o meu cão se riu! Depois,estranhamente,perguntou-me se era necessário algo mais do que o certificado de vacina contra a raiva em dia para ser professor.
#20
A verdade é que o pessoal dos Pedagógicos e das CCADs se sente muitas vezes como fazendo parte de outro campeonato. A avaliação deles é diferente… E quando se inventam ou aprovam coisas destas para os outros é sempre mais fácil do que sabermos que nos caem directamente em cima.
Essa foi a arte da Alçada e do outro sonso de Aveiro: dividir os professores. Enquanto MLR uniu toda a gente na contestação à sua política, a outra, manhosa e cínica, dividiu para reinar. E a malta embarcou no jogo. Quando se fizer o balanço do socratinismo educativo, provavelmente chegaremos à conclusão que o segundo mandato, embora incompleto, foi mais eficaz do que o primeiro na divisão e subjugação dos professores a uma política contrária aos seus interesses.
#17
Penso que o director como presidente do pedagógico e presidente da CCAD tem responsabilidades acrescidas deste autentico atentado à inteligência da classe docente.
Reitero uma vez mais, os legisladores que teimam em afirmar que este processo deve ser simplificado (????) têm mais bom senso do que este conjunto de pseudo-intelectuais que querem apresentar trabalho feito e não importa como!
Situação ridicula!
Não creio que na minha escola fosse acontecer algo do género! Duvido que o agrupamento aceitasse de bom grado este prato!
É por isto que sou contra a autonomia das escolas!
Directores destes a dirigir uma escola???
Ninguém reclama? Pois não…caso reclamem…têm “negativa”….
A verdade é que não é. Um sistema de avaliação de desempenho que se propõe classificar à décima os profissionais, podendo até fazer depender disso a continuidade do lugar naquela escola, a progressão na carreira, o serviço a distribuir, não pode ser um sistema simples. Se um avaliador tem de distinguir, de entre dois colegas, aquele que vai progredir, precisa de ter documentos que fundamentem a decisão e que lhe dêem nem que seja a ilusão de estar a ser justo. Ou se tem de defender, junto dos outros relatores, porque é que o seu avaliado é melhor do que o dos outros.
Simplificar este modelo significa apenas aumentar a arbitrariedade e as injustiças, sobretudo quando estiverem em causa as avaliações ditas de mérito. O que não quer dizer que na versão complexa e maximalista, ele seja justo, equilibrado, exequível…
Perdeu-se a noção do ridículo. Isto não é guião para observar nada. É, como já foi dito, um programa de curso intensivo para professor. Enferma de várias e gravosas maleitas, sintomas de que temos professores,efectivamente, ridículos.
Está tudo pensado não para observar o professor, mas para o vigiar. A maior parte do documento aponta actividades (o que o professor DEVE fazer). Presumo que, sendo o processo aplicado por igual a todos, a escola onde isto for implementado deve ser uma verdadeira pasmaceira, um ninho de criatividade.
Desafio os ignorantes que fizeram tão belo saco de lixo a cumprirem, com 28 reguilas do 2º ciclo, ali mesmo em cima da hora de almoço, as actividades exigidas nos últimos cinco minutos.
Se este e outros “ridículos” fizessem doer, não haveria analgésicos em n.º suficiente no mercado para atenuar tanta dor!
Parece-me que já só falta definir a distância a que cada aluno se deve manter dos outros, do tecto, da parede e do quadro (interactivo, claro!)…
Já agora, também podiam definir, publicar e divulgar, o n.º de cabelos que cada um de nós deve manter em pé perante esta inusitada, triste, degradante e deprimente forma de olhar para o ensino em Portugal…
Continuo a recolher “evidência atrás de evidência” e com elas a confirmar que há muita mente que capta e compila o que incapazes atrevidos consideram a sua obra de arte, o seu legado às gerações que se seguem… aos incas deixam apenas a árdua tarefa de atenuar o muito mal e o prejuízo que distribuem aleatoriamente e sem regras…
Não, esta gentinha não tem o que merece. Porque para eles, branco ou tinto, o que interessa é que esteja cheio. É malta desta que está sempre à frente de qualquer coisa, para se mostrar.
Ele foi o TLEBS, ele é o Acordo Ortográfico, ele é as avaliações e as fichas e as notas e os conselhos e o diabo que os carregue. Quem se deu ao trabalho de fazer uma coisa destas é um MENTIROSO!!!
NINGUÉM, nem mesmo o modernaço que fez isto, dá aulas tal como vem aqui indicado no ficheiro. É uma falsidade, é do género:
“querem ver um génio? Então olhem todos para mim!”
Os anormais dos professores que não se importam de publicar tais desaforos já se devejm ter esquecido, ou nunca aprenderam? que fizeram um estágio (chamado pedagógico, do qual alguns tanto se orgulham), e que observaram desempenhos e foram observados. Ou estou a falar para o boneco?
E algum dos senhores professores visitantes deste blogue se serviu de tão idiota guião para registar a observações que fez? Então, onde se aprendeu a fazer tal palhaçada?
Alguém me pode obrigar a entrar primeiro na sal do que os alunos? Tenho de fazer a chamada? E se eu souber contar, não é o mesmo? Quem faz a chamada cumpre o guião; quem confirma as presenças contando os alunos (poupando-nos ao triste espectáculo e à inútil perda de tempo de uma chamada) é penalizado? Nem daqui por um século seremos civilizados.
Agora vou acabar de ler uma coisa recente que comprei na senana passada. Uma Viagem à Índia. Muito louvado. Como não sou autoridade no assunto, não me pronuncio. Até agora confirmo a originalidade na forma.
(Mas não antes de sair)
Companheiro e camarada Paulo, tenho um possentimento. A Margarida Moreira sabia do que falava quando disse que estava a lidar com esparguette. E estamos em condições de afirmar que “o inimigo mais provável de um professor é um seu colega de profissão”.
Aquela história dos 120 mil foi uma fraude. Agora imagina só por minutos que o Mário Nogueira tinha sido suficientemente estúpido para confiar nos seus “representados”. Livra-te!!!
Gostei. Sobretudo porque se recomenda o conhecimento dos alunos,blá,blá,blá, mas não há referência à necessidade de o relator dominar o conhecimento científico da matéria da aula. Importante, importante, pelos vistos, é fazer a chamada, corrigir o TPC, fazer a síntese e … até amanhã. O meio fica para neflibatas. Só pode.
Quanto ao mais, falta-me léxico para me pronunciar sobre o conteúdo da coisa.
Já agora conto uma anedota sobre esta malta sobredotada que desempenha os cargos na escola, pelo menos na minha. No início deste ano, a malta que constitui a comixão da avaliaxão entretinha-se a discutir a observação das aulas e tal quando se saem com esta: nalgumas turmas (referiam-se aos CEF, creio), vão ser mais os avaliadores do que os alunos. De que estavam as damas a falar?
Bem, como lhes tinham dito que, enquanto «membras» da comixão, era sau atarefa avaliar os colegas, compreenderam qiue isso significava que iam as cinco (analfabetas), mais a relatora, observar as aulas de todos os colegas.
O que é espantoso é que isto não é anedota. Foi verídico e povoou aquelas mentes até que alguém teve «coragem» e decidiu elucidá-las.
Fazer a chamada e marcar falta nos casos em que se aplica??? – Que tradicionalismo insuportável! A prática inovadora seria marcar falta aos casos em que não se aplica!
Sumário no início ou final da aula??? que falta de inovadorismo!!! Pois eu cá, acho que é muito mais pedagógico (existe algum estudo que comprove a eficácia do momento do sumário na aprendizagem dos jovens?) o seu registo ser feito ao minuto vinte e um (quando já não aguentam olhar para um professor que tem um cronómetro a saltar pelos olhos)!
Tempo de correcção do TPC – 5/10 min??? Engloba o tempo do registo??? que tipo de registo: fez/ não fez, quantas questões fez e quantas não fez, completas ou incompletas… qualidade do que foi feito? Apresentação formal? Observa-se primeiro e regista-se depois, observa-se e regista-se em simultâneo Quantas questões tem que ter e qual o grau de complexidade – esqueceram-se deste pormenor? Se uma criatura sente dificuldades na resolução de qualquer questão, pode ir-se ao 18 minutos? E, se ninguém fez o TPC esperam-se os minutos planeados???
Numa secundária de Ferreira do Alentejo o director exige não 6, não 7, não 8, mas 9 folhas para o o relatório de Auto Avaliação…
Quem lhe fez esta encomenda a ele?
Eu apenas lhe entregaria, de forma muito delicada, o meu singelo relatório de 6 páginas.
Penso que os colegas dessa escola estão a entregar com 9.
Mais comentários para quê?
Cada povo tem o que merece!..
O que mais me preocupa é a existência de avaliadores sem que para isso tivessem formação adequada. Conheço avaliadores que se os avaliasse, os mandaria novamente tirar o curso…ou estagiar um ano para um país onde a educação não cheire a mofo.
Julho 13, 2011 at 9:32 pm
portanto … suponho que é um curso intensivo para se ser professor???
Julho 13, 2011 at 9:37 pm
Precisei confirmar o autor do postagem 😆
Julho 13, 2011 at 9:44 pm
Que feliz me sinto por não ter leccionado em Marte!!!
Julho 13, 2011 at 9:49 pm
E eu que não sabia nada disto! É sempre a aprender!
Julho 13, 2011 at 9:55 pm
Isto de “os alunos prontos para trabalhar”, depois de feita a chamada e escrito o sumário é a brincar, não é? é que, tanto quanto me tenho apercebido, nas aulas ditas do ensino regular, é muito difícl os alunos estarem pron tos para trabalhar. O antes da aula, nem merece ser comentado. Ah, já agora: estas aulas são cronometradas, assim, ao minuto?
Só uma cabeça muito maquiavélica é que se lembrava de congeminar uma coisa destas. E pensar que há quem se preste a esta humilhação e que haja quem goste.
Julho 13, 2011 at 9:55 pm
Mas não há noção do ridículo?
Com colegas destes que venha uma avaliação à séria e a doer.
Ele é guiões de preenchimento…
Ele é cópias de relatórios…
Quase de certeza que esta coisa vai ser uma evidência no portafolhas de algum excelente.
Como alguém disse num post anterior que o ADN comunista é inevitável, vou usar a minha parte (da minha mãe) e entrar na semi-clandestinidade, não para lutar, mas por vergonha.
Julho 13, 2011 at 9:59 pm
Acho que permitir que o sumário seja escrito no início ou no fim da aula é dar uma liberdade ao professor que não se justifica. Acho que deviam referir qual o minuto em que devia ser escrito e quanto tempo os alunos tinham para o copiar. Fico baralhada assim com directivas tão abertas…
Julho 13, 2011 at 10:00 pm
Só falta um guião de como o coordenador de departamento observa o relator a observar a aula do professor em observação de aula.
Mas se for preciso também se arranja.
Julho 13, 2011 at 10:01 pm
Quem avalia os políticos?
Julho 13, 2011 at 10:04 pm
Fez-se luz! Depois de saber que se pode corrigir os TPC’s em 5 minutos… nunca mais perdrei tempo a explicar seja o que for.
Esta gentinha vai ter o que merece!
Julho 13, 2011 at 10:06 pm
#O problema mesmo é que este tipo de documentos que proliferam pelas escolas não foi feito por políticos, mas por colegas nossos. As indicações do ME até são no sentido de simplificar, mas as escolas fazem questão de inventar documentos sobre documentos exigindo o que a lei não prevê e fazendo lei de documentos internos feitos por equipas de 3 pessoas que passam a denominar-se “A CAAD” como se isso fizesse com que fossem inquestionáveis. E depois como a maioria não se dá ao trabalho de ler a legislação, nem argumenta no momento de por em prática os absurdos inventados por colegas que adoram, adoram brincar aos legisladores…
Julho 13, 2011 at 10:06 pm
#9
O problema mesmo é que este tipo de documentos que proliferam pelas escolas não foi feito por políticos, mas por colegas nossos. As indicações do ME até são no sentido de simplificar, mas as escolas fazem questão de inventar documentos sobre documentos exigindo o que a lei não prevê e fazendo lei de documentos internos feitos por equipas de 3 pessoas que passam a denominar-se “A CAAD” como se isso fizesse com que fossem inquestionáveis. E depois como a maioria não se dá ao trabalho de ler a legislação, nem argumenta no momento de por em prática os absurdos inventados por colegas que adoram, adoram brincar aos legisladores…
Julho 13, 2011 at 10:08 pm
Classificação = “LIXO”
Julho 13, 2011 at 10:10 pm
Impressioante!
Julho 13, 2011 at 10:21 pm
#8,
Arranja-se…
Está muita coisa online para consulta.
Outra arranja-se por mail.
É um trabalho sujo, mas…
Julho 13, 2011 at 10:21 pm
#12
Concordo.
#9. Os legisladores demonstram mais bom senso do que este autentico disparate.
Com directores deste calibre…quem precisa de políticos????
Julho 13, 2011 at 10:23 pm
#16,
Isto é feito em Pedagógico. E documentos aprovados por unanimidade como se lê em alguns.
Dá para perceber que muita gente… empurra… ao contrário?
Julho 13, 2011 at 10:23 pm
Proponho que uma síntese tão bem elaborada seja enviada à Múdis, para obter a respectiva avaliação…
(convém levar a etiqueta “Made in Portugal”, para facilitar a apreciação)
Julho 13, 2011 at 10:26 pm
Perante isto tudo, que é apenas a ponta do icebergue, quem é que, com toda a sinceridade, acha que a culpa de esta ADD continuar é dos partidos, do Cavaco e do T. Constitucional?…
Julho 13, 2011 at 10:28 pm
#17: muitas destas aprovações por unanimidade só mostram o sentido crítico dos votantes.
Julho 13, 2011 at 10:29 pm
Até o meu cão se riu! Depois,estranhamente,perguntou-me se era necessário algo mais do que o certificado de vacina contra a raiva em dia para ser professor.
Julho 13, 2011 at 10:35 pm
#20
A verdade é que o pessoal dos Pedagógicos e das CCADs se sente muitas vezes como fazendo parte de outro campeonato. A avaliação deles é diferente… E quando se inventam ou aprovam coisas destas para os outros é sempre mais fácil do que sabermos que nos caem directamente em cima.
Essa foi a arte da Alçada e do outro sonso de Aveiro: dividir os professores. Enquanto MLR uniu toda a gente na contestação à sua política, a outra, manhosa e cínica, dividiu para reinar. E a malta embarcou no jogo. Quando se fizer o balanço do socratinismo educativo, provavelmente chegaremos à conclusão que o segundo mandato, embora incompleto, foi mais eficaz do que o primeiro na divisão e subjugação dos professores a uma política contrária aos seus interesses.
Julho 13, 2011 at 10:51 pm
#17
Penso que o director como presidente do pedagógico e presidente da CCAD tem responsabilidades acrescidas deste autentico atentado à inteligência da classe docente.
Reitero uma vez mais, os legisladores que teimam em afirmar que este processo deve ser simplificado (????) têm mais bom senso do que este conjunto de pseudo-intelectuais que querem apresentar trabalho feito e não importa como!
Situação ridicula!
Não creio que na minha escola fosse acontecer algo do género! Duvido que o agrupamento aceitasse de bom grado este prato!
É por isto que sou contra a autonomia das escolas!
Directores destes a dirigir uma escola???
Ninguém reclama? Pois não…caso reclamem…têm “negativa”….
Estamos, lamentavelmente, entregues aos bichos…
Julho 13, 2011 at 10:56 pm
Deprimente, deprimente, deprimente…
Julho 13, 2011 at 10:57 pm
Obrigada umbigo! Pelo menos sei que não estou só… começava a julgar-me louca.
Julho 13, 2011 at 10:57 pm
E vai daí talvez não falte muito… 😦
Julho 13, 2011 at 11:01 pm
Simplificar a ADD, simplificar…
Alguns colegas dizem isto como se fosse… simples.
A verdade é que não é. Um sistema de avaliação de desempenho que se propõe classificar à décima os profissionais, podendo até fazer depender disso a continuidade do lugar naquela escola, a progressão na carreira, o serviço a distribuir, não pode ser um sistema simples. Se um avaliador tem de distinguir, de entre dois colegas, aquele que vai progredir, precisa de ter documentos que fundamentem a decisão e que lhe dêem nem que seja a ilusão de estar a ser justo. Ou se tem de defender, junto dos outros relatores, porque é que o seu avaliado é melhor do que o dos outros.
Simplificar este modelo significa apenas aumentar a arbitrariedade e as injustiças, sobretudo quando estiverem em causa as avaliações ditas de mérito. O que não quer dizer que na versão complexa e maximalista, ele seja justo, equilibrado, exequível…
Julho 13, 2011 at 11:25 pm
Perdeu-se a noção do ridículo. Isto não é guião para observar nada. É, como já foi dito, um programa de curso intensivo para professor. Enferma de várias e gravosas maleitas, sintomas de que temos professores,efectivamente, ridículos.
Está tudo pensado não para observar o professor, mas para o vigiar. A maior parte do documento aponta actividades (o que o professor DEVE fazer). Presumo que, sendo o processo aplicado por igual a todos, a escola onde isto for implementado deve ser uma verdadeira pasmaceira, um ninho de criatividade.
Desafio os ignorantes que fizeram tão belo saco de lixo a cumprirem, com 28 reguilas do 2º ciclo, ali mesmo em cima da hora de almoço, as actividades exigidas nos últimos cinco minutos.
Julho 13, 2011 at 11:27 pm
Se este e outros “ridículos” fizessem doer, não haveria analgésicos em n.º suficiente no mercado para atenuar tanta dor!
Parece-me que já só falta definir a distância a que cada aluno se deve manter dos outros, do tecto, da parede e do quadro (interactivo, claro!)…
Já agora, também podiam definir, publicar e divulgar, o n.º de cabelos que cada um de nós deve manter em pé perante esta inusitada, triste, degradante e deprimente forma de olhar para o ensino em Portugal…
Continuo a recolher “evidência atrás de evidência” e com elas a confirmar que há muita mente que capta e compila o que incapazes atrevidos consideram a sua obra de arte, o seu legado às gerações que se seguem… aos incas deixam apenas a árdua tarefa de atenuar o muito mal e o prejuízo que distribuem aleatoriamente e sem regras…
Julho 13, 2011 at 11:35 pm
#10
“Esta gentinha vai ter o que merece!”
Não, esta gentinha não tem o que merece. Porque para eles, branco ou tinto, o que interessa é que esteja cheio. É malta desta que está sempre à frente de qualquer coisa, para se mostrar.
Ele foi o TLEBS, ele é o Acordo Ortográfico, ele é as avaliações e as fichas e as notas e os conselhos e o diabo que os carregue. Quem se deu ao trabalho de fazer uma coisa destas é um MENTIROSO!!!
NINGUÉM, nem mesmo o modernaço que fez isto, dá aulas tal como vem aqui indicado no ficheiro. É uma falsidade, é do género:
“querem ver um génio? Então olhem todos para mim!”
Julho 13, 2011 at 11:38 pm
Os anormais dos professores que não se importam de publicar tais desaforos já se devejm ter esquecido, ou nunca aprenderam? que fizeram um estágio (chamado pedagógico, do qual alguns tanto se orgulham), e que observaram desempenhos e foram observados. Ou estou a falar para o boneco?
E algum dos senhores professores visitantes deste blogue se serviu de tão idiota guião para registar a observações que fez? Então, onde se aprendeu a fazer tal palhaçada?
Alguém me pode obrigar a entrar primeiro na sal do que os alunos? Tenho de fazer a chamada? E se eu souber contar, não é o mesmo? Quem faz a chamada cumpre o guião; quem confirma as presenças contando os alunos (poupando-nos ao triste espectáculo e à inútil perda de tempo de uma chamada) é penalizado? Nem daqui por um século seremos civilizados.
Julho 13, 2011 at 11:58 pm
Agora vou acabar de ler uma coisa recente que comprei na senana passada. Uma Viagem à Índia. Muito louvado. Como não sou autoridade no assunto, não me pronuncio. Até agora confirmo a originalidade na forma.
(Mas não antes de sair)
Companheiro e camarada Paulo, tenho um possentimento. A Margarida Moreira sabia do que falava quando disse que estava a lidar com esparguette. E estamos em condições de afirmar que “o inimigo mais provável de um professor é um seu colega de profissão”.
Aquela história dos 120 mil foi uma fraude. Agora imagina só por minutos que o Mário Nogueira tinha sido suficientemente estúpido para confiar nos seus “representados”. Livra-te!!!
Julho 14, 2011 at 12:06 am
Gostei. Sobretudo porque se recomenda o conhecimento dos alunos,blá,blá,blá, mas não há referência à necessidade de o relator dominar o conhecimento científico da matéria da aula. Importante, importante, pelos vistos, é fazer a chamada, corrigir o TPC, fazer a síntese e … até amanhã. O meio fica para neflibatas. Só pode.
Julho 14, 2011 at 12:24 am
Comentário da noite: número 7.
Quanto ao mais, falta-me léxico para me pronunciar sobre o conteúdo da coisa.
Já agora conto uma anedota sobre esta malta sobredotada que desempenha os cargos na escola, pelo menos na minha. No início deste ano, a malta que constitui a comixão da avaliaxão entretinha-se a discutir a observação das aulas e tal quando se saem com esta: nalgumas turmas (referiam-se aos CEF, creio), vão ser mais os avaliadores do que os alunos. De que estavam as damas a falar?
Bem, como lhes tinham dito que, enquanto «membras» da comixão, era sau atarefa avaliar os colegas, compreenderam qiue isso significava que iam as cinco (analfabetas), mais a relatora, observar as aulas de todos os colegas.
O que é espantoso é que isto não é anedota. Foi verídico e povoou aquelas mentes até que alguém teve «coragem» e decidiu elucidá-las.
Julho 14, 2011 at 12:25 am
Segundo o PÚBLICO, «Resultados dos exames do 9º ano são os piores dos últimos ano». Terá sido das aulas «como deve ser» ?
Julho 14, 2011 at 12:31 am
Fazer a chamada e marcar falta nos casos em que se aplica??? – Que tradicionalismo insuportável! A prática inovadora seria marcar falta aos casos em que não se aplica!
Sumário no início ou final da aula??? que falta de inovadorismo!!! Pois eu cá, acho que é muito mais pedagógico (existe algum estudo que comprove a eficácia do momento do sumário na aprendizagem dos jovens?) o seu registo ser feito ao minuto vinte e um (quando já não aguentam olhar para um professor que tem um cronómetro a saltar pelos olhos)!
Tempo de correcção do TPC – 5/10 min??? Engloba o tempo do registo??? que tipo de registo: fez/ não fez, quantas questões fez e quantas não fez, completas ou incompletas… qualidade do que foi feito? Apresentação formal? Observa-se primeiro e regista-se depois, observa-se e regista-se em simultâneo Quantas questões tem que ter e qual o grau de complexidade – esqueceram-se deste pormenor? Se uma criatura sente dificuldades na resolução de qualquer questão, pode ir-se ao 18 minutos? E, se ninguém fez o TPC esperam-se os minutos planeados???
Isto está de gritos!
Julho 14, 2011 at 1:05 am
Numa secundária de Ferreira do Alentejo o director exige não 6, não 7, não 8, mas 9 folhas para o o relatório de Auto Avaliação…
Quem lhe fez esta encomenda a ele?
Eu apenas lhe entregaria, de forma muito delicada, o meu singelo relatório de 6 páginas.
Penso que os colegas dessa escola estão a entregar com 9.
Mais comentários para quê?
Cada povo tem o que merece!..
Julho 14, 2011 at 2:55 pm
milhares de horas gastas nisto!!! e sem avanço algum na economia real!!! Mas como é que se pode encontrar produtividade neste labirinto multicolor!!!!
se o ridículo matasse Portugal ficava com 2 milhões de habitantes….
Novembro 25, 2012 at 3:04 pm
O que mais me preocupa é a existência de avaliadores sem que para isso tivessem formação adequada. Conheço avaliadores que se os avaliasse, os mandaria novamente tirar o curso…ou estagiar um ano para um país onde a educação não cheire a mofo.