… a praticam quando dá jeito. Quando os que se encrespam com ataques ad hominem os fazem sem nenhum problema quando lhes dá jeito.
Eu sei que é mais simples assim, dizer uma coisa quando lhes arde e outra quando querem que arda a outrem.
Mal por mal, aqui pratica-se a crítica a ideias e pessoas, conforme essas merecem crítica. Não se pratica e depois diz-se que não. Se é para ir ao osso, vai-se ao osso. Se é para elogiar, elogia-se. Não se pratica o calculismo como modo de vida. Até porque, como todos os anos escrevi e disse, sei o que estarei a fazer a 1 de Setembro seguinte e faço-o por gosto, não por imposição ou frustração.
Isto vem a propósito do novo ME, de reacções blogosféricas, mediáticas e circulações por mail no sentido da multiplicação de efeitos.
Eu concretizo: o novo ME anunciou até agora uma medida (suspensão para reavaliação do processo de encerramento de escolas) e duas orientações (revisão da ADD sem suspensão imediata e necessidade de concentrar o currículo dos 2º e 3º CEB).
Mais nada foi anunciado ou feito nesta semana ou duas de Governo.
A medida anunciada é positiva. Das duas orientações uma é igualmente positiva e outra é muito ambígua em relação a uma promessa eleitoral do PM, pois não explica se esta ADD é mesmo para levar (pouco) a sério até 31 de Dezembro.
Perante isto notam-se reacções muito personalizadas, contra (Crato e Passos Coelho) e a favor (de Santana Castilho, putativo ME que o não foi).
Em alguns sectores (sindicais, principalmente, mas também da esquerda pedagógica) fofinha concentram-se as críticas em Nuno Crato ainda antes de ele ter feito alguma coisa (bastaria recuar a 2005 para perceber como a pressa em intimidar ia acabando com corte de orelhas e rabo aos experimentados lutadores). Em alguns sectores próximos do PSD, evitando-se a afronta a Crato (afinal, ainda há esperança de alguma coisa), para se concentrarem as críticas em Passos Coelho, por ter alegadamente frustrado as esperanças de uma pessoa conduzir os destinos da Educação Nacional.
Sobre as medidas concretas – ainda quase inexistentes – pouco se diz e acena-se com as imposições da troika (mas, afinal, não existiam antes, quando alguém elaborou um não-programa?) que, afinal, não se confirmam, por exemplo, na aceleração da concentração da rede escolar.
Não me cumpre aqui fazer o papel de carteiro de ninguém – e já devolvi ontem o que tinha a devolver ao emérito autor da alcunha, a quem decidi crismar de bigodim do Norte como contrapartida (sim, Luís, esta é para ti) -, mas é impossível não reparar até que ponto a fulanização substituiu qualquer debate em torno das medidas concretas. Logo em quem, no passado, se fez muito purista nessas matérias.
Para finalizar, um pensamento abstracto ou nem tanto (sim, Octávio, esta é para ti mesmo que digas, com a habitual dose de arrogância, que não passas por aqui): se há quem esteja mesmo muito visceralmente contra a ADD e queira apontar-se como exemplo de contestação, por favor, esclareça o público se até ao momento aceitou cumprir as regulamentações destinadas a relatar colegas e se as continua a cumprir, apenas com reserva mental. Se conseguiu livrar-se disso, tanto melhor.
Eu esclareço desde já que entreguei o meu RAA e nem sequer estou para pensar muito nisso. Mas não ando a fazer declarações pópovo divulgar.
Não falo de relatores sem grande poder de embate contra nomeações impostas por direcções mais ou menos abusivas, falo de relatores ilustres e muito cheios de si mesmos, antes e depois. Mas que o fazem durante. Válido também para chicos-guerreiros, que se acham melhores relatores do que os outros.
Disclaimer final: se eu podia não ter escrito este texto? Claro que sim, mas não era a mesma coisa. Era fingir que não via, lia ou ouvia. Era fingir que existe unidade onde ela não há. Era fingir que as clivagens e fracturas não se aprofundaram mais e mais ao longo do tempo. Como não acho que seja ao esconder os podres da família que se consegue alguma concórdia ou unidade funcional consistente, prefiro desde já deixá-las à vista.
Julho 5, 2011 at 11:37 am
É uma daquelas árias que nunca me canso de ouvir:
Julho 5, 2011 at 11:43 am
«Era fingir que existe unidade onde ela não há. Era fingir que as clivagens e fracturas não se aprofundaram mais e mais ao longo do tempo.»
Mais vale tarde do que nunca.
Só não te dou as boas vindas ao clube, porque o teu clube é outro. 🙂 🙂
Julho 5, 2011 at 11:46 am
Chegou a brigada dos j(m)arretas.
Não sou eu que promovo “listas unitárias” que excluem os “impuros”.
Aqui, ao menos, aponto o dedo, sem me esconder disso, a ex-dirigentes sindicais que em seu tempo ofenderam colegas sindicalizados só por serem de outra tendência e a guerreiros que se acham melhores relatores do que outros.
E para o relambório do tasquedo ortodoxo fechei a loja.
Julho 5, 2011 at 11:49 am
http://bulimunda.wordpress.com/2011/07/05/a-fronteira-entre-a-juventude-e-a-velhice-porque-todos-camimnhamos-para-ela-rapidamente/
Paulo a outra foi reforçar os poderes das direcções regionais e respectivas equipas e não extinguia-las como disseram que iam fazer..ver DN DE HOJE…
Julho 5, 2011 at 11:50 am
FUI… não aconselhável a pessoas sensíveis..e daí…
http://bulimunda.wordpress.com/2011/07/05/skream-listening-to-records-on-my-wall-futureshorts/
Julho 5, 2011 at 12:16 pm
Cratices:
“Eu não vejo essa ideia de que se existe uma escola pública não pode existir uma privada ao lado, ou não se pode financiar uma privada, etc.”
“Isto só vai quando for como nos colégios. Contratam os professores e metem-nos na rua quando não prestam” (a frase exacta é diferente, o conteúdo é este)
“O que deve haver é um sistema transparente de financiamento, e as pessoas devem poder escolher entre uma escola pública e outra privada ao lado.”
“A avaliação dos professores deve ter em conta a avaliação das escolas”
“Não vejo problema em que haja escolas com dinheiro para fazer hipismo… Dá a impressão que estamos aqui a querermos ser todos pobres.”
*****
Disse a insuspeita Isabel Pires de Lima que Nuno Crato é o ministro da Educação mais retrógrado desde o 25 de Abril.
De acordo. É um forte candidato à entrada directa para o 1º lugar do ranking dos coveiros da Escola Pública
Julho 5, 2011 at 12:24 pm
Ramiro tem uma certa razão
Nuno Crato mal teve tempo para aquecer o lugar. A campanha em curso para o descredibilizar ganhou força nos últimos dias e conta com a união de forças políticas díspares.
O objetivo é paralisar Nuno Crato, impedir que ele aplique a agenda reformista, desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante na educação e deixe tudo na mesma.
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.
Esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
Se Nuno Crato não desmantelar as estruturas burocráticas, capturadas há décadas pela união das forças políticas antiliberais, à direita e à esquerda, não vai ser capaz de cumprir o programa do governo para a educação.
Corre o risco de se desgastar em querelas político-sindicais e acabar o mandato deixando tudo na mesma.
Se isso acontecer, temos de chegar à conclusão de que o sistema educativo português é irreformável, capturado que está pelas forças políticas imobilistas, estatistas e antiliberais. O ressentimento que por aí vai, dá gás à campanha em curso. Aqueles – e são muitos – que não querem competição no sistema, diversidade nas ofertas educativas nem liberdade de escolha vão abrindo caminho ao ressentimento.
Nuno Crato não deve perder um minuto a responder às acusações dos imobilistas. O tempo de falar acabou. Agora, é tempo de agir.
Julho 5, 2011 at 12:31 pm
#6
Eu acho piada é à coerência desta gente. Pois os que dizem:
““O que deve haver é um sistema transparente de financiamento, e as pessoas devem poder escolher entre uma escola pública e outra privada ao lado.”
São os mesmos que afirmam:
“Não faz sentido o Estado andar a construir escolas públicas ao lado de escolas privadas que garantem o serviço público de educação.”
Ou seja, os únicos que podem construir “ao lado” são os privados…
Julho 5, 2011 at 12:33 pm
#7
Deixe-me perceber:
As forças de bloqueio que não deixavam o professor Cavaco “trabalhar” voltaram a surgir em força?
Julho 5, 2011 at 12:36 pm
#7
Se no seu texto substituir “Nuno Crato” por “Maria de Lurdes Rodrigues”, fica com um texto que, descontando a ganga ideológica liberal, estaria perfeitamente actual… há seis anos atrás.
Julho 5, 2011 at 12:38 pm
VEJAMOS ANTÓNIO SE TENS RAZÃO…
Ramiro tem uma certa razão
MARIA DE LURDES RODRIGUES mal teve tempo para aquecer o lugar. A campanha em curso para o descredibilizar ganhou força nos últimos dias e conta com a união de forças políticas díspares.
O objetivo é paralisar MARIA DE LURDES RODRIGUES, impedir que ele aplique a agenda reformista, desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante na educação e deixe tudo na mesma.
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.
Esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
Se MARIA DE LURDES RODRIGUES, não desmantelar as estruturas burocráticas, capturadas há décadas pela união das forças políticas antiliberais, à direita e à esquerda, não vai ser capaz de cumprir o programa do governo para a educação.
Corre o risco de se desgastar em querelas político-sindicais e acabar o mandato deixando tudo na mesma.
Se isso acontecer, temos de chegar à conclusão de que o sistema educativo português é irreformável, capturado que está pelas forças políticas imobilistas, estatistas e antiliberais. O ressentimento que por aí vai, dá gás à campanha em curso. Aqueles – e são muitos – que não querem competição no sistema, diversidade nas ofertas educativas nem liberdade de escolha vão abrindo caminho ao ressentimento.
MARIA DE LURDES RODRIGUES, não deve perder um minuto a responder às acusações dos imobilistas. O tempo de falar acabou. Agora, é tempo de agir.
Julho 5, 2011 at 12:39 pm
Não faço ideia se há já orientações para o próximo ano lectivo. As escolas têm de elaborar horários e preparar o início do ano já agora.
Penso que as reformas já deviam estar trabalhadas e prontas.
“Não podemos falhar. Não vamos falhar!”
Avancemos, pois. Que já se faz tarde.
Julho 5, 2011 at 12:41 pm
#11
Tudo bem.
Mas MLR é um “ele”?
Julho 5, 2011 at 12:42 pm
#7,
Há uma maioria, um governo e um programa.
Julho 5, 2011 at 12:42 pm
#7
Aliás, o exercício referido em #10 nem é difícil de fazer. Não me posso é esquecer de acrescentar aquela conversa dos “interesses corporativos”, que agora parece estar fora de moda… até ver…
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Maria de Lurdes Rodrigues mal teve tempo para aquecer o lugar. A campanha em curso para a descredibilizar ganhou força nos últimos dias e conta com a união de forças políticas díspares.
O objetivo é paralisar Maria de Lurdes Rodrigues, impedir que ela aplique a agenda reformista, desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante na educação e deixe tudo na mesma.
Assistimos à confluência de várias forças políticas imobilistas, que não querem que a educação mude, que pretendem manter a planificação central da educação e o dirigismo pedagógico do ministério da educação em nome da uniformidade.
Extrema-esquerda e uma certa direita imobilista e antiliberal, que julgam que reformar a educação é reforçar o monopólio estatal sobre as escolas, estão de mãos dadas e assim vão ficar ao longo de toda a legislatura que agora começa.
Se Maria de Lurdes Rodrigues não desmantelar os interesses corporativos e as estruturas burocráticas, capturadas há décadas pela união das forças políticas antiliberais, à direita e à esquerda, não vai ser capaz de cumprir o programa do governo para a educação.
Corre o risco de se desgastar em querelas político-sindicais e acabar o mandato deixando tudo na mesma.
Se isso acontecer, temos de chegar à conclusão de que o sistema educativo português é irreformável, capturado que está pelas forças políticas imobilistas, estatistas e antiliberais. O ressentimento que por aí vai, dá gás à campanha em curso. Aqueles – e são muitos – que não querem um ensino público de qualidade, com competição no sistema, diversidade nas ofertas educativas nem liberdade de escolha vão abrindo caminho ao ressentimento.
Maria de Lurdes Rodrigues não deve perder um minuto a responder às acusações dos imobilistas. O tempo de falar acabou. Agora, é tempo de agir.
Julho 5, 2011 at 12:45 pm
Proponho um minuto de reflexão aos colegas Francisco Santos, Ramiro Marques, Paulo Guinote, “Maverick” e Octávio Gonçalves . Os senhores já devem ter pensado que são apenas mais um num grande universo, que não conhecem a Verdade, e que o papel de cada um é importante à sua maneira. Então, por que razão ficam tão perturbados quando alguém manifesta discordância das vossas ideias, propostas ou divergências? Poderemos admitir (ainda que hipótese remota) que os senhores amofinam por sentirem que não são capazes de impor a todos os vossos pontos de vista? Seria desagradável se fosse essa a conclusão…
Julho 5, 2011 at 12:46 pm
“O objetivo é paralisar MARIA DE LURDES RODRIGUES, impedir que ele aplique a agenda reformista, desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante na educação e deixe tudo na mesma.
Se MARIA DE LURDES RODRIGUES, não desmantelar as estruturas burocráticas, capturadas há décadas pela união das forças políticas antiliberais, à direita e à esquerda, não vai ser capaz de cumprir o programa do governo para a educação.”
Não, não dá substituir o nome Nuno Crato pelo de MLR. O caminho dela foi exactamente o oposto!
Julho 5, 2011 at 12:47 pm
(bocejo)
Julho 5, 2011 at 12:54 pm
Pois mas na essência o discurso era o mesmo..por outras palavras…E PALAVRAS NA BOCA DE UM OU DE OUTROS NÃO PASSAM DISSO MESMO PALAVRAS…
Apenas as palavras quebram o silêncio, todos os outros sons cessaram. Se eu estivesse silencioso, não ouviria nada. Mas se eu me mantivesse silencioso, os outros sons recomeçariam, aqueles a que as palavras me tornaram surdo, ou que realmente cessaram. Mas estou silencioso, por vezes acontece, não, nunca, nem um segundo. Também choro sem interrupção. É um fluxo incessante de palavras e lágrimas. Sem pausa para reflexão. Mas falo mais baixo, cada ano um pouco mais baixo. Talvez. Também mais lentamente, cada ano um pouco mais lentamente. Talvez. É-me difícil avaliar. Se assim fosse, as pausas seriam mais longas, entre as palavras, as frases, as sílabas, as lágrimas, confundo-as, palavras e lágrimas, as minhas palavras são as minhas lágrimas, os meus olhos a minha boca. E eu deveria ouvir, em cada pequena pausa, se é o silêncio que eu digo quando digo que apenas as palavras o quebram. Mas nada disso, não é assim que acontece, é sempre o mesmo murmúrio, fluindo ininterruptamente, como uma única palavra infindável e, por isso, sem significado, porque é o fim que confere o significado às palavras.
Samuel Beckett,
Julho 5, 2011 at 12:54 pm
PORQUE…
Se tivéssemos a força, a coragem ou a possibilidade de pensar totalmente fora das palavras, estaríamos mais avançados do que o estamos agora.
Arthur Schnitzler
Julho 5, 2011 at 1:00 pm
[…] fecho” das tais 654 escolas é a prova da bondade das políticas cratistas. É até a única medida anunciada sobre a qual é possível avaliar o trabalho de Nuno […]
Julho 5, 2011 at 1:02 pm
«O tempo de falar acabou. Agora, é tempo de agir.»
Podíamos acrescentar a estas duas frases uma terceira: “Para que se saiba quem manda aqui.”
Uma visão muito estreita da democracia. Provavelmente adepto da democracia musculada ou suspensa por 6 meses… Os professores não são vistos nem achados no processo da tal mudança? Não têm opinião? Não merecem ser ouvidos? São “estúpidos”, como referiu SCastilho? Que garantias nos podem ser dadas que o senhor doutor Crato vai “resolver os problemas?” Que sabemos nós da competência do senhor para dirigir o ME?
Talvez não fosse a pior ideia deixarmos o homem fazer e depois tomarmos posição, já que ele não manifesta nenhum interesse em ter os professores como seus parceiros na mudança.
Julho 5, 2011 at 1:05 pm
#17
Será aqui? “desmantele a hegemonia da ideologia facilitista e desresponsbailizante”?
Olhe que MLR nunca assumiu a sua política como facilitista. Era sempre o substituir o insucesso e os “chumbos” por “mais trabalho” nas escolas, de professores e alunos. E nunca hesitou em responsabilizar os professores e as escolas pelos resultados e sobretudo pelas falhas do sistema, pois o que de bom havia era devido às medidas corajosas e reformistas do ME.
Meu caro, não se deixe ir na conversa pseudo-ideológica. Liberalismo a sério, em Portugal, nunca existiu. O que há são aproveitamentos convenientes da palavra e da ideia…
Julho 5, 2011 at 1:07 pm
#14
«Há uma maioria, um governo e um programa.»
E…?
Julho 5, 2011 at 1:10 pm
Julho 5, 2011 at 1:13 pm
#24,
…e os constrangimentos que já se começam a apontar parecem que não deviam ser apontados.
Avancem. Caso contrário, nem o outro morre, nem a gente almoça.
Julho 5, 2011 at 1:23 pm
E pensar que o Francisco Santos já conseguiu ter um olhar mais crítico sobre “as coisas”:
“À saída da reunião no ME com a equipa que segundo o próprio já não tinha condições para negociar, Mário Nogueira esboçou um sorriso e afirmou ter sido encontrada uma luz ao fundo do túnel.”
…
“Sendo assim, a pergunta que fica para ser feita pelos 100 mil professores que no sábado desfilaram e pelos milhares de outros que nas escolas também estão solidários nesta luta é a seguinte:
– Afinal Mário Nogueira sorria de quê? E a luz que está ao fundo do túnel é luz negra, ou quê?”
http://fjsantos.wordpress.com/2008/03/12/luz-ao-fundo-do-tunel-mas-qual-luz/
Bons tempos… digo eu.
…
Julho 5, 2011 at 1:37 pm
Olhando para isto tudo com um pouco mais de frieza analítica e de distanciamento ideológico, o que se verifica é que N. Crato adiantou uma medida e duas orientações de sinal positivo, mas falhou ( a culpa pode não ser só dele, mas também é dele) na concretização da medida que, de modo mais imediato e eficaz, podia acabar com o maior foco de confusão e de crispação que assola as nossas escolas: a suspensão deste modelo de ADD.
A ADD, em princípio e em abstracto, não é o aspecto mais importante numa reforma ou numa política educativas, sou o primeiro a concordar com isso (como de resto já aqui tenho escrito). Agora que este modelo de ADD, pelos motivos pelos quais foi criada, pela forma como foi implantada e pelas repercussões que tem, é, nesta altura, um enorme, porventura o maior, obstáculo para a melhoria do nosso ensino – eis algo que só pode ser ignorado por cegueira preconceituosa ou por manobrismo político. E, nesse sentido, a sua revogação constitiu, sem dúvida, uma prioridade para a política educativa. Sobretudo se esta aponta como objectivos o rigor, o trabalho, enfim, a melhoria da qualidade do ensino
Julho 5, 2011 at 1:40 pm
Errata: revogação no lugar de suspensão
Julho 5, 2011 at 1:44 pm
Imaginemos que tínhamos uma maioria, um governo e um Presidente do PCP!
Quem não emigrava?? 😉
Julho 5, 2011 at 1:52 pm
andam a gozar com a nossa cara..isto mete nojo…
Idosa recebe um euro de complemento de reforma
2008-08-01
Com 88 anos, Joana Sampaio foi informada pela Segurança Social que vai beneficiar de um complemento à reforma no valor de “um euro” mensal.
“Quando me leram a carta a dizer que ia receber um euro por mês, apeteceu-me atirar o papel contra a parede”, disse à Lusa Joana Dias Sampaio, a reformada residente na freguesia de Delães, a quem foi atribuído o Complemento Solidário para Idosos (CSI).
Com 88 anos, viúva e uma vida dedicada à agricultura, Joana Sampaio recebe 299 euros de reforma.
“A Segurança Social enviou uma carta a informar-me que tinha direito ao complemento e os papéis para preencher”, recordou a reformada.
Foi um genro que lhe “preencheu” os impressos e os seis filhos acederam a dar a fornecer cópias das declarações de IRS e os documentos necessários para juntar ao processo.
“Tanto trabalho para receber um euro”, disse Joana Sampaio a rir.
Joana e os filhos ficaram confusos com a resposta da Segurança Social.
“Informa-se V. Ex.ª de que o requerimento do Complemento Solidário para Idosos tem início em 2008/03, no montante de 1.00 euro”, pode ler-se na carta.
“Ninguém queria acreditar que fosse tão pouco dinheiro porque, no início, até achávamos que era um cêntimo e não um euro”, recordou.
Julho 5, 2011 at 1:54 pm
A DIFERENÇA ENTRE QUE É CIVILIZADO E POR CÁ QUE SE PODEM DIZER E FAZER AS MAIORES BARBARIDADES -REFIRO-ME A GOVERNANTES-SEM QUE NADA ACONTEÇA…
Ministro da Reconstrução do Japão pede demissão
05 de julho de 2011 • 09h47
TÓQUIO, Japão, 5 Jul 2011 (AFP) -O ministro japonês da Reconstrução anunciou nesta terça-feira que pediu demissão, apenas uma semana após assumir o cargo, devido a declarações polêmicas nas zonas devastadas pelo tsunami de 11 de março, o que constitui mais um duro golpe para o primeiro-ministro Naoto Kan.
Ryu Matsumoto, 60 anos, estava sob o fogo da oposição conservadora por dizer ao governador da devastada prefeitura de Iwate (nordeste) que “a ajuda irá para as regiões que tiverem ideias, e não para as outras”.
Durante visita ao governador de outra prefeitura devastada, a de Miyagi, o ministro foi pouco educado, reprovando seu anfitrião por tê-lo feito esperar.
Matsumoto também declarou que o Estado “não fará nada” se as autoridades locais não chegarem a um acordo sobre a reconstrução dos estabelecimentos pesqueiros.
“Minhas palavras foram brutais e feriram os sentimentos das pessoas afetadas pelo desastre. Por isso peço desculpas”, afirmou ministro posteriormente, quase chorando, em coletiva de imprensa.
Matsumoto, nomeado ministro da Reconstrução em 27 de junho, é o quarto ministro que se demite numa série de escândalos desde que Kan chegou ao poder, em junho de 2010.
“A política japonesa está em plena decomposição”, comentou Tetsuro Kato, professor da Universidade de Waseda.
“Kan é o responsável pela designação da pessoa menos adequada para o posto que atualmente é o mais importante do Japão”, disse ainda, acrescentando que é o próprio primeiro-ministro quem deveria renuncia
Julho 5, 2011 at 1:57 pm
Reb tivemos 50 anos de outra ditadura e muitos emigraram..mas ainda existe nos nossos dias quem a louve..logo…fui..
“‘Um dos paradoxos dolorosos do nosso tempo reside no facto de serem os estúpidos os que têm a certeza, enquanto os que possuem imaginação e inteligência se debatem em dúvidas e indecisões’zAutor – Russell , Bertrand”
Julho 5, 2011 at 2:08 pm
http://zebedeudor.blogspot.com/2011/07/idosa-recebe-um-euro-de-complemento-de.html
Julho 5, 2011 at 2:29 pm
# 30 Reb
Não lhe peço para imaginar, mas veja que não vivendo em regime comunista, há uma quantidade enorme de portugueses a emigrar. Será por causa dos comunistas?
Sei que, segundo dizem, os comunistas comem mocinhos ao pequeno almoço, o que é grave, mas nos regimes democráticos, comem-nos e ninguém emigra…
Na Irlanda, após as medidas de austeridade, os jovens também emigram para outros Países. Será por causa dos comunistas?
Julho 5, 2011 at 2:31 pm
[…] hei-de ver o Guinote com um cargo numa Direcção Regional […]
Julho 5, 2011 at 2:33 pm
#35, Tollwut,
É verdade…
Mas consegues dizer quantos dos portugueses que emigram vão para países comunistas?
…
…
Julho 5, 2011 at 2:38 pm
# 37 Maurício Brito
Qual é o País que é comunista? Isto na verdadeira acessão da palavra? Houve algum País verdadeiramente comunista? Ou só de nome?
Não está em causa se emigram para esses países, só o facto de que emigram.
E já agora, se hipoteticamente fosse dado essa maioria, não teria a mesma legitimidade para governar, tal como o PSD?
Julho 5, 2011 at 2:51 pm
#38, Tollwut,
Interessante a tua pergunta sobre “qual é o país comunista na verdadeira acepção da palavra”.
Dava pano para muitas e longas mangas.
Mas, comunistas ou não na acepção da palavra, a verdade é que a esmagadora maioria dos emigrantes vão para países que não são comunistas. E isso quererá dizer alguma coisa.
Sobre a legitimidade, acho que nem se põe em causa isso.
Aliás, como aqui já frisei, ADORAVA que o PCP e o BE deixassem de ser partidos de combate e assumissem uma linha de verdadeira intenção governativa.
Acho que, a acontecer, não será nos meus tempos.
…
Julho 5, 2011 at 3:08 pm
Reafirmo a esperança de que Nuno Crato consiga operar as mudanças que urgem no sistema educativo e que, em minha opinião, devem passar pelo seguinte:
– repor a autoridade dos docentes pela reposição dos alunos no seu lugar – crianças e adolescentes – e não ditadorzecos ufanos que mandam nos pais, em casa, e na escola querem mandar nos professores e funcionários. Neste caso, será desejável um trabalho que incida igualmente sobre pais e encarregados de educação.
– tomar medidas efectivas que possibilitem um ensino baseado na exigência e no esforço.Não esqueçam, por exemplo, que muitos alunos (experiência de 3º ciclo) põem logo duas ou três disciplinas “de lado” desde o início do ano e recusam-se terminantemente a trabalhar nas mesmas. Uma das mais escolhidas é Matemática. E assim vão transitando ano após ano!!! Claro que fazem o 9º ano sem saberem fazer um cálculo, escrever um pequeno texto ou ter uma ideia sobre quem foi o Infante D. Henrique!
A propósito, com alunos assim, como é possível pretender que os seus resultados tenham efeitos sobre a avaliação dos seus professores?Para mim, este é um dos calcanhares de Aquiles das ideias do ministro Nuno Crato. Ele tem que conhecer a realidade pura e dura por muito que ela doa: ao contrário do que os eduqueses defendem, muitos alunos não querem saber da nada, nada lhes interessa, o conhecimento e a cultura são secas terríveis! E assim transformam a nossa vida, e a de outros alunos, num inferno! Eu, que estou com crises de ansiedade e talvez à beira de uma depressão que o diga!
– acabar com os famigerados blocos de 90 minutos nas disciplinas algo teóricas! Por favor, nos últimos 20 ou 30 minutos já ninguém consegue fazer nada de jeito. É um desperdício! Advogo aulas de 60 minutos ( não de 50), que servem perfeitamente para leccionar uma componente de índole teórica e outra mais prática.
– reformar os currículos – são extensíssimos, maçudos e, quer queiramos ou não, muitos conteúdos não são minimamente apelativos para estas últimas gerações. Há currículos que foram feitos a seguir ao 25 de Abril e continuam em vigor! Haja paciência! Analisem os currículos dos países com melhores resultados, adaptem-nos um pouco à nossa realidade e deixem-se de inovações. Tudo isto é cada vez mais global e com a crise e o desemprego, muitos dos nossos alunos irão para o estrangeiro pelo que a adaptação será mais fácil.(Ironia)
– suspender e reformar a ADD, actuando do mesmo modo: inspirem-se no que funciona bem por essa Europa fora.
– Relativamente ao Estatuto do Aluno e sistema de avaliação das aprendizagens, cuidado! No Luxemburgo, Canadá, etc;, o desempenho dos alunos de origem portuguesa deixa muito a desejar. (Sim, eu sei que é politicamente incorrecto recordar esta questão, ninguém, mas ninguém a lembra, mas valerá a pena fazer como a avestruz)?
– Cuidado com a descentralização! Tenho muito receio do ímpeto descentralizador, sou uma anti-regionalização dos quatro costados. É que o compadrio, o clientelismo, o nepotismo continuam bem arreigados nas nossas práticas, quiçá no nosso ADN…
(Isto está enorme, ninguém vai ter paciência para ler, mas sinto-me melhor).
Julho 5, 2011 at 3:09 pm
RESPOSTA a china Mao…o que mais e aproximou …ver..
Julho 5, 2011 at 3:45 pm
Novidades — concurso
5Julho2011
Verbete do candidato 2011 – Notificação da Reclamação
Aplicação disponíve
Julho 5, 2011 at 4:02 pm
Não se discute educação mas apenas opções e crenças ideológicas com limites ideológico-partidários muito rígicos.
Por alguma razão se invoca o Partido e se fala em seu nome.
Quem assim actua não pensa nem discute, mas apenas manifesta a voz do dono. Tipo cartazes de publicidade a repetirem sempre a mesma coisa para convencer os clientes.
A ideologia é sempre bem vinda, desde que seja o produto do trabalho intelectual sobre princípios e teorias complexas.
Agora quando o discurso se resume aos mantras e às jogadas politico-mafiosas que tendem a reforçar apenas a estratégia do colectivo terapêutico, então não vale a pena insistir.
De facto o terreno está todo minado, e só muito a custo se conseguem destruir hábitos ancestrias de pastoreio e transumância.
E nessa matéria o PCP ganha a todos.
Julho 5, 2011 at 4:11 pm
Mas insiste-se….
Julho 5, 2011 at 4:23 pm
“um entendimento de autoridade baseado num modelo hierárquico e burocrático da escola, em que a autoridade reflecte um poder que advém da posição que professor e aluno ocupam na escala social”
Esta é uma crítica de fjsantos que não se entende nem se compreende.
Senão vejamos. Como interpretar tal afirmação?.
Será que os professores devem ser todos proletarizados?
Será que os professores e os alunos devem ser escolhidos de acordo com a sua origem social?
Será que os professores e os alunos deverão ser considerados como iguais?
Uma afirmação abstrusa como esta só pode ter origem num software queimado pela militância partidária.
Julho 5, 2011 at 4:29 pm
# 40
Eu li e subscrevo porque há anos que proponho muitas dessas medidas, para a melhoria do trabalho na sala de aula e consequentemente das aprendizagens e formação integral dos alunos.
Julho 5, 2011 at 4:35 pm
E prossegue fjsantos
“Evidentemente que esta concepção de escola, reprodutora de um modelo social classista, assenta que nem uma luva a quem acha que uma sociedade pacífica e pacificada é uma sociedade em que não se deve questionar a autoridade divina ou hierárquica, sob pena de se cair no caos e na desordem”.
Ora vejamos.
Uma escola não reprodutora da sociedade classista deve assentar numa autoridade de que género? Ou pura e simplesmente não deve existir autoridade?
Talvez uma autoridade emanada da vanguarda iluminada da classe operária sirva este propósito. Mas então teremos uma ordem a ser susbtituída por outra. A burguesia a ser trocada pelo proletariado.
A hierarquia deixa de ser baseada na propriedade privada para passar a ser fundamentada na política e no poder do Estado. Mas mesmo assim continuamos a ter hierarquia, só que de um outro género em que a arbitrariedade é decidida pelo Comité Central e pela Nomenklatura.
Ou não se lembram dos apelos do PCP contra as greves e os ataques violentos contra os grevistas da TAP e dos Correios no tempo do Camarada Vasco?
Era então a hierarquia do PCP e da “revolução” que lutavam contra a o “caos” e a “desordem”.
Não te recordas pá?
Julho 5, 2011 at 4:44 pm
E para acabar
“Uma escola que não tenha o suporte das outras instituições, e que pretenda sozinha educar e instruir, pode até produzir autómatos; nunca formará cidadãos”.
Esta frase é enigmática.
Será que existe alguma instituição secreta que não suporta a escola e que no fundo “representa” a maioria dos cidadãos?
Será a “maioria silenciosa” agora recuperada pelo fjsantos?
Todos os que se formaram antes do 25A saíram autómatos?
Escrever disparates destes é fácil. Demonstrar a sua fundamentação na realidade e dar um sentido racional e rigoroso ao conjunto de frases feitas é que já é mais difícil
Julho 5, 2011 at 4:45 pm
Apoiadíssimo! Vou partilhar no meu facebook!
Julho 5, 2011 at 5:11 pm
#45, 47 e 48
estou até estou cheio de boa vontade e disposto a aclarar as ideias de um vírus fraquinho, fraquinho.
Não tenho a certeza que ele seja capaz de entender, mas pode sempre servir a outros.
Para tornar as coisas menos “ideológicas” e não ser acusado de inventar algo, limito-me a citar:
«A noção de poder trabalhada pela sociologia das organizações é, ao fim de meio século, essencialmente relacional e interactiva. Mais do que as questões da dominação e do constrangimento, que se exprimem através de regras formais que regem as organizações (poder de licenciamento, poder de exclusão para as igrejas e os partidos), são as “estratégias” dos actores e as suas possibilidades de bloqueamento que se consideram primordiais. Esta ideia demarca-se da abordagem “managerealista“ tayloriana, para a qual a capacidade de orientar a acção e as condutas dos outros, tendo em vista um objectivo, é completamente confundida com o organograma e, supostamente, racional e científica.»
Jean-Claude Ruano-Borbalan (2002), Les Métamorphoses du Pouvoir, in Le Pouvoir: des rapports individuals aux relations internationals (Jean-Claude Ruano-Borbalan e Bruno Choc org.) Sciences Humaines Éditions – PUF. Auxerre
Julho 5, 2011 at 5:30 pm
O Gabriel do Blasfémias
ACHA QUE TEMOS 3 MESES DE FÉRIAS e não fazemos nada!!!
Já o esclareci no facebook…
se quiserem ajudar a esclarecer o senhor Encarregado de Educação é dar um saltinho ao Blasfémias ou ao fecebook-blasfémias.
É sempre útil esclarecer os Encarregados de Educação, os meus tiveram ontem mais uma reunião entre as 18.30 e as 20.00h. para todos os esclarecimentos e mais algum… saímos todos felizes, este ano tenho umas crianças maravilhosas.
Julho 5, 2011 at 5:33 pm
40:
LI , GOSTEI… e apoio!
Julho 5, 2011 at 5:42 pm
4, Buli (há jornalistas e Jornalistas)
“… e ‘Diário da República’ até publicou ontem o prolongamento de funções da equipa de apoio à gestão no Algarve”
refere-se ao Despacho n.º 8814/2011 http://dre.pt/pdf2sdip/2011/07/126000000/2788127881.pdf publicado ontem e que acaba assim: 4 — “O presente despacho produz efeitos a partir de 1 de Março de 2011.
29/04/2011. — O Director Regional de Educação do Algarve, Luís Manuel da Silva Correia.”
Julho 5, 2011 at 5:53 pm
53 (cont.)
e a única referência às DRE’s que encontro no programa do governo é esta:
“Os serviços centrais e REGIONAIS do Ministério devem concentrar a sua acção na criação de valor e na correcção de assimetrias do sistema educativo pelo que será necessário apostar no mérito e nas carreiras dos seus quadros, com o propósito de constituir uma nova geração de elevada competência e com uma cultura de gestão por objectivos e resultados…”
Julho 5, 2011 at 6:03 pm
#40
Li tudinho e subscrevo completamente!
Julho 5, 2011 at 6:23 pm
#50
É sempre mais fácil responder ao lado e acabar por não esclarecer rigorosamente nada.
Ou seja:
O poder, subitamente, deixou de estar suportado na propriedade dos meios de produção, nas desigualdades económicas, na força bruta do Estado, para assentar em meras concepções “relacionais” e “interactivas”.
A exploração económica e o trabalho assalariado são meras “relações”, sem qualquer ligação com o mundo material e “formal”
Uma qualquer “estratégia” pessoal será suficiente para mudar a relação de forças, a essência e os objectivos de uma instituição.
Ó jfsantos, o que é que andas a fumar?
Julho 5, 2011 at 6:32 pm
O relator-guerreiro sem vergonha Francisco Santos parece uma página do Avante de idos de 70.
Fosga-se, que teias de aranha.
Julho 5, 2011 at 6:48 pm
Como já referi noutra altura, a fraqueza argumentativa do marxismo em relação à escola persiste desde Althusser.
Concebida a escola “tradicional” como um aparelho ideológico do Capital, reprodutor do sistema de exploração e acumulação, só resta apresentar um outro modelo de educação, em que o papel do professor – enquanto representante da classe dominante – seja recombinado em novas roupagens mais adequadas às suas novas funções.
E é aqui que os escribas do marxismo se espalham ao comprido, uma vez que confundem autoridade com tradição e pensam que o problema central está na “atitude” do professor.
Incapazes de analisar a escola enquanto instituição atravessada de cima a baixo por contradições, avançam com um quadro infantil em que os actores despem o papel de maus e passam a ser portadores da nova sociedade.
Naturalmente atrapalham-se com o guião, e tanto colocam o acento tónico no estudantariado, como nos professores enquanto portadores do sistema de mudança.
Desta salada russa nasce o eduquês, que é a papinha que alimentou a tribo dos burgueses com vergonha de o serem mas incapazes de serem outra coisa embora não o admitam.
Julho 5, 2011 at 7:01 pm
#27,
entende-te com o #57 e acertem uma qualquer teoria que vos satisfaça mutuamente.
Sempre tão juntinhos e, vai-se a ver, não bate a bota com a perdigota. 🙂 🙂 🙂
Julho 5, 2011 at 7:02 pm
#56 e 58
eu bem tinha razão para temer que fosse areia demais para um vírus tão pouco elaborado…
Julho 5, 2011 at 7:06 pm
Para o relator-guerreiro:
Julho 5, 2011 at 7:06 pm
#27,
O Chico-Relator é capaz de ir já apagar esse post.
Julho 5, 2011 at 7:07 pm
Julho 5, 2011 at 7:07 pm
Julho 5, 2011 at 7:37 pm
É o pânico total:
Julho 5, 2011 at 7:40 pm
E vêm de submarino. Um já está no Mar da Palha, entre a Ilha do Rato e a Baixa da Banheira
Julho 5, 2011 at 8:50 pm
#30
E estão quase a chegar a Telheiras. De páraquedas.
Julho 5, 2011 at 8:58 pm
#66,
A geografia da ilha do Rato anda a falhar.
Julho 5, 2011 at 9:04 pm
O que é a “esquerda fofinha”? É o BE?
Presumo então que deve existir uma “esquerda dura”… o PCP? Ou o MRPP?
Só para eu saber…
Julho 5, 2011 at 9:05 pm
Eu não acredito nisto: todos os dias me há-de sair um comentário com o nº 69! Lol! Até parece provocação! 😉
Julho 5, 2011 at 9:07 pm
#68
Liberdade literária, menos precisão geográfica.
E o problema da profundidade. Submarino encalhado.
Julho 5, 2011 at 9:20 pm
#69 (fetiche),
Esquerda “fofinha” é esquerda “benaventista”, “sebastiânica”, daqueles que acham que o professor e a vítima é que têm sempre culpa.
Há em vários partidos.
Há esquerda “dura” no Bloco.
Fui colega de grupo de algum muito próxima da liderança do BE e não é nada eduquesa.
Julho 5, 2011 at 9:26 pm
Andam por aqui pessoas com saudades de pizza.
Julho 5, 2011 at 9:45 pm
#62,
Fui lá buscá-lo antes que “desaparecesse”.
…
Mas, Francisco, acabaste por descobrir sobre o quê sorria o Mário Nogueira?
É que, tal como tu consideraste na altura, também milhares de professores acharam que não havia motivos para sorrisos.
– Acharam que não havia motivos para “coreografias”.
Mas o engraçado é que os sorrisos continuaram… e, coincidência do caraças, no mês seguinte lá apareceu o famoso “memorando”.
E, sorriso após sorriso, surgiu como que por magia a sorridente Alçada…
… e lá apareceram os dois, muito sorridentes, com o não menos famoso “acordo”.
( O tal acordo que diz, preto no branco, que o modelo apenas deve ser alterado no fim deste ciclo, diga-se de passagem… )
Sabes… se formos ver com atenção, quem sempre quis andar “juntinho” foi “o tal” que saiu daquela reunião, naquele dia, a sorrir.
O tal Mário que, naquele dia, fez-te ficar com aquelas dúvidas.
O mesmo Mário que, de uns tempos para cá, só te dá certezas.
E que a nós, professores, só tem conseguido tristezas.
…
…
Julho 6, 2011 at 12:07 am
#53
O que é que tem contra as DRE’s? Este ano lectivo fui à DREN 2 vezes! Uma porque o meu director não me queria progredir até Dezembro de 2010 e outra porque o meu director queria que todos tivessemos mais aulas observadas em 2011.
Se não fosse a DREN, eu não teria progredido e teria de ter mais 2 aulas assistidas!!!!!
Estou muito agradecido a estes colegas que dão a cara e enfrentam directores como o meu!
Gostava mesmo que estes que querem que as DRE’s desapareçam tivessem problemas como os que tive!!!! Pensem e depois falem! Entretanto estejam calados e não digam disparates!
Será imaturidade ou dor de cotovelo????
Julho 6, 2011 at 12:07 am
#72.
Pois, é a ideia que eu tenho do Bloco: nada fofinho, pelo menos, em termos de liderança…!
Julho 6, 2011 at 12:29 am
#40 Subscrevo.
Julho 6, 2011 at 7:53 am
#62 e 74
já se entenderam, rapazes?
Numa parte sem dúvida que sim, já que demonstram ser praticantes do velho aforismo «o bom julgador a si se julga»
Julho 6, 2011 at 7:58 am
#78
Vens julgar o quê?
Julho 6, 2011 at 8:23 am
Parece que há tipos que só aqui aparecem quando têm o rabo assado. Hum!
Julho 6, 2011 at 11:58 am
#78,
Rapazes? Enfim…
Quantos anos tens, Francisco? 56, não é?
Olha, se seguires os passos do teu camarada Vargas, daqui por dois anos já podes meter os papéis da reforma.
– E aí sim teremos uma dupla imbatível de lutadores-aposentados!
Para poderem, de foice e martelo na mão, fazerem o que de melhor fazem:
– Julgamentos antecipados.
Entretanto, eu, o Paulo e muitos outros milhares de professores continuaremos nas próximas duas décadas a trabalhar nas escolas e a aturar as asneiras de quem julga ser nosso representante.
Já agora, uma perguntinha meio indiscreta:
– É verdade o que um passarinho me contou que, afinal de contas, os professores associados nos sindicatos que constituem a Fenprof representam menos de 40% dos professores?
Agradecia confirmação.
…