A partir daqui, porque no site do Público não encontro a peça completa:
“Há uma percentagem relevante de alunos no sistema, que é difícil de quantificar, que tem reiteradas dificuldades em acompanhar os conteúdos curriculares que as escolas oferecerem. Se calhar deveriam ser justificadamente retidos, mas em muitos casos não o são. Mas é preciso dar resposta a estes casos”, defende. Dirigentes da CNIPE, da Federação Nacional de Educação (FNE) e da ANDE admitem a introdução de mais exames nacionais no percurso escolar obrigatório, nomeadamente através da transformação de uma ou duas provas de aferição, actualmente realizadas, em exames de avaliação. A Fenprof, no entanto, considera esta hipótese “um disparate total” e avisa: “Se esse for o caminho do novo Governo, vão muito mal”, diz Abel Macedo, do secretariado nacional. PSD e CDS já anunciaram que tencionam aumentar o número e o peso das provas nacionais e o novo ministro da Educação, Nuno Crato, é um defensor férreo da introdução de mais exames no percurso escolar obrigatório, nomeadamente no 4.° e 6.° ano. Uma visão oposta à da Fenprof: “O que dizemos é que os exames são a maneira mais pobre de aferir e avaliar os resultados dos alunos, porque não têm nada a ver com a evolução dos alunos ou com o contexto em que se ensina e que se aprende”, afirmou Abel Macedo ao PÚBLICO, antes de conhecer o nome do ministro da Educação.
Aguarda-se, portanto, a exposição da forma mais risca, ou remediada, de aferir e avaliar os resultados dos alunos. Sendo que, se é para avaliar os resultados, se fique sem perceber o que Abel Macedo quer dizer. O que está em causa é aferir e avaliar o desempenho dos alunos (e nesse caso é necessário apresentar uma alternativa aos exames e provas) ou os resultados desse desempenho (e nesse caso já foi feita qualquer coisa, exame ou outra).
Não é rara certa confusão conceptual nestas matérias, na pressa de falar sobre o que até é simples. Abel Macedo não costuma ser um dos casos mais graves de declarações impensadas, mas neste caso alia-se o enviesamento ideológico com a incorrecção prática.
Porque, ao que parece, para Abel Macedo os exames são acontecimentos singulares, esporádicos e interpretáveis sem atender a trajectos e contextos.
Ora, a introdução de uma cultura de avaliação periódica de final de ciclo deve ser feita, exactamente, com o objectivo de avaliar a progressão dos alunos ao longo do tempo e, sempre que possível, contextualizando e ponderando os resultados com variáveis externas que nem se devem limitar às económicas, mas igualmente às culturais (que equipamentos culturais têm os alunos à sua disposição na escola e fora dela, por exemplo).
Algo tentado, mas falhado, por uma equipa dirigida por Sérgio Grácio nos tempos do ministério de David Justino.
O discurso eduquês padrão contra os exames passa por apresentar os resultados dos exames como algo singular, isolado no tempo e no espaço. Ora, qualquer professor habituado a, no plano interno da escola, analisar a evolução dos resultados dos seus alunos ao longo do tempo (quer do mesmo ano de escolaridade ao longo do tempo, quer da coorte de alunos ao longo do seu trajecto), sabe bem que as coisas não são assim.
Junho 19, 2011 at 4:13 pm
Quando se apurar seriamente os conhecimentos e as capacidades reais dos alunos portugueses vamos dar-nos conta da nossa triste realidade e do tremendo “enigma” da nossa falta de “competitividade”. http://psicanalises.blogspot.com/
Junho 19, 2011 at 4:16 pm
os sindicaleses, c os das pedagogias (q por mero acaso podem ser os mesmos, tendo em comum que nenhuns deles leccionam), cc ed, psic educ, etc, contam-se entre os maiores culpados do estado de estupidez e incapacidade (produtiva ou outra) dos alunos portugueses.
Junho 19, 2011 at 4:24 pm
Ainda há alunos?
Junho 19, 2011 at 4:30 pm
Espero que a primeira medida do Crato seja mudar o programa de português no ensino básico, onde os livrecos da actual ministra parecem ser a grande referência. Indecente. Vergonhoso!
Junho 19, 2011 at 4:31 pm
3 –
Boa questão…
Junho 19, 2011 at 4:41 pm
A análise, para ser justa e consistente, deve considerar estas questões se cair na armadilha fácil e tentadora dos maniqueísmos (“eduquês/exigentês”).
Com efeito, uma “cultura de avaliação”, se parte da correcta premissa de que a avaliação é importante para aferir e sopesar a qualidade do ensino, servindo de indicador de trabalho e de afinador de estratégias quer para docentes quer para discentes (parâmetros que o eduquês tende a desvalorizar por tese ou preconceito), não deve, lá por isso, erigir-se num culto da avaliação.
A avaliação deve ser entendida e enquadrada no seu exacto papel de um instrumento. A preocupação que deve nortear os responsáveis e os agentes do ensino deve dirigir-se, antes de mais, para a qualificação e o rigor das aprendizagens, aparecendo, depois, a valiação como corolário “natural” de todo esse processo. O “sucesso estatístico” que temos vale-se e explora justamente esta inversão dos papéis. Não ter isto em conta, é continuar a alimentar – ainda que sob formas mais rebuscadas ou com declinações mais suaves – esse círculo vicioso.
Por isso, mais prioritária do que a avaliação, será uma revisão devidamente pensada e estruturada ( e dialogada, já agora) dos currículos e dos programas. E já nem falo agora de uma reconsideração do próprio modelo de escola (o actual é falsamente “inclusivo” e potencialmente totalitário quando revestido da pretensão de dar uma “escola a tempo inteiro”) para não ser acusado de dar cobertura a alguma estratégia de dilação…
Junho 19, 2011 at 4:48 pm
É pena que este blog, não seja frequentado por professores de 1º ciclo.
Seria importante que se discutissem algumas ideias,e fossem partilhadas mais experiências, do que se passa neste ciclo. Era importante também, para os colegas que recebem alunos do 5º ano mal preparados, perceberem melhor esta realidade.
Vou colocar mais uma vez, o texto que escrevi num dos comentários anteriores, ( apenas com ligeiras alterações),para perceberem, se o mal do nosso sistema, é falta de exames.Só uma mente ignorante e perversa, poderá dizer tal barbaridade. Isto começa logo no 1º ciclo.
Vejamos:
Trabalho num TEIP e sei como é. Não sei como é que a situação se há-de resolver, se os pais não forem responsabilizados.
Este ano letivo, tenho um nº significativo de pais, que só foram à reunião de avaliação no 1º período. Na reunião do 2º período, apenas estavam 7.
A falta de assiduidade de um grupo de alunos é enorme. Os pais sabem, eu falo com eles, mas não resolve. Alguns ficam a dormir, porque os pais não trabalham, logo não é necessário levantar cedo, e a escola que espere. Outros são alunos que estão a enveredar pela marginalidade, e a escola não lhe diz nada é uma seca, porque dá trabalho e envolve esforço.
Os pais não ligam qualquer interesse à esola. Não vão lá, não há um telefonema. Na impossibilidade de não ir, podiam procurar saber o que se passa com o seu educando. As assistentes sociais, são poucas, para os casos que o agrupamento tem, ainda assim vão tentando convencer as famílias, da importância da escola.
Sem o envolvimento e responsabilidade total das famílias, não há sucesso a sério. Os pais têm que perceber, que há uma parte que é da responsabilidade do professor, outra do aluno, e outra, que na minha opinião é muito importante, é a dos encarregados de educação. Este é um problema, que este ministro, terá que ter força para se impor, e ajudar a resolver. No entanto há outros.
Os problemas, são tão complexos no 1º ciclo, ( área que conheço melhor), que há muito para mudar, se não quisermos, continuar a ver na escola, uma amálgama de afazeres, cada um da sua espécie, havendo uma promiscuidade enorme, de atividades a sobreporem-se no horário estabelecido para as áreas curriculares, que roubam tempo precioso, para dar os programas e treinar os alunos. Desde o dia da poesia, o dia do agrupamento, o dia da escritora, o dia da saúde, os jogos de inglês no meu tempo curricular ( porque tem que haver articulação), estagiárias de psicologia, a desenvolvem um trabalho uma hora semanal, no tempo em que deveria estar a dar uma área curricular, sensibilizações à língua francesa, questionários de estudantes universitários, feitos no meu tempo letivo, enfim, mais haveria ainda…
Sem treino, e sem estudo não há saberes.
Como o ministério até aqui ignorou, o desprezo que muitos pais dão à escola, e aos próprios filhos, fingiu que tudo estava muito bem, considerou, que é um crime alunos chumbarem, mais que uma vez, porque ficam caros ao estado. Então, fazem-se umas estatísticas bem ao estilo português, iludem-se os portugueses e passam para a OCDE a ideia que os nossos estudantes são óptimos. Quem é incompetente, são os professores. Alguns, possivelmente serão, tal como em qualquer profissão. A maioria, não o será certamente.
Aguardo com muita curiosidade saber, como vai reagir este ministro, aos chamados TEIPS, cujo funcionamento, é igual a qualquer agrupamento. Não há professores de apoio nas salas de aula, nem técnicos. Os pouquíssimos apoios existentes, fazem substituições o ano inteiro, raramente dão apoio. Aqui neste TEIP á assim. Nos outros não sei.
Esta é a triste escola que temos..
Junho 19, 2011 at 4:55 pm
#3
Numa escola dos arredores de Lisboa um professor adepto das teorias vingentes deu este ano pela 1ª vez 7º Ano, pois há muitos anos que tinha cargos e não dava aulas mas influenciava tudo e todas do seu grupo disciplinar.
1ª medida dividiu a sua única turma de 7º ano de História em duas;
2ª medida passou a opor-se às aulas de 90 minutos que antes defendia;
3º medida reprovou a maior parte dos alunos pois eles nem assim ficaram aptos a passar.
Posição dos colegas, não devia ter partido a turma em 2 pois assim passou a dar aulas de borla, resposta do colega: o desgaste era tanto que assim foi melhor para o professor.
Actuação dos colegas no final do ano, que vergonha ter dado 2 à maior parte dos alunos, afinal eles até são bons rapazes e mereciam passar.
Conclusão: foi o único professor do 7º ano de História a reprovar alunos, nenhum dos outros 2 professores deu negativas – injustiça clara nesta escola pois passaram a existir alunos reprovados que sabem mais que muitos com 3 e 4.
Que venham os exames aferidores do nível de conhecimentos reais dos alunos.
Moral da história: Nada como estar no terreno longe dos gabinetes…
Junho 19, 2011 at 4:56 pm
#4
Pobre Crato vai falhar de certeza tão grandes as expectativas e tão gigantesca a tarefa. Dou-lhe até Setembro.
Junho 19, 2011 at 4:57 pm
#0
Porque é que todos os alunos têm que ir para a Universidade?
Junho 19, 2011 at 5:04 pm
O que Paulo Macedo está a dizer, na sua linguagem científica, é que os professores, ou são fraquinhos, ou não querem trabalhar muito, ou não pretendem actualizarem-se.
Em tais circunstâncias está a colocar mal os professores de que pretende ser arauto defensor e protector, pelo que se torna indecifrável a sua linguagem científica quando argumenta com um “Se esse for o caminho do novo Governo, vão muito mal”, a menos que simbolicamente queira dizer “Se esse for o caminho do novo Governo, [os alunos] vão muito mal”, isto é, só os espera o chumbo.
A argumentação científica da Fenprof é mais consistente, porque usa o circunlóquio ameaçador de “um disparate total”, quod erat demonstrandum.
É evidente que perante esta defesa intransigente da classe, não sei se dos professores, se dos alunos, o governo só tem uma posição, ou ignorar a Fenprof e o Paulo Macedo, ou exigir-lhes que comprovem onde está o disparate ou o suposto e ignorado bom caminho.
Junho 19, 2011 at 5:05 pm
Luana, apesar deste blogue ser pouco frequentado por professores do 1º ciclo, tu tens estado sempre por cá e tens deixado valiosos contributos para conhecermos melhor os problemas desse nível de ensino.
Parabéns por nunca teres desistido 🙂
Junho 19, 2011 at 5:10 pm
Com ou sem exames uma coisa é certa..pode-se querer ajudar muito alguém mas se esse alguém nada faz para o ser -e os pais muito pouco- é muito difícil ou mesmo impossível fazer algo…a ser assim a Finlândia que quase não tem exames -julgo- devia ser dos países que piores resultados devia obter…e não é assim…
Junho 19, 2011 at 5:11 pm
Ai as competências…!!!!
Avaliem competências!
E quando mesmo assim, a avaliar competências que ainda hoje não sei bem como se faz ( sigo os mestres das competências, fingindo que percebo muito bem o que faço!), os resultados forem maus…. pois bem, mudem-se as competências e o sucesso aumentará! Afinal, é tudo uma questão de alguma habilidade intelectual!!!!
Junho 19, 2011 at 5:11 pm
INTERLÚDIO…MUITOS ESTÃO ASSIM E ASSIM FICAM..VAZIOS…À ESPERA DE UMA QUALQUER ESTAÇÃO…RESTA O TRABALHO PARA SUBLIMAR TODO O VAZIO RESTANTE..FUI…
Junho 19, 2011 at 5:16 pm
# 7
Obrigada pela partilha.
Devo dizer que no 2.º e 3.º ciclos do meu agrupamento se passa a mesma coisa e não é TEIP. “.
Junho 19, 2011 at 5:19 pm
………isto cansa
tanta merda por causa dos exames. Deixá-los vir!
Qualquer professor que conheça os seus alunos sabe se um mau resultado foi um azar ou se reflecte realmente o aluno!
É preciso é solução para os miúdos que não vão lá! Os miúdos do 2º ciclo!
E chumbar miúdos no 1º e 4o anos tb tem que ser pq nalguns casos trata-se mesmo de uma questão de imaturidade. Falta-lhs o danoninho! E podem muito bem receber o danoninho ainda durante o 1º ciclo! Pq não???
Junho 19, 2011 at 5:20 pm
comentário que tentei fazer no limbo.. não publicado e o WP diz que já o tinha dito.
Junho 19, 2011 at 5:28 pm
ALGUÉM ME EXPLIQUE…SE UM ALUNO COM SABE QUE COM 2 PASSA POR VEZES O MESMO ESTÁ-SE A MARIMBAR ..AINDA PARA MAIS QUANDO A DIFERENÇA ENTRE UM 3 DE 44 45 MAIS COMPORTAMENTO ASSIDUIDADE TRABALHOS DE CASA É MÍNIMO E NO EXAME LEVA 2…
UMA ALUNA DA MINHA DIRECÇÃO DE TURMA SEM NEGAS E COM 4 E ALGUNS 5 MAS COM PERSONALIDADE E QUE ESTUDA E SABE DISSE-ME : PROFESSOR EU JÁ PASSEI VOU PARA O EXAME NO RELAX SE TIVER UMA BRANCA APANHO UM SE FOR 2 QUERO LÁ SABER…LÁ TENTEI DIZER-LHE QUE COISA E TAL A MÉDIA O ORGULHO ..MAS ELA NÉPIA…
Junho 19, 2011 at 5:31 pm
Eu não sei se me arrisco ou não a levar também com o rótulo de “sindicalês”, mas na verdade não consigo ver na multiplicação dos exames a chave para a resolução dos problemas educativos. Os exames não avaliam a maioria das aprendizagens que se pretende desenvolver com os alunos, nem reflectem as suas reais competências e capacidades em situações reais. Os melhores sistemas educativos europeus pouco recorrem a eles e mesmo os empregadores, actualmente, a última coisa que lhes interessa saber é a nota do candidato neste ou naquele exame.
Cheira-me demasiado a regresso ao passado, mas pronto. Já é tradição neste país, e fica sempre bem como justificação a posteriori para o nosso atraso, andar aos círculos em vez de rumar em frente…
Junho 19, 2011 at 5:33 pm
#41
Mas as NO-RVCC servem é para avaliar competências … 😦
Junho 19, 2011 at 5:39 pm
#11
João, não batas no Paulo Macedo 🙂 🙂 que vai para o ministério da saúde. Este é Abel Macedo !!!
Junho 19, 2011 at 5:46 pm
#7
A solução é colocar os filhos numa escola privada onde a presença dos pais nas reuniões é de cerca de 100%, onde contactam regularmente a professora.
Os outros miúdos não interessam vão fazer parte dos excluidos da sociedade, dos que nunca evoluiram pois os pais também não evoluiram.
Na noite apanhamos parte desses alunos que mais crescidos e já a trabalhar percebem o que perderam, mas são poucos os que regressam ao estudo. Não sei bem como funciona a noite numa básica pois estou numa secundária espero que aprendem mais tarde em adultos.
Os Pais são um factor de sucesso dos alunos, sem rectaguarda familiar é muito dificil a um aluno ter boas notas, numa TEIPS o problema é de certeza igual ao que conheço no 3º ciclo pois o cenário é o mesmo em escolas em que já lecionei de dia.
Pais desinteressados, pais que não se sabem comportar, pais que ameçam os professores se os filhos não passarem, pais que ameaçam se forem repreendidos, pais que consideram normal que os filhos faltem pois eles também faltaram enão lhes fez mal nenhum.
Julgo que o sucesso do Ensino em Portugal passa pelos seguintes vectores e por esta ordem:
1 -Pais;
2 – Professores;
3 – Alunos;
4 – ME.
A atitude dos pais perante a escola é muitas vezes decisiva sobre o sucesso ou insucesso do seu educando.
Parabéns por estar numa TEIPS e aí continuar.
Junho 19, 2011 at 5:47 pm
#20
Os empregadores não querem saber de notas de alunos sejam elas de exames ou não tal o despertigio que as mesmas têm.
Junho 19, 2011 at 5:49 pm
Antes de nos pormos a ditar sentenças definitivas sobre os exames a torto e a direito, convém reflectir um pouco…
A primeira reflexão que vos proponho é que o sistema actual só os conseguiu incorporar afastando deles os alunos com pior aproveitamento: CEFs, PCAs, Profissionais não fazem os exames no 9º e secundário, ou só os fazem excepcionalmente. E depois, com o peso que têm, os maus resultados dificilmente são eliminatórios.
Exames “a doer” irão aumentar o insucesso traduzido em retenções sucessivas. Reprovam, e no ano seguinte esforçam-se mais e preparam-se melhor, dizia alguém noutro comentário. Contudo, sabemos que infelizmente muitos alunos não funcionam assim. A repetição do insucesso é uma realidade, de uns porque não podem fazer melhor (e aqui podem entrar as NEE) ou porque simplesmente não querem, não estão para isso, têm, como dizemos frequentemente, interesses divergentes dos escolares… Insistir então nos exames e nas sucessivas repetências só serviria (se a troika, a OCDE e outros observadores do que andamos a fazer nos deixassem) para voltarmos a ter algo que ainda há poucos anos existia e de que eu não tenho saudades nenhumas, que era alunos de 15-16 anos no 2º ciclo, ou a iniciar o 3º com 17 ou 18 e uma carrada de retenções, de vícios, de desmotivação por detrás.
Volto a insistir, o sistema actual não é bom e eu acompanho a maioria das críticas que se fazem, mas o regresso ao passado não é a solução…
Junho 19, 2011 at 5:52 pm
#0
Explica melhor o último parágrafo, p. f.
Junho 19, 2011 at 5:53 pm
#24
Exacto, e é um engano supor que com a generalização dos exames passamos a ter uma avaliação mais rigorosa.
Passaríamos era a ter critérios de exigência definidos central em vez de localmente e flutuando de acordo com as necessidades dos ciclos político-eleitorais, como o passado recente tem demonstrado…
Junho 19, 2011 at 5:59 pm
Luana
Sou do 1 ciclo, sei do que está a falar.
Temos sido muito prejudicados com a verticalização dos agrupamentos, com com a queda da compensação ao 79, com a falta de reponsabilização dos EE pelo desempenho dos educandos e contudo somos dos que menos peso temos tido nas reclamações sindicais.
Ver a guerra que se armou com a ameaça à dupla em EVT ou na retirada de horas ao desporto escolar.
Junho 19, 2011 at 6:01 pm
#20
Li há dias num texto eduquês que as propostas para a resolução dos problemas da educação mais não são do que um reviver as soluções passadas para lhes tentar encontrar as causas do seu insucesso. Nada de revoluções, fazem muito mal.
O novo ministro até tem algumas ideias interessantes, mas age com radicalismo (depois o PG exaspera-se com o D. Oliveira) ao não apresentar uma hierarquia de prioridades. Os exames, se calhar, são a última prioridade, mas do ponto d vista ideológico é a primeira, como por aqui se vai vendo. E ninguém inverte esta lógica de discussão.
Onde é que estão os problemas da educação? em todo o lado, parece ser o discurso dominante. Nas teorias, na avaliação, nos exames, na avaliação docente, na organização da escola, no modelo de gestão…
Não vamos a lado nenhum.
Será que já foi identificado o problema nuclear?
Junho 19, 2011 at 6:02 pm
Se por hipótese os exames ( caso do 9ºano) não contassem para reprovar de ano, poderiam servir para fazer um ponto da situação relativamente ao seu futuro percurso escolar. Acontece que os alunos que reprovam no 9º ano, com mais de 15 anos, fazem exame de equivalência à frequência às disciplinas que reprovaram e acabam por se matricular no 10º ano nos cursos ditos de prosseguimento de estudos. Os resultados são catrastóficos e no 1º pe´ríodo andam a transitar de curso para curso. Seria mais útil para estes alunos seguirem uma via profissionalizante.
Junho 19, 2011 at 6:03 pm
#25
Alunos de 15-16 anos no 2º Ciclo, tem razão não deviam existir deviam estar no 10º/11º ano, logo deviam ser sempre passados sabendo ou não. – Estranha forma de ensinar.
“(…) de vícios, de desmotivação por detrás (…)” porque é que todos os alunos devem seguir para a Universidade? Que mais é preciso para perceber que esses alunos não gostam ou não conseguem estudar e aprender como os outros?
A inteligência não é igual para todos os alunos, e não me refiro à sua quantidade, mas à sua qualidade.
Temos é que criar alternativas para esses alunos onde a desmotivação não exista, quanto aos vicios pior que o vicio do facilitismo e do não vale a pena esforçar-se que no fim passamos todos parece-me ser o maior vicio de todos.
Até na endeusada Finlândia existem outras escolas, para além da escola->Universidade, não será essa a verdadeira razão do seu sucesso?
Alunos distribuidos por escolas consoante as suas aptidões? Porquê o pedestal do português e da matemátca, onde ficam as artes, a profissionalização?
Para quê dar um 12º ano a um aluno só por causa da idade sem que o mesmo nada saiba que utilizade lhe dar? Só porque tem a idade certa?
Já comentei num post atrás que 1º tem-se que pensar o que se quer como escola, o que se entende como Educação que competências devem ter os alunos na saida da escola em todas as suas vertentes, mas só nas que dizem respeito à escola.
Junho 19, 2011 at 6:04 pm
Ups clikei.
Os exames servem para aferir muitas coisas até avaliar professores, este é um bom argumento para os rejeitar quem tem medo de ser avaliado.
Junho 19, 2011 at 6:07 pm
#30
Aleleuia, alguém se atreve a apontar uma via que não seja a da Universidade.
Mas porquê só no 9º? Quantos alunos o sistema perde por não se começar mais cedo? Aí pelo 7º ano?
Parece que voltamos à discussão sobre os ciclos…, as maturidades, etc.
Junho 19, 2011 at 6:13 pm
#29
Eu não consigo definir um problema nuclear, pois são efectivamente muitos, mas encontro facilmente uma área onde a actuação e o investimento deveriam ser prioritários: o 1º CEB. Os outros sectores precisam de reorganizações ou ajustamentos curriculares, de acabar com a ADD da treta e o excesso de burocracia, de meios para resolver de forma célere e eficaz fenómenos de indisciplina.
Já o 1º ciclo tem sido tratado como o parente pobre do sistema, empurrado entre o ME, as câmaras municipais e agora as escolas-sede de agrupamento. Como os miúdos ainda são pequenos e dão menos problemas do que um qualquer adolescente agressivo e descompensado numa EB23, parte-se do princípio de que é deixar andar. Só que os problemas já lá estão, e muitas situações complicadas já são neste momento sinalizadas, mas ainda não chega. É preciso apoiar mais o trabalho dos colegas do 1º ciclo, pois é aqui que uma intervenção precoce pode resolver ou encaminhar adequadamente a maioria dos problemas.
Qualquer colega do 2º ou 3º ciclo reconhece, nem que seja empiricamente, que uma boa escolarização ao nível do 1º ciclo é determinante para o sucesso escolar de um aluno daí para a frente. E o contrário também é, infelizmente, verdadeiro…
Junho 19, 2011 at 6:19 pm
#32
Aos poucos, vão-se admitindo as coisas…
Há quem queira fazer exames aos alunos, não porque isso seja bom para eles, mas porque é uma forma de avaliar os seus professores. Isso é instrumentalizar os alunos ao serviço de uma política educativa estranha aos interesses dos próprios alunos. É defender um sistema que em vez de servir os alunos os utiliza para se servir a si próprio e às suas supostas necessidades de regulação…
Junho 19, 2011 at 6:20 pm
#34
Julgo que o problema nuclear é a “sala de aula”. Todos falam do eduquês para ridicularizar quando, o que interessa é passar para lá dessa querela e olhar para a sala de aula. A partir daqui — das condições fundamentais para ensinar e aprender bem — pensar o resto: a organização da escola, a autoridade dos professores, a formação de professores, o modelo de gestão, o financiamento, a avaliação externa, a avaliação docente, etc.
Se pensarmos assim veremos que a solução proposta para o futuro imediato não interessam a ninguém.
Junho 19, 2011 at 6:25 pm
#31
Não conclua aquilo que eu não afirmei.
Alunos de 15-16 anos no 2º Ciclo não devem existir, com essa idade devem estar no 10º/11º ano, num curso adequado aos seus interesses e às suas capacidades.
Não precisam de exames, precisam de orientação escolar e profissional. Precisam que olhem para eles como pessoas, que os ajudem a descobrir o seu potencial e que os encaminhem para um percurso escolar que não tem de ser o mesmo que segue o colega do lado.
Junho 19, 2011 at 6:30 pm
#7 luana
Também sou do 1º ciclo e visito este blog díariamente.
Compreendo bem as tuas angústias porque sei do que a casa gasta. Um abraço.
Junho 19, 2011 at 6:31 pm
#37,
concordo plenamente. Mas não é com 14 anos já, ou 13, no 5º ano. Tem que ser mais cedo. Não tem?
Junho 19, 2011 at 6:40 pm
#39
O mais cedo possível. Por isso é que eu defendo um investimento maior no 1º ciclo. Os professores desta área precisam de ser mais apoiados e um desses apoios deve ser precisamente na avaliação e orientação escolar de alunos com défices cognitivos ou outras dificuldades de aprendizagem.
Junho 19, 2011 at 7:16 pm
Concordo com a importância do 1º ciclo, acho que é um dos pontos onde os Pais e professores estão de acordo.
A proliferação de escolas privadas até ao 4º ano espelha essa realidade, infelizmente nem todos os alunos estão em escolas privadas onde a exigência e preparação dos alunos é maior devido ao nicho de mercado em que actuam.
O problema da escola como está formatada tem principalmente a ver com o fenómeno da igualdade de oportunidades, fenómeno porque pelo caminho ficou o direito à diferença e muitos atropleos foram feitos desde então na tentativa de formatar os alunos a um modelo de aluno ideal que prossegue estudos até à faculdade. Ou seja um aluno que provém de estratos sócioeconomicos próximos dos ME e respectivos ajudantes, ou altos quadros do ME.
A colega colocou bem a questão ao dizer que os alunos portugueses não são todos iguais, tem histórias familiares diferentes, apetências diferentes e muitas vezes provêm de familias disfuncionais. Esse alunos precisam de tdodo o nosso empenho para não ficarem pelo caminho.
A mim já só chegam os que sobreviveram até ao 10º ano, quantos não ficaram pelo caminho?
Segundo alguns professores de 1ª ciclo os alunos que frequentaram pelo menos a pré-primária fazem mais facilmente o 1º ano, pois ja aprenderam a estar numa sala de aula, os que têm ainda mais anos de pre-escolar é ainda mais fácil.
Cara colega como estão os seus alunos ao nível do pré-escolar?
Algures num post deste bolg existe um video sobre o pré-escolar filandês e sobre o pré-escolar português? Quantos alunos o frequentam (%)? Afinal é de pequenino que se torce o pepino.
#40 porque não começar pela base de tudo? Ou seja pelo pré-escolar de responsabiliade de …, ainda não percebi bem de quem tal a carência de oferta com pais no Algarve a irem de vespera para se candidatarema uma matricula que nem sabem se se realizará.
Enfim é preciso dinheiro para pensar a sério na Educação como um todo, como não há melhore-se as condições do 1º ciclo, dê-se mais condições para motivar os alunos e melhorar os seus conhecimentos à saida do 1º ciclo.
Junho 19, 2011 at 7:18 pm
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Junho 19, 2011 at 7:21 pm
défices cognitivos ou outras dificuldades de aprendizagem…
Num 4º ou 5º ano isto já não é notório…?
Parece-me que sim. Não digo uma coisa profissionalizante, mas um percurso diferenciado e mais tecnológico.Um puto com 13 ou 14 anos no 5º ano é um disparate tremendo. Deveria ter sido “trabalhado” mais cedo.
Junho 19, 2011 at 7:28 pm
#43
Mais tecnológico depende do que entende por tecnológico, porque não artistico?
Sim, um programa diferente mais adequado.
Junho 19, 2011 at 7:51 pm
Ontem malhava nos sindicatos para qualquer lego ver; hoje diz que já estão bem vivos, pelo menos no tópico. Analisando, uma vez mais o seu discurso incoerente e demag´go, onde nem qualquer tipo de opinião é transmitida, recaiem muitas dúvidas. Mas como é da dúvida e da polémica que o indivíduo goza de tops seguidos na wordpress, alimenta esta conversa de treta para de lá não sair. É a ode ao post gratutito. A quantidade em vez da qualidade.
Junho 19, 2011 at 8:01 pm
Fui durante muitos anos educadora e penso que o pré-escolar é absolutamente necessário para um maior sucesso dos alunos.
No final do ano lectivo reunia com os professores do 1º ciclo, que iam ficar com os meus alunos, a quem entregava as respectivas avaliações e com quem falava sobre o percurso de cada um deles, já que alguns tinham estado na minha sala 3 anos, outros 2 e outros 1 ano.
Só trabalhei em 2 escolas diferentes, nos Olivais e no Monte de Caparica, e ambas eram TEIPs, pelo que entendo muito bem o que diz a #7 luana. O problema era haver poucos Jardins de Infância e com poucas salas.
Junho 19, 2011 at 8:03 pm
TRIM – Espero que a primeira medida do Crato seja mudar o programa de português no ensino básico, onde os livrecos da actual ministra parecem ser a grande referência. Indecente. Vergonhoso!
Entendo que os livritos da tal ministra são uma desgraça por falta de qualidade e por não constituirem desafios para os alunos – são do melhor eduquês quando levados para a sala de aula. Mas permita-me que lhe pergunte: onde é que os NPPEB os apresentam como modeleos de leitura? Falam em REPRESENTATIVIDADE, vá la ver creio que a p. 101. E, em caso afirmativo, para que ciclo ou ciclos? Se me disser que certos manuais deviam ser erradicados por estarem pejados pelos textos desta senhora e quejandas ou quejandos, concordarei.
Além disso, ao esperar o que espera, não mostra muito senso, na verdade não me parece mostrar nenhum. Mas por aqui pululam essas almas, a começar pelo mestre-mor e por aqueles – outrora frades em conventos, para mais nada serviriam – que sugerem, esperançados também, que o telefone poderá retinir. Isto dá para rir um bocado. Juntamente com o Bucelas a regar a tarde, faz-nos bem ao espírito: estultorum numerus infinitus est – assim se pronuncia o «great code» e é verdade.
Junho 19, 2011 at 8:17 pm
Ups…
Acho portanto que o estado deve investir mais na Educação Pré-escolar e penso que os pais e os professores do 1º ciclo, pelo feedback que tive ao longo destes anos, agradecerão (e os alunos evidentemente) .
Também entendo que nem todos podem/devem tirar um curso superior.
Junho 19, 2011 at 8:39 pm
Junho 19, 2011 at 8:40 pm
Junho 19, 2011 at 8:40 pm
#7,
Lamento se não envia textos para publicação, como acontece com outras pessoas que gostam de ver os assuntos que os preocupam ser aqui tratados.
Entretanto, noto que nos últimos dias alguns comentadores anti-Nuno Crato se preocuparam em usar muitos termos como “estupidamente”, “barbaridade”, etc, etc.
Alguma desorientação, acredito.
Poderia acrescentar algumas ideias sobre isso, mas é domingo e não quero ofender ninguém.
Vou dar de barato que o sol perturba algumas pessoas.
Apenas lamento que demasiada gente pontapeie alegremente algo que deveria ensinar aos seus alunos.
Junho 19, 2011 at 9:10 pm
# 37
O céu é azul e lá se encontra o Paraíso! LOL
Então, mas o que são o CEF e os profissionais?
Alguém acredita no sucesso dos alunos encaminhados para esse tipo de percursos? O que se lhes está a fazer é a condaná-los, irremediavelmente, a perpetuarem a miséria em que nasceram e cresceram.
Sou muito mais adepto de outra solução: definir uma escolaridade obrigatória (6.º, 9.º – nunca o 12.º) e depois deixar os meninos ir à sua vida. Se um dia desejarem retomar os estudos por terem concluído que foram umas bestas quando o abandonaram, ter as escolas abertas para os receber.
Junho 19, 2011 at 9:14 pm
#7
“Aguardo com muita curiosidade saber, como vai reagir este ministro, aos chamados TEIPS, cujo funcionamento, é igual a qualquer agrupamento. Não há professores de apoio nas salas de aula, nem técnicos. Os pouquíssimos apoios existentes, fazem substituições o ano inteiro, raramente dão apoio. Aqui neste TEIP á assim. Nos outros não sei.
Esta é a triste escola que temos.”
Segundo consta, os TEIPs que ainda vigoram têm os dias contados. Os projectos obedecem a determinado prazo e, não sendo o contrato de projecto renovado, acaba o dinheiro que vem directamente da UE. Para muitos TEIP já fechou a torneira da UE.
Na minha escola, esperam que o prazo termine em 2013. E devia acabar já, uma vez que o ministério não colocou técnicos com competências para desenvolver as dificiências dos jovens, ou ajudar a superar as dificuldades de aprendizagem de alunos do Ensino Especial. Os serviços sociais deixaram de prestar o contributo financeiro, para integrar as crianças nos Instiitutos Especializados. Evidentementente, sem este apoio, as famílias mais carenciadas foram aconselhadas a matricular os seus educandos nos TEIPs que, na fase inicial, foram criados com outros objectivos, tais como as funções de reinserção social. Todavia, incluíram os jovens com NEEs, que acabaram por ser “depositados”, na Escola Regular.
De facto torna-se uma tortura trabalhar nestas escolas, onde habitualmente convivem, na sala de aula, os alunos com NEEs, as várias etnias e os alunos estrangeiros (que podem ser africanos, americanos, brasileiros, indianos, franceses, luxemburgueses, suiços, moldavos, romenos, russos, paquistaneses, etc.).
Assim, espero, fervorosamente, da parte do Sr. Ministro da Educação que haja um olhar para esta situação, e que surjam verdadeiros currículos alternativos bem antes das sucessivas repetências no terceiro ciclo. Eu trabalhei no Projecto Minerva e sei que os alunos, mesmo em idade precoce, podem aprender a fazer coisas interessantes, a nível de oficinas devidamente apetrechadas. Se o jovem se motivar é um contributo para o reforço da auto-estima e, por sua vez, consolidando alguma autonomia é capaz de corrigir os eventuais bloqueios cognitivos.
Quanto à atitude de desleixo, e desapego intelectual, tanto da parte dos alunos como dos respectivos Encarregados de Educação, ou familiares, constituem uma dura realidade, havendo, no entanto, a considerar os problemas sociais: desemprego, desintegração, pobreza, miséria a vários níveis, doença. Os adultos e as crianças precisam de uma ocupação sã que os liberte de vícios e do ócio endémico (que emerge sobretudo nas etnias).
Eu tenho denunciado esta camuflada constituição de turmas, porque, ao longo destes anos, tenho verificado que o TEIP serviu causas muito perversas, e os titulares abusaram da situação, no que respeita a sobrecarregar os colegas. As escolas descobriram no TEIP muita autonomia que só foi quebrada pelos imperativos do Ministério das Finanças.
O famigerado consulado de Sócrates foi rico na tortura à figura do professor. Por um lado, o mandato de MLR e a promoção dos titulares que reforçou o amiguismo, em toda a linha. Por outro lado, a figura do director, a sua autonomia, e os laivos de superioridade dos elementos da CAP, que se arrogaram de medidas persecutórias a professores.
Nas escolas TEIPs, houve autonomia e oportunidade de se constituirem equipas de trabalho, contudo, em prol do entretenimento, de actividades lúdicas a engrossarem as estatísticas do sucesso escolar.
Para finalizar, referimos que os dois psicólogos ao serviço do CNO, durante três anos, foram dispensados. Existe um outro elemento, embora colocado tardiamente, no apoio a tanto aluno com necessidades educativas especiais.
Junho 19, 2011 at 9:19 pm
Tanta coisa boa se tem escrito por aqui nestes comentários (sem qualquer ironia, é a sério mesmo).
Gosto quando o pessoal deita cá para fora aquilo que verdadeiramente pensa e nestas matérias é essencial uma discussão não acalorada, mais serena e ponderada.
António Duarte, gostei especialmente de ler as suas apreciações sobre os exames e o primeiro ciclo, mas permita-me dizer o seguinte: não acha que é importante aferir o sistema em determinados períodos? A meu ver isso só se consegue com exames, com matrizes idênticas, em final de ciclo. Não acho que isso seja instrumentalizar os alunos.
Percebo porque é que muitos colegas acham que os exames são importantes, naquela perspectiva de “certificar as classificações internas”. Isto não deveria ser necessário, mas de facto, a avaliação interna, por vezes, deixa muito a desejar, com colegas que atribuem classificações perfeitamente irreais, quer pela positiva, quer pela negativa. Se não fossem os exames de 12.º ano, então é que os alunos das privadas ficavam com todas as vagas dos cursos mais concorridos. Se isto é justo, vou ali e já venho.
Quanto às considerações sobre o primeiro ciclo, não tenho a mínima dúvida de que uma boa parte do problema está exactamente aí. A meu ver, não por culpa dos colegas que leccionam este ciclo, mas por um conjunto imenso de factores, que envolvem família, sociedade, escola e mais alguns.
Vou começar por referir a formação inicial dos professores. As ESES convenceram os colegas do primeiro ciclo de que eles são superprofessores. Sabem de todas as áreas, incluindo língua materna, matemática, ciências, expressões artística, físico-motora e não sei mais o quê. Isto quando os cursos das ESES chamam-se “Professor do ensino básico – variante de ………”. Poder-se-á dizer: mas cinco anos não chegam para formar um bom professor? Direi que sim, mas entendo que o ensino no primeiro ciclo deveria ser preferencialmente coadjuvado.
Conheço vários casos de Câmaras (particularmente da CDU, honra lhes seja feita) que muito antes da invenção das AEC já tinham contratualizado com instituições especializadas da sua área o ensino coadjuvado para a música, o desporto, as artes plásticas, a iniciação à lingua estrangeira, etc. Mas isto não era regra, eram excepções.
Depois foi a invenção das AECs e a entrega da sua organização a … aqui faço uma pausa para não dizer mal de ninguém. Não só deram cabo de muita obra feita que funcionava bem, como partiram a espinha à organização de muitas escolas do primeiro ciclo. Os horários das AECs em muitas escolas são uma vergonha, com empresas externas a deteminar a que horas é que o professor do primeiro ciclo pode dar as suas aulas, interrupções de aulas a meio da manhã ou da tarde e por aí fora.
Eu continuaria por aqui a escrever durante este tema por várias horas, mas daqui a pouco o comentário será tão grande que ninguém o lê.
Junho 19, 2011 at 9:27 pm
#53
linha 7 – “resolver/melhorar as dificiências dos jovens”
Junho 19, 2011 at 9:33 pm
Então, mas o que são o CEF e os profissionais?
Seriam a segunda etapa de algo que já teria começado lá atrás…
É preciso ter completado o 6º ano para o Nível 2.
E os que completam o 6º ano aos 14 ou 15?
Que andaram a fazer dos 10 aos 15?
Andaram a dar cabo da cabeça de toda a gente. Por isso, deveriam ter andado ocupados “noutra” escolarização.
No final de um 5º ano já se sabe muito bem os que andam distraídos ou tontinhos, mas também os que, seja pela genética, seja pela nurture, seja por ambos, se vão arrastar no 6º, eventualmente passar para o 7º pq o que interessa é chutar para canto, e ficar aí que nem tordos.
Quantos não são passados com base no raciocínio ” vamos é despachá-lo. os do 3º ciclo ou dos cef´s que o aturem”.. quantos?
Junho 19, 2011 at 9:48 pm
#56,
“Quantos não são passados com base no raciocínio ” vamos é despachá-lo. os do 3º ciclo ou dos cef´s que o aturem”.. quantos?”
É verdade, são muitos estes casos. Sou professor do segundo ciclo, portanto, quem não concorda, pode bater à vontade.
Junho 19, 2011 at 9:55 pm
JAMÉ CONCORDO EM MUITO COISA DO QUE DIZ..A RAIZ DO PROBLEMA ESTÁ NO 1º CICLO..NA FINLÂNDIA A PERCENTAGEM DE REPROVAÇÕES RONDA OS 5 POR CENTO DESSE TOTAL CERCA DE 4% ACONTECEM NO 1º CICLO…OU SEJA CORTAM LOGO À NASCENÇA O MAL..CASO NÃO SAIBA NÃO PASSA…
Junho 19, 2011 at 9:59 pm
Voltando ao tema do post.
Como se avalia o desempenho de alunos ao longo de um determinado período de ensino/aprendizagem? Não fazemos testes? O que avaliam os testes?
Não são os resultados obtidos uma das formas de avaliar o seu desempenho? O que se entende por desempenho escolar? Não inclui a aprendizagem do que foi leccionado?
Exames tornam a aprendizagem um assunto mais sério.
Não é a única prioridade? Não, mas é uma delas.
Desvantagem? Avalia apenas através da escrita e não da oralidade. No entanto, durante as aulas, é mais fácil avaliar, em trabalho oral, os conhecimentos dos alunos.
Costumo achar que só conheço bem o potencial de aprendizagem dos meus alunos qdo lhes aplico o 1º teste. É naquele trabalho individual que cada um revela o que percebeu ou não. Durante as aulas, demoro mais a perceber as dificuldades de cada um.
Junho 19, 2011 at 10:04 pm
E concordo com o que muitos aqui escrevem: o 1º ciclo é essencial. É o mais importante, As bases de tudo, até da atitude perante a aprendizagem.
Tb concordo que deveria haver uma 2ª via no sistema de ensino, a iniciar-se no 2º ciclo. Os professores do 1º ciclo sabem bem quais são os alunos que não se vão “aguentar” com um currículo de n disciplinas teóricas.
O problema é que ainda há aquela mentalidade ( há qtos anos dura) que diferenciar é discriminar e que se discrimina os mais desprotegidos : os das classes/ etnias etc…
A solução tem sido a inclusão. O que significa incluir?
Junho 19, 2011 at 10:10 pm
#0
Não confundir o sindicalês com a generalidade do pensamento sindical.
Acredito que mesmo dentro da FENPROF um ou outro sejam a favor dos exames, mas é quase certo que com este governo se vão perceber as diferenças de posição entre FENPROP e FNE em matérias tão estruturais como esta.
Penso mesmo que pode haver um distanciamento entre as duas federações no que toca a questões de pensamento político (isolo as questões estruturais como o tempo de trabalho, a burocracia, e outras pontos que são transversais a todos os sindicatos) e até acho interessante que isso possa vir a acontecer.
Vou gostar deste novo ciclo.
Junho 19, 2011 at 10:11 pm
#60,
Há conta da inclusão têm sido cometidos verdadeiros crimes. Incluir pode ser partilhar espaços físicos, contacto com os outros alunos “ditos” normais, mas a inclusão, em muitos casos, tem sido o despejo de alunos “ditos” especiais em turmas normais, sem qualquer respeito pelas suas características específicas. Mais recentemente, o termo inclusão tem servido para retirar às escolas técnicos devidamente qualificados para o trabalho específico que certos alunos precisam, negando desta forma, os direitos que esses alunos têm a um tratamento diferenciado.
Junho 19, 2011 at 10:19 pm
#62, exactamente!
Junho 19, 2011 at 10:25 pm
Não-há-paciência #52 disse:
“…Sou muito mais adepto de outra solução: definir uma escolaridade obrigatória (6.º, 9.º – nunca o 12.º) e depois deixar os meninos ir à sua vida. Se um dia desejarem retomar os estudos por terem concluído que foram umas bestas quando o abandonaram, ter as escolas abertas para os receber…”
————————————————————————————————————————
Concordo exactamente com isso. Mas, no entanto, sou partidário dos cursos profissionais (a sério), que permitam uma outra saída. O que acontece hoje é que com a mania das igualdades (falácia demonstradamente errada) um aluno ao sair da escolaridade obrigatónia pouco ou nada sabe em termos de conhecimento efectivo e nada sabe em termos de poder abarcar uma profissão. Infelizmente este conceito no nosso actual sistema foi transformado num sacrilégio…”coitadinhos dos meninos irem trabalhar se não tiverem aptidão para a escola”…mas ninguém se rala em mantê-los no sistema transformando-os ( “criminosamente” comio vítimas ) nuns autenticos inúteis para a vida e para uma futura profissão!
Por muito que isto choque certas pessoas idiotas e complexadas, o actual sistema educativo, cheio de « eduqueses e pedagogias da treta » quis e quer transformar “BURROS” em “DOUTORES” à força, mesmo que para isso se nivele por baixo, se invertam conceitos de justiça, se manipulem processos para constar nas estatísticas, se crie um clima de desinteresse total por parte dos alunos, se permita e promova a indisciplina, a falta de educação e até a violência sobre alunos e professores. Com isso criaram um sistema monstruosos e irreal, onde não se premeia o esforço, o mérito e o ESTUDO. Em troca, o sistema vive de esquemas, de pressões, de chico-espertices, de jogos de cintura legislativos e de uma teia sinuosa e muito bem montada que só serve para safar os incumpridores ou os espertalhões.
E o mais grave é que ainda há muita gente que não abriu os olhos e continua a formular nestes erros.
As evidencias estão à vista…
Junho 19, 2011 at 10:25 pm
Estive a reler o meu comentário em 6 e verifiquei que uma gralha truncou o seu sentido. Volto a transcrevê-lo já corrigido.
A análise deste problema da avaliação, para ser justa e consistente, deve considerar estas questões sem cair na armadilha fácil e tentadora dos maniqueísmos (“eduquês/exigentês”).
Com efeito, uma “cultura de avaliação”, se parte da correcta premissa de que a avaliação é importante para aferir e sopesar a qualidade do ensino, servindo de indicador de trabalho e de afinador de estratégias quer para docentes quer para discentes (parâmetros que o eduquês tende a desvalorizar por tese ou preconceito), não deve, lá por isso, erigir-se num culto da avaliação.
A avaliação deve ser entendida e enquadrada no seu exacto papel de um instrumento. A preocupação que deve nortear os responsáveis e os agentes do ensino deve dirigir-se, antes de mais, para a qualificação e o rigor das aprendizagens, aparecendo, depois, a valiação como corolário “natural” de todo esse processo. O “sucesso estatístico” que temos vale-se e explora justamente esta inversão dos papéis. Não ter isto em conta, é continuar a alimentar – ainda que sob formas mais rebuscadas ou com declinações mais suaves – esse círculo vicioso.
Por isso, mais prioritária do que a avaliação, será uma revisão devidamente pensada e estruturada ( e dialogada, já agora) dos currículos e dos programas. E já nem falo agora de uma reconsideração do próprio modelo de escola (o actual é falsamente “inclusivo” e potencialmente totalitário quando revestido da pretensão de dar uma “escola a tempo inteiro”) para não ser acusado de dar cobertura a alguma estratégia de dilação…
Junho 19, 2011 at 10:27 pm
#0
Como expliquei aqui ontem, o sindicalês não existe. É uma caricatura criada no laboratório do Paulo Guinote com dois objectivos:
1º – Incensar o tecnocrato populista que divulgou o conceito de “eduquês” e agora é ministro
2º – Prosseguir a cruzada anti-sindical
Há dúvidas?
Vejam-se as reacções dos fiéis da igreja umbiguista, num breve apanhado:
tt Diz:
Junho 17, 2011 at 8:55 pm
Aplaudo o novo elenco governativo quase todo e em especial o Nuno Crato.
A educação precisa de uma limpeza geral, de reganhar sentido da responsabilidade pelo trabalho que realiza e de colocar os sindicalistas no devido lugar.
Zinha Maria Diz:
Junho 17, 2011 at 8:35 pm
bem se MN não gosta eu ainda gosto mais:)
Ana Mendes da Silva Diz:
Junho 17, 2011 at 8:36 pm
O Mário Nogueira que vá estudar Filosofia para Paris e lave bem a boca com sabão para falar em nome dos professores!
Mario Rodrigues Diz:
Junho 18, 2011 at 5:31 pm
Por tudo isso, os professores têm de estar com Nuno Crato, mesmo que contra os sindicatos.
É que, como é sabido, os sindicatos são alfobres do Eduquês, e, como são alinhados com o PS e o PCP, vão fazer a vida negra ao governo…
Pipa Diz:
Junho 18, 2011 at 11:39 pm
É preciso ter descaramento. O grande problema dos professores é que é mais difícil livrarmo-nos de um mau ME do que de um carreirista sindical.
Ó MN, já não há paciência para te aturar, pá! Oxalá o NC acabe com a Carreira Sindical!
Zinha Maria Diz:
Junho 18, 2011 at 11:45 pm
Já não há paciência para ouvir MN. Podia demitir-se, não?
Junho 19, 2011 at 10:53 pm
#51
Paulo
Nunca aconteceu enviar um texto, mas é certo que acabo por trazer na mesma para a discussão, alguns assuntos que me parcem pertinentes. Reconheço no entanto, que o impato é diferente.
Quanto aos comentadores anti Nuno Crato, não me revejo neles.
Estou, isso sim, cheia de espetativas, de sentir que algo poderá mudar, com este homem, pois saberes científicos e crítica quanto à escola atual não lhe faltam. Falta-lhe sim dinheiro, que pode limitar o seu campo de acção, mas isso é outra coisa..
Junho 19, 2011 at 11:21 pm
A inclusão é um projecto de engenharia social que transfere para a escola uma ideologia pouco clara, que não se limita a “não deixar ninguém de fora”, o que seria em si uma boa prática.
Mas no limite podemos ser tentados a anular as diferenças e a erradicar os desvios à norma inclusiva, nivelando e mergulhando todos num certo ideal colectivo a caminho do totalitarismo.
E aqui surgem os problemas, quando se começam a questionar os meios de criação do tal “bem comum” identificado com a “escola pública”, a partir do momento em que nos deparamos com a governação de seres humanos e não com o mero enunciar de boas intenções.
Junho 19, 2011 at 11:50 pm
69# Até gosto dos seus textos, mas hoje não concordo… a escola inclusiva por vezes deve obdecer a algum bom senso mas não deve ser diabolizada como a raiz de todos os males e muito menos ser o caminho do totalitarismo.
Luana
Escreva uns textos a falar da realidade especifica do 1 ciclo.
Veriamos o interesse que despertaria!
Junho 20, 2011 at 12:32 am
#69
Um dia destes, com mais tempo, farei.
Junho 20, 2011 at 12:48 am
#7
Quando fiz o comentário, fi-lo um pouco à pressa, e só agora reparei que não está correto quando escrevi ” estagiárias a desenvolvem” mas sim estagiárias a desenvolver.
As minhas desculpas.
Junho 20, 2011 at 12:55 am
A escola não é para ser inclusiva, isso pertence à família. O problema é que a sociedade destruiu aquela com o anuimento da mesma, que delegou em idiotas.
Junho 20, 2011 at 2:45 am
#41
Ai o preconceito em relação à qualidade do 1.º ciclo no público…
Os pais fazem essa opção pelos horários, ausência de greves e para fugir aos piolhos… Vais a Oeiras, onde há anos as escolas do 1.º ciclo têm horário alargado, e vez que as escolas públicas estão à pinha e os privados com pouca expressão.
Na “nova” Mafra, dos novos-ricos, com escolas públicas do 1.º ciclo todas XPTO (cerca de 3000 alunos) e horários alargados, só há um colégio com 1.º ciclo e com poucos alunos.
(Se quiseres coloco aqui os números.)
Junho 20, 2011 at 9:20 am
#66,
O controleiro, mesmo sendo de História e aposentado doutor do Secundário, comete diversas imprecisões cirúrgicas no seu discurso.
Como tem saudades do guterrismo e das arruadas nogueiristas de sorriso afivelado (não falemos do PRODEP formativo, que este ex-dirigente do SPGL nunca soube de nada), eaquece-se que o termo “eduquês” foi cunhado entre nós pelo ex-ministro Marçal Grilo.
Claro que, como em outras ocasiões, o Zé Manel fingirá que não leu este comentário e passará ao lado, comentando algures que eu não uso factos e argimentos contra ele (como no caso da exibição de pergaminhos de lutador numa empresa têxtil da minha freguesia, de cuja evocação saiu com o rabo e as orelhas cortadas…).
Junho 20, 2011 at 9:40 am
#74
Estou a comentar fora de casa, num Centro Comercial.
Depois de ter feito o comentário #66, deixei de ter acesso no meu computador à Educação do Meu Umbigo.
Tenho o IP bloqueado.
Não sei quem foi, nem porquê.
Mete-me nojo quem usa estes processos.
E é muito estranho que o Paulo Guinote só hoje esteja a responder ao comentário de ontem.
Junho 20, 2011 at 9:51 am
#75,
É absolutamente mentira que o IP esteja bloqueado.
Aliás, não existe qualquer comentário seu na caixa de spam ou a aguardar moderação.
Acho triste e lamentável a forma como se defende.
Respondi hoje porque tenho vida para além deste blogue.
Junho 20, 2011 at 9:52 am
Quanto ao nojo, remeta para as práticas que são comuns entre os seus.
Junho 20, 2011 at 11:24 am
Aviso à navegação
Ontem, pelas 10,27, coloquei um comentário que ainda está visível em
Cerca de 20 minutos depois deixei de ter acesso ao blogue a partir do meu computador pessoal.
Tenho acesso a todos os sites da plataforma WordPress, excepto ao Umbigo.
Não sei quem me bloqueou o IP para me tentar impedir de comentar.
Não quero acreditar que tenha sido qualquer dos administradores do blogue, nem outro frequentador muito próximo deles e que costuma fazer umas habilidades informáticas.
Pode ter sido qualquer “voluntário” de entre a praga de lambe-botas que infestou o blogue nos últimos dias. Em Espanha, têm uma designação ainda mais adequada para essa espécie. Chamam “lameculos” às nojentas criaturas.
Por muito que custe aos “lameculos” e a quem lhes dá guarida, continuarei a comentar.
Com menos frequência, porque não tendo nenhum Posto Internet gratuito perto, terei de pagar para o fazer em qualquer Espaço Internet.
Mas não me calam.
Junho 20, 2011 at 11:37 am
Não percebo estas queixas que ultimamente têm surgido em torno dos “bloqueios do IP” neste blogue. Os acessos domésticos à internet são feitos normalmente com IP dinâmico, ou seja, que se altera automaticamente de cada vez que é feita uma ligação. Em termos simples e práticos, isto significa que basta desligar e voltar a ligar o router para substituir o IP bloqueado por um novo.
Sou um mero curioso nestas coisas, mas a não ser que existam bloqueios mais sofisticados do que este no wordpress, o do IP parece-me fácil de resolver…
Junho 20, 2011 at 11:51 am
#79
Não basta.
Nem com alterações nas definições de Segurança, ou seguindo as instruções que surgem quando o acesso é negado.
Eu também não acredito em bruxas…
Junho 20, 2011 at 12:02 pm
#76
É muito fácil ver quem está a mentir.
Mostre qualquer acesso depois do comentário #66 com o mesmo IP.
Junho 20, 2011 at 12:48 pm
[…] “Ontem, pelas 10,27, coloquei um comentário que ainda está visível em https://educar.wordpress.com/2011/06/19/o-sindicales-existe-e-esta-bem-vivo/#comment-584768 […]
Junho 20, 2011 at 7:22 pm
#82
Não é fácil não, ele não bloqueia IP´s, mas spama-os. Na prática é o mesmo. Nem todos os IP´s são dinâmicos, para que os mais espertos saibam. Quando não gosta dos comentários, usa o lápis azul digital.