Pedro Passos Coelho disse sobre as Novas Oportunidades algo que me parece incontroverso: o processo de certificação de competências desenvolvido pelo feudo de Luís Capucha limita-se, mesmo que não na totalidade da sua acção quotidiana, a produzir diplomas que servem para dar uma ilusão de qualquer coisa a muitas dezenas de milhar de pessoas que, no essencial, permanecem com o mesmo potencial de empregabilidade.
A maior parte do dinheiro é gasto no aparelho burocrático certificador. Nada de comparável é gasto, por exemplo, na tentativa de colocação dos certificados em situações profissionais mais favoráveis.
O aparelho burocrático CNO é o principal sorvedouro de um manancial de subsídios europeus que se perdem num exercício destinado a produzir uma aparência de qualquer coisa. Os ganhos efectivos dos certificados – excepto o sempre estimável, mas temporário, aumento da auto-estima detectado por um estudo liderado por Roberto Carneiro – são residuais e não conheço nenhum estudo ou avaliação com uma amostra significativa (e não encomendado a amigo ou amiga ou amigo de amiga ou amiga de amigo) que demonstre que os certificados pelos CNO melhoraram significativamente de vida após a certificação, ou um ano depois.
Se existe, para além de conversa fiada, mostrem-no, explicitando as características do método usado e critérios da amostra seleccionada.
Passos Coelho disse o que muita gente sabe e lhe transmitiu.
Mas caíram-lhe em cima com a máquina da verborreia e da culpabilização, seleccionando e distorcendo parcelas do que disse, para o denegrir.
E, neste caso, acho que ele merece ter o devido apoio e não ficar a defender-se sozinho, perante a inépcia de quem o rodeia.
O programa Novas Oportunidades é uma enorme máquina de propaganda, oleada com verbas europeias, comandada por alguém com enormes preconceitos ideológicos e uma postura altamente criticável na forma como tenta intimidar quem tem opinião divergente. O mais confrangedor é que há sempre um pequeno napoleão, um pequeno ditador em potência, quando se dá poder e dinheiro para distribuir a quem acha que, por sentir que só ele subiu a pulso a vida, os outros lhe devem alguma coisa.
O programa Novas Oportunidades terá tanto impacto na qualificação efectiva da mão-de-obra nacional quanto o tiveram os cursos do agora longínquo FSE. Quase nulo, portanto.
E estaremos cá para o lembrar quando a poeira assentar.
Quando se fizer o cálculo custo/benefício desta enorme operação de produção de diplomas e se perceber que foi uma forma extremamente hábil de sorver fundos europeus para um aparelho burocrático clientelar e diversas equipas de estudiosos disponíveis para certificar a qualidade da certificação.
Tudo aquilo que o aparelho de propaganda deste PS produz em contrário, demonizando críticos e hiperbolizando vantagens não passa de uma cortina de fumo. Aliás, tanto alarido só por causa da possibilidade de um olhar externo atento sobre a operação é bem significativo de certas aflições se for caso de prestar contas a sério.
O problema é que este octópode tem muitos tentáculos e tingiu muitos recantos.
E ao escrever isto, sei que arrisco alguma visita. Aliás, em tempos, a mesma foi insinuada ali num parque de estacionamento…
Maio 17, 2011 at 9:05 pm
Subscrevo e aplaudo.
Quanto a intimidações, estamos aqui para o que der e vier. Essa gentinha só sabe actuar pelas costas, porque cara-a-cara, bate-se-lhe o pé e é vê-los a milhas.
Maio 17, 2011 at 9:07 pm
Grande texto, e não me refiro à extensão…
Maio 17, 2011 at 9:11 pm
Quanto às intimidações estaremos cá.
Eu tenho a cabeça a prémio:
Não quero saber, digam aos meninos que, quando sai da Direcção Regional, trouxe resmas de cópias e um disco rígido portátil cheio de coisas interessantes (seguro de vida).
Só um grande pensador com costela de Estadista escreve isto:
“(…)Passos Coelho disse o que muita gente sabe e lhe transmitiu.
Mas caíram-lhe em cima com a máquina da verborreia e da culpabilização, seleccionando e distorcendo parcelas do que disse, para o denegrir.
E, neste caso, acho que ele merece ter o devido apoio e não ficar a defender-se sozinho, perante a inépcia de quem o rodeia. (…)”
ESTAMOS CÁ, OU NÃO?
Maio 17, 2011 at 9:16 pm
Estamos cá!
Venham então os do costume que provas concretas não faltam!
Maio 17, 2011 at 9:23 pm
Resmas paletes..who cares..?isto já nem com lockite lá vai….alguém no seu pleno juízo acredita que uma pessoa que tem uma divida de 5 milhões de euros e 5 mil euros de salário por mês pode pagar a mesma em 3 anos?
DREAM ON..NUNCA JAMÉ…
AH ACRESCE QUE ALÉM DISSO BAIXAM-LHE O ORDENADO EM MIL EUROS DEIXA DE RECEBER HORAS EXTRAORDINÁRIOS E DEDUÇÕES FISCAIS E PAGA MAIS IMPOSTOS E VÊ A INFLAÇÃO A SUBIR….
Maio 17, 2011 at 9:25 pm
Já agora, vamos também questionar a treta que são muitos mestrados e doutoramentos?!! e do lixo que por aí se investiga?! tanta investigação da treta.Quanto ganhou o país? sejam sérios e libertem-se dos “óculos” à Penafiel! 🙂 Agora até me oferecem no Superior em troca de uma inscrição ($$$$)e uma monografia da treta um mestrado dos “novos”. Sejam sérios…
Maio 17, 2011 at 9:26 pm
Livresco,
isso é um pedido de apoio ao PPC?
Maio 17, 2011 at 9:28 pm
Assim é que eu gosto de ouvir “falar”.
Gostei particularmente desta parte:”… e diversas equipas de estudiosos disponíveis para certificar a qualidade da certificação.”
Acrescento que equipas houve que não chegaram a ser(não importa expor as diferentes razões que a tal conduziram).
As Novas Oportunidades são, a curto prazo, uma violenta desilusão para a maioria que as frequentou…
Nessa altura, de nada valerá medir a auto-estima – estará de rastos!
Maio 17, 2011 at 9:30 pm
#7:
Tudo o que ele disse é verdade:
Só se o CDS, o Partido Comunista e o BE forem uma cambada de cobardes é que não estão do mesmo lado que ele nestas afirmações!
Maio 17, 2011 at 9:31 pm
Benefícios vejo apenas a possibilidade de alguns poderem continuar a trabalhar naquilo que já faziam antes (e que legislação conexa impôs: o CAP para algumas funções na construção civil, impossível de obter sem o 9º ano). Vejo também a progressão na carreira de quem, sendo funcionário público, pôde ter reconhecido o certificado das NO.
Agora, conseguir um emprego ou passar a dominar conhecimentos profissionais? Isso não…
Mesmo a elevação da auto-estima não é tão generalizada assim.
Maio 17, 2011 at 9:34 pm
A faculdade de Ciências DE LISBOA ESTÁ A ESCREVER A ANTIGOS ALUNOS A INFORMAR QUE SE PAGAR 500 EUROS TERÁ IMEDIATAMENTE EQUIVALÊNCIA AO MESTRADO….MONEY..MONEY..A QUANTO OBRIGAS…
Maio 17, 2011 at 9:34 pm
#6,
Quem diz o contrário?
Se passa por cá, sabe bem o quanto critico os pseudo-mestrados bolonheses e os doutoramentos em que os doutorandos têm cadeiras para aprender a fazer pesquisa.
Mas quem encontramos nesses “nichos”?
Maio 17, 2011 at 9:36 pm
VÊ LÁ PAULO SE TE FAZEM O MESMO QUE AO STRAUSS KHAN..SOUBE AGORA QUE O GERENTE DO HOTEL EM CAUSA É PORTUGUÊS E A EMPREGADA É GUINEENSE…COINCIDÊNCIAS DO CARAÇAS…
Maio 17, 2011 at 9:39 pm
E esqueceram-se de falar dos “novos oportunandos” que só lá vão para receberem o subsídio… Troca por por troca, engodo, chamem-lhe o que quiserem…
Maio 17, 2011 at 9:40 pm
Concordo com tudo e com o que PPC disse: é mesmo um certificado de ignorância!
Quem contactou de alguma forma com os CNO, os EFA ou similares sabe que é tudo uma treta: quem se inscreveu com o objectivo de aprender mesmo alguma coisa, acabou por verificar isso mesmo e desistir, porque o objectivo não era de formação mas sim de encenação de que se fazia!
É tudo um faz de conta!
Também por isto os responsáveis por este embuste deviam ser responsabilizados e presos!
Maio 17, 2011 at 9:40 pm
Para quem conhece, com alguma profundidade e sentido crítico, a História deste desgraçado país (e vão sendo cada vez menos), nada disto é novidade.
As novas oportunidades socratino-capuchinhas são uma modalidade recente de fazer o que tem sido nosso modo de vida pelo menos desde os descobrimentos: canalizar recursos obtidos no exterior para alimentar, cá dentro, uma economia improdutiva e grupos privilegiados com acesso às esferas do poder que desviam os recursos públicos em proveito próprio.
Deixou de haver dinheiro para betões, mas há para novas qualificações? No problem, arranja-se já aqui um projecto, um esquema, uma iniciativa, para sacar a massa e distribuir pelos amigos.
Tem sido assim desde a adesão à CEE. O problema é que estas verbas são para supostos investimentos, e não se está a investir, mas apenas a esbanjar. E depois ficamos admirados porque há cada vez mais desemprego e a economia não cresce.
Desde os jovens agricultores que recebiam os subsídios e compravam jipes de luxo, bons para estacionar na cidade em cima do passeio, até a estes aldrabões e oportunistas que aceitam certificar a fraude e auditar a ignorância, estamos entregues aos bichos…
Maio 17, 2011 at 9:42 pm
E AS MESMAS VÃO DESAPARECER DE FININHO NOS PRÓXIMOS 2 A 3 ANOS..O ENSINO ATÉ AOS 18 VAI PASSAR FAZER O SERVIÇO QUE ELAS FAZIAM…
Maio 17, 2011 at 9:44 pm
Dados e argumentos muito concretos, é o que é indispensável para desmontar a fraude:
http://lishbuna.blogspot.com/2011/05/nao-nao-o-insultado-e-mesmo-quem.html
Maio 17, 2011 at 9:46 pm
Estamos cá, nos parques de estacionamento e arredores. E não temos medo. Subscrevo TUDo o que o PG diz.
(acabei de ouvir o Louçã defender as NO… estas políticas educativas da esquerda são uma bela M***)
Maio 17, 2011 at 9:50 pm
Sempre disse que no essencial o BE apoiava as políticas da M.L. Rodrigues e do Sócrates. A defesa das Novas Oportunidades – para além de cheirar a demagogia que tresandava – foi a prova provada.
Maio 17, 2011 at 9:50 pm
Um pouco de história, essa que falta a muitas dicas que por aí volam e que servirá para dar espessura aos discursos.
Pacheco Pereira vai publicando, assim ao estilo de arquivista, algumas coisas engraçadas, algumas das quais nos obrigam a estender os argumentos até bem mais fundo que os feudos que em nós alguns plantaram o desejam…
Vejam só se este forrobodó é de agora…
http://ephemerajpp.wordpress.com/2011/05/15/entrevista-complementar-do-doutor-afonso-costa-1934/
Maio 17, 2011 at 9:50 pm
#10 CAP
“Vejo também a progressão na carreira de quem, sendo funcionário público, pôde ter reconhecido o certificado das NO.”
Conhece algum funcionário público que tenha progredido na carreira graças às Novas Oportunidades ? Se conhecer avise pois eu também gostava de progredir mas estou “congelado” há anos.
Maio 17, 2011 at 9:53 pm
#16,
Subscrevo inteiramente. Infelizmente este é o fado deste meu triste país.
Maio 17, 2011 at 9:53 pm
#21,
Incomoda-se de desenvolver?
Estive a ler a dita entrevista e não entrevi nada de especialmente novo…
Maio 17, 2011 at 9:54 pm
#22
Pois, mas nós só somos funcionários públicos quando lhes convém. E durante anos estivemos com a carreira congelada porque alegadamente tínhamos “progressões automáticas”, enquanto outras progressões de funcionários, dependentes de nomeações e concursos, se faziam sem restrições…
Maio 17, 2011 at 10:00 pm
o tradicional ensino recorrente tb era uma boa treta. Alunos que só apareciam de vez em quando e queriam testes de imediato,e sem resultados visíveis. Outros vinham ver a “fauna” e se n prestasse n voltavam mais. Alguns pensavam que era um curso por correspondência. No 3º período preferiam a esplanada à noite em vez da escola. Foram 3 anos lectivos em escolas diferentes do interior do país, mas com os mesmos hábitos. Nos cursos EFA tive maiores taxas de presença nas aulas durante 2 anos lectivos, 3 horas por noite. Quem vinha à espera de curso por correspondência desistiu logo ao fim do 1ºmês e n sei como há quem diga que n se aprende, pois ensinei e preparei materiais, avaliei aprendizagens. No entanto, aqui no blog parece que é “chover no molhado”, ser diferente dos outros. Muitos horários as Novas Oportunidades criaram nas escolas e espero que quando bater à vossa porta essa Oportunidade, rescindam contrato com o ME, assumam então tanto fel.
Maio 17, 2011 at 10:06 pm
#26,
Não consigo perceber se está a defender a qualidade das NO – via cursos EFA – porque gerou uma situação que lhe foi profissionalmente gratificante, se está a defender o modelo de certificação via resenha biográfica.
E acho que lavra num equívoco: uma coisa são os cursos CEF e EFA e outra a certificação sem qualquer frequência sequer de nenhumas aulas.
Já agora, o Ensino Recorrente por Unidades Capitalizáveis era uma modelo (não muito bom) em que a assiduidade não era um critério.
Se é verdade que leccionou o Recorrente, saberá isso.
Maio 17, 2011 at 10:07 pm
Há dias fui a uma repartição pública- colocação. Encontrei lá a trabalhar uma senhora que conheci há uns tempo. Nessa altura com o 10º ano estava no fundo de desemprego.
Disse-me ter sido ali colocada pelo centro de emprego e que agora está “a tirar o 12º ano nas NO” para poder concorrer áquele posto de trabalho. “Eu preferia fazê-lo a estudar mas não me deixaram, tem de ser assim. Tenho pena de não poder aprender mais”.
Quem tem dois dedos de testa não se deixa enganar …
Maio 17, 2011 at 10:08 pm
#26
Dei aulas durante vários anos ao ensino recorrente por unidades capitalizáveis e nunca senti que fosse uma treta. Claro que havia, como é normal acontecer à noite, uma elevada taxa de desistências.
Se nas novas oportunidades desistem menos é porque aquilo é quase dado. E arranjam-se trabalhos cá fora feitos por outros e em caso de absoluta necessidade, porque há objectivos a cumprir, até o formador faz o trabalho em vez do formando. Há casos desses, como bem sabem os que andam lá metidos. embora como é óbvio não gostem de admitir…
Maio 17, 2011 at 10:10 pm
#28 – ups! não sei o que lá está a fazer a “colocação”!
Maio 17, 2011 at 10:15 pm
#26, #27
No recorrente por UC cada aluno podia progredir ao seu ritmo. Tanto podiam ir às aulas todas como faltar durante meses, porque, por exemplo, o trabalho os impedia.
E tive alguns alunos que apareciam para saber qual a matéria da unidade, pedir indicações sobre o que e onde tinham de estudar. Quando os voltava a ver, vinham apenas tirar uma ou outra dúvida e marcar a data do exame, que invariavelmente faziam com boa nota.
Mas também havia os que tinham mais dificuldades, e esses aprendiam nas aulas, com os professores. E nem sempre eram aprovados nos exames, à primeira.
Isto é escola, ensino, aprendizagem: o aluno admite que há coisas que não sabe e que quer aprender, e vai à escola com esse objectivo.
Outra coisa é um iluminado qualquer assumir que se aprende a assentar tijolo ou a servir bicas o mesmo que nos bancos da escola, e portanto a pessoa vai lá contar a sua história, fazer umas sessões de uma espécie de terapia de grupo e pronto, toma lá o diploma!…
Maio 17, 2011 at 10:15 pm
#26,
Como é que um professor pode achar positiva ou até fantástica a atribuição de um certificado do ensino secundário a uma pessoa que num ano fica com o equivalente a três anos de trabalho (10.º, 11.º e 12.º), certificado esse obtido através da entrega de um portefólio (até o nome é uma m****) é coisa que não me entra na cabeça. Devo ter um qi mesmo baixinho, baixinho…
Maio 17, 2011 at 10:17 pm
#24
Infelizmente que não há nada de novo.
As mesmas práticas, o mesmo ensimesmamento; a mesma retórica e a incapacidade de sair deste remorder a cauda. Pulsão suicida, parece. Falta uma re-leitura de alguns clássicos, a libertação de algumas figuras malditas do pensamento ocidental para fazer luz sobre estes jogos de palavras que deixam tanta gente prisioneira de insignificâncias como estas. Não é verdade que esta gente nem se governa nem se deixa governar, mas que se compraz vitalmente-visceralmente numa dialéctica socrática sem saída. Lançaram-nos agora a lebre das NO e vai de correr atrás dela…
Quem vos lê — chegadinho agora de Marte — até pensa que a desgraça deste país está naqueles des-graçados a quem lhes foi dada uma nova oportunidade de aprender. Coitados, que toda a incapacidade do mundo, toda a incompetência potencial se materializou aí mesmo nas suas pessoas. Todos os outros, doutores e engenheiros em comunhão já tinham levado este país até bem longe, no luminoso pelotão da frente, não fosse essa horda de «incompetentes certificados» que nos faz a todos, aqui e agora, penar.
Maio 17, 2011 at 10:21 pm
#22 Manuel Silva
O #25 António Duarte já respondeu a essa dúvida. Professores com uma única progressão este século, somos quase todos. FP, como também a #28 mariaprofessora refere, há muitos e “progressivos”.
Maio 17, 2011 at 10:21 pm
#33,
O seu discurso é divertido nos maneirismos, em especial os que parecem decorrer de alguns jogos pós-modernos.
Tendo identificado isso sobre a forms, com a qual parece ter evidente cuidado, passaria ao conteúdo para lhe dizer o seguinte:
1) Em nenhum momento – a menos que seja um marciano que leia de través – se escreve que a des-graça [sic] do país se deve às NO. Pelo contrário, lamenta-se que sejam enganados pela certificação.
2) Quanto ao resto, gostaria de contraditar, mas perdi-me… a sério… acho que escreveu este comentário em forma de assim porque sim, pois não tem relação com o post em nenhum ponto.
Maio 17, 2011 at 10:22 pm
#26, afinal o que está a defender «os muitos horários» que as NO criaram ou essa forma de certificação? De acordo com o seu ponto de vista, parece-me que os professores ainda devem estar agradecidos…
Maio 17, 2011 at 10:23 pm
Revoltava-me a questão da assiduidade no antigo recorrente. Questão pessoal minha? teimosia? é preciso estar e participar. Lamento que ponham tudo no mesmo saco. Conheço bem como é nas escolas públicas. RVCC não é o mesmo que um curso EFA. O EFA é estruturado por actividade integradoras, e bem me preparei para conduzir os adultos às aprendizagens necessárias para poderem validar as competências (Perrenoud define bem. O PRA (Portefólio Reflexivo de Aprendizagens) está em permanente construção ao longo do percurso e é avaliado. No RVCC há um portefólio que é construído ao longo do processo, muitas vezes há formação em paralelo(n digam que não pois há. Eu sempre trabalhei o método autobiográfico embora muitos o façam por “separadores” e Núcleos Geradores. Inspirei-me na metodologia canadiana e um pouco na francesa. Lamento que se facilite, e que haja “entidades” que em nome dos nºs despachem a “coisa” Todavia, há adultos, professores e técnicos que o fazem a sério. Um testemunho, vale o que vale, mas n ofendam colegas de trabalho.
Maio 17, 2011 at 10:23 pm
#33,
O que está a tentar fazer tem nome: chama-se manobra de diversão.
O problema, como diz e bem, não são os “desgraçados”. O problema está nos rios de dinheiro canalizados para esta e outras m**** do mesmo calibre. E não há leitura de clássicos que possa alterar isso.
Maio 17, 2011 at 10:27 pm
100% de acordo com este post!!
E, tal como o Paulo escreve, nunca vi nenhum relatório independente sobre as CNOP.
Só me lembro da tal questão da “autoestima”.
Se a autoestima garantisse um trabalhito, já não era mau…
Quero ver que relatórios vão apresentar na 5ª feira na Assembleia.
Maio 17, 2011 at 10:28 pm
#37,
“No RVCC há um portefólio que é construído ao longo do processo…” eheheheh
Isso tudo? A sério? E acredita mesmo nisso?
Deve pensar que somos todos tótós!
Maio 17, 2011 at 10:30 pm
#37,
“Conheço bem como é nas escolas públicas.”
Acho que esta frase diz tudo.
Maio 17, 2011 at 10:32 pm
#37
Não ofendo ninguém. Os meus colegas a quem atribuem serviço naquela coisa que se desembaracem o melhor que puderem, que eu não os irei criticar por fazerem assim ou assado.
Agora não me venham com tretas, que fazem pelo método assim ou assado, que no final não é isso que interessa, mas sim se cumpriram os objectivos.
Quando a metodologias, só tenho uma coisa a pedir: deixem lá a bimbalhice dos portafolhas e usem dossiers, como sempre se usaram nas nossas escolas. A sério. Poupam recursos naturais e a natureza agradece.
Se fazem mesmo questão de ensinar alguma coisa aos formandos, comecem por aí.
Maio 17, 2011 at 10:34 pm
off topic:
amanhã a professora do primário do meu mais novo vai ter aula observada.é a segunda aula.
curiosa, perguntei-lhe se a professora ficava nervosa ou se as aulas assistidas eram um “bocadinho diferentes” ou não.
Resposta?
“Trata um bocadinho melhor os alunos, mesmo aqueles que se portam pior.”
A minha reação? Outro sorrisinho, amarelito.
Maio 17, 2011 at 10:36 pm
#41 n falo de sistemas onde n trabalhei. Relativamente ao seu comentário comentário anterior, digo-lhe com o máximo respeito que não chamei a ninguém “nomes”.e como pretende baixar o nível..respondo-lhe com a minha auto-estima….: “BRAAGAAA!!!!” porque é isso que me aquece até à final já que aqui “chove no molhado”
Maio 17, 2011 at 10:37 pm
#37,
Em que parte alguém ofendeu colegas de trabalho?
Se reparar, quem falou em “fel” e recomendou que se rescindissem contratos foi o(a) caro(a) colega.
Só uma questão: rescindiu contrato quando percebeu que no Recorrente por UC a assiduidade não era critério, se isso tanto o(a) chocava?
Espero não estar a ofender, apenas gostava de aferir coerências.
Maio 17, 2011 at 10:38 pm
Santo Ambrósio! O que são “separadores” e “Núcleos Geradores”???
Maio 17, 2011 at 10:39 pm
#43,
Hoje apanhei de passagem um colega a falar da aula assistida que teve. É alguém que mudou muito de atitude desde o “nunca, jamais” até ao “sim, mesmo sem ter necessidade”.
Acho que a cor do meu “sorriso” nem é amarela.
É 😛
Maio 17, 2011 at 10:40 pm
# 37 Afinal pensamos num objectivo comum e claro que tem de ser pela aprendizagem. Apoio os dossiers e é isso que utilizo nos EFA.
Maio 17, 2011 at 10:41 pm
os meus comentários perdem-se no éter da net.
Já são dois que não entram !!
Maio 17, 2011 at 10:42 pm
Ou seja, as aulas assistidas continuam em todas as escolas, é isso?
Na minha, após breve interrupção, lá tenho visto 2 professoras entrarem dentro da mesma sala… ( e não era E.A. ou A.P.)…
Maio 17, 2011 at 10:44 pm
mas esse não é dirigente sindical da CGTP, pois não? 🙂
Eu tenho um(a) cromo(a) na minha Escola que é e já anda outra vez que não se atura com a ADD- voltou a trabalhar para o MB ou, quem sabe, Excelente.
Conclusão? Já anda a chatear toda a gente com as atividades de AP (dela, mas que crava os outros) e papeladas da DT 🙂
Maio 17, 2011 at 10:46 pm
o #51 era para o paulo como resposta a # 47.
Maio 17, 2011 at 10:47 pm
337 Paulo, para que acompanha frequentemente o blog sei no que acabam muitas vezes estas trocas de “impressões”. Respondendo à sua questão: foi no inicio da carreira, contratado, porque os “mais velhos” não queriam leccionar à noite e como sou sincero, precisava do dinheiro para n passar fome! repito fome! pois tive de trabalhar enquanto estudava na Universidade e n tinha amparo familiar para viver à custa dos pais. Fico por aqui porque ainda é a sina de muitos jovens e já fui muito à rasca no final dos anos 90.
Maio 17, 2011 at 10:48 pm
“Lamento que se facilite, e que haja “entidades” que em nome dos nºs despachem a “coisa” Todavia, há adultos, professores e técnicos que o fazem a sério. Um testemunho, vale o que vale, mas n ofendam colegas de trabalho.”
Claro que há adultos, professores e técnicos que trabalham a sério. Eu conheço alguns. Mas conheço muitos mais que não o fazem. Como se dizia nos meus tempos de criança relativamente aos cromos de jogadores de futebol: “Tens para a troca?”
Vamos clarificar uma coisa relativamente aos CNO: a responsabilidade última da perversão do sistema não está nas pessoas que procuram melhorar as suas qualificações, nos técnicos dos centros ou dos formadores. Está na orientação política que foi dado ao programa: certificar a todo o custo.
Intuo nas suas palavras que tem conhecimentos sobre o que poderia ser uma certificação e formação de qualidade neste âmbito. Seria bom que se deixasse de lado um discurso “grunho” sobre os CNO ou tão somente generalidades críticas que são ditadas do alto da pesporrência retórica. Mas era igualmente aconselhável que se desenvolvesse um discurso crítico, desapaixonado e não emocionalmente investido sobre a mesma temática. Especialmente por parte daqueles que conhecem no terreno as boas práticas e como estas têm sido, infelizmente, repetidamente pervertidas.
Maio 17, 2011 at 10:48 pm
Subscrevo inteiramente a reflexão.
Maio 17, 2011 at 10:49 pm
#50
acho que sim, nalgumas que andaram a proscratinar só começaram agora no 3º período.
Mas na minha escola parece-me que tirando uma ou outra contratada e a dirigente sindical, ninguém já está a levar aquilo muito a sério.
Há muito menos histeria no ar- mas mesmo assim mais do que houve qd foi a “queda” da ADD na AR.
Estes 2 mesinhos foram santos na minha escola. Bastante zen. Agora nota-se mais movimento outra vez mas nada que se compare à histeria coletiva do 2º período.
Maio 17, 2011 at 10:53 pm
Sim, na minha tb são só os contratados.
Maio 17, 2011 at 10:54 pm
#58
na minha não. paletes de pedidos de aulas assistidas! paletes!! e de gente que já está acima dos 55 anos de idade e no atual topo de carreira:)
Maio 17, 2011 at 10:55 pm
No fundo, os diplomas do Novas Oportunidades servem tanto como o doutoramento do Paulo Guinote: para nada, dado que continua a ensinar os mesmo de sempre, certo? Imagino que o impacto na sua “empregabilidade” tenha sido próximo de zero.
Maio 17, 2011 at 10:57 pm
# 59
ah, mas arrisco-me a adiantar ( sem procurações do PG e pedindo desde já desculpa pelo abuso ao próprio) que a auto-estima dele nunca mais desinchou desde esse dia.
🙂
Maio 17, 2011 at 10:59 pm
O “Programa Novas Oportunidades” não foi certificado/avaliado pela Universidade Católica. Foi, isso sim, AVENÇADO ao engenheiro Carneiro e à Universidade Católica, o que é diferente !
Um adulto que queira estudar não o pode fazer porque fecharam o Ensino Nocturno. Agora só temos as “Novas Oportunidades”…
Maio 17, 2011 at 11:21 pm
Como em tudo na vida, à sempre, os “Chico espertos” que humilham aqueles que com muito suor e lágrimas, contra marés e ventos, conseguiram fazer o 12º ano estudando à noite. Dizem e dão a entender, que são melhores do que nós, dizem até que fizeram em dois meses o que tu demoraste a fazer em 20 ou 30 anos, com certeza alguns destes mamutes, burros, lá estiveram matriculados, mas apenas por descargo de consciência, porque a esses, basta-lhes um simples cartão para terem acesso a bons empregos, bons salários e avaliações, ironizam com a vida de quem está muito acima da deles, tanto em trabalho feito como em sabedoria e conhecimentos teórico-práticos em diferentes árias profissionais. Pela experiência que tenho alguns dos que estudaram nas novas oportunidades fizeram um pequeno sacrifício, o de ir à escola durante um ou dois anos, esses ganharam um pouco mais de auto-estima (que não é uma coisa menor), saindo da rotina estúpida do dia-a-dia de trabalho mal remunerado, alguns ou algumas desligaram-se por algumas horas do problema do desemprego, dos maridos e dos filhos, para se valorizarem mais um pouco, esqueceram a carestia dos bens e serviços de que necessitámos para viver, encheram a cabeça com o sonho da sabedoria, durante o tempo de formação. Assim alguns desses trabalhadores saíram da infoexclusão, e hoje sabem pelo menos trabalhar com o computador e até escrever um texto em Word.
Maio 17, 2011 at 11:27 pm
[…] E ao escrever isto, sei que arrisco alguma visita. Aliás, em tempos, a mesma foi insinuada ali num parque de estacionamento… Texto original de Paulo Guinote em https://educar.wordpress.com/2011/05/17/o-tal-problema-de-comunicacao/ […]
Maio 17, 2011 at 11:27 pm
#35
Ainda bem que reconhece que um parte do que escrevi não se relaciona com o post, perceberá assim que que o campo onde argumentamos cresce sempre por excesso.
Não escrevi «desgraçado» mas «des-graçados», para me referir àqueles que no meio desta confusão toda, de toada politica e partidária, acabam por sair mal de tudo isto.
Sem querer alimentar a polémica, e deixar-vos em paz, gostaria que me tirassem uma dúvida: que diferença há quanto à certificação do 9º ano de um cidadão que perdeu a primeira (ou não teve) oportunidade de estudar e a certificação a que se reporta este regulamento: http://acesso.grupolusofona.pt/images/stories/pdf/os54_2011_regulamento_obtencao_mestre_pre_bolonha.pdf
Aguardo.
Maio 17, 2011 at 11:33 pm
#64,
Se quiser falar a sério destes problemas, porque não entramos no programa que salvo erro se chama +23 e é uma forma de assegurar algum financiamento extra a muitas instituições do Ensino Superior?
Por regra, sou contra processos de certificação acrítica e meramente quantificadora.
Não me choca essa equivalência tanto quanto a péssima qualidade de tantas licenciaturas bolonhesas.
Maio 17, 2011 at 11:44 pm
Já desde manhã que estou por PPC nesta questão.
Ou seja, estou com #0.
Comigo, PPC não fica só nesta contenda, que está a ser aproveitada até à náusea com a propagandística e usual vitimização do PS um pouco por todo o lado.
Até MST, hoje, disse que do que conhece e de relatos que ouviu, a coisa é muito má.
Ou ninguém quer avançar com a “private joke” de “andar nas NO” ou “ter tirado isso nas NO” ou “saiu-te nas NO” quando queremos gozar com alguém ou alfinetar atos ou palavras que não nos merecem credibilidade?
Maio 17, 2011 at 11:48 pm
Se arrisca uma visita, eu poderia dizer que arrisco a perder o emprego? Hummm, não me parece, os pseudo-doutorados de Belém não têm capacidades para atingir o que será um mero ip-tunneling e os demais conceitos que nos permitem fantasiar a presença sem colocar em causa a identidade.
Ora bem, sim, é tudo uma fantochada que há muito deveria estar radicada, tudo para estatísticas! Não existem critérios de avaliação, não importa se fazem ou não testes, é tudo à base de trabalhitos de cultura geral…que são feitos em casa e na maioria feitos pelos filhos! Mas cultura geral básica que uma pessoa minimamente atenta ao mundo sabe.
Já estou saturado de política mas por acaso hoje ao almoço não resisti a olhar e ouvir PPC a proferir tais palavras, involuntariamente sorri!
É disto que o povo precisa, são das verdades puras e duras…é preciso renovar a escumalha. Se PPC é a alternativa? Não faço ideia, tem algumas saídas felizes, outras infelizes…mas quase de certeza que fará melhor que o regime Socrático, pior é impossível.
A sua inexperiência no campo da gestão de um país é por demais evidente mas tenho consciência de que à sua volta existem pessoas capazes…que também seguram o touro pelos cornos e chama os bois pelo nome!
Um bem haja por este post (para os das novas oportunidades, neste contexto “post = mensagem/participação”).
Maio 17, 2011 at 11:50 pm
#65
… então não estranhe que eu relativize a questão e, sem concordar com o processo das NO, chame atenção para uma certa transversalidade dos problemas que não vivem encapsulados em si mesmo. Colocar todo o peso em pessoas de fracos recursos e diabolizar a sua situação — com evidente instrumentalização partidária — branqueando outras, parece bem mais escandaloso e não permite o silêncio. Os problemas do ensino e do país não têm, seguramente, a sua justificação maior no processo das novas oportunidades!
Maio 17, 2011 at 11:52 pm
#68,
Há várias maneiras de tratar as coisas, por vezes tudo em conjunto, em outras tratando-as separadamente.
Em nenhum ponto deste post ou dos meus comentários encontrará a diabolização dos que foram certificados e enganados.
Maio 18, 2011 at 12:00 am
[…] O PSD continua errático em matéria de educação. Depois de Passos Coelho ter admitido, quando apertado por Santana Castilho, que seria necessário rever o programa do seu partido na parte relativa à educação, vem agora outro Pedro, o Duarte, proclamar contra a fraude das «Novas Oportunidades», dizendo aquilo que é óbvio para todos os que não estão comprometidos com o negócio. […]
Maio 18, 2011 at 12:02 am
Caro PGuinote:
Clap! Clap! Clap!
e quanto ao +23:
Clap! Clap! Clap! toca a levantar a lebre a mais um embuste na Educação fast-food
Maio 18, 2011 at 12:06 am
O meu irmão tem o nono ano, na altura queria trabalhar e não continuar a estudar.
Há uns anitos decidiu ir para a NO tirar o 12º ano.
Acabou por desistir pelo que sei, pois não tinha condições para depois de um dia de trabalho…
Maio 18, 2011 at 12:08 am
23 h 30 m, Passos Coelho já concorda c/ as Novas Oportunidades
Passos Coelho diz que o seu alvo são as acções promocionais do Governo
O líder do PSD garantiu esta terça-feira que não pretende combater o programa Novas Oportunidades, mas as acções promocionais do Governo, que transformam os alunos em “figurantes para fazer propaganda”.
“O que é importante não é combater a ideia das Novas Oportunidades, é combater que se gaste milhões de euros em acções promocionais das Novas Oportunidades
http://www.jn.pt/eleicoes/legislativas2011/Interior.aspx?content_id=1854556
O que ele discorda é que as NOVAS OPORTUNIDADES SIRVAM PARA ACÇÕES DE PROPAGANDA DO GOVERNO.
MAS CONCORDA COM A FORMA E CONTEÚDO!!
🙂 🙂 🙂
Maio 18, 2011 at 12:13 am
“(…)Anónimo 2011-05-17 22:48
È verdade paços tem razão..!
trabalho numa empresa publica onde se está a efectuar as novas oportunidades. Sei de colegas meus que já acabaram essa formação e muitos nem sequer foram eles que fizeram o trabalho,mas sim as suas ersposas. Na apresentação do trabalho nem sequer sabiam metade do que estava feito. Paços tem razão muita razão perguntem ás pessoas que já fizeram a formação
http://www.tvi24.iol.pt/ipad—marcelo—diario/marcelo-rebelo-de-sousa-ipad-tvi-diario/1254091-5930.html
Maio 18, 2011 at 12:16 am
#68
Concordo plenamente, mas era a totalidade do texto e comentários que estava em perspectiva.
Maio 18, 2011 at 12:16 am
Sócrates «apadrinha o fast-food educativo»
Comentário do socialista às terças-feiras no TVI24
Por: tvi24 / CLC | 17- 5- 2011 23: 57
Manuel Maria Carrilho defendeu esta terça-feira no TVI24 que José Sócrates tem uma «tendência para apadrinhar o “fast-food” educativo», referindo-se não só a polémica em torno das «Novas Oportunidades», mas também programa Magalhães e ao próprio percurso pessoal do primeiro¿ministro.
«Em termos de aprendizagens José Sócrates gosta muito de processos instantâneos, até pelo seu percurso pessoal, eu sinto que ele tem uma certa tendência para apadrinhar o “fast-food” educativo», disse Carrilho ao comentar a polémica debatida na pré-campanha.
O socialista considerou que «é uma infelicidade de Pedro Passos Coelho dizer que isto certifica a ignorância», mas lembra que estavam a ser dados «passos erradíssimos» nesta área.
«Quando se passa para o 9º ano, quando de passa para o 12º ano e quase se passou para as Universidades com uma espécie de «Novas Oportunidades» estava a dar-se passos erradíssimos e sinais à sociedade no sentido do facilitismo mais total», disse. Carrilho afirmou ainda que «todos os estudos mostram que o Magalhães é um bloqueador da aprendizagem».
Sobre os debates e as eleições, Manuel Maria Carrilho salientou que o candidato socialista ganhou o debate a Jerónimo de Sousa. «Foi o primeiro debate que Sócrates ganhou. Claramente ao ataque. Muito vigoroso. Ganhou claramente o debate. Ganhou um troféu que ele arrebata ao PCP: o prémio da melhor cassete desta campanha».
http://www.tvi24.iol.pt/politica/carrilho-novas-oportunidades-fast-food-socrates-tvi24-eleicoes/1254102-4072.html
Maio 18, 2011 at 12:20 am
23 h 30 m, Passos Coelho já concorda c/ as Novas Oportunidades
O que ele discorda é que as NOVAS OPORTUNIDADES SIRVAM PARA ACÇÕES DE PROPAGANDA DO GOVERNO.
MAS CONCORDA COM A FORMA E CONTEÚDO!!
Passos Coelho diz que o seu alvo são as acções promocionais do Governo
O líder do PSD garantiu esta terça-feira que não pretende combater o programa Novas Oportunidades, mas as acções promocionais do Governo, que transformam os alunos em “figurantes para fazer propaganda”.
“O que é importante não é combater a ideia das Novas Oportunidades, é combater que se gaste milhões de euros em acções promocionais das Novas Oportunidades
http://www.jn.pt/eleicoes/legislativas2011/Interior.aspx?content_id=1854556
O que ele discorda é que as NOVAS OPORTUNIDADES SIRVAM PARA ACÇÕES DE PROPAGANDA DO GOVERNO.
MAS CONCORDA COM A FORMA E CONTEÚDO!!
🙂 🙂 🙂
Maio 18, 2011 at 12:21 am
#72,
Rai’s parta a falta de coisos…
Maio 18, 2011 at 12:26 am
Que comprimidos é que este anda a tomar?
Mobilidade social? DEIXA-ME RIR!!!!!!!!!!!!!
Eleições: Ferro Rodrigues acusa PSD de ser contra a mobilidade social por criticar Novas Oportunidades
18 de Maio de 2011, 00:11
Sintra, 18 mai (Lusa) — O cabeça de lista do PS por Lisboa, Ferro Rodrigues, acusou esta noite o PSD de ser contra a mobilidade social e de ter insultado milhares de portugueses ao pôr em causa o programa das Novas Oportunidades.
“É absolutamente inaceitável porque foi uma ofensa que fez a mais de 500 milhares de portugueses que por uma questão de autoestima ou de ambição de ascender profissionalmente quiseram melhorar as suas habilitações. Com este discurso o PSD só mostra que está contra a igualdade de oportunidades e contra a mobilidade social”, criticou.
Ferro Rodrigues falava à agência Lusa à margem de um encontro com militantes socialistas que decorreu esta noite numa escola de Queluz e que contou com a presença, entre outros, dos deputados Vitalino Canas, Maria de Belém e Marcos Perestrelo.
O candidato socialista criticou ainda a proposta do PSD de que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção sejam obrigados a fazer trabalho comunitário.
“Isso demonstra um grande desconhecimento das pessoas que têm acesso a esse tipo de rendimento. São crianças e idosos e não estão em idade de trabalhar”, sublinhou.
Durante o encontro com os militantes socialistas, que durou cerca de uma hora, Ferro Rodrigues enumerou 10 razões para dar um voto de confiança ao PS e outras tantas para penalizar o PSD.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/12558639.html
Maio 18, 2011 at 12:37 am
Maio 18, 2011 at 12:38 am
Fui
Maio 18, 2011 at 12:42 am
Vamos ao assunto das NO.
Entendo que se há falta de qualidade, de exigência, nas NO, o mesmo acontece no 4º, no 6º, no 9º, no 12º, nas licenciaturas e nos mestrados.
Sinto que há facilitismo a mais generalizado.
Assim atacar as NO é um disparate!
Sabemos que foi uma forma de muita gente volta à escola, valorizar-se, dizem que se sentem melhor.
As aulas são fáceis, ou é uma balda? Então que estão lá a fazer os professores? São os ministros ou os docentes que dão as aulas e acompanham os alunos?
Os diplomas não dão acesso ao emprego? E dão as licenciaturas?
Se há que avaliar, que se avalie! Por entidades independentes e de alto a baixo.
Agora que não se atire com o programa ao lixo, que se não ridicularize os milhares de alunos que orgulhosamente acham que conseguiram ultrapassar uma barreira.
Maio 18, 2011 at 12:42 am
#59,
Errado…
Mas não sou obrigado aqui a explicar-lhe isso.
😉
Mas como se diz em #60, inchei quase até aos 100 quilos.
Só por isso…
Maio 18, 2011 at 12:44 am
Ena!!!!!!!!!!!
Maio 18, 2011 at 12:45 am
#82,
Ninguém ridicularizou os alunos (mesmo quando o não chegam a ser e não passam de números para os CNO atingirem os seus objectivos).
Ridicularizarei sempre a ânsia certificadora a qualquer preço, para efeitos de propaganda e de venda de banha da cobra.
O mesmo funciona para o facilitismo bolonhês.
Maio 18, 2011 at 12:45 am
Criar uma Oportunidade para a (re)-qualificação de milhares de pessoas que precisam de regressar/ingressar ao/no mercado de trabalho é uma boa ideia que deveria ter sido implementada com mais rigor e exigência por parte de todos os envolvidos.
Não se trataria de obrigar os adultos a realizar um plano de estudos igual ao dos mais jovens que ainda vão ter muita vida para construir.
Teria sido uma Excelente Oportunidade de utilizar aqueles dinheiros para realmente qualificar as pessoas dando-lhes acesso a aprender mesmo algo de novo e útil sobretudo para quem procura um emprego.
Mas nem sempre foi isso que sucedeu!
Se o país quiser competir em sectores de alta tecnologia, inovadores, etc., não pode continuar a ter mão de obra barata e pouco qualificada, (isso já está feito noutras partes do mundo), nem pode continuar a descuidar a formação da cidadania.
Criar para as pessoas mais desfavorecidas oportunidades que lhes certificam competências que já não servem e que as mantêm no estadio de pobreza a que deveriam ser arrancadas, é enganar os destinatários e e empobrece a democracia.
Contudo, as elites nunca quiseram partilhar o poder, por isso muito do que se faz é apenas para iludir.
Maio 18, 2011 at 12:54 am
#82
Por mim atacaria o facilitismo geral.
Mas não basta mandar uns “bitaites” em altura de campanha eleitoral.
Dever-se-ia analisar, verificar e introduzir mecanismos que garantam a qualidade.
Se há aproveitamento governamental na entrega dos certificados? O mesmo se pode dizer de uma inauguração…
Retirando a carga eleitoral em que vivemos e nos parece deixarmos submergir, acho que o próximo governo deveria com calma e serena análise por quem deve, fazer uma avaliação independente não só das NO mas de todo o sistema de ensino.
O resto e nesta altura é apenas fumaça!
Maio 18, 2011 at 12:56 am
#83
Nem deu para subires mais rápido na carreira?
Maio 18, 2011 at 1:02 am
#89
Não basta “avaliação serena independente” e nhé, nhé nhé…
É preciso fazer mais dois níveis de exigência:
– deixar de nomear pessoas “com base na confiança política” para cargos de administração pública, criando concursos e fazendo uma carreira técnica independente como acontece nos países civilizados;
– responsabilizar criminalmente todos os que gerem mal e decidem mal sobre “a res(coisa)pública”.
Maio 18, 2011 at 1:03 am
O que PPC disse em 1º lugar, hoje, durante o dia, foi que as NO “eram um certificado de ignorância”(expressão que, quer queiram, quer não, é ofensiva e descabelada)
Pelo que ouvi no debate à noite, fez um esclarecimento, dizendo que o embuste estava no uso das pessoas/formandos para fins eleitorais do PS.
Finalmente, acaba por concordar com a forma e conteúdo.
Descontando os sound bytes da CS, parece que continuam os esclarecimentos.
Já não é mau. Dá uma certa experiência da coisa. Que o diga Sócrates, que se especializou na estratégia.
Maio 18, 2011 at 1:04 am
Ah! Vejo que já vão indo descansar e outras coisas…
Sendo assim…
Bô Nôte!
Bons sonhos.
fui!
Maio 18, 2011 at 1:07 am
O doutoramento nao existe apenas para a empregabilidade, nem para a estima própria. Eu estou a fazê-lo por gosto, por prazer, para aprender. É de Bolonha, claro! O que é que eu posso fazer? Meter-me numa máquina do tempo e rumar até aos anos 60? 70? 80? Até ao sec. 19? Uma coisa posso garantir:não vou fazer plágios, até porque sou muito senhora do meu nariz, para dar a outrem o prazer de lhe copiar o que quer que seja:eu faço melhor! Quanto ao SEUC, tomara eu que as NO fossem assim!
Maio 18, 2011 at 1:46 am
Um excelente post.
É insultuoso como se esbanja o dinheiro dos contribuintes portugueses (e europeus) …
É insultuoso para os muitos trabalhadores – estudantes que durante gerações estudaram à noite…
É insultuoso que em poucos meses obtenham equivalência ao que outros trabalham durante anos para obter…
É insultuoso o engodo com que ludibriam gente honesta e com vontade de aprender…
É insultuosa a certificação da ignorância…
É insultuoso as funções que atribuem a profissionais com formação universitária (que não de bolhonice) numa área específica do conhecimento…
É insultuosa a negociata, favores e formas de vida que rodeiam esta coisa…
É insultuosa a propaganda partidária com dinheiros públicos…
É insultuoso…
Mas, ainda mais grave, é o facto destes indivíduos, aos longo dos últimos 6 anos, estarem a transformar, a ritmo acelerado, todo o sistema de ensino em novas oportunidades
18: Um excelente link
46:
Santo Ambrósio! O que são “separadores” e “Núcleos Geradores”??? 🙂 🙂
serão separadores de partículas???
serão geradores/reactores nucleares??? por aproximação à engenharia nuclear a coisa fica a parecer mais científica…
Quando criam um RVCC para bebés??? ou duvidam que também eles adquirem competências… quanto ao porta-folhas (gosto mais assim) reflexivo de aprendizagem poderia ser em registo audiovisual (vivemos ou não na era do choque tecnológico?)…
isto é que seria um investimento de futuro (e a parque escolar esfregaria as mãos de contente… em vez da rendinha paga pelas escolas, “prendavam e conversavam ” com amigos das câmaras (que não interviessem directa e inequivocamente na decisão)para zonamento favorável e vendiam o edifício e o solo urbano a preço de diamante…
Maio 18, 2011 at 8:31 am
Resumo
Perrenoud é o mestre das NO
A intenção que preside às NO é boa e o PPC é mauzinho
A Maria Campos é a nova forma de estar do Movimento Nacional Feminino: antes ofereciam cigarros e comida enlatada, agora oferecem “qualificações”.
Porca miséria!
Maio 18, 2011 at 1:02 pm
[…] o post de Guinote e o debate na caixa de comentários, que vale a pena ler até ao fim, já que a prosa dos oponentes […]
Maio 18, 2011 at 3:27 pm
“O processo (…) limita-se, mesmo que não na totalidade…” (??????)
“não conheço nenhum estudo ou avaliação (…) que demonstre que os certificados pelos CNO melhoraram significativamente de vida após a certificação, ou um ano depois.” Não conhece, mas espingarda.
Se não fosse tão ridículo esse paleio, de tão ignorante…
Maio 18, 2011 at 3:29 pm
A verdade é esta; estou na universidade com pessoas que frequentaram as NO e pessoas que frequentaram o ensino recorrente. Não há comparação possível. As pessoas das NO não sabem fazer um texto com Introdução, Desenvolvimento e Conclusão algo básico para um curso de humanidades como o meu.
Maio 18, 2011 at 3:44 pm
A verdade é esta, ponto e vírgula? Humanidades? Hummm… As pessoas que frequentaram as NO? O que é frequentar as NO?
Maio 18, 2011 at 5:40 pm
Subscrevo e aplaudo o post do Paulo.
Maio 19, 2011 at 12:32 am
«Há casos desses, como bem sabem os que andam lá metidos. embora como é óbvio não gostem de admitir…»
Talvez não se importassem de admitir. Ninguém sabe melhor o que se passa nas NO do que nós, que andamos dentro delas há uns anos. Mas não podem. Seriam perseguidos e expulsos. Como as moedas más.
Maio 19, 2011 at 12:36 am
#98
É, mas num arremedo, o mesmo que estudar Estudo Acompanhado. Sim, houve “um” que disse que gostava.
Maio 19, 2011 at 12:39 am
#87
«Dever-se-ia analisar, verificar e introduzir mecanismos que garantam a qualidade.»
Esta proposta, por mais inocente e bem intencionada que seja, não tem qq interesee. O objectivo do governo não é qualificar, é acabar ou reduzir ao mínimo o nº de cidadãos sem a escolaridade obrigatória. Para fins puramente estatísticos e eleitorais. Só. O resto é uma pegada aldrabice. Pergunta ao Manuel Maria Carrilho que ele tem umas ideias sobre o assunto.
Maio 19, 2011 at 6:49 pm
#98
ó espertinho do 98: Sabe o que é uma gralha? Não? Quer que eu lhe explique? Já olhou para o teclado? Já viu onde está a tecla do ponto e vírgula? Não?
Em todos os casos, frequento o curso de História, da Faculdade de Ciências Sociais de Lisboa.
Maio 22, 2011 at 4:06 am
[…] da campanha eleitoral. Não o esperava, mas concordo. Com efeito, ignorante é quem não sabe a enorme fraude que as Novas Oportunidades […]