E agora há que enfrentar, sem rebuço ou vergonha, a questão do voto corporativo e em defesa de interesses próprios, pois nunca se colocou de forma tão evidente.
Vejamos: o programa do futuro Governo nos traços principais será delineado nas próximas semanas pelo FMI e pela União Europeia.
A margem de manobra para fugir às suas determinações é escassa e só seria possível com um Governo muito à Esquerda (PS sem Sócrates com PCP e Bloco), com uma solução que Cavaco Silva inviabilizaria, a menos que estivesse comatoso. Todas as outras soluções (Pântano Central ou Aliança Democrática 4.0) estarão prisioneiras do diktat dos senhores das massas que contam para isto.
Logo, o voto pode decidir-se nos intervalos estreitos de autonomia que cada um dos partidos que podem liderar uma solução de Governo tenham para apresentar. Neste caso, em matéria de Educação, no geral, e em relação à classe docente, em particular.
- Do lado do PS já sabemos que pretende continuar com o que tem feito.
- Do lado do PSD, ainda não se sabe e até t(r)emo em saber, atendendo ao que têm sido as propostas dos seus tanques de pensamento.
- Do lado do Bloco, CDS e PCP também se sabe mais ou menos o que pensam, mas também sabemos que o seu poder negocial numa solução governativa dificilmente passará pela imposição das suas crenças em matéria de Educação. As prioridades são outras. Numa solução governativa, a Esquerda está mais preocupada em obras públicas e a Direita em redução do aparelho de Estado.
Logo, há que pensar bem qual a melhor solução para votar, em especial por parte daqueles que não querem que continue o que está.
Como parece óbvio, com uma vitória do PS, o garrote continuará e será reforçado em redor do pescoço dos docentes. Está na altura do PSD se chegar à frente e dizer se, no fundo, tem algo diferente para apresentar, se apenas tem uma forma diferente de fazer o nó no laço…
Por tudo isto, é hora de assumir claramente que – perante um quadro macro em que poucas alternativas há – o voto de cada um de nós deve ser feito a pensar no que é melhor para a sua vida.
E a quem afirmar que isto é corporativismo, eu respondo sem problemas que é. E depois?
Abril 29, 2011 at 3:59 pm
Resolução da Assembleia da República n.º 93/2011
Sobre a aplicação da apreciação intercalar da avaliação
do desempenho do pessoal docente
e consequente alteração dos mecanismos de avaliação
A Assembleia da República resolve, nos termos do
n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo
que:
1 — Aplique um modelo simplificado que tenha apenas
em conta a apreciação intercalar, devendo ser instruída
nos termos do despacho n.º 4913 -B/2010, com as devidas
adaptações ao ciclo avaliativo em curso, excepto para os
docentes contratados e professores que se encontrem em
condições de mudança de escalão.
2 — Inicie negociações com os sindicatos representativos
do sector, a fim de que seja definido um novo regime
de avaliação do pessoal docente, até ao final do presente
ano lectivo.
3 — Determine que essas negociações sejam estabelecidas
dentro dos limites definidos no número seguinte.
2440 Diário da República, 1.ª série — N.º 81 — 27 de Abril de 2011
4 — A solução quadro para o novo modelo de avaliação
terá de considerar:
a) A promoção do desenvolvimento profissional dos
docentes num quadro de rigor que reconheça o mérito
e a excelência na componente científico -pedagógica, ou
seja, um modelo de avaliação essencialmente focado na
componente científica e pedagógica do professor;
b) Uma avaliação simples nos procedimentos, baseada
num documento único de auto -avaliação;
c) Um período de avaliação que não prejudique o decurso
normal do ano lectivo, a terminar no fim deste, com
a consequente emissão do seu resultado antes do início do
ano lectivo subsequente;
d) Uma avaliação dos docentes hierarquizada e por isso
centrada no conselho pedagógico;
e) Um ciclo de avaliação plurianual, coincidente com
a duração dos escalões da carreira docente;
f) O estabelecimento de um quadro objectivo de isenções
de avaliação, para situações concretas;
g) Um sistema de arbitragem expedito para os recursos;
h) A eliminação de qualquer critério que envolva a classificação
dos alunos como um dos elementos da avaliação
da classe docente.
5 — Que estabeleça e prepare todos os actos necessários
para início no terceiro período do presente ano
lectivo de um processo de formação para os avaliadores
e os avaliados, no âmbito da avaliação do desempenho
do pessoal docente.
Aprovada em 25 de Março de 2011.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Resolução da Assembleia da República n.º 94/2011
Princípios a que deve obedecer o novo quadro legal
da avaliação e da classificação
do desempenho das escolas e dos docentes
A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5
do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que:
1 — Até ao final do presente ano lectivo, aprove um
novo enquadramento legal e regulamentar que concretize
um modelo de avaliação do desempenho docente, que
deverá produzir efeitos a partir do início do próximo ano
lectivo.
2 — Para o efeito previsto no número anterior, desenvolva
todas as diligências no sentido de gerar o mais amplo
consenso possível com os diferentes agentes educativos.
3 — O novo modelo de avaliação deverá nortear -se
pelos seguintes princípios:
a) O quadro legal que venha a ser definido deve tratar
autonomamente a avaliação do desempenho e a classificação
do desempenho;
b) O modelo de avaliação e classificação do desempenho
deve ser desenvolvido com a colaboração estreita
dos actores a quem se destina, substituindo a lógica da
imposição pela lógica da aceitação;
c) O modelo de avaliação e classificação do desempenho
das escolas e dos professores deve prever um sério escrutínio
técnico, de natureza pedagógica e científica, por parte
das associações representativas da comunidade educativa,
de modo a garantir -lhe credibilidade e exequibilidade;
d) O modelo de avaliação e de classificação do desempenho
não deve ser universal, isto é, não deve ser o mesmo
para contextos científicos e pedagógicos diferentes;
e) A avaliação do desempenho deve privilegiar a avaliação
do desempenho da escola, enquanto somatório do
desempenho dos seus actores;
f) A avaliação do desempenho dos docentes deve fazer-
-se tendo como referencial obrigatório o quadro de desenvolvimento
da escola a que o docente pertence e não uma
multiplicidade de percursos e objectivos individuais dos
docentes que a integram;
g) A avaliação do desempenho deve visar a gestão do
desempenho, isto é, ter como resultado prioritário a determinação
dos obstáculos ao sucesso do ensino e a sua
remoção, numa lógica formativa;
h) A classificação do desempenho deve referir -se a ciclos
temporais bem mais dilatados que o anual, manifestamente
insuficiente para gerar alterações observáveis relevantes e
de forma a não supor cargas incomportáveis de procedimentos
administrativos. No que toca a consequências na
progressão na carreira dos docentes, tais ciclos temporais
serão os da duração de cada escalão profissional;
i) A classificação do desempenho deve revestir uma
lógica externa preponderante, removendo definitivamente
da cultura organizacional das escolas os malefícios da
classificação interpares;
j) A avaliação e a classificação do desempenho devem
ser consequentes, num quadro de correspondência bem
definida entre autonomia e responsabilidade;
l) A avaliação e a classificação do desempenho devem
constituir referenciais dominantes da acção de supervisão
formativa da Inspecção -Geral da Educação e instrumentos
axiais de uma política de garantia da qualidade do ensino.
Aprovada em 25 de Março de 2011.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.
Abril 29, 2011 at 4:01 pm
“E depois?” E depois é chunga!
Abril 29, 2011 at 4:07 pm
#2,
E depois?
Abril 29, 2011 at 4:09 pm
COLEGA PAULO:
“”E a quem afirmar que isto é corporativismo, eu respondo sem problemas que é. E depois?””
EU TENHO-O POR UM HOMEM BASTANTE CULTO. MUITO ACIMA DA MÉDIA DA NOSSA CLASSE. MAS , MUITAS EVZES FICO TRISTE COM A FALTA DE PERCEPÇÃO DE COISAS QUE SÃO LÓGICAS E EVIDENTES:
O PAULO QUER QUE A VIDA DE UM PROFESSOR SE RESUMA À AVALIAÇÃO. OS INTERESSES CORPORATIVOS DOS PROFESSORES, ESTÃO MUITO MAS MESMO MUITO LONGE DE SE RESUMIREM À AVALIAÇÃO ENQUANTO:
—-PROFESSORES, POIS HÁ MUITO MAIS EM JOGO NA NOSSA PROFISSÃO, NESTAS ELEIÇÕES , PARA ALÉM DA AVALIAÇÃO, PARA NÃO FALAR QUE MUITOS, MAS MESMO MUITOS PROFESSORES CONTRATADOS A QUEREM, PARA SUBIREM MAIS UNS LUGARES NA GRADUÃÇÃO PROFISSIONAL.
—-COMO CIDADÃOS, POIS A VIDA DE UM PROFESSOR NÃO É SOMENTE SER PROFESSOR, É TAMBÉM A ECONOMIA, A CULTURA A JUSTIÇA O EMPREGO….
COMPREENDEU?
Abril 29, 2011 at 4:15 pm
#4,
Em primeiro lugar, “colega ???”, aprenda a ler.
Em segundo, não é por usar maiúsculas que eu percebo melhor.
Em terceiro, releia o post e diga-me em que parte eu falo em avaliação e em votar com base na ADD. Se não percebe o que lá está, lamento se for professor de alguma disciplina que se baseie em textos para ensinar alguma coisa aos alunos.
Quanto a tristeza, eu tenho-a quando percebo que há “sopeiros” que assassinam a grafia e a sintaxe da Língua Portuguesa com uma despreocupação e um desdém que só pode derivar da ignorância.
E pim!
Abril 29, 2011 at 4:19 pm
“Está na altura do PSD se chegar à frente e dizer se, no fundo, tem algo diferente para apresentar, se apenas tem uma forma diferente de fazer o nó no laço…”
Não acho. Está na altura de o PSD fazer o que sempre fez, prometer uma coisa e fazer outra. Que aquela conversa do “ah, não sabíamos que isto estava assim, o mundo mudou e não sei quê”, não foi inventada pelos socratinos…
Em tempos pré-socratinos, era o PSD bastante mais hipócrita e oportunista do que o PS. Para quem não saiba ou já não se lembre…
Isto para dizer que, a confiar na palavra dos senhores dos passos, não vamos longe…
Abril 29, 2011 at 4:23 pm
# 4 Dr. Fajardinho tio
Não não basta dizer que é professor.
Ao ler o seu texto percebe-se porquê.
A “família” de comissários políticos ao serviço do PS está ufana e muito activa…
Abril 29, 2011 at 4:23 pm
#6,
António, então vivemos no mundo dos preconceitos e “a prioris”.
Não é essa mesma forma de pensar que faz alguns dizer que o Bloco e o PCP nunca seriam capazes de governar?
Consegues fugir à armadilha em que caem aqueles que criticas?
Abril 29, 2011 at 4:25 pm
#4,
Estive a reler o comentário com atenção e entre erros (alguns causados pela sofreguidão) ortográficos, erros de concordância e distribuição apalermada de vírgulas, quase parece uma prosa popota ou albina.
Abril 29, 2011 at 4:26 pm
corporativismo
É por causa do termo ” corporativismo” que procede de uma outra entrada, mais abaixo deste fórum. Aí, a “coisa” era mesmo a avaliação.
Sabe que ,areia para os olhos, é coisa que estou habituado a lidar
Abril 29, 2011 at 4:28 pm
#10,
Então comenta no post acerto.
E será “procede” ou “precede”?
servem os dois termos, mas depende da ideia. Caso exista uma.
Sopeiro!
Abril 29, 2011 at 4:28 pm
#6 António Duarte
Concordo consigo, mas temos de ter em conta que muitos professores ainda acalentam esperanças de que uma vitória do PSD traga mudanças interessantes na área da Educação.
Não acredito que isso venha a acontecer. Tenho estado com atenção ao que vão dizendo e escrevendo e vejo que o vazio de ideias é assustador!
Ainda convém não esquecer as actuações dos Ministros/as da Educação quando o PSD foi governo!
Quem não se lembra?
Abril 29, 2011 at 4:29 pm
Como eu compreendo quem quer uma prova de acesso à docência em certos momentos. Deram um canudo a isto:
Sabe que ,areia para os olhos, é coisa que estou habituado a lidar
A infestação de vírgulas.
Estarão em promoção na Staples?
Ou será no Pingo Doce?
Abril 29, 2011 at 4:30 pm
Ia-me esquecendo: “SOPEIRO!!!”
Abril 29, 2011 at 4:30 pm
# 9
“MUITAS EVZES” é erro em EVZES ?…:-)
Há uma vírgula a mais e outra a menos.
Quer que lhe faça o balanço ?
Abril 29, 2011 at 4:30 pm
Material essencial para um professor que critica os outros por não saberem ler e compreender os textos: uma gramática, um prontuário, um cérebro.
Abril 29, 2011 at 4:31 pm
#8
Para fugir à armadilha que referes era preciso, como já tenho aqui dito, que os professores soubessem vender caro o seu voto.
Que o PSD sentisse que tinha que se comprometer com os professores, de uma forma mais séria do que fizeram os socratinos com o “acordo” com os sindicatos – para dar um exemplo que te é caro…
Mas não é isso que vejo. Não será certamente o teu caso, mas que me deparo, aqui e noutros sítios, é com uma reacção emotiva de rejeição, de asco mesmo, em relação ao actual PM, que leva as pessoas a atirar-se de cabeça para a solução-PSD, sem exigirem mais do que a saída de cena do socratino.
Abril 29, 2011 at 4:32 pm
#15,
A um sopeiro tudo se desculpa, certo?
O pior mesmo é quando, tentando detectar os próprios erros, ainda se percebe melhor que nem dá por eles.
Sopeirinho, pronto, que já deves ser do tempo em que o ppl taSS bem.
Abril 29, 2011 at 4:34 pm
#17.
E o que dizes da reacção de asco à “Direita” promovida por aqueles que acabarão por entregar de novo o poder ao Sócrates?
Porque o PC e o Bloco deveriam entender que o reforço das suas posições relativas só faz sentido se isso conduzir a uma solução de governo que não o Pântano Central!
Só reduzindo o espaço do Sócrates à esquerda e ao cento!
Abril 29, 2011 at 4:37 pm
O programa do PSD para a educação pode talvez resumir-se a isto:
Privatizar, privatizar, privatizar.
Depois de chegados ao poleiro, e fazendo bem as contas, iriam verificar aquilo que as pessoas sensatas estão fartas de saber, que uma solução liberalizadora no actual momento traria, no curto prazo, ou um aumento enorme de despesa, porque o Estado se veria, ainda que transitoriamente, a financiar dois sistemas de ensino em paralelo, ou, em alternativa, se quisessem fazer as coisas à bruta, a mandar gente para o desemprego, uma explosão social com que não saberiam lidar.
Quanto à ADD, como não vão ter dinheiro para a privatizar nem querem ser criticados por acabarem com ela, vão deixar o que está que fica barato e os professores já se vão acomodando…
Abril 29, 2011 at 4:38 pm
#20,
Esperemos para ver o que o discreto Canavarro tem preparado.
Abril 29, 2011 at 4:39 pm
Por alguma razão há cada vez mais gente do PS a apoiar alianças com o PSD, mas a obstar a alianças com o PC e o BE.
Cada vez mais me vou convencendo que nos querem impingir um “governo do centrão” plebiscitado em 5 de Junho…
Abril 29, 2011 at 4:42 pm
#19
“Só reduzindo o espaço do Sócrates à esquerda e ao centro!”
Concordo. Mas para isso, o PSD que arregace as mangas, que olhe mais para o povo e menos para os betinhos janotas e arrogantes que se andam por lá a encostar e que vá buscar os votos que lhe faltam ao eleitorado do PS.
Não defenderei nunca que pessoas que se sentem de esquerda e que defendem uma solução política à esquerda vão dar votos à direita, dando a esta uma ajuda que não merece.
Abril 29, 2011 at 4:42 pm
O estado do país chegou a tal ponto que as coisas não se podem resolver com falinhas mansas, pugilismos políticos verbais ou pugilismos económicos. Só há duas soluções: guerra ou catástrofe natural.
Abril 29, 2011 at 4:42 pm
O meu clone anda por aqui. Imediatamente para casa! Ainda tens de lavar as cuecas e as meias do mês passado. Rápido para casa clone. Deixa-te de filosofias baratas e vem mas é trabalhar naquilo que és realamEnte bom: lavar a roupa suja.
Abril 29, 2011 at 4:46 pm
O que esperavam de um orgão de soberania (?) de um regime cleptocrático?
Abril 29, 2011 at 4:47 pm
#25
Pois, roupa suja…
o Tribunal é socialista!
Cavaco é socialista?
Não teve capacidade para aceitar a deliberação da Assembleia da República?
Mas como é do PSD, não é criticado…
Abril 29, 2011 at 4:51 pm
Perdão, digo: órgão.
Abril 29, 2011 at 4:54 pm
É efectivamente necessário saber qual o programa do PSD no que concerne às políticas educativas
Abril 29, 2011 at 4:59 pm
🙂 🙂 🙂 AHAHAHAH
AHAHAHAHAHAH
CDS-PP diz que tinha dúvidas
O CDS-PP reconheceu esta sexta-feira que também teve dúvidas sobre a separação e interdependência dos órgãos de soberania, aquando da votação a favor da revogação da avaliação de desempenho dos professores, escreve a Lusa.
José Manuel Rodrigues reagiu desta forma à declaração de inconstitucionalidade justificada com a «violação do princípio da separação e interdependência dos órgãos de soberania».
«Mesmo tendo votado a favor da revogação do decreto regulamentar, também tínhamos dúvidas dessa separação agora evocada pelo TC», disse.
http://diario.iol.pt/sociedade/avaliacao-inconstitucional-ps-educacao-professores-tvi24/1249803-4071.html
( NÃO TARDA NADA QUE O PSD DIGA O MESMO )
Abril 29, 2011 at 5:11 pm
O diploma levantou muitas dúvidas quanto à sua constitucionalidade porque revoga um decreto-regulamentar e não um decreto-lei, competência que os constitucionalistas atribuem ao Governo e não ao Parlamento.
Cavaco Silva só vai tomar uma decisão definitiva depois das eleições legislativas, marcadas para o dia 5 de Junho e até lá as escolas escolheram continuar com todos os procedimentos necessários para a avaliação de desempenho docente.
http://economico.sapo.pt/noticias/tribunal-chumba-anulacao-da-avaliacao-dos-professores_117017.html
E CONTRA ISTO NADA 😉
Abril 29, 2011 at 5:15 pm
Vou votar no partido que defende os animais.
Abril 29, 2011 at 5:16 pm
PRODUTORES
“(…) a intervenção do Estado através da provisão de bens que têm uma forte aproximação aos bens privados, como a saúde e a educação, pode limitar fortemente o funcionamento do sistema de preços como elemento corrector de desequilíbrios entre procura e oferta. Por outro lado, a intervenção do Estado nestas áreas limita a concorrência entre PRODUTORES, a qual constitui um ingrediente fundamental no processo de minimização de custos. (…)”
aqui (p11):
http://www.maissociedade.com/wp-content/uploads/2011/04/Mais-Sociedade-Capa-Papel-do-Estado-pub.pdf
Abril 29, 2011 at 5:21 pm
Este desfecho era previsível: ao ler a Constituição, percebe-se que a AR se intrometeu na esfera de competência própria do governo, pelo que a resolução sobre a suspensão da ADD estava ferida de inconstitucionalidade orgânica.
Ou seja, a AR poderia ter revogado os artigos do ECD que regulam a ADD (pois a sua aprovação é de competência da AR) mas não a sua regulamentação (que é da competência do governo). Foi sobre isto que o TC se pronunciou e não sobre os (de)méritos da ADD. No fundo, o porta-voz do CDS tem toda a razão no que diz.
O problema foi tudo ter sido feito a contra-relógio, já depois de o governo se ter demitido: como a revogação de parte do ECD exigia, formalmente, a audição dos sindicatos (e o PS ia fazer tudo para a arrrastar), o PSD e o PCP arranjaram uma solução de recurso. Se Cavaco a tivesse deixado passar e não requeresse a fiscalização preventiva da constitucionalidade da resolução (tendo o TC 40 dias para se pronunciar), o PS poderia requerer a fiscalização sucessiva da constitucionalidade ao TC, mas esta teria um prazo mais demorado, pelo que uma eventual declaração de inconstitucionalidade nesses termos já não teria efeito prático. Mas todos sabemos de que lado está o PR, pelo que sempre temi que as coisas acabassem assim.
Abril 29, 2011 at 5:30 pm
Tenho defendido, de forma descomplexada, pragmática e isenta de preconceitos ideológicos, o apoio, a título meramente instrumental – e, nessa medida, corporativo em grande parte… – ao PSD como, não digo a melhor ou mais desejável, mas a única maneira de derrubar efectivamente Socas.
A posição de Passos Coelho sobre a suspensão da ADD, do ponto de vista em que desassombradamente me coloquei, será um teste decisivo para sabermos se vale realmente a pena levar esse apoio até à mesa de votos.
Em nome da possibilidade de podermos livrar o país da insanidade socretina – e em particular, os zecos da sua sanha persecutória -, esperemos que Passos Coelho mantenha a rectidão de propósitos e a força para impor a suspensão desta ADD no seu compromisso eleitoral, como objectivo para cumprir na próxima legislatura, então em bases legislativamente mais consistentes e com menos crispações ideológicas.
Se todos os partidos mantiverem a coerência das sua posições sobre este modelo de ADD, isto pode ter sido um funeral adiado. O champanhe aberto hoje pode vir a saber mal a todos os Maria Campos que por aí saracoteiam…
Abril 29, 2011 at 5:41 pm
Quanto à substância do “post” do Paulo, plenamente de acordo.
A estigmatização dos chamados “corporativismos” constitui uma das muitas falácias dos ideólogos neoliberais para atacar as classes profissionais mais ciosas dos seus direitos e reduzir a influência dos sindicatos e outras organizações de defesa dos trabalhadores.
A ele opõem o chamado “interesse geral do país”. Mas pergunta: o interesse geral do país será o mesmo para o Belmiro de Azevedo e para um operário da construção civil? Não é o interesse geral a multissetriz dos diferentes interesses particulares?
No fundo, a estigmatização dos “corporativismos” tradicionais serve apenas para esconder os piores: grandes empresas, gestores públicos e privados, grandes escritórios de advogados, empresas de construção civil e obras públicas, “boys” partidários. Essas, sim, são as corporações que se têm governados á custa de todos nós.
Para mim, julgo que derrotar Sócrates é fundamental, mas também não confio em PPC.
O melhor será o pessoal da esquerda votar no BE ou na CDU (no Norte, Centro, Algarve e ilhas, mais no primeiro; no Alentejo, mais na segunda; em Lisboa, Setúbal, Santarém e Porto à escolha) e o de direita no CDS. Quem não quiser “engolir sapos” que vote branco, nulo ou no PAN (Partido dos Animais e da Natureza).
Sabemos que, entre PS e PSD, algum terá de ganhar e que o mais prrovável é haver um “bloco central” promovido pelo Cavaco, sem Sócrates ou sem PPC.
Quem sabe se, saindo os dois “grandes” enfraquecidos das eleições, não teríamos o tal “bloco central” sem nenhum deles. Do mal o menos, embora quem vá ditar as políticas do próximo governo seja a “troika” FMI/BCE/UE. E bem nunca ficaremos!
Abril 29, 2011 at 5:43 pm
# 35 : Um homem de fé!
“Se todos os partidos mantiverem a coerência das sua posições sobre este modelo de ADD, isto pode ter sido um funeral adiado”
Porque a diferença que haverá será entre a avaliação interpares ou avaliação externa.
Em ambas encontro vantagens e desvantagens ,com a mesma intensidade de rejeição,da actual.
Abril 29, 2011 at 5:57 pm
Um país em bancarrota, sem capacidade de pagar os vencimentos no próximo mês e Suas Exceçelencias (toma Paulo) a perderem tempo com avaliação dos professores.
Abril 29, 2011 at 6:11 pm
#37
Parabéns! Vê-se que compreendeu na perfeição o meu ponto de vista!
O meu comentário, como é óbvio, assenta em argumentos que não conseguem esconder a pura fé e devoção que os movem, e está todo virado para o êxtase e para a contemplação mística.
De resto, como é sabido – e ainda mais por um exegeta do seu calibre -, as proposições de fé começam por “se…”.
Deus lhe perdoe! 🙂
Abril 29, 2011 at 6:49 pm
A coisa não passou na forma. Não foi pelo conteúdo. Esse está lá e lá estará até 5 de Junho.
Portanto, insistir em votar PS é dar fogacho à coisa.
O voto branco não serve para nada e só beneficia Sócrates.
Digo eu, que até sou uma clássica votante do PS ( estou é em interrupção-suspensa- até Sócrates sair de lá).
Abril 29, 2011 at 6:50 pm
Só sai pela morte…matada…UMA QUEDA DA CADEIRA…OU HEMORROIDAL AGUDO…
Abril 29, 2011 at 6:53 pm
#1
Isso são recomendações, de nada valem. foi publicado, mas só porque foi aprovado. Sem valor prático.
Abril 29, 2011 at 6:56 pm
Quanto ao PSd se chegar a frente, o melhor seria os mais pequenos se chegarem à frente.
tenho dúvidas, que o psd governe sozinho, a União Nacional desenha-se e entra-se nos políticos e no psd há quem aprove. Sendo assim não haverá qualquer nova proposta do psd para mudar a avaliação do desempenho.
Como essa União Nacional está a formar-se com o apoio e bênção de Só Ares e Acabado Silva, só resta votar nos mais pequenos para que tenham mais força negocial.
Abril 29, 2011 at 6:58 pm
#36
O ingenhero Socas adoraria essa “ingenharia eleitoral” – nessas matérias é diplomado, ao contrário dos aprendizes da oposição -, pois essa lógica, de tão “cirúrgica” que quer ser, acabaria por ter um efeito sobretudo dispersivo, que seria o que mais convinha a ele. Assim, o Ingenhero não teria nenhum partido que lhe fizesse sombra e o pudesse realmente apiar.
Mas é claro, há quem se contente apenas com “vitórias morais” e, para essas, a táctica e o discurso associado estão de há muito ensaiados…
Abril 29, 2011 at 7:15 pm
Bem visto, para acabar de vez com a bipolaridade. Os melhores políticos estão nos pequenos partidos.
Abril 29, 2011 at 7:37 pm
Como é possível que o energúmeno do Sócrates ainda consiga suscitar discussões em torno da nulidade das suas propostas???Este País não existe…é um sítio muito mal frequentado!!!
Abril 29, 2011 at 7:42 pm
Antes de ler os comentários, apetece-me dizer isto:
Há algum tempo que não me identificava tanto com um post.
Se for preciso sermos “corporativos” ( o que, para mim, significa, lutarmos em conjunto pelos nossos objectivos) que o sejamos.
É agora ou nunca!!!
Caso ganhe o PS, os professores serão as grandes vítimas do Socas.
Porquê?
Porque no resto ele não tem grande margem de manobra. Aplicará, tal como o PSD se ganhar, o que for acordado a 16 de Maio.
Mas no que aos Professores diz respeito, o PS e sua equipa tudo farão para nos vergar.
O PSD dar-nos-á mais autonomia!
Não tenham dúvidas!
Abril 29, 2011 at 7:43 pm
se eu tivesse dúvidas agora deixava de tê-las.
Abril 29, 2011 at 7:49 pm
É POR ISSO E POR MUITAS OUTRAS COISAS QUE DECIDI FAZER GREVE NO DIA 6…PODE SER INSTRUMENTAL..PODE SER FOGO FÁTUO…MAS PELO MENOS FAÇO ALGO…SE TODOS FIZESSEM A NÍVEL DA FUNÇÃO PÚBLICA TALVEZ A TROIKA PENSASSE DUAS VEZES ANTES DE APLICAR O PACOTE TOTAL ….ASSIM SE FOR FOR MANSO..VAI TUDO ABAIXO..

Fui..vou fazer o jantar…..esparguete preto com salmão fumado do Lidl e molho de yougurt regado com Alvarinho minipreço…
Abril 29, 2011 at 7:49 pm
“voto corporativo”? Assim é que é falar. O PS e a avaliação minaram as escolas e, no meu caso, parte da minha vida pessoal.
Vou ser avaliado por um colega que dá calinadas de arrepiar, que quando os alunos se portam mal finge não ver, que raramente chega a tempo o horas… só porque “é cá da terra” e é amigo dos chefes?
Actualmente a minha prioridade é sentir-me bem no meu trabalho, não ter de lutar todos os dias por um pedaço de dignidade.
Voto corporativo? Claro
Abril 29, 2011 at 7:50 pm
trinta anos de alternadeiros e bipolares. Estou farto da mesma cantiga, do mesmo tango ou bolero.
Ou damos uma valente sapatada neste arco da governação ou na União Nacional tão desejada ou …estaremos fritos por mais uma década ou mais.
Abril 29, 2011 at 7:52 pm
Quanto à União Nacional, só a sua referência é motivo para não considerar o PSD como hipótese de voto.
Abril 29, 2011 at 8:01 pm
Isto anda tudo um pouco desanimado por aqui.
No entanto… Pode a Assembeia da Repúbloica revogar um decreto regulamentar? Vejamos.
Assembeia da República
Lei n.º 18/2007 de 17 de Maio
Artigo 2.º
Norma revogatória
É revogado o Decreto Regulamentar n.º 24/98, de 30 de Outubro.
Abril 29, 2011 at 8:02 pm
A deputada do BE, Ana Drago, disse, esta sexta-feira, que o chumbo do Tribunal Constitucional da revogação da avaliação de desempenho docente é uma “má notícia”, defendendo que o próximo Parlamento deve assumir o compromisso de acabar com este modelo.
Em declarações à Agência Lusa, Ana Drago afirmou que o facto do Tribunal Constitucional ter declarado hoje a inconstitucionalidade da revogação da avaliação do desempenho docente “é uma má notícia para as escolas porque o sistema educativo necessita de um modelo de educação que permita conhecer as falhas das escolas, conhecer os contextos em que elas estão, melhorar a partir do conhecimento dessas dificuldades”.
“Aquilo que se foi percebendo à medida que este modelo foi implementado é que de facto ele não permitia fazer essa melhoria do sistema educativo e foi construído para dificultar a progressão na carreira dos professores e portanto para obter poupanças em termos de custos salariais”, criticou.
Segundo a deputada bloquista, “a Assembleia da República que resultar daquilo que vai ser a vontade dos portugueses expressa no dia 5 de junho não pode esquecer esta matéria”, recordando que houve uma “vontade política do Parlamento de colocar um ponto final neste modelo” de avaliação “e começar a discutir um outro”.
“Houve uma articulação entre diferentes partidos políticos a partir deste diagnóstico que vinha das escolas, ou seja, que este modelo de avaliação é muito pesado, é muito burocrático, não permite de facto melhorar as práticas que são seguidas nas escolas e que era preciso discutir um outro modelo”, explicou.
Para Ana Drago, “os partidos políticos não se podem esquecer desse mesmo compromisso”.
Abril 29, 2011 at 8:03 pm
http://www.ansr.pt/LinkClick.aspx?fileticket=C1qimtFeL%2F0%3D&tabid=73&mid=382
Abril 29, 2011 at 8:06 pm
Assembleia da República
Lei n.º 81/88 de 20 de Julho
Artigo 4.º É revogado o Decreto Regulamentar n.º 1/79, de 10 de Janeiro.
Abril 29, 2011 at 8:22 pm
Para o António Duarte (#23) é preferível “engolir” Sócrates outra vez do que “experimentar” Passos Coelho.
– Unicamente porque Passos Coelho “é de direita”.
Sabias, António, que a esmagadora maioria dos militantes e simpatizantes que votam em Sócrates considera-se “de esquerda”?
É claro que sabes.
Olha, António, cá estaremos após as eleições para ver quem contribuiu “utilmente” para a saída do Al Drabone… e quem deu o jeito para que ele continue como 1º.
– Para ver quem contribuiu com o seu voto para que as péssimas políticas educativas, que tanto criticámos, continuem através de José Sócrates.
Uma coisa é certa:
– Isso de torcer para que Sócrates perca para Passos Coelho “com os votos dos outros”, não é para mim.
…
…
…
Abril 29, 2011 at 8:34 pm
Embora compreenda, continuo a pensar que, aqui chegados, o problema está muito para além do facto de se ser professor ou não. Por aí não vou. è uma situação de todos nós. Basta olhar em redor. Há desemprego, há instabilidade, há empresas onde os trabalhadores não estão a receber a tempo e horas e onde, todos os meses, saem mais uns quantos.
Adiante,
#0
“Numa solução governativa, a Esquerda está mais preocupada em obras públicas e a Direita em redução do aparelho de Estado.”
Será?
Parece-me que a Esquerda está preocupada com o desemprego e a criação de emprego e o desenvolvimento económico; A Direita diz que quer a redução do aparelho de estado, mas não acredito que seja bem assim. Para os outros, talvez. Para os negócios de sempre, faz-lhe um grande jeito este Estado.
Sempre foi esta a política dos empreendedores lusos. No fundo, adora-se a protecção do Estado.
Abril 29, 2011 at 8:35 pm
Boa tarde, colegas.
Enfim, vamos prosseguir com a confusão, perdão, com o processo de avaliação… Às vezes sinto que tudo e todos estão contra o ensino, contra os professores! E incluo aqui boa parte da opinião pública, sindicatos, pedagogos, analistas, políticos e, acreditem, até professores! É que, no que toca à qualidade das aprendizagens, ao sucesso, etc.,alguém se lembra de colocar a tónica no interesse, no esforço, trabalho e disciplina dos alunos?
Quando constato que tanta gente acredita (???) que a avaliação dos professores, por um passe de mágica, vai conduzir directamente ao sucesso dos alunos, esquecendo tudo o resto (e o resto é a História da educação deste povo,o desinteresse pelo saber, pelo conhecimento), fico chocada! Bem, possivelmente leva ao tal falso sucesso…
Quanto à questão do voto, eu sei lá! No meio de tanta mediocridade, de tanto dislate, venha o diabo e escolha!
Cumprimentos a todos.
Abril 29, 2011 at 8:44 pm
O problema não é PPC ser de direita. O problema é esta certeza que aposta na privatização de tudo como solução para tudo. E que num país como o nosso ainda se pensa que se pode flexibilizar mais o trabalho.
É um problema de visão e de políticas. Não é um problema pessoal.
E, por falar em pessoal, está muito mal acompanhado. O maior problema vem de dentro do próprio PSD.
Vamos, pois ficar com os 2: JS e PPC. Para o bem e para o mal. Até que a morte nos separe.
Ámen.
Abril 29, 2011 at 8:48 pm
A ADD cedo se tornou uma questão política.
E vai continuar a ser assim usada nos tempos que ainda faltam para as eleições.
Do PS ao PSD, não falam da avaliação docente. Tratam o assunto como a “avaliação”.
Abril 29, 2011 at 8:55 pm
E já muitos salivam só de pensar nos euros do empréstimo que aí vem.
Que vai servir, em grande parte, para as actividades da banca.
Se se acreditasse que isso era bom, até que não era mau, não senhora.Desenvolver actividades económicas, criar empregos….
Mas não acredito que isso aconteça.
E vocês?
Abril 29, 2011 at 9:02 pm
As pessoas gostam de ser enganadas. Esta avaliação é uma treta. Não há formação para avaliar os colegas. A pessoa é nomeada para essa função e que se desenrasque!
Este país é uma miséria: os governantes medíocres e o Povo deixa-se iludir com facilidade!!!
Abril 29, 2011 at 9:08 pm
Mesmo admitindo que PPC seja igual a Sócrates, tudo farei para deixar de ver a fronha do falso engenheiro, até votar no dito PPC. Estou quase decidido.
Abril 29, 2011 at 9:09 pm
Caros colegas.
O País bateu no fundo. A classe docente estava lá muito perto e agora deram- lhe a última e derradeira estocada.
De que estamos à espera? Continuar a levar “porrada” vinda de tudo o que é sítio e ainda mexe. Tenhamos vergonha.
Para acabar com os vexames sucessivos só existe um caminho. Se o PSD e o CDS não clarificarem as suas posições em relação à educação a única solução credível é abrir uma guerra sem tréguas. Várias classes profissionais esperam que seja dado o sinal para avançarem. Meus caros. isto já não se resolve com falinhas mansas. Caos e renascer é a solução.
Por favor não percam tempo com especulações. Todos sabem que votar BE, PCP ou PS é desperdiçar a única oportunidade que temos de dar avolta a isto. Estamos fartos de de ser “comidos com discursos que não levam a lado nenhum”.
Ou compromisso sério do PSD e CDS com consequente votação em massa nestes partidos ou o desencadear de formas de luta com objectivos claros e sem receio. Não existe outra forma. Ou agimos ou continuamos a enganar-nos indefenidamente.
Perdi a paciência. BASTA. Tenho netos que espero venham a ter orgulho naquilo que hoje fizermos para mudar o rumo da situação. Eu sei que a classe é cada vez menos classe e tem cada vez menos “classe”. Que me perdoem os mais novos (alguns). Está claro que até hoje fomos nós os mais velhos que fomos sempre para “os cornos do touro”. Acordem . Nós não duramos sempre. E não falem em privilégios. Desde 79 muitos dias de greve já estão contabilizados no meu RB. Por orgulho e verticalidade nunca virei a cara aos desafios. Disposto a continuar. Sim. Mas agora só de forma mais radical. Até à morte. A brincadeira e o faz de conta tem que acabar. Meios? Arranjam-se. Sejamos criativos.
Abril 29, 2011 at 9:25 pm
Sem mais comentários.
Abril 29, 2011 at 9:32 pm
#0
“Vejamos: o programa do futuro Governo nos traços principais será delineado nas próximas semanas pelo FMI e pela União Europeia.”
E se a malta tivesse tomates, o programa do FMI levava chumbo nas urnas. Não nos iludamos, não tem.
“o voto de cada um de nós deve ser feito a pensar no que é melhor para a sua vida.”
O que é mesmo, mesmo bom para nós, não é escolher o sítio certo do papel onde colocar uma cruz, é ter coluna vertebral, coisa infelizmente bem mais difícil de conseguir. Se esta proliferação de colunas vertebrais poderia gerar corporativismo? Poderia, mas corporativismo mesmo.
Abril 29, 2011 at 9:37 pm
# 65 karl marx
“Estamos fartos de de ser “comidos com discursos que não levam a lado nenhum””
Ouço esse discurso desde o 25 de abril. Os 3 por lá passaram, ou já se esqueceu disso?
O discurso é o mesmo, as mesmas personagens as mesmas ideias…
Também estou farto, e não votarei eu uniões nacionais nem em arcos da governação. Já passaram por lá os 3…
palavras para quê?
Está à vista o que esses 3 nos deixaram. Miséria e dívidas.
Abril 29, 2011 at 9:44 pm
#53
“Pode a Assembleia da República revogar um decreto regulamentar?”
Claro que pode, quem pode o maior pode o menor, não é isso que está em causa. Não pode é revogar um Decreto Regulamentar pondo em seu lugar um Despacho (sem suporte no ECD) deixando uma norma no ECD a dizer que a regulamentação se faz por Decreto.
Abril 29, 2011 at 9:51 pm
“Ou compromisso sério do PSD e CDS com consequente votação em massa nestes partidos…”
Onde estão as propostas destes partidos (ou doutros) sobre a forma de gastar os muitos milhares de milhões que vêm do FMI? Cheques em branco, no estado em que isto está?
Abril 29, 2011 at 9:53 pm
EU JÁ DECIDI..EMBORA O QUE DECIDA -OU QUALQUER UM DE NÓS AQUI OU NOUTRO QUALQUER LUGAR- OU NÃO MUITO POUCO TENHA A VER COM O RUMO QUE TEMOS TOMAR…
NÓS PENSAMOS TER A DECISÃO MAS NO FUNDO APENAS PENSAMOS…DE FACTO NÃO A TEMOS…
TVI 24 ÁS 22 DISCUSSÃO SOBRE A AVALIAÇÃO DE PROFESSORES…
Abril 29, 2011 at 9:54 pm
DIGO…EU JÁ DECIDI..EMBORA O QUE DECIDA -OU QUALQUER UM DE NÓS AQUI OU NOUTRO QUALQUER LUGAR- POUCO TENHA A VER COM O RUMO QUE IREMOS TOMAR…
Abril 29, 2011 at 10:48 pm
Não sejamos corporativistas que isso bem lhes irá agradar!
Por mim o objectivo principal do meu voto, pena que seja só um, será uma questão pessoal com o socretino.
É pessoal mas também corporativa, pois para ele também a avaliação tem sido a forma de atacar-me e à minha profissão.
Abril 30, 2011 at 12:46 am
Pode-se então concluir que no dia 5 de Junho (ou noutros dias de eleições) o que vai estar em causa resume-se a uma “questão pessoal”.
Posso fazer um esforço para compreender, mas é difícil.
Abril 30, 2011 at 12:50 am
#70,
Não se preocupe. O dinheiro fica em boas mãos e serão gastos de forma transparente, em prol da Nação.
Como é costume!
Tudo boa gente.
Abril 30, 2011 at 12:51 am
Ou deveria escrever: …gastos com a prole de uns quantos?
Abril 30, 2011 at 12:57 am
#69
Entendido. Mas a autorização legislativa para regular a avaliação docente foi concedida expressamente ao Governo na lei de bases? Procurei a resposta e não encontrei. Se sim, ocorreu um conflito de competências previamente outorgadas ao governo. Se não, quem exorbitou foi o TC. Em ambos os casos, o imbróglio jurídico só perece agora resolúvel pela substituição parcial dos artigos do ECD.
Abril 30, 2011 at 1:22 am
Meus amigos ao ler todas estas declarações fico com a ideia de que realmente de cooperativismo não temos nada. Somos uma classe desgarrada e sem sentido de entre-ajuda nehum. Agora transportando esta nossa “virtude” par o tipo de avaliação em questão, vejam bem os resultados que nos esperam. Acho mesmo que foi lendo na nossa génese que eles implementaram precisamente este tipo de fiscalização entre uns outros, já que de avaliação não tem nada. Com esta treta toda só sei que no 3º período que só tem mês e meio, vou passar o tempo a ser avaliado pelo meu coordenador que é de E.Musical e eu de E.Física e tb a avaliar os meus “subditos” que não são mais nem menos do 6, porque assim dessidiram entregando-me estes meninos para os meus braços dizendo-me pura e simplesmente para me desenrrascar. Por isso eu sou de prof. de 1ª e de 2ª.
Abril 30, 2011 at 2:08 am
Olá:
# 78 cuidado com os erros .
# 68 abril # Abril
# 43 a seguir a ponto final é letra maiúscula.
Abril 30, 2011 at 2:09 am
O chefe não gosta nada disto!
😦
Abril 30, 2011 at 2:13 am
Juro que não fui eu !
Abril 30, 2011 at 2:19 am
#79
“# 68 abril # Abril”. Santa ignorância. Vá ler o acordo ortográfico, pois não temos de lhe dar lições. Já trabalhamos demais e à borla para medíocres como vossaxalência.
Abril 30, 2011 at 2:24 am
Ok, tudo bem….”iscurple”
Não sabia que tinha aderido ao tal A. O..
Fica registado para memória futura! 😉
Abril 30, 2011 at 2:29 am
#83
Questão de actualização. Elementar para quem é professor, digno desse nome.
E não é “aderir”. Passa a ser obrigatório a partir de Setembro.
E lá estou eu a fazer o que disse que não fazia: dar lições a burros, à borla e a estas horas da madrugada.
Tenho mesmo de ir.
Abril 30, 2011 at 2:33 am
Lindinha:
ahahaha 🙂 🙂 🙂
É o que eu digo. Em 3 segundos uma professorinha entrar em contradição.
Vá ler o que escreveu e diga-me alguma coisinha. Mer****ci!
Abril 30, 2011 at 2:43 am
https://educar.wordpress.com/2011/04/29/breves-reflexoes-sobre-a-continuidade-desta-add-%E2%80%93-4/
# 67
“Não stresssse, tenha calma, que isto é só lá para o final do ano lectivo. ”
le (c) tivo…aqui já não se actualizou 🙂
# 55
actualizar-se/fogem de acções / Faríamos actualização
…também não se actualizou 🙂 – é só quando lhe apetece.
Mas o pior foi em # 84 🙂 🙂 🙂
Abril 30, 2011 at 3:02 am
Movimento ‘Mais Sociedade’ sugeriu o aumento do IVA, a privatização das empresas de transportes e o aumento da idade da reforma. O programa do PSD não será tão austero.
O programa eleitoral social-democrata, que só será apresentado após ter sido assinado o acordo entre o Governo, PSD e CDS e a troika UE/BCE/FMI, o que deverá acontecer nas duas próximas semanas, vai ser mais brando no que toca às medidas económicas e sociais mais polémicas sugeridas pelo fórum ‘Mais Sociedade’, garantiu ao DN uma fonte social-democrata.
Em causa ficam medidas como as de penalizar as reformas de quem estiver desempregado.
Leia mais pormenores no e-paper do DN.
http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1840841
Este tipo é um reco.
Um tipo sem coerência e personalidade
Foi com a afirmação , muito apregoada, da sua vontade de inovação Liberal , que foi eleito para Presidente do Psd.
Foi com esta vontade que pediu a empresários e a farsolas para lhe fazerem o programa e darem ideias…liberais
Mas as sondagens.. o raio do Povo que não gosta dessas tretas tenebrosas…
Então o Coelho começa a dizer que é muito mais humano do que os sanguinário dos seus amigos do ” Mais Sociedade”.
Que falta de honestidade.
Abril 30, 2011 at 3:28 am
#77
“Mas a autorização legislativa para regular a avaliação docente foi concedida expressamente ao Governo na lei de bases?”
Não. O Governo não precisa de autorização legislativa para fazer regulamentos (que quando são de Sua autoria se dizem Decretos Regulamentares) nem para fazer leis (quando é o Governo a produzi-las chamam-se Decretos-Lei) excepto, no caso das leis, se estas forem de reserva relativa da AR, em que aí sim a AR tem de Lhe conceder autorização legislativa. No entanto, a AR tem poder para alterar ou revogar qualquer lei ou regulamento provenientes do Governo, excepto aqueles que São da sua reserva e que são os que legislam sobre o Seu funcionamento interno.
“Se não, quem exorbitou foi o TC.”
Parcialmente de acordo.
“…o imbróglio jurídico só perece agora resolúvel pela substituição parcial dos artigos do ECD.”
Como disse acima, o problema, aqui, não foi (contrariamente ao que se pode subentender da péssima fundamentação do TC) a AR ter revogado um Decreto Regulamentar, foi tê-lo revogado não deixando outro no seu lugar, porque o ECD diz que a ADD é regulada por Decreto Regulamentar. Portanto, das duas, uma: ou a AR queria substituir o DR por um Despacho do SE como fez e nesse caso tinha que alterar o ECD; ou a AR acha que o ECD está bem e não pode revogar o DR sem criar outro para o seu lugar, poderia tê-lo feito ou poderia ter optado alterar o que existe.
Na prática, o Despacho do SE que a AR quis “desenterrar” contraria em mais que uma norma, o ECD. E esta lei da AR por ser mais recente que o ECD é hierarquicamente superior a ele, ora esta lei ao determinar que em matéria de ADD se aplica o Despacho (e não o ECD) coloca-o (ao Despacho) acima do Estatuto, e isto é que é inconstitucional, por violação da hierarquia das “leis”. Julgo que foi esta asneira que o TC não quis deixar passar, no entanto, não o podia escrever no acórdão porque a resposta de qualquer tribunal é sempre em função do que alega o recorrente e os juristas do Cavaco fizeram uma argumentação “de caca” pelo que o TC ficou de mão atadas e distorceu os argumentos de “caca” do Cavaco, com uma fundamentação, igualmente de “caca”, para não deixar passar uma lei que era uma “caca” ainda maior.
Em resumo, esta lei não merecia passar no TC, no entanto, se houvesse um tribunal acima do TC esta decisão teria de ser revogada por má fundamentação (o que, de acordo com o CPA equivale à não fundamentação e a não fundamentação quando exigida (como é o caso) anula o acto). Mas quem pode, pode, e o TC pode. Mas agiu bem, uma lei como esta não pode passar no TC (por mais que isso nos custe), já nos bastam as que lá não vão.
Bom, acho que este texto já está confuso q.b. e antes que o filtro de maus cheiros o bloqueie, vai mesmo assim.
Abril 30, 2011 at 12:03 pm
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