#4
Agora que fala nisso… estão a surgir-me aqui umas ideias para slogans para as eleições.
“Querem voltar a ser encornados?”
“11.000.000 de cornos mansos…”
“Os cornos são sempre os últimos a saber.”
Dignidade nacional
JOÃO CÉSAR DAS NEVES
DN2011-04-11
Nas próximas eleições existe um elemento fundamental em jogo: dignidade nacional. Se, como várias vozes alvitram, o partido de José Sócrates tiver um resultado digno, a nossa democracia sofrerá um rude golpe. Portugal será a chacota mundial.
Não se trata de uma questão de votos, mas de elementar racionalidade. Aqueles dirigentes que presidiram seis anos, quatro dos quais em maioria, aos destinos nacionais, não podem ser poupados. Depois de longos tempos a negar a realidade, a manipular a imagem, a pintar quadros ilusórios em que cidadãos e mercados não acreditam, só ficarão impunes com descrédito para o sistema político.
Nos últimos 32 meses, ou o Governo ignorava a realidade ou sabotou deliberadamente a situação nacional. Não há outra explicação. Se a charada da vitimização tiver êxito eleitoral, isso mostra não a qualidade do Governo mas a tolice dos eleitores. Com a chantagem da instabilidade, ficção da política de sucesso, desplante de negar o óbvio, Sócrates andou anos a dançar na borda do vulcão. Agora que o País caiu lá dentro, o PS não pode ser poupado. Como na Grécia e na Irlanda, Portugal precisa de que ele perca forte a 5 de Junho.
Antigamente, algo evitava estas circunstâncias. Chamava-se vergonha. O responsável pela condução nacional ao colapso, mesmo considerando-se tecnicamente inocente, assumia politicamente a situação e afastava-se para dar lugar a outros. Mas esse pudor político anda muito arredado das praias nacionais, como andou no auge do Liberalismo oitocentista e na ruína da Primeira República. Mais que a incompetência e corrupção, era o descaramento dos responsáveis que então destruía a vida nacional. Foi essa a nossa experiência democrática até meados do século XX.
Por isso, após 1974 tanto se temia o regresso da liberdade, que nunca rodara bem nestas paragens. Surpreendentemente, o regime funcionou. Funcionou mesmo muito satisfatoriamente. Nas três primeiras décadas após Abril, apesar de inevitáveis tropelias e abusos, presentes em todos os regimes, existiu honra, dignidade, elevação, acompanhada por alternância e desportivismo. É isso que tem resvalado ultimamente. As próximas eleições mostrarão se regressámos à antiga podridão ou se foram lapsos passageiros.
Mas não há situações em que, após o desastre, a administração permanece? Sim, nos casos de Mugabe, Gbagbo e, até há pouco, Mubarak ou Kadhafi. É essa semelhança que nos condena.
Quer isto dizer que o Partido Socialista tem de ser punido? Este PS sim! Aliás, o partido é uma das grandes vítimas da situação. A reeleição estrelar de José Sócrates, consagrada no XVII Congresso deste fim-de-semana, com votações à Mugabe, apenas manifesta isso de forma pungente. Quando acabar o delírio, será preciso salvar o partido deste longo pesadelo que se arrisca a afectá-lo gravemente. Além de arruinar o País, o consulado Sócrates, na única maioria absoluta socialista, danificará seriamente a sua área ideológica. Na ânsia de se salvar política e pessoalmente, o primeiro-ministro enterra aquilo mesmo que diz defender.
Uma das declarações originantes na nossa democracia deu-se a 26 de Novembro de 1975. O vitorioso major Ernesto Melo Antunes disse na televisão, relativamente aos vencidos: “A participação do PCP na construção do socialismo é indispensável.” Agora é bom lembrar que o Partido Socialista é também indispensável à democracia. Estes meses são dos piores da sua ilustre história. Mas o longo delírio socrático, que termina nesta louca corrida para o abismo num autismo aterrador, não pode servir para desequilibrar duradouramente a estrutura partidária nacional. Há que salvar o PS de si mesmo.
No dia 5 de Junho, os portugueses votarão. Costuma louvar-se a sabedoria do povo. É fundamental que os eleitores, entre alternativas mornas e demagogia dura, compreendam a situação. A escolha hoje não é de políticas. Após 32 meses de negação, ilusões e derrapagem, quem for eleito terá grande parte da sua tarefa definida pelos nossos credores. O que está em causa é mesmo a dignidade nacional.
Com este tipo de análises, há opinião de cada um, manifesto o meu lamento, pela etiquetagem de uns perante outros, só pelo facto de terem opiniões, ou ideias diferentes.
Sejamos realistas e olhando há nossa volta, não será difícil constatar que, para pior é melhor assim… ou não?
Será possível vislumbrar por ventura no nosso meio politico, um iluminado que nos altere a situação actual, para melhor ?…
Claro que não devemos querer iluminados que nos alterem a situação. A gente quer mesmo é continuar tranquilamente a escrever “há nossa volta” e achar que se deve ser promovido porque ninguém escreve melhor.
Tudo isto, claro, a constar do catecismo do deus sócrates.
É visível a olho nu, onde lhe aperta a bota, mas também, deveria saber que ninguém é dono da razão, por isso, como não sabe qual o motivo da resposta ás vossas cabras, era bom que não tira-se conclusões precipitadas, tal como os seus correlegionários vêm fazendo todos os dias.
Abril 15, 2011 at 10:01 pm
Fizeram…morreram assadas.
Abril 15, 2011 at 10:03 pm
As cabrinhas ainda não entraram ao serviço…
Primeiro,têm de receber formação…
Abril 15, 2011 at 10:04 pm
#2
Já há relatores?
Abril 15, 2011 at 10:06 pm
Agora me apercebo de que este nº coincide com a promessa de nº de empregos do programa de Sócrates!!!
Por lapso, não consegui estabelecer a relação…
Abril 15, 2011 at 10:06 pm
Ai as CABRAS!
Abril 15, 2011 at 10:08 pm
Neste caso os relatores foram a modos como que esturricabrados!
Abril 15, 2011 at 10:08 pm
#4
Agora que fala nisso… estão a surgir-me aqui umas ideias para slogans para as eleições.
“Querem voltar a ser encornados?”
“11.000.000 de cornos mansos…”
“Os cornos são sempre os últimos a saber.”
Acho que há aqui um grande filão.
Abril 15, 2011 at 10:10 pm
#3
Aguarda-se uma decisão do tribunal constitucional para redefinir cargos…
Abril 15, 2011 at 10:12 pm
#8
Os cabrões?
Os do costume.
Abril 15, 2011 at 10:16 pm
Dignidade nacional
JOÃO CÉSAR DAS NEVES
DN2011-04-11
Nas próximas eleições existe um elemento fundamental em jogo: dignidade nacional. Se, como várias vozes alvitram, o partido de José Sócrates tiver um resultado digno, a nossa democracia sofrerá um rude golpe. Portugal será a chacota mundial.
Não se trata de uma questão de votos, mas de elementar racionalidade. Aqueles dirigentes que presidiram seis anos, quatro dos quais em maioria, aos destinos nacionais, não podem ser poupados. Depois de longos tempos a negar a realidade, a manipular a imagem, a pintar quadros ilusórios em que cidadãos e mercados não acreditam, só ficarão impunes com descrédito para o sistema político.
Nos últimos 32 meses, ou o Governo ignorava a realidade ou sabotou deliberadamente a situação nacional. Não há outra explicação. Se a charada da vitimização tiver êxito eleitoral, isso mostra não a qualidade do Governo mas a tolice dos eleitores. Com a chantagem da instabilidade, ficção da política de sucesso, desplante de negar o óbvio, Sócrates andou anos a dançar na borda do vulcão. Agora que o País caiu lá dentro, o PS não pode ser poupado. Como na Grécia e na Irlanda, Portugal precisa de que ele perca forte a 5 de Junho.
Antigamente, algo evitava estas circunstâncias. Chamava-se vergonha. O responsável pela condução nacional ao colapso, mesmo considerando-se tecnicamente inocente, assumia politicamente a situação e afastava-se para dar lugar a outros. Mas esse pudor político anda muito arredado das praias nacionais, como andou no auge do Liberalismo oitocentista e na ruína da Primeira República. Mais que a incompetência e corrupção, era o descaramento dos responsáveis que então destruía a vida nacional. Foi essa a nossa experiência democrática até meados do século XX.
Por isso, após 1974 tanto se temia o regresso da liberdade, que nunca rodara bem nestas paragens. Surpreendentemente, o regime funcionou. Funcionou mesmo muito satisfatoriamente. Nas três primeiras décadas após Abril, apesar de inevitáveis tropelias e abusos, presentes em todos os regimes, existiu honra, dignidade, elevação, acompanhada por alternância e desportivismo. É isso que tem resvalado ultimamente. As próximas eleições mostrarão se regressámos à antiga podridão ou se foram lapsos passageiros.
Mas não há situações em que, após o desastre, a administração permanece? Sim, nos casos de Mugabe, Gbagbo e, até há pouco, Mubarak ou Kadhafi. É essa semelhança que nos condena.
Quer isto dizer que o Partido Socialista tem de ser punido? Este PS sim! Aliás, o partido é uma das grandes vítimas da situação. A reeleição estrelar de José Sócrates, consagrada no XVII Congresso deste fim-de-semana, com votações à Mugabe, apenas manifesta isso de forma pungente. Quando acabar o delírio, será preciso salvar o partido deste longo pesadelo que se arrisca a afectá-lo gravemente. Além de arruinar o País, o consulado Sócrates, na única maioria absoluta socialista, danificará seriamente a sua área ideológica. Na ânsia de se salvar política e pessoalmente, o primeiro-ministro enterra aquilo mesmo que diz defender.
Uma das declarações originantes na nossa democracia deu-se a 26 de Novembro de 1975. O vitorioso major Ernesto Melo Antunes disse na televisão, relativamente aos vencidos: “A participação do PCP na construção do socialismo é indispensável.” Agora é bom lembrar que o Partido Socialista é também indispensável à democracia. Estes meses são dos piores da sua ilustre história. Mas o longo delírio socrático, que termina nesta louca corrida para o abismo num autismo aterrador, não pode servir para desequilibrar duradouramente a estrutura partidária nacional. Há que salvar o PS de si mesmo.
No dia 5 de Junho, os portugueses votarão. Costuma louvar-se a sabedoria do povo. É fundamental que os eleitores, entre alternativas mornas e demagogia dura, compreendam a situação. A escolha hoje não é de políticas. Após 32 meses de negação, ilusões e derrapagem, quem for eleito terá grande parte da sua tarefa definida pelos nossos credores. O que está em causa é mesmo a dignidade nacional.
Abril 15, 2011 at 10:18 pm
#9
Não sei, Fafe(estava a brincar.)
Também desconheço se todos têm chavelhos, mas ainda acredito que não…
Não votarei neles, seguramente.
Abril 15, 2011 at 10:19 pm
teorias da conspiração. É páscoa. estarão num talhante ou já em confecção da gastronomia portuguesa.
Abril 15, 2011 at 10:44 pm
Como resistir a um treze?
Há trezes piores.
Abril 15, 2011 at 10:49 pm
Treze e treze vinte e seis, vinte e seis menos treze igual a treze e um mais três quatro , quatro vezes três doze mais um treze.
Abril 15, 2011 at 11:01 pm
#14
‘stás a ver?, a Aritmética faz um pedaço da Matemática. Mesmo que eu não veja como: é o que vale ser cego.
Abril 15, 2011 at 11:39 pm
Cabras precisam de pastores…
Abril 16, 2011 at 12:27 am
Definir hierarquis leva o seu tempo. Só quando o staff administrativo souber ao certo quantas cabras vão votar PS é que lhes fazem o contrato.
Maio 7, 2011 at 2:33 pm
Com este tipo de análises, há opinião de cada um, manifesto o meu lamento, pela etiquetagem de uns perante outros, só pelo facto de terem opiniões, ou ideias diferentes.
Sejamos realistas e olhando há nossa volta, não será difícil constatar que, para pior é melhor assim… ou não?
Será possível vislumbrar por ventura no nosso meio politico, um iluminado que nos altere a situação actual, para melhor ?…
Maio 7, 2011 at 3:54 pm
#18,
Claro que não devemos querer iluminados que nos alterem a situação. A gente quer mesmo é continuar tranquilamente a escrever “há nossa volta” e achar que se deve ser promovido porque ninguém escreve melhor.
Tudo isto, claro, a constar do catecismo do deus sócrates.
Haja paciência para tanta ignorância!
Maio 8, 2011 at 11:53 am
É visível a olho nu, onde lhe aperta a bota, mas também, deveria saber que ninguém é dono da razão, por isso, como não sabe qual o motivo da resposta ás vossas cabras, era bom que não tira-se conclusões precipitadas, tal como os seus correlegionários vêm fazendo todos os dias.