Recebi umas baterias de materiais novinhos em folha para grelhar docentes, embora com todo o ar de terem sido recuperados do que foi preparado para o ciclo de ADD anterior e que, porventura, não tiveram todo o uso que tinha sido desejado pelos seus autores. Afinal, fico sem perceber o que mudou, o que foi simplificado, o que apodreceu, o que se manteve, o que é mais do mesmo. Confesso, a vidinha venceu a larga maioria. Os tipos sabem-na bem e os outros só querem reuniões para parecer que merecem o lugar.
Que isto vai rebentar, eu sei que vai. o problema é que os rebentamentos vão ser individuais, locais, graduais. A multidão foi serenada e acordar foi adormecer. Agora o torpor que se instalou irá estalar, mas da pior maneira, em virtude das invejas, da mesquinhez, mais do que do desejo de justiça. Infelizmente. O rebentamento foi afastado das ruas, vai ser nas salas de professores. Dá menos nas vistas, transborda menos para os olhares. É letal na mesma, mas é como aquelas minhas à moda antiga. Estropia, mata, mas ao longe, quase ali ao lado, não se nota nata.
Mas desde que à mesa se sentem os do costume, no seu remanso, com águinha na garrafa e sorriso na fivela, tudo escorrerá pelo esgoto sem danos de maior a quem tem posições a defender.
Dezembro 10, 2010 at 10:02 pm
Paulo:
Reveja lá a 3ª linha do post!Umas gralhitas!!!
😉
Dezembro 10, 2010 at 10:07 pm
Hoje é mais Gagá. 🙂
Dezembro 10, 2010 at 10:10 pm
#1,
Texto fora do lugar. Acho que já remendei…
Dezembro 10, 2010 at 10:13 pm
Tenho uma filha no Pavilhão Atalântico.
Aguardo foto da popíssima. 🙂
Dezembro 10, 2010 at 10:14 pm
Atlântico. lol
Dezembro 10, 2010 at 10:20 pm
“Afinal, fico sem perceber o que mudou, o que foi simplificado, o que apodreceu, o que se manteve, o que é mais do mesmo.”
Eu tenho a certeza que é mais do mesmo, pelo menos na minha escola as grelhas pouco ou nada mudaram e a vontade de o director as aplicar, também.
Vai rebentar vai e da pior maneira. 😦
Dezembro 10, 2010 at 10:24 pm
Muitos dos protagonistas da peça, autênticos “vira-casaca”, em reuniões de grande profundidade parecem ter AVC prematuro. A bem da sustentabilidade da segurança social, é melhor um morto do que um reformado.
Dezembro 10, 2010 at 10:28 pm
No meu agrupamento fui um dos poucos que não pediu aulas assitidas.
Já reparei que a maioria anda toda empenhada em mostrar o que não faz no dia-a-dia.
A dança das cadeiras já começou. No fim só um ganhará.
Dezembro 10, 2010 at 10:39 pm
Quando o rebentamento se vira para dentro também não é nada bom.
Apesar de me ver obrigada a andar a participar em reuniões da ADD em termos de legislação e toda a quantidade de grelhas e mais grelhasde DLs, Despachos e Circulares, a revolta deu origem à indiferença.
Noto, contudo, que ainda há muita gente a tentar compreender o paradoxo e a participar no paradoxo. Outros ficam calados, remoendo por dentro. Basta olhar para o olhar.
Resta-me a indiferença misturada com alguma boa disposição e cada vez mais cinismo e sarcasmo.
Fizeram-me assim.
Dezembro 10, 2010 at 10:46 pm
Não sei se isto vai rebentar nas escolas.
Calhando, era bom que acontecesse.
Sei que não é correcto pensar assim.
Mas a imbecilidade, o paradoxo, a estupidez são tantas que, se calhar, o melhor seria mesmo uma implosão interna, já que no exterior ninguém sabe do que se fala quando se fala neste processo de avaliação docente.
Se quisesse começar a explicar a alguém que não seja professor, não saberia como fazer nem por onde começar.
Ninguém entenderia.
Eu própria não entendo.
Dezembro 10, 2010 at 10:51 pm
A ADD vai rebentar, não será neste ano mas no próximo!
Dezembro 10, 2010 at 11:03 pm
No meu agrupamento, as novas grelhas ainda não se conhecem …
No meu agrupamento, os ânimos exaltados já começaram a brotar…
No meu agrupamento há muitos que marcaram a viagem com o pacote “tudo incluído” …
Em meu entender, fizeram mal …
Mas quem sou eu para decidir por aqueles a quem compete decidir?
A guerra, agora, é nas escolas porque, fora delas, foi criada uma trégua podre por parte dos que traíram a confiança depositada por muitos professores …
Os estilhaços dos rebentamentos não irão, seguramente, provocar-me danos …
Por isso, venham todas as grelhas que quiserem…
Dezembro 10, 2010 at 11:07 pm
Vocês não estão na boa?
Eu estou…
A ADD vai-me passar ao lado que é uma alegria!
Dezembro 10, 2010 at 11:09 pm
As pessoas estão a perder o juízo, não acham? ou nunca o tiveram ?
Ainda não perceberam que em Janeiro, SÓ PARA COMEÇAR, vão levar um rombo no salário … e andam numa de aulas assistretas e outros desvarios …
Nem acredito no que observo …
ESTÁ TUDO … MALUCO!!!!
Dezembro 10, 2010 at 11:12 pm
Ele são são as dimensões(4), ele são os domínios (11), ele são os indicadores(????), ele são os níveis descritores…
As aulas assistidas é uma cousa linda de se ver: ele é ver o delator e o deleitado a correr para as mesmas tais e coisas.
Dezembro 10, 2010 at 11:16 pm
#10 Fernanda 1
Concordo
# 14 anahenriques
É que isso é mais que evidente!
Eu sempre disse, desde o início, que andávamos a ser lentamente… GRELHADOS.
Só quando isso deixar de acontecer é que mudarei o nick.
Dezembro 10, 2010 at 11:52 pm
Se os relatores quiserem, a avaliação vai ao ar.
Vejam só: os directores e os respectivos aparelhos (leia-se coordenadores) decobriram que esta coisa de avaliar não dava qualquer gozo. Era muito trabalho, mas há que avaliar. Vai daí, descobriram uma brilhante solução: arranjar uns escravos (os relatores) que fizessem o trabalho de campo. E não é que muitos andam todos vaidosos só porque julgam que vão avaliar…
MAs nada disto é verdade. O director e os coordenadores e os da comissão de avaliação lá estarão nos júris para controlar as decisões finais. A avaliação apenas servirá para uns tantos passarem à frente dos outros (mas só passarão aqueles que o director quiser). Os relatores não terão qualquer poder. Apenas servirão para o trabalho sujo e duro. Nem a eles próprios se salvarão!
Dezembro 11, 2010 at 12:00 am
Grelhados, não Fritos!
Espalha mais sujidade, salpica para tudo quanto é ladoo, queima à brava, empesta tudo com o cheiro e no fim vai saber a esturricado!
Dezembro 11, 2010 at 12:38 am
O rebentamento vai ocorrer em toda a parte,uma boa parte das salas de profes já começa a perceber que para o ano estará desempregada. A diferença está apenas num dado adquirido: desta vez ninguém acredita em sindicatos, e vai ser complicado cumprirem o seu dever patriótico de manter tudo ordeiramente no rebanho habitual.
E eles sabem. E eles não querem voltar à sala de aulas. Vai ser giro.
Dezembro 11, 2010 at 1:34 am
Colegas, será que não existe uma forma de os relatores se recusarem a sê-lo? Não existe a figura do “objector de consciência” para nós?
Eu sou relatora por imposição “legal” e amaria não ser.
Os sindicatos já revelaram o que “valem”. Estamos entregues a nós mesmos. Mas atitudes isoladas de rebeldia não valem de nada. De que me serve rebelar sozinha? Penso que apenas nos restam soluções inteligentes, sem repercussões nefastas e constitucionalmente válidas.
Como desmonta A. Ventura (17),a situação é demasiado grave para ser assumida com leviandade.
A ser legal, que tal um “batalhão” de objectores de consciência?
Vale a pena pensar nisso.
Dezembro 11, 2010 at 8:55 am
# 20
Também me incubiram de ser prof. Relator. Não tenho qualquer vontade de sê-lo, pois até estou no 4º escalão e não pedi aulas assistidas mas, devido à nomeação para o cargo, tenho de embarcar nesta m….!
Estou disponível para avançar mas não de forma isolada.
Dezembro 11, 2010 at 10:30 am
Na minha escola, muitos entregaram objectivos(é verdade!) e quase todos pediram aulas assistidas!
Andei tanto tempo a lutar contra OI e ADD…não pedi nada nem nada entreguei…
SOU LIVRE!
Dezembro 11, 2010 at 12:13 pm
No meu agrupamento só eu e outra colega é que voltámos a não entregar os OI, mas a maioria não só entregou a papelada toda linda como pediu aulas assistidas. A maior parte está a leste e pensa que o congelamento vai ser por pouco tempo, por isso têm que ter tudo nos trinques para mudar de escalão… A continuar assim, bem que o ME pode impor o que bem entender por mais estúpido que seja que o rebanho obedece. Infelizmente os professores têm o que merecem. Venceu a cobardia e a ganância. Tanta luta para nada…
Dezembro 11, 2010 at 12:20 pm
#23
Confirmo o mesmo no meu agrupamento.
Quase tudo pediu aulas assistidas e muitos, tenho-me apercebido, porque é melhor para subirem de escalão ou, então, para não serem prejudicados. Sei de quem pediu porque alguém disse para pedir!
Como diz a Manuela, sou livre!
Faço parte da minoria que trabalha feliz e para os alunos!
Dezembro 11, 2010 at 12:59 pm
#24
e ainda me foi dito para ter cuidado porque era do contra…
Dezembro 11, 2010 at 1:02 pm
#20
Estou contigo, colega.
Dezembro 11, 2010 at 1:05 pm
#25
Só vai nessa conversa das ameaças quem quer…
Dezembro 11, 2010 at 1:12 pm
#27
Nem mais!Tou cá com um medinho…ui
Tenho mesmo é saudades da minha escola antes do reinado da Sinistra. O ambiente era óptimo, agora está intragável e nunca mais vai voltar ao que era. O estrago foi muito grande…
Dezembro 11, 2010 at 3:40 pm
Eu também quero ser livre mas agrilhoaram-me como relatora. E agora? Como saio deste filme? Como poderei gritar “sou livre”?
Não entreguei OI nem pedi aulas assistidas, aderi a todas as greves, fui a Lisboa a todas as manifestações e estou envolvida no processo que tanto critico.
Gostava de dizer “sou livre” mas não o posso fazer porque, insisto, me agrilhoaram como relatora.
Percebem a diferença entre ser e poder ser? E a injustiça do processo?
Por isso, a minha pergunta: não existe a figura de “objector de consciência”?
Nunca gostei de unanimismos por os achar perigosos mas este nosso unanimismo, que encheu a capital como nenhuma outra manifestação chegou a emocionar-me (confesso!), embora suspeitasse de um odor a esturro numa classe tão sem ela. Veja-se como estamos!
Paulo, não quer opinar sobre esta minha dúvida?
Dezembro 11, 2010 at 4:01 pm
Ainda bem que há quem entenda, prof e super caneta! 🙂
Poderá ser um princípio de qualquer coisa. Espero que não seja apenas um muro de lamentações.
Dezembro 11, 2010 at 4:04 pm
#30
Sei lá, leve tudo na desportiva e diga que são todos bons!
O que faz um relator afinal?
Preenche papéis?
Preencha tudo igual!
…
Dezembro 11, 2010 at 7:55 pm
Alinho: objecção de consciência já!
Sou relatora à força; não entrguei Oi; não pedi aulas assistidas, mas todos os do meu grupo pediram. Será que eu é que estou parva? É o que parece, pois na minha escola quase todos pediram aulas assistidas.
Já agora uma dúvida: a coordenadora da BE não tem turmas, mas pediu aulsa assistidas diz que vai dar essas aulas à turma do relator. Como se porocessa isto: ela escolhe a turma ou o relator ( eu) pode impingir -lhe a “melhor” das suas turmas? Se alguém puder responder, agradeço.
Dezembro 11, 2010 at 7:56 pm
Alinho: objecção de consciência já!
Sou relatora à força; não entreguei Oi; não pedi aulas assistidas, mas todos os do meu grupo pediram. Será que eu é que estou parva? É o que parece, pois na minha escola quase todos pediram aulas assistidas.
Já agora uma dúvida: a coordenadora da BE não tem turmas, mas pediu aulsa assistidas diz que vai dar essas aulas à turma do relator. Como se porocessa isto: ela escolhe a turma ou o relator ( eu) pode impingir -lhe a “melhor” das suas turmas? Se alguém puder responder, agradeço.
Dezembro 11, 2010 at 10:34 pm
Será que temos pernas para andar? Há mais objectores? Formamos um frente de objectores?
Vá lá, Paulo, diga lá o que lhe vai na alma.
Dezembro 13, 2010 at 9:19 pm
[…] os representantes aos representados se estes alegassem uma espécie de objecção de consciência, como aqui se propõe? Ou seria considerado selvagem? GostoBe the first to like this […]
Dezembro 13, 2010 at 9:30 pm
Caro leitor:
Tenho algo a dizer-te que não sabes e te interessa muito.
Mas é preciso que me leias com toda a atenção.
Estás preparado?
Desliga o rádio ou o som do computador.
Agora podes continuar a ler.
Tu és um TÓTÓ.
Deves soletrar. T de Tanso, O de Otário.
Um T e um Ó, TÓ.
TÓTÓ.
Ninguém te tinha dito antes aquilo que és?
Pudera, tu só convives com outros totós.
Roubam-te o salário, ameaçam-te o emprego, aumentam-te o horário de trabalho, humilham-te no que resta da tua dignidade.
E tu, reages? Não. Coças o umbigo e atacas o sindicato.
TÓTÓ. Ponto final.
Dezembro 13, 2010 at 9:38 pm
Mas… se não querem ser relatores, por que aceitaram sê-lo? Ou seja, se temeram as “represálias” de um pedido de escusa, porque vêem agora em tom crítico contra aqueles que “entregaram a papelada toda para não serem prejudicados”? Não percebo.
Dezembro 13, 2010 at 9:41 pm
quero dizer vêm e não vêem… Até porque provavelmente não viram, de facto.
Dezembro 13, 2010 at 9:50 pm
#36,
Homem, vá para o sofá.
Goze a aposentação.
Dezembro 13, 2010 at 10:02 pm
Com os prazos de resposta para as Direcções Regionais, vale a pena apresentar o pedido de dispensa das funções e ir recorrendo para os níveis hierárquicos superiores, não assumindo o cargo até a nomeação não poder mais ser objecto de recurso. E se a Direcção Regional confirmar a “aptidão” para o cargo, os eventuais erros técnicos cometidos já não podem ser atribuídos aos que pediram dispensa.
Dezembro 13, 2010 at 10:18 pm
O CPA dá tanto pano para mangas para todo o tipo de objecção, suspeição… É só ler o que lá está, agir em conformidade e pronto. Quais represálias? E porquê que é preciso unanimismo na matéria? A consciência não é individual? É que muitos dos gritaram “não queremos, não queremos” agora até entregaram os OI facultativos…