A conta aparece depois numa lógica retorcida como só por estas bandas se consegue, sem que a maioria ou quem deve fiscalizar isto note ou se incomode.
O Governo/ME cria uma empresa à margem das regras oficiais das contas públicas e atribui-lhe a missão de requalificar as escolas, dando-lhe em troca a posse dessas estruturas e poderes na sua futura gestão. Dota essa empresa de meios financeiros e permite-lhe um endividamento cavalgante num par e anos. as intervenções são feitas de acordo com os critérios da Parque escolar, tendo os órgãos e gestão das escolas pouco poder de intervenção.
Depois, permite-se que essa empresa cobre renda às escolas, incluindo as que não solicitaram ou concordaram com a intervenção ou os moldes em que foi feita. As rendas são definidas pela Parque escolar que se tornou o senhorio de algo que não era seu, apenas porque lá fez obras financiadas pelo Estado. Como as escolas têm escassas receitas próprias, as rendas serão pagas pelas dotações financeiras feitas pelo Estado para essas mesmas escolas, ou seja o ME financia duplamente a Parque Escolar mas, nas contas oficiais, nada lhe paga, pois o dinheiro sai oficialmente das escolas para a Parque escolar.
Isto não é propriamente um fenómeno de desorçamentação, é mais de completa mistificação.
Parque Escolar vai cobrar 50 milhões em rendas em 2011
Novembro 28, 2010 at 11:28 am
Mais uma vez: o golpe já foi aqui denunciado há uns dois anos. Ninguém – imprensa, políticos – quis saber.
Agora já é assunto de jornais.
Os senhores jornalistas andaram, na sua larga maioria, nas NO, não foi?
Novembro 28, 2010 at 11:32 am
É só chatices e mais chatices…
Por hoje já nem me apetece ler mais nenhuma desgraça. Livrei-me das minhas de hoje e, porque é dia do Senhor vou tentar disfrutar.
Espero que o Umbigo também 😆
Novembro 28, 2010 at 11:36 am
#1,
Houve excepções. Há uma notícia de Fevereiro de 2009 a falar de parte disto. Não interessa quem, mandou-me o link a demonstrar que já naquela altura dera por isto tudo.
Claro que nos meiso mais informais se avisou que isto ia acabar mal, muito mal. Porque a massa financeira que está aqui em movimento escapa ao entendimento de muitos.
Este vai ser um sorvedouro que apertará a gestão financeira das escolas de um modo atroz.
e tudo feito á margem de alterações legais que enquadrem estes gatos impostos ás escolas.
Mas penso que muita coisa irá aparecer a partir de agora, porque quando as contas começarem a “cair”, vai ser o bom e o bonito.
Novembro 28, 2010 at 11:38 am
Novembro 28, 2010 at 11:40 am
Novembro 28, 2010 at 11:42 am
Será que este dá?
Novembro 28, 2010 at 11:51 am
Entretanto, nas escolas intervencionadas festeja-se.
Novembro 28, 2010 at 12:24 pm
São os negócios da educação!!! Os grupos económicos estão de olho neles.
Novembro 28, 2010 at 12:52 pm
Isto é o chamado negócio da china:
1- O ME investe grande parte do capital que vem do QREN a fundo perdido;
2- Manipula os dinheiros criando a Parque Escolar;
3- Entrega as obras a quem bem entende sem orçamentação e concurso publico;
4- As escolas, o seu meio e as suas gentes não são tidas em conta, impondo-lhes o ME gato por lebre;
5- Finalmente, chega a conta dos desvarios do desgoverno.
Novembro 28, 2010 at 1:20 pm
Porque é que estas negociatas se fazem?
Porque a generalidade das pessoas acha bem. O governo diz que vai requalificar não sei quantas escolas, dar trabalho a não sei quantas empresas e trabalhadores portugueses e todos – incluindo o PR – acham que é um bom investimento. Ninguém quer saber quanto custa, se é mesmo necessário, ou como se vai pagar. Enquanto a política for esta, tanto dos governantes como da oposição, não há futuro para este pobre país.
Novembro 28, 2010 at 1:36 pm
Fui censurado!
Novembro 28, 2010 at 1:39 pm
Como justificam os governantes as benesses dadas a esta empresa?
Como justificam os governantes este negócio que só prejudica o Estado?
Não há ninguém que se insurja contra este descaramento?
…
Portugal mantém-se pacífico, como se nada se passasse.
Só quando não houver dinheiro para comer é que os portugueses acordarão…
…
Novembro 28, 2010 at 1:39 pm
Não…
Novembro 28, 2010 at 1:40 pm
Alguns acordaram agora e vão insurgir-se contra aquilo que é falado por aqui há muito tempo.
Novembro 28, 2010 at 1:40 pm
Tem que haver equidade
Novembro 28, 2010 at 1:41 pm
o que é justo é justo
Novembro 28, 2010 at 1:42 pm
É terrível.
Novembro 28, 2010 at 1:46 pm
Ñ consigo escrever mt porque me doi mt um braço.
Novembro 28, 2010 at 1:49 pm
Esta negociata é um dos maiores roubos feitos ao Estado nos últimos anos.
E o seu sucesso é que é um roubo descarado feito aos olhos de todos, mas sem a maioria do país dar por ele!
…
Novembro 28, 2010 at 1:50 pm
Por estas e por outras, impugnarei o corte salarial quando me chegar o recigo de Janeiro!
Querem roubar, mas farei tudo para não irem ao meu bolso!
Porque eu TRABALHO!
…
Novembro 28, 2010 at 2:04 pm
E quando não houver dinheiro para pagar as rendas (leia-se a prestação do crédito)? Instituem-se propinas para o Secundário? E depois de quem é a culpa? Da crise internacional? Dos mercados? Do FMI?
Novembro 28, 2010 at 2:35 pm
#21.
Não, Ana Costa, quando não houver dinheiro, vendem-se os edifícios para se poderem pagar as hipotecas. Para os efeitos que interessam, os edifícios que foram mexidos pela Parque Escolar estão hipotecados.
O que é que acontece quando alguém não paga as hipotecas ao banco? Vende o património para pagar o empréstimo, ou vai o património a hasta pública, vendido ao desbarato.
Que grande negócio…
Novembro 28, 2010 at 2:46 pm
Escutem lá se isto não é um discurso todo modernaço, como os de Sócrates:
http://luisa.tejo.com.pt/data/media/02-Herbert PAGANI- Discours PDG des USA dEurope.mp3
Novembro 28, 2010 at 3:03 pm
Bolas:
assim é melhor
Novembro 28, 2010 at 3:52 pm
E se não pagarem a renda, são despejados? LOL
Novembro 28, 2010 at 4:02 pm
#25.
Sim. O que é que esperas?
Mas não, porque virá sempre inscrito no OE a verba para pagamento das rendas das escolas.
Mas sim, se não houver pagamento, alguém há-de por o Estado em tribunal e obrigará ou ao pagamento ou à perda do património, avaliado por baixo, que é para ainda receberem a diferença em dinheiro.
Novembro 28, 2010 at 5:59 pm
Mas não é preciso ser muito inteligente para se perceber que a PE é um esquema financeiro para lesar o estado. De facto, fica com edíficios já totalmente pagos pelos contribuíntes e bem-feitores, faz uns arranjos e começa a cobrar rendas!!! Isto até parece obra de um maluco mas não é porque a PE alberga os boys políticos que ganham vencimentos chorudos à custa dos pagadores de impostos.
O exemplo mais simples desta técnica de economês é o Salazar ter pago a ponte 25 de Abril (Salazar foi o primeiros nome) e passados 40 anos estármos de novo a pagar essa mesma ponte mas à Lusoponte!!!
“E eu é que sou burro?!”
Novembro 28, 2010 at 9:35 pm
http://umaaventurasinistra.blogspot.com/2010/11/foi-voce-que-pediu-street-learning-ao.html
Este vai ser o futuro! Escrevam!
Novembro 28, 2010 at 10:10 pm
«pois o dinheiro sai oficialmente das escolas para a Parque escolar.»
A escola não tem contrato nenhum com a PE. Só lhe paga se quiser. Que não pague nada e deixe o problema para o ME. Já se sabe que o ME descontará na verba da dotação orçamental. Mas isso não é problema da escola. Ficaria com menos dinheiro, mas não entrava na trapaça.
Novembro 29, 2010 at 12:35 am
Até já há uma equipa de investigadores do ISCTE a pesquisar da eficácia desta política dedicando-se a trabalho de campo nestas escolas. É óbvio que é composta por discípulos de MLR.
Novembro 29, 2010 at 3:42 am
1- Existe um património construído que pertence ao ESTADO (a TODOS NÓS) e não ao governo !!!
2- Essa património é posto nas mãos de uma suposta empresa que supostamente o deveria gerir mas que, sem mais, passa a deter a POSSE do PATRIMÓNIO PÚBLICO (do BEM PÚBLICO – entenda-se!)
3- Essa tal empresa com fundos estruturais MAS TAMBÉM, COM EMPRÉSTIMOS DA U.E. (PAGOS, com juros, pelos CONTRIBUINTES e não pela empresa) e INVESTIMENTO DO ESTADO português (INVESTIMENTO QUE SAI DAS CONTRIBUIÇÕES DOS PORTUGUESES – PAGO POR TODOS NÓS e não pelos governantes) vai intervencionar/remodelar as escolas secundárias que são património de todos nós!
4- Entre a ausência de concursos e a adjudicação directa para projectos e obras de requalificação, encaixam também requalificações em escolas recentemente intervencionadas, fora o resto e sabe-se lá que mais…
5- A análise custo -benefício determinará, eventualmente, os custos para os portugueses e os benefícios para a dita empresa???
6- As ESCOLAS (isto é, o orçamento de estado, isto é os IMPOSTOS dos PORTUGUESES) vão ter que pagar aluguer sobre a utilização de espaços que: são PATRIMÓNIO PÚBLICO (dos portugueses), recuperado com DINHEIRO PÚBLICO (dos portugueses) e EMPRÉSTIMOS PAGOS pelos contribuintes (portugueses)
7- Terei compreendido bem?
8- As voltas que o dinheiro dos portugueses dá para voar dos seus bolsos, encher os de alguns… e ainda pagamos para sair dos nossos bolsos, pavoneia-se noutros -exigindo aluguer de utilização dos novos bolsos até que, para seu gáudio, o continuaremos a sustentar apesar de lhe termos perdido o rasto… !
…facturas falsas, ao pé disto parece-me esquema de criancinhas de pré-escolar… fugas aos impostos, gastos opulentos de país rico, roubos e assaltos à mão armada, derrapagens e ausência de fiscalização – coisas de aprendizes de malandrecos…
Tudo isto é INDIGNO e profundamente REVOLTANTE! … Pagam e pagarão os portugueses… que enquanto houver um cêntimo de salário, este pode sempre baixar!
Novembro 29, 2010 at 10:25 am
A destruição de Património público, em zona histórica portuguesa, não é considerada um crime conotado com as acções de vandalismo? Onde se encontram os protestos de tantos e ilustres alunos que passaram pela Escola Secundária Gil Vicente, em Lisboa? Em 1998, o presidente do Conselho Executivo, Manuel Pereira, exibia, com orgulho, a grande foto de Mário Soares, que emoldurava o Gabinete da Direcção. O hall da Escola Secundária Gil Vicente era lugar imponente que devia ser preservado como um ícone cultural. A destruição dos azulejos ficará associada à destruição do sistema de ensino português, em Portugal.