Um terço das escolas fecharam portas, segundo o Governo
A meio da tarde, a Secretaria de Estado da Administração Pública tinha informação de que 1730 escolas do ensino básico e secundário estiveram hoje encerradas, o que representa 33,3 por cento, ou um terço, do total de estabelecimentos existentes.
Mas a verdadeira dimensão da paralisação no sector da Educação só deverá ser conhecida mais tarde. A SEAP voltou a advertir que se espera que “os números respeitantes à greve na educação venham a aumentar” à medida que for sendo reportada qual a situação que se viveu hoje nas cerca de cinco mil escolas existentes. Antes das novas vagas de encerramentos, havia nove mil escolas, número que ainda consta das últimas estatísticas do Ministério da Educação.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, das 1892 escolas existentes, 901 fecharam as portas.
O Governo não divulgou ainda dados discriminados sobre a adesão. Refere apenas que nesta nova contagem provisória foi apurado que 38.939 trabalhadores do sector da educação estão em greve. Não se sabe quantos são professores e quantos pertencem aos quadros do pessoal auxiliar. Como já aconteceu em greves anteriores, para a percentagem de adesões não serão contados os docentes que leccionam nas escolas que hoje estiveram encerradas. Com base nas informações que tem vindo a receber do Ministério da Educação, a SEAP frisa que as escolas fecharam porque o número de funcionários que se apresentou ao serviço era insuficiente para garantir o seu funcionamento.
Como é norma, Governo e sindicatos não coincidem. A Federação Nacional de Professores, naquele que será o último balanço que apresenta hoje, avança com uma adesão dos professores na ordem dos 75 por cento. Segundo a Fenprof encerraram portas mais de 80 por cento dos estabelecimentos escolares. “Este é um sinal muito importante que os professores dão de indignação e de não resignação face ao que o Governo está a fazer”, afirma-se numa nota enviada às redacções.
Novembro 24, 2010
Novembro 24, 2010 at 7:28 pm
Não esquecer um dado importante. As escolas contabilizadas por eles são as sede, não incluem as do 1º e pré.
Novembro 24, 2010 at 7:32 pm
Paulo:
Faça lá um post para “desancarmos” em quem nos apetecer, já que fez um para si…
há muita gente que precisa de “desancanço” (não atino com itálico, aqui no WP.
😉
Novembro 24, 2010 at 7:41 pm
Já um pouco farta de tanto desancar.
Não acho correcto fazer perfis de quem fez ou não fez greve, o país felizmente que vive em democracia há muito tempo. Por isso somos livres em tudo o que podemos decidir. reunam-se esforços e ideias para novas mobilizações, não percamos tempo…
Novembro 24, 2010 at 7:44 pm
#1
Não.
Incluem, mas dúvido que sejam apenas 5000.
Novembro 24, 2010 at 7:46 pm
Irlanda Inglaterra França Portugal…
A Revolta Civil Europeia já esteve mais longe…É impossível manter a classe média na escravidão por muito mais tempo sem nos revoltarmos. Um dia, a casa vai abaixo e aí esta escumalha de boys, e todos os que os apoiam, que fujam para o brasil ou taiti para não morrerem. …
Novembro 24, 2010 at 7:47 pm
#4,
Os números são de tal forma fluidos que nem os fornecem aos jornalistas.
Novembro 24, 2010 at 7:56 pm
#3 julia
Certo!
Novembro 24, 2010 at 7:56 pm
Existem pouco mais de 1000 agrupamentos e Secundárias.
Não acredito que a média de escolas por agrupamento seja inferior a cinco.
Novembro 24, 2010 at 7:57 pm
Se não têm números precisos é porque não convém, ou seja, o impacto da greve deve ter sido maior do que o que contavam.
Novembro 24, 2010 at 8:15 pm
#4
Olha que não, olha que não…
Novembro 24, 2010 at 8:18 pm
O que não rita?
Novembro 24, 2010 at 8:19 pm
É que não há 5000 mil agrupamentos/secundárias.
São mil e poucos.
Novembro 24, 2010 at 8:21 pm
As escolas que só deixaram entrar alunos dos cursos profissionais, foram consideradas abertas ou fechadas?
Novembro 24, 2010 at 8:23 pm
#3 e #7
Pois eu não me encontro NADA farta de desancar em todos aqueles que nos conduziram ao estado em que estamos.
Começando no trapaceiro-mor do engenheiro, passando pela Madame sorrisos, com Teixeira dos Santos no meio, apetece-me DESANCAR em todos!!!
E faltam alguns (muitos), mas vou desancando aqui por casa, sozinha!
Novembro 24, 2010 at 9:16 pm
Muitas escolas fecharam por falta de pessoal auxiliar suficiente… Na minha de 22 AAE só compareceram 5… de 57 profs faltaram 12…
o seu a seu dono…
Novembro 24, 2010 at 9:49 pm
O que me irrita ver os jornalistas, à porta das escolas, a entrevistar os pais, nem vocês imaginam!
A treta é sempre a mesma: os professores são uns malandros, porque não abrem a escola e agora os meninos têm que ir para outro sítio, que em regra os pais nunca sabem qual. A greve está avisada há semanas, mas os pais — os anormais dos pais!!! — não tiveram tempo para pensar que no dia 24 teriam que uma alternativa. Então para a porta da escola fazer a figura de enganados pelo malandro do professor, com o jornalista a questionar e a solidarizar-se com o infeliz encarregado de educação.
Se os jornalistas – a larga maioria – não fosse tão palhaça e se tivesse e tivesse feito o que lhe competia, talvez o país não tivesse chegado à situação de alguém convocar uma greve geral. Parece-me a mim que há muita incompetência disfarçada de jornalista de microfone na mão.
Será que eles vão fazer a mesma pouca vergonha quando há greves de médicos? Hum…