Uma comentadora deixou ontem ou anteontem aqui no blogue uns comentários absolutamente legítimos sobre aquilo que considerou ser a minha escassa virilidade, pois não gosta, e passo a citar, de homens-queixinhas, pois eu lamentara pouco antes as facadinhas nas costas que recebi no último ano por animigos.
Quem sou eu para desdizer tão serena analista de virilidades à distância?
Que sim, que realmente deixo a desejar nessa matéria, pois fui formado em coisas viris de acordo com uma moralidade passada e conservadora, que me inibe e deixa assim, com escassa intensidade viril.
Só posso lamentar as leituras, essas fontes do mal que, em tenra idade, me inibiram de ser diverso do que sou, assim pouco macho marialva e muito menos capaz de preencher os imaginários carentes de uma figura masculina plena com H e o resto em maiúsculo.
Em minha defesa, só posso fazer auto-de-fé virtual a essas leituras daninhas, como aquela que em seguido mostro.
A hormona testicular produzindo a virilidade, excita o homem para o sentido de reprodução.
Enquanto porém nos animais êste sentido se manifesta exclusivamente em períodos determinados, no homem manifesta-se sempre.
Êste sentido, porém, está subordinado a todos os outros sentidos e a todas as nossas faculdades. Êste sentido, que não é mais do que o instinto sexual, relaciona-se com uma aptidão nova do indivíduo e não com uma necessidade individual.
Esta aptidão é aumentada e agravada pelas promiscuidades perigosas, por espectáculos excitantes, pelos maus exemplos, por pornografia das mais diversas formas ou pelas excitações genésicas, pervertidas ou anormais.
Nasce por uma acção fisiológica das glândulas sexuais e aumenta consideràvelmente por uma acção psicológica.
O instinto sexual impera no indivíduo por uma forma bem sensível e denomina-se tanto mais quanto menos se entrega aos prazeres da vida mundana. Varia de indivíduo para indivíduo em escalas maiores ou menores, conforme o temperamento, resultado do funcionamento das glândulas endócrinas, e conforme o regimen de vida, a educação e a profissão. (pp. 77-78)
Julgo pois que a rasca, desculpem, serena comentadora ficará assim elucidada sobre a origem da minha escassa virilidade, bem como daquel’outra característica minha que é ter vergonha na cara e não dar a outra face à lambada alheia. Percebo que é sinal de diminuta capacidade genésica e eventual diminuto potencial sexual mas, como algures escrevi, também me é difícil a excitação por meios virtuais… sou poucochinho em consumo de pornografia, deve ser essa a causa, prefiro a coisa em concreto.
Mas sempre com um certo défice, claro.
Novembro 23, 2010 at 9:39 pm
Ui, agora é que vão ser elas…
Novembro 23, 2010 at 9:42 pm
#1,
A serem elas que tragam decote e colo como o da Rita Pereira…
Novembro 23, 2010 at 9:42 pm
Paulo quem dá corda recebe troco…e a tal Serena é apenas ALGUÉM QUE OPINA POR AQUI..FOI INFELIZ E MMO QUIÇÁ PARAV..MAS EU NO TEU CASO ESQUECIA…REELVA…É CLARO QUE EU FALO MAS TAMBÉM J+Á RETORQUO E DE FORMA BOÇAL -ADMITO- AO uLTRALERAL..NESSE DIA ESTVA PASSADO DOS CARRETOS E AO VER O COMENT+ARIO DISPAREI..NESSE E NOUTROS..MAS FOI O CANTO DE CISNE EM RELAÇÃO A COMENTAR -PELO MENOS DESSA FORMA- o
Novembro 23, 2010 at 9:43 pm
“Varia de indivíduo para indivíduo em escalas maiores ou menores, conforme o temperamento, resultado do funcionamento das glândulas endócrinas, e conforme o regimen de vida, a educação e a profissão.”
caracoles!
Varia conforme a profissão…
😀
Novembro 23, 2010 at 9:45 pm
Alguém está a ver a rtp??
Então agora os mais desfavorecidos só têm acesso à qualidade do ensino nos privados com contrato de associação???
Novembro 23, 2010 at 9:45 pm
#3,
Mas eu gostei de escrever isto…
E acho que de boçal tem pouco, pois é material que usei em tese de mestrado premiada e tudo.
Já percebes agora porque gostaria de etrar em outro registo, para o qual o “Umbigo” não está muito talhado?
Nesse dia, teria todo o gozo em escrever o que me apetece a estas serenelas das treta.
Novembro 23, 2010 at 9:45 pm
Eu até acho o vestido bem giro, o decote é um nadinha exagerado mas, a rapariga é gira, o corpo também.
Novembro 23, 2010 at 9:46 pm
#5,
Mais conversa da treta.
O que queriam era cortes no público,para todos irem a correr para o privado.
Como também lhes cortam a eles, arranjam todo o tipo de argumentos…
Novembro 23, 2010 at 9:46 pm
Como diz um amigo meu:
EU QUERO É MAMAS!
Novembro 23, 2010 at 9:47 pm
#8:
Pois…
Novembro 23, 2010 at 9:47 pm
Paulo quem dá corda recebe troco…e a tal Serena é apenas ALGUÉM QUE OPINA POR AQUI..FOI INFELIZ E MESMO QUIÇÁ PARVA..MAS EU NO TEU CASO ESQUECIA…RELEVA…É CLARO QUE EU FALO MAS TAMBÉM JÁ RETORQUO E DE FORMA BOÇAL -ADMITO- AO ULTRALIBERAL..NESSE DIA ESTAVA PASSADO DOS CARRETOS E AO VER O COMENTÁRIO DISPAREI..NESSE E NOUTROS..MAS FOI O CANTO DE CISNE EM RELAÇÃO A COMENTAR -PELO MENOS DESSA FORMA- o que por aqui dizem ou não sobre mim…CANSEI…life is..
Novembro 23, 2010 at 9:48 pm
#7,
Exagerada é a outra diva que passa aos gritinhos lá atrás…
Eu acho que é um decote que revela equidade.
Novembro 23, 2010 at 9:48 pm
Sorry os erros …estava a fazer tão rápido…agora com acrescento..e eu sei que tu gostas…!!!
Novembro 23, 2010 at 9:49 pm
#11,

Relevei, mas também gostei de ceder, por uma vez, à escassa virilidade verbal que me sobra.
Novembro 23, 2010 at 9:49 pm
Paulo 🙂
Eu vi logo que ias gostar do decote da Ritinha. Quanto ao resto… Deixemos serenar o ambiente.
Novembro 23, 2010 at 9:50 pm
Mais serenas..
Novembro 23, 2010 at 9:50 pm
🙂
Fantástico. Como habitualmente o Paulo, quando “picado” afina-se-lhe a ironia e a escrita torna-se refinadissima!
Novembro 23, 2010 at 9:51 pm
… … … …
a sério que não consigo comentar esta…
«Cavaco felicita equipa de “Meu Amor”»
http://dn.sapo.pt/inicio/tv/interior.aspx?content_id=1718019&seccao=Televis%E3o
Novembro 23, 2010 at 9:52 pm
Mas precisamos é de serenidade..volto já..
Novembro 23, 2010 at 9:52 pm
lololollllll
Eu não li o tal sereno comentário, mas ultimamente fala-se por aqui muito de virilidade, com vários sentidos, vero?
Até reivindico alguma “virilidade” qdo me pisam os calos. 🙂
Gostei muito do acento circunflexo em “êste” e do acento grave nos advérbios de modo. 🙂
Foi antes do acordo ortográfico de há 50 anos? 😉
Novembro 23, 2010 at 9:55 pm
#8
Mas há limites.
A não ser que com desfavorecidos queiram dizer também miúdos à guarda dos tribunais, ciganos…
Se quiserem partilhar dos males do público o caso já muda de figura.
8)
Novembro 23, 2010 at 10:01 pm
#21
Ai que ainda sou apelidado de discriminador!!!
“Se quiserem partilhar dos males do público o caso já muda de figura.”
No sentido de que surgem problemas no dia a dia de uma escola pública que não surgem numa privada, precisamente porque a pública está aberta a todos e as diferenças por vezes são geradoras de conflitos!!
Males = conflitos
Novembro 23, 2010 at 10:07 pm
Eu sempre aprendi que uma gaja quando se põe a desdenhar da virilidade de um gajo, o que ela quer é…
😆
Novembro 23, 2010 at 10:12 pm
😆
Novembro 23, 2010 at 10:15 pm
Tenho a certeza que és dos meus…um valente garanhão português!
Nem era precisa tanta eloquência!
Novembro 23, 2010 at 10:15 pm
Ó Paulo, para levar as coisas a peito, deixa isso para a Rita… 🙂
Desculpa lá, mas nesse domínio ela evidencia maiores e melhores “competências” do que tu… 🙂
Novembro 23, 2010 at 10:18 pm
A Rita deixa-me indiferença. Terei perdido a virilidade?
Novembro 23, 2010 at 10:19 pm
indiferente
Novembro 23, 2010 at 10:21 pm
Afinal já havia educação sexual no tempo do PG?
Que sorte; eu tive de APRENDER TUDO À MINHA CUSTA.
Injustiças é o que é.
Novembro 23, 2010 at 10:22 pm
viris são estes, pá!
(no Minoria Relativa, via 5dias)
Novembro 23, 2010 at 10:23 pm
#26,
Não levei a peito.
Levei mais por bandas da Holanda…
😆
Novembro 23, 2010 at 10:24 pm
VIRILIDADE!
Será mais um tema abordar em Ed. Sexual?
😆
Novembro 23, 2010 at 10:38 pm
Hilariante!
Muito bom para quebrar a monotonia grevista.
Gostava de o ler mais vezes num registo humorístico, mais genuinamente bloguista.
🙂 🙂 🙂
Novembro 23, 2010 at 10:38 pm
Ora, estas coisas de virilidades tem um lado vantajoso. Sempre é uma das poucas oportunidades em que o Umbigo quase chega aos calcanhares do Educação sa.
——-
Ainda a propósio, como podemos afirmar que “serena” é uma “ela” e não um “ele”?
Não vá dar-se o caso de a palpação nos revelar alguma surpresa.
Novembro 23, 2010 at 10:41 pm
Ei-la em todo o seu esplendor..é uma ela sem duvida..a serena claro..
Novembro 23, 2010 at 10:44 pm
#33,
Era esse o plano…
Talvez venha a ser…
Novembro 23, 2010 at 10:47 pm
Que é feito do Fafe?
Desde que “desmorcegou” nunca mais lhe pusemos a vista em cima.
Até se esqueceu que é um colaborador dilecto. 🙂
Novembro 23, 2010 at 10:50 pm
Serena era a mais conhecida marca de pensos higiénicos, no tempo em que as menos serenas se entretinham a queimar soutiens.
🙂
Novembro 23, 2010 at 10:51 pm
Iremos ter uma greve com virilidade?
Novembro 23, 2010 at 10:51 pm
#32
Deixem-se de tretas. Não me digam que só a virilidade vos motiva.
Um bom tema a abordar na Educação sexual seia o de Carl Sagam. Ele era de opinião que tanto se devia caracterizar um homem a sério por “aquilo é que é ter tomates” como uma mulher por “aquilo é que é ter ovários” (e ele não se estava a referir às maminhas mas às caracteristicas femiininas, em geral (para quem tiver dúvidas).
Uma sugestão: quando para a próxima vos apetecer, em relação a mulheres estilo Margaret Tacther, dizer “aquilo é que é uma mulher com tomates”, pensem quantas mereceriam que as caracterizassem por:”aquilo é que é uma mulher com ovários”.
Novembro 23, 2010 at 10:53 pm
# 40
“Uma sugestão: quando para a próxima vos apetecer, em relação a mulheres estilo Margaret Tacther, dizer “aquilo é que é uma mulher com tomates”, pensem quantas mereceriam que as caracterizassem por:”aquilo é que é uma mulher com ovários”.
Looooooool
Será que poderíamos dizer que era um homem com ovários?
Novembro 23, 2010 at 10:54 pm
“39
Com virilidade e com feminilidade.
Novembro 23, 2010 at 10:54 pm
Novembro 23, 2010 at 10:55 pm
O segredo da virilidade..incrível..como tornar um europeu num africano!!!
Novembro 23, 2010 at 10:57 pm
#41
Ora aía está uma boa questão para reflexão: porque é que essa expressão nunca se usa?
Novembro 23, 2010 at 10:58 pm
Já existem homens COM OVÁRIOS…
Novembro 23, 2010 at 11:06 pm
#0
Uma boa questão de metrologia. Talvez a fêmea tenha a redoma sem a relíquia, um padrão a considerar.
Novembro 23, 2010 at 11:09 pm
#46
Parece que nos USA houve um que até já pariu.
Novembro 23, 2010 at 11:17 pm
Ai credo, BB, esse aparelho parece ter vindo da Inquisição 🙂
Novembro 23, 2010 at 11:20 pm
# 44 Buli. Até a mim me doeu…
Novembro 23, 2010 at 11:26 pm
Isto tá lindo! Ainda não atingi plenamente o que gerou esta confusão! 😆
Vou ver…
Novembro 23, 2010 at 11:45 pm
O que é virilidade verbal?
Novembro 23, 2010 at 11:48 pm
# 44
O que é incrível é a capacidade que a propaganda tem de enganar …
Quando se olha para “o antes” e o “depois” não resistimos a uma boa gargalhada… só comparável à da publicidade para eliminar a obesidade em x tempo …
Um africano é um africano…
Um europeu é um europeu …
mas… também há…
europeus que parecem africanos e africanos que parecem europeus …
As aparências iludem…
O importante é a operacionalização da competência …
Novembro 24, 2010 at 12:03 am
Sou mesmo burra: não entendo porque é que o Paulo Guinote precisa tanto de reafirmar a sua virilidade e o seu gosto por boazonas…
Novembro 24, 2010 at 12:07 am
Entretanto “esqueceu-se” de dizer que não fui eu que disse ser fã do Garcia Pereira, que não fui eu que me queixei de pirataria e doutras parvoíces que os seus “assessores” escreveram em meu nome, hoje.
Novembro 24, 2010 at 12:15 am
Uma maneira de se testar a virilidade do Paulo Guinote é ver se este vai ter “tomates” para comentar esta noticia
http://estadosentido.blogs.sapo.pt/1316010.html
Eu cá acho que não vai ter….mas posso estar enganada!
Novembro 24, 2010 at 12:35 am
#56,
Mas o que há para comentar para além de tudo ser extremamente parvo?
Serena, agora é tarde para apagar a rasquice da sua argumentação.
Que continua no #54, carente de qualquer fundamento.
Passe bem e desenrasque-se.
Novembro 24, 2010 at 12:51 am
#56 Arriscando ser polémica e porque sou uma mulher com ovários: gostaria de ter participado nessas aulas. A minha revolta é tanta que mais depressa alinhava em acções dessas do que numa greve politicamente correcta e atrasada no tempo. E acrescento: tenho filhos (18 e 22 anos) e nos seus olhos já vejo uma imensa desilusão, revolta, a incerteza acerca do futuro e cada vez mais simpatia por esses movimentos.