Não é ela que está mal… é bom que se perceba… nós é que somos estúpidos e mal pagos.
Assessora de Ana Jorge ganha 7 mil euros mensais
Cláudia Borges,ex-jornalista da SIC e hoje assessora da ministra da Saúde, Ana Jorge, ganha mais do que a sua chefe . Tendo recebido 100 mil euros em 2009, Cláudia Borges ganhou mensalmente cerca de mais de 300 euros do que a ministra.
Novembro 21, 2010 at 12:02 pm
Assim de repente parece-me que o Pedro Freitas era capaz de dar um bom assessor, não sei porquê.
Novembro 21, 2010 at 12:02 pm
Eu? Estúpida?!
Estúpidos são os que votaram 2ª vez nestes gajos.
Novembro 21, 2010 at 12:04 pm
“Cláudia Borges ganhou mensalmente cerca de mais de 300 euros do que a ministra.”
Eu até acho bem. A rapariga deve fartar-se de trabalhar.
Novembro 21, 2010 at 12:04 pm
RESPONSABILIZAÇÃO DOS POLITICOS
O artigo é do Rui Rangel e intitula-se “Realidades indissociavéis”, de 18-Nov-2010
“Rui Rangel – Ainda a propósito da minha última crónica sobre a responsabilidade civil e penal dos políticos. Nas sociedades democráticas e nos tempos que correm, não existem princípios imutáveis e puros. Tudo está em mutação ou em renovação. O aumento dos níveis de responsabilização é uma necessidade e uma exigência dos tempos, sendo um sinal de transparência e de crescimento das democracias.
Hoje, as responsabilidades política, civil e penal dos titulares de cargos públicos constituem realidades indissociáveis. A mera responsabilidade política é insuficiente e não oferece garantias de boa governação da coisa pública. Até porque os níveis de abstenção nos sucessivos actos eleitorais e as cifras negras elevadas de analfabetismo existentes têm enfraquecido e fragilizado a responsabilidade política.
Já não existe uma genuína responsabilidade de quem exerce cargos políticos. Ninguém cumpre as promessas eleitorais, governa-se em função dos interesses partidários e dos ciclos eleitorais e não à dimensão e às necessidades do País. Aumenta a responsabilidade política no dia em que quem estiver no poder governar para perder as eleições. E nesse dia ganham Portugal e a democracia. Mas como estamos longe desse dia, é necessário encontrar, por via legislativa, outros patamares de responsabilidade.
Não é populismo nem demagogia defender a responsabilidade civil e penal dos titulares de cargos políticos. É normal e lícito em democracia existirem políticos incompetentes e a prática do erro. Esta não confere nenhum título de qualidade nem certifica a competência. Mas ninguém ousará contestar que a democracia e o Estado de Direito certificam a verdade, a transparência, a lealdade e não pactuam com o erro grosseiro. A legislação que já existe sobre a matéria, particularmente a Lei nº 34/87 de 16 de Julho, que trata dos “Crimes de Responsabilidade de Titulares de Cargos Políticos”, é vaga, imprecisa, generalista e muito branda. Em termos de prevenção, não tem o mais pequeno pingo de dissuasão.
O crime compensa desde que seja de bolsos cheios. A margem na lei criminal existente é nula ou quase nula e não é por falta de capacidade judicial para a aplicar. Esta lei fraca e tímida mostra que não é nenhum crime à democracia defender essa responsabilidade. O que se queria era uma lei exigente e mais clara e objectiva. Mas como são os políticos que as fazem, é sempre assim, para que fique tudo na mesma.
Então, o titular de cargo político que de forma grosseira autorize despesas sem cabimento, gaste mais do que aquilo que o País pode suportar, faça grandes obras públicas em momentos de completa ruptura económico-financeira, afunde as finanças, endivide o Estado até à exaustão, escondendo esta realidade e a seguir venha pedir sacrifícios às famílias e às empresas, não merece ser responsabilizado civil e criminalmente? Claro que sim.
Não é de agora nem por causa desta crise ou de certos processos judiciais que envolvem políticos que defendo o aumento dos níveis de responsabilização. A responsabilidade civil e penal, por erro grosseiro, na violação de regras orçamentais é uma necessidade das democracias modernas e uma salvaguarda dos bons políticos, devendo, por isso, ser alargada.” (Rui Rangel Correio da Manhã 18.11.2010)
Ainda bem que o Rui Rangel se pronunciou porque quando teci criticas à Lei 34/87, havia quem entendesse (vide, p. ex. revista Sabado da semana passada) que esta era quanto bastava para responsabilizar criminalmente os titulares de cargos políticos – e com isso louvasse a “descoberta” de Pedro Passos Coelho, mas, de facto, não é. Fazer uma nova lei é uma exigência inquestionável! Façam-nos o favor!!
http://aperscrutadora.blogspot.com/2010/11/responsabilizacao-dos-politicos-na.html
Novembro 21, 2010 at 12:04 pm
😆
Novembro 21, 2010 at 12:05 pm
Esta Cláudia Borges é casada com um outro jornaleiro, não é?
Novembro 21, 2010 at 12:07 pm
entre um catedrático que ganhe 5000 com garantias de emprego para a vida e a Claudia que ganha 7000, sujeita a levar um chuto em qualquer altura, quem ganha mais? Nestas comparações simplistas de salarios esquece-se sempre o prémio de risco… Estou certo que se lhe fosse oferecida uma Catedra de Comunicação na Univ a Claudia preferia.
Novembro 21, 2010 at 12:08 pm
E a gente não faz nada?
Novembro 21, 2010 at 12:11 pm
#,
Isso é conversa da treta, vai-me desculpar.
Para começar a “cátedra” tem outro encanto, em especial a certa altura de uma carreira confortável (eu estava na Nova quanto o PBalsemão foi para lá e depois recolheu boa parte da nata para as suas empresas).
Depois, ela quando levar o tal “chuto” tem almofadas à espera, quer no local de origem, quer em outras paragens.
Não sejamos ingénuos ou demagógicos a esse nível, meu amigo.
#2,
E quem votou da 1ª, não foi?
Novembro 21, 2010 at 12:13 pm
#8
Nós vamos continuar a falar, falar… e a escrever, escrever… sobre o assunto e depois aplica-se o ditado: “Os cães ladram e a caravana passa”!
Novembro 21, 2010 at 12:24 pm
Cláudia Borges foi casada com Ricardo Costa, jornalista da SIC, meio-irmão de António Costa que foi ministro do Chefe
http://dn.sapo.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1002995
Novembro 21, 2010 at 12:34 pm
# 11
Bem me parecia 🙂
Novembro 21, 2010 at 1:21 pm
“12
E a Ana Casquilho foi casada com o Zé Casquilho que, por sua vez era meio pai do Zé e irmão daquele que foi Ministro, que morava ali ao fundo da Avenida e que tinha trabalhado como Jornalista na redacção daquele que era maio irmão da Dr. Clementina Sousa que, por sua vez tinha sido casada com o Artolas da Cunha aquele que tinha feito parte do Governo.
Pronto, está feita a árvore.
Novembro 21, 2010 at 1:51 pm
“**Sexta-feira, Fevereiro 22, 2008**
A consultora
Cláudia Borges, jornalista da SIC – mulher de Ricardo Costa e cunhada do autarca socialista António Costa -, foi nomeada para consultora externa do gabinete da ministra da Saúde, Ana Jorge. Consta que se conheceram no Hospital Garcia de Orta.
Pode ser uma nomeação por mérito. Pode até não haver ninguém (desempregado, se possível) com aptidões para o cargo. Tudo isto e muito mais.
Cunha? Nem pensar. Com este governo isso é impossível…”
http://moengas.blogspot.com/2008/02/consultora.html
Novembro 21, 2010 at 1:57 pm
Tadinha, vai para o desemprego…tenho tanta pena dela como da minha avó que já morreu!!!!!
Novembro 21, 2010 at 3:39 pm
#9 vai-me desculpar mas falhou o ponto… o meu argumento central (e a cátedra foi só um exemplo) é que o prémio de risco é sempre ignorado nas discussões sobe salários. Conversa da treta é dizer-se que um salário com garantias eternas é baixo sem se ter em consideração quanto vale (em €€) essa garantia.
Novembro 21, 2010 at 3:50 pm
#9, #16 o tal exemplo da Catedra veio na sequência deste comentário:
https://educar.wordpress.com/2010/11/20/leituras-esquerdistas/#comment-482419
Novembro 21, 2010 at 3:57 pm
#16,
Mas qual “prémio de risco”?
Se correr mal, volta para o lugar que tinha na SIC?
Isso é um “risco”?
Risco é quando esse é o único emprego… sem almofada onde cair…
Prémio de risco merece quem, se ficar com uma cadeira na cabeça ou uma depressão, vai para casa e reformam-no por tuta e meia.
Demagógico?
Talvez…
Novembro 21, 2010 at 4:11 pm
Vamos lá fazer mais uma greve para pagar a esses senhores!..
Novembro 21, 2010 at 4:13 pm
Consta que nas obras esses bons cristãos chamados empresários tugas também oferecem prémios de risco – em paletes de super bock.
Novembro 21, 2010 at 4:15 pm
#18 eu não conheço a Claudia de lado nenhum nem sei com quem ela partilha os lençois… o meu argumento de premio de risco não incorpora, evidentemente, situações em que o para-quedas esteja garantido… e mesmo os para-quedas têm um risco se precisarem de ser usados… para a Claudia e atendendo as comentarios que eu li os riscos serão pelos menos:
– risco de lençol (parceiro de hoje pode ser odio de amanhã)
– risco da SIC desaparecer.
– risco do Balsemão deixar de gostar dela.
ora pelas minhas contas altamente credíveis estes riscos são capazes de valer uns 2000€ por mês… portanto se ela na SC ganhava 5000€ então é capaz de ter feito um mau negócio.
Novembro 21, 2010 at 4:21 pm
#21,
em nenhum momento falei em lençóis, falei em “almofada” no sentido protector de ter onde cair..
Esse argumento, em especial levado quase ao infinito do 2risco”, acaba por ser mais falaccioso ainda do que a “segurança” dos professores.
Aliás, é com pesar que noto que o Manyfces parece ter sido tomado por aquela sanha do tipo Capucha-Lemos contra os professores, não se percebe bem porquê.
Tem uma vantagem: percebe-se que dentro do PSD é igualmente forte o desejo de chegar ao gasganete de quem teve a coragem durante um par de anos que outros não tiveram, no remanso dos negócios.
Desgosta-me, mas não me surpreende, em termos políticos.
Em termos pessoais, a actual postura do MF é algo que sinceramente me desgosta, pois pensei que tivesse uma leitura das coisas mais elaborada do que apenas “malhem neles que estão quase todos de cócoras”.
Novembro 21, 2010 at 4:38 pm
Só fumaça!
Novembro 21, 2010 at 4:45 pm
Paulo, nem vale a pena chatear-se.
A postura deste Many (que acompanho divertidamente à distância) é a dos nossos candidatos-a-empresário aprendizes de liberais. Fazem-me lembrar o puto reguila que, numa luta, estando por baixo do contendor diz: “tirem-mo de cima senão dou cabo dele”. Eles é: tirem-me o Estado de cima, que eu dou cabo dele e da concorrência, agora é que vão ver.
E quando o Estado diz: vai à tua vida, o liberal reguila responde: mas não te esqueças que já me deste ajuda, e nunca se sabe…
#21
Many, você acredita seriamente que os nossos empresários não singram por causa do papão Estado?
Ou será por falta de iniciativa e de autêntica cultura empresarial (formação de base, capacidade de decisão estratégica e de assumir riscos e inovação)?
Porque é muito mais fácil (quando o foi…) concorrer apoiado em baixos salários e com mão-de-obra made in NO. Esta é, no fim de contas, uma tradição que vem de longe…
Novembro 21, 2010 at 4:58 pm
São os jobs for the girls que também têm direito, pobrezinhas…
Pelos vistos não é só na SIC esta brincadeira. A RTP há muito que também paga salários magrinhos:
http://pauparatodaaobra.blogspot.com/2009/02/escandaloso-rtp-paga-salarios-ofensivos.html
Aposto que a crise não lhes baixou os vencimentos entretanto…Os contribuintes, que são ricos, que paguem!!
Novembro 21, 2010 at 4:59 pm
#22 Malhar arbitrariamente nunca… Estaria também a malhar em mim próprio porque fui Professor durante quase 6 anos, com muito orgulho. Malho naquilo que entendo e explico sempre o meu argumento… umas vezes mais irónico, outras mais sério. Aprendi, também aqui no Umbigo, que não nos devemos levar demasiado a sério. Isso é uma dificuldade para muitos dos comentadores menos alinhados (até às vezes para o PG) porque os profs, regra geral levam-se mesmo muito a sério.
Novembro 21, 2010 at 5:04 pm
#24
“Many, você acredita seriamente que os nossos empresários não singram por causa do papão Estado?
Ou será por falta de iniciativa e de autêntica cultura empresarial (formação de base, capacidade de decisão estratégica e de assumir riscos e inovação)?”
Os dois… e se me segue divertidamente à distância já devia ter percebido que é isso que penso… estado a mais e iniciativa a menos.
Novembro 21, 2010 at 5:07 pm
#26,
Lamento mas no malhar na “segurança” dos professores como base de “trabalho” é muito fraquinho.
Já no outro dia perguntei, se o que querem é um Estado mínimo servido por incompetentes a todos os níveis…
Já os colocaram no topo e nas chefias vão começando a preencher todos os espaços…
E a alternativa parece trazer mais uma revoada deles…
Será muito deixar, por uma vez, o poder a quem percebe da coisa?
Novembro 21, 2010 at 5:17 pm
#22″Tem uma vantagem: percebe-se que dentro do PSD é igualmente forte o desejo de chegar ao gasganete de quem teve a coragem durante um par de anos que outros não tiveram, no remanso dos negócios.”
Sou um recém chegado ao voto no PSD. Quando o exercer será a primeira vez que votarei PSD. Ou seja, nada me liga a anteriores ressentimentos partidários… O meu ressentimento político é com o PS em quem votei nas 2 últimas eleições. Dou-me a este luxo de votar sempre, de me obrigar a votar sempre, sabendo que fico exposto aos que preferem não votar para depois apontarem o dedo aos que falharam miseravelmente. Acreditar na democracia é aceitar correr o risco da desilusão, acreditar que se pode mudar de opinião mantendo a coerência. Não acredito numa democracia feita de convicções definitivas e de abstenção. E já acreditava nisso quando votava PSR.
Novembro 21, 2010 at 5:19 pm
#27
Mas a iniciativa, para merecer esse nome, não tem que fazer por isso, ir à luta, sem andar sempre à espera dum “empurrãozinho”?
Acha sinceramente que é isso que acontece na grande maioria dos casos?
(Olhe que eu, por circunstâncias várias, conheço um bocado do nosso “mundo empresarial”…).
Novembro 21, 2010 at 5:23 pm
#29
PSR, PS, PSD, onde é que isso irá parar?…
Onde é que já vimos isto?
🙂
Novembro 21, 2010 at 5:29 pm
#28 os meus argumentos em relação aos maleficios da segurança excessiva não se limitam aos profs… vão muito além do contexto dos professores… Mas este é um blog de educação e Professres, certo?
Defendo um Estado mínimo servido de competentes a todos os níveis. O que temos actualmente é um estado máximo servido de incompetentes a muitos niveis. Não sendo o paraíso na terra reconhecerá que em Países como os EUA e a Inglaterra já foi feita prova da viabilidade desta tese… São Paises com um estado minimo sem que isso tenha levado a uma fuga em massa do estado. A Inglaterra é uma referência de qualidade no funcionalismo público a todos os niveis (“como o prova o “Yes Minister”:-)
Novembro 21, 2010 at 5:32 pm
#31 Está bem visto que para o Chato coerência é votar no mesmo partido dos 18 aos 90 anos… Permita-me que discorde.
Novembro 21, 2010 at 5:41 pm
ai ai que tenho uma bibliografia para o Manyfaces…
Novembro 21, 2010 at 5:42 pm
Para votar 2 vezes no PS é preciso ser…bem…curto de vistas…
Novembro 21, 2010 at 5:43 pm
Ele e a segurança excessiva:
Que volte a escravidão…
Novembro 21, 2010 at 5:44 pm
“A Inglaterra é uma referência de qualidade no funcionalismo público a todos os niveis (“como o prova o “Yes Minister”:-)”
Eu já te respondo…
Novembro 21, 2010 at 5:50 pm
O que se passa em Inglaterra Manyfaces é que existem 4 vezes menos cargos de nomeação política, o que muda em cada eleição são os cargos de topo porque a estrutura pura e dura de funcionários públicos tecnicamente excelentes e sabedora dos dossiers continua!
Enquanto cá—
Novembro 21, 2010 at 5:51 pm
#35 então diga-me lá em que partido votou 2 vezes para eu também poder qualificar as suas vistas…
Novembro 21, 2010 at 5:52 pm
O problema de vocês Manyfaces é que nem sequer definem o que entendem por Estado e depois definem uma falácia que se chama Estado Mínimo…
Novembro 21, 2010 at 5:53 pm
#38 nem mais… Concordará então que é um excelente sistema. Pouco estado, pouca interferência política na organização da admin pública.
Novembro 21, 2010 at 5:54 pm
#39:
à primeira vez – pronto é aquela…
à segunda só cai quem quer—
Novembro 21, 2010 at 5:56 pm
#41:
Não é “pouco Estado” meu caro é um Estado como deve ser…Estado suficiente e quanto baste com funcionários que chegam a ser – em certos sectores – mais bem pagos que no privado…
Novembro 21, 2010 at 5:56 pm
#32,
Tomo esse comentário como um divertimento passageiro…
Quanto ao blogue, quer-me parecer que não será assim tão “tapadinho” que só trate desses assuntos e seja frequentado apenas por professores.
Acredito que há 3 pessoas que cá aparecem pelas revistas de bd e 2 para descobrir a música do dia (uma é o Fafe em dias úteis).
Novembro 21, 2010 at 6:01 pm
#40
livresco,
sabe que o problema nos blogs de longa duração e grande adesão é que o historico dos comentários se perde facilmente na nuvem dos posts… Desde 2007 que já disse por aqui tantas vezes que entendo por estado mínimo. Em 1 parágrafo: O que assegure funções de soberania, justiça e segurança e assegure um pacote de apoio básico e Universal ao nivel de rendimento mínimo, saude e educação.
Novembro 21, 2010 at 6:01 pm
Manyfaces:
Porque é que a “ética republicana” é muito mais do que a lei
José Pacheco Pereira
(…)
http://livresco.wordpress.com/2008/10/04/somos-especialistas-em-fazer-as-melhores-leis-do-mundo-e-em-arranjar-maneira-de-nunca-serem-aplicadas/
Baptista-Bastos: O ARGUMENTO DA HONRA
(…)
http://livresco.wordpress.com/2008/09/17/baptista-bastos-o-argumento-da-honra/
Novembro 21, 2010 at 6:03 pm
#45:
Para já defendo um pacote “mais composto” e depois não há pacote que resista à falta de ética da nossa classe política…
Novembro 21, 2010 at 6:09 pm
#44
Se se refere a este comentário, não foi divertimento passageiro. Foi mesmo à séria. de notar que tive até o cuidado de ser politicamente correcto qb ao dizer “incompetentes a muito níveis” e não a todos s niveis:
“Defendo um Estado mínimo servido de competentes a todos os níveis. O que temos actualmente é um estado máximo servido de incompetentes a muitos niveis. Não sendo o paraíso na terra reconhecerá que em Países como os EUA e a Inglaterra já foi feita prova da viabilidade desta tese… São Paises com um estado minimo sem que isso tenha levado a uma fuga em massa do estado. A Inglaterra é uma referência de qualidade no funcionalismo público a todos os niveis (“como o prova o “Yes Minister”:-)
Novembro 21, 2010 at 6:16 pm
#47 pois eu sei que defende um pacote mais composto, o problema é definir-se até onde vai o pacote… Em Portugal vai até todo lado…
quanto à falta de ética, só se pode combater com uma jstiça que funcione. A nossa, apesar do seu gigantismo (leia-se: custos por habitante), não funciona.
Novembro 21, 2010 at 6:17 pm
Manyfaces se quiseres uma cópia:
A Alta Direcção Pública no contexto da evolução dos modelos de Estado e de Administração
Dissertação de Mestrado de David Ferraz, classificada com 19 valores
Abstract
Com este trabalho pretende-se clarificar a forma como ao longo do tempo os dirigentes públicos foram recrutados e seleccionados procurando estabelecer relações com os modelos de Estado e de Administração vigentes em cada período. Do fim do Absolutismo à expansão dos direitos de cidadania e ao New Public Management, o Estado e a Administração configuraram-se de forma diferente procurando responder às exigências de cada época. O Feudalismo e o fim do Absolutismo, o nascimento dos EUA, a Revolução Francesa, a emergência do Estado liberal e de Direito e a consolidação e descrédito do Welfare State, entre outros, são períodos importantes na história da Administração.
De alguma forma estes marcos contribuíram para a redefinição, em cada momento, do perfil e funções dos altos dirigentes públicos da Administração. Dos sistemas de patronage e espólio aos sistemas mais meritocráticos, as questões de fundo mantêm-se hoje actuais, trazendo ao presente velhas questões como a dicotomia de Wilson entre política e administração, o mérito das nomeações para altos cargos de direcção pública e, por último, a profissionalização da Administração.
Enquanto cidadãos titulares de direitos de cidadania, os cidadãos exigem resultados visíveis ao nível do bem-estar social e, ao mesmo tempo, enquanto cidadãos eleitores, uma maior pressão para a diminuição da carga fiscal. Esta dualidade de exigências exige uma maior eficiência, eficácia e transparência no processo de gestão da coisa pública, processo esse no qual continua por esclarecer e demarcar uma linha com contornos consistentes entre o plano político e o plano administrativo. Como refere Mozzicafreddo o crescimento da burocracia e da administração política, a par da expansão das funções de regulação do Estado, cria dificuldades ao controlo e à fiscalização democrática dos actos e decisões administrativas.
A análise bibliográfica e os estudos de caso realizados demonstraram a diversidade de situações existentes, em termos de selecção de dirigentes públicos. Essa diversidade constata-se e varia no tempo e no espaço e explica-se pelo desenvolvimento histórico e sociocultural de cada país. Dificulta contudo, na prática, a tipificação de sistemas de recrutamento e selecção completamente puros.
Portugal e França encontram-se mais próximos de sistemas de selecção influenciados por critérios predominantemente de confiança política. Ao invés, os países Anglo-saxónicos aproximam-se mais de um sistema de posto/emprego que privilegia o concurso e o recrutamento aberto mas com algumas especificidades típicas dos sistemas de carreira.
Perante a complexidade desta questão espera-se, com a realização deste trabalho, contribuir para um melhor entendimento e compreensão da forma como são seleccionados os dirigentes públicos em Portugal, França, Reino Unido e EUA e compreender as actuais tipologias de selecção, no contexto da evolução dos modelos e reformas do Estado e da Administração.
http://www.dferraz.net/index.php?option=com_content&view=article&id=53%3Aa-alta-direccao-publica-no-contexto-da-evolucao-dos-modelos-de-estado-e-de-administracao
Novembro 21, 2010 at 6:18 pm
(…) Portugal e França encontram-se mais próximos de sistemas de selecção influenciados por critérios predominantemente de confiança política. Ao invés, os países Anglo-saxónicos aproximam-se mais de um sistema de posto/emprego que privilegia o concurso e o recrutamento aberto mas com algumas especificidades típicas dos sistemas de carreira.
Perante a complexidade desta questão espera-se, com a realização deste trabalho, contribuir para um melhor entendimento e compreensão da forma como são seleccionados os dirigentes públicos em Portugal, França, Reino Unido e EUA e compreender as actuais tipologias de selecção, no contexto da evolução dos modelos e reformas do Estado e da Administração
http://www.slideshare.net/nf15886a/a-seleco-de-dirigentes-pblicos-no-contexto-da-evoluo-dos-modelos-de-estado-e-de-administrao-mestrado-david-ferraz-presentation
Novembro 21, 2010 at 6:19 pm
Manyfaces o meu esqueleto é anglosaxónico com uma pitadas de sal…
Novembro 21, 2010 at 6:19 pm
#44,
A Inglaterra deixou, há muito, de ser esse paradigma de excelência nos serviços públicos.
Entre nós, as medidas que se propõem e outras que gostariam de ser propostas, apenas acentuarão a degradação da situação, pois potenciará a permanência dos menos aptos. Ou dos parvos.
Como entrei nos quadros “seguros” apenas há 5 anos ainda me considero apenas parvo…
Novembro 21, 2010 at 6:23 pm
Não te assustes com o ISCTE Manyfaces faz o download da tese:
Título: A Selecção de Dirigentes Públicos no Contexto da Evolução dos Modelos de Estado e de Administração. Contributo para a definição de uma política integrada.
Autor: Ferraz, David Alexandre Correia
Orientador: Madureira, César
Mozzicafreddo, Juan
Novembro 21, 2010 at 6:26 pm
Manyfaces o meu esqueleto é anglosaxónico com uma pitadas de sal…vermelho
Novembro 21, 2010 at 6:33 pm
#53
Os menos aptos estarão mal em qualquer lado… O pior é haver um sistema que lhes dê guarida segura.
Quanto aos parvos, como sabe na teoria económica clássica não há lugar para eles.. só para agentes racionais que reagem a incentivos (teoria clássica), ainda que por vezes de uma forma pouco racional (neo-teorias agoar em voga). Acreditando nisto as pessoas continuarão a preferir o público a menos que o sistema de incentivos mude. Tal como nas aplicações financeiras, isto depende da sua apetência pelo risco. Quem tenha baixa tolerância ao risco permanecerá no publco ainda que salário baixe 20%. Quem tenha mais tolerância começará a sair e isso é, a todos os títulos, bastante saudável para os que fiquem porque levará o estado a parar com as descidas de salários…. como é bonita a teoria dos mercados de trabaho quando a deixam funcionar…
Novembro 21, 2010 at 6:36 pm
“Os menos aptos estarão mal em qualquer lado… O pior é haver um sistema que lhes dê guarida segura.”
Cá está. Eles vêm sempre dar aqui… Não falha.
Novembro 21, 2010 at 6:37 pm
A diferença é que com os “outros” já sabíamos onde eles metiam os “menos aptos”.
Novembro 21, 2010 at 6:38 pm
#48
Many, o PSD não se notabilizou propriamente na aplicação dessa ideia do “estado mínimo”.
O PPC se ou quando chegar ao Governo, logo verá os boys que andam à perna para os lugarzinhos do estado… máximo (quantos mais tachos, melhor).
Mas já existe em Portugal muito estado mínimo: o que se demite das suas obrigações e se lança nos braços das empresas do regime, numa manjedoura chamada PPP, ou que se marimba para o ordenamento do território deixando-o para as construtoras se entenderem com os caciques e lorpas locais, ou ainda o que abandona as pescas e a agricultura à sua sorte (depois de as ter empurrado para esse beco por más opções estratégicas e negociais), e por aí adiante…
Novembro 21, 2010 at 6:39 pm
#56:
O problema Manyfaces é a vossa ideia de funcionário público:
Calão, mal formado, adverso ao risco, pouco inteligente, o tipo que tem emprego para toda a vida…
Isso chama-se preconceito – no momento é que nos deixamos levar por preconceitos muitos deles conscientes – qualquer discussão cai por terra…
Novembro 21, 2010 at 6:42 pm
#59:
Excelente!
Novembro 21, 2010 at 6:42 pm
#54 não me assusto com coisas que conheço muito de perto 🙂 o ISCTE é uma delas..
Da transcrição que vejo em #51 parece-me que as conclusões vão na direcção que eu espararia… De um lado o previlégio da cunha, do outro o predominio do concurso e do mérito. Prefiro este último.
Vejo que estamos de acordo, ou não? Acabe-se com a nomeação politica abaixo do grau de Ministro? Apoiado! Qual foi mesmo a ultima proposta de lei que subiu ao parlamento que aponte nesse sentido? Já agora que alarge esse mesmo conceito à cãmaras… abaixo de presidente só com nomeação. Parece-me que a malta vermelha também anda a dormir na parada, ou se calhar não…
Novembro 21, 2010 at 6:45 pm
#58 onde é que os outros metiam os menos aptos? Se se reporta ao método Luso, o destino foi sempre a função pública… Se se refere a outras coisas nem comento…
Novembro 21, 2010 at 6:46 pm
Many, many, many
Como devia saber a tendência no ensino particular e cooperativo é para pagar menos aos professores. Quanto à qualidade da escola não se pode comparar pois de um lado temos um sistema para a elite e do outro a escolaridade obrigatória. Mesmo assim verifica-se que a bandalheira nos bancos e financeiras foi catapultada por rapaziada das universidades privadas. O que me leva a pensar se a qualidade da educação ministradà às elites …
Novembro 21, 2010 at 6:46 pm
Olhe, eu gostava que me dissesse qual é o seu método. Seja claro. Onde é que os metia?
Novembro 21, 2010 at 6:48 pm
#62:
Okay…
Agora não estou de acordo é com esta igualdade subentendida:
funcionário público = “Calão, mal formado, adverso ao risco, pouco inteligente, o tipo que tem emprego para toda a vida e que entrou por cunha…”
Generalizações e preconceito?
Novembro 21, 2010 at 6:51 pm
#64:
Pois tens razão…
Foi um fartote de competência…
http://livresco.wordpress.com/tag/neoliberalismo/
Novembro 21, 2010 at 6:51 pm
#59 estamos de acordo Chato, tem toda a razão sobre os podres do PPD, mas como eu disse atras eu tenho este problema de sentir que tenho de votar em cada momento naquilo que está mais proximo de mim. Agora é PPD. Quando for o PC esteja descansado que eu colocarei lá a cruz sem problema nenhum. Por enquando dispenso… tenho ainda umas divergenciazitas a resolver com o marxismo-leninismo.
Novembro 21, 2010 at 6:55 pm
O problema do liberalismo, que na teoria é de uma simplicidade sedutora para espíritos igualmente simplórios, é quando começa a ser aplicado na prática.
É que com o liberalismo à rédea solta os “intolerantes ao risco”, os “parvos”, os preguiçosos, os “menos aptos”, os que não se esforçam, os que se esforçam mas não conseguem, enfim, os excluídos pelo sistema, começam a ser cada vez mais.
No fim precisa à mesma de um Estado rico para sustentar aqueles que não se conseguem integrar numa economia com excesso de competitividade e desigualdade. Ou então de mecanismos cambiais, militares, financeiros ou outros que permitam transferir esse peso para outros países, como faz o bem sucedido liberalismo dos “States”.
Novembro 21, 2010 at 6:57 pm
#60 Já fui funcionário público e tenho entes queridos que ainda o são. Não os tenho por pouco inteligentes e não tenho nada contra pessoas avessas ao risco. O que espero deles é que decidam no seu melhor interesse. E em muitos casos o melhor interesse é ficarem onde estão. Porque mesmo com o corte de 5% eles ganham bem melhor no estado do que no Publico.
Novembro 21, 2010 at 6:58 pm
#70 não tenho ninguem conhecido no jornal Publico !:-) queria dizer Privado, naturalmente…
Novembro 21, 2010 at 6:59 pm
O liberalismo é uma filosofia que se adapta muito melhor às sociedades animais do que à sociedade humana.
Reduzir a complexidade das relações económicas e sociais aos mecanismos do mercado pura e simplesmente não funciona.
Dá jeito para justificar a apropriação da riqueza por alguns e a exploração do trabalho dos outros.
Para entender verdadeiramente o mundo em que vivemos, pura e simplesmente não serve.
Novembro 21, 2010 at 7:02 pm
#65 já disse que não respondo a provocações.
Novembro 21, 2010 at 7:02 pm
Claro que há coisas que os liberais dizem que são verdades evidentes.
Eu se disser aqui que 2+2=4 também enuncio uma verdade difícil de rebater. A questão é: onde é que eu quero chegar a partir daí?…
Novembro 21, 2010 at 7:05 pm
É pena que não responda para eu conhecer até onde vai a sua bondade de empresário do estilo “divina providência”.
Novembro 21, 2010 at 7:07 pm
#56,
Mas que “incentivos” têm os privados que, entre nós, medem o sucesso pelos
subsídios,desculpe, incentivos que recebem do Estado?Podemos experimentar para provar, mas é um no-brainer que o que muitos privados querem é que o Estado prescinda de algumas funções para as contratualizar aos privados, argumentando que eles o fazem melhor e mais barato.
Pois… o resultado será o Estado deslocar as verbas que paga, por exemplo, ás escolas e professores para empresas privadas que depois baixam os seus encargos com métodos que enfim, ficando com uma espécie de “mais-valias”.
Sou anti-privados?
Não.
Sou anti-encostanços mal disfarçados ao Estado em nome do liberalismo…
😉
Novembro 21, 2010 at 7:09 pm
#72 serviu de base para a construção de dois dos Países mais prósperos e avançados que a humanidade conseguiu criar desde que passou de 4 para 2 patas: A Inglaterra e os EUA. Se isso não serve de referência abonatória não sei bem qual será a sua bitola.
O que assusta qualquer liberal que se preze é a emergência de um modelo como o Chinês. Será que esse já serve?
Novembro 21, 2010 at 7:09 pm
Desde os tempos de Confúcio o estatuto de Funcionário Público paga por ser mais seguro. Não mais bem remunerado. No passado tinha algum poder. Agora nem isso. Muito menos prestígio.
O problema é que a privada em Portugal não o é verdadeiramente. Depende do estado. É por essa razão que os funcionários públicos não querem perder a sua condição: sabem que irão trabalhar para patrões pouco capazes e que só se têm mantido em funcionamento à conta de um estado padrinho.
Sou suficientemente maduro para me lembrar da história das empresas portuguesas e das sucessivas vagas de integração de técnicos no tecido empresarial. E confesso que esta é a pior de todas: contrata gente para marketing e call centers e vende com privilégios de quasi monopólio.
A única geração “liberal” neste país é a menos capaz de enfrentar o que aí vem. Ou porque pensa que quando há borrasca vão buscar os velhinhos do jaez de Teixeira e Catroga? Mas se as coisas derem para o torto os meninos correm o risco de serem os primeiros a sofrer as consequências.
Novembro 21, 2010 at 7:11 pm
O nosso grande problema é que nem o liberalismo nem os outros ismos mais ou menos em voga respondem ao grande desafio do nosso tempo, que não é a “competitividade”, mas sim:
TRABALHAR MENOS E VIVER MELHOR.
Uma sociedade com lugar para todos, cooperação em vez de competição, paz em vez de guerra. Trabalho, apenas aquele que é socialmente útil e produtivo.
Novembro 21, 2010 at 7:12 pm
#79 Por acaso até há um, mas…
Novembro 21, 2010 at 7:16 pm
#76
“Sou anti-encostanços mal disfarçados ao Estado em nome do liberalismo…”
Já somos dois… Dá-se uma situaçã curiosa em Portugal: quando se utiliza a palavra “privado” logo se pensam nas PT, EDPs e demais empresas amantisadas com o estado. Ora, se atendermos ao emprego privado em Portugal ele é esmagadoramente criado por PMEs. Por isso, rogo a todos os que se digam a dscutir comigo estas coisas: quando falo em “privado” é nessa empresas que penso. Sã elas que me merecem toda a cnsideração, carinho e estima pelo que exportam, pelo mérito ndividual
Novembro 21, 2010 at 7:17 pm
Os americanos começaram exactamente como os chineses estão a começar. Os ingleses idem.
Novembro 21, 2010 at 7:17 pm
#77
Já escrevi num comentário anterior que esses supostos “liberalismos” funcionam enquanto conseguem, por mecanismos imperialistas, formais ou informais, fazer os outros pagar os custos do seu “sucesso”.
O “milagre” do liberalismo é apenas o de fazer nascer cada vez mais comida na mesa dos ricos, para que as migalhas que caem sejam suficientes para alimentar todos os famintos que vagueiam debaixo.
Novembro 21, 2010 at 7:19 pm
“quando se utiliza a palavra “privado” logo se pensam nas PT, EDPs e demais empresas amantisadas com o estado. ”
E representam quanto em termos de PIB’s e companhia?
Novembro 21, 2010 at 7:19 pm
#81 (continuação)
… individual que têm, pela sobranceria com que são olhadas pelas grandes empresas. Os nossos telejornas estão viciados em grandes empresas da mesma forma que estão agarradas à política. Como se não existisse esse pais feito de PMEs que têm ZERO apoio ou ligações com o estado. São essas o verdadeiro “privado”, o resto neste País é uma palhaçada.
Novembro 21, 2010 at 7:23 pm
#82 Esse comentário é falso e quasi-herético. Quando falamos na Inglaterra estamos a falar da mais velha democracia do mundo (e por isso faça favor de fazer uma vénia). Os EUA são democráticos desde a sua fundação. Comparar isto com a China de hoje…
Novembro 21, 2010 at 7:24 pm
As meninas dos seus olhos são na maioria empresas que por vezes nem salário mínimo pagam, que sacaram à CEE para comprar Ferraris, que vivem de subempreitadas da PT, ONI, EDP, que assim que atingem uma dimensão mínima deslocalizam, offshorizam e traçam planos fiscais agressivos, enfim até odia ser mas nem tem nada a ver com esse pseudo liberalismo tão em voga, que mais não é que ponta de lança da grandiosa manobra que se está desenvolvendo.
Novembro 21, 2010 at 7:24 pm
Isso das PMEs e do suposto capitalismo popular é apenas uma fase transitória, quando se dá rédea solta aos mecanismos do mercado. Os tubarões comem o peixe miúdo e depois entendem-se para aumentar as margens de lucro.
A liberdade liberal é essencialmente a liberdade de explorar o próximo.
Quando a liberdade que devia interessar prioritariamente era a de nos tornarmos melhores pessoas, não a de acumularmos riqueza.
Novembro 21, 2010 at 7:26 pm
Many
Já vi que os seus conhecimentos de História não igualam a dimensão da sua ingenuidade. Vou ali procurar nas estantes e já lhe digo .
Novembro 21, 2010 at 7:28 pm
#80 partilhe connosco o nome desse paraíso na terra…:-)
Novembro 21, 2010 at 7:30 pm
#86
É conveniente estudar a diferença entre liberalismo e democracia.
Na Inglaterra liberal do séc XVIII não existia democracia, apenas uma partilha de poder entre nobreza e burguesia.
E a “democracia” dos EUA conviveu pacificamente, durante um século, com a escravatura, ou seja, a negação de todo o tipo de direitos a uma parte substancial da população.
Novembro 21, 2010 at 7:31 pm
Em resposta a isto
“TRABALHAR MENOS E VIVER MELHOR.
Uma sociedade com lugar para todos, cooperação em vez de competição, paz em vez de guerra. Trabalho, apenas aquele que é socialmente útil e produtivo.
Só me lembro do Anarquismo. Ou pensa que eu me escondo no palavreado, como o senhor? O que não quer dizer que eu acredite no Anarquismo.
Mas agora diga-nos lá, o senhor, claramente, onde é que metia os “não aptos”. Nos anos 30 diziam-nos estas coisas na cara, sabe?
Novembro 21, 2010 at 7:32 pm
#89 se quiser envio-lhe o link da constituição dos EUA…. depois pode comparar com o regime Chinês actual…
Novembro 21, 2010 at 7:33 pm
#72
Tem razão, Duarte, o Liberalismo só funcionaria correctamente se os indivíduos se regessem estritamente por códigos morais.
Mas repare que os liberais confessam logo que desconfiam uns dos outros, a sua ideia de liberdade subordina-se à formulação negativista e excludente: não faças aos outros aquilo que não queres que façam a ti (vejam-se Rawls ou Berlin).
Novembro 21, 2010 at 7:34 pm
Como se constroem as desigualdades
Ver em:
Histoire des États-Unis depuis 1865
Pierre Melandri
Está traduzido nas Edições 70 creio.
Novembro 21, 2010 at 7:41 pm
#91 democracia e liberalismo social estão intimamente ligados. Partem do primado da liberdade individual.
A China de hoje é uma ditadura que utiliza ferramentas capitalistas sempre debaixo de um controlo estatal apertado. Isto nada tem a ver com o liberalismo social e económico que estiveram na génese da Inglaterra Moderna e dos EUA desde a sua fundação.
Novembro 21, 2010 at 7:43 pm
Many, olhe que há muito liberal que secretamente admira, para não dizer, a pujança do capitalismo de estado chinês.
Há alguns pontos importantes de contacto (pelo menos das teses ultraliberais), como sejam:
– o primado da economia sobre a vida social;
– o apagamento da ideologia perante as imposições do mercado;
– o desprezo para com os mecanismos de protecção social.
Novembro 21, 2010 at 7:45 pm
completo: para não dizer, inveja,
Novembro 21, 2010 at 7:53 pm
#84
PMEs geram 75,2% do emprego e realizam 56,4% do volume total de negocios em Portugal(dados 2005)
Novembro 21, 2010 at 7:56 pm
#97 são liberais de pacotilha…
Quanto às teses ultra liberais, tal como no futebol não gosto de ultras…
Novembro 21, 2010 at 8:10 pm
#99
Essas estatísticas têm muito que se lhes diga. Para além de serem antigas. Para serem usadas em defesa das sua posições necessitariam de ser escalpelizada. Sem aprofundar a estrutura do nosso tecido empresarial nadas feito. Retomo: descontar a subfacturação, a subempreitada da empresa que depende do favor político, o subsídio, o empréstimo a fundom perdido por falência, as condições remuneratórias abaixo do estipulado legalmente …
Analisar: o tempo de vida média das PME´s, o crescimento da facturação absoluta e relativa, a estrutura de custos e o VA, o destino das exportações e as condições de pagamento de países como Venezuela, Líbia, Angola, etc., os custos para o erário público dos contratos internacionais tão propagandeados e que têm alegadamente aumentado as exportações …
Novembro 21, 2010 at 8:14 pm
#100
Não são de “pacotilha”, dizem é alto o que muitos pensam mas calam…
Lamento, pode não se reconhece neles, mas aquele três pontos que referi estão desde sempre inscritos na lógica do mais puro liberalismo.
Novembro 21, 2010 at 8:16 pm
Curioso que noutros países mais “ATRASADOS” Já SE PENSA LAGO DIFERENTE…porém a tal de globalização está a mudar estes paises atrasados..
Quinta-feira, 9 de Setembro de 2010
Como é trabalhar na Suécia?
Embora o período de férias já tenha terminado, há sempre alguns suecos que resolvem tirar o descanso merecido em Novembro/Dezembro, com o intuito de fugir do gelo e ir para um lugar mais quentinho.
Aqui qualquer humano tem direito a 5 semanas de férias, eles falam que são trinta dias pq os fins de semana não contam. A maioria trabalha 40 horas por semana e os que trabalham a noite ou nos fins de semana tem direito a hora extra que é o dobro da hora paga nos dias de semana. Ninguém recebe 13 no fim do ano, mas em compensacão a maioria aqui é muito bem remunerada.
A maioria das empresas dão direito a 40 minutos de almoco e 30 min de pausa para o café. Os fumantes também são respeitados, com direito a pausa extra para o cigarro. Algumas empresas tem um quarto especial para os fumantes, outras eles precisam ir sair do prédio para fumar, depende um pouco da política do local.
As contradicões:
Embora a Suécia remunere bem os trabalhadores existem algumas controvérsias. Eu como faxineira ganhava melhor do que uma enfermeira no inicío da carreira, embora a minha funcão fosse de limpar o chão e a dela cuidar de vidas. Hoje mesmo tendo dois trabalhos eu ganho menos que a metade de um salário mínimo pq meu diploma não é válido aqui, conta apenas com a minha experiência.
Mesmo que a maioria tenha 40 min de almoco, muitos outros trabalhos como de enfermeira ou o meu por exemplo, só dão 20 minutos para comer e as vezes durante 8 horas só temos tempo de usar o banheiro uma vez.
As exigências estão se tornando cada vez maiores aqui na hora de procurar um emprego. Depois que as grandes fábricas foram fechadas ou vendidas (saab, eletrolux, volvo, ericsson..) as empresas tem buscado minimizar os seu número de funcionários pagando o mesmo salário e aumentando a carga de trabalho por dia, muitas até estão terminantemente proibídas de contratar novas pessoas. O mercado se tornou mais dificíl e os empresários mais seletivos na hora de analisar algum Cv, portanto quem não acompanhar essa mudanca ou não se reciclar… Vai ficar para trás!
http://deby-abelha.blogspot.com/2010/09/como-e-trabalhar-na-suecia.html
Novembro 21, 2010 at 9:19 pm
#96
Se isso fosse possível, sugeria-lhe que fosse dizer aos escravos negros das plantações algodoeiras do sul dos EUA que no país que viam nascer primava a “liberdade individual”.
Ou explicar aos camponeses desapossados das suas terras, ou aos vagabundos das cidades internados em casas de trabalho forçado da Inglaterra do sec. XVIII que viviam numa democracia.
Usa palavras bonitas, é pena é a História não confirmar a sua correspondência com a realidade.
Novembro 21, 2010 at 9:19 pm
Mais um caso de favores sexuais.
Novembro 21, 2010 at 9:24 pm
Reafirmo, para concluir: para além dos diferentes significados que os conceitos podem adquirir, liberdade e democracia são na sua essência coisas distintas.
E um liberal sincero e honesto deveria ser capaz de admitir que, tendo que optar entre as duas, para ele a liberdade é mais importante do que a democracia.
De facto, para o liberal aquilo que ele entende por liberdade (basicamente o direito de explorar o próximo) é o ponto fulcral. A democracia política é apenas um acessório: surge muito mais tarde, e apenas quando os liberais descobriram nela um instrumento eficaz para preservar a “liberdade liberal”.
Novembro 21, 2010 at 10:08 pm
Quantos portugueses passam fome para que essa jornalista tenha esse ordenado?
Novembro 21, 2010 at 10:19 pm
#104 digo-lhe que fala de um vasto País que fez uma guerra civil para acabar com a escravatura e impôr a constituição e que tem hoje um Presidente com sangue negro… e fala dele com pouco respeito. Relembro-lhe que esta discussão começou com sua comparação entre a China de hoje e os EUA de ontem. Esta só merece ser comparada quando dentro dela nascer a liberdade e e democracia tal como aconteceu na Inglaterra e EUA. E mal de nós, os que acreditamos na democracia e liberdade, se isso não acontecer. Porque se assim for o modelo Chinês da ditadura capitalista será exportado para Ocidente nas próximas décadas.
Novembro 21, 2010 at 10:24 pm
#81,
A JP Sá Couto é uma PME, certo?
Em tempos, alguém com alguma responsabilidade na Autoeuropa contou-me como funcionam algumas dessas PME por cá, em comparação com as equivalentes lá fora.
Nem a uma videoconferência conseguiam chegar a horas e era para fazer contratos chorudos…
Eu sei que há boas PME, mas deve ser do clima, porque em certas zonas aqui do “deserto” o que passa por isso são barracões pré-fabricados que abrem e fecham conforme as ondas.
Quanto à PT e EDP não as considero propriamente “privadas” por razões por demais evidentes…
Mas aponto ainda um paradoxo… se há tanto emprego gerado pelas PME, afinal o Estado não pesa assim tanto…
Novembro 21, 2010 at 10:24 pm
Tem dúvidas manny? Pensava que tinha mais brains..afinal é mais um que leu a Utopia de Thomas Man…
Novembro 21, 2010 at 10:40 pm
#108
Ora cá temos o nosso velho Many em grande forma.
A última frase do seu comentário, tocou no ponto. O grande problema do capitalismo liberal europeu (o americano não andou muito melhor) foi não ter apostado – seria mais caro a princípio, e sobretudo, exigiria mais trabalho e imaginação – naquilo que tinha de melhor e diferente, a qualificação da mão-de-obra, tecnologia e a inovação, para recorrer ao mais fácil e rendível a curto prazo, a precarização do trabalho, o depauperamento das protecções socio-laborais, a fuga para a frente ante os especuladores financeiros.
E sabe porque isto não foi feito? Porque falta ao liberalismo a capacidade para incutir uma direcção política a médio e sobretudo longo prazo, com visão e estratégias políticas – como está bem patente no directório europeu, onde a Alemanha se impôs, bem liberalmente, através do “cada um que se safe por si” -, submetendo-se à lógica e pressão especulativa dos mercados.
Novembro 21, 2010 at 11:19 pm
#109 Se falamos de grandes empresas elas são acusadas de viveram do encostanço, se falamos de PMEs elas são acusadas de vistas estreitas e de efeito-barracão. Devo concluir que em Portugal devemos desistir desta coisa das empresas? Nacionalizamos isto tudo? Já foi tentado…
Novembro 21, 2010 at 11:26 pm
#110 por aqui só o bulimundo é que tem brains não é assim? você acha que a esquerda possui uma superiodade moral inquestionável… quem não adere só pode ter problemas nos brains certo? portanto você acha que os 50% da população dos EUA que vota Republicano sofreu danos nos brains, será?…
Novembro 21, 2010 at 11:30 pm
#108 Nem velho nem em forma!
“Porque falta ao liberalismo a capacidade para incutir uma direcção política a médio e sobretudo longo prazo”
completamente de acordo…
Novembro 21, 2010 at 11:45 pm
Many
A informação de que dispõe é manifestamente insuficiente para uma discussão. Acredite se quiser. Sei por demais que cada um acredita no que quer e ninguém está interessado na verdade. Talvez seja melhor assim pois a maioria das pessoas entra em depressão quando esbarra com a realidade. Se quiser leia o livro que lhe recomendei.
Novembro 22, 2010 at 12:25 am
Manyy longe de mim estar a insultá-lo era uma blague…mas infelizmente eu acredito que o modelo chinês é o futuro…está na cara…sem hard fillings!!!
Novembro 22, 2010 at 12:32 am
#115 se a verdade fosse encontrada no cimo de uma pilha de livros os bibliotecários seriam todos sábios. Cada um tem a sua bibioteca não é verdade? A minha é claramente diferente da sua. Quanto a oferecer-me a verdade e a desafiar-me para a realidade: a verdade não se oferece a ninguém. Quanto ao conhecimento da realidade de empresas grandes ou pequenas, Universidades e Institutos Públicos não lhe fico por certo a dever nada. Já passei por todas essas realidades, não as conheci em conversa de café…
Novembro 22, 2010 at 12:58 am
#117 Por exemplo o Ricardo Reis mais a sua biblioteca chegam a verdades destas, singelas mas dificeis de contornar: a nossa opinião e comportamento mudam quando passamos de devedor a potencial credor… e isso acontece com o sapateiro, o catedratico ou o Umbiguista… é um efeito Universal.
Novembro 22, 2010 at 1:22 am
bem, se virmos bem, é mais absurdo que ela ganhe mais do que a Ministra..
verdade seja dita que muita e muita gente ganha mais do que os ministros, pr, pm.
e isso é um perfeito disparate.
Novembro 22, 2010 at 1:23 am
na função pública e nos cargos ou funções associadas ao Governo, entenda-se.
Novembro 22, 2010 at 1:55 am
Ministro não é bicho fácil de aturar. Parte do vencimento deve ser subsídio de risco (consta que alguns, quando confrontados com a realidade, mordem) 😆
Novembro 22, 2010 at 2:49 am
Many
Para se discutir Geopolítica e História Económica há um mínimo de informação a compilar. Eu não lhe ofereci a verdade: fiz-lhe apenas notar que não tinha essa informação. Sugeri-lhe um livro. Editado sob o patrocínio do Min. da Cult. francês.
Mas se quer passar da fase onírica da PME modelar, qual ilha liberal, para generalizações sem contextualização histórica e cultural sobre o que é ou deixa de ser a China, os EUA e o Reino Unido a Democracia e o Liberalismo, e assumir visões maniqueístas …
Sempre lhe digo que quando se viaja primeiro assaltam-nos as diferenças mas depois compreendemos o que nos une. O sistema chinês está a criar uma rica classe média capaz de esbanjar e corromper tão bem como os EUA não têm parado de fazer desde que ficaram na mó de cima. Mas é sempre fácil tornarmo-nos epígonos quando não conhecemos o fundamento das coisas: continue a perseguir o seu sonho americano.
Para facilitar essa tarefa pode por exemplo ignorar as tramóias do Congresso na distribuição de terras às companhias de caminho de ferro nos anos 60 do século XIX, as razões económicas para o fim da escravatura dos negros nos EUA por forma a poderem ter uma adequada classe operária branca para a indústria, “escravizada” seguindo o sistema do”empréstimo ao mineiro” (no qual hoje estamos mergulhados, e que consiste essencialmente em criar uma situação de empréstimo que não só nunca está pago como não pára de aumentar), podendo ignorar de caminho os princípios que regiam a colonização inglesa, a invasão da Manchúria, ou um sem número de factos sortidos e aparentemente desconexos. Munido desse desconhecimento estará muito melhor apetrechado para manter crenças sólidas.
Novembro 22, 2010 at 3:46 am
Manyy longe de mim estar a insultá-lo era uma blague…mas infelizmente eu acredito que o modelo chinês é o futuro…está na cara…sem hard fillings!!!