Fazia-se o balanço de uma outra reunião atlântica nas páginas da Vida Mundial.
é apenas uma curiosidade, resultante de umas arrumações vespertinas…
Novembro 21, 2010
Fazia-se o balanço de uma outra reunião atlântica nas páginas da Vida Mundial.
é apenas uma curiosidade, resultante de umas arrumações vespertinas…
Novembro 21, 2010 at 5:29 pm
O Super-homem, a donzela e os danos colaterais
por Guilherme Alves Coelho
Há uns anos atrás a revista humorística norte-americana MAD ilustrava, num cartoon em dois desenhos, uma metáfora inesquecível. No primeiro desenho o Super-homem dirigia-se a alta velocidade na direcção de uma donzela, de braços e pernas atados, atravessada sobre os carris de um comboio que se aproximava a todo o vapor. No segundo desenho o Super-homem, já no chão, de pé entre os carris, exibia a donzela sã e salva num dos braços, enquanto que com o outro sustinha firmemente o comboio, de cujas carruagens completamente destruídas e empilhadas pendiam corpos esfacelados, membros humanos e sangue por todo o lado. Com um ar de satisfação pelo dever cumprido o Super-homem, em pose, sorria alarvemente.
Recordei mais uma vez aquele cartoon a propósito de a cimeira da NATO a decorrer em Lisboa, a sétima da sua existência de sessenta anos. Como as precedentes, destina-se a fazer a contagem dos actos de bravura praticados pela Organização nos últimos anos e, principalmente a renovar o stock de donzelas a salvar nos próximos. Como as precedentes, mandando às urtigas os prejuízos causados à humanidade, contabilizados na coluna dos danos ou efeitos colaterais.
O documento base, datado de Maio de 2010, apresentado ao fórum por doze peritos chefiados pela Sra. Albright (EUA) apresentava no final um resumidíssimo e vago programa até 2020, onde se podia ler que “A NATO prospera como uma fonte de esperança porque desde o inicio os estados membros definiram o seu programa comum em termos positivos: reforçar a segurança internacional, salvaguardar a liberdade e promover o estado de direito.(…)”
Não sabemos o que mais espanta, se a vulgaridade dos conceitos, se a hipocrisia subjacente, se a incapacidade para entender o mundo. Quando tentamos encontrar o destinatário daquelas intenções e pensamos que seja o povo tudo fica incoerente. Porém, uma leitura mais atenta revela que sob o aparente arrazoado de generalidades, iniquidades e infantilidades havia afinal frases coerentes e lógicas. Bastava encontrar, como nos textos cifrados, as palavras-chave que davam sentido ao conjunto. Ou seja encontrar os verdadeiros destinatários daqueles objectivos e tudo se torna claro. O texto correcto ficaria então assim:
# Reforçar a segurança internacional da alta burguesia ;
# Salvaguardar a liberdade do capitalismo ;
# Promover o estado de direito para a plutocracia .
Ou seja, encontrar as donzelas a salvar e ocultar os danos colaterais provocados pelo salvamento.
Uma dúzia de peritos, produzirão em Lisboa um documento onde se definirão quais as donzelas a salvar no próximo decénio. Os danos para os povos, esses, serão sempre e apenas colaterais.
20/Novembro/2010
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .
21/Nov/10
Novembro 21, 2010 at 5:47 pm
#1,
Oh God!
Quem me diria que o Umbigo se iria tornar uma espécie de Avante2…
😆
Mas é giro…
Novembro 21, 2010 at 9:42 pm
Oh amigos
Make Love Not War.
A Igreja é que a sabe toda.
http://trasgalhadas.blogspot.com/2010/11/va-la.html