Só para ser perceber a diferença enorme de capacidade de pressão entre grupos profissionais pequenos em dimensão, mas coesos e sem problemas em defender com rigor os seus direitos corporativos, e um grupo massificado, em que as lideranças algum ao cálculo das côdeas.
Juízes vão manter reforma aos 60 anos
Afinal, a idade de reforma dos juízes e magistrados do Ministério Público não vai aumentar no próximo ano. O PS decidiu retirar da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 o artigo que aplicava aos juízes as regras de aposentação da generalidade dos funcionários públicos e que implicaria um aumento da idade legal da reforma dos actuais 60 para os 63 anos já em Janeiro do próximo ano.
Há quem chame a isto soft-power, mas eu chamo-lhe eficácia resultante da importância crucial do papel que desempenham no sistema democrático e de uma estratégia de defesa bem delineada e não a reboque.
Resta agora saber se, em sede de especialidade, teremos outras surpresas, agradáveis só para alguns, sendo mais do que certo que elas não existirão para os docentes.
Novembro 19, 2010 at 10:07 am
Pois não canalha! E tu contribuiste para isso. Apenas tens ajudado a “enterrar” os docentes.
Novembro 19, 2010 at 10:10 am
Outra ilegalidade e atentado contra o Estado de Direito – pôr uma das partes interessadas a cobrar a multa e a definir a coima – que se lhes apetecer até pode atingir astronómicos:
MercadosBolsa em queda ligeira, banca penaliza
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Não pagou a portagem? Auto-estrada é que cobra multa
Concessionárias e InIR vão substituir tribunais nas multas por falta de pagamento de portagem. PS quer acelerar cobrança através de alteração à proposta de Orçamento
* PorRedacção JF
* 2010-11-19 08:37
As multas resultantes de infracções associadas às cobranças de portagens vão sair dos tribunais e passar a ser integralmente cobradas e executadas pelo Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias (InIR).
A notícia é avançada esta sexta-feira pelo «Jornal de Negócios» e dá conta que a competência, até agora limitada à Justiça, passa para a mão das concessionárias, que irão decidir a coima a aplicar depois de ouvir a defesa dos infractores.
A decisão final cabe ao InIR, que se substituirá ao tribunal caso o automobilista não pague.
Além da polícia, podem instruir processos de cobrança de multas, as concessionárias, sub-concessionárias, entidades de cobrança de taxas de portagens e as entidades gestores de sistemas electrónicos de cobrança de portagens.
Esta proposta do Partido Socialista, consta de um conjunto de medidas de alteração ao Orçamento do Estado para 2011, entregue quarta-feira, no Parlamento, e a intenção, segundo se lê no documento, é criar «um regime especial de execução dos créditos desde que os originados pela falta de pagamento de taxas de portagens».
Neste momento, o não-pagamento de portagens e a respectiva coima passavam obrigatoriamente pelos tribunais, sem que o InIR tivesse instrumentos legais que permitissem proceder à cobrança sem necessidade de intervenção judicial.
O «Negócios» avança que o instituto vai poder «executar os créditos em causa no prazo de15 dias a contar da data em que a decisão do processo contra-ordenacional se torne definitiva».
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/portagens-tribunais-concessionarios-auto-estradas-scut-multas/1210364-4058.html
Novembro 19, 2010 at 10:11 am
#1:
Vai matar os parasitas que te cobrem o corpo…
Novembro 19, 2010 at 10:13 am
1:
Fui eu que assinei os memorandos?
Fui eu que vendi o cu dos professores?
Novembro 19, 2010 at 10:34 am
#1 – Este meu caro é o país que vocês os vendidos defendem:
Num país decente já tinha batido com os ossos na prisão…
Preso preventivamente ao fim de 150 crimes
A PSP de S. João da Madeira deteve, no passado dia 9, um homem investigado há mais de dez anos pela PSP de Espinho e a quem são atribuídos mais de 150 crimes, noticiou o Jornal de Notícias (JN). O diário avança ainda que o homem nunca esteve preso pelos crimes a que foi condenado, já que as penas foram sempre suspensas. A PSP de S. João da Madeira deteve o indivíduo quando este conduzia uma viatura furtada, em Santa Maria da Feira.
O JN adianta que o jovem de 24 anos, natural de Espinho, foi presente a tribunal que decretou a respetiva prisão preventiva. O indivíduo contava já com cinco mandados de detenção emitidos pela Esquadra de Investigação Criminal de Espinho. De acordo com o JN, a atividade ilícita do jovem estava a ser seguida pelas autoridades desde 2004, havendo registo de furtos em estabelecimentos de restauração, empresas, escolas e veículos, bem como de agressões, posse de arma proibida, recetação e condução sem carta. Aquele diário adianta ainda que os crimes em causa foram cometidos em Espinho, Santa Maria da Feira, S. João da Madeira e Vila Nova de Gaia, entre outros concelhos.
http://www.labor.pt/noticia.asp?idEdicao=252&id=13209&idSeccao=2722&Action=noticia
Novembro 19, 2010 at 10:56 am
#1,
Um bom dia também para si.
Lamento que continue a conviver tão mal com o seu dark side.
May the forcebe with you, sad little creature.
Novembro 19, 2010 at 11:20 am
Dos juízes já ninguém fala.
Tristeza…
Novembro 19, 2010 at 11:51 am
Isto que acontece com os juízes mostra até que ponto temos (os docentes) sido pouco capazes de enfrentar o poder, sem o molestar. E como o poder afinal também se acagaça quando verdadeiramente alguém lhe mostra os dentes.
Parabéns aos juízes por terem sabido fazê-lo, enquanto os nossos institucionais sindicatos nos propunham as habituais formas de luta, a que aderi sempre, embora sem grande convicção…
Para que serviram manifes de quase a totalidade dos docentes?
Para por a sinistra na rua e contribuir para lhe arranjar um ainda melhor emprego?
O que acontece(u) na educação em termos de condições de trabalho, progressões, remunerações, saque nas aposentações, mereceria que entrássemos todos já em greve de zelo sem fim.
Os sindicatos pagos pelas nossas quotas que encontrem juristas à altura para que possamos enfrentar esta corja eficazmente.
Novembro 19, 2010 at 12:32 pm
A força dos sindicatos assenta na capacidade de defesa dos interesses corporativos.
Ao contrário da mitologia que enaltece a “solidariedade” e a “fraternidade”, um sindicato eficaz só tem sucesso ao nível do grupo restrito que representa, se defender os atributos e privilégios da respectiva “classe”.
Neste caso temos um outro factor de peso.
Não interessa nada ao PS hostilizar a classe dos juízes, uma vez que vai sempre precisar de ter muitos amigos e simpatizantes para facilitar a vida aos corruptos que fazem escola na respectiva máquina partidária e que vivem dos negócios escuros com o sector do Estado.
Novembro 19, 2010 at 12:50 pm
Firstly. The supposed struggle with capitalists in which many Unions engage, for the purpose of raising wages, is not really a struggle of labour against capital, but of certain classes or sections of labourers against other classes or sections.
Secondly. It is a struggle in which only a few peculiarly situated trades can succeed in benefiting themselves.
Thirdly. Unions which succeed in maintaining a high rate of wages only succeed by PROTECTION—that is, by levying contributions from other classes of labourers and from the population in general.
Fourthly. Unionism as at present conducted tends therefore to aggravate the differences of wages between the several classes of operatives; it is an effort of some sections to raise themselves at the expense of others.
William Stanley Jevons
“Methods of Social Reform” (1883) [Ano em que morreu Karl Marx]
http://www.quadrant.org.au/magazine/issue/2010/6/the-myths-of-militant-trade-unionism
Novembro 19, 2010 at 12:50 pm
-um estado de direito selectivo
-um estado de direito em função dos diversos detentores dos direitos
PPC considerou hoje [ontem] que as empresas devem tomar as suas decisões relativas à distribuição de dividendos com base na legislação em vigor, “sob pena de deixarmos de viver num Estado de direito”
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=454571
Quanto ao post: assim se compram as constitucionalidades.
Apesar dos desmentidos, tenho poucas dúvidas de a idade da reforma não suba, já em janeiro, para os 65 anos.
Novembro 19, 2010 at 2:12 pm
«A força dos sindicatos assenta na capacidade de defesa dos interesses corporativos»
Como é possível sindicatos de professores defenderem o grupo profissional se estão contra a defesa dos interesses do grupo profissional, optando grosso modo pela estratégia única de defesa integrada e basicamente assente na indiferenciação ou nivelamento por baixo (integração nas reinvindicações genéricas da FB)!?
Claro que existem coreografias várias para “distrair” a malta …
Não deveria ser justamente ao contrário???
Novembro 19, 2010 at 2:36 pm
Também quero!
Haja esperança!
O que importa é que se vão abrindo brechas, ou excepções…
Novembro 19, 2010 at 3:40 pm
Um sindicato, antes de mais, tem que defender e assegurar interesses corporativos. Se não o fizer, está a falhar a sua principal missão.
As estruturas sindicais dos magistrados gozam de prerrogativas ímpares no nosso panorama. Abrangem um universo relativamente pequeno de membros, de uma classe que tem de si mesma uma arreigada consciência do estatuto privilegiado de que usufrue, assente numa tradição e numa cultura muito próprias e presentes.
São orgão de soberania pelo ordenamento constitucional, mas sempre que lhes convém – quando lhes tocam nos seus privilégios – comportam-se e reagem como uma “classe profissional”, com força e coesão.
Essa ambiguidade é aquilo que, afinal, constitui o seu grande trunfo – a sua “arma de arremesso” -, como se comprova nas circunstâncias actuais.
O aparelho socretino tem mantido uma relação de grande tensão com a classe, e agora que sente o terreno a fugir-lhe debaixo dos pés, convém dar algum sinal de abertura e compreensão, porque nunca se sabe o que trarão os dias de amanhã…
Por tudo isso, a comparação com a situação da classe docente não se afigura muito pertinente ou relevante. Se dúvidas houvera, os resultados já começam a falar por si.
(Além de não querer esticar mais o comentário, não cultivo o masoquismo, e por isso dispenso-me da tarefa confrangedora de reiterar a glosa dos males da nossa classe, da sua representação e representatividade, etc.)
Novembro 20, 2010 at 12:01 am
[…] Eu bem que fui adivinhando… falta só… GostoBe the first to like this post. […]
Novembro 22, 2010 at 2:35 pm
[…] que se deverá, entretanto, tal lucidez relativamente aos magistrados? O Paulo Guinote coloca algumas hipóteses que não me parecem descabidas. Esta entrada foi publicada em Uncategorized. ligação permanente. ← Do pénis para […]