Estive a ler o livro de David Justino para o que espero ser um debate sério, no dia 26, acerca das ideias que nele existem sobre as origens, causas, características e eventuais soluções para a situação da Educação em Portugal.
Como seria de esperar há uma boa parte com que concordo (em especial no diagnóstico) e outras em entro em divergência (parte do que se consideram ser soluções adequadas).
Mas isso não é assunto para aqui e agora.
Vou-me ficar apenas por uma passagem, já perto do final (pp. 123-124), que aborda algo que agora tem relevância:
Nos últimos anos, assistimos a um fenómeno relativamente novo que merece uma atenção especial. Falamos do que ficou conhecido por «movimento de professores», que assumiu proporções até então nunca conhecidas. Nascido da contestação ao novo modelo de avaliação de professores e ao estatuto da carreira docente, este movimento ganhou expressão pública e demonstrou uma capacidade de mobilização que surpreendeu as próprias organizações sindicais, que em certos momentos foram claramente ultrapassadas. Para isso muito contribuiu o recurso generalizado Às novas tecnologias de informação e comunicação, com os blogues e as mensagens electrónicas a estruturarem autênticas redes sociais e informação, debate e mobilização, como nunca tinha acontecido. Foi claramente o primeiro movimento social da era da Internet a ter uma projecção nacional e a alterar a lógica tradicional do conflito entre órgãos de poder e um corpo profissional.
Este facto poderá representar o início de uma nova fase no debate sobre a educação. Passados os momentos mais conturbados e de radicalização de posições, essas redes continuam activas, ficando por saber como é que esse recurso irá ser utilizado em situações futuras. A despeito da inorganicidade do movimento, há laços que se estabeleceram, solidariedades que se desenvolveram, novos intérpretes deste longo debate que se evidenciaram. Neste particular domínio, nada voltará a ser como dantes.
Ao ler isto tive a estranha sensação de alguém ter escrito exactamente o que pensava até há não muito tempo.
Neste momento, em especial pela observação do que decorreu durante 2010, tenho uma visão menos optimista do potencial futuro das sementes lançadas.
Por várias razões, de que explicito aqui apenas duas:
- Desde que a actual equipa do ME tomou posse deu-se uma convergência objectiva de vontades para eliminar o que um actual secretário de Estado considerou o ruído dos blogues e outras redes de discussão exteriores aos canais tradicionais. Nesse esforço por esvaziar as vias alternativas de debate e de circulação da informação (há que ter sempre presente o que Alexandre Ventura declarou ao Expresso enquanto presidente do CCAP sobre o que teria falhado no modelo anterior de ADD), houve a colaboração activa por parte dos sindicatos, pelo menos de parte deles ou – se não quisermos ocultar as coisas – da Fenprof, que viu a oportunidade de novamente dominar de forma quase monopolista o diálogo com o ME e a canalização da representação dos professores à desejada mesa das negociações. Nesse contexto, até as organizações-satélite do ME (CCAP e Conselho de Escolas) foram subalternizadas. Os primeiros meses de 2010 escorreram, enquanto os actores institucionais preferenciais faziam os possíveis por esvaziar o papel das vozes alternativas, reforçando o controle sobre a informação disponível ou aliciando de um modo ou outro alguns dos ruidosos. Algo começou a falhar nesta estratégia quando se percebeu que – afinal – esses mesmos actores não passavam de marionetas controladas de cima, não tendo a equipa do ME qualquer liberdade para decidir fosse o que fosse, ao mesmo tempo que se percebia que a multiplicidade de promessas de amanhãs ridentes ,por parte da Fenprof na primeira parte do ano não, tinham qualquer correspondência na realidade. Os contratados, o elo mais fraco disto tudo, foram os primeiros a perceber na pele a desilusão. Por outro lado, a própria comunicação social – uma parte cada vez mais alargada – foi-se apercebendo do embuste e da (falta de) credibilidade de quem se queria protagonista único do discurso.
- Do lado dos alternativos, o amadorismo da forma de organização, a dedicação à causa por ideais sem estruturas de apoio formais, a acumulação de um novo papel quase público à sua actividade profissional nas escolas, assim como um evidente confronto de egos num espaço apertado, levou à instalação de um evidente cansaço e erosão da energia, fazendo com que a terceira frente neste conflito fosse apresentando as suas limitações e divergências na fase crucial de passagem da crítica anti-quase tudo para a da construção de algo alternativo. Os movimentos de professores formados de modo mais institucional ou formal foram-se esvaziando depois de Novembro de 2008, indecisos quanto ao rumo a tomar: ceder ao esvaziamento ou ensaiar algo novo, mesmo que algo decalcado de iniciativas já conhecidas? A APEDE optou por esta segunda hipótese, apresentando um manifesto por um movimento social novo, numa espécie de lógica frentista alternativa. O MUP volatilizou-se, o PROmova enquistou-se e apenas o MEP, até pelas suas ligações e estrutura, foi o único que conseguiu lançar de forma periódica algumas iniciativas com impacto público. Na área da blogosfera mais activa nos últimos anos – em especial a mais individualista, na qual me integro – verificou-se algum exacerbamento dos conflitos pessoais, com cada um a ser obrigado a revelar de modo mais claro o seu caminho e de que modo não é convergente em tempos de forçada acalmia. Uns realinharam-se ainda mais com os sindicatos ou com certas forças partidárias em aparente ascensão, enquanto outros sublinharam cada vez mais o seu individualismo, mesmo se formando uma espécie de rede comunicante sem qualquer programa comum ou combinação prévia. Podia escrever aqui o nome dos blogues de cada um dos grupos, mas tenho a minha conta de quezílias e cada um sabe perfeitamente ao que anda e todos os que por aqui (e lá) passam sabem bem do que falo (esta é a minha faceta Octávio Machado, nem de propósito morador neste mesmo concelho). Isto serve apenas para dizer que a útil e conveniente unidade de outrora se fragmentou e a cartografia da blogosfera, dita docente, se redefiniu de um modo bastante assinalável, tornando mais claro o papel de cada um mas, ao mesmo tempo, traçando fronteiras pessoais e posicionais.
É este um diagnóstico derrotista ou desiludido? Será que tudo vai ser como dantes (pré-2005) ou será que há potencial para que nada a ser como antes?
Pela parte que me toca, há evidente desilusão mas também uma certeza: enquanto não nos matarem de morte matada, o ruído continuará.
Ahhh… ia-me esquecendo de algo estrutural: não evitarei dizer o que penso, mesmo se isso implica desagradar a quem acha que a unidade se forma no abafar das divergências (isso sempre foi o pecado que apontámos a outros). Mas com duas condições: um mínimo de respeito pelos interlocutores e de hipérboles tremendistas no discurso e coerência entre o que digo em público e em privado.
Novembro 14, 2010 at 11:48 am
Nem é um diagnóstico derrotista nem desiludido. É certeiro.
Novembro 14, 2010 at 11:48 am
Parabéns pela excelente análise da situação em que nos encontramos.
Vou levar para o meu blogue.
Bom domingo, Paulo!
Ah! E continua a ser igual a ti próprio – desalinhado, portanto. É por isso que este blogue é o que é. 🙂
Novembro 14, 2010 at 11:56 am
#1 e 2,
Obrigado.
Entretanto, já finei um punhado de gralhitas e desconformidades gramaticais que a escrita directa me provoca sempre…
Novembro 14, 2010 at 11:59 am
E por falar em Labirinto:
http://umaaventurasinistra.blogspot.com/2010/11/foi-voce-que-pediu-street-learning-ao.html
Novembro 14, 2010 at 12:03 pm
No peito de um “desalinhado” também bate um coração. Não é assim, mas quero lá saber.
Há muitos corações que por aí continuam a bater.
Um abraço, Paulo.
Novembro 14, 2010 at 12:23 pm
Óptima análise, Paulo!
Eu também estou numa de “antes quebrar e torcer”, apesar de tantas desilusões que nos tentam “matar de morte matada”.
Venham então e matem-me! “A Razão mesmo vencida não deixa de ser Razão”, como dizia o Aleixo!
Bom Domingo a todos.
Novembro 14, 2010 at 12:30 pm
Texto imbuído de feroz lucidez que nos obriga a uma profunda reflexão individual…
As âncoras em que acreditámos e,por isso, nelas depositámos toda a nossa entrega,estão como que quebradas, fruto de jogos ardilosos que conseguiram conduzir ao desprezo pelo interesse comum e colocar, em seu espaço, meia dúzia de galhardetes que, de tão má qualidade,o tempo se encarregará de transformar,irremediavelmente,em farrapos…
Não vale a pena continuarmos a zangar-nos uns com os outros e a afirmar que a culpa é dos professores …
O ponto da situação resume-se nestas sábias palavras pessoanas:
” Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”
Mensagem
Novembro 14, 2010 at 12:36 pm
[…] This post was mentioned on Twitter by Carlos Pinheiro, Paulo Guinote. Paulo Guinote said: A Educação No Seu Labirinto: Debates, Protagonistas, Potencialidades, Bloqueios http://bit.ly/9bL7rg […]
Novembro 14, 2010 at 12:41 pm
…
Paulo, parabéns pelo trabalho realizado nestes anos!
É continuar, força!
…
Novembro 14, 2010 at 1:51 pm
“Ahhh… ia-me esquecendo de algo estrutural: não evitarei dizer o que penso, mesmo se isso implica desagradar a quem acha que a unidade se forma no abafar das divergências (isso sempre foi o pecado que apontámos a outros).”
O Paulo não estará sozinho; somos poucos, mas estou convencida que o número aumentará.
Novembro 14, 2010 at 3:06 pm
Pois eu dou razão ao David Justino.
Houve e “há” uma movimentação de professores no Umbigo.
Dá frutos?
Nem sempre.
Isto faz-se de avanços e recuos.
Mas nada será como dantes.
Os sindicatos tb sabem disso.
O Paulo é intelectualmente indomável. Os Umbiguistas tb o são.
Aqui discute-se tudo. Aqui falam-se as verdades. Os comentadores do Umbigo estão nas escolas. Conhecem a realidade. Denunciam-na, pq este é um espaço onde isso se pode fazer.
Lutas? Quais? Como?
Talvez ninguém saiba ainda, mas esta semente não morre.
É por isso que temo que o Paulo um dia desista do Umbigo.
Porque, o que aqui se vai passando, ao sabor do tempo, com ou sem quezílias, é verdadeiramente revolucionário, relativamente ao que tínhamos antes…
Novembro 14, 2010 at 3:22 pm
“Este facto poderá representar o início de uma nova fase no debate sobre a educação.”
O Umbigo até poderia ser um espaço de construção de alternativas na área da educação já que muito do diagnóstico foi por aqui feito.
Novembro 14, 2010 at 3:27 pm
#12,
Já se apontaram alternativas possíveis.
Podem sempre repetir-se ou relembrar-se,
Neste momento, espero para ver certas “soluções”.
De há muito acho que o essencial passava por uma reforma curricular a sério, com os 12 anos de escolaridade divididos por três ciclos de 4 anos ou então de 4+5+3.
A partir daí reorganizar conteúdos programáticos, evitando repetições desnecessárias de conteúdos,. o que permitiria emagrecer o que está empilhado, distendendo-o no tempo, em vez de andar em círculos.
Quanto à carreira e avaliação já escrevi as coisas tantas vezes, que me cansa revisitá-las.
Novembro 14, 2010 at 3:28 pm
Este será o método do futuro..qual Pam…
Desempenho em matemática pode melhorar com impulsos elétricos no cérebro
Seg, 08 Nov, 06h06
Pelo menos é isso o que pesquisadores ingleses afirmam terem conseguido fazer.
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Por Daniel Pavani
De acordo com um estudo desenvolvido na Universidade de Oxford, na Inglaterra, leves estímulos elétricos no cérebro podem ajudar no desempenho em cálculos matemáticos por até seis meses.
O artigo Modulating neuronal activity produces specific and long lasting changes in numerical competence foi publicado esta semana no periódico Current Biology por neurocientistas de Oxford e da Universidade de Londres. No estudo, 15 voluntários, todos estudantes entre 20 e 21 anos, foram ensinados a reconhecer símbolos que representavam valores numéricos, e depois tiveram que resolver alguns problemas matemáticos.
Depois disso, alguns deles receberam estímulos de 1 mA (um miliampére, uma corrente eletrica cerca de 800 vezes mais fraca do que a necessária para acender uma lâmpada comum de 100W) em uma região chamada de lobo parietal , enquanto outros não receberam nada (placebo). Esta região do cérebro é responsável por cálculos matemáticos, explica o site da Universidade de Oxford . A técnica utilizada é não invasiva e conhecida Estimulação Transcranial por Corrente Direta, ou TDCS (em inglês).
Os resultados foram muito interessantes. Aqueles que receberam o estímulo da direita para a esquerda tiveram um rendimento muito bom, resolvendo rapidamente os problemas. Os que receberam os estímulos da esquerda para a direita tiveram sua capacidade reduzida e desempenhos comparáveis a crianças de 6 anos, enquanto os voluntários do grupo placebo apresentaram resultados médios.
Os voluntários foram testados novamente seis meses depois, e aqueles que haviam recebido os estímulos da direita para a esquerda continuaram demonstrando ótimo desempenho nos problemas matemáticos.
De acordo com o Dr. Cohen Kadosh, do Departamento de Psicologia Experimental e autor principal do artigo, este é o primeiro estudo deste tipo e tem a finalidade de ajudar aqueles que possuem dificuldades em aprendizado. É muito difícil que se produza Einsteins por aí, mas, com sorte, podemos ajudar a melhorar a matemática de alguns, afirma o Dr. Kadosh.
Novembro 14, 2010 at 3:32 pm
[…] excerto de um livro do ex-ministo David Justino surge no blog “A Educação do meu Umbigo”. O artigo escrito por Paulo Guinote merece leitura atenta, […]
Novembro 14, 2010 at 3:32 pm
#13, já tudo foi escrito no Umbigo.
O problema é estar tudo disperso.
Um dia, quiçá, um livro sobre Educação por temas: reforma curricular, carreira, etc.
Às vezes tenho pena de ver alguns posts desaparecerem tão rápido de cena.
A realidade ( as loucuras que se vão cometendo) vão-te(-nos) empurrando em várias direcções ao mesmo tempo…
Novembro 14, 2010 at 3:34 pm
A luta mais eficaz é idividual, nas escolas, no dia a dia. É dura, porque muitas vezes estamos sós!
Tem custos? Muitos!Paga-se o preço? Sempre!
Benefícios,Hoje? Muito poucos!Amanhã? Quem sabe…
A longo prazo, poder andar de cabeça erguida e manter a sanidade mental será sempre o meu melhor ganho.
Se muitos luterem, individualmente, o colectivo está garantido.
Novembro 14, 2010 at 3:35 pm
#16,
É para isso que existem as etiquetas. Buscando por temas, os posts aparecem arrumadinhos…
Novembro 14, 2010 at 3:41 pm
«Os primeiros meses de 2010 escorreram, enquanto os actores institucionais preferenciais faziam os possíveis por esvaziar o papel das vozes alternativas, (…)»
Tendo lido o “Difícil é educá-los”, posso confirmar que estes diagnósticos enquadram bem a realidade. Mas como após qualquer correcto diagnóstico é preciso a adequada terapêutica. Se quem pode decidir continuar a usar água de malvas, não iremos longe.
David Justino não vai ao ponto de considerar os “movimentos de professores” alternativos, como entende o Paulo. De facto, e também me parece, os diferentes movimentos e a blogosfera, individual ou conjuntamente considerada, serão, sem dúvida, um contributo inestimável, mas nunca alternativo.
A não ser que um dia aconteça qualquer coisa parecida com a “negociação” do orçamento de Estado. A representatividade dos sindicatos seria substituída pelo blogue Profblog, por exemplo, e o local das reuniões deixaria de ser o ME e passaria o paúl do Boquilobo.
Não me parece.
Novembro 14, 2010 at 3:41 pm
#13
Falta apenas aquilo que as “organizações” têm.
O caderno reinvindicativo.
E seria possível construí-lo dentro de um espaço mais individual.
Novembro 14, 2010 at 4:41 pm
Pois, neste momento tudo é nevoeiro, como diz o poeta e não se vislumbra uma luz nítida ao fundo; as gentes parecem adormecidas e, de facto, muitos estão; outros espreitam uma oportunidade de ganharem com a desorientacão da maioria, mas também há muitos que estão atentos e não conseguem engolir a revolta. Só esperam o momento certo para para untar as suas vozes e acção às de todos os outros descontentes… seria terrível aceitar que já não há remédio.
Novembro 14, 2010 at 5:20 pm
Está bem escrito. Apenas será de acrescentar a utilização político-partidária pelos dos “movimentos” que, em certas alturas, foram “cavalgados” pelos partidos da Oposição. Aliás alguns terão mesmo existido para “agitar” e daí terem levado sumiço, coisa especialmente nítida após as eleições em que Manuela Ferreira Leite foi derrotada. E como prova veja-se a campanha que na altura a comentadora Ana Henriques, entusiasta dos movimentos e integrante de um que não recordo qual, aqui fez em favor de Manuela Ferreira Leite.
Novembro 14, 2010 at 5:52 pm
Pois, a análise está fantástica, mas como compreender que ao nosso redor, nas escolas, tudo se tenha agitado para entregar objectivos que são facultativos, por lei? Mais uma vez, quando deveríamos estar preocupados com a situação catastrófica das aprendizagens, encontram-se muitos professores preocupados com avaliações fraudulentas, com quem avalia o quê? a fazer de conta que serve para alguma coisa! Que ridículo!
A propósito já têm conhecimento do que aí vem, como novidade? Qualquer indivíduo poderá passar a dar aulas, isso da formação para professor já era, portanto, qual carreira, qual fantasia, é a destruição absoluta de tudo!
Novembro 14, 2010 at 6:30 pm
#22,
Eu disse que não iria nomear… mas foram óbvias certas afinidades (por acaso defraudadas… daí o azedume e a agressividade que por vezes se sentem a Setentrião).
#23,
Felizmente não tenho essa experiência próxima.
Ao arrumar papéis dei com o artigo que escrevi aqui no blogue no início de Janeiro de 2009 e que depois me pediram para adaptar para o “Público” sobre o que me levava a não entregar os OI.
Bons tempos…
Novembro 14, 2010 at 6:52 pm
#23, eu tb não tenho essa experiência.
Será que há tantos assim??
Novembro 14, 2010 at 7:28 pm
Ainda não o livro do David Justino que está em lista de espera. Mas julgo que faz falta que outras pessoas, sem serem do mundo universitário, político ou sindical, apresentem propostas concretas sobre as reformas que gostariam de ver implementadas ao nível da educação. Julgo que o Paulo já escreveu o suficiente para avançar com um projecto de livro especificamente centrado neste aspecto.
Será acusado, naturalmente, de sede de protagonismo e outras acusações análogas. Todavia, julgo que já ganhou calo para aguentar estas e outras críticas que lhe serão dirigidas.
Novembro 14, 2010 at 7:30 pm
Se o poema “Nevoeiro”, de Fernando Pessoa, o último poema da “Mensagem”, diz “Ó Portugal, hoje és nevoeiro…”, termina assim:
“É a Hora!”
“Valete Fratres”
Acho que é a Hora!
Novembro 14, 2010 at 7:34 pm
Todos os blogs e movimentos de profs provaram ser necessários e fundamentais numa dada altura e espero que continuem a se-lo e a fazer aquilo que me parece importante: denunciar o que não está bem, problematizar e procurar soluções (ainda que diversas) para o nosso contexto educativo.
Se com o tempo, alguns se desintegraram ou deixaram de ter expressão, cabe a cada um avaliar os porquês e, se calhar, reinventar-se.
Pessoalmente volto sempre a este blog porque me identifico com muitas das opiniões e com a postura do Paulo.
Creio que já aqui afirmei que este blog deu, dá e continuará a dar um contributo fundamental para a história da educação em Portugal. Pela milésima vez, OBRIGADA PAULO!!”enquanto não nos matarem de morte matada, o ruído continuará.”…estou nessa!!!!!
#20 A ideia do caderno reivindicativo parece-me boa.
Novembro 14, 2010 at 8:48 pm
http://umaaventurasinistra.blogspot.com/2010/11/foi-voce-que-pediu-street-learning-ao.html
Por falar em blogues
Novembro 14, 2010 at 10:04 pm
#20
Un n a mais.
Palavra chata de escrever. 😆
Novembro 17, 2010 at 12:40 am
[…] Os mais clicados publico.pt/Política/deput…pt.wikipedia.org/wiki/Rev…ionline.pt/conteudo/88154…youtube.com/watch?v=dAhPo…educar.wordpress.com/2010…pt.wordpress.com/tag/uma-…apede08.files.wordpress.c…hazards.org/suicide/index…fjsantos.wordpress.com/20…pt.wordpress.com/tag/as-r… Subscrição por Email […]
Dezembro 3, 2010 at 4:17 pm
[…] Afinal, quando menos se espera, encontramos umas quantas afinidades mesmo entre inimigos tão “determinados”… quanto mais não seja há algo em comum que os move – o poder excessivo dos sindicatos anterior a 2005 [1], [2], [3], [4] […]