Será que vai cumprir?
Juiz passa a ganhar menos… e decide trabalhar menos
Medidas de austeridade retiram-lhe 600 euros por mês da carteira, por isso decidiu passar a trabalhar menos quatro dias e meio por mês.
Novembro 11, 2010
Será que vai cumprir?
Juiz passa a ganhar menos… e decide trabalhar menos
Medidas de austeridade retiram-lhe 600 euros por mês da carteira, por isso decidiu passar a trabalhar menos quatro dias e meio por mês.
Novembro 11, 2010 at 8:57 pm
Mai nada.
Acção disciplinar pelo quê?
O empregador é que não está a cumprir com o princípio de confiança para com o trabalhador.
Todos devem reduzir nas horas de trabalho o que lhes descontarem.
Só quem é parvo não o fará.
Novembro 11, 2010 at 8:58 pm
Aguardemos pelo resultado da acção disciplinar, para decidirmos se lhe seguimos os passos, ou não.
Novembro 11, 2010 at 9:05 pm
Espero que sim!
Devia acontecer o mesmo em todas as áreas deste país.
O FMI teria que intervir, a Comunidade Europeia tambémQ
Arranjavam uma comissão de gestores, limpavam os políticos trabalhar a sério e geriam isto!
Sem partidarismos, cunhas, conhecidos, boys, amigos, primos, priminhos, etc…
Cortavam a direito! A nós cabia-nos viver governados e não desgovernados, roubados, traídos, vilependiados, violados, humilhados… Os gestores teriam que apresentar contas a uma espécie de Assembleia geral de interessados: Comunidade Europeia; FMI, portugueses eleitos de entre os notáveis (pessoas com provas dadas de capacidade) que não se poderiam alhear destas obrigações cívicas!
Novembro 11, 2010 at 9:09 pm
😆
Novembro 11, 2010 at 9:18 pm
Medo da acção disciplinar…uff, o problema está sempre no medo. Não se age porque se tem medo!! Que diabo, se todos fizermos como este senhor quero ver o patronato a mover acções disciplinares a tanta gente…
Novembro 11, 2010 at 9:19 pm
Eu gosto mesmo é da parte de quem “luta” mas desde que não tenha consequências…
Novembro 11, 2010 at 9:21 pm
Só posso dizer que não é o primeiro a afirmá-lo.
Novembro 11, 2010 at 9:25 pm
Pois…
Vou ter de reavaliar as horas que passo:
-a preparar 3 níveis diferentes,
-a inventar formas de ensinar alguma coisa ao meu PCA, mantendo a sanidade mental;
-a engendrar maneiras de ensinar os alunos que vieram de PCA de 6.º e foram integrados em turmas regulares de 7.º (porque a DREN não autorizou PCA de 7.º);
-a fazer e refazer o PCT,
-a planificar as actividades de Formação Cívica (educação para a saúde, educação sexual, cidadania, a burocracia, a burocracia, a burocracia),
-a atender EE fora de horas e nos intervalos (há dias que nem um xixizito posso fazer…),
-a preparar aulas e actividades semanais para as aulas de apoio acrescido,
-a preparar fichas e fichinhas para Estudo Acompanhado (Português e Matemática são sempre solicitados, pois os meninos vão ter exame…);
-a participar nos milhentos concursos de leitur, escrita, BD, Publicidade, contos e recontos…
-a participar na reuniões de departamento, subdepartamento, ADD e NOVOS PROGRAMAS DE PORTUGUÊS!
Arre, devo ter esquecido algo!
Novembro 11, 2010 at 9:31 pm
#8
Fiquei exausta só a ler !…
Reduzir os gastos é o lema . O nosso tempo(gasto) , neste caso .
Novembro 11, 2010 at 9:38 pm
Já comecei a tentar fazê-lo…. descontam-me 5%, trabalho 5% a menos na escola.
Há muitas maneiras de “fazer as coisas”. Horas não lectivas, sai-se 10 minutos antes, aulas começam-se 5 minutos depois, reuniões, saímos meia hora antes porque temos assunto a tratar…
Se nos “roubam” dinheiro (porque isto é roubar), também podemos “gastar” menos tempo.
😉
Novembro 12, 2010 at 12:23 am
e quando foi aumentado? Passou a trabalhar mais? aqui o contribuinte líquido só espera que se o senhor cumpririr a promessa seja despedido com justa causa (incumprimento de horário de trabalho)
Novembro 12, 2010 at 1:17 am
Há muita maneira de matar moscas. Não se trata de ganhar mais ou menos mas de justiça. Se a moda pega qualquer dia os que agora ganham 500€ amanhã podem só lhes pagar 400€. Só os grandes não diminuem os ganhos pelo contrário os lucros cada vez são maiores! Não vai passar meia dúzia de anos sem que as coisas mudem ou haja guerra na Europa ou guerras cívis. O problema desta gente é a ignorância e ganância. Como se compreende com tanta abundância de comida e de outros bens as passoas passarem mal e necessidades? Não é falta de capacidade de quem governa? Certamente que é. Quem diria que a abundância traria problemas às pessoas! Há pouco é um problema pois não chega para todos; há abundância há problemas pois não há trabalho e saída para os produtos. Senhores economistas e governantes mostrem a vossa inteligência se é que têm alguma!
Novembro 12, 2010 at 2:23 am
#2
Não vejo forma legal de o punir disciplinarmente.
# 11
“aqui o contribuinte líquido só espera que se o senhor cumprir a promessa seja despedido com justa causa (incumprimento de horário de trabalho).
Lamento Many, foi o empregador quem violou o contrato, para se fazer justiça terá de aceitar que o trabalhador reduza o horário na proporção da redução salarial.
Os aumentos no vencimento são propostos pelo empregador e tacitamente aceites pelo empregado, não constituem quebra das premissas contratuais.
Novembro 12, 2010 at 9:09 am
Felizmente para os nossos alunos, nem a redução salarial nos fará desinvestir neles.
Novembro 12, 2010 at 4:14 pm
Considero este caso específico uma indignidade moral e uma afronta à racionalidade. Um funcionário público ou um qualquer outro trabalhador com um contrato de trabalho tem um horário a cumprir. Se entender que deve cumprir o seu horário de trabalho de forma escrupulosa como resposta a uma diminuição de salário está no seu pleno direito. Mas, como salientou o ManyFaces, não me parece que o senhor doutor juiz vá trabalhar mais quando lhe reporem o salário e o aumentarem. O que ele está a fazer é uma violação grave dos seus deveres profissionais e chama-se greve selvagem: uma greve não convocada e consequentemente ilegal. Espero que, por isso, seja devidamente punido, mas o Conselho Superior da Magistratura nada irá fazer e mesmo que fizesse a decisão, eventualmente, poderia ser contestada em tribunal onde seria julgada por um outro juiz. Se quer protestar de forma firme a solução é pedir ao seu sindicato que convoque uma greve por tempo indeterminado, mas sem que fique a ganhar o salário correspondente.
O juiz está a insultar a nossa inteligência porque todos sabemos que ele não pode auferir nenhum outro rendimento porque o exercício de qualquer outra profissão é-lhe vedado.
Mas existe ainda uma outra coisa mais importante: o juiz é um órgão de soberania e como tal deve comportar-se de uma forma diferente de um mero funcionário público. Embora tenha o direito de fazer greve esse direito, na prática, só deve ser exercido em situações verdadeiramente limite. Não faz sentido pensar que os deputados ou o presidente da república façam greve. Que me recorde o último órgão de soberania que fez greve foi um governo do Almirante Pinheiro de Azevedo no PREC!
É ainda uma afronta esta greve tendo em conta outros factores: os elevados salários que os juízes auferem (perfeitamente justificados face à complexidade e importância das suas funções), juntamente com inúmeras regalias que muita vezes o comum dos cidadãos nem sequer sonhe (a maioria injustificados). Sabem, por exemplo, que um juiz que se desloque em trabalho tem direito a um bilhete de comboio gratuito em 1ª classe? E que é prática comum que os juízes, quando não sabem a hora a que vão realizar a viagem de regresso, requisitam vários bilhetes impedindo a CP de vender os que não usam?
E tendo em conta o estado da nossa justiça é razoável que os juízes façam greve? Infelizmente tenho frequentado os tribunais por causa de uma acção que interpus contra uma empresa. Os tribunais abrem às 9 horas, mas o início dos julgamentos são marcados 30, 45 ou 60 minutos depois. E a regra é este horário nunca ser cumprido. As sessões iniciam-se, por razões que nunca ninguém sabe explicar, muito depois disso.
Isto não é coragem nenhuma. É um abuso de poder que se fosse cometido por qualquer professor deste país daria lugar a um processo disciplinar com consequências muito sérias.
Novembro 12, 2010 at 8:19 pm
#15
“É um abuso de poder que se fosse cometido por qualquer professor deste país daria lugar a um processo disciplinar com consequências muito sérias.”
Tenho muitas dúvidas que um processo disciplinar (ainda que instaurado a um professor) por incumprimento de horário, chegasse a “consequências”, se o incumprimento fosse na proporção do corte salarial efectuado. Em sede de contencioso administrativo como se fundamentaria a violação unilateral das regras contratuais, negando (em simultâneo) ao lesado o direito a acção de “legitima defesa”?
O Governo prepara-se para abrir a “caixa de Pandora”, não se deverá depois mostrar surpreso com o que de lá resultar, afinal, somos um Estado de Direito e mais cedo ou mais tarde isso sentir-se-á (espero que não na pele, sinceramente).
Novembro 12, 2010 at 9:14 pm
Estão enganados.
Pelo que li, o juiz vai deixar de fazer as horas extras (não pagas) que habitualmente fazia.
Só é pena que os professores não façam o mesmo. Afinal são sempre tomados por preguiçosos e a maioria dos alunos e pais não merece o esforço.