É verdade que Passos Coelho estava completamente entalado entre a coerência para com tudo o que disse à opinião pública e os interesses que se movem no seu partido em todos os quadrantes, com o apoio activo de Cavaco Silva.
Se ousasse erguer-se acima do estatuto menor que tem para os barões do seu partido, seria desautorizado em pleno Parlamento pelos deputados escolhidos por Manuela Ferreira Leite e todos os vira-casacas que por lá andam.
Assim optou pelo caminho que o irá imolar progressivamente perante o eleitorado, em especial se os tais interesses que o ergueram, não prefiram fazer-lhe o que fizeram a Santana Lopes e Luís Filipe Menezes.
De qualquer maneira, se havia ainda um pequeno pingo de estima e credibilidade pelo anterior pedido de desculpas, neste momento ele desapareceu.
Passos Coelho admite aprovação do OE
O “gesto” pedido por Teixeira dos Santos ao PSD surgiu esta manhã: Pedro Passos Coelho afirmou que “a aprovação do Orçamento” é um “pequeníssimo degrau da escalada” necessária para evitar “problema maiores”.
Sócrates venceu de novo, com base num bluff e voz grossa. Como sempre, beneficia de adversários fracos, facilmente atemorizáveis e de uma oposição mais preocupada em manter as suas posições e beneficiar de um ou outro favor do que em fazer valer as suas ideias.
O Governo limitou-se a abrir a porta e subiu um par de degraus. O PSD fez o caminho todo, aos ziguezagues, aos tropeções, com escassa auto-estima e demasiado medo.
Ora, em política como em outras coisas, quem tem medo, é melhor ficar em casa e não nos fazer perder tempo.
Outubro 29, 2010 at 12:02 pm
Acaso estaremos todos preparados para sermos diferentes do Governo!? Penso que não. Iremos continuar a poupar gastando neste sistema capitalista já moribundo em que todos teimamos em não fazer o funeral! Pois é…
Teremos que sustentar os “monstros” que criámos!..
De Sócrates, teremos que esquecer tudo o que falou.
De Cavaco, relembrar o que não falou e tentou explicar.
Dos outros tal como os restantes, continuar palhaços! Ignorantes e apatetados, tentando continuar alegres! Pois é…
Desta forma, tudo será mais fácil e rápido!
Por certo, algo acontecerá já no fim…
Outubro 29, 2010 at 12:15 pm
Lamente-se.
Outubro 29, 2010 at 12:21 pm
#2,
Nem isso.
Cumprimente-se a nova geração de políticos coerentes como Pacheco Pereira, Ângelo Correia, Silva Lopes, Eduardo Catroga e tantos outros que, apesar de fiéis “muçulmanos”, comem toucinho com tanto fervor com medo que o dono do talho o venha tirar e trocar por pão e azeitonas.
Outubro 29, 2010 at 12:24 pm
Mas eles agora já falam em aprovação “memo”?
É aprovar o orçamento ou apenas a viabilização de que sempre se falou, a tal abstenção politicamente correcta?
Outubro 29, 2010 at 12:26 pm
Ganhei a aposta. Quem paga a lagosta?
Outubro 29, 2010 at 12:47 pm
De facto, tudo não passa de coreografia barata destinada a encher manchetes e fazer perder tempo ao país. Estes joguinhos de bastidores mais não visam que não seja evitar perder a face política.
Soluções para a crise? Népia!
Responsabilidade? Nenhuma!
Vergonha na cara? ZERO!
Ainda assim, a mentalidade portuguesa é tão tacanha que continua a dar a faca e o queijo a esta horda de irresponsáveis que hipotecam aos dados o futuro do país, salvaguardando os seus interesses pessoais.
Haja memória quando for tempo de votar…
Chega de brincadeiras de meninos mimados!
Quem paga estes desvarios somos todos nós!
Outubro 29, 2010 at 12:48 pm
Lamentável, patético mesmo. PPC geriu este processo como um politico “verde” ingénuo que se pôs em bicos de pés na tentativa,vã , de se afirmar. Acabará com tudo e todos em cima dele… (salvo seja…)
Outubro 29, 2010 at 12:59 pm
TAL & QUAL…
Outubro 29, 2010 at 1:00 pm
Talvez não… A ânsia que o País tem de correr com Sócrates talvez evite o óbito anunciado… se os media mudarem (o que convenhamos não é fácil o fax permitir…). Mas a sucessão de escândalos, de fartar de vilanagem, de negociatas que está ultimamente a vir a público é tão grave (já anteriormente era, é verdade) que não deixará de tirar o tapete ao sr. Pinto de Sousa. Quando os poderosos (bancos e quejandos) acharem que e melhor virarem-se para os laranjas, a coisa muda. Mas, provavelmente… o cheiro continuará a ser o mesmo.
Outubro 29, 2010 at 1:02 pm
Claro!!! TAL & QUAL… Tal&qualmente…
Outubro 29, 2010 at 1:19 pm
Cojunes…pum!…
Outubro 29, 2010 at 1:20 pm
Cojones…pum!…
Outubro 29, 2010 at 1:30 pm
Comprova-se a falta de …
Ou o interesse em …
Outubro 29, 2010 at 1:47 pm
ENTREVISTA: António Nogueira Leite
Não vale a pena salvar o Governo a partir de Março
http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1697923
IHIHIHIHHHHHHHHHHHHHH!
Outubro 29, 2010 at 2:41 pm
[…] certidão de óbito […]
Outubro 29, 2010 at 2:56 pm
Homenagem aos Homens que Fazem um “Esforço Sério”
http://educacaosa.blogspot.com/2010/10/homenagem-aos-homens-que-fazem-um.html
PSD fez um «esforço sério» para um entendimento, diz Miguel Macedo
Outubro 29, 2010 at 3:04 pm
Ai, este anjinho~
E acho que anda todo baralhado. Aprova ou não aprova. Ainda hoje disse que tinha um plano B, caso o OE não fosse aprovado…
O Socas “come” meninos destes ao pequeno-almoço…
Outubro 29, 2010 at 3:08 pm
O que ainda me anima são as sondagens.
PS desce para mínimos históricos:
http://www.publico.pt/Política/sondagem-ps-cai-para-minimos-historicos_1463446
Outubro 29, 2010 at 3:08 pm
JÁ NÃO ERA SEM TEMPO!
Outubro 29, 2010 at 3:35 pm
Cartas do Interior, de Paulo Varela Gomes *
No Público
Declaração
As medidas que o Estado português se prepara para tomar não servem para nada. Passaremos anos a trabalhar para pagar a dívida, é só. Acresce que a dívida é o menor dos nossos problemas. Portugal, a Grécia, a Irlanda são apenas o elo mais fraco da cadeia, aquele que parte mais depressa. É a Europa inteira que vai entrar em crise.
O capitalismo global localiza parte da sua produção no antigo Terceiro Mundo e este exporta para a Europa mercadorias e serviços, criados lá pelos capitalistas de lá ou pelos capitalistas de cá, que são muito mais baratos do que os europeus, porque a mão-de-obra longínqua não custa nada. À medida que países como a China refinarem os seus recursos produtivos, menos viável será este modelo e ainda menos competitiva a Europa. Os capitalistas e os seus lacaios de luxo (os governos) sabem isso muito bem. O seu objectivo principal não é salvar a Europa, mas os seus investimentos e o seu alvo principal são os trabalhadores europeus com os quais querem despender o mínimo possível para poderem ganhar mais na batalha global. É por isso que o “modelo social europeu” está ameaçado, não essencialmente por causa das pirâmides etárias e outras desculpas de mau pagador.
Posto isto, tenho a seguinte declaração a fazer:
Sou professor há mais de 30 anos, 15 dos quais na universidade. Sou dos melhores da minha profissão e um investigador de topo na minha área. Emigraria amanhã, se não fosse velho de mais, ou reformar-me-ia imediatamente, se o Estado não me tivesse já defraudado desse direito duas vezes, rompendo contratos que tinha comigo, bem como com todos os funcionários públicos. Não tenho muito mais rendimentos para além do meu salário. Depois de contas rigorosamente feitas, percebi que vou ficar desprovido de 25% do meu rendimento mensal e vou provavelmente perder o único luxo que tenho, a casa que construí e onde pensei viver o resto da minha vida. Nunca fiz férias se não na Europa próxima ou na Índia (quando trabalhava lá), e sempre por pouco tempo. Há muito que não tenho outros luxos. Por exemplo: há muito que deixei de comprar livros.
Deste modo, declaro: 1) o Estado deixou de poder contar comigo para trabalhar para além dos mínimos indispensáveis. Estou doravante em greve de zelo e em greve a todos os trabalhos extraordinários; 2) estou disponível para ajudar a construir e para integrar as redes e programas de auxílio mútuo que possam surgir no meu concelho; 3) enquanto parte de movimentos organizados colectivamente, estou pronto para deixar de pagar as dívidas à banca, fazer não um, mas vários dias de greve (desde que acompanhados pela ocupação das instalações de trabalho), ajudar a bloquear estradas, pontes, linhas de caminho-de-ferro, refinarias, cercar os edifícios representativos do Estado e as residências pessoais dos governantes, e resistir pacificamente (mas resistir) à violência do Estado.
Gostaria de ver dezenas de milhares de compatriotas meus a fazer declarações semelhantes.
* Sobre Paulo Varela Gomes:
Licenciado em história pela Universidade Clássica de Lisboa (1978), mestre em história da arte pela Universidade Nova de Lisboa (1988), doutorado em história da arquitectura pela Universidade de Coimbra (1999). Docente do DARQ desde 1991, professor convidado do Dep. Autónomo de Arquitectura da Universidade do Minho desde 2001, docente convidado de outras universidades portuguesas e estrangeiras. A principal área de investigação e publicação tem sido a história da arquitectura e da cultura arquitectónica portuguesa dos séculos XVII e XVIII.
Outubro 29, 2010 at 3:40 pm
#20#
Ora é aqui que mora a nua e crua realidade! Crua e nua mesmo! Mesmo…
Outubro 29, 2010 at 3:59 pm
Há outra verdade crua:
O povo acredita que o PSD vai ser mais meigo, mais doce, etc.
Então os senhores professores estão mesmo totalmente convencidos que vai ser muito melhor. ihhihiihihihi
Outubro 29, 2010 at 4:04 pm
Tadinhos dos profs… tadinhos mesmo!
Outubro 29, 2010 at 4:12 pm
#22 e 23,
Adoro oráculos de Belline, em especial quando vaticinam sobre o pensamento de outros.
Outubro 29, 2010 at 4:18 pm
Tadinhos dos não tadinhos! Também… Não há já nada para enventar! Nada mesmo! Agora, só há que dar mais valia ao que há! Claro! Quando se produz algo! Pois claro…
Outubro 29, 2010 at 4:22 pm
Para enventar há sempre.
É todo um campo semantico-epistemológico por desbravar.
Perguntem ao Varela Gomes.
Ou ao Boaventura.
Outubro 29, 2010 at 4:29 pm
Para enventar não digo… mas, para inventar não sei não! Para inventar! É preciso produzir algo vendável… Por exemplo: um nariz de pinócrates!
Outubro 29, 2010 at 4:41 pm
#27
Acho que inventaram recentemente uns auxiliares de entretenimento (vulgarmente chamados massajadores) cor-de-rosa, com um punho cerrado ao meio, baterias de lítio e sugestões de utilização em bad english. Talvez substituam o discurso “um magalhães para todas as crianças” por “um amigo para o seu amigo”, na próxima campanha. Calculo que os votos que perderam vão tentar recuperá-los entre os felizes contemplados, amigos, tarólogos e noivos recentemente reconhecidos.