Recuperemos o Evangelho da reforma curricular do início dos anos 90 que temos vindo a seguir e observemos algumas das suas bases conceptuais. A parte sobre desenvolvimento curricular foi deixada a excertos de uma obra de António Carrilho Ribeiro (sem sequer haver o cuidado de incluir as referências bibliográficas da obra original nesta compilação), que demonstra bem como nem 1990 os modelos usados eram os de uma geração atrás.
Mais exactamente eram da época em que o professor se tornara uma espécie de acessório dispensável no chamado processo de ensino-aprendizagem. O esquema que se segue pertence a uma obra de 1969 em que se percebe que, nos pilares do currículo, o professor desapareceu. Há uma sociedade, há sujeitos (alunos?) a ensinar e conhecimento a ensinar (seria melhor transmitir), mas professores não.
Talvez por ser da época do nascente pós-modernismo, os professores – que numa versão retrógrada seriam os agentes da transmissão do conhecimento e aplicação do currículo – desaparecem do cenário:
Agosto 5, 2010 at 2:54 pm
A bem dizer 90% dos meus professores foram francamente dispensáveis. Já os 10% de mestres que tive … devo-lhes tudo.
Agosto 5, 2010 at 3:13 pm
Muito bem resEdit, fique aqui sossegadinho…
Agosto 5, 2010 at 3:20 pm
Ficar fico; sossegadinho é que não prometo.
Agosto 5, 2010 at 4:09 pm
Como as suas namaoradas não é? 90% devem ter sido dispensáveis mas se calhar aprendeu muitas posições com elas…depois existiram duas ou três que o levaram ao kamasutra..essas não as vai esquecer..todavia se não tivesse aprendido o essencial-mesmo que de forma básica- não poderia ter desfrutado do resto da forma como o fez não é?..
Agosto 5, 2010 at 5:34 pm
A namoradas podemos escolher. Os professores não.
Agosto 5, 2010 at 5:57 pm
Será?
Agosto 5, 2010 at 6:28 pm
#4
Gostei, é isso mesmo.
Acho incorrecto desvalotizar o trabalho de quem organizou o conhecimento que era suposto adquirirmos, implementou actividades de aprendizaem e as avaliou, só porque não possuía um “je ne sais quoi” que os fez sobrssair da multidão.
Aliás o que eram “grandes mestres” para uns podiam não o ser para outros.
Um dos meus, digamos, “grandes mestres” afastou muitos alunos da aprendizagens das ciências experimentais (a que me dediquei).
Vivemos quotidianamente com pesssoas normais; é injusto exigir professores escepcionais que, geralmente, evocamos para justificar nossos insucessos pessoais.
Agosto 5, 2010 at 6:33 pm
Desculpem o mau potuguês. Sei escrever melhor do que o que sobressai da última mensagem, embora isso se deva mais à minha necessidade de aprender que a “mestres excepcionais” que não me lembro de ter tido nesta disciplina.
E, já agora, quem é professor erefere “mestres excepcionais” considera-se um deles?
Agosto 5, 2010 at 6:45 pm
Tem toda a razão, Teresa. Precisamos que todos os professores sejam bons. Isso dos “xalentes” é conversa da treta que já todos sabemos onde é que vai dar…
Agosto 5, 2010 at 7:57 pm
Somos todos uma grande família e aprender é uma coisa tão fofinha… Não custa nada e até é alegre. Podemos aprender com jogos e brincadeiras! Não é o máximo??
Agosto 6, 2010 at 3:52 am
É essencial que os professores sejam muito diferentes entre si. Quanto maior for a diversidade, maior serão as possibilidades dos jovens aprenderem formas diversas de ser e de estar. De conhecer. Os professores (adultos) funcionam como modelos para os jovens (não-adultos), para rejeitar ou apropriar traços ou características.
Isto está (muito bem) estudado, cientificamente.
Agosto 6, 2010 at 4:58 pm
De vez em quando há para aqui uma alma penada que vem com a conversa dos 10% e dos 90% ou outras quantidades. Não interessa. O que interessa é o sentido que querem dar.
É uma falácia. O que é verdade é que para nós podermos dar valor aos 10%, houve 90% que tiveram que “partir muita pedra” e estes últimos não deixam muitas recordações. Mas tanto uns, como outros, foram fundamentais.
Claro, deixo de fora os fofinhos que esses não têm nada para ensinar, para além do tempo que perdem a passar do quadro de giz, para o powerpoint, e do powerpoint para o DVD, e do DVD para o … até que “ò dona Joaquina, isto não está a funcionar!!!”
Agosto 6, 2010 at 4:59 pm
que tiveram de “partir muita pedra”