Obviamente demiti-me
Acabo de apresentar a demissão do Observatório das Políticas Locais da Educação ao secretário de Estado da Educação. Numa sociedade algo aberta, como a em que vivemos, não basta fundamentar as políticas públicas na legitimidade democrática dos governantes, é preciso fundamentá-las tecnicamente e argumentar a seu favor no espaço público para que se tornem mais consensuais. Quer por razões de interesse pessoal dos que perdem com as reformas, quer pelos que estão convictos de que o interesse público seja outro, haverá sempre oposições e resistências, mas o diálogo fundamentado aumenta a consensualidade das políticas.
Discute-se hoje o reordenamento da rede escolar e o fecho de escolas pequenas que obviamente tem um efeito negativo na vida das aldeias e vilas, mas terá um efeito mais positivo, espera-se, no aproveitamento escolar dessas crianças. Mas o que seria útil era dispor de estudos portugueses, de preferência de instituições independentes do ministério, que demonstrassem que as taxas de insucesso são de facto mais elevadas nessas escolas pequenas. Assim se contrariaria o argumento de que por detrás desta medida estão apenas razões financeiras.
A formulação de políticas deve ser acompanhada por mecanismos de acompanhamento, monitorização e avaliação. É nesse sentido que foi criado o Observatório das Políticas Locais da Educação (OPLE), no essencial para acompanhar o processo de descentralização de competências para os municípios, mas também para equacionar o que deve ser descentralizado e o que deve ser desconcentrado para os agrupamentos de escolas. Teve como entidades fundadoras o Ministério da Educação, a Secretaria de Estado da Administração Local e a Associação Nacional de Municípios e entidades parceiras centros de investigação de seis universidades portuguesas (http://www.observatoriople.gov.pt).
Maria de Lurdes Rodrigues teve a importante iniciativa de criar o Observatório e convidou-me para conceber o OPLE, com Jorge Martins, e a coordenar a respectiva comissão científica. Desde logo aceitei com uma única condição: os centros de investigação e todos os outros investigadores devem ter acesso aos dados-base (GEP, Gave, GGF e MISI), preservando obviamente o anonimato do aluno e da escola.
O OPLE foi criado em Abril de 2009 e em Julho de 2010 os dados das provas de aferição (Gave) para um conjunto restrito de municípios, após múltiplas solicitações, nunca foram fornecidos. Como é possível ter uma política de combate ao insucesso escolar se não se disponibiliza à comunidade a informação necessária para compreender as suas causas? Como aferir da qualidade das actividades de enriquecimento curricular ministradas, ultrapassando a mera quantificação de número de actividades e alunos envolvidos, necessários para se passar o cheque para as entidades promotoras? Que empenho se espera que a comunidade científica, que contribui pro bono para o OPLE, tenha se a matéria-base para a sua investigação lhe é sonegada?
Após algumas diligências e contactos, a atitude da actual equipa governativa tem sido pautada pelo silêncio. Por isso acabo de apresentar a minha demissão ao secretário de Estado da Educação. Tenho, ainda, uma ténue esperança de que o OPLE possa vir a ser aquilo para que foi criado, resolvendo o problema do acesso aos dados, e clarificando, eventualmente alterando-o, o seu modelo institucional. A bem de uma sociedade aberta.
Paulo Trigo Pereira
Julho 16, 2010 at 6:11 pm
Fantástico!!
Uma Comissão Científica a denunciar a aldrabice das políticas educativas, sem fundamentação alguma. A afirmação de que tudo o que se lê nos jornais é elaborado por equipas de marketing.
“Mas o que seria útil era dispor de estudos portugueses, de preferência de instituições independentes do ministério, que demonstrassem que as taxas de insucesso são de facto mais elevadas nessas escolas pequenas. Assim se contrariaria o argumento de que por detrás desta medida estão apenas razões financeiras”
Paulo, acho que ele não defende o reinado-Milú. Ele defende que se criem observatórios científicos independentes do ME. Julgou que era isso que se pretendia qdo os convidaram, com o tempo ( nos 2 reinados) concluiu que não. Era mais uma operação de marketing…
Julho 16, 2010 at 6:18 pm
Tal como Paulo Trigo Moreira, considero esta figura postiça que está agora no ME ainda pior do que ‘a santa’ que a precedeu.
Julho 16, 2010 at 6:21 pm
Alguem consegue soltar algo sobre o que se passou, ontem, na reunião entre o Dr. Mata e os recem-nomeados Presidentes das CAPs dos Mega?
Paulo, consegues chegar às fontes?
Julho 16, 2010 at 6:21 pm
Desconhecia que existia um Observatório das Políticas Locais da Educação (OPLE).
Julho 16, 2010 at 6:31 pm
Facto:
Rui Sousa e Delfina Sistelo saíram do SPZS.
Não percebi.
Alguém me explica?
Ponham lá a coisa em bonecos para ver se entendo!
Julho 16, 2010 at 6:32 pm
Alguem me sabe dizer se no próximo ano lectivo é possivel estar destacado no GAVE e leccionar numa escola ?????
Julho 16, 2010 at 6:34 pm
Rui Sousa e Delfina Sistelo eram dirigentes dispensados no SPZS?
Julho 16, 2010 at 6:35 pm
#3,
O secretismo é a palavra de ordem e muito mais entre esses “eleitos”.
#6,
Penso que não… a menos que seja em regime de colaboração externa…
Julho 16, 2010 at 6:36 pm
proponho-me realizar um estudo ou quiçá uma tese de meta-doutoramento sobre observatórios da educação.
Julho 16, 2010 at 6:38 pm
Apresentaram-se hoje ao serviço nas respectivas escolas.
SPZN kaputt!
🙄
Julho 16, 2010 at 6:39 pm
corr
SPZS kaputt!
Julho 16, 2010 at 6:41 pm
Devagarinho, vão tendo o fim que merecem. Ainda não chegou à fenprof, mas lá chegará.
Julho 16, 2010 at 6:43 pm
Umbigaram-se?
Julho 16, 2010 at 6:44 pm
# 11
Rui era o nome do presidente do SPZS (um tipo de Educação Física) e a mulher não tinha o nome de Delfina?
Julho 16, 2010 at 6:45 pm
# 10
Confirma. Ele é de Educação Física?
Julho 16, 2010 at 6:46 pm
yes
Julho 16, 2010 at 6:46 pm
yes, again!
Julho 16, 2010 at 6:50 pm
# 16
Grandes “novidades” me contas.
Estou a montar o puzzle (!)
Conheço (muito bem) um que vai (re)entrar!
IHIHIHIHIHHHHH!
Julho 16, 2010 at 6:54 pm
Muito, muito bem, claro.:roll:
Se calhar tb o elegeu… 🙄
Julho 16, 2010 at 6:54 pm
A fenprof tem (tb) “os dias contados”.
Estão-se a degladear internamente.
Julho 16, 2010 at 6:58 pm
E o que é que não tem os dias contados nos dias que se esvaem hoje em dia?
Julho 16, 2010 at 6:58 pm
# 10
Há alguns dirigentes muito muito muito contra as posições da “central” …
Penso não ser o caso destes do PC que foram a direcção que deu a vitória ao Nogueira para secretário-geral.
Julho 16, 2010 at 7:00 pm
Adorao gente muito, muito bem informada, que dê erros ortográficos, de preferência. 🙄
Julho 16, 2010 at 7:02 pm
“Estão-se a degladear internamente.”
Exacto.
Julho 16, 2010 at 7:02 pm
esvaiem
Julho 16, 2010 at 7:03 pm
Ora aí está um exercício importante:
1 – Contabilizar os votos com os quais foram eleitos os dirigentes de todos os sindicatos;
2 – Contabilizar os votos de cada sindicato para a federação;
3- Contabilizar os votos que elegeram Nogueira ou o outro da FNE;
4- Converter essen número em número de professores;
Comparar com o número total de professores que ficam obrigados a serem representados por esses artistas.
Descobrir onde está a DEMOCRACIA que apregoam.
Julho 16, 2010 at 7:08 pm
#25 Não era para este, convém não corrigir o que está certo 😀
Julho 16, 2010 at 7:11 pm
#26 Porque, não se sente bem representado no seu sindicato? Não gosta dos respectvos processos eleitorais?
Pela parte que me toca, também não elejo os presidentes dos clubes da bola.
Mas não me preocupo em andar a imiscuir-me na vida alheia.
Julho 16, 2010 at 7:12 pm
pensei que te estavas a meter comigo e estava a ver se tropeçavas.
Julho 16, 2010 at 7:16 pm
# 24
Sim.
Julho 16, 2010 at 7:16 pm
#27
A sinhora bate-se pelo nogueirita?
Julho 16, 2010 at 7:18 pm
Julho 16, 2010 at 7:19 pm
#29 E eu sou o Pai Natal 😉
Julho 16, 2010 at 7:21 pm
E não são por posições ideológicas de base, mas por “poderzinhos” no aparelho.
Julho 16, 2010 at 7:21 pm
não creio, porque se fosses o Mário não te admitia como sócio.
Julho 16, 2010 at 7:22 pm
Se bem que há quem advogue uma limpeza naqueles ficheiros.
Julho 16, 2010 at 7:23 pm
Merci, brincalhão.
Havia umas peças do puzzle que não encaixavam, desde ontem.
Hoje, já encaixam.
Julho 16, 2010 at 7:25 pm
Ana não contesto que a Fenprof tenha isso tudo..mas não esperes muito diferença de FNEs e splieus e outros…no fundo são todos os mesmos com capas diferentes…
O António conhecia-nos bem..aos humanos…vou jantar…um dia inteiro na Escola..ontem e hoje e segunda outra vez…mas dia 21 livre…
«Nenhum segue mais leis que as da conveniência própria. Imaginar o contrário é querer emendar o mundo, negar a experiência e esperar impossíveis» Padre António Vieira
Julho 16, 2010 at 7:25 pm
#35 SóciA. Sou menina.
E não sabia que o mário tinha algo contra o pai natal. 😆
Julho 16, 2010 at 7:26 pm
# 38
Claro, BB.
Os professores não têm sindicatos.
Julho 16, 2010 at 7:29 pm
Hoje o Público foi indigesto para as politicas do governo na área da educação. Para além deste artigo há o do JMF que casca de passagem nos megas.
Julho 16, 2010 at 7:33 pm
E ele chama-se Paulo Trigo Pereira. 😉
http://pascal.iseg.utl.pt/~ppereira/main/1_pt.htm
O observatório é este:
http://www.observatoriople.gov.pt/np4/home.html
Julho 16, 2010 at 7:34 pm
Também a não perder…
http://porquemedizem.blogspot.com/2010/07/as-bestas-que-nos-governam.html
Julho 16, 2010 at 7:47 pm
Está para cair outra bomba…nas escolas…esperem pela demora…
Julho 16, 2010 at 7:48 pm
Verão quente…
Julho 16, 2010 at 7:48 pm
#39
Já tinha percebido. Quanto ao Mário ele pertence a uma linhagem que ao adoptar stalin paassou a detestar tudo o que seja barbas: cristo, marx e pai natal. Só bigodes.
Julho 16, 2010 at 7:49 pm
Ora … assim que estiverem mega agrupados fecham os portões e ligam a video vigilância ao MISI.
Julho 16, 2010 at 8:05 pm
É CASO PARA REFLECTIR, POIS O TEXTO BAIXO TRANSCRITO É UMA PARABOLA PERFEITA PARA AQUILO QUE SE ESTÁ A PASSAR NO NOSSO PAÍS
No futuro, nossos filhos e netos irão pagar caro o que o nossos políticos (serão?!) andam a fazer.
Uma experiência socialista…….. em 1931.
Um professor de economia da universidade Texas Tech disse que raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e “justo”.
O professor então disse, “Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames.”
Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam “justas”. Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores…
Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.
Quem estudou com dedicação ficou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram ficaram
muito felizes com o resultado!
Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.
Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da media das notas. Portanto, agindo contra os seus principios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. O resultado, a segunda média dos testes foi 10. Ninguém gostou.
Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5. As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fim de contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar os outros. Portanto, todos os alunos chumbaram… Para sua total surpresa.
O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
“Quando a recompensa é grande”, disse, o professor, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável.”
O pensamento abaixo foi escrito em 1931.
“É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que
punem os ricos pela sua prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos. O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.
Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”
Adrian Rogers, 1931
Julho 16, 2010 at 8:11 pm
Excelente, Buli!
Julho 16, 2010 at 8:26 pm
Sofisma. Num regime comunista todos teriam de trabalhar. Nem que fosse inutilmente.
Julho 16, 2010 at 9:37 pm
#48:
Bulimunda, nao me parece que seja isso que se esta a passar presentemente na “turma”.
O que se passa, e que alguns estao a receber 30 valores numa escala de 1 a 20.
O conselho de gestao acha que a media esta demasiado elevada, e que isto nao pode continuar assim.
Como tal, resolveram descer as notas dos alunos que tem 10, para 8 para equilibrar a media.
Julho 16, 2010 at 9:39 pm
A julia que aqui apareceu ontem a elogiar as políticas socretinas para o ensino, e a pedir argumentos válidos a quem se lhes opõe, é que deveria ler este artigo…
Cambada.
Julho 16, 2010 at 9:42 pm
#52, tb me lembrei da Júlia.
O que diria ela deste artigo? 😉
Julho 16, 2010 at 9:43 pm
Para quem não conhece o observatório:
http://www.observatoriople.gov.pt/np4/home.html
Julho 16, 2010 at 9:48 pm
#54, o que se demitiu pertencia à Comissão Científica. Ficarão lá apenas os lambe-botas.
Julho 16, 2010 at 10:16 pm
A estrutura do Obsrevatório que continuará sem a Comissão Científica:
“O Observatório é composto por uma Unidade de Coordenação Executiva, uma Comissão Científica e um Conselho Consultivo e de Acompanhamento.
A Unidade de Coordenação Executiva, é dirigida por um director, nomeado pelo Ministério da Educação, que representa o Observatório, integrando ainda um elemento nomeado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Administração Local e outro pela ANMP.
A Comissão Científica é dirigida por um coordenador, representante de uma das instituições parceiras e integra obrigatoriamente um investigador de cada um dos centros de investigação e, eventualmente, personalidades convidadas nacionais ou estrangeiras.
O Conselho Consultivo e de Acompanhamento integra os representantes das entidades instituidoras e das instituições cooperantes. As instituições cooperantes a serão as identificadas em Protocolo a celebrar oportunamente com essas instituições.”
Julho 16, 2010 at 10:31 pm
Eh pá…
não dêem importância ao tipo que se demitiu. Ele não é nenhum herói. Ele, se fosse outro, nunca tinha entrado nesse comboio. A coisa correu-lhe mal e o que ele está a fazer é uma “desculpa de mau pagador”.
Do texto – “Mas o que seria útil era dispor de estudos portugueses, de preferência de instituições independentes do ministério, que demonstrassem que as taxas de insucesso são de facto mais elevadas nessas escolas pequenas. Assim se contrariaria o argumento de que por detrás desta medida estão apenas razões financeiras.” – percebe-se que ele até já sabe a resposta. Reparem que, sem querer, a sua cabecinha já está formatada. Ele já acredita na política que está a ser seguida. O que ele quer, de facto, são os dados, para poder brilhar com as suas conclusões. Também eu os queria. Em bruto! Porque dados mastigados, sabe-se lá como, não nos servem. Apenas servem para deputado e jornalista consumir.
Como sabemos, quando se zangam as comadres, descobrem-se as verdades. Vai daí refila: “Como é possível ter uma política de combate ao insucesso escolar se não se disponibiliza à comunidade a informação necessária para compreender as suas causas? Como aferir da qualidade das actividades de enriquecimento curricular ministradas, ultrapassando a mera quantificação de número de actividades e alunos envolvidos, necessários para se passar o cheque para as entidades promotoras? Que empenho se espera que a comunidade científica, que contribui pro bono para o OPLE, tenha se a matéria-base para a sua investigação lhe é sonegada?”
Ao refilar, deixa-nos perceber como é que as coisas são e nós, que até sabíamos que era assim, porque já tínhamos tido oportunidade de o concluir noutras vezes, ficamos com mais uma prova nas mãos. O que é aborrecido é que são tantas as provas que para fazer o seu levantamento exaustivo é necessário alguém não fazer outra coisa que coligir informação e dados.
Mas, de caminho, dá uma engraxadela à amada patroa: “Maria de Lurdes Rodrigues teve a importante iniciativa de criar o Observatório e convidou-me para conceber o OPLE, com Jorge Martins, e a coordenar a respectiva comissão científica. Desde logo aceitei com uma única condição: os centros de investigação e todos os outros investigadores devem ter acesso aos dados-base (GEP, Gave, GGF e MISI), preservando obviamente o anonimato do aluno e da escola.”
Conclusão: está amuado e. irreflectidamente, disse umas coisas, que nós, se não soubéssemos, suspeitávamos.
Julho 16, 2010 at 10:54 pm
Identificação dos investigadores associados ao Observatório
Ana Maria Mouraz Lopes (Investigadora contratada FPCE-UP/CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
Ana Vale Pereira (Investigadora contratada FPCE-UP/CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
António Candeias (Professor Doutor) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Carla Rosado (Dra.) – Gabinete de Gestão Financeira do Ministério da Educação. Mestranda em Finanças no Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa
Carlos José de Oliveira e Silva Rodrigues (Professor Auxiliar, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro
Eduardo Fernandes (Dr.) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Elisabete Maria Soares Ferreira (Professora Auxiliar FPCE-UP) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
Fernando Ilídio da Silva Ferreira (Professor Auxiliar) – Universidade do Minho
Florbela Santos – Universidade de Lisboa
Henrique Manuel Morais Diz (Professor Catedrático, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro
Jorge Ilídio Faria Martins (Investigador CIIE) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
José Alberto de Azevedo e Vasconcelos Correia (Professor Catedrático) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto
Margarida Chagas Lopes (Professora Auxiliar, Socius/ISEG) – Universidade Técnica de Lisboa
Maria Cristina de Sousa Gomes (Professora Auxiliar convidada, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro
Maria Emília Galvão (Dra.) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Maria Luís Rocha Pinto (Professora Associada, GOVCOPP) – Universidade de Aveiro
Maria Luísa Garcia Alonso (Professora Associada ) – Universidade do Minho
Margarida Chagas Lopes (Professora Doutora) (Professora Auxiliar) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa
Miguel St. Aubyn (Professor Catedrático) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa
Natércio Afonso (Professor Auxiliar convidado) – Universidade de Lisboa
Paulo Trigo Pereira (Professor Associado com Agregação) – Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa
Rui Santos (Professor Doutor) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Susana Veríssimo (Dra.) – Câmara Municipal de Lisboa. Mestranda em Economia e Políticas Públicas no Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade Técnica de Lisboa
Julho 17, 2010 at 12:11 am
«Adorao gente muito, muito bem informada, que dê erros ortográficos, de preferência.`
mariazeca
Estimad@ mariazeca,
pelos poderes de que estou auto-investido, isso de erro ortográfico é pra mim. Deixa que eu tomo conta deles. Depois de uma triagem, seguida de limpeza e desinfecção, os textos passam pelo meu ortografomamnómetro e saem como novos.
Julho 17, 2010 at 12:22 am
«É CASO PARA REFLECTIR, POIS O TEXTO BAIXO TRANSCRITO É UMA PARABOLA PERFEITA PARA AQUILO QUE SE ESTÁ A PASSAR NO NOSSO PAÍS»
O erro crasso que contém a “parábola” que segue a este título, no #48, é que, ao invés de transmitir uma mensagem indirecta, manipula a situação, forçando o leitor a extrair a “lição”.
O exemplo que é dado com uma sociedade “socialista” podia facilemnte ser decalcado para uma qq outra sociedade e o efeito seria exactamente o mesmo.
Uma parábola eleva e pretende desvelar virtudes, apontando caminhos de liberdade de escolha; aqui amesquinha-se e pretende conduzir-se os incautos a um caminho único.
Fraco, muito fraco.
Julho 17, 2010 at 12:30 am
Pelos poderes de que estou auto-investido de sensor/revisor/coordenador/avaliador do Umbigo, concedo ao #57 de Lúis Ferreira o título de melhor comentário da noite.
Pelos poderes de que estou auto-investido, não há direito a reclamação nem recurso.
Segue-se splash, o som do carimbo.
Julho 17, 2010 at 12:30 am
Cheguei tarde mas vim a tempo!
Um brinde aos lutadores!
Julho 17, 2010 at 1:44 am
Um post do Paulo que guardei religiosamente …
“Março 25, 2008
2010: O Ano De Todos Os Perigos
Posted by Paulo Guinote under Agenda, Antecipação, Educação
Não, não é antecipação científica à moda do falecido Arthur C. Clarke que para mim sempre foi demasiado certinho na parte da ficção.
O que devemos pensar é que, simplificados os procedimentos ou não, os efeitos da avaliação dos docentes irão fazer-se sentir principalmente após as eleições de 2009.
Assim como o concurso para docentes em novo estilo, que todas as pistas indiciam ser de horripilar o maior adepto de filmes de terror.
E temos ainda a – por enquanto parcial – municipalização do sistema educativo. que até pode surgir em conjunto com o concurso acima referido.
Há que pensar a prazo, neste caso até é a pouco mais do que curto prazo. Mas de qualquer das maneiras vão pensando nisso, para depois não se assustarem com os aliens a saltarem por todos os lados.”
Julho 17, 2010 at 1:50 am
# 58
Deduzo que fazem parte dos NOVECENTOS e CINQUENTA e DOIS “coisos” – professores, mas sem pertencerem quer ao grupo de professores dos quadro do ME quer ao grupo de professores contratados.
Ou são (ainda) para somar aos 952 “coisos”?
Julho 17, 2010 at 1:53 am
# 58
Ena! O “gabinete” do David Justino da Nova está muito bem representado !
A Universidade do Porto, idem, o que não é de estranhar. E o Bairrão Ruivo já faleceu (…)
Julho 17, 2010 at 2:00 am
Universidade do Porto – tudo muito “Eco-Sistémico”, algo que nunca percebi muito bem se era arroz de polvo ou cozido à portuguesa.
Paradigma da causalidade linear ou Paradigma sistémico? Nunca percebi (!)
O Bairrão Ruivo era o expert(o) da Educação Especial e tal e coisa. Sem comentários. Até a designação de Educação Especial é um equívoco.
Já faleceu (…)
Paz à sua alma.
Julho 17, 2010 at 2:20 am
#64, anahenriques
Os nomes foram tirados daqui
http://www.observatoriople.gov.pt/np4/4.html
O que eu acho é que 23 investigadores (se não me enganei a contar) é gente a mais para um observatório. Se eles querem dados, também nós os queremos. Quem é que não os quer? Eles querem tratar esses dados, também nós. Eles querem tirar conclusões? Quem está mais interessado nisso do que nós?
Porque é que estas pessoas, muito respeitáveis, hão-de ter o privilégio de ter acesso a dados que nós não temos? Será que eles já fizeram os estudos todos ao ensino superior?
E – estranho… – tudo isto com o nome de “Observatório das Políticas Locais da Educação”. Vocês têm algum conhecimento das “Políticas Locais da Educação”?
Por isso, a haver dados, que seja fornecidos a todos. Em bruto, já agora.
Julho 17, 2010 at 2:37 am
# 67
É ESCANDALOSO, Luís Ferreira.
Julho 17, 2010 at 2:43 am
“Numa sociedade algo aberta, como a em que vivemos, não basta fundamentar as políticas públicas na legitimidade democrática dos governantes, é preciso fundamentá-las tecnicamente e argumentar a seu favor no espaço público para que se tornem mais consensuais.”
Como é possível um tipo destes elogiar a sinistra criatura, se esta é POR DEMAIS CONHECIDA no meio académico exactamente por ser “anti-académica”?
Cheira-me a zanga de comadres.
Julho 17, 2010 at 3:07 am
Só posso especular…
factos:
– os estudos eram no sentido de justificar a municipalização das escolas: “d) Apoiar de forma consistente e sustentada os decisores políticos nos processos de descentralização e da desconcentração de competências;”
http://www.observatoriople.gov.pt/np4/home.html
para além de parecer que parecia mais um ISCTE disfarçado de observatório, do que outra coisa. De quanto seria o orçamento deste observatório? É que é muita gente para um observatório (esta gente não estuda, cria uns doutoramentos e uns mestrados, o que vai implicar mais gente). Depois terão de haver umas bolsas para tanta investigação… e etc… mais umas temporadas no estrangeiro e tal… a fazer sociologia: http://maracuja.homeip.net/artigos/1054
Julho 17, 2010 at 9:51 am
# 70
BINGO.
Julho 17, 2010 at 9:52 am
Zangam-se as comadres, descobrem-se as verdades.
Julho 17, 2010 at 9:54 am
“Vocês têm algum conhecimento das “Políticas Locais da Educação”?”
ATCHIMMMMMMMMMM.
PUM!
Julho 17, 2010 at 10:41 am
horror pictures of the Gulf of Mexico link http://alexirin.wordpress.com/2010/07/16/horror-zdjecia-z-zatoki-meksykanskiej/