Casa roubada: A Assembleia Parlamentar do conselho da Europa (APCE) exigiu garantias contra a influência de interesses particulares na definição das políticas para a saúde, na sequência da suposta pandemia da gripe A.
Nas conclusões da Comissão para a saúde, publicadas a 4 de Junho último, afirma-se que «esta pandemia nunca existiu realmente»; classifica-se a gestão da pandemia do virus H1n1 como «delapidação» face à gravidade largamente sobre-estimada pela Organização Mundial da saúde (OMS); refere-se à falta de transparência das instituições mundiais no processos de decisão; e avisa que a perda de confiança dos cidadãos nestas organizações de saúde pública poderá ser «desastrosa» em caso de futura pandemia grave.
Nem tínhamos força para isso. (…)
Eu lembro aos camaradas, precisamente em relação à precipitação que pode ou não haver sobre um projecto político, que o programa do PCP aprovado no último congresso em 1965, continha a nacionalização da banca e dos sectores estratégicos da economia. Mas quando fizemos o primeiro congresso na legalidade em Dezembro de 1974, considerámos que não havia condições para pôr a nacionalização da banca na agenda. Não havia ainda o desenvolvimento político revolucionário que permitisse pôr a nacionalização da banca nessa altura. Mas os trabalhadores da banca começaram a ver todas as irregularidades, começaram a controlar as contas e procuraram junto do Partido Comunista em quem tinham confiança, ou junto de alguns militares que se destacaram pela sua intervenção, a dar conta de todas as irregularidades que estavam a cometer os banqueiros e começou esta situação que alguns supõem que não se realizou. É que os trabalhadores da banca como de outras empresas, perante as sabotagens, chegavam os senhores e eles diziam: você não entra! E tomaram conta efectivamente das operações na banca. Quer dizer, a questão da nacionalização da banca colocou-se então. O partido não havia colocado essa questão no seu congresso em Dezembro, mas em Janeiro, isto é, um mês depois, no pavilhão agora Carlos Lopes, houve uma grande reunião de milhares de trabalhadores da banca, que puseram a questão, exigindo a nacionalização da banca na base do conhecimento que tinham da sabotagem económica e do bloqueio que se estava a fazer e da utilização que os banqueiros faziam dessa sabotagem económica para abafarem a jovem democracia. Essa reivindicação em Janeiro; quem a lança, nem foi o partido, foram os trabalhadores da banca nessa reunião no pavilhão Carlos Lopes. Álvaro Cunhal
Estou num blog de professores, certo? Com alguma sorte, haverá um professor de física que poderá deliciar-se com estes dois parágrafos e mais ainda com o artigo completo de Paul Dirac. Mas a sua leitura também é proveitosa para professores de outras disciplinas.
______________________________ Penso que há uma moral nesta história, a saber, que é mais importante a beleza de uma equação que o seu ajuste aos dados empíricos. Se Schrödinger tivesse confiado um pouco mais no seu trabalho, tê-lo-ia publicado alguns meses antes e isso teria representado uma equação mais exacta. Essa equação mais exacta tem agora o nome de Klein-Gordon, ainda que tenha sido descoberta por Schrödinger, na realidade, descoberta mesmo antes do tratamento não-relativístico do átomo de hidrogénio. Aparentemente, se alguém se preocupa com a beleza das equações, condizente com uma visão profunda, esse alguém estará na senda do progresso. Se o acordo não fôr completo com a experiência, não se deve permitir a esse alguém que fique tão desmoralizado, pois essa discrepãncia pode dever-se a especificidades menores que não tenham sido devidamente consideradas e que podem ser removidas por desenvolvimentos subsequentes da teoria.
(…)
Eu sugeriria que não se desse demasiada importância à controvérsia levantada pela mecânica quântica com respeito à compreensão determinística dos acontecimentos da natureza.
Creio firmemente que a actual etapa a que a física chegou nos dias que correm não é a etapa final. É apenas uma etapa na evolução do retrato que fazemos da natureza e devemos esperar que novas evoluções apareçam no futuro. O estádio presente da teoria física é apenas um salto para novos estádios. As dificuldades que sentimos hoje são o sinal seguro de que estamos na antecâmara de estádios mais evoluidos. Paul Dirac
Dirac tinha razão, apesar de também haver um narciso nele. O grande problema de Dirac foi considerar o formalismo. Schrödinger não gostou da matemática de Heisenberg, Dirac fez o mesmo quanto àquela. Tudo por causa da relatividade especial, para ser uma teoria de campo. As partículas negativas de Dirac estão agora aqui. Estamos com um problema de vácuo, não parece mal que partículas entrem e saiam do nada sem causa. Quem diz partículas, diz universos.
#22
Esses são, precisamente, alguns aspecto da controvérsia. Regressámos á situação da física no final do século XIX, quando se procurava desesperadamente pelo éter…
Já andávamos nisso desde Empédocles, Aristóteles atirou-se à subtil quintessência, uma coisa cristal por toda a Idade Média. Continuamos em questões materiais, à distância.
Junho 28, 2010 at 7:50 am
Bom dia!
Junho 28, 2010 at 7:55 am
Bom dia!
Junho 28, 2010 at 8:13 am
Bom dia Fitares!
Bom dia a todos os agrupamentos e mega-agrupamentos recém formados!
Bom dia aos ex-titulares e aos que acreditam que isto é para ser levado a sério.
Junho 28, 2010 at 8:23 am
Bom dia!
Junho 28, 2010 at 8:39 am
Bom dia!
Junho 28, 2010 at 8:47 am
Bom dia.
Junho 28, 2010 at 8:50 am
Bom dia!
Junho 28, 2010 at 8:58 am
Bom dia!
Nem sei como consegui oferecer-te alguma coisa que ainda não tivesses. 🙂
Foi difícil a escolha mas tive de arriscar. 🙂
Junho 28, 2010 at 9:10 am
Bom dia.
Junho 28, 2010 at 10:23 am
Mal começou o dia.
Bons dias.
Junho 28, 2010 at 10:25 am
Casa roubada:
A Assembleia Parlamentar do conselho da Europa (APCE) exigiu garantias contra a influência de interesses particulares na definição das políticas para a saúde, na sequência da suposta pandemia da gripe A.
Alexis Yapnine
Junho 28, 2010 at 10:34 am
Bom dia!
Não conhecia esta BD. Reb, onde foste desencantar estas relíquias?
Junho 28, 2010 at 10:56 am
Bom dia Cabul!
Junho 28, 2010 at 11:30 am
Nem tínhamos força para isso. (…)
Eu lembro aos camaradas, precisamente em relação à precipitação que pode ou não haver sobre um projecto político, que o programa do PCP aprovado no último congresso em 1965, continha a nacionalização da banca e dos sectores estratégicos da economia. Mas quando fizemos o primeiro congresso na legalidade em Dezembro de 1974, considerámos que não havia condições para pôr a nacionalização da banca na agenda. Não havia ainda o desenvolvimento político revolucionário que permitisse pôr a nacionalização da banca nessa altura. Mas os trabalhadores da banca começaram a ver todas as irregularidades, começaram a controlar as contas e procuraram junto do Partido Comunista em quem tinham confiança, ou junto de alguns militares que se destacaram pela sua intervenção, a dar conta de todas as irregularidades que estavam a cometer os banqueiros e começou esta situação que alguns supõem que não se realizou. É que os trabalhadores da banca como de outras empresas, perante as sabotagens, chegavam os senhores e eles diziam: você não entra! E tomaram conta efectivamente das operações na banca. Quer dizer, a questão da nacionalização da banca colocou-se então. O partido não havia colocado essa questão no seu congresso em Dezembro, mas em Janeiro, isto é, um mês depois, no pavilhão agora Carlos Lopes, houve uma grande reunião de milhares de trabalhadores da banca, que puseram a questão, exigindo a nacionalização da banca na base do conhecimento que tinham da sabotagem económica e do bloqueio que se estava a fazer e da utilização que os banqueiros faziam dessa sabotagem económica para abafarem a jovem democracia. Essa reivindicação em Janeiro; quem a lança, nem foi o partido, foram os trabalhadores da banca nessa reunião no pavilhão Carlos Lopes.
Álvaro Cunhal
Junho 28, 2010 at 11:33 am
Bom dia.
Junho 28, 2010 at 8:23 pm
Espantoso! Eu ainda tenho esta revista. E também umas do “Mundo de Aventuras”, da “Colecção Condor”, …
Junho 28, 2010 at 8:24 pm
Eu também mas já não sei onde…
Junho 28, 2010 at 9:51 pm
Capa futurista… escrita em conformidade com o acordo pinográfico da língua tuga. Linda!
Junho 28, 2010 at 10:28 pm
Estou num blog de professores, certo? Com alguma sorte, haverá um professor de física que poderá deliciar-se com estes dois parágrafos e mais ainda com o artigo completo de Paul Dirac. Mas a sua leitura também é proveitosa para professores de outras disciplinas.
______________________________
Penso que há uma moral nesta história, a saber, que é mais importante a beleza de uma equação que o seu ajuste aos dados empíricos. Se Schrödinger tivesse confiado um pouco mais no seu trabalho, tê-lo-ia publicado alguns meses antes e isso teria representado uma equação mais exacta. Essa equação mais exacta tem agora o nome de Klein-Gordon, ainda que tenha sido descoberta por Schrödinger, na realidade, descoberta mesmo antes do tratamento não-relativístico do átomo de hidrogénio. Aparentemente, se alguém se preocupa com a beleza das equações, condizente com uma visão profunda, esse alguém estará na senda do progresso. Se o acordo não fôr completo com a experiência, não se deve permitir a esse alguém que fique tão desmoralizado, pois essa discrepãncia pode dever-se a especificidades menores que não tenham sido devidamente consideradas e que podem ser removidas por desenvolvimentos subsequentes da teoria.
(…)
Eu sugeriria que não se desse demasiada importância à controvérsia levantada pela mecânica quântica com respeito à compreensão determinística dos acontecimentos da natureza.
Creio firmemente que a actual etapa a que a física chegou nos dias que correm não é a etapa final. É apenas uma etapa na evolução do retrato que fazemos da natureza e devemos esperar que novas evoluções apareçam no futuro. O estádio presente da teoria física é apenas um salto para novos estádios. As dificuldades que sentimos hoje são o sinal seguro de que estamos na antecâmara de estádios mais evoluidos.
Paul Dirac
Junho 28, 2010 at 10:41 pm
Onde se mostra ,então, que a função poética não é exclusiva da linguagem verbal.
Junho 28, 2010 at 10:42 pm
#21
Em vez de “mostra”, talvez “confirma”.
Junho 28, 2010 at 10:45 pm
Dirac tinha razão, apesar de também haver um narciso nele. O grande problema de Dirac foi considerar o formalismo. Schrödinger não gostou da matemática de Heisenberg, Dirac fez o mesmo quanto àquela. Tudo por causa da relatividade especial, para ser uma teoria de campo. As partículas negativas de Dirac estão agora aqui. Estamos com um problema de vácuo, não parece mal que partículas entrem e saiam do nada sem causa. Quem diz partículas, diz universos.
Junho 28, 2010 at 10:46 pm
#20
Ambíguo. Há uma linguagem pictórica no post e a defesa de uma linguagem matemática (bela) no comentário antecedente 🙂
Junho 28, 2010 at 10:46 pm
Porque o problema, mesmo, está na acepção de tamanho.
Junho 28, 2010 at 10:48 pm
http://video.google.com/videoplay?docid=4144497206440839046#docid=4820883104387202016
Junho 28, 2010 at 11:01 pm
#22
Esses são, precisamente, alguns aspecto da controvérsia. Regressámos á situação da física no final do século XIX, quando se procurava desesperadamente pelo éter…
Junho 28, 2010 at 11:11 pm
#26
Já andávamos nisso desde Empédocles, Aristóteles atirou-se à subtil quintessência, uma coisa cristal por toda a Idade Média. Continuamos em questões materiais, à distância.
Junho 28, 2010 at 11:16 pm
http://www.leiloes.net/COLECCAO-LINCE-N8,name,73574294,auction_id,auction_details