Passo 1 – Contabilizar os professores dos quadros colocados em serviços do ME, outros organismos do Estado, autarquias ou instituições privadas, desde que tenham vínculo oficial ao ME.
Passo 2 – Contabilizar os professores dos quadros que leccionam horários completos e/ou incompletos, por redução da componente lectiva.
Passo 3 – Contabilizar professores contratados que apenas têm 6, 8, 10 ou 12 horas, porque apanharam alguns restos de horários nas cíclicas ou contratos de escola.
Passo 4 – Contabilizar os professores que estão sem componente lectiva ou que passaram a estar de baixa por motivos de saúde, maternidade, etc.
Passo 5 – Contabilizar os professores contratados para ocupar o lugar dos anteriores, embora essas horas pudessem ser distribuídas pelos professores referidos em 3 ou mesmo em 2, com pagamento poucas horas extraordinárias.
Passo 6 – Somar tudo, mesmo duplicando ou triplicando lugares, para depois fazer o cálculo do rácio e comunicar á comunicação social e à OCDE.
Junho 13, 2010 at 6:42 pm
E depois fazer a distribuição pelas escolas…
Pegar nos que há muito não sabem o que é ter uma turma porque alguém lhes deu a mão para um outro lugar mais a contento;
Propor-lhes uma formação adequada por estarem parados no tempo;
E, com tanto professor de novo nas escolas e nas diferentes áreas de ensino, fazerem o que será mais correcto – reduzir o nº de alunos por turma para que haja mais sucesso de verdade, i.é, não forjado.
Junho 13, 2010 at 6:48 pm
“Rácio maneirinho” – excelente 🙂
Junho 13, 2010 at 7:03 pm
Mas isso é o que fazem na contabilização dos números de greve.
Reparem que divulgam o número dos que fizeram greve e comparam com o nº total.
Nunca é divulgado o nº dos que estiveram ao serviço.
Junho 13, 2010 at 7:29 pm
1. Mesmo que isso fosse feito assim seria igual para todos os países, visto que os critérios da recolha de dados estatísticos, se comparáveis, têm de ser comuns.
2. O que as “fichas técnicas” das estatísticas da OCDE indicam é que tudo isso que escreveu é tido em conta e diferenciado em categorias próprias (ou seja os dados estão recolhidos por professores dos diferentes ciclos, com tempo parcial ou total, professores de sala de aula ou outros, e.t.c)
3. Note também que os dados estatísticos que temos acesso remetem-nos sempre para recolhas de há uns anos atrás… Possivelmente a realidade já não é bem a mesma pois, foi com este governo, que muitos professores, que estavam nos serviços do ME, nos sindicatos, e.t.c, voltaram novamente às escolas. Além disso, foi também com este governo, que se fecharam umas boas centenas de escolas com menos de 10 alunos que, quer queiramos quer não, nos ajudavam a ter melhores rácios.
Junho 13, 2010 at 7:29 pm
3: É de facto assim que contam.Acho que também contam com os professores reformados e com os falecidos nos últimos 25 anos.
Junho 13, 2010 at 7:30 pm
Isto dá muito trabalho! Solução ainda mais maneirinha:
1- Decide-se qual é o rácio e comunica-se urbi et orbi (se tiver sido o Sókas a inventá-lo é uma espécie de número dourado).
Junho 13, 2010 at 7:30 pm
O pinóquio manda para a ocde uns números que lhe deram no “Finalmente”.
Junho 13, 2010 at 7:52 pm
pois é!!!
Junho 13, 2010 at 8:11 pm
Ora, Paulo, isso só seria viável se as intenções dos nossos “queridos” algozes fossem diametralmente opostas…
Junho 13, 2010 at 8:35 pm
#9,
Ah! Descurei a importância do passo 6, sorry!
Pois, pois, estatísticas comme il faut para redução da despesa com a Educação!
Junho 13, 2010 at 8:43 pm
Adoro estatísticas..fazemos com elas o que quisermos .desde que os dados introduzidos seja aqueles que nos interessam…
Junho 13, 2010 at 10:23 pm
Bem desmontado!
De facto é assim que o Ministério contabiliza o rácio professor/aluno contando para o universo dos professores todos os destacados para outros serviços (geralmente os filiados partidários), os que têm dispensa da componente lectiva e os contratados com horário incompleto.
Junho 13, 2010 at 11:13 pm
4:
Ignorância ou má fé?
Não precisa responder!
Paulo:
Estes + outros de um outro post = 8,9 (referindo mais alguns… chega ao 10) todavia, não terá cota… já está reservada… 🙂 🙂
Junho 14, 2010 at 12:03 am
#4,
Mas é capaz de me indicar se o ratio (o rácio chateia-me um bocadinho) tem essa desagregação dos dados?
Dou-lhe uma pista para descascar: os dados dos três volumes dos “50 anos de estatísticas” que estão à venda na FNAC não batem certo com as estatísticas antes publicadas.
E esta einh!
Junho 14, 2010 at 12:07 am
#14
pode ver aqui, carregando nos “i” a vermelho que sugerem essa desagregação de dados. (neste mesmo link, em cima, poderá filtrar as tabelas de acordo com a desaggregação pretendida…)
http://stats.oecd.org/Index.aspx?DatasetCode=RPERS
Junho 14, 2010 at 12:12 am
#15,
O termo “sugere” é aqui crucial.
O “i” explica a diferença entre full e part-time.
A desagregação, parece-me que deixa um bocadito a desejar…
Agosto 27, 2014 at 3:21 pm
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