O ministério anti-professor
O ministério da educação já não existe na realidade. Os pedagogos da 5 de Outubro só existem no mundo do humor. E, no meio deste humor involuntário, lá vão destruindo a figura do “professor“.
Junho 10, 2010
Junho 10, 2010
O ministério anti-professor
O ministério da educação já não existe na realidade. Os pedagogos da 5 de Outubro só existem no mundo do humor. E, no meio deste humor involuntário, lá vão destruindo a figura do “professor“.
Junho 10, 2010 at 5:57 pm
Vale a pena colocar aqui o texto – já que se quer substituir o professor por assessores do partido
gayrosa:“I. Nas últimas semanas, o humor do ministério da educação começou no grau de exigência das provas de final de ano. Numa prova do 6.º ano, os alunos foram confrontados com este desafio brutal: ordenar palavras por ordem alfabética. Repito: a prova era para o 6.º ano. Uma prova de matemática, também do 6.º ano, tinha perguntas complicadas como esta: “quantos são 5 + 2?”. Tal como disse a sociedade portuguesa de matemática, 14 perguntas deste teste de aferição do 6.º ano poderiam ter sido respondidas por alunos da primária. Em nome das suas estatísticas, os pedagogos da 5 de Outubro estão a destruir qualquer noção de empenho e rigor. Isto até seria cómico, se não fosse realmente grave.
II. Há dias, o humor chegou à própria arquitectura das escolas. Um génio da “Parque Escolar” decidiu que a sala de aula já não pode ser o centro da escola, porque isso representa o passado, porque isso representa um ensino centrado, imaginem, no professor. A “Parque Escolar” quer “uma escola descentrada da sala de aula, em que os alunos se espalham por espaços informais, com os seus computadores portáteis, cruzando-se com os professores na biblioteca e discutindo projectos” . Alguém tem de explicar à “Parque Escolar” que uma escola não é um campo de férias. Alguém tem de explicar à “Parque Escolar” que o centro da escola é mesmo o professor. O aluno está na escola para aprender.
III. Já agora, aproveitando esta onda de humor involuntário produzida pela pedagogia pós-moderna, eu queria deixar uma proposta à “Parque Escolar” e ao ministério: que tal acabar de vez com o professor? Que tal substituir o professor por babysitters? Porque nesta escola “moderna” os professores são isso mesmo: babysitters. Uma salva de palmas para a 5 de Outubro.”
Junho 10, 2010 at 6:06 pm
Junho 10, 2010 at 6:11 pm
É também este o Ministério anti-conhecimento, anti-trabalho, anti-aprendizagem, anti-regras, anti-rigor, anti-respeito-pelo-outro…que está a gerar uma sociedade pro-preguiça, pro-arrogante, pro-ignorante,pro-cunha, pro-vale-tudo…
Junho 10, 2010 at 6:35 pm
“Alguém tem de explicar à “Parque Escolar” que o centro da escola é mesmo o professor. O aluno está na escola para aprender. ”
??????
Junho 10, 2010 at 7:13 pm
A Parque Escolar não tem a seu cargo a remodelação dos edifícios?
Porquê ir para além das suas competências?
É caso para dizer, “Não vá o sapateiro além da chinela”.
Junho 10, 2010 at 7:16 pm
O problema da Parque Escolar é o mesmo de muita gente a quem chamamos eduqueses: leram (ou mais provavelmente ouviram porque ler dá um montão de trabalho) mas não entenderam e vai daí dizem assim umas coisas mas mais valia estarem calados. Aliás, estas ideias parecem estar na mesma linha da qualidade de algumas reconstruções: são uma… [piiiiiiii]
Junho 10, 2010 at 7:17 pm
#1
Mas será que houve algum ministro ou ministra pró-professores? Em 31 anos de profissão, desconheço. Mas conheço alguns excelentes professores homossexuais e professoras lésbicas que não são do partido rosa nem de qualquer outro. Nenhum bom professor precisa do reconhecimento do ME ou de qualquer dos seus adesivados directores e cia. lda. para ser um bom profissional.
Deixe de usar como ofensa (gay) a opção sexual de cada um. Isto sim é indigno de um professor. A Língua Portuguesa é rica em muitos outros insultos que se aplicam aos nossos governantes como um luva. Aplique-os
Junho 10, 2010 at 7:23 pm
O que me dói é a certeza de que, colocando os alunos como primeiro e último objectivo do sistema (o que naturalmente se devia impor pela natureza das coisas) e, ao seu serviço, todo o nosso brio e competência profissionais, comprovados por adequada argumentação, conquistaríamos inapelavelmente a nossa autonomia de acção, deixando para os políticos apenas a gestão administrativa, que, tratando-se de EDUCAÇÃO, é tudo o que lhes devia competir.
Sem necessidade de mexer uma vírgula da legislação.
Moral da estória: eles usam-nos e abusam-nos, porque não temos suficiente preparação, determinação e espírito de grupo.
Moral da moral da estória: somos cúmplices.
Moral da moral da moral da estória: e, ao queixarmo-nos constantemente, somos cínicos.
Junho 10, 2010 at 7:27 pm
http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/so-256-alunos-estao-inscritos-por-agora-como-autopropostos-para-os-exames-do-9%C2%BA-ano_1441340
Junho 10, 2010 at 9:00 pm
Adoro os seus textos. Acutilante. Directo. Curto. “Right to the Point”, “Na mouche!
Obrigado Henrique. Continua enquanto podes porque qualquer dia arranjam maneira de te calar como fizeram com a Manela MG…
Junho 10, 2010 at 9:54 pm
Só muda a concepção: nos NPPEB, fala-se do “agente” do desenvolvimento curricular.
Junho 10, 2010 at 10:01 pm
Faltam umas aspas em “pedagogos”.
Junho 10, 2010 at 11:41 pm
# 7
Não consegue perceber o que o Buli escreve?!
Livra.
Devo ser hiperinteligente!
Junho 11, 2010 at 12:11 am
Se fosse só na educação!!!
Perante as injustiças gritantes em termos de distribuição de sacrifícios. Perante o desemprego e a falta de coragem para acabar com os duplos e triplos empregos. Perante a tremenda vergonha das reformas chorudas (aqui Passos Coelho deu um bom sinal) que não pagam os impostos que deveriam. Perante a carga fiscal que afecta e afectará os que já não terão direito a uma pensão minimamente digna… Perante este cenário o nossso homem tem coragem de dizer que não se passa nada?
Junho 11, 2010 at 12:18 am
A crise na Justiça continuada
No Jornal das 9, na Sic-Notícias, Mário Crespo entrevista António Cluny, magistrado do MºPº e representante do MEDEL ( associação de magistrados europeus) em Portugal.
O MEDEL fez uma espécie de auditoria, ( com um procurador da Catalunha e um juiz de Sttuttgart) uma audição a magistrados portugueses e relatou que o sistema de justiça em Portugal, afinal, precisa de ser…o contrário do que um Proença de Carvalho anda a defender activamente em entrevistas ao longo dos anos.
Relatou que o MºPº em Portugal precisa de ainda maior autonomia e com as polícias controladas efectivamente pelo MºPº na fase de investigação.
Segundo uma notícia do i de hoje, citada também por Mário Crespo, o juiz Carlos Alexandre foi ouvido no âmbito da investigação e disse algo que é muito perturbador. Disse que em certos casos que protagonizou enquanto juiz ( único) de instrução no tribunal central de instrução criminal, sentiu “interferências pontuais susceptíveis de gerar inquietação”, em certos casos de relevância política e mediática.
Isto é preocupante. Um juiz de instrução declarar a uma entidade externa que sofreu pressões de relevo no âmbito da sua actividade jurisdicional carece de melhor esclarecimento que só o próprio conseguirá dar. A quem? Normalmente seria ao CSM.
Mas não aconteceu tal, como de igual modo não aconteceu com as pressões sobre os procuradores do Freeport, denunciadas pelo presidente do sindicato do MºPº, ao…presidente da República. Sem qualquer efeito, todavia. E percebe-se agora porquê, com estes últimos desenvolvimentos na presidência da República que atestam a profunda anomia que por lá se vive.
Esse facto que agora se conhece, merece melhor atenção. E ainda maior atenção a circunstância de tal denúncia, sem dúvida fundamentada e sentida, não ter sido apresentada perante o CSM.
Porquê?
O que isto revela é uma preocupante desconfiança em certas instituições que deveriam ser independentes e separadas efectivamente de preocupações de âmbito político e deveriam ser referências seguras da Democracia.
Mas parece que não são…e tal circunstância a somar a acontecimentos recentes que ocorreram no âmbito da PGR e no STJ, mais particularmente com o seu presidente, deixam a Justiça em muito maus lençóis.
Esta é a verdadeira crise na Justiça.
http://www.portadaloja.blogspot.com/
Junho 11, 2010 at 1:28 am
#7
Bem sei que os professores são seres humanos oomo os outros, mas há alturas em que ao ler certas tolices, já quase começo a compreender porque razão se tornaram numa classe tão desprezada e maltratada.
Na Alemanha nazi os judeus eram os culpados de tudo. Por aqui são os “gays”. Cada país terá os bodes (sem segundos sentidos) expiatórios que merece. Enfim, Freud explica…
P.S. Roga-se às hiperinteligentes, hiperventiladas e hipermaisnãoseiquê “madres Teresas” do ensino, que tanto se gabam das privilegiadas relações que mantêm com os tais “fiéis” habitantes daqueles bairros em que a Polícia não entra porque só se pode entrar com data e hora marcada, através de senha por assobio, que façam um bom exame de consciência (e uma boa leitura e compreensão de textos) antes de criticar quem quer que seja.
Ou será que o “humanitarismo” e “caridade” de tais “madres Teresas” do ensino, só se manifesta com os tais “fiéis” nabitantes daqueles bairros em que… etc, porque encontraram vítimas mais indefesas e/ou minoritáris para atacar? Freud explica, santinhas… Un bacio molto speciale per voi
P.P.S. Atenção que “bacio” significa beijo e não penico, que isto com a hiperinteligência dos/as “madres”, todo o cuidado é pouco. Na volta, ainda se lembram de dizer que os/as insultei enviando-lhes um penico muito especial… Livra!
Junho 11, 2010 at 1:20 pm
# 7
Enganei-me, desculpe.
O comentário era do fafe.
Junho 11, 2010 at 1:25 pm
“assessores do partido gayrosa”
A propósito …
“Socratismo: assessores que fizeram perguntas ao patrão sem se assumirem, e o deputado que confirmou em privado que a ordem de travar a transmissão partiu do assessor do PM
http://www.corta-fitas.blogs.sapo.pt/3731225.html
Junho 11, 2010 at 1:27 pm
Na Alemanha nazi os judeus eram os culpados de tudo. Em Portugal, em pleno século XXI, são os professores.
Junho 11, 2010 at 1:37 pm
# 7
Interpretei (e interpreto) o comentário # 1 em sentido totalmente oposto ao seu.
# 16
Não sabe ler, interpretar “correctamente” o sentido (implícito) duma frase …
Junho 11, 2010 at 4:13 pm
A referência a “gays” com sentido pejorativo é uma constante neste blog.
Convenhamos que não abona nada em favor de quem as faz e não deixa de ser preocupante tratando-se de educadores.