No mais, Musa, no mais, que a lira tenhodestemperada e a voz enrouquecida,e não do canto, mas de ver que venhocantar a gente surda e endurecida.O favor com que mais se acende o engenhonão no dá a pátria, não, que está metidano gosto da cobiça e na rudezaduma austera, apagada e vil tristeza.
Junho 10, 2010
Junho 10, 2010 at 9:05 am
Belo poema.
Bela foto.
Junho 10, 2010 at 9:12 am
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/a-verdadeira-cultura-e-nao-a-coltura-socialista/
Junho 10, 2010 at 9:13 am
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/tom-waits-downtown-train-1985/
Junho 10, 2010 at 9:17 am
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/symphony-of-science-the-unbroken-thread-ft-attenborough-goodall-sagan/
Junho 10, 2010 at 9:19 am
Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar…
Miguel Torga,
Patriota? Não: só Português
Patriota? Não: só português.
Nasci português como nasci louro e de olhos azuis.
Se nasci para falar, tenho que falar-me.
Portugal
O teu destino é nunca haver chegada
O teu destino é outra índia e outro mar
E a nova nau lusíada apontada
A um país que só há no verbo achar
Manuel Alegre,
Bom feriado…
Alberto Caeiro
Junho 10, 2010 at 9:40 am
O Sócrates não merece estar em lugar de honra ou discursar numa cerimónia que comemore o dia de Portugal, país que está a destruir por incúria e incompetência.
Junho 10, 2010 at 9:58 am
Só o Povo pode destronar o Socrates e pode, assim o queira. Não só este, como todos os Sócrates. Hoje o Povo tem o Poder nas mãos, nas suas mãos: tem o voto. Agora não há desculpa como havia há séculos, décadas, em que não havia informação pública. Hoje há informação, até dentro de casa. E o Povo SABE o que se está a passar, vê, ouve, vive… a corrupção! Se vota nos Socrates, não é por não saber, é porque também come da mesma gamela! Infelizmente, digo eu.
Gostava de ter um outro País, mais democrático, culto, educado mas que pelos vistos não muda e estou certa que não vai mudar! Não há 3 vias. Só mesmo duas: Ou comemos da mesma gamela, ou procuramos lavar o que está à nossa volta. Rematamos, com o nosso voto! Não sei porquê, hoje não me apetece dizer “Viva Portugal” 😦
Junho 10, 2010 at 10:14 am
“Amor é um fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói e não se sente;
é um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?”
É das mais belas definições de amor que conheço!
Junho 10, 2010 at 10:18 am
Sebastião da Gama
Meu País Desgraçado
Meu país desgraçado!…
E no entanto há Sol a cada canto
e não há Mar tão lindo noutro lado.
Nem há Céu mais alegre do que o nosso,
nem pássaros, nem águas …
Meu país desgraçado!…
Por que fatal engano?
Que malévolos crimes
teus direitos de berço violaram?
Meu Povo
de cabeça pendida, mãos caídas,
de olhos sem fé
— busca, dentro de ti, fora de ti, aonde
a causa da miséria se te esconde.
E em nome dos direitos
que te deram a terra, o Sol, o Mar,
fere-a sem dó
com o lume do teu antigo olhar.
Alevanta-te, Povo!
Ah!, visses tu, nos olhos das mulheres,
a calada censura
que te reclama filhos mais robustos!
Povo anêmico e triste,
meu Pedro Sem sem forças, sem haveres!
— olha a censura muda das mulheres!
Vai-te de novo ao Mar!
Reganha tuas barcas, tuas forças
e o direito de amar e fecundar
as que só por Amor te não desprezam!
Junho 10, 2010 at 10:46 am
http://gataescondida.wordpress.com/2010/06/10/10-de-junho-viva-portugal/
UMA NAÇÃO. UM POVO.
Bom dia de Portugal!
Junho 10, 2010 at 10:57 am
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/cinema-portugues-camoes-de-leitao-de-barros-tudo-o-que-nasce-morre-ate-um-pais-com-900-anos-de-idade-o-passado-nao-faz-o-futuro/
Junho 10, 2010 at 11:35 am
Junho 10, 2010 at 12:07 pm
Socrates vaidado à chegada a Faro para as comemorações do Dia de Portugal.
Indícios de uma morte anunciada…
Junho 10, 2010 at 12:29 pm
várias centenas de pessoas esgotaram os cerca de mil lugares destinados ao público
Adoro este estilo de jornalismo de chinelo e munta kurtido, pá.
Junho 10, 2010 at 12:37 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/10-de-junho-o-dia-da-saudade-da-saudade-de-ter-saudade/
Junho 10, 2010 at 1:19 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/06/10/10-de-junho-parte-2-antonio-variacoes-estou-alem-e-trovas-do-vento-que-passa-de-adriano-correia-de-oliveira-estas-duas-cancoes-espelham-a-alma-de-ser-portugues-insastifacao-permanente-mas-tambe/
Junho 10, 2010 at 1:26 pm
#14,
Lol….
Junho 10, 2010 at 1:28 pm
País de poetas.
Camões.Um dos maiores.
Junho 10, 2010 at 1:37 pm
É de saudar a inspiração desta evocação de Camões, apesar do cansaço de quem a postou… inteiramente compreensível.
Parece que o Pacheco Pereira também se sente cansado. Irá mesmo “pôr a boca no trombone”?
Junho 10, 2010 at 1:56 pm
Perdigão perdeu a pena
Não há mal que lhe não venha.
Perdigão que o pensamento
Subiu a um alto lugar,
Perde a pena do voar,
Ganha a pena do tormento.
Não tem no ar nem no vento
Asas com que se sustenha:
Não há mal que lhe não venha.
Quis voar a uma alta torre,
Mas achou-se desasado;
E, vendo-se depenado,
De puro penado morre.
Se a queixumes se socorre,
Lança no fogo mais lenha:
Não há mal que lhe não venha.
Luís Vaz de Camões
Junho 10, 2010 at 1:58 pm
Ao Desconcerto do Mundo
de Luís Vaz de Camões
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar,
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Cuidando alcançar assim
O bem tão mal ordenado,
Fui mau, mas fui castigado.
Assim que, só para mim,
Anda o mundo concertado.
Junho 10, 2010 at 2:21 pm
Junho 10, 2010 at 2:25 pm
(Os desconcertos do mundo )
E vê do mundo todo os principais,
Que nenhum no bem público imagina;
Vê neles que não têm amor a mais
Que a si somente, e a quem Filáucia ensina.
Vê que esses que freqüentam os reais
Paços, por verdadeira e sã doutrina
Vendem adulação, que mal consente
Mondar-se o novo trigo florescente.
Vê que aqueles que devem à pobreza
Amor divino e ao povo caridade,
Amam somente mandos e riqueza,
Simulando justiça e integridade.
Da feia tirania e de aspereza
Fazem direito e vã severidade:
Leis em favor do Rei se estabelecem,
As em favor do povo só perecem.
Junho 10, 2010 at 2:35 pm
O tempo de Camões e o nosso são bem semelhantes…Ambos governados por mentecaptos, naufragamos em outra Alcácer.
Junho 10, 2010 at 2:40 pm
Decisão do próximo Conselho de Ministros (vulgo monólogo porque o Sókas é que fala e os outros ministros abanam com a cabeça): No próximo ano lectivo, Camões deixará de ser leccionado e qualquer referência ao poeta deverá ser removida dos manuais escolares. As bibliotecas escolares deverão remover todos os livros sobre este autor e a PT terá de criar um filtro para a internet das escolas que bloqueie o acesso a conteúdos sobre Camões e os Lusíadas. Esta tomada de decisão ficou a dever-se às críticas que Luís Vaz de Camões faz ao Primeiro Ministro José Sócrates – as escolas terão de falar a uma voz: a dos mestre Sócrates. Assim se decidiu e assim se fará em nome do nosso Primeiro Ministro.
Junho 10, 2010 at 2:46 pm
Pois…
Junho 10, 2010 at 3:33 pm
Junho 10, 2010 at 4:03 pm
Então não? Ou vais tentar convencer-me que os Lusíadas são um simples documentário poetizado?
Junho 10, 2010 at 5:08 pm
Junho 10, 2010 at 7:34 pm
teste do Camões
Junho 10, 2010 at 7:35 pm
testado
Junho 10, 2010 at 7:42 pm
Viva o Santo António,
Viva o São João,
Viva o 10 de Junho e a Restauração!
Viva até São Bento
Se nos arranjar
Muitos feriados para festejar!
(Carlos Paião)
Junho 10, 2010 at 7:45 pm
Pois! Mas a tonta da mulher do R.carneiro anda a ver se nos tira os feriados.
Realmente há gente que SÓ nasceu para envenenar a nossa existência.
Junho 10, 2010 at 9:58 pm
Em Espanha parece que há mais feriados que em Portugal. São as mini-férias dos espanhóis.