Porque não é de agora que discordo de projectos de 2 ciclos de 6 anos ou de 3 com 6+3+3, sendo que esta é uma das duas alternativas que há algum tempo já expus aqui no blogue.
Ou fundir os actuais 2º e 3º CEB ou então esta proposta, apenas lamentando a prudência e cuidadinho com que é apresentada. Há que ser claro e esta é uma boa proposta que só peca por tardia, em relação ao processo de reajustamento curricular em curso.
E também concordo que é mais do que tempo de rever a sério a LBSE.
Conselho de Escolas propõe reorganizar ciclos
Projecto do órgão consultivo do Governo deve ser entregue à ministra da Educação até final do ano lectivoO Conselho de Escolas vai propor à ministra da Educação a reorganização dos ciclos de ensino em três ciclos de quatro anos cada. O projecto vai ser debatido hoje, segunda-feira, no plenário do órgão consultivo do ME, e Álvaro Almeida dos Santos conta com a sua aprovação.
“Não passa de uma proposta” e pretende responder ao “desafio” colocado pelo alargamento da escolaridade obrigatória de 12 anos, começou por sublinhar ao JN o presidente do Conselho de Escolas (CE), Álvaro Almeida dos Santos. O documento, que pode ser aprovado hoje, no plenário realizado no Centro de Caparide, em Cascais, será entregue à ministra da Educação até final do ano lectivo. E, a ser aceite pela tutela “obrigaria à alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo”, reconhece o director da Secundária de Valadares.
Maio 31, 2010 at 12:22 pm
Também concordo, em primeira análise, se bem que deixo algumas ressalvas. Aliás parece-me um regresso disfarçado ao modelo do antigo ensino comercial e industrial.
Por exemplo
a redefinição dos grupos disciplinares deve ser extremamente cuidada para não haver atropelos, evitando que áreas aparentemente idênticas não sejam sobrepostas;
os currículos deverão ser reajustados tendo em conta o previsto actualmente e a formação de que dispõem os professores actualmente, tomando por séria uma formação credível e necessária (e não a que temos actualmente);
deverão ser criados obrigatoriamente exames de nível entre cada ciclo que condicionarão a progressão para o ciclo seguinte, inclusivamente ao nível da formação, mesmo que isso venha a configurar algum tipo de descriminação intelectual;
será necessário redesenhar a carga horária para permitir um acréscimo da alunos em estruturas físicas somente desenhadas para dois ciclos “actuais”, no máximo;
etc.
Coisa pouca em ambiente de “agitada” contestação. Com jeito vai… ao estilo da velha pândega cinematográfica.
Maio 31, 2010 at 12:29 pm
Eu nem por isso… entre os 10 anos e os 14 há uma grande diferença e passar de um 5º para um 8º exige um io-io de espírito, postura, linguagem que nos põe loucos.
Maio 31, 2010 at 12:36 pm
Eu também concordava, não fosse por quem.
Maio 31, 2010 at 12:39 pm
Em que doutrina psicológica se baseiam para repartir dessa forma? À luz da psicologia do desenvolvimento o que é mais aconselhável fazer?
Maio 31, 2010 at 12:45 pm
É melhor repetir e destacado.
Maio 31, 2010 at 12:46 pm
A questão da segmentação em ciclos será a mais importante ou a atomização e compartimentação disciplinar é que que cria entraves? A organização por ciclos não tem como objectivo que o aluno possa ir conquistando objectivos num ritmo próprio? Se assim é não deveriam ser o mais curtos possível (2 em 2 anos)? Se não é assim o percurso tem etapas anuais simplesmente.
Porque se separaram os ciclos? Foi para desenhar instalações adequadas aos diversos níveis etários (tamanho das cadeiras e mesas por exemplo)? Ou deveriamos antes promover o contacto entre um conjunto diversificado de níveis etários?
Maio 31, 2010 at 12:47 pm
… deve vir algures em um relatório da ocde, dir-se-á.
E há uma parede coberta por muito barro. Quem cala…
Maio 31, 2010 at 12:57 pm
Temos de dar hipóteses de formação aos futuros “CEF’s 3-em-1”.
Maio 31, 2010 at 12:58 pm
Com jeito até se arranja um mestrado para acompanhar a dose, bem guarnecida, claro está, com a melhor das bolognese.
Maio 31, 2010 at 1:23 pm
Muito se fala neste País. E infelizmente pouco se faz. Há quanto tempo falamos nesta reorganização?
Maio 31, 2010 at 1:23 pm
Sendo assim, o 9.º ano fica onde? nas EB 2,3 sai e vai para as secundárias é isso?
E os profs. vão também para as escolas secundárias, pois não há horário para todos nas EB 2,3?
E as disciplinas técnias deixam de existir nas EB 2,3 e passam todas para as secundárias e os profs. que têm lugar de quadro passam para as escolas secundárias como?
Maio 31, 2010 at 2:01 pm
Mais uma reorganização sem ter em consideração os cursos de formação de professores! Recentemente foram introduzidas alterações na formação inicial e agora vão fazer nova reeestruturação?
Os professores com profissionalição no 2.º ciclo vão leccionar em que ciclo? Como transferir professores das EB para as secundárias? Ou a política será ter mega-agrupamentos e obrigar os professsores a múltiplas deslocação sem ajudas de custo? (Já somos a classe profissional que mais gasta em transporte e alojamento. É bom não esquecer que até os profissionais do privado quando se deslocam tem ajudas de custo/representação.)
Maio 31, 2010 at 2:15 pm
Denominar um 1ºciclo do secundário de “secundário inferior” não lembra nem ao diabo!!!
E, se na configuração actual, todos afirmam não existir articulação a montante e a jusante do 2º ciclo, como será no futuro essa articulação entre o 1º ciclo e o secundário inferior?
Eu não concordo com esta proposta, mas aguardo para a ler e perceber na sua totalidade.
Maio 31, 2010 at 2:21 pm
Sou mais adepto de um 6+6 que poderia ser subdividido em sub-ciclos de 3 em cada ciclo.
Nem encontro lógica alguma a chamar de Secundário a algum ciclo de ensino, muito menos de “inferior” e de “superior”.
Maio 31, 2010 at 3:00 pm
Se na Finlândia as coisas correm bem porque não adaptar-nos à organização eslava.
Maio 31, 2010 at 3:22 pm
#15
Porque não somos um povo eslavo? Por cá sabemos bem como as mudanças são “aplicadas”.
Maio 31, 2010 at 3:28 pm
Referende-se!
Maio 31, 2010 at 3:34 pm
Cheira-me que vai ser assunto decidido entre 15 de Julho e 30 de Agosto!
Concordo com uma reorganização mas parece-me que vai ser mais um remendo mal cosido. A formação inicial de professores das ESEs, a criar professores todo o terreno, sem qualquer especialização… vai-lhes acontecer o quê? Servem para tapar qualquer necessidade? Ou é a prova de que a dita formação foi muito mal concebida … e pior parida?
Maio 31, 2010 at 3:41 pm
Os finlandeses não são eslavos!
Maio 31, 2010 at 3:47 pm
#19
And yet… nós somos esclavos, lo jurio.
Maio 31, 2010 at 3:50 pm
#19
Ouvi dizer que são suomi.
Maio 31, 2010 at 3:52 pm
… quer dizer, suomet.
Maio 31, 2010 at 3:56 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/05/31/aqui-esta-a-nossa-irracionalidade-a-funcionar-e-dai-talvez-nao-a-ter-ematencao-ao-preco-do-petroleo-nos-proximos-tempos-talvez-nao-tenha-sido-tao-sem-sentido-como-parece-as-vezes-o-que-parece-na/
Maio 31, 2010 at 3:56 pm
Preço do barril de petróleo caiu 20%
notícia de 26/05/2010 00:30:00
O preço do barril de petróleo caiu aproximadamente 20% desde o final de Abril. O ouro negro, que estava a custar cerca de 90 dólares no final do mês passado está a valer, na actualidade, menos 18 dólares.
fonte da notícia: Jornal de Notícias
categoria da notícia: Economia / Econ
Maio 31, 2010 at 4:00 pm
eXISTEM DÚVIDAS SOBRE ISSO..O QUE QUER QUE SEJAM SÃO MAIS EVOLUIDS DO
Maio 31, 2010 at 4:00 pm
EXISTEM DÚVIDAS SOBRE ISSO..O QUE QUER QUE SEJAM SÃO MAIS EVOLUÍDOS DO QUE NÓS.PELO MENOS NO QUE TOCA À EDUCAÇÃO..FUI…
Maio 31, 2010 at 4:02 pm
#19
Tem razão. Não são eslavos mas sim escandinavos.
Maio 31, 2010 at 4:04 pm
Desmembram-se os ciclos para quebrar a espinha aos professores.
Maio 31, 2010 at 4:05 pm
Os fínicos (também chamado de fino-bálticos) são os grupos étnicos que falam idioma pertencentes às línguas fínicas (ou línguas fino-bálticas). As línguas fínicas são mais utilizadas na Finlândia, com o finlandês e na Estônia, pelo estoniano. Outras línguas fínicas são faladas principalmente no noroeste da Rússia, especialmente em áreas próximas à Finlândia e Estônia. Em partes do norte da Suécia, os finlandeses tem uma presença considerável, enquanto que algumas minorias fínicas são encontradas na Noruega e na Letônia.
A questão dos povos fínicos serem mais próximos geneticamente de qualquer outro povo, do que de seus vizinhos que não falam línguas fínicas, é questionável. Como a maioria das outras regiões do continente europeu, as áreas povoadas por povos fínicos sofreram constantes miscigenações com outros povos e, por obstante, foram consideravelmente influenciados culturalmente. Durante o último milênio, a língua sueca costumava ser mais difundida na Finlândia e Estônia do que é hoje. O finlandês costumava ser falado em uma boa parte da Suécia e muito do território atual da Letônia foi habitado por povos que falavam línguas fínicas. Apenas isso, já basta para mostrar que é duvidosa a teoria defendida de que o povo fínico é formado por um distinto grupo genético.
Maio 31, 2010 at 4:15 pm
#29
Ahhh… 😐
Maio 31, 2010 at 4:16 pm
#24
O barril de petróleo chega cá e transforma-se logo em pipa de massa.
E nunca cai, é sempre de três em pipa.
Maio 31, 2010 at 4:17 pm
#31
Cai. Mas recupera mais rápido que doente com subsídio estatal.
Maio 31, 2010 at 4:19 pm
Na China também..mas lá existem algumas pequenas diferenças..o Many adoraria..
Maio 31, 2010 at 4:20 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/05/31/agora-que-as-ferias-grandes-estao-a-porta-alguns-conselhos-aos-pais-para-melhor-aproveitarem-o-tempo-com-os-seus-filhos/
Maio 31, 2010 at 4:23 pm
o PREÇO DO PETRÓLEO -o meu comentário está ligação ao meu post sobre o ataque Israelita aos barcos com mantimentos para a faixa de Gaza..tenho para mim que o facto de o preço estar a baixar tanto obrigou Israel, Eu.A e alguns países árabes a fazer algo contra tal facto..vão ver o mesmo a subir com a tensão a fazer-se sentir-..pelo menos durante o Verão…
Maio 31, 2010 at 4:24 pm
Digo ligado…Fui até logo…
Maio 31, 2010 at 4:31 pm
Repete-se a estória do Lusitânia Expresso…
Maio 31, 2010 at 4:50 pm
Nem digo nada sobre isso!
Preferia um 1.º ciclo alargado e dois, secundários; em que os alunos do 1.º saíssem mesmo a saber ler escrever e contar; e, quem mostra-se dificuldades seria, no fim do ciclo, reencaminhado para um ensino especial, mais virado para a vida activa.
Maio 31, 2010 at 4:56 pm
#38
Hehe… estamos aqui, estamos a proibir alguns de serem pais no fim do curso. 😈
http://mairdenuboske.blogspot.com/2010/05/opinantes-ao-vento-se-vao-refrescando.html ❗
Culpem o Fafe! Ele é que me obrigou a escrever isto, iludindo-me com um convite para o chá.
Maio 31, 2010 at 5:05 pm
A minha proposta é:
1. ciclo 6 anos 1ª classe à 6ª classe
2. ciclo 3+1 anos do 7. ano ao 10. ano (Sendo que o “+1” é um ano de estágio profissional)
3. ciclo 3 anos para os alunos que quisessem seguir uma carreira no Ensino Superior. Ingressavam no 10. ano geral em vez de enveredar pelo estágio.
Maio 31, 2010 at 5:13 pm
Não percebo muito bem a necessidade de “inovação”…É para se dizer que fazem reformas?
Maio 31, 2010 at 5:15 pm
#41
Errado.
Isto é para dizer que vamos regressar ao tempo dos afonsinhos porque as reformas foram-se reformando. De podres.
Maio 31, 2010 at 5:16 pm
Eu concordo com a proposta de 3 ciclos, assim à primeira, mas aguardo explicações.
Maio 31, 2010 at 5:48 pm
As alterações em termos de ciclos são mais complexas do que parece. A acontecer terá que mexer com os programas curriculares( não era suposto serem programados para ciclos?).No caso da História o seu curriculo diacrónico de 3 anos vai esbarrar com essas divisões.Ou será retirada do curriculo!?
Maio 31, 2010 at 5:52 pm
Eu temo estas “reformas”. Vão demorar a perceber se é melhor 6+6 ou 4+4+4.
Como não entendo qual a necessidade (pedagógica) de mudança, penso que isto estará relacionado com a formação de professores. Até agora, as ESEs formam profs para os dois 1ºs ciclos. Vão mudar tudo outra vez?
Uma coisa sei: sempre que houve mudança, foi para pior.
Não me esqueço da introdução de aulas de 90 minutos, que era experimental, mas veio para ficar, apesar de tantos as contestarem…
Pra pior, já basta assim.
Há outras prioridades.
Maio 31, 2010 at 5:55 pm
Paulo:
A proposta dos 4+4+4 não apresenta qualquer vantagem face a uma proposta de 4+5+3, mas como é fácil de compreender apresenta muitas vantagens para o ME:
1. é mais complicada de aplicar e por isso leva a alterações nos quadros curriculares e de recursos humanos das actuais EB 2,3;
2. as alterações irão decertos permitir a supressão de muito da organização do 2º Ciclo (a mais despesista actualmente) e muito da diversidade curricular do 3º Ciclo;
A defesa da junção do 2º e do 3º ciclos actuais, do ponto de vista dos programas curriculares, num ciclo de 5 anos era bem mais lógica, simples e vantajosa para os professores e para os alunos, talvez menos para o ME. Era esta junção que deviamos defender e não permitir que por detrás de uma bem intencionada reforma se esconda mais um ataque economicista às escolas e aos professores.
Atenção que esta proposta do conselho de escolas inclusivé recebe algum apoio na zona sindical pelo que poderá ter algumas pernas para andar. Espero que as consequências sejam menos dolorosas do que aquilo que aqui antevi!
Um Abraço
Maio 31, 2010 at 5:57 pm
Isto tudo é por causa do Mourinho?
4x4x4?, tudo a discutir o barro.
Em tempo, não se desviem, não…
Maio 31, 2010 at 6:09 pm
#45-Pois é precisamente isso.
Quanto mais se remexe a m…. pior cheira.
Maio 31, 2010 at 6:12 pm
Parece-me que… acho que… no ensino todos são como os treinadores de futebol.
Eu gostaria de saber os inconvenientes do 4+2+3+3. Gostaria de ter à disposição muitos estudos realizados que me demonstrem que estes ciclos são prejudiciais aos alunos. Não confundir estudos com impressões. Impressões temos todos um pouco, gostamos de ser treinadores de bancada e depois não se admirem que estejamos sempre em mudanças com base no “acho que”.
Lembram-se das aulas de 90 minutos? “Acharam” ou alguém “achou” que as aulas de 90 minutos seriam benéficas para “todos” os alunos. Foi decidido à la Carte. Chegou-se agora à brilhante conclusão que para certas idades, para certas disciplinas, as aulas de 90 minutos têm pouco proveito.
Mostrem-me estudos, convençam-me e depois estarei de acordo…
Estou farto de mudanças com base no “acho que”.
Maio 31, 2010 at 6:16 pm
Quais são os fundamentos que levaram ao Conselho de Escolas para fazer estas propostas?
São estudos fundamentados?
Maio 31, 2010 at 6:16 pm
Sabem daqueles que “andarem” aqui?
Pois vão propôr o telepost sobre a plataforma telementira.
Maio 31, 2010 at 6:23 pm
Ó Fafe já acabaste com essa saga? 🙂
Maio 31, 2010 at 6:30 pm
Olá Olinda, how are you?
Maio 31, 2010 at 6:36 pm
#52
Foram “alembrações”, gosto muito da saudade.
Maio 31, 2010 at 6:38 pm
Olá Pedro, tudo bem, tenho andado ocupada com as artes.
Maio 31, 2010 at 7:30 pm
#50
Na mouche.
Maio 31, 2010 at 8:08 pm
#50
Fundamentados na necessidade de apresentar algo de diferente para justificar a sua existência, direi. Mas não agora, aqui.
Maio 31, 2010 at 8:25 pm
#11,
As “secundárias” até há uns anos davam do 7º ao 12º Qual é o problema nesse caso?
O que impede as EB2/3 de terem do 5 ao 8º e as Secundárias do 9º ao 12º?
Os ajustamentos dos quadros não seriam assim tão grandes.
Mas talvez para o evitar fosse melhor que o esquema fosse de 4+5+3.
Discordo que as “secundárias” se tornem uma espécie de escalão superior numa falsa “hierarquia” dos dentes.
Afinal, e por via das coisas, eu dou 2º ciclo mas a minha licenciatura é da mesma cor da de quem dá secundário.
E quanto a profissionalizações, não vale a pena falar muito…
Maio 31, 2010 at 8:38 pm
E vão desaparecer muitos horários incompletos
Maio 31, 2010 at 8:46 pm
#58 Paulo Guinote
“Afinal, e por via das coisas, eu dou 2º ciclo mas a minha licenciatura é da mesma cor da de quem dá secundário.
E quanto a profissionalizações, não vale a pena falar muito…
Estamos os dois no mesmo barco
Maio 31, 2010 at 8:49 pm
Escolas Secundárias?
Estão a ser fu(n)didas(.) com as EB23.
Uma desgraça.
Maio 31, 2010 at 8:50 pm
Não concordo com a ideia de 4 anos de secundario, em que o 1.º é igual para todos.
O que será leccionado nas Profissionais e Artísticas neste ano.
Maio 31, 2010 at 8:50 pm
?
Maio 31, 2010 at 8:57 pm
49,50
Absolutamente de acordo!!!
Não é a organização actual dos ciclos de ensino que explica os problemas de aprendizagem, os problemas comportamentais/ “atitudinais”, a falta de postura perante o trabalho e a indisciplina reinante e sempre em crescendo, o incremento da ignorância, a ausência dos requisitos mais básicos de leitura/ escrita / interpretação/operações matemáticas mais básicas/cálculo e raciocínio, a sucessão cumulativa de aprendizagens não realizadas e a preocupante iliteracia dos jovens portugueses.
A Escola portuguesa está farta de mudanças de aparência e acima de tudo: mudar por mudar e nada mais… muda-se sem fundamentação; muda-se sem avaliação; muda-se que uns armados em cientistas (sem experimentação e validação) fizeram uns estudos ou teses da treta; muda-se sem estudos de impactos / articulações/ recursos (humanos, materiais e financeiros) e capacidades de reorganização e resposta (o habitual: depois??? – Logo de vê! Arranja-se para aí uma soluçãozita…); muda-se que dá ares de inovação; …
muda-se, até, o que funciona e mantêm-se os problemas… é o “FAZ DE CONTA” habitual e verdadeiramente estrutural!
Maio 31, 2010 at 8:57 pm
Só por motivos pessoais, acho bem que juntem os ciclos. Gostava de voltar a dar aulas no 2º ciclo, já não tenho horas que cheguei no 3º e no secundário.
Quanto à qualidade do ensino, depois das novas oportunidades, de cursos CEF em que os meninos têm sempre de passar, quem está preocupado?
#12 naopossodizer
também acho que é esse o objectivo, em relação aos superagrupamentos, e ainda poupar na gestão.
Maio 31, 2010 at 9:00 pm
Não nos podemos esquecer que actualmente os cursos do secundário são um verdadeiro labirinto de disciplinas de Formação Geral, Formação especifica, umas a terminar no 11º e outras no 12º ano, aos quais se acrescentam outras de Opção, de se iniciam umas no 10º e outras no 12º ano.
Maio 31, 2010 at 9:28 pm
#49 e #50, Pedro, na mouche!
Maio 31, 2010 at 9:59 pm
ACTA nº 1
Quero 3 ciclos de 4 anos. Com uma nuance: que sejam mesmo ciclos. Para começar quero garantias de os alunos permanecem com os mesmos professores durante todo o ciclo. E pretendo que se diminua drasticamente o número de disciplinas.
Maio 31, 2010 at 10:00 pm
de que
Maio 31, 2010 at 10:41 pm
Não tive paciência para ler todos os comentários.
Deixo apenas uma pergunta: reestruturando os ciclos de ensino melhoramos ou resolvemos os problemas de aprendizagem?
Se sim, vamos a isso, mas desconfio que não, tal como não resolve a introdução de novos «curricula», ou programas ou… o que quer que seja.
Sem os meninos trabalharem e estudarem, não há nada a fazer. O resto é conversa para nos entretermos aqui, ou noutro local qualquer.
Junho 1, 2010 at 8:30 am
Os concursos de professores realizar-se-ão de 4 em 4 anos. Relação?
Junho 1, 2010 at 11:37 am
Quais concursos? Só se for para mudança de escola o resto … fechou a loja.
Junho 1, 2010 at 10:36 pm
Conforme se nota nestes comentários, levantar-se-iam problemas relativamente à formação dos professores. É claro para mim que um professor com uma licenciatura “clássica” terá , em princípio, capacidade para passar do 2º ou do 3º ciclo para o secundário. Resta saber se lhe interessa. Mas professores formados nas ESE, pela própria natureza dos cursos, talvez não sejam, em princípio , indicados para leccionar do 3º ciclo em diante. Suponho que a sua formação é generalista, pois são preparados para 1º e 2º ciclo ( o que já discutível…)Seja como for, não vejo qualquer urgência na mudança dos ciclos. A pior seria, no entanto, juntar 1º e 2º ciclos. Tudo o que seja prolongar a “primária” me parece errado. Aliás, nunca dei conta de que os alunos ficassem traumatizados com a mudança,salvo casos raros. Esses deveriam ter então acompanhamento especial.
Junho 1, 2010 at 10:52 pm
#49,50,64,70 Concordo.Bons comentários!
Junho 25, 2010 at 10:28 pm
Só hoje é que li a proposta do Conselho de Escolas de que há alguns dias ouço falar e fiquei chocada! Só a mim é que me incomoda a proposta que põe a causa o ensino democrático em Portugal?! Os colegas leram com atenção as propostas feitas ou sou eu que estou a ler mal o que lá está escrito?! Com o título de “Avaliação dos alunos, condições de aprovação e prosseguimento de estudos” diz, e cito: “Contudo, os alunos que não obtenham aproveitamento escolar a um determinado conjunto de disciplinas, englobando sempre a Língua Portuguesa e Matemática, APENAS PODERÃO PROSSEGUIR ESTUDOS NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO” (as maiúsculas são minhas). Na sequência do está anteriormente dito sobre a avaliação e aprovação, a minha interpretação deste ponto é a da continuação, e de forma cada vez mais institucionalizada, da falta de educação/ instrução a que se quer induzir o ensino em Portugal – ninguém chumba, desculpem, fica retido (só casos muito excepcionais), mas não há lugar ao crescimento intelectual e cívico dos jovens – chumbas, vais obrigatoriamente para um CEF; podias aprender que a vida não é só brincadeira e um choradinho no final do ano, mas não, mesmo que até tenhas percebido isso (ou pelo menos intuído), vais de castigo para os CEF!!!
Eu não acho isto normal!! Num ano de comemorações do centenário da República, em que uma das principais conquistas foi a do ensino para todos (ainda que a nível da primária), como é que se pode fazer este tipo de proposta?? Estamos a enganar os miúdos, os pais, os empregadores e a sociedade em geral! Mesmo partindo do princípio que se pretende com esta reorganização moralizar o ensino profissional e os CEF (e espero que sim, pois é urgente fazê-lo!), estamos a condenar estes miúdos a uma impossibilidade de ascensão sócio-económica que só os estudos, quando encarados de forma séria, empenhada e trabalhosa, podem dar! Chamem-me idealista se quiserem, assumo que o sou, mas, enquanto professora e, acima de tudo, enquanto cidadã, não posso deixar de me indignar com esta proposta! Nunca estes alunos que farão toda a sua vida escolar em CEF terão as mesmas oportunidades de emprego e de vingar na vida que os restantes.
Para quando uma verdadeira reforma da educação que promova a igualdade e, consequentemente, a liberdade com responsabilidade? Quando é que se vai deixar de considerar os mais desprotegidos uns “coitadinhos”, a quem se passa a mão pela cabeça, mas depois impelem e escorraçam para o mesmo desterro social de que vieram, preferencialmente cada vez mais afastado dos nossos olhos?? Temos que criar condições nas escolas para dar a estes alunos aquilo que eles não têm em casa e no bairro e que só poderão conhecer na escola, MAS temos que exigir responsabilidade e empenho – essa sim é a maior aprendizagem que a escola e a sociedade lhes pode dar! Só dessa forma a escola deixará de ser vista como um gigante recreio e passará a ser encarada como uma passagem essencial na formação de qualquer cidadão.
Não adianta nada imitarmos modelos do Norte da Europa quando não tentamos educar para uma mudança real de mentalidade e aproximarmo-nos da forma de pensar e estar desses povos – cidadãos conhecedores dos seus direitos e cumpridores dos seus deveres; cidadãos responsáveis por si e pelo bem comum (a res publica = a coisa pública)!
O meu comentário já vai longo (e peço desculpa pela invasão), mas gostaria de levantar mais 3 questões:
• a proposta da divisão em 3 ciclos como está feita não me choca e até vejo vantagens nisso – mas eu não tenho conhecimentos de psicologia cognitiva suficientes para fundamentar a minha opinião. E estes senhores têm?;
• qual o efectivo resultado que se espera da criação de uma disciplina, com uma carga horária de 1 hora semanal, nos 4 anos do nível secundário geral (nomenclatura que deverá ser revista pois se o ensino é obrigatório não há razão para a denominação de “secundário”), e se retiram horas, e muitas, a disciplinas fundamentais no desenvolvimento da consciência cívica, como História e Geografia?;
• quando é que os entendidos da educação perceberão que um dos grandes problemas do insucesso da nossa juventude é a falta de conhecimentos de português que lhes permita ler, escrever, falar, interpretar, analisar, estabelecer relações e, acima de tudo, pensar? Um povo que não domina a sua língua, que não se sabe expressar, é um povo que não existe! São necessárias, pelo menos, 5 horas de Português para todos os anos de todos os ciclos (desculpem-me os colegas de Português se isso significa a perda dum dia de actividades não lectivas)!