Por inerência da minha profissão, lido com adolescentes todos os dias. Sou professora de Filosofia e Psicologia e lecciono no ensino público há mais de vinte anos. Sei que sou suspeita para o afirmar, mas acho que sempre tive facilidade em lidar com esta faixa etária.
Crio facilmente com os meus alunos uma relação de empatia, confiança, autoridade e cumplicidade. Sei ouvi-los, compreendê-los, estou atenta às diferenças individuais e às fragilidades tão usuais nestas idades. Mas o problema da minha filha, reconheço, tornou muito mais difícil a minha relação com os meus alunos. Não tenhamos ilusões: qualquer actividade profissional é afectada pela nossa fragilidade emocional, pela simples razão que não conseguimos dissociar as várias componentes que nos caracterizam.
É impossível entrar na sala de aula e deixar à porta os valores em que acredito, as minhas convicções e as minhas emoções.
Link para o primeiro capítulo.
Março 24, 2010 at 10:20 am
É preciso muita coragem para empreender uma iniciativa como esta.
Eu comprarei o livro, logo que o veja.
Março 24, 2010 at 10:43 am
Quem confirma isto?
professor do Agrupamento de Febres (Cantanhede) agredido por alunos e hospitalizado. Posteriormente, novamente agredido. Perdeu as estribeiras e agrediu um aluno. Sofre agora um processo disciplinar…
Março 24, 2010 at 10:56 am
Viva Paulo.
Nem quero imaginar a dor.
Abraço.
Março 24, 2010 at 11:36 am
A minha mãe também perdeu um filho, com 20 anos de idade.
Há 4 anos, o meu irmão mais velho teve uma trombose. Ficou sem falar e paralisado do lado direito, da cintura para cima.
Tem sido muito difícil, para todos nós e sobretudo para a minha mãe, conviver com tudo isto…
Desejo muita “força” e “coragem” a esta mãe.
Março 24, 2010 at 12:19 pm
#4
Um beijo Margarida, para ti e para a tua mãe.
Duas amigas e colegas nossas perderam os filhos, uma perdeu 3, num acidente de viação. Para mim, aquela mulher, era um monumento de coragem e de dor. Considero q ela está acima do patamar da vida. A outra, nunca foi capaz de voltar a dar aulas. Vegeta.
Oxalá nunca estejamos a passar por tamanha privação. Oxalá.
Março 24, 2010 at 1:02 pm
Conheço e acompanhei de muito perto o drama da nossa colega, mãe da Inês e da sua família. Nunca encontrei, nem encontro, palavras adequadas. Só um profundo respeito e admiração pela coragem e dignidade.
Março 24, 2010 at 1:03 pm
No blog da Bárbara Wong li este comentário
A Ana, o Pedro, a Inês e a Matilde serão sempre quatro! Uma família muito unida!
Força para todas famílias que são afectadas por tristes acontecimentos.
Março 24, 2010 at 2:39 pm
Acabei de ler o testemunho desta mãe.
Estou sem palavras…
Março 24, 2010 at 4:20 pm
Há a letra daquela canção brasileira que tem a definição mais pungente de “saudade”: “Saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu.”
Um grande abraço para a Ana e outro para a Margarida.
Março 24, 2010 at 4:25 pm
Perante o relato que acabei de ler todas as palavras são supérfluas.
Sobre o assunto em causa nada sei, mas recordo-me de ver um documentário na RTP sobre um tratamento que, ao que parece, tem uma razoável taxa de sucesso. Um excerto pode ser encontrado aqui (http://www.youtube.com/watch?v=_ObzXZqm5WA). Aparentemente trata-se de uma proposta com alguma credibilidade uma vez que está ligado ao conhecido Karolinska Institute.
Março 24, 2010 at 6:07 pm
Só tenho a agradecer tão grande e dolorosa partilha, tenho a certeza que irá ajudar muitos pais que vivem este drama. Muito, muito obrigada
Março 24, 2010 at 9:10 pm
É linda a Inês. Grande mãe.
Março 24, 2010 at 9:15 pm
Houve uma besta numa entrevista que disse que não existia a anorexia..apenas depressão..um tal de qualquer coisa de Matos…e que isso só existia para fazer alguns médicos ganharem dinheiro…
Março 24, 2010 at 9:15 pm
Viva Paulo.
Só agora consegui ler com atenção o primeiro capítulo. Com uma Mãe assim a Inês está a sorrir com toda a certeza.
Um abraço muito emocionado.
Março 25, 2010 at 12:35 am
Eu talvez perceba. Hoje morreu a minha irmã Manuela, ao fim de mais de 2 anos e meio em que diariamente cuidei dela numa cama de hospital. Hoje dorme sozinha na morgue do cemitério. E amanhã será o último adeus
Março 25, 2010 at 9:58 pm
Um beijinho á Ana Granja e um abraço ao Mário Rodrigues.
Maio 31, 2010 at 6:55 pm
[…] qualquer contrapartida financeira, dois livros publicados pelo Grupo Leya, Choque na Educação e Sem ti, Inês, com link para o primeiro capítulo de cada um deles com o objectivo de lançar a discussão sobre […]
Maio 31, 2010 at 11:43 pm
Olá Ana
Como te admiro!És uma Grande Mãe e uma Grande Mulher!Um exemplo de coragem e de luta!O teu livro é um testemunho humano, demasiadamente humano.
È um privilégio ter-te conhecido!
Gosto muito de ti Ana!É impossível não gostar!
Um forte abraço com amizade