Foi-me dada a hipótese de aceder em primeira mão, em termos de grande público, a esta obra que contraria muitas das ideias feitas sobre a forma de educar as crianças, tanto na perspectiva dos pais como dos professores.
Podia gostar apenas do tema como catalisador para um bom debate, mas acontece que partilho de muitas das ideias dos autores, por vezes contrárias às vulgatas que pululam na abundante bibliografia de auto-ajuda ou orientação e/ou aconselhamento educacional. Curiosamente, algumas das ideias estranhas que este livro contém baseiam-se em pesquisas científicas pouco populares para a opinião pública e para alguns especialistas agarrados às teorias de anteontem.
Um dos exemplos é o caso da auto-estima e do papel do elogio, e da sua natureza, no desempenho escolar das crianças. Deixo aqui o link – com a autorização da editora – para a descarga gratuita do primeiro capítulo que aborda este tema e de que eu passo a fazer uma citação para provocar alguma discussão que vá para além de política educativa e entre por territórios muito mais importantes para a qualidade da Educação. Aviso desde já que algumas conclusões são claramente contrárias a muito do que se lê e ouve pela comunicação social e ainda se ensina na formação inicial ou contínua de professores, e que só à custa de muita prática muitos de nós conseguem ter o discernimento e coragem para contrariar, conseguindo fundamentar essa opção.
Presume-se que se uma criança acredita que é inteligente (após ouvir isso constantemente), não se intimidará com novos desafios académicos. O elogio constante deve funcionar como um anjo de guarda, assegurando que as crianças não desaproveitam os seus talentos.
Mas um corpo cada vez maior – e um novo estudo feito a partir das trincheiras do sistema de ensino público de Nova Iorque – indica com grande convicção que pode estar a acontecer precisamente o contrário. Dizer às crianças que são “inteligentes” não as impede de ter um desempenho fraco. Pelo contrário, pode ser a causa disso.
(…)
Após a publicação de The Psychology of Self-Esteem em 1969, onde Nathaniel Branden considerava que a auto-estima era a qualidade mais importante de uma pessoa,a convicção de que devemos fazer o que possível para termos uma boa auto-estima transformou-se num movimento com grandes repercussões na sociedade.
Em 1984, a legislatura da Califórnia já havia criado um grupo de acção oficial dedicado à auto-estima, acreditando que ao melhorar a auto-estima dos cidadãos contribuiria para inúmeras outras melhorias, desde uma menor dependência na segurança social até à diminuição da gravidez juvenil. Estes argumentos transformaram a auto-estima num movimento imparável, em especial em relação às crianças. Tudo o que pudesse afectar negativamente a auto-estima das crianças era eliminado. As competições começaram a ser vistas negativamente. Os treinadores de futebol deixaram de contar os golos e começaram a dar troféus a todos. Os professores deixaram de usar lápis vermelhos. As críticas foram substituídas por elogio ubíquos e imerecidos. Existe inclusivamente um distrito escolar em Massachussetts onde as crianças “saltam à corda” na aula de ginástica sem uma corda – para evitar o embaraço de tropeçarem. (pp. 21, 26-27)
Fevereiro 18, 2010 at 5:16 pm
Eu sempre defendi que a melhor maneira de se motivar um acriança é humilhá-la intelectualmente de modo a espiovitar o enorme potencial que existe em cada uma delas.
A hunilhação é a melhor forma de fazer vir á tona esse potencial, o elogio fácil, a comiseração, o ser afável e o carinho só servem para fabricar fracos e destituidos de conteúdo.
Fevereiro 18, 2010 at 5:19 pm
É mais um para ler nas féeerias 🙂
Fevereiro 18, 2010 at 5:51 pm
#1
Não concordo nada consigo.
Desde quando é q humilhar u criança intelectualmente ou emocionalmente lhe desperta o potencial?
O próprio acto de humilhar outra pessoa diz muito de quem o pratica. Como se sente quando é humilhado?
Fevereiro 18, 2010 at 5:57 pm
#1,
Acho que estará a confundir o não elogio gratuito com a humilhação.
Pode ser por ironia, por sarcasmo ou outra coisa.
Fevereiro 18, 2010 at 6:04 pm
Paulo,
obrigado por aguçares o apetite para algo que parece valer a pena ler.
Da leitura deste capítulo que disponibilizaste fica a sensação de que necessitamos de reconfigurar uma parte importante das nossas práticas de educadores. Mas é importante perceber que os universos que aqui estão retratados não encaixam em todos os quotidianos que conhecemos nas nossas escolas.
Sabes tu, que tens a turma de que falas recorrentemente e sabem muitos outros professores, que lidam diariamente com crianças que desistem porque há muito estão viciadas no discurso do fracassado e não no elogio.
Fevereiro 18, 2010 at 6:04 pm
Não me parece que esse seja um problema da generalidade das crianças. A maior parte das pessoas é mais célere a apontar erros ou desvios à norma do que a elogiar, seja na escola ou na família. Isso deve ser mal de americanos, pôr recado nas lancheiras a dizer aos filhos que são muita bons…
Fevereiro 18, 2010 at 6:14 pm
Tema aliciante sem dúvida, não fosse ele o cerne da construção da nossa identidade…
O Efeito Pigmaleão, independentemente de se concordar ou não teoricamente, constatamo-lo na prática…
se se repete a alguém que não “presta” ou não “vale nada” directa ou indirectamente… tem repercussões, e o contrário também se verifica.
Contudo, qualquer avaliação terá que ser objectiva e sincera… e não um logro.
“Evitar o embaraço de tropeçar”… diz tudo. A auto-estima forma-se a partir de um “jogo de espelhos” face aos outros, se olhamos para um bluff, para uma mentira, só atinge o “amor-próprio”… pior a emenda que o soneto..
um elogio não merecido é uma mentira, e se é mentira não é um reforço… é um castigo. È melhor o silêncio.
Se se quer evitar o embaraço de tropeçar… então não salte. È uma questão de aprender o processo… cair faz parte… e tem solução: levantar-se e tentar saltar melhor…
(ai ai Piaget o que se consegue com a humilhação é “revolta”, e um dia o revoltado irá fazer a mesma coisa por “compensação”, ou então procura vingança directamente no objecto da revolta).
Fevereiro 18, 2010 at 6:14 pm
“Choque”? Porquê “choque”?
As evidências ideológicas e datadas são isso mesmo: condição suficiente para a sua supressão.
Fevereiro 18, 2010 at 6:23 pm
Eu, que nada sei do assunto estudado, e tendo dado apenas uma curtíssima vista de olhos ao capítulo disponibilizado, por acaso não me surpreende, e nem acho sequer curioso que as pesquisas científicas no qual se baseia sejam pouco populares para a opinião pública, como diz. Isto, por uma razão simples (eventualmente errada por completo): é que, na minha opinião, as conclusões científicas são muitas vezes bastante contra-intuitivas, e contrariam aquilo que se considera o simples bom senso. Pelo menos nas ciências mais duras, ao nível teórico, há inúmeros exemplos, que tornam os resultados objecto de fortes contestações iniciais. Nas mais moles francamente não sei, mas o meu pressentimento é que nuns casos aconteça isso mesmo num grau ainda mais reforçado, e noutros não. Porquê? Porque as variáveis em jogo são elevadíssimas, normalmente, e os “objectos” de estudo são mais “rebeldes”: podem, até certo ponto, manipular as situações em estudo. Bem sei que quase sempre não é dita a verdade sobre o que na realidade se está verdadeiramente a estudar, para tentar contrariar esse efeito, mas os agentes também sabem ou têm fortes desconfianças sobre o que lhes é dito. Fundamento em parte esta minha opinião ao ter lido num livro traduzido para português de autores franceses (edição portuguesa da década de 80) exemplos do que se devia dizer aos alunos para os enganar em relação às verdadeiras intenções dos testes (não de avaliação escolar, claro), que se destinavam a descobrir e quantificar as relações que se estabeleciam entre eles. Esquemas e tabelas de cliques formadas e em formação ou a desfazerem-se, etc.
Fevereiro 18, 2010 at 6:35 pm
O que eu penso sobre isto:
As crianças não são parvas e sabem que, se estão constantemente a ser elogiadas por um adulto, isso significa que esse adulto está inseguro em relação a elas.
Numa relação normal adulto/criança o elogio surge espontaneamente e não a propósito de qualquer pequena evolução.
A auto-estima ( palavra gasta, de tanto uso) constroi-se em relações saudáveis, em que não há necessidade permanente de observar, acentuar, evidenciar os pequenos êxitos.
Fomos formados com a ideia de que os alunos precisam, constantemente, de “reforços positivos”.
Depende.
É natural que quem critica tb elogie.
Como o fjsantos referiu, algumas crianças, saturadas de serem sempre classificadas pela negativa, só despertam qdo passam a ser elogiadas. Nesses casos, tenho reparado que o elogio consegue, por vezes, milagres.
Experimentar dizer a uma criança que naturalmente escreve muito mal, que está a melhorar e os seus textos são muito melhores, dá-lhe estímulo. Não há dúvida!
Todos os conceitos são usados e repisados e mais tarde chega-se à conclusão que não era bem assim.
O bom senso ainda é a melhor táctica, para quem trabalha com crianças…
Fevereiro 18, 2010 at 6:37 pm
Olá Américo, já tinha perguntado por ti. Por onde tens andado? Sem net?
Fevereiro 18, 2010 at 6:47 pm
# 10
Ora aí está o bom senso. Para isso é necessário tempo, disponibilidade, reflexão, paciência, autonomia e gostar do que se faz.
Não é a preencher grelhas, relatórios, reuniões, planos, etc.
Fevereiro 18, 2010 at 6:49 pm
Tempos…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/18/retratos-de-um-tempo-em-que-a-morte-e-a-palavra-de-ordem/
Fevereiro 18, 2010 at 6:49 pm
Que dirão estes destas grandes filosofias…?
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/18/fairy-tales-from-mozambique/
Fevereiro 18, 2010 at 6:50 pm
Somos o que somos e nada mais…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/18/frases-anihumanas/
Fevereiro 18, 2010 at 6:51 pm
E este teria sido diferente com este método? E se fosse teria sido tão bom?
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/18/the-doors-live-hollywood-bowl-1968-para-os-amantes-dos-doors/
Fevereiro 18, 2010 at 6:51 pm
Talvez andemos todos a precisar mais disto…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/17/tratamento-vip-para-aulas-de-substitruicao-proposta-de-um-sindicato-alternativo/
Fevereiro 18, 2010 at 6:57 pm
#1 A minha melhor nota na universidade foi numa cadeira em que o professor me disse na primeira aula:«Oiça lá, aqui ser loira não basta!»
ESTÚPIDO! Engoliu o que disse e nunca me viu os dentes!
Resultou academicamente, mas até hoje me lembro disto. Um insulto é sempre um insulto. MAU!
Fevereiro 18, 2010 at 7:02 pm
#18,
Mas vai uma enorme distância entre anotar um erro, mesmo fazendo-o de forma dura e insultar.
E também há diferentes modalidades de crítica, que estão longe do insulto.
Assinalar que alguém errou tem como objectivo fazê-lo acertar.
Ignorar o erso e acentuar só o que está bem feito pode ser impeditivo de um aperfeiçoamento pois a criança poderá tender a apenas fazer aquilo que sabe fazer bem e não dar suficiente valor à necessidade de melhorar o que não fez bem.
Sempre disse ao meus belos alunos que não está certo almejar apenas o 3 ou o 10 8quando dei Secundário) porque qualquer pequena falha se pode traduzir numa “nega”.
Atirem para o 4 ou 14 e até podem ter maior margem de erro.
Fevereiro 18, 2010 at 7:03 pm
Paulo liberta-me…
Fevereiro 18, 2010 at 7:04 pm
Concordo que o elogio constante não é a melhor forma de incentivar o aluno. Quando erra, deve reflectir para poder melhorar. Nunca essa atitude levará a um desânimo prolongado. A vida é feita de sucessos e fracassos. Todos aprendemos com os nossos próprios erros e disso deveremos ter consciência; essa mensagem deveremos passar a quem nos rodeia, especialmente aos que educamos. Corrigir o erro, após a sua admissão, é saudável. Da mesma forma, elogiar algo que se destaca do que é comum, alguém que se esforça, apesar das limitações, é muito bom e pode fazer despertar capacidades escondidas. Tentar melhorar cada dia é um caminho que se deve percorrer e, para isso, os estímulos podem ser diversos. Para uns, muito simples, para outros, mais elaborados.
É bom que se discuta assuntos destes…
Fevereiro 18, 2010 at 7:05 pm
Esse Piaget deve ser O Albino ou algo semelhante… todavia se fores a ver nunca nos teriam mobilizado se não fosse a humilhação que as bvestas anteriores nos fizeram…isso é verdade…até custa a engolir mas é…
Fevereiro 18, 2010 at 7:10 pm
#19
Paulo, o meu comentário foi para o 1.º comentário. Não concordo com o insulto nem com a humilhação.
Estou a ler o 1.º capítulo e revejo-me nalgumas posições.
Tenho por hábito acompanhar um elogio com uma frase do género: «mas estou à espera de melhor».
Fevereiro 18, 2010 at 7:10 pm
#22 eh eh
isso é tema para outro post: o que promove a apromximação intragrupal.
Fevereiro 18, 2010 at 7:12 pm
Curioso como alguns tendem a desvalorizar a prestação e os resultados em função do mero discurso de circunstância.
Como se as relações humanas se estabelecessem na base das boas intenções e funcionassem na espuma das apreciações subjectivas.
É evidente que a dissonância entre a competência, o carácter e a ambição distorcida pelo elogio cego inconsciente ou interesseiro, pode originar seres humanos manipuladores e cruéis.
Admitir que quando se elogia uma criança sem motivo, esta se vai desenvolver de forma mais harmoniosa, é uma forma de pensamento mágico, sem qualquer fundamento,
É no fundo uma infantilidade transformada em teoria pelas pseudo-ciências de manipulação dos seres humanos.
Quando se fala no efeito “Pigmalião”, a verdade é que o efeito só tem validade na medida em que o “avaliador” segue um determinado rumo de acção.
Ou seja, o investimento realizado em função da avaliação é que determina o efeito, e nunca o simples elogio ou repreensão.
Portanto, é sempre ao nível da avaliação que se desenha o condicionamento do resultado pedagógico.
Acreditar que o elogio e o pensamento positivo são instrumentos pedagógicos é o mesmo que acreditar na influência dos astros nos resultados académicos.
Fevereiro 18, 2010 at 7:12 pm
Buli, já liberto, mas não desates a descarregar links atrás de links.
Fevereiro 18, 2010 at 7:13 pm
Ok..prometo…
Fevereiro 18, 2010 at 7:14 pm
Vou jantar..mas torno a deixar este post..diz tudo sobre o tema actual: o controle dos mass media…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/13/a-propaganda-sempre-foi-um-instrumento-do-poder-objectivo-tornar-verdades-mentiras-abjectas/
Fevereiro 18, 2010 at 7:15 pm
# 25
Então não leu O Segredo?
Eu estou há meses a visualizar a saída de Sócrates. Nas minha meditações tento projectá-lo de costas!
Fevereiro 18, 2010 at 7:16 pm
… está difícil… começo a duvidar!
Fevereiro 18, 2010 at 7:16 pm
#25
Bingo! Os nossos avós não o diriam tão bem; mas já o sabiam.
Fevereiro 18, 2010 at 7:23 pm
#13 – Excelente! Óptimo para usar nas aulas!
Fevereiro 18, 2010 at 7:25 pm
Paulo Guinote disse:
“Aviso desde já que algumas conclusões são claramente contrárias a muito do que se lê e ouve pela comunicação social e ainda se ensina na formação inicial ou contínua de professores, e que só à custa de muita prática muitos de nós conseguem ter o discernimento e coragem para contrariar, conseguindo fundamentar essa opção.”
Não partilho desta análise. A mim nunca me ensinaram que deveria reforçar os meus alunos e dizer-lhes a toda a hora que eles eram o máximo. Nem na formação inicial nem na contínua. Como acertadamente sugere o fjsantos penso que a epidemia da auto-estima é uma particularidade muito americana. O que constato em muitas circunstâncias é a interiorização de um discurso marcadamente negativo por parte de alguns alunos que resulta, pelo menos em parte, de uma série sucessiva de fracassos. Alguns alunos escondem este medo do fracasso num discurso de rejeição da escola. Afinal por que razão devem eles esforçar-se em tarefas nas quais sistematicamente experimentam o fracasso?
Concordo inteiramente com a opinião da reb quando ela escreve:” Nesses casos, tenho reparado que o elogio consegue, por vezes, milagres. Experimentar dizer a uma criança que naturalmente escreve muito mal, que está a melhorar e os seus textos são muito melhores, dá-lhe estímulo. Não há dúvida!”
O que do texto encontro de mais próximo da minha experiência são aqueles alunos, normalmente de meios favorecidos, que são criados numa atmosfera muito competitiva por parte dos pais. Estes investem muito nos seus filhos e exigem deles resultados escolares muito elevados. Sem pretender generalizar diria que são, por regra, miúdos muito ansiosos, que por vezes a escondem numa capa de arrogância, e que, perante um fracasso (que pode bem passar pela obtenção de resultados escolares elevados mas não excelentes) se “esfrangalham” todos.
Fevereiro 18, 2010 at 7:34 pm
#33 Excelente reflexão.
Fevereiro 18, 2010 at 7:36 pm
A fronteira entre o reconhecimento do mérito e a farsa bajuladora é muito ténue. (… e nem sempre o educando demora mais do que o educador a descobri-lo).
Fevereiro 18, 2010 at 7:42 pm
# 11
Olá Olinda!
Tenho andado entretido com uns postezitos lá no meu blogue. Agora decidi fazer um programa para, vejam lá, calcular a data da Páscoa. Claro que a parte matemática já está há muito arrumada. O’Beirne fez um algoritmo, em finais do séc. IXX, salvo erro, em que fazendo 10 divisões de inteiros, anotando os respectivos restos e quocientes, por sua vez a serem usados, somando, multiplicando ou subtraíndo números, nas divisões dos passos seguintes, todas à maneira da antiga 2.ª ou 3.ª classes, em dez divisões arruma-se com o problema. Tomei conhecimento há talvez dois anos da sua existência e até fiz um pequenito programa na calculadora de mão, não se desse o caso de ser interpelado na rua, e não saber responder quando era a sexta-feira santa do próximo ano, e agora meti-me a fazer um programa igualmente simples, mas, alto lá, numa linguagem de alto nível, o Python, conhecidíssimo da comédia da BBC Monty Python’s Circus Show. Só que eu, ignorante como sou, tive de ir à pressa sacar essa linguagem ao sítio oficial, que recomendo, e, lá me decidi a instalá-lo e fazer o dito. Por sinal um brasileiro já mo copiou, isto é, eu é que copiei o algoritmo a um inglês e, com ele, fiz o tal programa, e o brasileiro fez um programa novo numa linguagem ainda mais conhecida, a C, mas, cá par nós, mais chata: basta ir lá espreitar o meu programa em Pyton, ir ao link que o brasileiro, a caminho de se tornar um engenheiro electricista, segundo li, lá deixou e comparar; mas o brasileiro fez melhor do que eu: transcreveu o meu texto de cada passo, o que eu não fiz, porque tendo publicado agora o programa logo a seguir ao algoritmo, achei desnecessário, e como usei letras gregas no algoritmo, mas não no programa, porque as substituí por latinas equivalentes, felizmente que o abecedário foi suficiente, o brasileiro transliterou as gregas todas. E pôs lá a fonte usada: o meu postezito.
Mas, no que perdi mais tempo, foi com o EDP, não confundir com a EDP, tanto que quase nada sabendo do que falam, já consegui fazer um programa em Python para gerar os números primos, depois de passar dois dias seguidos até perceber um que, entre outras coisas importantes, até dava esses tais primos; fiz as devidas modificações e já está. Um dia destes, enganei-me, e queria escrever 1000 e escrevi dez mil, mas mesmo assim, em 30 seguntos já os tinha todos. Só ainda não tentei o milhão ou mais.
Fevereiro 18, 2010 at 7:46 pm
Continuo a achar muito estranho, e ao mesmo tempo esclarecedor, que muitos leitores/comentadores não consigam identificar um discurso irónico, mesmo que mal construído.
Sinal dos tempos e da nossa cultura.
Fevereiro 18, 2010 at 7:46 pm
# 33
Ideias à mistura com eduquês.
Basicamente, o aluno que se esfarrapa deve merecer todos os elogios, ainda que com âncoras que o prendam à terra, pois não basta o aluno estimulado para o sucesso ser alcançado.
Este é um campo em que uma série de ditas ciências vieram minar: uma coisa é proteger, defender crianças desfavorecidas, ou em perigo, ou sem família, etc.; outra é o que se passa actualmente: os erros têm sempre uma causa que os explica e, sobretudo, justifica. E neste campo a esquerda política é, ideologicamente, «criminosa».
Fevereiro 18, 2010 at 7:47 pm
# 37 Eu percebi! Será que percebeu o meu?
Fevereiro 18, 2010 at 7:49 pm
“Murder at German School
Teacher Killed in Revenge for Bad Grades
A school in the German town of Ludwigshafen was evacuated on Thursday morning after a 23-year-old attacked and killed a teacher there. The assailant told police that he was “full of rage” for poor grades the teacher had given him.
At first, it looked as though a German school had once again been the scene of a bloody shooting. But when police descended on a technical school in the German city of Ludwigshafen, they found the aftermath of what appears to have been an act of misguided revenge.”
http://www.spiegel.de/international/germany/0,1518,678767,00.html
Fevereiro 18, 2010 at 7:51 pm
kafkazul não reflecte, apenas flecte, e na forma viscosa que escorre do poder e do Estado.
Fevereiro 18, 2010 at 7:55 pm
Só quem tem navegado na onda do facilitismo poderá ficar surpreendido com a matéria em discussão. Sou prof do 1º ciclo e na primeira reunião de pais, logo no primeiro dia de aulas da minha nova turma de 1º ano(há já alguns anos que faço sempre ciclos completos de 4 anos)digo aos pais que eu serei a primeira pessoa a dizer-lhes “mal” dos seus meninos.Primeiro, passaram oelos pediatras que lhes disseram sempre que tinham uns lindos meninos, sempre dentro dos percentis normais, depois passam pelo Jardim, onde as educadoras se derretem com as suas diabruras e serei eu a primeira a dizer: Tenham calma, há aqui dificuldades de concentração, pouco empenhamento, dificuldades de raciocínio, enfim, o normal que aconteça em turmas de 25 miúdos. Depois acrescento que durante o primeiro ano, poucos gostarão de mim. é preciso uma grande pedalada para aprender a ler e alguns passariam os primeiros meses a dormir com a cabeça em cima das mãozitas! Mas também acrescento que, mais tarde, somos óptimos companheiros e cúmplices para toda a vida! E podem ter a certeza, qualquer miúdo do 1º ciclo tem uma noção muito adequada de justiça: distinguem bem quando têm um bom desempenho de quando o não conseguem e reconhecem a justeza do elogio ou da reprimenda, mas nunca da humilhação(#1)
Fevereiro 18, 2010 at 7:59 pm
A diferença é superior ao que há de igual no ser humano, daí que as generalizações sejam perigosas. O que resulta com uns é contra producente com outros. O não perceber isto, pode comprometer num relacionamento pedagógico adequado. Os teóricos apenas estudam em abstracto as relações humanas e procuram impor um padrão como o melhor.
Fevereiro 18, 2010 at 8:19 pm
A motivação funcionará de maneira diferente para alunos de diferentes personalidades e sensibilidades. O carinho excessivo criará jovens que vivem num mundo diferente do que irão provavelmente enfrentar, ao longo da sua vida profissional. É necessário criar resistência física, mental, emocional, mas nem todos são iguais e há limites para tudo. Enquanto uns são fortes fisicamente outros destacam-se pelas suas capacidades intelectuais e outros pelas de liderança, outros pelas artísticas. Por isso não deve resultar muito bem lidar com um franzino como com um musculoso, com um com uma boa capacidade de resolução de conflitos como com outro inábil, nesse aspecto. Um pode ser aventureiro, outro medroso ou cuidadoso, um generalista, outro especialista, um gostar de escrever, outro de falar, um de executar, outro de planear, um intuitivo, outro reflexivo, … .
O estímulo para uns pode ser de natureza intelectual, para outros, afectiva.
Mas julgo que não será muito bom elogiar um aluno que é reconhecidamente fraco num ponto e ele até o sabe, assim como não reconhecer o mérito especial que alguém tenha numa qualquer actividade.
Fevereiro 18, 2010 at 8:22 pm
Em vez de
O estímulo para uns pode ser de natureza intelectual, para outros, afectiva.
deverá ser
O estímulo para uns pode ser de natureza intelectual, para outros, afectiva, embora todos necessitem dos dois.
Fevereiro 18, 2010 at 8:38 pm
Nada como deixar as teorias de parte e tentar perceber quem se tem pela frente, seja adulto ou criança. Quem tem mais do que um filho sabe perfeitamente que ninguém é igual, que cada um reage de maneira diferente perante os problemas… uns precisam de que se elogie as coisas bem feitas porque isso lhes dá forças para fazer melhor, outros precisam que se chame a atenção para o erro porque é a partir dele que melhoram, outros contentam-se com o mínimo, para outros o máximo é pouco.
Para mim, é sempre perante a pessoa que sei como agir e não quero saber de teorias disto ou daquilo.
O mais importante é fazer compreender a criança e/ou o adulto que é responsável pelos seus actos, que estes têm copnsequências e que é por tentativa e erro que se vai aprendendo, que todos erramos e que podemos sempre tentar melhorar. E é em funçãso dessa responsabilidade que se conquista a liberdade de acção.
Demasiada protecção (e o dar liberdade, não quer dizer que “não se esteja lá) é que é prejudicial. Tira todas as defesas, não deixa “crescer”, não deixa assumir… desresponsabiliza por completo. E é desta desresponsabilização com todos os problemas inerentes (porque há sempre quem trayte, quem assuma as culpas, quem seja responsável por) que nos confrontamos nos dias de hoje. E é desta desresponsbilização total que surgem os problemas da tal baixa auto-estima, da falta de educação, da façlta de empenho, da falta de humildade, da falta de reconhecimento do outro, da falta de tudo o que achamos falta nas escolas e não só.
A sociedade construiu com todas estas torias que foram sendo impingidas, em especial pelos psicólogos, mas muito por uma assumpção por parte dos pais de que os filhos teriam que ter direito a tudo o que eles não tiveram, um conjunto de reizinhos convencidos que têm direito a ter trono e a ser altezas em qualquer sítio que estejam, independentemente de haver outros “viventes” à sua volta.
Fevereiro 18, 2010 at 8:40 pm
Volto a colocar o link deste artigo
Pode pôr o meu filho perfeito, que eu não tenho tempo?
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=22143
Fevereiro 18, 2010 at 8:54 pm
É nestas coisas que o Paulo é realmente bom.
Obrigada pelo link. 🙂
Fevereiro 18, 2010 at 9:02 pm
# 33
“O que do texto encontro de mais próximo da minha experiência são aqueles alunos, normalmente de meios favorecidos, que são criados numa atmosfera muito competitiva por parte dos pais. Estes investem muito nos seus filhos e exigem deles resultados escolares muito elevados. Sem pretender generalizar diria que são, por regra, miúdos muito ansiosos…”
Não estou a colocar em causa o que escreveu sobre o efeito do elogio, mas sim a afirmação acima. Uma das pechas das expectativas escolares de alguns pais portugueses, e sobretudo dos mais desfavorecidos económica e socialmente, vai exactamente no sentido oposto: não incitam os filhos para o que chama “atmosfera muito competitiva” e muito menos que invistam muito nos filhos….etc, etc. Ou então, estaremós em zonas geográficas muito diferentes onde o conceito de ” desfavorecido social e económico” se baseia em pib per capita bem diferentes. Basta comparar o valor da zona de Lisboa com o do Norte e esse conceito fica subvertido.
Os miúdos ansiosos provêm muito mais de famílias de estratos sociais médios, onde os pais que, até tendo alguma escolaridade, tentam projectar se nos filhos submetendo os a fortes pressões e expectativas escolares.
Concordo contigo, reb, completamente.
Fevereiro 18, 2010 at 9:08 pm
#33!!!!!
Peço desculpa! Bastou uma palavrinha para alterar tudo! Excesso de trabalho queima os neurónios a qualquer um!
“”””normalmente de meios favorecidos””””””
Tinha lido ” meios DESfavorecidos”…e realmente estranhei.
Uma vez mais, peço desculpa!
( E esta coisa após publicada não aceita “delete”… 😆 )
Fevereiro 18, 2010 at 9:14 pm
“Baixar os ordenados dos políticos é demagógico” MFLeite
E congelar os ordenados dos profs? Anos consecutivos…
Fevereiro 18, 2010 at 9:16 pm
#33,
Em boa verdade não tive formação inicial (fiz História pura e dura).
MAs na profissionalização ia apanhando com uma versão light deste discurso “elogioso”.
Muito do que afirmo resulta do que observei quando da chegada às escolas de muitos recém-formados pelas ESE, mas também de alguns, mais antigos, convertidos a escassas leituras da “moda” (em devido tempo).
Fevereiro 18, 2010 at 9:22 pm
“TAP oferece aumentos de 1,8%
Os sete mil trabalhadores da TAP vão ser aumentados este ano em 1,8%, soube o Negócios. A administração da transportadora justifica esta actualização salarial como uma forma de “recompensar a abnegação” demonstrada para enfrentar “os obstáculos do último ano”.
???????
Ó p´ra mim com imensa pena deles…
Não foi a TAP que deu milhões de prejuizo em 2009????? Não foi o Estado que tapou esse buraco????
O que é isto??? (diria a Ana Henriques e com razão…..)
Fevereiro 18, 2010 at 9:25 pm
Abnegação??? Estará a referir-se às cinquenta e quatro greves durante o ano com milhões de Euros de prejuizo para a TAP?
Não nos gozem.
Fevereiro 18, 2010 at 9:29 pm
# 52
Eu, pelo contrário, fiz uma licenciatura em ensino e apanhei um orientador de estágio que nos disse no primeiro dia: «quero lá saber que dêem as aulas sentadas e viradas para a parede. Não me digam é “tu fizestes!”»
Nem oito nem oitenta. Os pedagogos são uma mais valia para a nossa prática, se vistos de uma forma crítica e contextualizada.
Eu cá não gosto de extremismos nem dos “cientistas”, “linguistas” e outros “istas”, nem dos eduqueses de secretária.
Fevereiro 18, 2010 at 11:35 pm
#1
escrito por um “Piaget” não admira… provavelmente ele concordaria com o método:
“as crianças “saltam à corda” na aula de ginástica sem uma corda – para evitar o embaraço de tropeçarem. (pp. 21, 26-27)”
… quando na verdade tirar-lhes a corda é a melhor maneira de garantir vão tropeçar a vida toda.
É precisamente a corda que ensina a não tropeçar !! Não em digam que nas escolas de educação ainda estamos na fase Piaget… HELP!!!
Fevereiro 18, 2010 at 11:39 pm
Os garotos podem não ter ainda atingido a maturidade, mas distinguem perfeitamente um elogio gratuito significando “não me aborreças” de um reconhecimento ao vencerem um desafio pela primeira vez.
Fevereiro 18, 2010 at 11:40 pm
Gosto sempre de ler estas coisas.
Nas estantes os livros sobre estes assuntos amontoam-se.
São geralmente fininhos, lêem-se depressa e basicamente chegam sempre à mesma conclusão: apelam à experiência e ao bom senso.
Fevereiro 18, 2010 at 11:58 pm
MEU FILHO, MEU TESOURO – DR. BENJAMIN SPOCK
Este livro foi-me oferecido há 20 anos.(Penso ser este, pois já li ouros do mesmo autor).
Está algures aqui por casa.Não é fininho. É mais para o grande.
Durante 3 meses de noites e dias não dormidos li-o vezes sem conta. Está todo sublinhado a azul, duplamente sublinhado.
Fazia tudo o que o Dr. Spock dizia.
Deu-me alguma confiança e apoio, admito.
O Capítulo- Porque chora o seu bébé?- é o mais sublinhado e o que mostra a minha desorientação.
São as fraldas, é a fome, é a osmose com a ansiedade dos pais, são os dentes, é o modo como está deitado, coloque-o de barriga para baixo, amamente-o serenamente, pode ser o seu leite, ahhhhh, podem ser cólicas.
O Dr. Spock ajudou-me, confesso.
O único problema eram as cólicas.
No dia seguinte à primeira refeição sólida, a criança parou de chorar.E nunca mais bebeu leite.
Tudo isto para dizer o quê?
Ah! Com o segundo bébé não houve problemas.
Tivesse tido os mesmos sistomas e já saberia o que fazer!
Experiência.
Fevereiro 19, 2010 at 12:00 am
Pois..o Spock não era aquele que batia nas suas suas crianças e as maltratava.?..Olha para o que eu digo e não para o que eu faço…
Fevereiro 19, 2010 at 12:20 am
Como os nossos erros estão a afectar os nossos filhos!
Não sei como começar. Talvez dizendo, como já referi, que gosto de ler sobre estas temáticas.
Continuando, diria que que os leio sempre com uma atitude de distanciamento.
A minha geração foi massacrada com sentimentos de culpa em relação à educação e ao crescimento dos filhos:
– muitas actividades físicas e lúdicas, muita comida boa, saudável e caseira, muita limpeza….olha, a chucha caiu, tem de ser fervida, pesa bem os legumes e o borrego, não gostam de bróculos ,ervilhas, espinafres, favas nem de grelos? minha senhora, sal e doces, nem pensar! vá ao oftalmologista, ao otorrino, cama cedo, t-shirts na praia, nem pensar em praia às 11 horas, refeições a horas certas, rigidez nos castigos, casa arrumada, para a cama e não vê os cartoons na TV, leia todos os dias um livro com o seu filho, conte-lhe histórias……
Fiz o melhor que pude. Graças à minha cunhada, já mais experiente, que me ia dando conselhos sábios, sobrevivi.
Sem qualquer sentimento de culpa.
Há 2 coisas que aprendi serem das mais fundamentais, quer em casa, quer na escola, com os alunos:
– não comparar
– não interferir nas suas amizades
– dar reforço positivo quando é caso disso.
Fevereiro 19, 2010 at 12:54 am
Conselho de turma- 11º ano!!!!
Continua a distracção, o falatório, a falta de trabalho e de organização.
Aula seguinte à reunião:
– o que entendem por aulas mais atractivas?
– o ano passado, na disciplina de X, fazíamos jogos com novelos de lã e coisas giras!
-Então, têm tido tantas visitas de estudo, tantas TIC, filmes, debates, powerpoints….até vão para o estrangeiro na última semana de aulas deste período!
-silêncio
– Quantas tardes livres têm?
– 3. Silêncio
– Participam nas aulas?
– não participamos porque não gostamos da matéria. Alguns professores não estimulam…..
(De repente, sai, talvez, a única verdade no meio da conversa:)
-Já sabemos que somos a pior turma! Todos nos COMPARAM com os outros alunos e as outras turmas!
– Tens razão e compreendo. Vamos tentar não fazer isso. Mas lembrem-se disto: Vocês são estudantes profissionais!
– silêncio absoluto!
– estudantes profissionais……gostamos dessa.
E a campainha tocou, ao contrário do que acontece na Finlândia.
(os meus agradecimentos a um amigo que um dia, falando com um dos meus filhos, lhe disse: Agora és um estudante PROFISSIONAL!
Funcionou durante uns bons tempos….)
Fevereiro 19, 2010 at 1:26 am
Coitados! Como seria de prever, a culpa é das matérias, que são chatas (e que comichão que provocam!), e dos professores, que não estimulam.
No futuro, um emprego rotineiro será estimulante…
Fevereiro 19, 2010 at 1:31 am
#63
O problema é que sou pessimista nesse aspecto: no futuro não haverá empregos rotineiros. Só haverá desemprego ou trabalhos-(quase)-forçados, excepto para uma minoria muito minoritária.
Sinceramente desejo estar errado!
Fevereiro 19, 2010 at 1:36 am
Um último comentário:
Fevereiro 19, 2010 at 4:21 pm
Boa! Gostei dos estudantes profissionais.
Américo, eu depois vou ver isso.
Fevereiro 19, 2010 at 10:58 pm
“Há maior diferença entre dois homens do que entre dois animais de espécies diferentes”, ou seja, há maior diferença entre dois homens do que entre um cão e uma galinha!Apesar de existirem qualidades comuns,é importante estarmos conscientes das diferenças entre alunos a fim de se evitarem dissonâncias generalizáveis.Aprendi na profissão que, trabalhar com alunos, implica fundamentalmente,reconhecer as suas diferenças individuais.Se pretendemos utilizar o bom-senso é necessário usarmos o bom-senso que aprendemos com a própria experiência.Julgo no entanto,que a escola da Modernidade, mais do que atribuir um sentido à vida,exige-se-lhe a submissão às necessidades económicas da sociedade: e, nesta perspectiva,a reflexão pedagógica adquire uma nova vitalidade.
Maio 31, 2010 at 7:03 pm
[…] neste blogue, sem qualquer contrapartida financeira, dois livros publicados pelo Grupo Leya, Choque na Educação e Sem ti, Inês, com link para o primeiro capítulo de cada um deles com o objectivo de lançar a […]
Agosto 29, 2010 at 3:05 pm
Viva. Gostaria de aconselhar este senhor: Jacque Fresco. Em termos educacionais, tem ideias extraordinárias. É um senhor com 93 anos, ainda vivo, que conheceu e discutiu com Einstein. Grand abrc p tds.
Maio 25, 2014 at 10:53 pm
An impressive share! I’ve just forwarded this onto a co-worker who had
been doing a little homework on this. And he
actually ordered me lunch because I stumbled upon it for
him… lol. So let me reword this…. Thank YOU for the meal!!
But yeah, thanx for spending the time to discuss this issue here
on your internet site.