Where Power Lies: Prime Ministers v The Media by Lance PriceA Downing Street insider argues that PMs who court the media too assiduously usually come a cropper, says Andrew Rawnsley
Comments (0)
Buzz up!
Digg it
Andrew Rawnsley The Observer, Sunday 7 February 2010 Article history
Eu aconselhava o sr. procurador a ler o seguinte o livro:
“A Crisis of Governance: Zimbabwe ”
Espero que ele perceba a indirecta…
PGR deu um nó jurídico no caso
Hoje
polémica Ao arquivar o processo das escutas que envolviam o primeiro-ministro, Pinto Monteiro, procurador-geral da República (PGR), deu um nó jurídico ao caso, que impossibilita qualquer pessoa de conhecer os motivos do arquivamento. Caso único na justiça, segundo alguns magistrados contactados pelo DN, que revelou um poder absoluto por parte do PGR: “Qualquer decisão de um procurador é fiscalizada pelo seu superior hierárquico, assim como qualquer decisão de um juiz pode ser alvo de recurso. Neste caso, nada disto aconteceu. Quem fiscaliza o PGR?”, comentou ao DN um membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).
Recue-se ao momento em que Pinto Monteiro recebeu a certidão do Ministério Público de Aveiro, que imputava ao primeiro-ministro um crime de atentado contra o Estado de direito. Ao contrário do que aconteceu com outra certidão do processo “Face Oculta”, o PGR não enviou o documento para o Supremo para a abertura de um inquérito. Preferiu tomar uma decisão. Mas, como referiu a mesma fonte do CSMP, “o PGR não abriu um inquérito. Isto teve um resultado: decidiu o que quis, evitando que a sua decisão fosse submetida a um escrutínio, seja pelo assistente ou por um juiz do Supremo”. O assistente poderia concordar com o arquivamento ou avançar para uma segunda fase, a instrução.
O PSD já insistiu junto de Pinto Monteiro para que dê a conhecer os seus despachos de arquivamento. O PGR negou o acesso, com uma hermética resposta. O PSD insiste, alegando que não percebeu o motivo da recusa. http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1488650
Não? Mas este sr. não sabe que Portugal é o Zimbabwe Europeu…:
PGR e STJ não tomaram a melhor decisão, diz constitucionalista
Ontem às 19:02
Na opinião do constitucionalista, as intervenções do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Procurador-Geral da República fazem com que o assunto fique «obscuro» e «oculto», defendendo, por isso, que os despachos dois dois sejam clarificados.
Neste sentido, Guilherme da Fonseca considera que Noronha Nascimento e Pinto Monteiro «não tomaram a melhor decisão» neste caso.
Na opinião do constitucionalista, tudo o que revela o semanário Sol desta sexta-feira não viola o segredo de Justiça.
O jornal transcreve extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso “Face Oculta” em que este considera haver «indícios muito fortes da existência de um plano», envolvendo o primeiro ministro para controlar a estação de televisão TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz. http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1488467
Está tudo podre.
É a total descredibilização.
Metafisicamente falando : “Desvalorização dos valores supremos” (Nietzsche).
Outra leitura: Não estamos à altura da nobreza da ideia, neste caso, de justiça.
Olha voltei…ia dizendo..já tinha postado este do Quino vai para uns meses…na altura embora actual não era tão evidente..hoje não é actual é a realidade…Obrigado Paulo..só por isso toma lá …
A Crisis of Governance: Zimbabwe
Publisher: Algora Publishing | ISBN: 0875862845 | edition 2004
Chikuhwa chronicles Zimbabwe’s bleak history since the nation (then Rhodesia) achieved independence from Great Britain in 1980. Born and raised in Zimbabwe, Chikuhwa devotes the first part of his analysis to his nation’s vexed constitutional history. After outlining constitutions set up under British rule and then under a white minority government, the author focuses in detail on the 1979 “Lancaster House Constitution” of the Republic of Zimbabwe and how the new government, dominated by the Zimbabwe African National Union Patriotic Front, or ZANU (PF), and headed by President Robert Mugabe, enacted radical constitutional amendments that gave Mugabe far-reaching presidential powers. Chikuhwa shows how Mugabe’sgovernment quickly adopted a Marxist-Leninist style of authoritarianism, and documents widespread corruption, government intolerance of criticism, coercive tactics regarding voting, and the irresponsible manipulation of land redistribution. As many have done, he accuses Mugabe’sgovernment of nepotism, corruption and “blatant disregard for accepted ethical commercial practice.” The second part of Chikuhwa’s study focuses on how corruption and a lack of transparency and accountability inZimbabwe’s governance have intensified social problems, crime and poverty, and have alienated the IMF and World Bank as well as potential foreign investors. Chikuhwa analyzes this “quagmire” industry by industry, making recommendations for economic improvements. Chikuhwa’s study, rich in statistical data and heartfelt commentary, will serve as a useful introduction toZimbabwe’s society, economics and recent history.
Um pensamento de Sōkrátēs – Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
Um pensamento de Sócrates – Quatro características deve ter um juiz: não ouvir escutas, responder obedientemente, ponderar nos riscos que corre e decidir se quer continuar a ter emprego.
Sōkrátēs provocou uma ruptura sem precendentes na Filosofia grega.
Não exageres Livresco ..no Zimbábue só vivem de facto 2 a 3 por cento da população os outros nem sobrevivem são zombies…o xuxa pode ser muita coisa mas ainda tem de comer muitos rabanete para chegar aos calcanhares do ditador Zimbabweano…
#26
Percebe-se bem porque razão o sócas tratou de pôr nas mãos da criançada o computer: fazer delas autênticos autómatos.
Porém, resta saber se foi da sua vontade (como na BD se quer fazer crer através da figura do gordocho)ou se ele está simplesmente a corresponder ao principium reddendae rationis sufficientis.
Segunda-feira, Fevereiro 01, 2010
O ataque do PS e do “sistema” ao Juiz de Instrução Criminal Dr. Carlos Alexandre
O Dr. Carlos Alexandre, juiz de instrução criminal do Tribunal Central de Instução Criminal – o que tem a seu cargo os processos BPN, “Operação Furacão” Universidade Independente – é um magistrado independente e que não pactua com as manigâncias do Poder Político instalado. Não se vende ao Poder.
O Dr. Carlos Alexandre é um grande obstáculo aos poderes instituídos e que nada fará a não ser o que a lei lhe permite: Julgar com isenção e imparcialidade.
Precisamente as duas qualidades que os magistrados devem ter.
Vai daí está neste momento a sofrer um ataque de forças ligadas ao Poder que gostavam de ter um juiz de instrução de avental – leia-se da Maçonaria – e que fosse permissivo às manobras do Poder Político.
O Governo do PS tem os bancos – todos – amarrados ao processo “Operação Furacão” , e tem o chamado processo “BPN” e o da Universidade Independente que lhe causa muitos arrepios.
Há forças muito preocupadas com a isenção e imparcilidade do Dr. Carlos Alexandre, porque estão habituados a manobrar a Justiça a seu belo prazer e com este magistrado não conseguem.
Assim, tem-se assistido a manobras de bastidores tendentes a safar a gente arguida nos referidos processos, através de uma manobra clássica: Uma vez que não podem afastar o Dr. Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal querem manobrar da seguinte forma: Criam mais um lugar de Juiz do Tribunal de Instrução Criminal e distribuem os processos, de forma a conseguirem o que querem: o arquivamento dos processos, via despacho de não pronúncia.
Desde logo eu gostaria que o Conselho Superior da Magistratura tivesse muita atenção a esta manobra do Poder.
Depois , que o Conselho Superior da Magistratura tudo faça para impedir este golpe de estado judicial.
Portugal vive momentos muito complicados , pelo que é tempo de os magistrados tirarem a canga que lhe meteram através das lojas Maçónicas, e dar honorabilidade aos magistrados, assente no respeito, apoio e consideração dos portugueses aos magistrados.
Só uma magistratura livre e independente contribui para alterar esta estado de coisas.
Os magistrados têm um papel muito importante a jogarem: O de fazerem justiça imparcial, seja quem for o arguido ou a parte.
A criação de mais um lugar de juiz para o tribunal Central de Instrução Criminal não passa de uma manobra, um golpe do Poder e dos arguidos para tentarem encontrar um juiz maçóm, com um avental enorme e que faça o que eles querem: A impunidade total.
Em apoio dos magistrados por um Portugal novo e diferente!
É importante que o Povo se mobilize e os blogues façam o seu papel: lutar pela Democracia, pela Justiça, pela Liberdade.
Quem leu o jornal “Expresso” este fim de semana sabe do que falo.
Abaixo os vígaros!
Por uma magistratura independente e isenta.
“…Uma vez que não podem afastar o Dr. Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal querem manobrar da seguinte forma: Criam mais um lugar de Juiz do Tribunal de Instrução Criminal e distribuem os processos, de forma a conseguirem o que querem: o arquivamento dos processos, via despacho de não pronúncia.”
nós , professores, conhecemos estes esquemas manhosos …só que poucos nos dão ouvidos .
depois deste descrédito total do Estado de Direito, como é que “ficam” presidente do Supremo T. J., Procurador-Geral da R. …?
se o problema fosse só o 1º… o problema são os cúmplices do Sistema, os que o alimentam, os que não honrraram os seus cargos… esta gente tem que ser varrida…
quem os varre?
eles devem favores uns aos outros?
onde estão os Incorruptíveis?
este país está a saque há mt tempo. Estamos a ver o mesmo filme, só mudam os protagonistas, tornaram-se “afoitos”, e são “burros”… tal é a arrogância dos “intocáveis”.
diamantes e sucata; sexo e dinheiro; estradas e submarinos… tudo é negócio de onde se extrai mt prazer.
Eis o que andam a fazer em desespero de causa os MATS , Darquense, Campos e outras ou outros que por aqui andaram e andam…desde já aviso que os actores são muitíssimo melhores que os cromos em questão..mas foi o que foi possível arranjar..a família Adams não estava disponível..
#42
Quanto ao Manuel Alegre já não tenho assim tanto deferimento.
Tenho muita pena de dizer, mas muitas considerações aqui feitas movem-se no âmbito do antropológico, cada uma quer ser mais marcante que a outra, quanto à dimensão do escândalo que é a vida política actualmente. Assim, julgando estar a cultivar o espírito crítico (mais um equívoco Aufklärung), não fazem mais do que apontar na direcção errada. Dá a sensação que andamos numa caçada à bruxas.
Primeiro princípio: deixem-nas estar, não lhes dêem tanto protagonismo. Mostrem ser diferentes desses Homens (no sentido ontológico)que não fazem mais do que corresponder ao pricipium rationis reddendae sufficientis e, ainda por cima, sem o saber. Exerçam-se no âmbito da desprotecção, ao contrário desses homens que vivem maniatados pelo domínio incondicional.
Na qualidade de professores, apontem para aquilo mesmo que importa, mesmo que a vossa tarefa seja em vão, que sejam vilipendiados, ostracizados.
A não ser que … este blogue tenha como finalidade fazer uma terapia de todos o azedumes que residem lá bem no fundo, para não dizer de toda a inveja ou admiração dissimulada por essas criaturas.
Paulo olha o que alguns XUXAS JÁ ANDAM A ESCREVER..IN MAR SALGADO..
CABEÇA FRIA:
A manipulação das chefias e redacções dos media não deve ser confundida com o problema da liberdade de expressão. A manipulação parece ter existido, sobretudo feita por arrivistas ( mais ou menos jovens) desejosos de mostrar serviço. A entourage de Sócrates não fez mais do que fizeram Miterrand, Berlusconi, ou Cavaco, no seu tempo ( lembro-me muito bem como era a RTP, A Capital e o DN ( este é uma vocação).
Essa manipulação acaba por provocar baixas? Claro, se não não era manipulação. Acontece que a liberdade de expressão é um assunto infintamente mais sério e excêntrico às possibilidades manipulativas da actual órbita governamental. Quem se se interessa pelo assunto, e o estuda, sabe que é um disparate falar de ausência de isegoria em Portugal. E é um desrespeito miserável pela memória daqueles que, de facto, a sofreram no passado.
A liberdade de expressão não se esgota no ego de um jornalista ou na caneta de um comentador. Envolve um vastíssimo sub-conjunto de liberdades e, por isso, sempre que foi cerceada, implicou um aparelho político global. Orgãos inteiros, partidos, sindicatos, universidades, todos foram silenciados em experiências do passado ( para falar só do passado).
É conveniente manter a cabeça arrefecida.
Atenção q o MST volta no dia 22 de Fevereio, na SIC com Sinais de Fogo. Pena darem-lhe, para o programa, o título de um livro tão extraordinário…
Sinceramente q considero o MST u homem inteligente, interessante mas a mania de embirrar com os profs…
#52
Deixem-nos estar no deslumbramento.
A solução que sugere já a história nos deu tantas lições e com elas nada aprendemos.
O caminho está no âmbito da formação. Veja-se:
“Nenhuma transformação chega sem a escolta de um prenúncio. Como, no entanto, uma escolta pode chegar sem que clareie o acontecimento do próprio, sem que a essência humana, num chamado e numa convocação, conheça o brilho dos olhos, isto é, olhe com profundidade e, neste olhar, traga os mortais para o caminho de uma construção pensante, poética?”
A altermativa é a procissão de soluções antropologistas e o resultado está à vista!
Pausa para reflexão.
O Socas em privado deve comentar que alguns profs são uns poetas, líricos, incorruptíveis, anarquistas, filósofos e até engenheiros pasmem… arranjaram-lhe muitos mais problemas que o previsto uma chatice.
pensar… sob que paradigma de representação?- mecanicismo versus arraisonnement verus Ge-stell versus pensamento analítico versus decisões políticas que visam um fim imediato (pessoal entenda-se) do qual se perde de vista o “todo” (porque nunca se teve intenção de o visar/avistar).
* agora se soubesse por etiqueta colocava o “ponto de mutação” extraído do Mindwalk…
“…está a viver naquele momento da sua vida, dizendo também que é atravês dela (audição) que consegue vêr o que lhe rodeia assim também o seu campo de visão. (…)…”o tempo está a passar dando a sençação de modansa de acontecimentos” (Sic)
😯 😯 😯 Uma aluna do 12º ano, Humanidades, cuja turma me caiu no colo vinda d’algures. Pobre Álvaro de Campos, no meio destes destroços. Pobres professores, pobre país! Olha, já agora, pobre aluna que foi enganada…
O fogo que destruiu o automóvel do marido da conhecida apresentadora da RTP Sónia Araújo, na noite de terça-feira, em Vila Nova de Gaia, terá resultado de uma acção de cobranças difíceis. Um aviso em forma de ameaça. Ao que o i apurou, é essa a linha de investigação que está a ser seguida pela Polícia Judiciária do Porto, que se deslocou ao local após o incêndio que atingiu o jaguar de Vítor Martins.
Entretanto, numa esquina não muito longe de si …
O i soube que o empresário da restauração terá várias dívidas, nomeadamente com fornecedores, em montantes avultados. A Polícia Judiciária, que continuava ainda ontem a realizar perícias ao automóvel, tenta agora identificar os autores do fogo posto. O empresário não mora na rua onde incêndio aconteceu, mas era várias vezes visto no local, pelo que a polícia acredita que os seus movimentos terão sido estudados pelos suspeitos.
E não é que foste ..parabéns Cunha..tiveste prémio…aqui vai..o Paulo que me desculpe mas com esta pergunta tenho de dar resposta..é mais forte do que eu..eh..eh..
#68, manda o ler, bem alto, a Ode Triunfal do Álvaro de Campos! Quando chegam a:
“Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
(…)
Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!
(…)
Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!
Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!
Jünger aponta para esse horizonte de viragem.
Über der linie (Heidegger).
As considerações de Jünger em A Mobilização Total são bem esclarecedores das ilusões da Modernidade.
Aquilo a que estamos a assistir é à consumação dessa Modernidade. O processo passa pelo maior aperto, no qual aquilo que mais falta não é tido em conta.
É, também, típico desta época o aparecimento de figuras (p. ex. o sócas)cujo comportamento cumpre os desígnios daquilo que nela se move no oculto (o ser a vigorar no modo da Vontade de Vontade).
Num plano mais visível, temos essas personagens politicoídes que vão passando mel pelos beiços da multidão.
O maior erro é, sublinho, pensar-se que é possível harmonizar humanamente este frenesim.
O problema é, antes de tudo, estarmos a mover-nos no âmbito do frenesi
Nunca mais me esquecerei quando, na Universidade de Aveiro, o meu colega de quarto recitava, alto e em bom som, a Ode Triunfal, sempre que tomava banho!
Momentos fabulosos, em que o pessoal da casa delirava!…
“E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente.”
“Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio.”
“Meu coração é uma avòzinha que anda
Pedindo esmola às portas da Alegria.”
“Não posso estar em parte alguma.
A minha Pátria é onde não estou. ”
“Pertenço a um género de portugueses
Que depois de estar a Índia descoberta
Ficaram sem trabalho.”
“Nasci pra mandarim de condição,
Mas falta-me o sossego, o chá e a esteira.”
“A vida sabe-me a tabaco louro.
Nunca fiz mais do que fumar a vida.
E afinal o que quero é fé, é calma,
E não ter estas sensações confusas.
Deus que acabe com isto!Abra as eclusas
E basta de comédias na minh’alma!”
(No Canal de Suez, a bordo) Álvaro de Campos
(Seleccionei alguns versos do Opiário e que considero fantásticos.)
Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para o amor, para a glória…
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
#83, reb, foi sobre os heterónimos, o texto base foi de Álvaro de Campos e o texto de desenvolvimento foi sobre Ricardo Reis.( a sua aguda mas estóica sensibilidade em relação ao tema da passagem do tempo)
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão – princípe – todos eles princípes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?
Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
#97, o teste do meu sobrinho era só sobre o ortónimo.
Sabes, qdo falo convosco, que estão no secundário, sinto uma grande pena de ter enveredado pelo ensino básico.
Há opções que se fazem numa dada altura…que nem sempre foram as mais acertadas.
Ainda assim, gosto da idade dos meus alunos. Gosto de os fazer desabrochar para a literatura. Tem o seu encanto… 🙂
#90
Cunha
A minha brincalhona recita de cor a “Bela Infanta” do Almeida Garrett, sempre que, por qualquer motivo, a minha conversa não lhe interessa.
A coisa é irritante quando estamos entre amigos e estes, de tanto ouvirem, já sabem o poema quase todo de cor e acompanham-na na ladaínha.
É desesperante!…
(Isto mais parece um chat! 😆
Amanhã toca a articular Os Lusíadas com a Mensagem!Entre a busca de uma Índia a bordo de cascas de nozes e a busca de uma outra Índia a bordo de “naus feitas daquilo que os sonhos são feitos”.
O pior é que continuamos a vogar “tresmalhados” num mar encarpelado e sem V Império ou Sebastiãozinho à vista.
Os problemas escolares
os problemas caseiros
os problemas primários
os problemas primeiros
os problemas de trânsito
os problemas transitórios
os problemas internos
os problemas externos
os problemas à vista
os problemas de vista
os problemas dos outros
os outros sem problemas
os problemas fronteiros
os problemas do lado
os problemas traseiros
os problemas locais
os problemas dos filhos
os problemas dos pais
os problemas de amor
o amor aos problemas
os problemas financeiros
os problemas políticos
os problemas reais
os problemas impingidos
os problemas da vida
os problemas da morte
os problemas por tudo
os problemas por nada
os problemas raciais
os problemas de m*rda
a m*rda dos problemas
Se alguma vez me quiserem calar neste blog, basta escrever:
Bela Infanta
Estava a bela Infanta
No seu jardim assentada
Com o pente de oiro fino
Seus cabelos penteava.
Deitou os olhos ao mar
Viu uma nobre armada;
Capitão que nela vinha,
Muito bem que a governava.
– «Dize-me, ó capitão
Dessa tua nobre armada,
Se encontraste meu marido
Na terra que Deus pisava.»
– «Anda tanto cavaleiro
Naquela terra sagrada…
Diz-me tu, ó senhora,
As senhas que ele levava.»
– «Levava cavalo branco,
Selim de prata doirada;
Na ponta da sua lança
A cruz de Cristo levava.
– «Pelos sinais que me deste
Lá o vi numa estacada
Morrer morte de valente:
Eu sua morte vingava.»
Ai triste de mim viúva,
Ai triste de mim coitada!
De três filhinhas que tenho,
Sem nenhuma ser casada!…»
– Que darias tu, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «Dera-lhe oiro e prata fina,
Quanta riqueza há por i.»
– «Nâo quero oiro nem prata,
Não nos quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três moinhos que tenho,
Todos três tos dera a ti;
Um mói o cravo e a canela,
Outro mói do gerzeli:
Rica farinha que fazem!
Tomara-os el-rei para si.»
– «Os teus moinhos não quero,
Não nos quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem to trouxera aqui?»
– «As telhas do meu telhado
Que são de oiro e marfim.»
– «As telhas do teu telhado
Não nas quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três filhas que tenho,
Todas três te dera a ti:
Uma para te calçar,
Outra para te vestir,
A mais formosa de todas
Para contigo dormir.»
– «As tuas filhas, infanta,
Não são damas para mi:
Dá-me outra coisa, senhora,
Se queres que o traga aqui.»
– «Não tenho mais que te dar,
Nem tu mais que me pedir.»
– «Tudo, não, senhora minha,
Que inda não te deste a ti.»
– «Cavaleiro que tal pede,
Que tão vilão é de si,
Por meus vilões arrastado
O farei andar aí
Ao rabo do meu cavalo,
À volta do meu jardim.
Vassalos, os meus vassalos,
Acudi-me agora aqui!»
– «Este anel de sete pedras
Que eu contigo reparti…
Que é dela a outra metade?
Pois a minha, vê-la aí!»
– «Tantos anos que chorei,
Tantos sustos que tremi!…
Deus te perdoe, marido,
Que me ias matando aqui.»
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d’Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.
# 104
Praticamente leccionei sempre Secundário e quando faço “substituições e apanho putos do 3º ciclo, lido facilmente com eles, mas prefiro o pessoal mais velho. Falar assim “d’omem pr’a homem” estás a ver? E a aula de português é um mundo.
reb, o teu sobrinho não deve ter “pegado” na mesma ponta que eu peguei no programa. Comecei pelo ortónimo, já lá vão os heterónimos e agora Os Lusíadas e Mensagem. Em Março vamos ao TEP assitir ao teatro ” Felizmente há Luar!” 🙂
Estava o belo Infante
No seu jardim assentado
Com uma tromba de elefante
Seu desejo aplacado.
Deitou os olhos ao par
Viu uma testa enrugada;
A mão em que se vinha,
Era a que nos desgovernava.
VÁ.. MAIS OUTRA..
Bóiam farrapos de sombra
Fernando Pessoa
Bóiam farrapos de sombra
Em torno ao que não sei ser.
É todo um céu que se escombra
Sem me o deixar entrever.
O mistério das alturas
Desfaz-se em ritmos sem forma
Nas desregradas negruras
Com que o ar se treva torna.
Mas em tudo isto, que faz
O universo um ser desfeito,
Guardei, como a minha paz,
A ‘sp’rança, que a dor me traz,
Apertada contra o peito.
Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Aproveitar o tempo!
Nenhum dia sem linha…
O trabalho honesto e superior…
O trabalho à Virgílio, à Mílton…
Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!
Aproveitar o tempo!
Tirar da alma os bocados precisos – nem mais nem menos –
Para com eles juntar os cubos ajustados
Que fazem gravuras certas na história
(E estão certas também do lado de baixo que se não vê)…
Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China dos serões,
E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
E a vontade em carambola difícil.
Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos –
Imagens da vida, imagens das vidas. Imagens da Vida.
Verbalismo…
Sim, verbalismo…
Aproveitar o tempo!
Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça…
Não ter um acto indefinido nem factício…
Não ter um movimento desconforme com propósitos…
Boas maneiras da alma…
Elegância de persistir…
Aproveitar o tempo!
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste.
Aproveitar o tempo!
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
Aproveitei-os ou não?
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!
(Passageira que viajaras tantas vezes no mesmo compartimento comigo
No comboio suburbano,
Chegaste a interessar-te por mim?
Aproveitei o tempo olhando para ti?
Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
Qual foi o entendimento que não chegámos a ter?
Qual foi a vida que houve nisto? Que foi isto a vida?)
Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!…
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.
Álvaro de Campos, in “Poemas”
Heterónimo de Fernando Pessoa
Para alegrar o pessoal..
Lacrimae Rerum
Antero de Quental
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte,
Quantas vezes tenho eu interrogado
Teu verbo, teu oráculo sagrado,
Confidente e intérprete da Sorte!
Aonde são teus sóis, como coorte
De almas inquietas, que conduz o Fado?
E o homem por que vaga desolado
E em vão busca a certeza, que o conforte?
Mas, na pompa de imenso funeral,
Muda, a noite, sinistra e triunfal,
Passa volvendo as horas vagarosas…
É tudo, em torno a mim, dúvida e luto;
E, perdido num sonho imenso, escuto
O suspiro das cousas tenebrosas…
“O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O rofessor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.”
Conhecem isto? Costumo dar a ouvir aos meus alunos. 😆
O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir
de lança na mão, a investir, a investir,
com o cavalo atulhado de livros de história
e guitarras de fado para cantar vitória.
O D. Sebastião já tinha hipotecado
toda a nação por dez reis de mel coado
para comprar soldados, lanças, armaduras,
para comprar o V das vitórias futuras.
O D. Sebastião era um belo pedante
foi mandar vir para uma terra distante
pôs-se a discursar: isto aqui é só meu
vamos lá trabalhar que quem manda sou eu.
Mas o mouro é que conhecia o deserto
de trás para diante e de longe e de perto
o mouro é que sabia que o deserto queima e abrasa
o mouro é que jogava em casa.
E o D. Sebastião levou tantas na pinha
que ao voltar cá encontrou a vizinha
espanhola sentada na cama, deitada no trono
e o país mudado de dono.
E o D. Sebastião acabou na moirama
um bebé chorão sem regaço nem mama
a beber, a contar tim por tim tim
a explicar, a morrer, sim, mas devagar
E apanhou tal dose do tal nevoeiro
que a tuberculose o mandou para o galheiro
fez-se um funeral com princesas e reis
e etcetera e tal, Viva Portugal.
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca…
O teu sobrinho talvez esteja mais na onda do Cesariny. Olha que pode ser um bom começo.
Mostra-lhe isto…
O Álvaro gosta muito
O Álvaro gosta muito de levar no cu
O Alberto nem por isso
O Ricardo dá-lhe mais para ir
O Fernando emociona-se e não consegue acabar.
O Campos
Em podendo fazia-o mais de uma vez por dia
Ficavam-lhe os olhos brancos
E não falava, mordia. O Alberto
É mais por causa da fotografia
Das árvores altas nos montes perto
Quando passam rapazes
O que nem sempre sucedia.
O Fernando o seu maior desejo desde adulto
(Mas já na tenra idade lhe provia)
Era ver os hètèros a fod*r uns com os outros
Pela seguinte ordem e teoria:
O Ricardo no chão, debaixo de todos (era molengão
Em não se tratando de anacreônticas) introduzia-
-Se no Alberto até à base
E com algum incómodo o Alberto erguia
[…]
Sim mas este ao menos fazia poesia…e boa…acho eu…
Se existe vídeo que capte a atmosfera de Lisboa como nenhum outro é este…até a música se cola á cidade como sempre tivesse feito parte dela…mangnifique…
#15
E para apaziguar as mentes doridas, só mesmo outra que tal… o genial Nick Cave.
Esqueçam este país, este nosso infortúnio…e ouçam Cave… e já agora, leiam-no também… seu último livro «The Death of Bunny Munro».
Pessoal vou ler um bocado.
“Bartleby, o Escrivão”, de H. Melville
O estranho caso de Bartleby, o Escrivão, que não só age de forma contrária a toda a lógica, como constrange os outros a tornarem-se seus desalentados cumplices.
Fevereiro 7, 2010 at 6:29 pm
Viva Paulo.
Fenomenal. Não conhecia.
Roubei 🙂
Abraço.
Fevereiro 7, 2010 at 6:33 pm
Aqui, u situação destas, seria impensavel…
Fevereiro 7, 2010 at 6:38 pm
Humm…um robalo desconhecido que espera por si…
Fevereiro 7, 2010 at 6:39 pm
Donatien Alphonse François…o menino mudou-me o avatar???
Fevereiro 7, 2010 at 6:40 pm
Where Power Lies: Prime Ministers v The Media by Lance PriceA Downing Street insider argues that PMs who court the media too assiduously usually come a cropper, says Andrew Rawnsley
Comments (0)
Buzz up!
Digg it
Andrew Rawnsley The Observer, Sunday 7 February 2010 Article history
http://www.guardian.co.uk/books/2010/feb/07/where-power-lies-book-review
Artigo a ler….
Fevereiro 7, 2010 at 6:40 pm
A vidinha…
Fevereiro 7, 2010 at 6:40 pm
Onde é que eu já vi isto?
Fevereiro 7, 2010 at 6:52 pm
O Alberto Costa também já foi ministro na Argentina?
Fevereiro 7, 2010 at 6:53 pm
Eu aconselhava o sr. procurador a ler o seguinte o livro:
“A Crisis of Governance: Zimbabwe ”
Espero que ele perceba a indirecta…
PGR deu um nó jurídico no caso
Hoje
polémica Ao arquivar o processo das escutas que envolviam o primeiro-ministro, Pinto Monteiro, procurador-geral da República (PGR), deu um nó jurídico ao caso, que impossibilita qualquer pessoa de conhecer os motivos do arquivamento. Caso único na justiça, segundo alguns magistrados contactados pelo DN, que revelou um poder absoluto por parte do PGR: “Qualquer decisão de um procurador é fiscalizada pelo seu superior hierárquico, assim como qualquer decisão de um juiz pode ser alvo de recurso. Neste caso, nada disto aconteceu. Quem fiscaliza o PGR?”, comentou ao DN um membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP).
Recue-se ao momento em que Pinto Monteiro recebeu a certidão do Ministério Público de Aveiro, que imputava ao primeiro-ministro um crime de atentado contra o Estado de direito. Ao contrário do que aconteceu com outra certidão do processo “Face Oculta”, o PGR não enviou o documento para o Supremo para a abertura de um inquérito. Preferiu tomar uma decisão. Mas, como referiu a mesma fonte do CSMP, “o PGR não abriu um inquérito. Isto teve um resultado: decidiu o que quis, evitando que a sua decisão fosse submetida a um escrutínio, seja pelo assistente ou por um juiz do Supremo”. O assistente poderia concordar com o arquivamento ou avançar para uma segunda fase, a instrução.
O PSD já insistiu junto de Pinto Monteiro para que dê a conhecer os seus despachos de arquivamento. O PGR negou o acesso, com uma hermética resposta. O PSD insiste, alegando que não percebeu o motivo da recusa.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1488650
Fevereiro 7, 2010 at 6:53 pm
Já tinha postado este no me3u blog..anda não eatva tão actual mas já inbduiciava o q
Fevereiro 7, 2010 at 6:54 pm
#4-Não…Já lá tinhas a Maga…Deves ter limpo a cache do browser…
Fevereiro 7, 2010 at 6:54 pm
#10,
Andas muito disortográfico.
Vá lá, escreve de-va-ga-ri-nho.
Fevereiro 7, 2010 at 6:56 pm
Não? Mas este sr. não sabe que Portugal é o Zimbabwe Europeu…:
PGR e STJ não tomaram a melhor decisão, diz constitucionalista
Ontem às 19:02
Na opinião do constitucionalista, as intervenções do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Procurador-Geral da República fazem com que o assunto fique «obscuro» e «oculto», defendendo, por isso, que os despachos dois dois sejam clarificados.
Neste sentido, Guilherme da Fonseca considera que Noronha Nascimento e Pinto Monteiro «não tomaram a melhor decisão» neste caso.
Na opinião do constitucionalista, tudo o que revela o semanário Sol desta sexta-feira não viola o segredo de Justiça.
O jornal transcreve extractos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso “Face Oculta” em que este considera haver «indícios muito fortes da existência de um plano», envolvendo o primeiro ministro para controlar a estação de televisão TVI e afastar Manuela Moura Guedes e José Eduardo Moniz.
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1488467
Fevereiro 7, 2010 at 6:56 pm
Está tudo podre.
É a total descredibilização.
Metafisicamente falando : “Desvalorização dos valores supremos” (Nietzsche).
Outra leitura: Não estamos à altura da nobreza da ideia, neste caso, de justiça.
Fevereiro 7, 2010 at 6:57 pm
Olha voltei…ia dizendo..já tinha postado este do Quino vai para uns meses…na altura embora actual não era tão evidente..hoje não é actual é a realidade…Obrigado Paulo..só por isso toma lá …
Fevereiro 7, 2010 at 6:57 pm
Cheguei à conclusão que viver em Portugal ou no Zimbabwe é a mesma coisa…
Fevereiro 7, 2010 at 6:58 pm
Petição para o reposicionamento em função do tempo de serviço:
http://www.aspl.pt/peticao.html
Vamos assinar!
Fevereiro 7, 2010 at 6:59 pm
A bíblia dos socratinos:
A Crisis of Governance: Zimbabwe
Publisher: Algora Publishing | ISBN: 0875862845 | edition 2004
Chikuhwa chronicles Zimbabwe’s bleak history since the nation (then Rhodesia) achieved independence from Great Britain in 1980. Born and raised in Zimbabwe, Chikuhwa devotes the first part of his analysis to his nation’s vexed constitutional history. After outlining constitutions set up under British rule and then under a white minority government, the author focuses in detail on the 1979 “Lancaster House Constitution” of the Republic of Zimbabwe and how the new government, dominated by the Zimbabwe African National Union Patriotic Front, or ZANU (PF), and headed by President Robert Mugabe, enacted radical constitutional amendments that gave Mugabe far-reaching presidential powers. Chikuhwa shows how Mugabe’sgovernment quickly adopted a Marxist-Leninist style of authoritarianism, and documents widespread corruption, government intolerance of criticism, coercive tactics regarding voting, and the irresponsible manipulation of land redistribution. As many have done, he accuses Mugabe’sgovernment of nepotism, corruption and “blatant disregard for accepted ethical commercial practice.” The second part of Chikuhwa’s study focuses on how corruption and a lack of transparency and accountability inZimbabwe’s governance have intensified social problems, crime and poverty, and have alienated the IMF and World Bank as well as potential foreign investors. Chikuhwa analyzes this “quagmire” industry by industry, making recommendations for economic improvements. Chikuhwa’s study, rich in statistical data and heartfelt commentary, will serve as a useful introduction toZimbabwe’s society, economics and recent history.
Fevereiro 7, 2010 at 7:00 pm
È que estava fazer experiências….
Este texto tem pontos de coincidência com o nosso first one…ora lê…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/07/o-meu-pessimo-caracter-carta-que-alguem-nosso-conhecido-e-1%C2%BA-deveria-ter-escrito-a-fazer-mea-culpa/
Fevereiro 7, 2010 at 7:01 pm
Mas o homem é difícil de arrumar..como este…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/07/a-parabola-do-socrates/
Fevereiro 7, 2010 at 7:01 pm
[…] A propósito… …um “boneco” desconhecido, para mim, roubado ao Umbigo do Paulo G. […]
Fevereiro 7, 2010 at 7:04 pm
Pá, estou cansado.
Fevereiro 7, 2010 at 7:05 pm
http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/1440057.html~
Imperdível…
Um pensamento de Sōkrátēs – Quatro características deve ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
Um pensamento de Sócrates – Quatro características deve ter um juiz: não ouvir escutas, responder obedientemente, ponderar nos riscos que corre e decidir se quer continuar a ter emprego.
Sōkrátēs provocou uma ruptura sem precendentes na Filosofia grega.
Sócrates provocou uma ruptura sem precendentes
e continua…..
Fevereiro 7, 2010 at 7:08 pm
Não exageres Livresco ..no Zimbábue só vivem de facto 2 a 3 por cento da população os outros nem sobrevivem são zombies…o xuxa pode ser muita coisa mas ainda tem de comer muitos rabanete para chegar aos calcanhares do ditador Zimbabweano…
Fevereiro 7, 2010 at 7:10 pm
#24. Não exagero? Portugal foi ao fundo e bateu no lodo e é incrível que continua a enterrar-se no lodo…
Fevereiro 7, 2010 at 7:10 pm
Vejam mais estes do Quino..são excelentes…

Fevereiro 7, 2010 at 7:11 pm
E para finalizar estes são soberbos…

Fevereiro 7, 2010 at 7:15 pm
Ups não foi este…aqui vai..talvez o que melhor retrate este país actualmente…

Fevereiro 7, 2010 at 7:18 pm
boa noite, sinto-me como a vitima:
roubada nos impostos…
roubada no ordenado…
roubada na nacionalidade….
sinto.me estrangeira neste país!
porque raio de carga de água nasci aqui?
volto aos testes…..os gregos, os gregos que inventaram a democracia e aditadura, rai’s parta os gregos a começar pelo “filósofo vaidoso”
Fevereiro 7, 2010 at 7:19 pm
#26
Percebe-se bem porque razão o sócas tratou de pôr nas mãos da criançada o computer: fazer delas autênticos autómatos.
Porém, resta saber se foi da sua vontade (como na BD se quer fazer crer através da figura do gordocho)ou se ele está simplesmente a corresponder ao principium reddendae rationis sufficientis.
Fevereiro 7, 2010 at 7:20 pm
Segunda-feira, Fevereiro 01, 2010
O ataque do PS e do “sistema” ao Juiz de Instrução Criminal Dr. Carlos Alexandre
O Dr. Carlos Alexandre, juiz de instrução criminal do Tribunal Central de Instução Criminal – o que tem a seu cargo os processos BPN, “Operação Furacão” Universidade Independente – é um magistrado independente e que não pactua com as manigâncias do Poder Político instalado. Não se vende ao Poder.
O Dr. Carlos Alexandre é um grande obstáculo aos poderes instituídos e que nada fará a não ser o que a lei lhe permite: Julgar com isenção e imparcialidade.
Precisamente as duas qualidades que os magistrados devem ter.
Vai daí está neste momento a sofrer um ataque de forças ligadas ao Poder que gostavam de ter um juiz de instrução de avental – leia-se da Maçonaria – e que fosse permissivo às manobras do Poder Político.
O Governo do PS tem os bancos – todos – amarrados ao processo “Operação Furacão” , e tem o chamado processo “BPN” e o da Universidade Independente que lhe causa muitos arrepios.
Há forças muito preocupadas com a isenção e imparcilidade do Dr. Carlos Alexandre, porque estão habituados a manobrar a Justiça a seu belo prazer e com este magistrado não conseguem.
Assim, tem-se assistido a manobras de bastidores tendentes a safar a gente arguida nos referidos processos, através de uma manobra clássica: Uma vez que não podem afastar o Dr. Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal querem manobrar da seguinte forma: Criam mais um lugar de Juiz do Tribunal de Instrução Criminal e distribuem os processos, de forma a conseguirem o que querem: o arquivamento dos processos, via despacho de não pronúncia.
Desde logo eu gostaria que o Conselho Superior da Magistratura tivesse muita atenção a esta manobra do Poder.
Depois , que o Conselho Superior da Magistratura tudo faça para impedir este golpe de estado judicial.
Portugal vive momentos muito complicados , pelo que é tempo de os magistrados tirarem a canga que lhe meteram através das lojas Maçónicas, e dar honorabilidade aos magistrados, assente no respeito, apoio e consideração dos portugueses aos magistrados.
Só uma magistratura livre e independente contribui para alterar esta estado de coisas.
Os magistrados têm um papel muito importante a jogarem: O de fazerem justiça imparcial, seja quem for o arguido ou a parte.
A criação de mais um lugar de juiz para o tribunal Central de Instrução Criminal não passa de uma manobra, um golpe do Poder e dos arguidos para tentarem encontrar um juiz maçóm, com um avental enorme e que faça o que eles querem: A impunidade total.
Em apoio dos magistrados por um Portugal novo e diferente!
É importante que o Povo se mobilize e os blogues façam o seu papel: lutar pela Democracia, pela Justiça, pela Liberdade.
Quem leu o jornal “Expresso” este fim de semana sabe do que falo.
Abaixo os vígaros!
Por uma magistratura independente e isenta.
Por Portugal!
http://josemariamartins.blogspot.com/2010/02/o-ataque-do-ps-e-do-sistema-ao-juiz-de.html
Fevereiro 7, 2010 at 7:27 pm
“…Uma vez que não podem afastar o Dr. Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal querem manobrar da seguinte forma: Criam mais um lugar de Juiz do Tribunal de Instrução Criminal e distribuem os processos, de forma a conseguirem o que querem: o arquivamento dos processos, via despacho de não pronúncia.”
nós , professores, conhecemos estes esquemas manhosos …só que poucos nos dão ouvidos .
Fevereiro 7, 2010 at 7:28 pm
#11
limpei o …cache do browser??? Moi???
Jamais faria u coisa dessas…
Fevereiro 7, 2010 at 7:28 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/07/charlie-brooker-how-to-report-the-news-e-assim-que-nos-massificam-e-estupidificam-excelente/
Fevereiro 7, 2010 at 7:31 pm
#27
Kierkegaardeanamente falando: Torna-te indivíduo.
Fevereiro 7, 2010 at 7:33 pm
isto é mas é uma Fornication Under Consent of the King
Fevereiro 7, 2010 at 7:36 pm
Fevereiro 7, 2010 at 7:36 pm
#36
Who’s the King?
Fevereiro 7, 2010 at 7:44 pm
Nós, os pacatos (?) cidadãos-professores temos q dar u lição a esta classe política:
Próximas eleições, tudo a votar em branco!
Fevereiro 7, 2010 at 7:52 pm
Cheio de méritos, mas poeticamente
o homem habita esta terra
Hölderlin
Será Manuel Alegre a indicar a este povo o caminho para habitar esta terra?
Fevereiro 7, 2010 at 7:52 pm
E agora?
depois deste descrédito total do Estado de Direito, como é que “ficam” presidente do Supremo T. J., Procurador-Geral da R. …?
se o problema fosse só o 1º… o problema são os cúmplices do Sistema, os que o alimentam, os que não honrraram os seus cargos… esta gente tem que ser varrida…
quem os varre?
eles devem favores uns aos outros?
onde estão os Incorruptíveis?
este país está a saque há mt tempo. Estamos a ver o mesmo filme, só mudam os protagonistas, tornaram-se “afoitos”, e são “burros”… tal é a arrogância dos “intocáveis”.
diamantes e sucata; sexo e dinheiro; estradas e submarinos… tudo é negócio de onde se extrai mt prazer.
estes políticos são uns hodonistas…
Fevereiro 7, 2010 at 7:58 pm
Hölderlin…
Que poeta!
Fevereiro 7, 2010 at 8:06 pm
Eis o que andam a fazer em desespero de causa os MATS , Darquense, Campos e outras ou outros que por aqui andaram e andam…desde já aviso que os actores são muitíssimo melhores que os cromos em questão..mas foi o que foi possível arranjar..a família Adams não estava disponível..
Fevereiro 7, 2010 at 8:06 pm
Ups..aqui vai..
Fevereiro 7, 2010 at 8:07 pm
Boa noite!
Quanto ao quinadas, é a nossa realidade…
E, por sorte, parece que não enforcaram a velhinha!!!
Fevereiro 7, 2010 at 8:11 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/07/quino-cartoon-la-como-ca/
Fevereiro 7, 2010 at 8:12 pm
Bem vou á janta..Inté…Olha Alebana ouve…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/02/07/porque-o-dia-dos-namorados-ja-nao-vem-longe-tango-argentino-tangobar-dances-gotan-project/
Fevereiro 7, 2010 at 8:15 pm
#42
Quanto ao Manuel Alegre já não tenho assim tanto deferimento.
Tenho muita pena de dizer, mas muitas considerações aqui feitas movem-se no âmbito do antropológico, cada uma quer ser mais marcante que a outra, quanto à dimensão do escândalo que é a vida política actualmente. Assim, julgando estar a cultivar o espírito crítico (mais um equívoco Aufklärung), não fazem mais do que apontar na direcção errada. Dá a sensação que andamos numa caçada à bruxas.
Primeiro princípio: deixem-nas estar, não lhes dêem tanto protagonismo. Mostrem ser diferentes desses Homens (no sentido ontológico)que não fazem mais do que corresponder ao pricipium rationis reddendae sufficientis e, ainda por cima, sem o saber. Exerçam-se no âmbito da desprotecção, ao contrário desses homens que vivem maniatados pelo domínio incondicional.
Na qualidade de professores, apontem para aquilo mesmo que importa, mesmo que a vossa tarefa seja em vão, que sejam vilipendiados, ostracizados.
A não ser que … este blogue tenha como finalidade fazer uma terapia de todos o azedumes que residem lá bem no fundo, para não dizer de toda a inveja ou admiração dissimulada por essas criaturas.
Fevereiro 7, 2010 at 8:17 pm
Rica, eles não têm feito outra coisa senão tentar enforcar a velhinha (a avó Nela se é que me entende).
Fevereiro 7, 2010 at 8:21 pm
Ui, maravilha, este Quino! 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 8:22 pm
Paulo olha o que alguns XUXAS JÁ ANDAM A ESCREVER..IN MAR SALGADO..
CABEÇA FRIA:
A manipulação das chefias e redacções dos media não deve ser confundida com o problema da liberdade de expressão. A manipulação parece ter existido, sobretudo feita por arrivistas ( mais ou menos jovens) desejosos de mostrar serviço. A entourage de Sócrates não fez mais do que fizeram Miterrand, Berlusconi, ou Cavaco, no seu tempo ( lembro-me muito bem como era a RTP, A Capital e o DN ( este é uma vocação).
Essa manipulação acaba por provocar baixas? Claro, se não não era manipulação. Acontece que a liberdade de expressão é um assunto infintamente mais sério e excêntrico às possibilidades manipulativas da actual órbita governamental. Quem se se interessa pelo assunto, e o estuda, sabe que é um disparate falar de ausência de isegoria em Portugal. E é um desrespeito miserável pela memória daqueles que, de facto, a sofreram no passado.
A liberdade de expressão não se esgota no ego de um jornalista ou na caneta de um comentador. Envolve um vastíssimo sub-conjunto de liberdades e, por isso, sempre que foi cerceada, implicou um aparelho político global. Orgãos inteiros, partidos, sindicatos, universidades, todos foram silenciados em experiências do passado ( para falar só do passado).
É conveniente manter a cabeça arrefecida.
posted by FNV
Fevereiro 7, 2010 at 8:23 pm
#48
Se bem percebi, e tentando subir o nível de análise ontológica, ir-lhes às trombas está fora de questão.
Fevereiro 7, 2010 at 8:27 pm
Olá, reb.
🙂
Fevereiro 7, 2010 at 8:34 pm
#53, olé, Fafe!
Fim de semana em Espanha? 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 8:35 pm
O Assis acha que o CRIME está na forma como as escutas foram divulgadas.
Já sobre o conteúdo, não se pronuncia. Não gosta de calhandrices. 🙂
http://diario.iol.pt/politica/escutas-media-pressoes-face-oculta-tvi24-ultimas-noticias/1137302-4072.html
Fevereiro 7, 2010 at 8:37 pm
Atenção q o MST volta no dia 22 de Fevereio, na SIC com Sinais de Fogo. Pena darem-lhe, para o programa, o título de um livro tão extraordinário…
Sinceramente q considero o MST u homem inteligente, interessante mas a mania de embirrar com os profs…
Fevereiro 7, 2010 at 8:38 pm
#52
Deixem-nos estar no deslumbramento.
A solução que sugere já a história nos deu tantas lições e com elas nada aprendemos.
O caminho está no âmbito da formação. Veja-se:
“Nenhuma transformação chega sem a escolta de um prenúncio. Como, no entanto, uma escolta pode chegar sem que clareie o acontecimento do próprio, sem que a essência humana, num chamado e numa convocação, conheça o brilho dos olhos, isto é, olhe com profundidade e, neste olhar, traga os mortais para o caminho de uma construção pensante, poética?”
A altermativa é a procissão de soluções antropologistas e o resultado está à vista!
Fevereiro 7, 2010 at 8:39 pm
#57
O texto que citei é de Heidegger, Superação da Metafísica, XXVIII.
Fevereiro 7, 2010 at 9:08 pm
#58-lá está…
Fevereiro 7, 2010 at 9:11 pm
Pausa para reflexão.
O Socas em privado deve comentar que alguns profs são uns poetas, líricos, incorruptíveis, anarquistas, filósofos e até engenheiros pasmem… arranjaram-lhe muitos mais problemas que o previsto uma chatice.
Fevereiro 7, 2010 at 9:14 pm
#60-por isso é que manda cá o Campos, o MAT. o Darquense,o trabalhador da Siva, para lhe contarem o que se diz aqui.
Fevereiro 7, 2010 at 9:24 pm
#59 interessante… sempre actual
pensar… sob que paradigma de representação?- mecanicismo versus arraisonnement verus Ge-stell versus pensamento analítico versus decisões políticas que visam um fim imediato (pessoal entenda-se) do qual se perde de vista o “todo” (porque nunca se teve intenção de o visar/avistar).
* agora se soubesse por etiqueta colocava o “ponto de mutação” extraído do Mindwalk…
Fevereiro 7, 2010 at 9:35 pm
“…está a viver naquele momento da sua vida, dizendo também que é atravês dela (audição) que consegue vêr o que lhe rodeia assim também o seu campo de visão. (…)…”o tempo está a passar dando a sençação de modansa de acontecimentos” (Sic)
😯 😯 😯 Uma aluna do 12º ano, Humanidades, cuja turma me caiu no colo vinda d’algures. Pobre Álvaro de Campos, no meio destes destroços. Pobres professores, pobre país! Olha, já agora, pobre aluna que foi enganada…
Fevereiro 7, 2010 at 9:36 pm
#63, 🙂 🙂 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 9:38 pm
…ou mal “instruída”, sei lá!
Fevereiro 7, 2010 at 9:39 pm
# 64, tu não te rias “cacoisa é grave” : lol:…olha, estou a corrigir testes de nariz no chão! 😆
Fevereiro 7, 2010 at 9:39 pm
O fogo que destruiu o automóvel do marido da conhecida apresentadora da RTP Sónia Araújo, na noite de terça-feira, em Vila Nova de Gaia, terá resultado de uma acção de cobranças difíceis. Um aviso em forma de ameaça. Ao que o i apurou, é essa a linha de investigação que está a ser seguida pela Polícia Judiciária do Porto, que se deslocou ao local após o incêndio que atingiu o jaguar de Vítor Martins.
Entretanto, numa esquina não muito longe de si …
O i soube que o empresário da restauração terá várias dívidas, nomeadamente com fornecedores, em montantes avultados. A Polícia Judiciária, que continuava ainda ontem a realizar perícias ao automóvel, tenta agora identificar os autores do fogo posto. O empresário não mora na rua onde incêndio aconteceu, mas era várias vezes visto no local, pelo que a polícia acredita que os seus movimentos terão sido estudados pelos suspeitos.
Fevereiro 7, 2010 at 9:40 pm
No fim de semana passado estive a ajudar um sobrinho a compreender a poesia do Fernando Pessoa ( ortónimo).
Está no 12º ano e quer seguir engenharia.
Eu enlevada com os poemas e ele sai-se com esta:
“Que seca, man! O homem andava sempre deprimido?” 🙂 🙂
“Tia, não me digas que gostas disso..”
🙂 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 9:41 pm
Querem ver que vou ser o 69…
Fevereiro 7, 2010 at 9:44 pm
REb,
Lias-lhe a ODE TRIUNFAL
Fevereiro 7, 2010 at 9:46 pm
E não é que foste ..parabéns Cunha..tiveste prémio…aqui vai..o Paulo que me desculpe mas com esta pergunta tenho de dar resposta..é mais forte do que eu..eh..eh..
Fevereiro 7, 2010 at 9:46 pm
Agora se ele for ler o: “SE TE QUERES MATAR PORQUE NÃO TE QUERES MATAR…” é ´+bvio que…
Fevereiro 7, 2010 at 9:49 pm
Era só ortónimo.
O puto não tem alma poética. Aquilo fazia-lhe comichões.
Eu a mostrar-lhe livros do Fenando Pessoa ( especialmente do Álvaro de Campos) datados dos meus 18/19 anos e ele estupefacto com aquilo! 🙂
Realmente, somos todos muito diferentes…
Fevereiro 7, 2010 at 9:50 pm
Oh diabo! Blimunda… Ainda bem que sugeri… Simplesmente fantástico! BIS!
Fevereiro 7, 2010 at 9:50 pm
Lá lhe expliquei que era possível intelectualizar as emoções…mas ele dizia-me que preferia intelectualizar outras coisas. 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 9:50 pm
# 69, por acaso! 😆
#68, manda o ler, bem alto, a Ode Triunfal do Álvaro de Campos! Quando chegam a:
“Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto,
Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento
A todos os perfumes de óleos e calores e carvões
Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável!
(…)
Eu podia morrer triturado por um motor
Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída.
Atirem-me para dentro das fornalhas!
Metam-me debaixo dos comboios!
Espanquem-me a bordo de navios!
Masoquismo através de maquinismos!
Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho!
(…)
Eia! eia! eia!
Eia electricidade, nervos doentes da Matéria!
Eia telegrafia-sem-fios, simpatia metálica do Inconsciente!
Eia túneis, eia canais, Panamá, Kiel, Suez!
Eia todo o passado dentro do presente!
Eia todo o futuro já dentro de nós! eia!
Eia! eia! eia!
Frutos de ferro e útil da árvore-fábrica cosmopolita!
Eia! eia! eia! eia-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Giro, rodeio, engenho-me.
Engatam-me em todos os comboios.
Içam-me em todos os cais.
Giro dentro das hélices de todos os navios.
Eia! eia-hô! eia!
Eia! sou o calor mecânico e a electricidade!
Eia! e os rails e as casas de máquinas e a Europa!
Eia e hurrah por mim-tudo e tudo, máquinas a trabalhar, eia!
Galgar com tudo por cima de tudo! Hup-lá!
Hup-lá, hup-lá, hup-lá-hô, hup-lá!
Hé-la! He-hô! Ho-o-o-o-o!
Z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z-z!
Ah não ser eu toda a gente e toda a parte!”
Aqui é o extâse( do Álvaro de Campos e)do delírio dos alunos! 😆
Fevereiro 7, 2010 at 9:50 pm
sessenta e nove vezes fantástico!
Fevereiro 7, 2010 at 9:51 pm
Jünger aponta para esse horizonte de viragem.
Über der linie (Heidegger).
As considerações de Jünger em A Mobilização Total são bem esclarecedores das ilusões da Modernidade.
Aquilo a que estamos a assistir é à consumação dessa Modernidade. O processo passa pelo maior aperto, no qual aquilo que mais falta não é tido em conta.
É, também, típico desta época o aparecimento de figuras (p. ex. o sócas)cujo comportamento cumpre os desígnios daquilo que nela se move no oculto (o ser a vigorar no modo da Vontade de Vontade).
Num plano mais visível, temos essas personagens politicoídes que vão passando mel pelos beiços da multidão.
O maior erro é, sublinho, pensar-se que é possível harmonizar humanamente este frenesim.
O problema é, antes de tudo, estarmos a mover-nos no âmbito do frenesi
Fevereiro 7, 2010 at 9:51 pm
#72-Cunha Ribeiro: esse poema é de facto fantástico. Vai ao cerne dele mesmo…
Fevereiro 7, 2010 at 9:52 pm
#68,
O poeta é um bom poeta, mas um chato, muito chato também…….ui, vai cair-me tudo em cima………
Fevereiro 7, 2010 at 9:52 pm
Bingo, Cunha Ribeiro, belo jogo de antecipação! 😉
Fevereiro 7, 2010 at 9:52 pm
Imagino o PESSOA a ler a ODE TRIUNFAL… Acho que abafava a meio….
Fevereiro 7, 2010 at 9:54 pm
#76, spin, o teste era sobre FP ortónimo.
Não lemos as Odes…
Fevereiro 7, 2010 at 9:55 pm
DONATIEN:
Ou então:
” O que há em mim é sobretudo cansaço…”
Fevereiro 7, 2010 at 9:57 pm
OU:
” Há sem dúvida quem ame o infinito!…”
Fevereiro 7, 2010 at 9:57 pm
m.
Fevereiro 7, 2010 at 9:59 pm
Não sei..o puto diz logo..professor é melhor é mesmo ir ver o canal 69…entendo logo o que quer dizer êxtase…volto JÁ …
Fevereiro 7, 2010 at 10:00 pm
Nunca mais me esquecerei quando, na Universidade de Aveiro, o meu colega de quarto recitava, alto e em bom som, a Ode Triunfal, sempre que tomava banho!
Momentos fabulosos, em que o pessoal da casa delirava!…
Fevereiro 7, 2010 at 10:03 pm
DESPERSONALIZAÇÃo é o que é isto tudo.. Até Sócrates devia fazer 69 flexões atrás de Cavaco…
Fevereiro 7, 2010 at 10:05 pm
BRINCAL~HÃO: DE cor só sei recitar: ” O COISO É UM FINGIDOR/ FINGE TÃO COMPLETAMENTE/ QUE CHEGA A FINGIR QURE É DOR / A DOR QUE DEVERAS SENTE…
Fevereiro 7, 2010 at 10:07 pm
Para a reb! 😆
“E eu vou buscar ao ópio que consola
Um Oriente ao oriente do Oriente.”
“Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio.”
“Meu coração é uma avòzinha que anda
Pedindo esmola às portas da Alegria.”
“Não posso estar em parte alguma.
A minha Pátria é onde não estou. ”
“Pertenço a um género de portugueses
Que depois de estar a Índia descoberta
Ficaram sem trabalho.”
“Nasci pra mandarim de condição,
Mas falta-me o sossego, o chá e a esteira.”
“A vida sabe-me a tabaco louro.
Nunca fiz mais do que fumar a vida.
E afinal o que quero é fé, é calma,
E não ter estas sensações confusas.
Deus que acabe com isto!Abra as eclusas
E basta de comédias na minh’alma!”
(No Canal de Suez, a bordo) Álvaro de Campos
(Seleccionei alguns versos do Opiário e que considero fantásticos.)
Fevereiro 7, 2010 at 10:07 pm
#85-Ou o Álvaro de Campos (Engenheiro…)
Não sei. Falta-me um sentido, um tacto
Para a vida, para o amor, para a glória…
Para que serve qualquer história,
Ou qualquer facto?
Estou só, só como ninguém ainda esteve,
Oco dentro de mim, sem depois nem antes.
Parece que passam sem ver-me os instantes,
Mas passam sem que o seu passo seja leve.
Começo a ler, mas cansa-me o que inda não li
Quero pensar, mas dói-me o que irei concluir.
O sonho pesa-me antes de o ter. Sentir
É tudo uma coisa como qualquer coisa que já vi
Não ser nada, ser uma figura de romance,
Sem vida, sem morte material, uma ideia,
Qualquer coisa que nada tornasse útil ou feia,
Uma sombra num chão irreal, um sonho num transe.
Fevereiro 7, 2010 at 10:09 pm
O poetar de Fernando Pessoa move-se no âmbito do modernismo acerado. Mais uma reedição da omnipotência da subjectividade.
Fevereiro 7, 2010 at 10:11 pm
#91 e #92, adoro!!
E a Tabacaria arrepia-me toda de cada vez que leio ( e já foram tantas, tantas vezes)…
E a Ode Marítima faz-me ter umas saudades imensas do meu pai ( que morreu tão novo…)
Fevereiro 7, 2010 at 10:11 pm
DONATIEN:
Aí está outro poema extraordin ário que eu ainda não conhecia…
Fevereiro 7, 2010 at 10:11 pm
E “Vem noite, antiquíssima e idêntica…”
Fevereiro 7, 2010 at 10:12 pm
#83, reb, foi sobre os heterónimos, o texto base foi de Álvaro de Campos e o texto de desenvolvimento foi sobre Ricardo Reis.( a sua aguda mas estóica sensibilidade em relação ao tema da passagem do tempo)
E ainda houve lugar para a TLEBS! 😉
Fevereiro 7, 2010 at 10:12 pm
V. é um facilitador
e facilita a tanta gente
que torna seu devedor
o robalo de sangue quente.
Fevereiro 7, 2010 at 10:13 pm
Vou confessar-vos: Pessoa foi meu irmão mais velho durante anos… Agora é o meu irmão mais novo.
Fevereiro 7, 2010 at 10:13 pm
Lá vai a Tabacaria dita por Villaret
Fevereiro 7, 2010 at 10:15 pm
Poema em linha recta
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possiblidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão – princípe – todos eles princípes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó princípes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?
Então só eu que é vil e erróneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
…
Fevereiro 7, 2010 at 10:16 pm
Um dia …será o meu eterno e imortal companheiro…
Fevereiro 7, 2010 at 10:16 pm
Também gosto deste postulado…
O Binómio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó—óóóóóó óóó—óóóóóóó óóóóóóóó
(O vento lá fora.)
Álvaro de Campos, 15-1-1928
Fevereiro 7, 2010 at 10:18 pm
#97, o teste do meu sobrinho era só sobre o ortónimo.
Sabes, qdo falo convosco, que estão no secundário, sinto uma grande pena de ter enveredado pelo ensino básico.
Há opções que se fazem numa dada altura…que nem sempre foram as mais acertadas.
Ainda assim, gosto da idade dos meus alunos. Gosto de os fazer desabrochar para a literatura. Tem o seu encanto… 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:19 pm
Ei lá REB, de quem é este? ALVARO OU ELEMESMO?
FENOMENAL! É absolutamente ICONOCLASTA este poema!
Fevereiro 7, 2010 at 10:20 pm
#90
Cunha
A minha brincalhona recita de cor a “Bela Infanta” do Almeida Garrett, sempre que, por qualquer motivo, a minha conversa não lhe interessa.
A coisa é irritante quando estamos entre amigos e estes, de tanto ouvirem, já sabem o poema quase todo de cor e acompanham-na na ladaínha.
É desesperante!…
Fevereiro 7, 2010 at 10:20 pm
#100, obrigada, Donatien!
O mais belo poema alguma vez escrito em língua Portuguesa. ( para mim, claro) 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:21 pm
[a Hora expulsa de Si-Tempo]
Eu nunca confesso.
Fevereiro 7, 2010 at 10:21 pm
#105, o dos que nunca levaram porrada?
É do Álvaro de Campos.
Fevereiro 7, 2010 at 10:21 pm
Vilaret podia dec lamar um pouquinho melhor… mas…
Fevereiro 7, 2010 at 10:22 pm
(Isto mais parece um chat! 😆
Amanhã toca a articular Os Lusíadas com a Mensagem!Entre a busca de uma Índia a bordo de cascas de nozes e a busca de uma outra Índia a bordo de “naus feitas daquilo que os sonhos são feitos”.
O pior é que continuamos a vogar “tresmalhados” num mar encarpelado e sem V Império ou Sebastiãozinho à vista.
Fevereiro 7, 2010 at 10:22 pm
#108, Fafe, tu tens em comum com o Fernando Pessoa seres gémeos com ascendente escorpião. 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:24 pm
#111, mas temos uma “alma atlântica”.
É bom não esquecer!
Os socratinos são apenas uns parênteses( parasitas) que atrasam a nossa “missão”:
Cumprir Portugal. 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:24 pm
VOLTO A CONFESSAR:
Pessoa é o melhor de sempre aqui e para lá de Badajoz…
Fevereiro 7, 2010 at 10:24 pm
Os problemas escolares
os problemas caseiros
os problemas primários
os problemas primeiros
os problemas de trânsito
os problemas transitórios
os problemas internos
os problemas externos
os problemas à vista
os problemas de vista
os problemas dos outros
os outros sem problemas
os problemas fronteiros
os problemas do lado
os problemas traseiros
os problemas locais
os problemas dos filhos
os problemas dos pais
os problemas de amor
o amor aos problemas
os problemas financeiros
os problemas políticos
os problemas reais
os problemas impingidos
os problemas da vida
os problemas da morte
os problemas por tudo
os problemas por nada
os problemas raciais
os problemas de m*rda
a m*rda dos problemas
Poema: Mendes de Carvalho
Em tempo, m*erda!
Fevereiro 7, 2010 at 10:25 pm
Se alguma vez me quiserem calar neste blog, basta escrever:
Bela Infanta
Estava a bela Infanta
No seu jardim assentada
Com o pente de oiro fino
Seus cabelos penteava.
Deitou os olhos ao mar
Viu uma nobre armada;
Capitão que nela vinha,
Muito bem que a governava.
– «Dize-me, ó capitão
Dessa tua nobre armada,
Se encontraste meu marido
Na terra que Deus pisava.»
– «Anda tanto cavaleiro
Naquela terra sagrada…
Diz-me tu, ó senhora,
As senhas que ele levava.»
– «Levava cavalo branco,
Selim de prata doirada;
Na ponta da sua lança
A cruz de Cristo levava.
– «Pelos sinais que me deste
Lá o vi numa estacada
Morrer morte de valente:
Eu sua morte vingava.»
Ai triste de mim viúva,
Ai triste de mim coitada!
De três filhinhas que tenho,
Sem nenhuma ser casada!…»
– Que darias tu, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «Dera-lhe oiro e prata fina,
Quanta riqueza há por i.»
– «Nâo quero oiro nem prata,
Não nos quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três moinhos que tenho,
Todos três tos dera a ti;
Um mói o cravo e a canela,
Outro mói do gerzeli:
Rica farinha que fazem!
Tomara-os el-rei para si.»
– «Os teus moinhos não quero,
Não nos quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem to trouxera aqui?»
– «As telhas do meu telhado
Que são de oiro e marfim.»
– «As telhas do teu telhado
Não nas quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três filhas que tenho,
Todas três te dera a ti:
Uma para te calçar,
Outra para te vestir,
A mais formosa de todas
Para contigo dormir.»
– «As tuas filhas, infanta,
Não são damas para mi:
Dá-me outra coisa, senhora,
Se queres que o traga aqui.»
– «Não tenho mais que te dar,
Nem tu mais que me pedir.»
– «Tudo, não, senhora minha,
Que inda não te deste a ti.»
– «Cavaleiro que tal pede,
Que tão vilão é de si,
Por meus vilões arrastado
O farei andar aí
Ao rabo do meu cavalo,
À volta do meu jardim.
Vassalos, os meus vassalos,
Acudi-me agora aqui!»
– «Este anel de sete pedras
Que eu contigo reparti…
Que é dela a outra metade?
Pois a minha, vê-la aí!»
– «Tantos anos que chorei,
Tantos sustos que tremi!…
Deus te perdoe, marido,
Que me ias matando aqui.»
Almeida Garrett, Romanceiro
….
É garantido que só volto no dia seguinte…
Fevereiro 7, 2010 at 10:26 pm
#110- De facto há outra versão da Tabacaria que foi gravada num concerto no S. Luís.É bastante melhor…Foi o que estava à mão.
Fevereiro 7, 2010 at 10:26 pm
Depois, muito depois, os grandes poetas…
Fevereiro 7, 2010 at 10:27 pm
Sim,Reb, cumprir Portugal.
Fevereiro 7, 2010 at 10:30 pm
Um nome a decorar esse do MENDES DE CARVALHO…. Originalíssimo
Fevereiro 7, 2010 at 10:30 pm
Fevereiro 7, 2010 at 10:30 pm
Identifico-me tanto com isto:
A Melhor Maneira de Viajar é Sentir
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d’Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.
….incompleto ( álvaro de CAMPOS, SEMPRE)
Fevereiro 7, 2010 at 10:31 pm
# 104
Praticamente leccionei sempre Secundário e quando faço “substituições e apanho putos do 3º ciclo, lido facilmente com eles, mas prefiro o pessoal mais velho. Falar assim “d’omem pr’a homem” estás a ver? E a aula de português é um mundo.
reb, o teu sobrinho não deve ter “pegado” na mesma ponta que eu peguei no programa. Comecei pelo ortónimo, já lá vão os heterónimos e agora Os Lusíadas e Mensagem. Em Março vamos ao TEP assitir ao teatro ” Felizmente há Luar!” 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:31 pm
Estava o belo Infante
No seu jardim assentado
Com uma tromba de elefante
Seu desejo aplacado.
Deitou os olhos ao par
Viu uma testa enrugada;
A mão em que se vinha,
Era a que nos desgovernava.
Fevereiro 7, 2010 at 10:31 pm
Quanto à MENSAGEM é um livro do outro mundo… Só.
Fevereiro 7, 2010 at 10:32 pm
Tem a sua piada a dicotomia, por exemplo, entre Sócrates e m*rda, a pior não é censurada.
Não me venham com a m*erda que a culpa é do sensor que censura no wordpress.
Fevereiro 7, 2010 at 10:32 pm
VÁ.. MAIS OUTRA..
Bóiam farrapos de sombra
Fernando Pessoa
Bóiam farrapos de sombra
Em torno ao que não sei ser.
É todo um céu que se escombra
Sem me o deixar entrever.
O mistério das alturas
Desfaz-se em ritmos sem forma
Nas desregradas negruras
Com que o ar se treva torna.
Mas em tudo isto, que faz
O universo um ser desfeito,
Guardei, como a minha paz,
A ‘sp’rança, que a dor me traz,
Apertada contra o peito.
Fernando Pessoa
Fevereiro 7, 2010 at 10:34 pm
Não esquecer que a MENSAGEM é o livro que Socrates devia ter à cabeceira… e não o MAQUIAVEL…
Fevereiro 7, 2010 at 10:35 pm
Aproveitar o Tempo
Aproveitar o tempo!
Mas o que é o tempo, que eu o aproveite?
Aproveitar o tempo!
Nenhum dia sem linha…
O trabalho honesto e superior…
O trabalho à Virgílio, à Mílton…
Mas é tão difícil ser honesto ou superior!
É tão pouco provável ser Milton ou ser Virgílio!
Aproveitar o tempo!
Tirar da alma os bocados precisos – nem mais nem menos –
Para com eles juntar os cubos ajustados
Que fazem gravuras certas na história
(E estão certas também do lado de baixo que se não vê)…
Pôr as sensações em castelo de cartas, pobre China dos serões,
E os pensamentos em dominó, igual contra igual,
E a vontade em carambola difícil.
Imagens de jogos ou de paciências ou de passatempos –
Imagens da vida, imagens das vidas. Imagens da Vida.
Verbalismo…
Sim, verbalismo…
Aproveitar o tempo!
Não ter um minuto que o exame de consciência desconheça…
Não ter um acto indefinido nem factício…
Não ter um movimento desconforme com propósitos…
Boas maneiras da alma…
Elegância de persistir…
Aproveitar o tempo!
Meu coração está cansado como mendigo verdadeiro.
Meu cérebro está pronto como um fardo posto ao canto.
Meu canto (verbalismo!) está tal como está e é triste.
Aproveitar o tempo!
Desde que comecei a escrever passaram cinco minutos.
Aproveitei-os ou não?
Se não sei se os aproveitei, que saberei de outros minutos?!
(Passageira que viajaras tantas vezes no mesmo compartimento comigo
No comboio suburbano,
Chegaste a interessar-te por mim?
Aproveitei o tempo olhando para ti?
Qual foi o ritmo do nosso sossego no comboio andante?
Qual foi o entendimento que não chegámos a ter?
Qual foi a vida que houve nisto? Que foi isto a vida?)
Aproveitar o tempo!
Ah, deixem-me não aproveitar nada!
Nem tempo, nem ser, nem memórias de tempo ou de ser!…
Deixem-me ser uma folha de árvore, titilada por brisa,
A poeira de uma estrada involuntária e sozinha,
O vinco deixado na estrada pelas rodas enquanto não vêm outras,
O pião do garoto, que vai a parar,
E oscila, no mesmo movimento que o da alma,
E cai, como caem os deuses, no chão do Destino.
Álvaro de Campos, in “Poemas”
Heterónimo de Fernando Pessoa
Fevereiro 7, 2010 at 10:35 pm
Para alegrar o pessoal..
Lacrimae Rerum
Antero de Quental
Noite, irmã da Razão e irmã da Morte,
Quantas vezes tenho eu interrogado
Teu verbo, teu oráculo sagrado,
Confidente e intérprete da Sorte!
Aonde são teus sóis, como coorte
De almas inquietas, que conduz o Fado?
E o homem por que vaga desolado
E em vão busca a certeza, que o conforte?
Mas, na pompa de imenso funeral,
Muda, a noite, sinistra e triunfal,
Passa volvendo as horas vagarosas…
É tudo, em torno a mim, dúvida e luto;
E, perdido num sonho imenso, escuto
O suspiro das cousas tenebrosas…
Fevereiro 7, 2010 at 10:36 pm
Ou as crónicas da F.C.
Fevereiro 7, 2010 at 10:36 pm
#128
O Maquiavel não é um livro.
Testarei.
Fevereiro 7, 2010 at 10:36 pm
#124
Pita Xuxa Soares, autorizas-me a recitar o Belo Infante, quando me for necessário?
Fevereiro 7, 2010 at 10:36 pm
Mário Viegas
Fevereiro 7, 2010 at 10:37 pm
#123, pois, ele pegou nos Lusíadas e Mensagem, depois ortónimo e está a entrar nos heterónimos.
Fevereiro 7, 2010 at 10:37 pm
ANTERO : Um Homem quase tão vertical como Herculano.
Fevereiro 7, 2010 at 10:39 pm
“O professor disserta sobre ponto difícil do programa.
Um aluno dorme,
Cansado das canseiras desta vida.
O professor vai sacudí-lo?
Vai repreendê-lo?
Não.
O rofessor baixa a voz,
Com medo de acordá-lo.”
Carlos Drummond de Andrade
Fevereiro 7, 2010 at 10:39 pm
FAFE:
Ler MAQUIAVEL : Sinédoque: o autor pela obra
Fevereiro 7, 2010 at 10:40 pm
Lindo..lindo..excelso…
Fevereiro 7, 2010 at 10:40 pm
Cama!, farto de ler asneiras.
Sorte, não volto hoje.
Fevereiro 7, 2010 at 10:41 pm
Conhecem isto? Costumo dar a ouvir aos meus alunos. 😆
O D. Sebastião foi para Alcácer Quibir
de lança na mão, a investir, a investir,
com o cavalo atulhado de livros de história
e guitarras de fado para cantar vitória.
O D. Sebastião já tinha hipotecado
toda a nação por dez reis de mel coado
para comprar soldados, lanças, armaduras,
para comprar o V das vitórias futuras.
O D. Sebastião era um belo pedante
foi mandar vir para uma terra distante
pôs-se a discursar: isto aqui é só meu
vamos lá trabalhar que quem manda sou eu.
Mas o mouro é que conhecia o deserto
de trás para diante e de longe e de perto
o mouro é que sabia que o deserto queima e abrasa
o mouro é que jogava em casa.
E o D. Sebastião levou tantas na pinha
que ao voltar cá encontrou a vizinha
espanhola sentada na cama, deitada no trono
e o país mudado de dono.
E o D. Sebastião acabou na moirama
um bebé chorão sem regaço nem mama
a beber, a contar tim por tim tim
a explicar, a morrer, sim, mas devagar
E apanhou tal dose do tal nevoeiro
que a tuberculose o mandou para o galheiro
fez-se um funeral com princesas e reis
e etcetera e tal, Viva Portugal.
O anti herói
Fevereiro 7, 2010 at 10:41 pm
Quem não sentiu já isto? 🙂
LIBERDADE
Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa…
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças…
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca…
Fernando Pessoa
Fevereiro 7, 2010 at 10:42 pm
Lisboa a respirar…
Fevereiro 7, 2010 at 10:42 pm
Óm mesmo que ler CAmÕES pelos LUSÍADAS
Fevereiro 7, 2010 at 10:43 pm
Reb
O teu sobrinho talvez esteja mais na onda do Cesariny. Olha que pode ser um bom começo.
Mostra-lhe isto…
O Álvaro gosta muito
O Álvaro gosta muito de levar no cu
O Alberto nem por isso
O Ricardo dá-lhe mais para ir
O Fernando emociona-se e não consegue acabar.
O Campos
Em podendo fazia-o mais de uma vez por dia
Ficavam-lhe os olhos brancos
E não falava, mordia. O Alberto
É mais por causa da fotografia
Das árvores altas nos montes perto
Quando passam rapazes
O que nem sempre sucedia.
O Fernando o seu maior desejo desde adulto
(Mas já na tenra idade lhe provia)
Era ver os hètèros a fod*r uns com os outros
Pela seguinte ordem e teoria:
O Ricardo no chão, debaixo de todos (era molengão
Em não se tratando de anacreônticas) introduzia-
-Se no Alberto até à base
E com algum incómodo o Alberto erguia
[…]
Mário Cesariny, O virgem negra
Fevereiro 7, 2010 at 10:44 pm
MALDISPÔS-SE O FAFE…
Fevereiro 7, 2010 at 10:45 pm
#142, ali o Fafe 😉
Fevereiro 7, 2010 at 10:45 pm
#139, LINDO, lindo, Buli!
#141, cantei isso tantas vezes. 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:45 pm
Ups enganei-me era este que se referia a Lisboa…atenção o vídeo é hot…
Fevereiro 7, 2010 at 10:46 pm
#145, brincas, isso ela ia adorar! 🙂 🙂
Fevereiro 7, 2010 at 10:47 pm
Ei CESARINY, como me fazes lembrar um rapaz cá do “burgo”
Fevereiro 7, 2010 at 10:49 pm
Sim mas este ao menos fazia poesia…e boa…acho eu…
Se existe vídeo que capte a atmosfera de Lisboa como nenhum outro é este…até a música se cola á cidade como sempre tivesse feito parte dela…mangnifique…
Fevereiro 7, 2010 at 10:50 pm
Bem, caros amigos, que F.P esteja convosco, xau.
Fevereiro 7, 2010 at 10:50 pm
#15
E para apaziguar as mentes doridas, só mesmo outra que tal… o genial Nick Cave.
Esqueçam este país, este nosso infortúnio…e ouçam Cave… e já agora, leiam-no também… seu último livro «The Death of Bunny Munro».
Fevereiro 7, 2010 at 10:51 pm
Buli, Excelente
Fevereiro 7, 2010 at 10:53 pm
A pedido..uma das melhores -para mim-do Cave..e o tele disco é sublime..é impossível ficar indiferente ás imagens à música e ás expressões dos rostos…
Fevereiro 7, 2010 at 10:53 pm
Aula de amor
Mas, menina, vai com calma
Mais sedução nesse grasne:
Carnalmente eu amo a alma
E com alma eu amo a carne.
Faminto, me queria eu cheio
Não morra o cio com pudor
Amo virtude com traseiro
E no traseiro virtude pôr.
Muita menina sentiu perigo
Desde que o deus no cisne entrou
Foi com gosto ela ao castigo:
O canto do cisne ele não perdoou.
Bertolt Brecht
Para quem tiver curiosidade por poesia entre o picante e o erótico,deixo este link ( atenção, anda por aí um padre levado do catano! 😆 )
http://cseabra.utopia.com.br/poesia/poesias/poesias.html
Fevereiro 7, 2010 at 10:58 pm
Magnífico,Buli!
Fevereiro 7, 2010 at 10:59 pm
#149 Buli
Uma maravilha!
Obrigado.
Pessoal vou ler um bocado.
“Bartleby, o Escrivão”, de H. Melville
O estranho caso de Bartleby, o Escrivão, que não só age de forma contrária a toda a lógica, como constrange os outros a tornarem-se seus desalentados cumplices.
Kafka, meio séculos antes!…
Saudações umbiguistas.
Fevereiro 7, 2010 at 11:09 pm
Até amanhã pessoal..deixo esta para a despedida…
Fevereiro 7, 2010 at 11:30 pm
Cá dentro…
http://porquemedizem.blogspot.com/2010/02/sos.html
Fevereiro 7, 2010 at 11:35 pm
Brincalhão
Vai e recita meu filho. Que as musas te inspirem.
Fevereiro 7, 2010 at 11:45 pm
A renovação do parque escolar?
Nós queremos!
http://designstudiofeup.blogspot.com/2010/01/sleeping-box.html
Fevereiro 8, 2010 at 9:01 pm
#163-Demasiado jap!