Uma greve muito complicada de gerir em termos de opinião pública pela única classe profissional que, para além dos professores, tem mostrado garra na defesa dos seus direitos e da sua dignidade contra um Governo refém dos caprichos jardinescos e sem lobbies de bastidores
Sindicato dos enfermeiros diz que adesão à greve anda pelos 90 por cento
Num primeiro balanço provisório da greve dos enfermeiros que hoje se iniciou o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) estima que, no turno da manhã, tenham aderido 90 a 95 por cento dos profissionais, disse o presidente da estrutura, José Carlos Martins. Já o Ministério da Saúde diz que a adesão andou pelos 77 por cento.
Janeiro 28, 2010 at 10:04 am
Um abraço solidário aos enfermeiros do nosso país!
Janeiro 28, 2010 at 10:20 am
Força enfermeiros deste país!
Janeiro 28, 2010 at 10:33 am
“…única classe profissional que, para além dos professores, tem mostrado garra na defesa dos seus direitos e da sua dignidade…”
Parece-me que podemos considerar que os enfermeiros são a única classe que continua a mostrar garra na defesa dos seus direitos e da sua dignidade. Por isso, devia servir-nos de exemplo! Por isso olho para eles com respeito e admiração!
Janeiro 28, 2010 at 10:35 am
Paulo, e se falássemos em “defender com garra os interesses de Portugal”? Porquê essa nostalgia da lógica corporativa? Não o percebo Paulo, quando pensa fá-lo muito condicionado por afectos políticos? Mesmo na defesa das reivindicações dos professores, muitos indignos desse nome, há um radicalismo da sua parte que o coloca fora de uma ética capaz de superar os pequenos egoísmos classistas. Será uma nova forma de luta de classes, agora com um proletariado mais aburguesado?
Com isso creio que desperdiça as suas inegáveis qualidades de retórico informado (não é uma designação negativa) escorregando para dinâmica colérica que a prazo deixará no seu blog apenas os saudosos ingénuos de revoluções com cerveja.
Janeiro 28, 2010 at 11:10 am
#4,
Quanto a retórica o seu comentário é um rematado exemplo de não sei bem o quê.
Quanto à lógica corporativa – colérico, eu? aqui no blogue? – desafiaria o meu caro amigo e demonstrar que grupo profissional qualificado o não é.
MAs, mais importante do que isso, nunca me consegui render aos gostos pós-modernos, imensamente relativistas, esvaziadores dos valores e convicções, em que tudo vale, desde que defendido de forma sofista.
Vai-me desculpar ainda mas, quanto a revoluções não me sinto grande adepto e de cerveja apenas o sou moderadamente.
Acho, com toda a sinceridade, que eu sou daqueles que teve orgasmos múltiplos com o espectáculo dos Três Cantos.
Acontece que não.
Gosto mais de Ramones, Talking Heads ou mesmo Clash em matéria de revivalismo, mais pela atitude do que por qualquer revolução retardada.
Tiro na água, caro amigo.
Defender a verticalidade de uma atitude é o que é.
Antes isso que fazer trejeitos indignados para consumo televisivo.
Abraço,
Janeiro 28, 2010 at 11:36 am
“(…)defender com garra os interesses de Portugal”.
Que conversa bacoca. Temos mais um “eu sou mais patriota que tu”.
Há uma grande diferença entre os professores que participam abertamente neste blogue, e os papagaios que passam por aqui de vez em quando para provocar. É que, sobre estes, não sabemos nada, quem são, o que fazem, o que querem, quais os seus interesses, como ganham a vida, etc. Portanto, estamos em planos completamente diferentes. Ignorar e/ou desprezar, é o meu lema.
Janeiro 28, 2010 at 11:43 am
Engraçado ver a invejazinha da FESAP em relação aos professores. Ficou tudo pacífico por aquelas bandas, as carreiras e vínculos, o roubo do tempo, a avaliação. Só acham escandaloso o aumento zero. E o resto, não? Estão à espera de quê?
Janeiro 28, 2010 at 11:58 am
Que a greve dos enfermeiros seja um exemplo para nós!
Há que mobilizar!
Janeiro 28, 2010 at 12:29 pm
Também eu saúdo a greve dos enfermeiros, que lutam por justiça!
Mas não resisto a recordar, sobretudo àqueles que se queixam recorrentemente da ineficácia dos sindicatos, da desunião da classe, de não sabermos o que queremos, etc:
Os enfermeiros estão a lutar, HOJE, por algo que nós temos desde o nosso primeiro ECD (1989): ser tida em conta a habilitação académica para o ingresso e progressão na carreira.
Janeiro 28, 2010 at 12:49 pm
os enfermeiros têm uma clara desvantagem corporativa: não gostam de marchar na Avenida nem têm um blog como este… e outra ainda: a malta fica particularmente lixada quando chega ao Hospital e o enfermeiro está de greve. e outra ainda: aquilo que ganham em média é quase pornográfico para os padrões Portugueses. Mesmo!
Janeiro 28, 2010 at 1:00 pm
Muito bem, enfermeiros portugueses.
Janeiro 28, 2010 at 1:08 pm
Enfermeiros, FORÇA!
Janeiro 28, 2010 at 4:11 pm
Parabéns aos enfermeiros deste país!
Janeiro 28, 2010 at 4:12 pm
” pornográfico ” é o que ganham os gestores, administrados,politicos, o governador do Banco de Portugal, assessores dos politicos, consultores….
Os enfermeiros tem todo o direito de exigir os seus direitos.
Janeiro 28, 2010 at 5:07 pm
#4-“Defender com garra os interesses de Portugal!.Tem piada..É precisamente
isso que o governo não faz…
uh uh…o vento lá fora…
Janeiro 28, 2010 at 5:21 pm
É verdade que os professores tentaram mostrar garra mas os sindicatos é que estavam pouco interessados em que a mostrassem. A história da “grande batalha dos OIs” é treta porque nem tinha carácter obrigatório. O resto entregaram de mão beijada.
Um nojo histórico.
Janeiro 28, 2010 at 8:20 pm
A luta dos enfermeiros tem paralelo com a dos professores, não é?
A começar por uma greve de três dias. Tal e qual.
Parabéns Enfermeiros desta espécie de país.
Janeiro 28, 2010 at 8:26 pm
Eram 100 enfermeiros e fizeram-se ouvir.
Boa!
A marcha lenta é uma ideia a copiar cá pelo burgo 🙂
Janeiro 28, 2010 at 8:29 pm
A nossa solidariedade com os enfermeiros!
Janeiro 29, 2010 at 7:08 am
Boa, enfermeiros!!
Assim é que é!!