Caro/a professor/a,
Na sequência do Acordo de Princípios estabelecido entre ME e Sindicatos, o Bloco de Esquerda reuniu com as estruturas sindicais dos professores (FENPROF e FNE) no sentido de avaliar as implicações do acordo, quer no que toca ao modelo de progressão na carreira, quer em relação ao modelo de avaliação de desempenho docente.
Expressámos as nossas preocupações, e debatemos a negociação que agora decorre sobre organização dos horários de trabalho – uma questão que consideramos ser central na qualificação da escola pública e do trabalho dos professores com os seus alunos.
Nesse sentido, assumimos dois compromissos, que gostaríamos de lhe dar conta:
1. Eliminar as quotas do modelo de avaliação de desempenho.
A manutenção das quotas para as classificações de “excelente” e “muito bom”, ligando-as à possibilidade de progressão automática na carreira em dois escalões, mostra que o novo modelo de avaliação não irá servir para melhorar práticas educativas – mas apenas e só para criar obstáculos à progressão na carreira dos professores. É, portanto, a repetição da estratégia de Maria de Lurdes Rodrigues. É preciso um modelo de avaliação credível e proveitoso, que permita corrigir problemas e melhorar as práticas educativas. Não é com quotas que se constrói esse modelo.
2. Democratizar a gestão escolar.
A estrutura de direcção do novo modelo de gestão das escolas conduziu a uma inaceitável concentração de poder discricionário na figura do director, e muitos testemunhos mostram opções clientelares na designação dos cargos de coordenação intermédia. É preciso devolver a democracia à escola, e a responsabilidade aos professores – recuperando o mecanismo de eleição dos coordenadores de departamento e do presidente do conselho pedagógico.
Aproveito para enviar aqui o link para a reportagem do esquerda.net sobre esses encontros, e esses compromissos.
Aguardamos os diplomas que venham a ser aprovados pelo governo – o novo ECD, e as alterações ao modelo de gestão, em virtude do fim da categoria de “professor titular”.
Para que as propostas de alteração a esses diplomas possam repor a justiça na avaliação e progressão da carreira, e responder efectivamente aos problemas que se vivem no quotidiano das escolas públicas, agradecemos os seus contributos, as informações e opiniões que lhe pareçam importantes.
Com os melhores cumprimentos,
Ana Drago
Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda
Janeiro 26, 2010
Janeiro 26, 2010 at 7:30 pm
Falta a reposição dos 2 anos e tal que estão congelados.
Janeiro 26, 2010 at 7:32 pm
Gosto.
Janeiro 26, 2010 at 7:36 pm
Querida Ana
O que é isso de gestão democrática das escolas? Conviria começar por utilizar menos chavões pois só desse modo saberemos se estamos a pensar todos no mesmo.
Janeiro 26, 2010 at 7:40 pm
estes sim ! são profissionais com SINDICATO !
http://www.publico.clix.pt/Sociedade/greve-dos-enfermeiros-devera-afectar-todos-os-servicos-durante-tres-dias_1419699
Janeiro 26, 2010 at 7:41 pm
Quando é que o Fafe analisará a pontuação deste texto… 🙂
Janeiro 26, 2010 at 7:43 pm
Qual pontuação?
Janeiro 26, 2010 at 7:55 pm
sim, td isto é mt bonito para “professor ver”. Ninguém no parlamento está preocupado com esta fase de transição da ADD.
Parece-me k todos os deputados, da esquerda à direita se esqueceram desta fase de transição entre o modelo anterior e o que ira surgir…
Ainda temos ADD pelo 1A/2009, a maioria dos directores continuam com o processo, alguns dos docentes, completado o 1º ciclo de avaliação começam a aceder a novos escalões, mas como progridem em 2010, têm de ter 1 avaliação intercalar e continua a palhaçada do simplex, continuam os titulares a avaliar, enfim, está td na mesma, mas parece que está td diferente. É hora dos srs deputados e da srª ministra clarificar o k ntem de ser feito neste período intercalar.
Reparem, o 1A/2009 está em vigor, tudo tem de acontecer segundo este modelo, e é o k foi dito pelo secretário de estado e a srª ministra nas reuniões k andou a fazer pelo país. No entanto, há escolas a aplicar o 1A/2009, outras a suspender o processo de avaliação, outras a aplicar apenas aos docentes k mudam de escalão e aos docentes contratados. Será k os senhores deputados, ainda não perceberam k foram enganados pelo sr sócrates e pela ministra? “Com papas e bolos se enganam os tolos”.. e nós somos os tolos, pq nos deram papas e nós acalmamos a fome, sem perceber que eram envenenadas…
Pensemos nisto caros colegas… vamos chegar a 31 de agosto e nada mudou nem ninguem esclareceu esta fase de transição e mais 1 vez o sr sócrates ganhou… enfim…
Espero k a Ana drago pense nestas palavras e todos aqueles que kerem uma politica séria para a educação… acabem o k começaram e dp passem para outro problema…só peço justiça e lealdade para uma classe k dá ainda ultrajada…
Janeiro 26, 2010 at 7:58 pm
#3
eu compreendi bem a parte do “Democratizar a gestão escolar” e acho mais importante do que “Eliminar as quotas do modelo de avaliação de desempenho.”
Quando se encontrar numa escola como a minha percebe.
Janeiro 26, 2010 at 8:08 pm
Quando me encontrei em escolas como a sua vim-me embora.
Janeiro 26, 2010 at 8:08 pm
#7
“Espero k a Ana drago pense nestas palavras e todos aqueles que kerem uma politica séria para a educação… acabem o k começaram e dp passem para…”
Espero que a Ana Drago não venha ler os seus k k k e outras abreviaturas. Não ficam bem estas abreviaturas num prof. Desculpe o desabafo.
Janeiro 26, 2010 at 8:17 pm
#9
Parece-me então que ainda vai mudar muitas vezes de escola.
Janeiro 26, 2010 at 8:23 pm
Não me incomoda mudar. Até mudo de Continente. Mas compreendo que em Portugal somos um pouco avessos à mudança.
Nas várias escolas em que há problemas com a direcção tenho verificado que a colegada não fez o que devia em devido tempo e deixou o caminho aberto para a situação em que agora se encontram.
Janeiro 26, 2010 at 8:28 pm
#12
É uma solução. Mas então o que o fará estar neste blogue quando há tantas mudanças possíveis, de escola, de continente, de profissão
Janeiro 26, 2010 at 8:42 pm
De passagem, só de passagem …
Janeiro 26, 2010 at 8:55 pm
Ora, já podia ter dito, boa viagem.
Janeiro 26, 2010 at 9:05 pm
Portugal vai emprestar até 140 milhões a Angola
Portugal comprometeu-se com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a emprestar a Angola até 200 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros) já em 2010, ao abrigo do megaempréstimo no valor de 2,35 mil milhões de euros organizado pelo Fundo à ex-colónia portuguesa e a entrar nos cofres de Luanda já em Março próximo. (…) O crédito obrigará Portugal a endividar-se ainda mais no exterior, num contexto de aumento das taxas de juro, para, por sua vez, emprestar ao Governo de Eduardo dos Santos. (…)
O crédito a Angola destina-se a fazer face ao elevado défice externo do país, neste momento com uma grave crise na balança de pagamentos, provocada por uma forte queda nas exportações de ramas petrolíferas e dos respectivos preços em finais de 2008 e 2009. Uma crise na balança de pagamento que já estava, desde o ano passado, a causar problemas financeiros a algumas empresas que realizam negócios com angolanos.”
http://www.dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1478700
Janeiro 26, 2010 at 9:05 pm
Gostei da imagem do 1º link.
Aquilo é um beijo?
Janeiro 26, 2010 at 9:07 pm
#6
“Expressámos as nossas preocupações, e debatemos a negociação que agora decorre…”
O quê que aquela vírgula está ali a fazer?
Janeiro 26, 2010 at 9:12 pm
É o que dá só terem uma Câmara. Preocupam-se mais com a democracia nas escolas.
Janeiro 26, 2010 at 9:16 pm
”
Para que as propostas de alteração a esses diplomas possam repor a justiça na avaliação e progressão da carreira, e responder efectivamente aos problemas que se vivem no quotidiano das escolas públicas, agradecemos os seus contributos, as informações e opiniões que lhe pareçam importantes.”
Informações, opiniões. Vá lá, façam isso! Não custa nada. Mas de forma séria. O resultado? Logo se verá, mas pior não será! digo eu!
Janeiro 26, 2010 at 9:54 pm
Gostei especialmente desta parte.
É a 1ª vez que vejo falar disto:
“Aguardamos os diplomas que venham a ser aprovados pelo governo – o novo ECD, e as alterações ao modelo de gestão, em virtude do fim da categoria de “professor titular”.”
Janeiro 26, 2010 at 9:54 pm
É evidente que o 270 tem de ser revisto rapidamente, para que a “bota bata com a perdigota”.
Ao menos isso!
Janeiro 26, 2010 at 9:55 pm
#20, tenciono escrever-lhe.
Nesta fase, talvez só a Ana Drago esteja interessada nestes “pormenores”.
Janeiro 26, 2010 at 10:13 pm
Estava afixado e copiei:
Há escolas que teimam em avançar com uma avaliação em vias de ser revogada…
Em alguns agrupamentos e escolas não agrupadas, está a ser retomado o desenvolvimento do segundo ciclo do regime de avaliação que, em breve, será substituído, conforme decorre do acordo de princípios estabelecido entre o ME e as organizações sindicais. Neles, os professores estão a ser obrigados a optar entre a avaliação simplificada e a que integra a componente científico-pedagógica, sendo-lhes, igualmente, solicitada a entrega de objectivos individuais de avaliação.
Esta é uma situação sem sentido, mas que resulta do facto de este segundo ciclo avaliativo não ter sido suspenso, nem pelo ME/Governo, nem pela Assembleia da República. A FENPROF colocou, hoje, ao Ministério da Educação a necessidade de, clara e inequivocamente, as escolas serem informadas de que deverão parar com um procedimento que, para além de reintroduzir nas escolas um indesejado clima de intranquilidade e desassossego, exigirá dos professores um esforço que, sendo acrescido, é desnecessário.
Simultaneamente, na sequência das decisões do seu Secretariado Nacional, a FENPROF também fez ao Ministério da Educação um documento em que identifica diversas situações que, a não serem devidamente acauteladas, poderiam penalizar os docentes quando os princípios acordados no passado dia 7 de Janeiro forem traduzidos em articulado legal. São disso exemplo, a situação dos professores que estão no escalão de ingresso, bem como dos que, independentemente da categoria, se encontram no índice 245. Também constam desse documento aspectos como o acesso aos 3.º, 5.º e 7.º escalões em 2010 e 2011, a aposentação de docentes até 2015, a majoração das classificações obtidas para efeitos de progressão, a dispensa da prova de ingresso por docentes em serviço nas AEC, a aquisição dos graus de mestre e doutor, entre outros
Espera a FENPROF, com as suas propostas, evitar eventuais penalizações na transição para a nova carreira e contribuir para a estabilização da carreira dos professores e educadores, bem como para a promoção de um clima de serenidade nas escolas, propício ao bom desempenho profissional docente.
O Secretariado Nacional da FENPROF
26/01/20010
Janeiro 26, 2010 at 10:14 pm
Copiei e afixei aqui, porque pode responder a algumas dúvidas.
Janeiro 26, 2010 at 10:24 pm
Caríssima Senhora Deputada
Ana Drago,
Desacreditei na “movimentação parlamentar”, com vista ao encontro de soluções eficazes.
Peço desculpa pela franqueza, mas acho que a maioria dos senhores deputados acham que têm mais que fazer do que debater questões relacionadas com as carreiras dos professores, com a gestão escolar, com o estatuto dos alunos, com a redução dos horários de trabalho, etc, etc, etc.
Louvo as iniciativas parlamentares do BE e aproveito para lhe dar os meus parabéns pelo afinco com que tem defendido, justamente, a classe docente e a escola pública.
Rosa Henriques
Lisboa
Janeiro 26, 2010 at 10:46 pm
Mais uns a ficar caladitos quanto ao 1º ciclo de avaliação. Assobiam todos para o lado e siga a festa.
Janeiro 26, 2010 at 10:53 pm
#27
setora:
Completamente de acordo… em relação ao 1º ciclo de avaliação, todos a assobiar para o lado!
Também “desacreditei” na democracia parlamentar!
Quem lhe escrever, que lhe transmita….. eu não tenciono fazê-lo!
Janeiro 26, 2010 at 11:25 pm
Não fosse eu perdido pela Drago, e por isso incapaz de lhe dirigir palavra, e dir-lhe-ia que a demagogia ainda lhe sai pelas (magníficas) orelhas…
Janeiro 26, 2010 at 11:31 pm
#29,
Essas humanas fraquezas…
A parte de não conseguir dirigir palavra é que me espanta…
Mas então como?
Just action?
Janeiro 27, 2010 at 12:57 am
#12
Gostava que me explicasse como muda assim de escola com tanta rapidez. Tem algum concurso só para si?
è que eu fiquei 3 anos na mesma escola, e agora mais 4 porque não me deixaram concorrer por ser “tritular”!
Janeiro 27, 2010 at 3:23 am
#31
Pois é rapariga estou na privada.
E quando estive na pública recusei candidatar-me a titular. Mas, lá está, não se pode ter tudo. Vocês precisam começar a fazer opções.
Janeiro 27, 2010 at 10:11 am
#30
A paixão dá para a mudez. Bloqueio absoluto. Nem um autógrafo lhe consigo pedir. E eu que tantas críticas políticas teria para partilhar com ela… vejo-me assim neste estado. Miséria.
Janeiro 27, 2010 at 10:27 am
#33
Timidez. Isso trata-se 🙂
Janeiro 27, 2010 at 12:07 pm
#34
A Drago é uma Deusa Trotskysta com Orelhas de Dumbo… e essa combinação causa em mim um efeito único e desvastador… Uma vez cruzei-me com ela na FNAC e ia caindo em cima de uma banca de DVDs… tremendo…
Janeiro 27, 2010 at 5:53 pm
Hum!, anda por aqui o Jumento do esse-agá-rek.