Tivemos Eanes/Soares, Soares/Cavaco e agora temos Cavaco/Sócrates.
Assim uma coisa recorrente e em plano inclinado.
Presidentes e Primeiros-ministros em rotas de colisão, mais cedo do que tarde.
Hoje vem um obscuro assessor do PM desdizer e contra-atacar um menos obscuro assessor do PR sobre uma coisa que, em termos científicos, tem designações como coscuvilhice, quadrilhice, calhandrice, bisbilhotice, ce, ce,ce…
Tudo nas páginas do Expresso, o nosso semanário de referência dos sábados.
Tudo isto é de uma pequenez imensa, dando razão àquele texto que anda pela net – Avaliação em Cidadania Avançada, atribuído a Mário Crespo, mas cuja fonte primeira eu ainda não consegui detectar, pelo que nunca o transcrevi – que afirma que muitas destas pessoas nunca chegariam a posições de destaque em nenhuma democracia que se levasse a sério.
Adenda: A crónica do Mário Crespo está aqui.
Janeiro 23, 2010 at 3:04 pm
O autor é Mário Crespo.
O link para a crónica no JN é o seguinte:
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=1324169&opiniao=M%E1rio%20Crespo
Janeiro 23, 2010 at 3:09 pm
Isto quer dizer que o Paulo vai virar Monárquico…?!?
É que depois da bandalheira da I república, da ditadura da II e da guerrilha institucional da III só já falta voltar a modelo monárquico liberal…
Janeiro 23, 2010 at 3:31 pm
MOdelo Monárquico Liberal, JÁ!!!
Já chega de aturar idiotas.
No Daily Show do Jon Sturat a maior parte dos políticos portugueses não sobreviveriam dois minutos.
Janeiro 23, 2010 at 3:32 pm
Jon Stuart.
Janeiro 23, 2010 at 3:36 pm
Da net:
*NÃO SEI DE QUEM É A FRASE, MAS QUE É BOA…AH! ISSO É……*
*”O governo do PS compõe-se de dois grupos: um formado por gente totalmente
incapaz, e outro por gente capaz de tudo.”*
Janeiro 23, 2010 at 3:40 pm
“…muitas destas pessoas nunca chegariam a posições de destaque em nenhuma democracia que se levasse a sério…”
Nesta parte, discordo. Basta ver até onde chegaram o Bush Júnior, o Berlusconi ou mesmo o Durão Barroso.
Janeiro 23, 2010 at 3:47 pm
Um político que assuma o poder com a vontade sincera de executar uma política em que acredita e ambicione que o seu país esteja melhor do que estava quando ele começou a governar, esse precisa realmente de reunir um conjunto excepcional de qualidades: inteligente, carismático, idealista, determinado, corajoso e pragmático. Se não for tudo isto, é apeado ao virar da esquina.
Agora para gerir o sistema, favorecer os amigos e amparar os negócios que se vão fazendo à sua volta, qualquer um serve…
Janeiro 23, 2010 at 4:06 pm
A questão meus caros é que o Alegrete lançou-se para a frente, mas o José Sócrates está com ele visgada para ser ele a concorrer a Presidente da República:
sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010
A batalha presidencial intestina do PS: a lebre e a tartaruga
(…)
Portanto, José Sócrates aproveita a incerteza e a divisão para adiar a decisão oficial do Partido Socialista. Se a pressão interna for forte, o primeiro-ministro lançará um candidato-lebre seu, que, se a situação política consentir, será substituído em Setembro (daqui a oito meses) pelo maratonista… Sócrates.
Sócrates quer ser Presidente. E já: não quer esperar cinco anos. Sabe que tem um final anunciado do seu governo no afundamento da crise financeira do Estado e económica do País. Por isso, quer saltar para a Presidência da República. Não se incomoda perante a guerra fratricida do PS. Só não deixará o Governo em Outubro de 2010 – como planeia – para ser candidato presidencial, se o agravamento da crise for tão grande, como temo que seja, que o seu índice de aprovação diminua drasticamente.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2010/01/batalha-presidencial-intestina-do-ps.html
Janeiro 23, 2010 at 4:06 pm
“com ela visgada”
Janeiro 23, 2010 at 4:11 pm
Eles queixam-se que vão para a política e que perdem dinheiro, que não compensa os cabelos brancos, blá blá pardais ao ninho… pois…:
Novas funções
Sócrates premeia despedidos e derrotados
Por Helena Pereira
Mário Lino pode estar a caminho da REN. Antigos ministros e deputados fiéis ao primeiro-ministro não ficam no desemprego
Desde as últimas eleições legislativas, muitos despedidos do Governo e da Assembleia da República foram repescados para novas funções
Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, pode estar a caminho da presidência da RENsucedendo a outro socialista José Penedos, que termina em Março o seu mandato. Lino foi sondado para o lugar, mas ainda não tomou uma decisão quanto ao seu futuro. Certo é que gostaria de assumir um cargo executivo. Só não o pode fazer na área que tutelava enquanto ministro, as Obras Públicas.
De acordo com a lei, os ex-ministros ficam impedidos durante três anos de exercer funções em empresas dos sectores sobre os quais tenham tido responsabilidades.
Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, é outro caso de nomeação política. Foi indicada pelo Governo para a presidência da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), cargo que ocupará a partir de Maio.
José António Pinto Ribeiro, por seu lado, foi ministro da Cultura durante nove meses. José Sócrates optou por não o reconduzir depois das eleições legislativas, mas em contrapartida escolheu-o para um lugar de confiança política, o Conselho Superior do Ministério Público, onde foi substituir o deputado socialista Ricardo Rodrigues.
Filipe Baptista deixou de ser secretário de Estado-adjunto do primeiro-ministro, após as ultimas eleições, mas não desapareceu da ribalta política. Acabou nomeado para o conselho de administração da Anacom, a autoridade nacional das comunicações. E João Amaral Tomaz, ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, que saiu do Governo na remodelação no início de 2009, foi depois nomeado mediador de crédito.
A lista de actuais governadores civis, por exemplo, evidencia, por outro lado, a lógica de compensar quem ficou sem emprego.
helena.pereira@sol.pt
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Politica/Interior.aspx?content_id=160422
Janeiro 23, 2010 at 4:19 pm
Quanto ao Zezinho: vá trabalhar malandro…
sábado, 23 de Janeiro de 2010
Preparar o futuro pós-socratino: Programa de Trabalho Social em substituição do Rendimento Social
(…)
O nosso País precisa de uma reforma profunda do Estado social. Um dos sectores onde a intervenção é necessária é o Rendimento Social de Inserção (vulgo «rendimento mínimo»). O Rendimento Social de (Des)Inserção deve ser transformado num Programa de Trabalho Social – criando ainda um programa de baixa por doença para os casos temporários, ou duradouros, em que o trabalho (qualquer trabalho) não é possível?… Quem participasse do programa receberia consoante os dias em que trabalhasse, tal como acontece com os demais trabalhadores. No programa, o Estado criaria um bolsa de trabalho, com apoio dos ministérios, das autarquias e do terceiro sector, que ofereceria trabalho em troca de uma prestação social. Nenhuma criança, nenhum jovem deve deixar de estudar, comer, ter roupa e abrigo, mas é moral e socialmente preferível pagar creche, senhas de comida e roupa, e garantir trabalho à doméstica e ao pai. Para adultos sem doença em idade de trabalhar (com excepção das bolsas de estudo para jovens estudantes), não deve haver prestação social sem trabalho social.
Não é socialmente viável, nem para os próprios, nem para a comunidade, suportar um rendimento de ócio para 3,7% da população portuguesa (385.164 pessoas), um número que nos Açores chega a 7,8% da população regional. O trabalho não envergonha, dignifica; não rebaixa, eleva; não resigna, promove. Não há integração social, sem integração económica; e não há integração económica, sem trabalho.
http://doportugalprofundo.blogspot.com/2010/01/preparar-o-futuro-pos-socratino.html
Janeiro 23, 2010 at 5:39 pm
#6,
Dou a mão meio à palmatória, mas o Durão não chegou a lado nenhum por via democrática, mas por arranjos.
Quanto A Itália, acho que é a mãe de todas as democracias maradas.
O Bush Jr. realmente é que atrapalha o que eu escrevi.
Janeiro 23, 2010 at 6:11 pm
Sim, é importante discutir os caminhos para o topo e as saídas do topo, quase sempre asseguradas. Entretanto há pessoas normais a trabalhar oito horas por dia no duro a troco de 500 euros ou menos. E os topos decidiram encaixar cinco anos de progressão das carreiras dos professores. E estão a bombardear as ideias de que será necessário trabalhar até aos 68 anos. Topos de gama.
Janeiro 23, 2010 at 8:37 pm
Quando não se percebem os fundamentos das coisas … de repente elas não encaixam. É tramado.
Janeiro 23, 2010 at 10:49 pm
#6 António Duarte
Comentário a comentário
“…muitas destas pessoas nunca chegariam a posições de destaque em nenhuma democracia que se levasse a sério…”
Nesta parte, discordo. Basta ver até onde chegaram o Bush Júnior, o Berlusconi ou mesmo o Durão Barroso.
António discordo de si. Cada povo tem direito a eleger o maior idiota. Dentro desta linha foram eleitos George W. Bush, Berlusconi e até porventura o nosso PM.
Porém nos Estados Unidos o Presidente não pode designar um idiota qualquer. Tanto os secretários das várias pastas, como os juízes do Supremo Tribunal e ainda os chefes das diversas instituições secretas são alvo de um escrutínio muito rigoroso do carácter e do currículo do indivíduo, no Senado e em directo para as cadeias de televisão, proposto pelo Presidente pelo Presidente do EUA.
A diferença reside aí: o povo é soberano porque pode eleger quem quiser, mas para os tachos intermédios o escrutínio é muito apertado.
Eu pessoalmente gostaria que cada director geral e/ou cada gestor de uma empresa do estado passasse por uma “prova pública” na Assembleia da República antes de ser definitivamente nomeado para o cargo.