Educação Física com a mesma carga horária de Português? É um conceito curioso. Matemática a beneficiar de desdobramento de turma e com maior carga horária? Falta talvez um pouco de sensibilidade para perceber que ensinar a escrever BEM um texto pressupõe pequenos grupos e muitas horas de treino.
É uma proposta que menospreza claramente a língua materna.
Proponho desde já que este (colega) seja contemplado com uma carga horária semanal igual à que sugere como máximo para os alunos no 9.º ano.
Pagava para ver isso!
Num momento em que o país está virado para os cursos profissionais, para a formação profissional e para as tecnologias quem teve a infeliz ideia de eliminar a Educação Tecnológica?
Continuam a criar um currículo livresco e sem qualquer ligação com o futuro…
Espero que o nosso Ministério não se lembre de copiar pois seria mais um atentado à formação integral dos nossos jovens.
Quem propõe isto devia primeiro dar uma vista de olhos às Orientações Curriculares de Educação Tecnológica. Pode ser que aprenda mais alguma coisinha…
Já referi anteriormente, a Língua Portuguesa deve funcionar por turnos pelo menos num dos blocos semanais. Formação Cívica deve desaparecer do mapa como disciplina autónoma. Formação Cívica é dada por todos os professores em todas as disciplinas…
Sejamos sérios, a proposta de um currículo não se faz em cima do joelho, jogando com o número de horas como se estivessemos a jogar ao Sodoku.
Tenham tino, isso não se discute aqui. Que sei eu do perfil de conhecimentos que deve ter um aluno na área de História, sendo professor de Ciências Naturais? Como posso avaliar o número de horas necessárias para todas as disciplinas?
Ah pois, essa do “currículo livresco” é mais ou menos aquela ideia de que só vale a pena aprender o estritamente e funcionalmente útil. Para quê insistir no Teorema de Pitágoras, se isso não é usado por 99% da população? Para quê insistir em saber história, em conhecer arte, a boa literatura? Para quê ter cultura, se o que interessa é que o funcionário seja eficaz na sua linha de montagem?
“Currículo livresco sem qualquer ligação com o futuro.”
Muito melhor um currículo instrumental sem qualquer ligação ao passado e à cultura. Falta dizer abaixo a capacidade de pensar, viva a habilidade para executar.
É absolutamente indispensável um tempo de contacto entre turma e director de turma, sob pena de a disciplina que o desgraçado lecciona ficar severamente prejudicada.
A Formação Cívica está muito benzinho.
E (sai uma provocação…) a Educação Sexual acabou de ser promovida a área de inclusão obrigatória nos projectos educativos das escolas, com direito a tempo e espaço concretos no currículo.
Acho, que a nível as ciências deveria existir um aumento de meio bloco para o 7ºe 8º tanto para a física e química como para as ciências naturais. Visto ter os alunos só 90 minutos por semana, não permite dar a parte teórica e depois trabalhar a parte prática. A realização de actividades experimentais, implica na maior parte das vezes os 90 minutos e depois quando é que se dá a parte teórica. O
Matriz teórica todas as manhãs.
Matriz prática, artística, física e experimental todas as tardes.
Uma sala por turma.
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Gostava de confirmação sobre o dia de amanhã nas diversas escolas. http://arlindovsky.wordpress.com/2010/01/21/pay-day/
1. A formação musical até ao final do Secundário.
2. Alteração da designação (e cosequentemente do objecto) da disciplina de Educação moral e religiosa para Formação moral e religiosa.
Boa noite!
Se me permitem, creio que a discussão de uma reforma curricular, seja de que grau de ensino for, deve iniciar pela definição do que é essencial: que conteúdos devem ser leccionados e que metas se propõe serem atingidas. Se preferirem: quais as disciplinas e respectivos programas devem ser implementados. Antes disso, distribuir cargas horárias parece-me ser apenas um exercício de tiro ao alvo tentando que cada um tenha a carga horária mais conveniente para a sua área disciplinar, independentemente da sua importância maior, menor ou, até, nula.
E será útil haver um currículo único? Não era melhor haver desde cedo uma diversificação curricular? Em tempos havia logo no 9.º ano uma diversificação que não me parece nada inútil.
Depois há outra questão, que é a dimensão dos ciclos, agora que a escolaridade vai até ao 12.º ano. Isso altera o “paradigma”, não é?
Eu proponho o seguinte: que cada proposta seja acompanhada de uma declaração de interesses, nomeadamente qual o grupo disciplinar do(a)(os)(as) proponente(s).
É que isto parece mais o cada um puxar a brasa à sua sardinha, o que é vergonhoso, dada a relevância do tema em discussão.
Aprender a respirar,
Aprender a comer,
Aprender a usar o corpo,
Aprender a usar o cérebro,
Aprender a interagir com os outros,
Aprender a inventar,
Aprender a expressar-se,
Tudo isto na maior indisciplina e longe de qualquer currículo dirigista protagonizado por pretensos especialistas.
Espaço e tempo para aprender a autonomia como autididata.
E se, como em outros países, os alunos/famílias pudessem formar o seu currículo. Fiquei impressionado numa escola estrangeira quando me levaram ao curso de Francês, onde em simultâneo estudavam alunos de 6 anos até alunos de 15. Grupos pequenos, evidentemente, salvo erro com aula de francês todos os dias…
ops… isso era capaz de ficar muito caro. Pode ser eficaz, mas é caro. Fica mais barato meter grandes grupos em pequenas salas a fazer projectos de coisas triviais e a fingir que aprendem a usar o computador. (São mesmo necessários 3 anos de prática semanal de TIC para aprender a navegar na net e a usar editores de texto?)
Estou-me particularmente cagando para quem inventou a roda. Mas desde que ando de bicicleta percebo que é mais importante a roda do que a Moral.
E é nisto que se baseia a minha ideia de currículo. Nesmo que não seja original, mesmo que remonte a Nietsche, pelo menos, é minha porque ninguém naquele dia, naquela hora, naquele lugar a descobriu antes de mim. lembro sempre com prazer a minha primeira queda de bicicleta.
Prevê-se mais uma guerrinha com cada um a puxar a brasa à sua sardinha.
Para mim, todas as disciplinas têm igual importância. Acho escandaloso que educação musical termine no 2º ciclo. Acho tb que poderia existir uma bifurcação a partir do 2º/3º ciclos, num currículo que incluisse disciplinas mais práticas/ profissionalizantes em detrimento de uma carga horária demasiado teórica ( porque alguns alunos não a aguentam!!!).
Qto ao desenho curricular, não faço ideia como seria mas nunca poderia sobrecarregar os miúdos com a escola-non-stop.
Qto a aulas de 90 minutos, dispenso-as nas minhas disciplinas, embora possa compreender que em disciplinas mais práticas façam sentido.
Tb não gosto das aulas de 45 minutos, por me fugirem das mãos.
Julgo que 60 minutos seria adequado.
Qto às áreas curriculares não disciplinares, apenas salvaria a Formção Cívica, por ser um espaço útil de diálogo entre os alunos e a D.T.
Olha que curioso! Na Alemanha o curriculo é único até ao fim do secundário! Não há separação entre letras e ciências! Devíamos actualizar os nossos curricula e remontar pelo menos aos antigos gregos!
E as línguas ! Segunda Língua, opcional ? Só neste país ! é que noutros da Europa aprende-se sempre duas línguas e a partir do 10º ano os alunos das Humanidades até têm três Línguas! É que nem todos querem ir para Ciências! Há alunos que querem ser intérpretes, trabalhar na área do Turismo, seguir Tradução e nesses casos nem duas Línguas chegam ,quanto mais uma !
Um tempo de 90 minutos para a L.E II, com 28 alunos é a mesma coisa que não ter nada.
Continuamos, portanto, com a imbecilidade das aulas de 90 minutos.
Vamos bem.
Quanto ao “Espanhol”, além de não existir como língua, é uma inutilidade para o português médio que pode aprender sozinho. Por muito que falem na crise do Francês, é bem preferível ao dito “Espanhol”… E melhor que Castelhano, é o Alemão.
Continua-se a sobrevalorizar a Matemática e a desvalorizar a Físico-Química.
Enquanto continuarem com a metodologia que vem do 1.º Ciclo de não decorarem tabuadas, não fazerem cálculo mental e usarem calculadoras, não vos vale de nada terem 500 aulas de Matemática. Os alunos, salvo raras excepções, são incapazes do raciocínio mais elementar. São mais estúpidos do que uns velhotes que só fizeram a 2.ª classe.
É raro encontrar um aluno no 9.º ano que consiga fazer uma regra de três simples.
Ficam espantados quando conto as cotações das questões dos testes de cabeça. Nem somar conseguem. Pegam na máquina para somar parcelas com um algarismo…
Em 9 anos sabem menos do que antigamente com 3 ou 4 anos. Vamos no bom caminho…
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Declaração de interesses: Sou de História. Não opino em causa própria.
Discordo, em absoluto, com a proposta para a Matemática.
Foi um professor de Matemática que me chamou a atenção para este “pormenor”: o problema desta disciplina vem do 1º ciclo, onde esta matéria é muito pouco aprofundada. E disse-me mais: é pouco aprofundada porque os professores não têm formação para mais.
Será mesmo assim?
Porém, uma coisa parece-me certa: a matemática deve ser ensinada a partir do berço. Dividir as turmas em turnos no 7º ano… já é muito tarde.
Ouvi falar que vão tentar implementar as 60 horas na escola como no trabalho…até já existem creches das 5 da manhã ás 13 horas…
infelizmente por cá , ao contrário de na Coreia do Sul, o governo não nos manda para casa fazer amor e porcriar…lá chegará o tempo e a necessidade…
leu isso onde? Basta consultar o curriculo do colégio alemão em Lisboa. quem faz o liceu tem matemática até ao fim dos seus dias. E a formação de professores a nível suprior abrange sempre duas áreas (que no entanto podem ser tão díspares como Música e Física).
Eu gosto é do nome Fisico-Química. Sei o que é Física e sei o que é Física-Química e sei o que é Ciências Físico-Químicas.
Fisico-Química é que não sei o que é.
Haja rigor em tudo o que deve ter rigor.
#49, veja aqui, por exemplo.
A bifurcação é a partir do ensino primário ( 4 anos) e afinal são 4 currículos diferentes ( ao contrário dos 2 que eu julgava). Aprendi isso já há muito tempo, na Uni, pq estudei alemão.
Pesquise no google em “sistema educativo alemão”.
A divisão faz-se logo na 4ª classe, embora os alunos possam transitar de um modelo para o outro, mais tarde, se o quiserem.
Em Espanha, não se pode transitar de ano com negativas. Quem não consegue passar a auma disciplina no 3º período, tem exame em setembro. ( falo da escola básica/secundária, não do superior).
Aqui, qualque aluno pode fazer toda a escolaridade com 3 negativas. Contado, ninguém acredita!
Estudei num país do Norte da Europa e apesar de ter escolhido Letras ,optei por continuar a ter Matemática (5 horas das quais três eram obrigatórias ) e Fisico-Quimica. Isto a partir do décimo ano .Quando chegasse ao fim do liceu ,se tivesse boas notas em Matemática e mudasse de ideias quanto à minha escolha profissional,poderia optar por Economia em vez de Línguas .Tinha três Línguas estrangeiras a partir do 10º ano .Devo referir que tive Latim nos três anos do Básico E ACHO QUE FOI FUNDAMENTAL.
Com 3 não de todo Reb…no 9º ano se tiver três reprova….
Mas eu não sou tão papista como isso…transitar com uma ou duas negativas poderá ser aceitável…desde que as outras sejam mesmo positivas de facto…
Já no nosso tempo se passava com duas negativas no 9º ano..com 3 reprovava-se…e não foi por isso que as pessoas não se formaram e tiveram boas bases…
Concordo com a proposta, na generalidade. A ver na especialidade… Acho fantástico incrementar o ensino experimental das Ciências. Até que enfim que alguém se lembra que área de projecto e Estudo Acompanhado de muito pouco servem.
Gostaria que outros apresentassem as suas propostas…
A discussão, quando séria, é sempre de louvar.
Tirar as “coisas” não disciplinares que nada servem. O director de turma deve ter 1 hora no horário e receber os alunos individualmente ou em grupo, sendo nesta altura que os alunos justificam faltas e afins…
Curso de masturbação no currículo escolar de Extremadura, na Espanha, causa muita polêmica
Enviado em 06/12/2009 12:58
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Um novo curso escolar que ensina masturbação a jovens dos 14 aos 17 anos está a provocar polémica entre pais e educadores na Espanha O curso faz parte de um programa introduzido pelas Secretarias de Educação e Juventude da província da Extremadura, e intitulado “O prazer está nas suas mãos”. Ele pre
Por Tarcicio + Amigo
Se calhar, devíamos ter, a partir do 7 ano, dois percursos paralelos, um mais académico, e o outro mais prático, mas sem FACILITISMOS.Os alunos poderiam, conforme variados factores a ver/estudar, passar de um para o outro.
O que acham disto?
Não sou de Geografia e acho inaceitável que esta disciplina tenha menos horas do que Educação Física ou as mesmas que “Educação Cívica (!)”!! Da mesma forma, qualquer língua que tenha apenas duas aulas por semana não adianta nada a ninguém:é só para se ter um carradão de turmas e não conhecer os alunos!!
Abaixo essa trapalhice de proposta!!
Bem vou aos lençóis..Carpe Diem..Leiam para se divertirem e compararem…
istemas de ensino na União Europeia
Joana Silva Santos| 2007-01-24
Uma das razões apontadas para as alterações que o Governo quer implantar no Ensino Básico é tentativa de aproximar o sistema educativo português daqueles que são praticados, com sucesso, na União Europeia. O EDUCARE.PT analisa e compara aqui alguns desses sistemas.
Em Portugal, o ensino é obrigatório e prolonga-se até ao 9.º ano com as crianças a começarem a escola aos 6/7 anos. O ano escolar decorre entre Setembro e Junho, com a duração de 180 dias. No 1.º ciclo o tempo lectivo semanal estende-se até às 25 horas, 5 horas por dia, incluindo intervalos. Cabe ao professor gerir o tempo lectivo das diferentes áreas de acordo com as características da turma e o horário da escolar. A escola mantém-se aberta até às 17h30 para actividades de animação e apoio, enriquecimento curricular ou actividades extra curriculares. Já no 2.º ciclo passam a existir 16 períodos lectivos, de 90 minutos cada, sendo a carga horária diária estabelecida pelos órgãos de gestão dos estabelecimentos de ensino.
No 1.º ciclo, as turmas só com um ano de escolaridade não devem ter mais de 24 alunos e se existirem alunos de mais de dois anos escolares e só um professor, então o número de alunos tem de ser reduzido para 22. No 2.º ciclo procura-se manter a turma do ano anterior e agrupar alunos da mesma idade. Aqui o número de alunos de cada turma pode variar entre os 24 e os 28.
O programa é estabelecido a nível nacional mas estão previstos ajustamentos em função dos recursos e infra-estruturas das escolas, bem como de propostas elaboradas no âmbito da sua autonomia. A escolha dos manuais escolares é da competência do conselho de docentes no 1.º ciclo, e do Departamento Curricular no 2.º, de acordo com critérios de apreciação estabelecidos ao nível dos Serviços Centrais do Ministério da Educação.
Em termos de currículo, o programa do 1.º ciclo inclui as seguintes áreas: Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio, Expressões (artística e físico-motora), Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica.
Já no 2.º ciclo, no plano curricular estão incluídas as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História e Geografia de Portugal, Matemática, Ciências da Natureza, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical, Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Educação Cívica. Em ambas as etapas a Educação Moral e Religiosa surge como disciplina facultativa.
Para já, no 1.º ciclo o modelo de ensino é globalizante e está a cargo de um único professor, podendo este ser apoiado em áreas especializadas. Já o 2.º ciclo funciona em regime de pluridocência, está organizado por áreas de estudo de carácter pluridisciplinar sendo desejável que a cada área corresponda um ou dois professores.
No que concerne à avaliação, esta tem um carácter sistemático e contínuo. Se o aluno não desenvolver as competências necessárias para progredir com sucesso os seus estudos pode ficar retido. Contudo, no 1.º ciclo, excepto se o aluno tiver ultrapassado o limite de faltas injustificadas, não há lugar a retenção. Em caso de retenção, compete ao professor titular da turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de turma, no 2.º ciclo, elaborar um relatório que identifique as competências não adquiridas pelo aluno que deverão ser tidas em consideração na elaboração do projecto curricular de turma em que será integrado no novo ano lectivo.
Espanha
Do outro lado da fronteira o ensino é obrigatório dos 6 aos 16 anos de idade e divide-se em duas etapas: a educação primária – três ciclos com a duração de dois anos cada um, equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo – e a Educação Secundária obrigatória com quatro cursos – equivalente ao nosso 3.º ciclo e Ensino Secundário. A duração do ano escolar é igual, prolongando-se de Setembro a Junho, e compreende no mínimo 180 dias.
As escolas funcionam durante cinco dias da semana e na educação primária há em media 25 aulas semanais, sendo o número mínimo de horas lectivas de 810 horas.
Em termos de currículo, o Governo estabelece as matérias mínimas, que são depois alargadas por cada uma das comunidades autónomas; num segundo nível, cada centro educativo adapta e desenvolve este currículo básico ao seu caso em particular, e, por fim, cada professor programa as aulas de acordo com o grupo de alunos especifico e apresenta determinadas unidades didácticas.
No ensino primário – equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo – as área obrigatórias são: Conhecimento do Meio Social, Natural e Cultural, Educação Artística; Educação Física, Língua Castelhana e Literatura, Língua Oficial e Literatura Própria da Comunidade Autónoma (se existir), Língua Estrangeira e Matemática. A disciplina de Religião Católica é opcional. Os Centros Educativos têm autonomia pedagógica nas escolha dos diferentes manuais e materiais didácticos que são utilizados.
As turmas têm no máximo 25 alunos e os estudantes são agrupados de acordo com as suas idades. As aulas da educação primária são dadas por um único professor para todas as áreas com excepção de Música, Educação Física e Língua Estrangeira. Só no Secundário é que os alunos passam a ter um professor por disciplina.
A avaliação é contínua e tem em consideração a evolução do aluno nas diferentes áreas. Só se pode repetir de ano uma vez ao longo de toda a etapa e os alunos que passarem de ciclo com avaliação negativa em alguma área devem receber todos os apoios necessários para a sua recuperação. Na educação primária dá-se especial atenção à diversidade dos alunos e à prevenção de eventuais dificuldades de aprendizagem actuando desde logo ao primeiro sinal. É feita uma avaliação de diagnóstico, apenas com um carácter formativo e orientador, das competências básicas alcançadas pelos alunos ao finalizar o 2.º ciclo desta etapa (10 anos).
França
O ensino é obrigatório para as crianças entre os 6 e os 16 anos e divide-se em três etapas: educação primaria (6 a 11); educação secundária baixa (11 aos 15 anos, equivalente ao nosso 3.º ciclo) e educação secundária alta (mais de 15 anos, equivalente ao nosso Ensino Secundário). A educação nas escolas estatais é gratuita.
A particularidade do sistema de ensino francês é que as escolas estão abertas seis dias por semana. No entanto não há aulas à quarta-feira e ao sábado de tarde. No ensino primário – equivalente ao 1.º e 2.º ciclos português – existem por semana 26 aulas com uma hora cada uma, sendo o número total mínimo de horas de aulas de 846 horas.
Também aqui é o Ministério da Educação que determina o currículo, cabendo aos professores a escolha do método de ensino e dos manuais. O ensino primário concentra-se nos conhecimentos básicos de leitura, escrita e aritmética, bem como na educação física. As escolas têm o poder de desenvolver o currículo de modo que estes reflictam as suas necessidades e circunstâncias particulares.
Não existe um limite recomendado para o número total de alunos por turma que variam consoante os responsáveis pelo estabelecimento de ensino e de acordo com as especificidades locais. Em média, no ensino primário existem perto de 25 alunos por turma, agrupados normalmente consoante a idade. Existe um único professor para todas as matérias, enquanto que no ensino secundário passam a existir diferentes professores para áreas distintas.
Alemanha
O funcionamento do sistema de ensino na Alemanha é um pouco diferente uma vez que existe o que eles designam por educação a full-time e a partime. A educação obrigatória em full-time abrange os jovens entre os 6 e os 15/16 anos (dependendo da zona). Para quem não ande numa escola a full-time, então a educação é obrigatória até aos 18 anos. O sistema de ensino está também dividido entre educação primária (6 aos 10 anos), equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclos; educação secundária baixa (10 aos 15/16), equivalente ao nosso 3º ciclo, e educação secundária elevada (15/16 aos 18/19,) equivalente ao nosso Ensino Secundário.
Em termos de duração do ano escolar, na Alemanha está-se perante o ano mais longo uma vez que tem início em Agosto e prolonga-se até Julho, englobando 188 dias de aulas (nas escolas que funcionam cinco dias por semana) ou 208 dias (nas escolas abertas seis dias por semana). Na educação primária, estão previstas entre 19 e 28 aulas por semana, com uma duração de 45 minutos.
Aqui tudo passa pelos estados federados (Bundesländer), que autonomamente determinam o currículo, recomendam métodos de ensino e aprovam manuais escolares. As áreas da educação primária incluem leitura, escrita, aritmética, introdução às ciências naturais e sociais, arte, música, desporto e educação religiosa.
Segundo dados de 2002, na educação primária as turmas têm em média 22 alunos, agrupados de acordo com a idade. No ensino primário existe apenas um professor para as diferentes matérias e no secundário diferentes matérias são dadas por professores distintos. Os professores do ensino primário são generalistas e os do secundário são especializados nas diversas áreas de ensino.
A avaliação contínua é uma prática comum e baseia-se em provas escritas e participação oral. Os alunos podem ter de repetir o ano, quando se justificar.
Inglaterra
O ensino é obrigatório entre os 5 e os 16 anos e divide-se entre o ensino primário (5-11) e o ensino secundário (11 aos 16). A maioria dos alunos vai directamente do ensino primário para o ensino secundário mas em algumas zonas de Inglaterra existem escolas “intermédias”, que recebem alunos entre os 8 e os 13 anos.
O ano escolar normalmente prolonga-se entre Setembro e Julho com 190 dias. Estas datas são estabelecidas pelas autoridades locais ou pelo corpo responsável por cada escola. O número de horas semanais de aulas recomendado varia entre as 21 horas (dos 5 aos 7 anos), 23,5 horas (7 aos 11 anos), 24 horas (11 aos 14 anos) e 25 horas (14 aos 16 anos). A maioria das escolas garante mais horas além do mínimo estabelecido. A organização do horário escolar é da responsabilidade de cada escola.
O currículo da educação obrigatória em Inglaterra está dividido em diferentes níveis. O primeiro, dos 5 aos 7 anos, o segundo, dos 7 aos 11, e o terceiro, dos 11 aos 14 anos, inclui Inglês, Matemática, Ciência, Design e Tecnologia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Educação Física, História, Geografia, Arte, Design e Música. No 3.º nível é ainda obrigatória uma Língua Estrangeira e Educação Sexual. A Educação Religiosa é obrigatória desde o primeiro nível.
As turmas de alunos entre os 5 e os 7 anos têm um limite de 30 alunos.
No que respeita aos professores na educação primária – que equivale ao 1.º e 2.º ciclo do sistema de educação português -, existe um único professor para todas as matérias. Os alunos só passam a ter um professor específico para cada disciplina no secundário, que equivale ao 3.º ciclo e ensino secundário do sistema educativo português.
Finlândia
O ensino obrigatório começa quando as crianças têm 7 anos de idade e dura nove anos. A educação é gratuita para todo o ensino básico.
O ano escolar também começa a meio de Agosto mas acaba mais cedo – no início de Junho – e prolonga-se ao longo de 190 dias. As escolas funcionam durante cinco dias por semana e o número mínimo de aulas por semana varia entre 19 e 30 horas, dependendo do nível e do número de disciplinas opcionais existentes. Este sistema tem a particularidade de existir autonomia local para estabelecer dias de férias extra. Nos dois primeiros níveis, um dia de escola não pode ter mais de cinco aulas, no resto dos níveis no máximo podem existir sete aulas por dia. Normalmente uma aula tem a duração de 60 minutos.
Em termos de constituição de turmas, não existe qualquer regra quanto ao número de alunos por turma. Normalmente, agrupam-se os alunos por idade mas, desde que apropriado, alunos com diferentes idades poderão ter aulas juntos.
O currículo é estabelecido pelo quadro nacional de educação e inclui objectivos e critérios de avaliação. De acordo com estas normas, cada escola, juntamente com as autoridades locais, estabelece o seu próprio currículo que atende às especificidades do contexto local. As áreas obrigatórias são Língua Materna e Literatura, segunda Língua Nacional, Línguas Estrangeiras, Ambiente, Educação para a Saúde, Religião ou Ética, História, Estudos Sociais, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, Educação Física, Música, Educação Visual, Economia do Lar e Aconselhamento.
Nos primeiros seis anos existe um único professor para a maior parte das matérias, mas há aulas que são dadas por professores especialistas, principalmente em áreas como educação visual, música e educação física. A partir do 7.º ano, os alunos passam a ter diferentes professores para a maior parte das matérias.
O sistema de avaliação é contínuo e é feito a partir de testes dados pelos professores. Durante a educação primária o aluno pode também repetir de an
#14, #25
Concordo com estas orientações, como pontos de partida. Acrescentaria uma redução dos tempos lectivos para 50-60 min e uma tarde de oficinas/projectos (com uma matriz de actividades opcionais – desporto, música, teatro…)
Mas convém é definir bem os prósitos antes de pensar nos meios.
O que é básico e o que é complementar?
Que saberes e competências são estruturantes? Como se desenvolvem?
As questões dos teóricos da educação até nem estavam erradas. As respostas recentes é que foram uma desgraça, talvez por não terem qualquer fundamento empírico (cientificamente válido).
#46
Estou de acordo com esse diagnóstico, que talvez seja extensível às ciências em geral.
A base de tudo está na aprendizagem dos raciocínios lógicos e das competências linguísticas. São as ferramentas com que pensamos.
Mas devem ser aprendidos usando e aplicando (bem) a tudo o resto (à moda antiga) e não como um conjunto de princípios teóricos em abstracto.
não me expliquei bem? O que aí está é o que eu pensava ter dito. Eles não escolhem: são compulsivamente enviados para o ensino técnico ou para o profissional assim que começam a derrapar no Liceu. Os que seguem o Liceu, a via de acesso às Universidades, têm um currículo único que não distingue ciências e Letras embora tenha opções. Há no entanto permeabilidade entre as vias podendo um aluno, em certas condições, regressar ao liceu. Mas volto a insistir que a divisão nem no superior é clara, sendo obrigatório ao candidato ao professorado abarcar duas áreas difrentes.
Respeitando a proposta do colega, acho insultuoso que sugira que os prof. de ET possam ser convertidos em prof. de TIC. Diz muito da baixa conta em que muitos têm as TIC, respeitando eu a capacidade dos colegas de ET. TIC não é ensinar dactilografia e a meter slides com mariquices! Leiam lá o programita da coisa. Quero ver como converteria os colegas de ET quando tivessem de explicar como funciona um CPU ou como funciona o protocolo TCP/IP, e isto mesmo em termos gerais. E já nem falamos de como seria quando os miúdos começassem a fazer perguntas “daquelas”. E provavelmente as TIC poderiam ficar-se pelo 7.º e 9.º ou 7.º e 8.º. Três anos é muito.
TIC? Na minha escola, há mais profs. de TIC do que de Geografia, História, Física e Química, Filosofia, etc.
Porquê o desvalorizar das línguas estrangeiras? Inglês, essencial. Porque foi retirado do 12.º ano? Os alunos de Ciências não necessitam de conhecer quase tão bem o Inglês como a própria língua materna? E o Francês, que está a ser deliberadamente empurrado para a extinção nos «curricula» nacionais?
Tenho a impressão que a brincadeira está a chegar ao fim. De todo o modo, enquanto a coisa vai e vem, temos um espaço do “entretanto”, isto é, do “faz de conta”.
E como estamos “entretanto” eu proponho que na “Formação Pessoal e Social” seja inserida a “formação sexual” com um bloco 90 minutos de componente teórica e um bloco de 90 minutos de componente prática.
Evidentemente que os professores devem ter acesso a formação continua nesta área. 🙂
Para as disciplinas com 1 dia por semana o que acontece se o professor faltar num dia é só voltar a ver a turma passados 15 dias desde a última vez.
A proposta do colega Faria é omissa no que toca ao inicio e fim do ano lectivo, pois é preciso tempo para ensinar e tempo para aprender.
A diminuição da carga horária só beneficia os centros de explicação e similares pois alguém tem que ensinar aos alunos o que se consegue ensinar/aprender nas aulas em tão pouco tempo e com a qualidade merecida.
Ó Sísifo, cuidado com a encosta pá. Diz-me lá qual é a escola do Básico que tem mais que um prof de TIC? Não estás a confundir com disciplinas de Informática para os CEF e nas secundárias? E depois, se não houvessem esses cromos todos de TIC, eras tu que ias mudar o toner à impressora? Não, se calhar havia de ser a Coordenadora do teu departamento, não?
Já não falando nas disciplinas dos cursos profissionais tais como gestão de redes, análise de sistemas, Linguagens de programação, etc.
Sim porque TIC != WORD, EXCEL e PPT.
(Já agora != é o operador binário de comparação em várias linguagens de programação, ou seja, “diferente”).
Declaração de interesses: sou professor de Matemática e de Informática. Sou contra a desumanização do currículo. Considero aberrante a pouca importância que neste momento é atribuída à Filosofia (se bem que não é do Ensino Secundário de que aqui se fala) mas também considero que temos de preparar os alunos para a sociedade cada vez mais recheada de tecnologia. Não defendo a educação de autómatos, mas de pessoas que percebam o que a tecnologia encerra.
Sem a definição clara dos objectivos a atingir pelos alunos no final de um ciclo tudo o que aqui se disser é completamente estéril e reveste-se de um carácter corporativista.
Falaram ali abaixo das CFQ. É Física, a química era no século XXVIII, quando o tal de Wilhelm Scheele inventou a maneira de o pessoal respirar. Antes disso era um sufoco.
Não há química, restam uns tipos dedicados à física das feromonas. Só há física, que é Matemática.
Ainda hoje passei por uns abandonados, aos quais me calhou dar uma aula de substituiução há um mês atrás: não são do ciclo a que lecciono, mas aprenderam em cinco minutos a multiplicar. Está que foi só o algoritmo védico, os professores de Matemática deles odeiam-me.
“Respeitando a proposta do colega, acho insultuoso que sugira que os prof. de ET possam ser convertidos em prof. de TIC. Diz muito da baixa conta em que muitos têm as TIC, respeitando eu a capacidade dos colegas de ET. TIC não é ensinar dactilografia e a meter slides com mariquices! Leiam lá o programita da coisa. Quero ver como converteria os colegas de ET quando tivessem de explicar como funciona um CPU ou como funciona o protocolo TCP/IP, e isto mesmo em termos gerais. E já nem falamos de como seria quando os miúdos começassem a fazer perguntas “daquelas”.”
Ó colega peranta estas afirmações só lhe posso dizer que não conhece o programa de ET.
Não quero acreditar que ainda é daqueles que pensa que todos os professores de ET são os “antigos” mestres.
É por causa de comentários destes que a nossa classe jamais será uma verdadeira classe.
Com comentários deste calibre só podia assinar “pintodacosta”.
Como a maioria dos profs de TIC são jovens… penso que o colega também o seja.Só por isso poderia justificar este comentário completamente disparatado.
– Nem todas as disciplinas tem de estar espalhadas pelos 3 anos do ciclo. Poderia regressar-se ao modelo que vigorou até 2001 com algumas disciplinas concentradas em 2 anos.
– O n.º de disciplinas deve ser reduzido.
– Devem existir currículos especializados desde o 7.º ano.
#88: Então já sei a quem vou pedir informações sobre o erro no meu servidor PXE da Sala TIC ao tentar repôr uma imagem pelo servidor: aos colegas de ET.
#91: Vergonha é pensar em termos de “classe” no século XXI, já que imagino que não pertence ao proletariado.
Concordo e sublinho os comentários do “brincalhão” (em #13) e do CVC (em #27). Discutirmos a carga horária de cada disciplina sem primeiro se estabelecerem os conteúdos curriculares de cada uma delas, não faz sentido. A menos que se parta do pressuposto que esse não é passível de alterações, mas considero que é aí que se deve colocar a base da discussão. Aí e na duração das aulas. Mais de 60 minutos de aulas, nestas idades, não é produtivo. Também não é possível continuar a aceitar que certas disciplinas funcionem apenas uma vez por semana (como CFQ (a minha área)) porque, por exemplo, os feriados de 1 e 8 de Dezembro são no mesmo dia da semana, assim, os alunos podem ter uma aula a 24 de Novembro, a seguinte a 15 de Dezembro (auto-avaliação) e depois reiniciam a disciplina a 5 de Janeiro. É preferível que a disciplina se concentre em dois anos (ou mesmo em um, em vez dos 3 anos do ciclo) mas tenha uma maior carga semanal.
Quanto a disciplinas fundamentais a este nível (imprescindíveis nos 3 anos do ciclo) considero: a Matemática, a Língua Portuguesa, a História, a Educação Física e uma disciplina da área artística (que pode ser escolhida pelo Enc. de Educ.).
Especificamente em relação à disciplina que lecciono, enquanto os alunos não souberem Matemática e Português, não vão fazer nada para as aulas de CFQ. Actualmente o programa da disciplina é demasiado grande para a carga horária atribuída, resultado, tudo é leccionado de forma superficial e o insucesso não é elevado, só que, na realidade, os alunos chegam ao secundário sem bases nenhumas e aí, a Física e Química passa a ser a disciplina com classificações mais baixas (principalmente nos exames nacionais, porque em termos de frequência há sempre um milagre ou outro) isto, apesar de todo o facilitismo implantado nos últimos anos, com o fornecimento de formulários e a legalização das cábulas (via memória das calculadoras gráficas), dos 7 tempos semanais da disciplina (falo do secundário) e de mais 3 ou 4 horas que a esmagadora maioria dos alunos passa no explicador. É cada vez maior o número de alunos que chega ao final do 11º ano (para não dizer 12º) sem capacidade para esboçar o mais elementar dos raciocínios. Enquanto os alunos não forem capazes de interpretar um enunciado e de raciocinar de forma lógica, alinhando dois ou três argumentos válidos, é indiferente se a carga horária da Física e Química é de 3 horas ou de 10 horas; ou os testes são exactamente iguais às fichas corrigidas nas aulas anteriores e a resolução está na memória da calculadora, ou qualquer alteração nos enunciados, ainda que mínima, equivalerá sempre a um estrondoso insucesso.
@Apache
“Especificamente em relação à disciplina que lecciono, enquanto os alunos não souberem Matemática e Português, não vão fazer nada para as aulas de CFQ.”
Mas não é isso que eles devem aprender no 1º e 2º Ciclo?
Não há uma razão de maturidade intelectual para apenas terem a Física e a Química no 3º Ciclo?
Eu não sou grande entendido no assunto ( a minha esposa é que é prof, do secundário), mas parece-me que o essencial é apostar muito na Matemática, Lingua Portuguesa, Educação Artística, História e uma L´+ingua Estrangeira nos 1 e 2º ciclos, e no 3º ciclo, progressivamente, dar maior carga horária às Ciências Físicas, Químicas, Naturais, à Geografia, às TIC, à Educação Tecnológica(não aquela que temos nas escolas), diminuindo outras.
Há uma idade certa para aprender algumas coisas, por isso isso deveria ter-se em conta.
Alguns comentários revelam a fraca importância que anda a ser atribuída à Geografia. Será que pensam que vai ser leccionada integrada em História? Seria uma desonestidade intelectual no 3º ciclo.
É uma disciplina fundamental para entender o que nos vai acontecendo! Pois porque a vida não é só futebol e telenovelas… há mais mundo para além disso.
Princípios para uma Reforma Curricular para o 2º Ciclo:
1. Revogar as Áreas não Disciplinares (por constituírem uma redundância).
2. Criar uma disciplina tipo ACTIVIDADES HUMANAS (ESTUDOS SOCIAIS), que integrasse o essencial da História e Geografia de Portugal, das Ciências da Natureza e de Organização Política, Social e Económca (da actualidade).
3. Criar opções no campo Técnicas/Artes e da Educação Física/Desporto, para que os alunos escolham uma de cada.
4. Leccionar Português e Matemática, todos os dias.
5. Reservar as manhãs para as disciplinas mais teóricas e as tardes para as outras.
História e Geografia são fundamentais para compreender o mundo na sua identidade e alteridade; há que reforçar a Língua Portuguesa; uma Língua Estrangeira é suficiente; Físico-Química e Ciências Naturais juntas? acabar com as ACND; reduzir o tempo da Ed. Física; 1 disciplina artística que integre as suas diferentes dimensões (plástica, musical, performativa) …
Juntar Física, Química e Ciencias Naturais é um grande erro: apetecível, mas errado. Já somos um país de fraca capacidade tecnológica, juntai as duas e a asneirada será ainda pior. Embora a grande inovação tecnológica actual seja nas fronteiras dessas Ciências, é preciso saber muito bem as duas.
Poder-se-ia era juntar as duas até ao 8º Ano (como é feito em diversos países anglo-saxónicos) e separá-las bem a sério do 9º ao 12º. Separar a Física da Química, parece-me mais do que o ideal.
Também não me parece que se deva juntar História e Geografia.
Reforçar a Língua Portuguesa quando esse reforço faz mais sentido : 1º e 2º ciclo.
E acabar com o ensino em espiral, tão em voga na Matemática actual.
Paulo
Seria interessante, do meu ponto de vista, abrir a discussão sobre quais os conhecimentos que deveriam possuir os alunos à saída do Ensino Básico. Teriam que ser várias discussões, pelo menos um post por disciplina. Começar-se-ía pelas disciplinas mais dependentes de outras: Geografia antes de Ciências Naturais, da Física e da Química; Física e Química antes da Matemática; Línguas estrangeiras antes de Língua Portuguêsa; Filosofia e Latim só no fim.
Um dos maiores erros das últimas reformas foi a generalização dos tempos de 90m., não tanto para os professores, mas sobretudo para os alunos. A aprendizagem requer tempo distribuído ao longo da semana e não compactado em 1 vez por semana. Aprende-se mais em duas vezes 50m., por semana, do que em 1 vez 90m. Por outro lado, no caso das disciplinas com apenas 90m. por semana, se o aluno ou o professor faltarem, tal significa que só duas semanas depois é que se voltam a encontrar. Como se hão-de lembrar os alunos, nomeadamente os mais pequenos, do que aprenderam 15 dias antes? Além disso, acho que é uma violência psicológica obrigar os jovens a ficarem mais do que 50m. confinados ao mesmo espaço. Por isso, acho que os professores deveriam lutar pela reposição dos tempos de 50m., para bem do ensino e da aprendizagem e da sanidade mental dos nossos jovens.
Se quiseres mando-te uma fundamentação (baseada nas ditas experiências) muito mais completa do que a do rerum. Utilizei-a em 86, numa carta escrita ao então SEE para tentar impedir a redução da nossa carga horária.
#109,
Fui consultar o documento. Honestamente, parece-me mais uma excelente peça de eduquês, com muito decalque de chavões ministeriais.
Mas por via das dúvidas tentei saber se os resultados dos alunos dessa escola estão de acordo com os perfis traçados.
Qual não é o meu espanto quando encontro no ranking de 2009 a referida escola no lugar… 1300 (ou em primeiro a contar do fim) com a fabulosa média de 1,986.
Parece que isto é má sina das escolas eduquesas.
#109 Maria Lisboa
Li por alto o documento que referiste. Para a disciplina de Ciências Físico-Químicas, reproduzo o que vem indicado como “Perfil do aluno à saída do 3º Ciclo:
Saberes
UNIVERSO
. Sistema Solar
MATERIAIS
. Constituição do mundo material
. Substâncias e misturas de substâncias
. Propriedades físicas e químicas dos materiais.
. Separação das substâncias de uma mistura.
. Transformações físicas e químicas
ENERGIA
. Fontes e formas de energia
. Transferências de energia
Som e luz
Reacções químicas
Mudança global
Sistemas eléctricos e electrónicos
Classificação dos materiais
Parece-me muito sintético, podendo servir como ponto de partida.
eu não disse que a escola tem sucesso. Não tem e é muito difícil que alguma vez o venha a ter, não porque os professores não se esforcem mas porque outras variáveis, começando pelo estrago social que determinadas políticas sociais fazem, o condicionam.
Disse, simplesmente, que havia um documento na linha do que alguém, lá para cima falou, e do que está a ser feito por Natércio Afonso & Comp. Disse, também, que o que ali está foi feito a partir dos programas (penso eu…). Que os programas são “eduqueses” toda a gente sabe. Como isto e os programas são transpostos para a práctica lectiva/pedagógica de cada disciplina só posso imaginar porque não estou nas aulas e nem sempre acredito no que oiço.
Sei, e já é muito, que nem a prática pedagógica nem o perfil da minha disciplina não têm nada de eduquês (excepto aquela divisão entre capacidades/competências e saberes que já corrigi no último documento, passando tudo a saberes)
O que eu conheço (mais precisamente de Vanves) vem num capítulo do já velhinho (mas ainda em muitos aspectos muito actual) o Desporto e as Estruturas Sociais…
-Apoio à organização e gestão de actividades de acompanhamento de crianças
-Promoção de comportamentos (atitudes e valores, segurança, higiene, etc.) nas crianças a acompanhar
-Diagnóstico e prevenção de situações de risco (doenças, acidentes, comportamentos…).
É apenas sobre a componente profissional (não devemos ser tão redutores, afinal é um curso equivalente a 12º e não formação profissional) mas é um esforço para podermos objectivar o nosso trabalho e aqui concordo com o “nossa” ex-equipa ministerial… são necessárias “evidências” para podermos avaliar o nosso trabalho
Por outro lado, por ser um Curso Profissional possivelmente o Perfil de Saída é mais objectivo, mas vi perfis “oficiais” de outros cursos profissionais com 5/6 páginas…é preciso é “descomplicar”!!
(socorro! acabei de ler que nos últimos dois parágrafos além de utilizar a palavra “objectivo” – por si só não seria motivo de pânico-, até utilizei o termo “objectivar”…tou mesmo a precisar de uma pausa lol)
Acho bem, só uma lingua estrangeira obrigatória, deixando liberdade de escolha.
È essencial aumentar o nº de horas a matemática, mas aulas de 90m, para estas idades,não me parece produtivo.
De facto é preciso fazer alterações e espero que sejam já para o próximo ano lectivo e que não passem 10 anos a estudar propostas.
Gostava de saber qual o grupo disciplinar do Faria.
Propunha também o Faria para ministro do eduquês nacional para combater o insucesso escolar no 3º ciclo
Com esta proposta de revisão voltamos só ao ensino de caneta e papel.
Quero lembrar que a disciplia de Educação tecnológica é uma disciplina essencialmente prática.
Onde pára o SABER FAZER?
Janeiro 21, 2010 at 9:31 pm
Educação Física com a mesma carga horária de Português? É um conceito curioso. Matemática a beneficiar de desdobramento de turma e com maior carga horária? Falta talvez um pouco de sensibilidade para perceber que ensinar a escrever BEM um texto pressupõe pequenos grupos e muitas horas de treino.
É uma proposta que menospreza claramente a língua materna.
Janeiro 21, 2010 at 9:32 pm
Não, nem pouco mais ou menos!O que é está aí afazer a FC?
Depois há cargas insuficientes nas línguas estrangeiras. Continuam as aulas de 90 min.
Janeiro 21, 2010 at 9:32 pm
Foi para rir?
🙂
Janeiro 21, 2010 at 9:32 pm
Proponho desde já que este (colega) seja contemplado com uma carga horária semanal igual à que sugere como máximo para os alunos no 9.º ano.
Pagava para ver isso!
Janeiro 21, 2010 at 9:34 pm
Aulas de 90min?
Não!
Janeiro 21, 2010 at 9:35 pm
Era muito bom. era, um prof de Matemática leccionar apenas uma turma (a carga horária não dava para ter sequer duas turmazitas).
Janeiro 21, 2010 at 9:35 pm
Se não sabem fazer copiem de outros países da Europa. Mas, por favor, não inventem!…
Janeiro 21, 2010 at 9:36 pm
De onde surgiu esta matriz curricular?
Num momento em que o país está virado para os cursos profissionais, para a formação profissional e para as tecnologias quem teve a infeliz ideia de eliminar a Educação Tecnológica?
Continuam a criar um currículo livresco e sem qualquer ligação com o futuro…
Espero que o nosso Ministério não se lembre de copiar pois seria mais um atentado à formação integral dos nossos jovens.
Quem propõe isto devia primeiro dar uma vista de olhos às Orientações Curriculares de Educação Tecnológica. Pode ser que aprenda mais alguma coisinha…
Janeiro 21, 2010 at 9:37 pm
Línguas precisam de tempo para a prática da oralidade.
Janeiro 21, 2010 at 9:39 pm
Já referi anteriormente, a Língua Portuguesa deve funcionar por turnos pelo menos num dos blocos semanais. Formação Cívica deve desaparecer do mapa como disciplina autónoma. Formação Cívica é dada por todos os professores em todas as disciplinas…
Janeiro 21, 2010 at 9:39 pm
Podem ter a certeza que a gulosina vai escolher a pior fancaria! Ser incompetente é indissociável de ser sucialista.
Janeiro 21, 2010 at 9:40 pm
#8-Não só sou eu acho pequena a carga horária das LE…
Janeiro 21, 2010 at 9:41 pm
Sejamos sérios, a proposta de um currículo não se faz em cima do joelho, jogando com o número de horas como se estivessemos a jogar ao Sodoku.
Tenham tino, isso não se discute aqui. Que sei eu do perfil de conhecimentos que deve ter um aluno na área de História, sendo professor de Ciências Naturais? Como posso avaliar o número de horas necessárias para todas as disciplinas?
É totobola 1 X 2?
Janeiro 21, 2010 at 9:43 pm
Já disse.
É deitar tudo ao lixo e fazer de novo.
Seguir o que existe é para cair no erro de acrescentar uma coisita aqui e tirar outra dali.
Janeiro 21, 2010 at 9:44 pm
Ah pois, essa do “currículo livresco” é mais ou menos aquela ideia de que só vale a pena aprender o estritamente e funcionalmente útil. Para quê insistir no Teorema de Pitágoras, se isso não é usado por 99% da população? Para quê insistir em saber história, em conhecer arte, a boa literatura? Para quê ter cultura, se o que interessa é que o funcionário seja eficaz na sua linha de montagem?
“Currículo livresco sem qualquer ligação com o futuro.”
Muito melhor um currículo instrumental sem qualquer ligação ao passado e à cultura. Falta dizer abaixo a capacidade de pensar, viva a habilidade para executar.
Janeiro 21, 2010 at 9:44 pm
Se o Faria batesse ao Faria, o que faria o Faria ao Faria?
🙂
Janeiro 21, 2010 at 9:44 pm
#14
Ok mas eles não fazem u reforma dessas nos próximos anos…portanto …
Janeiro 21, 2010 at 9:45 pm
Reputo de essencialmente incompetente todo o colega que comece uma argumentação com “A carga horária é manifestamente insuficiente …”
Janeiro 21, 2010 at 9:47 pm
Mas quem é este Henrique Faria?
Janeiro 21, 2010 at 9:48 pm
O que é apresentado é uma proposta de um colega que, para o bem ou o mal, merece discussão e contra-argumentação.
Foi-me enviada com a indicação explícita que se destinava a ser discutida e motico de contra-propostas.
Janeiro 21, 2010 at 9:48 pm
É absolutamente indispensável um tempo de contacto entre turma e director de turma, sob pena de a disciplina que o desgraçado lecciona ficar severamente prejudicada.
A Formação Cívica está muito benzinho.
E (sai uma provocação…) a Educação Sexual acabou de ser promovida a área de inclusão obrigatória nos projectos educativos das escolas, com direito a tempo e espaço concretos no currículo.
Janeiro 21, 2010 at 9:49 pm
#19,
Isso não é relevante. É um professor como muitos dos que por aqui passam que apresentou uma proposta.
E tão só.
Janeiro 21, 2010 at 9:49 pm
Acho, que a nível as ciências deveria existir um aumento de meio bloco para o 7ºe 8º tanto para a física e química como para as ciências naturais. Visto ter os alunos só 90 minutos por semana, não permite dar a parte teórica e depois trabalhar a parte prática. A realização de actividades experimentais, implica na maior parte das vezes os 90 minutos e depois quando é que se dá a parte teórica. O
Janeiro 21, 2010 at 9:49 pm
E não vejo necessidade de tanta acrimónia com as propostas dos colegas.
Janeiro 21, 2010 at 9:52 pm
Matriz teórica todas as manhãs.
Matriz prática, artística, física e experimental todas as tardes.
Uma sala por turma.
´
Gostava de confirmação sobre o dia de amanhã nas diversas escolas.
http://arlindovsky.wordpress.com/2010/01/21/pay-day/
Janeiro 21, 2010 at 9:52 pm
Considero importante:
1. A formação musical até ao final do Secundário.
2. Alteração da designação (e cosequentemente do objecto) da disciplina de Educação moral e religiosa para Formação moral e religiosa.
Janeiro 21, 2010 at 9:54 pm
Boa noite!
Se me permitem, creio que a discussão de uma reforma curricular, seja de que grau de ensino for, deve iniciar pela definição do que é essencial: que conteúdos devem ser leccionados e que metas se propõe serem atingidas. Se preferirem: quais as disciplinas e respectivos programas devem ser implementados. Antes disso, distribuir cargas horárias parece-me ser apenas um exercício de tiro ao alvo tentando que cada um tenha a carga horária mais conveniente para a sua área disciplinar, independentemente da sua importância maior, menor ou, até, nula.
Janeiro 21, 2010 at 9:55 pm
E será útil haver um currículo único? Não era melhor haver desde cedo uma diversificação curricular? Em tempos havia logo no 9.º ano uma diversificação que não me parece nada inútil.
Depois há outra questão, que é a dimensão dos ciclos, agora que a escolaridade vai até ao 12.º ano. Isso altera o “paradigma”, não é?
Janeiro 21, 2010 at 9:55 pm
#27
Evidentemente!
Janeiro 21, 2010 at 9:57 pm
Eu proponho o seguinte: que cada proposta seja acompanhada de uma declaração de interesses, nomeadamente qual o grupo disciplinar do(a)(os)(as) proponente(s).
É que isto parece mais o cada um puxar a brasa à sua sardinha, o que é vergonhoso, dada a relevância do tema em discussão.
Janeiro 21, 2010 at 10:01 pm
Aprender a respirar,
Aprender a comer,
Aprender a usar o corpo,
Aprender a usar o cérebro,
Aprender a interagir com os outros,
Aprender a inventar,
Aprender a expressar-se,
Tudo isto na maior indisciplina e longe de qualquer currículo dirigista protagonizado por pretensos especialistas.
Espaço e tempo para aprender a autonomia como autididata.
Janeiro 21, 2010 at 10:01 pm
E se, como em outros países, os alunos/famílias pudessem formar o seu currículo. Fiquei impressionado numa escola estrangeira quando me levaram ao curso de Francês, onde em simultâneo estudavam alunos de 6 anos até alunos de 15. Grupos pequenos, evidentemente, salvo erro com aula de francês todos os dias…
Janeiro 21, 2010 at 10:05 pm
ops… isso era capaz de ficar muito caro. Pode ser eficaz, mas é caro. Fica mais barato meter grandes grupos em pequenas salas a fazer projectos de coisas triviais e a fingir que aprendem a usar o computador. (São mesmo necessários 3 anos de prática semanal de TIC para aprender a navegar na net e a usar editores de texto?)
Janeiro 21, 2010 at 10:08 pm
Estou-me particularmente cagando para quem inventou a roda. Mas desde que ando de bicicleta percebo que é mais importante a roda do que a Moral.
E é nisto que se baseia a minha ideia de currículo. Nesmo que não seja original, mesmo que remonte a Nietsche, pelo menos, é minha porque ninguém naquele dia, naquela hora, naquele lugar a descobriu antes de mim. lembro sempre com prazer a minha primeira queda de bicicleta.
Janeiro 21, 2010 at 10:08 pm
Prevê-se mais uma guerrinha com cada um a puxar a brasa à sua sardinha.
Para mim, todas as disciplinas têm igual importância. Acho escandaloso que educação musical termine no 2º ciclo. Acho tb que poderia existir uma bifurcação a partir do 2º/3º ciclos, num currículo que incluisse disciplinas mais práticas/ profissionalizantes em detrimento de uma carga horária demasiado teórica ( porque alguns alunos não a aguentam!!!).
Qto ao desenho curricular, não faço ideia como seria mas nunca poderia sobrecarregar os miúdos com a escola-non-stop.
Qto a aulas de 90 minutos, dispenso-as nas minhas disciplinas, embora possa compreender que em disciplinas mais práticas façam sentido.
Tb não gosto das aulas de 45 minutos, por me fugirem das mãos.
Julgo que 60 minutos seria adequado.
Qto às áreas curriculares não disciplinares, apenas salvaria a Formção Cívica, por ser um espaço útil de diálogo entre os alunos e a D.T.
Janeiro 21, 2010 at 10:12 pm
Olha que curioso! Na Alemanha o curriculo é único até ao fim do secundário! Não há separação entre letras e ciências! Devíamos actualizar os nossos curricula e remontar pelo menos aos antigos gregos!
Janeiro 21, 2010 at 10:12 pm
E as línguas ! Segunda Língua, opcional ? Só neste país ! é que noutros da Europa aprende-se sempre duas línguas e a partir do 10º ano os alunos das Humanidades até têm três Línguas! É que nem todos querem ir para Ciências! Há alunos que querem ser intérpretes, trabalhar na área do Turismo, seguir Tradução e nesses casos nem duas Línguas chegam ,quanto mais uma !
Um tempo de 90 minutos para a L.E II, com 28 alunos é a mesma coisa que não ter nada.
Janeiro 21, 2010 at 10:13 pm
Vou deitar-me…
Janeiro 21, 2010 at 10:13 pm
Aproveitar para deitar abaixo as aulas de 90 minutos. Para miúdos pequenas não funcionam!
Em mais nenhum sítio na Europa se têm aulas de 90 minutos
Janeiro 21, 2010 at 10:14 pm
#36, isso não é bem assim. Na Alemanha têm uma bifurcação bastante cedo. ( há 2 currículos nacionais).
Janeiro 21, 2010 at 10:17 pm
Não é uma proposta…é uma sugestão para discussão, que a mim nem me merece perder tempo. Até parece vinda do Ministério da Educação…
Janeiro 21, 2010 at 10:17 pm
É engraçado estarem preocupados com os 50 minutos quando cada um de nós só tem direito a 5 minutos de fama.
Eu fiz a primária das 9h às 17h com 2 grandes intervalos (a meio da manhã e da tarde) e uma hora de almoço de hora e meia a duas horas.
Janeiro 21, 2010 at 10:24 pm
As horas de AP, EA e FC devem voltar à história e à geografia, de onde sairam…
Janeiro 21, 2010 at 10:24 pm
Continuamos, portanto, com a imbecilidade das aulas de 90 minutos.
Vamos bem.
Quanto ao “Espanhol”, além de não existir como língua, é uma inutilidade para o português médio que pode aprender sozinho. Por muito que falem na crise do Francês, é bem preferível ao dito “Espanhol”… E melhor que Castelhano, é o Alemão.
Continua-se a sobrevalorizar a Matemática e a desvalorizar a Físico-Química.
Enquanto continuarem com a metodologia que vem do 1.º Ciclo de não decorarem tabuadas, não fazerem cálculo mental e usarem calculadoras, não vos vale de nada terem 500 aulas de Matemática. Os alunos, salvo raras excepções, são incapazes do raciocínio mais elementar. São mais estúpidos do que uns velhotes que só fizeram a 2.ª classe.
É raro encontrar um aluno no 9.º ano que consiga fazer uma regra de três simples.
Ficam espantados quando conto as cotações das questões dos testes de cabeça. Nem somar conseguem. Pegam na máquina para somar parcelas com um algarismo…
Em 9 anos sabem menos do que antigamente com 3 ou 4 anos. Vamos no bom caminho…
—
Declaração de interesses: Sou de História. Não opino em causa própria.
Janeiro 21, 2010 at 10:24 pm
É para ver se pega…vão aparecer muitas daqui para a frente.
Janeiro 21, 2010 at 10:29 pm
Discordo, em absoluto, com a proposta para a Matemática.
Foi um professor de Matemática que me chamou a atenção para este “pormenor”: o problema desta disciplina vem do 1º ciclo, onde esta matéria é muito pouco aprofundada. E disse-me mais: é pouco aprofundada porque os professores não têm formação para mais.
Será mesmo assim?
Porém, uma coisa parece-me certa: a matemática deve ser ensinada a partir do berço. Dividir as turmas em turnos no 7º ano… já é muito tarde.
Janeiro 21, 2010 at 10:30 pm
Ouvi falar que vão tentar implementar as 60 horas na escola como no trabalho…até já existem creches das 5 da manhã ás 13 horas…
infelizmente por cá , ao contrário de na Coreia do Sul, o governo não nos manda para casa fazer amor e porcriar…lá chegará o tempo e a necessidade…
Janeiro 21, 2010 at 10:34 pm
Felizmente num futuro não muito distante bastará implementar um chip ligado ao cerebelo para se assimilar todas as matérias…
Janeiro 21, 2010 at 10:34 pm
Reb
leu isso onde? Basta consultar o curriculo do colégio alemão em Lisboa. quem faz o liceu tem matemática até ao fim dos seus dias. E a formação de professores a nível suprior abrange sempre duas áreas (que no entanto podem ser tão díspares como Música e Física).
Janeiro 21, 2010 at 10:35 pm
Eu gosto é do nome Fisico-Química. Sei o que é Física e sei o que é Física-Química e sei o que é Ciências Físico-Químicas.
Fisico-Química é que não sei o que é.
Haja rigor em tudo o que deve ter rigor.
Janeiro 21, 2010 at 10:36 pm
As horas roubadas à História e à Geografia devem ser repostas.
Janeiro 21, 2010 at 10:39 pm
Deviam repor o bom senso … mas isso.
Janeiro 21, 2010 at 10:41 pm
#49, veja aqui, por exemplo.
A bifurcação é a partir do ensino primário ( 4 anos) e afinal são 4 currículos diferentes ( ao contrário dos 2 que eu julgava). Aprendi isso já há muito tempo, na Uni, pq estudei alemão.
http://alemanha-8e0617.blogspot.com/2009/03/sistema-educativo-alemao.html
Janeiro 21, 2010 at 10:45 pm
Pesquise no google em “sistema educativo alemão”.
A divisão faz-se logo na 4ª classe, embora os alunos possam transitar de um modelo para o outro, mais tarde, se o quiserem.
Janeiro 21, 2010 at 10:48 pm
Em Espanha, não se pode transitar de ano com negativas. Quem não consegue passar a auma disciplina no 3º período, tem exame em setembro. ( falo da escola básica/secundária, não do superior).
Aqui, qualque aluno pode fazer toda a escolaridade com 3 negativas. Contado, ninguém acredita!
Janeiro 21, 2010 at 10:50 pm
É giro ver o bota-abaixo.
Soluções, há?
Janeiro 21, 2010 at 10:51 pm
A paridade entre a História e a Geografia deve ser mantida a minha proposta seria 1,1.5,1 para cada uma das disciplinas
Janeiro 21, 2010 at 10:52 pm
Estudei num país do Norte da Europa e apesar de ter escolhido Letras ,optei por continuar a ter Matemática (5 horas das quais três eram obrigatórias ) e Fisico-Quimica. Isto a partir do décimo ano .Quando chegasse ao fim do liceu ,se tivesse boas notas em Matemática e mudasse de ideias quanto à minha escolha profissional,poderia optar por Economia em vez de Línguas .Tinha três Línguas estrangeiras a partir do 10º ano .Devo referir que tive Latim nos três anos do Básico E ACHO QUE FOI FUNDAMENTAL.
Janeiro 21, 2010 at 10:53 pm
Com 3 não de todo Reb…no 9º ano se tiver três reprova….
Mas eu não sou tão papista como isso…transitar com uma ou duas negativas poderá ser aceitável…desde que as outras sejam mesmo positivas de facto…
Já no nosso tempo se passava com duas negativas no 9º ano..com 3 reprovava-se…e não foi por isso que as pessoas não se formaram e tiveram boas bases…
Janeiro 21, 2010 at 10:54 pm
Concordo com a proposta, na generalidade. A ver na especialidade… Acho fantástico incrementar o ensino experimental das Ciências. Até que enfim que alguém se lembra que área de projecto e Estudo Acompanhado de muito pouco servem.
Gostaria que outros apresentassem as suas propostas…
A discussão, quando séria, é sempre de louvar.
Janeiro 21, 2010 at 11:00 pm
Tirar as “coisas” não disciplinares que nada servem. O director de turma deve ter 1 hora no horário e receber os alunos individualmente ou em grupo, sendo nesta altura que os alunos justificam faltas e afins…
Janeiro 21, 2010 at 11:02 pm
Curso de masturbação no currículo escolar de Extremadura, na Espanha, causa muita polêmica
Enviado em 06/12/2009 12:58
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Por Tarcicio + Amigo
Janeiro 21, 2010 at 11:02 pm
Se calhar, devíamos ter, a partir do 7 ano, dois percursos paralelos, um mais académico, e o outro mais prático, mas sem FACILITISMOS.Os alunos poderiam, conforme variados factores a ver/estudar, passar de um para o outro.
O que acham disto?
Janeiro 21, 2010 at 11:03 pm
Não sou de Geografia e acho inaceitável que esta disciplina tenha menos horas do que Educação Física ou as mesmas que “Educação Cívica (!)”!! Da mesma forma, qualquer língua que tenha apenas duas aulas por semana não adianta nada a ninguém:é só para se ter um carradão de turmas e não conhecer os alunos!!
Abaixo essa trapalhice de proposta!!
Janeiro 21, 2010 at 11:04 pm
#26-Para que te interessa a EMRC? É facultativa.
Janeiro 21, 2010 at 11:04 pm
Bem vou aos lençóis..Carpe Diem..Leiam para se divertirem e compararem…
istemas de ensino na União Europeia
Joana Silva Santos| 2007-01-24
Uma das razões apontadas para as alterações que o Governo quer implantar no Ensino Básico é tentativa de aproximar o sistema educativo português daqueles que são praticados, com sucesso, na União Europeia. O EDUCARE.PT analisa e compara aqui alguns desses sistemas.
Em Portugal, o ensino é obrigatório e prolonga-se até ao 9.º ano com as crianças a começarem a escola aos 6/7 anos. O ano escolar decorre entre Setembro e Junho, com a duração de 180 dias. No 1.º ciclo o tempo lectivo semanal estende-se até às 25 horas, 5 horas por dia, incluindo intervalos. Cabe ao professor gerir o tempo lectivo das diferentes áreas de acordo com as características da turma e o horário da escolar. A escola mantém-se aberta até às 17h30 para actividades de animação e apoio, enriquecimento curricular ou actividades extra curriculares. Já no 2.º ciclo passam a existir 16 períodos lectivos, de 90 minutos cada, sendo a carga horária diária estabelecida pelos órgãos de gestão dos estabelecimentos de ensino.
No 1.º ciclo, as turmas só com um ano de escolaridade não devem ter mais de 24 alunos e se existirem alunos de mais de dois anos escolares e só um professor, então o número de alunos tem de ser reduzido para 22. No 2.º ciclo procura-se manter a turma do ano anterior e agrupar alunos da mesma idade. Aqui o número de alunos de cada turma pode variar entre os 24 e os 28.
O programa é estabelecido a nível nacional mas estão previstos ajustamentos em função dos recursos e infra-estruturas das escolas, bem como de propostas elaboradas no âmbito da sua autonomia. A escolha dos manuais escolares é da competência do conselho de docentes no 1.º ciclo, e do Departamento Curricular no 2.º, de acordo com critérios de apreciação estabelecidos ao nível dos Serviços Centrais do Ministério da Educação.
Em termos de currículo, o programa do 1.º ciclo inclui as seguintes áreas: Língua Portuguesa, Matemática, Estudo do Meio, Expressões (artística e físico-motora), Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Formação Cívica.
Já no 2.º ciclo, no plano curricular estão incluídas as seguintes disciplinas: Língua Portuguesa, Língua Estrangeira, História e Geografia de Portugal, Matemática, Ciências da Natureza, Educação Visual e Tecnológica, Educação Musical, Área de Projecto, Estudo Acompanhado e Educação Cívica. Em ambas as etapas a Educação Moral e Religiosa surge como disciplina facultativa.
Para já, no 1.º ciclo o modelo de ensino é globalizante e está a cargo de um único professor, podendo este ser apoiado em áreas especializadas. Já o 2.º ciclo funciona em regime de pluridocência, está organizado por áreas de estudo de carácter pluridisciplinar sendo desejável que a cada área corresponda um ou dois professores.
No que concerne à avaliação, esta tem um carácter sistemático e contínuo. Se o aluno não desenvolver as competências necessárias para progredir com sucesso os seus estudos pode ficar retido. Contudo, no 1.º ciclo, excepto se o aluno tiver ultrapassado o limite de faltas injustificadas, não há lugar a retenção. Em caso de retenção, compete ao professor titular da turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de turma, no 2.º ciclo, elaborar um relatório que identifique as competências não adquiridas pelo aluno que deverão ser tidas em consideração na elaboração do projecto curricular de turma em que será integrado no novo ano lectivo.
Espanha
Do outro lado da fronteira o ensino é obrigatório dos 6 aos 16 anos de idade e divide-se em duas etapas: a educação primária – três ciclos com a duração de dois anos cada um, equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo – e a Educação Secundária obrigatória com quatro cursos – equivalente ao nosso 3.º ciclo e Ensino Secundário. A duração do ano escolar é igual, prolongando-se de Setembro a Junho, e compreende no mínimo 180 dias.
As escolas funcionam durante cinco dias da semana e na educação primária há em media 25 aulas semanais, sendo o número mínimo de horas lectivas de 810 horas.
Em termos de currículo, o Governo estabelece as matérias mínimas, que são depois alargadas por cada uma das comunidades autónomas; num segundo nível, cada centro educativo adapta e desenvolve este currículo básico ao seu caso em particular, e, por fim, cada professor programa as aulas de acordo com o grupo de alunos especifico e apresenta determinadas unidades didácticas.
No ensino primário – equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclo – as área obrigatórias são: Conhecimento do Meio Social, Natural e Cultural, Educação Artística; Educação Física, Língua Castelhana e Literatura, Língua Oficial e Literatura Própria da Comunidade Autónoma (se existir), Língua Estrangeira e Matemática. A disciplina de Religião Católica é opcional. Os Centros Educativos têm autonomia pedagógica nas escolha dos diferentes manuais e materiais didácticos que são utilizados.
As turmas têm no máximo 25 alunos e os estudantes são agrupados de acordo com as suas idades. As aulas da educação primária são dadas por um único professor para todas as áreas com excepção de Música, Educação Física e Língua Estrangeira. Só no Secundário é que os alunos passam a ter um professor por disciplina.
A avaliação é contínua e tem em consideração a evolução do aluno nas diferentes áreas. Só se pode repetir de ano uma vez ao longo de toda a etapa e os alunos que passarem de ciclo com avaliação negativa em alguma área devem receber todos os apoios necessários para a sua recuperação. Na educação primária dá-se especial atenção à diversidade dos alunos e à prevenção de eventuais dificuldades de aprendizagem actuando desde logo ao primeiro sinal. É feita uma avaliação de diagnóstico, apenas com um carácter formativo e orientador, das competências básicas alcançadas pelos alunos ao finalizar o 2.º ciclo desta etapa (10 anos).
França
O ensino é obrigatório para as crianças entre os 6 e os 16 anos e divide-se em três etapas: educação primaria (6 a 11); educação secundária baixa (11 aos 15 anos, equivalente ao nosso 3.º ciclo) e educação secundária alta (mais de 15 anos, equivalente ao nosso Ensino Secundário). A educação nas escolas estatais é gratuita.
A particularidade do sistema de ensino francês é que as escolas estão abertas seis dias por semana. No entanto não há aulas à quarta-feira e ao sábado de tarde. No ensino primário – equivalente ao 1.º e 2.º ciclos português – existem por semana 26 aulas com uma hora cada uma, sendo o número total mínimo de horas de aulas de 846 horas.
Também aqui é o Ministério da Educação que determina o currículo, cabendo aos professores a escolha do método de ensino e dos manuais. O ensino primário concentra-se nos conhecimentos básicos de leitura, escrita e aritmética, bem como na educação física. As escolas têm o poder de desenvolver o currículo de modo que estes reflictam as suas necessidades e circunstâncias particulares.
Não existe um limite recomendado para o número total de alunos por turma que variam consoante os responsáveis pelo estabelecimento de ensino e de acordo com as especificidades locais. Em média, no ensino primário existem perto de 25 alunos por turma, agrupados normalmente consoante a idade. Existe um único professor para todas as matérias, enquanto que no ensino secundário passam a existir diferentes professores para áreas distintas.
Alemanha
O funcionamento do sistema de ensino na Alemanha é um pouco diferente uma vez que existe o que eles designam por educação a full-time e a partime. A educação obrigatória em full-time abrange os jovens entre os 6 e os 15/16 anos (dependendo da zona). Para quem não ande numa escola a full-time, então a educação é obrigatória até aos 18 anos. O sistema de ensino está também dividido entre educação primária (6 aos 10 anos), equivalente ao nosso 1.º e 2.º ciclos; educação secundária baixa (10 aos 15/16), equivalente ao nosso 3º ciclo, e educação secundária elevada (15/16 aos 18/19,) equivalente ao nosso Ensino Secundário.
Em termos de duração do ano escolar, na Alemanha está-se perante o ano mais longo uma vez que tem início em Agosto e prolonga-se até Julho, englobando 188 dias de aulas (nas escolas que funcionam cinco dias por semana) ou 208 dias (nas escolas abertas seis dias por semana). Na educação primária, estão previstas entre 19 e 28 aulas por semana, com uma duração de 45 minutos.
Aqui tudo passa pelos estados federados (Bundesländer), que autonomamente determinam o currículo, recomendam métodos de ensino e aprovam manuais escolares. As áreas da educação primária incluem leitura, escrita, aritmética, introdução às ciências naturais e sociais, arte, música, desporto e educação religiosa.
Segundo dados de 2002, na educação primária as turmas têm em média 22 alunos, agrupados de acordo com a idade. No ensino primário existe apenas um professor para as diferentes matérias e no secundário diferentes matérias são dadas por professores distintos. Os professores do ensino primário são generalistas e os do secundário são especializados nas diversas áreas de ensino.
A avaliação contínua é uma prática comum e baseia-se em provas escritas e participação oral. Os alunos podem ter de repetir o ano, quando se justificar.
Inglaterra
O ensino é obrigatório entre os 5 e os 16 anos e divide-se entre o ensino primário (5-11) e o ensino secundário (11 aos 16). A maioria dos alunos vai directamente do ensino primário para o ensino secundário mas em algumas zonas de Inglaterra existem escolas “intermédias”, que recebem alunos entre os 8 e os 13 anos.
O ano escolar normalmente prolonga-se entre Setembro e Julho com 190 dias. Estas datas são estabelecidas pelas autoridades locais ou pelo corpo responsável por cada escola. O número de horas semanais de aulas recomendado varia entre as 21 horas (dos 5 aos 7 anos), 23,5 horas (7 aos 11 anos), 24 horas (11 aos 14 anos) e 25 horas (14 aos 16 anos). A maioria das escolas garante mais horas além do mínimo estabelecido. A organização do horário escolar é da responsabilidade de cada escola.
O currículo da educação obrigatória em Inglaterra está dividido em diferentes níveis. O primeiro, dos 5 aos 7 anos, o segundo, dos 7 aos 11, e o terceiro, dos 11 aos 14 anos, inclui Inglês, Matemática, Ciência, Design e Tecnologia, Tecnologias de Informação e Comunicação, Educação Física, História, Geografia, Arte, Design e Música. No 3.º nível é ainda obrigatória uma Língua Estrangeira e Educação Sexual. A Educação Religiosa é obrigatória desde o primeiro nível.
As turmas de alunos entre os 5 e os 7 anos têm um limite de 30 alunos.
No que respeita aos professores na educação primária – que equivale ao 1.º e 2.º ciclo do sistema de educação português -, existe um único professor para todas as matérias. Os alunos só passam a ter um professor específico para cada disciplina no secundário, que equivale ao 3.º ciclo e ensino secundário do sistema educativo português.
Finlândia
O ensino obrigatório começa quando as crianças têm 7 anos de idade e dura nove anos. A educação é gratuita para todo o ensino básico.
O ano escolar também começa a meio de Agosto mas acaba mais cedo – no início de Junho – e prolonga-se ao longo de 190 dias. As escolas funcionam durante cinco dias por semana e o número mínimo de aulas por semana varia entre 19 e 30 horas, dependendo do nível e do número de disciplinas opcionais existentes. Este sistema tem a particularidade de existir autonomia local para estabelecer dias de férias extra. Nos dois primeiros níveis, um dia de escola não pode ter mais de cinco aulas, no resto dos níveis no máximo podem existir sete aulas por dia. Normalmente uma aula tem a duração de 60 minutos.
Em termos de constituição de turmas, não existe qualquer regra quanto ao número de alunos por turma. Normalmente, agrupam-se os alunos por idade mas, desde que apropriado, alunos com diferentes idades poderão ter aulas juntos.
O currículo é estabelecido pelo quadro nacional de educação e inclui objectivos e critérios de avaliação. De acordo com estas normas, cada escola, juntamente com as autoridades locais, estabelece o seu próprio currículo que atende às especificidades do contexto local. As áreas obrigatórias são Língua Materna e Literatura, segunda Língua Nacional, Línguas Estrangeiras, Ambiente, Educação para a Saúde, Religião ou Ética, História, Estudos Sociais, Matemática, Física, Química, Biologia, Geografia, Educação Física, Música, Educação Visual, Economia do Lar e Aconselhamento.
Nos primeiros seis anos existe um único professor para a maior parte das matérias, mas há aulas que são dadas por professores especialistas, principalmente em áreas como educação visual, música e educação física. A partir do 7.º ano, os alunos passam a ter diferentes professores para a maior parte das matérias.
O sistema de avaliação é contínuo e é feito a partir de testes dados pelos professores. Durante a educação primária o aluno pode também repetir de an
Janeiro 21, 2010 at 11:16 pm
#14, #25
Concordo com estas orientações, como pontos de partida. Acrescentaria uma redução dos tempos lectivos para 50-60 min e uma tarde de oficinas/projectos (com uma matriz de actividades opcionais – desporto, música, teatro…)
Mas convém é definir bem os prósitos antes de pensar nos meios.
O que é básico e o que é complementar?
Que saberes e competências são estruturantes? Como se desenvolvem?
As questões dos teóricos da educação até nem estavam erradas. As respostas recentes é que foram uma desgraça, talvez por não terem qualquer fundamento empírico (cientificamente válido).
#46
Estou de acordo com esse diagnóstico, que talvez seja extensível às ciências em geral.
A base de tudo está na aprendizagem dos raciocínios lógicos e das competências linguísticas. São as ferramentas com que pensamos.
Mas devem ser aprendidos usando e aplicando (bem) a tudo o resto (à moda antiga) e não como um conjunto de princípios teóricos em abstracto.
Janeiro 21, 2010 at 11:18 pm
uma proposta: apenas uma língua estrangeira
Janeiro 21, 2010 at 11:23 pm
Tecnologias Artísticas?
Tecnologias da Informação e Comunicação?
Por onde andam as TECNOLOGIAS que permitem o desenvolvimento económico,a criação de RIQUEZA?
(VIVAM OS ARTISTAS A JOGAR NO COMPUTADOR)
Janeiro 21, 2010 at 11:28 pm
# 69
vê-se, com tanta TIC, a riqueza que anda por aí… basta de tecnocratas, restaure-se um ensino humanista!
Janeiro 21, 2010 at 11:34 pm
O tipo que idealizou parece ser um professor universitário, só pode ser um idiota qualquer. Admiro o sentido de humor do Guinote em expor a coisa.
Janeiro 21, 2010 at 11:35 pm
#69 e #70
É preciso humanizar as tecnologias (os senhores estão a usar as tecnologias)
Janeiro 21, 2010 at 11:37 pm
Para quem carece de perceber a importância do ensino artístico no currículo e a sua ligação com tudo:
http://www.campaignfordrawing.org
Só um pequeno ex. entre muitos… (as coisas estão a mudar e nós como sempre vamos pegar no que já não está a dar…)
Janeiro 21, 2010 at 11:39 pm
Reb
não me expliquei bem? O que aí está é o que eu pensava ter dito. Eles não escolhem: são compulsivamente enviados para o ensino técnico ou para o profissional assim que começam a derrapar no Liceu. Os que seguem o Liceu, a via de acesso às Universidades, têm um currículo único que não distingue ciências e Letras embora tenha opções. Há no entanto permeabilidade entre as vias podendo um aluno, em certas condições, regressar ao liceu. Mas volto a insistir que a divisão nem no superior é clara, sendo obrigatório ao candidato ao professorado abarcar duas áreas difrentes.
Janeiro 21, 2010 at 11:50 pm
Avento apenas três disciplinas:
Saber e provar Ler, Escrever e Contar.
Entender e provar História do Tempo e Ciência Aplicada;
Inovar Ler, Escrever e Contar em Matriz Histórica e Científica.
Nada daquelas coisa parvas de sermos obrigados a pagar aos bancos para pagarmos mais aos bancos.
Janeiro 21, 2010 at 11:51 pm
#72
Usar não é o mesmo que ter prazer.
Janeiro 22, 2010 at 12:07 am
Hoje não tenho tempo para ler melhor esta proposta.
Mas pelo que li, não gostei.
Como alguém dizia, e as CFQ?
(Hoje ultrapassando a Matemática em dificuldade para muitos alunos)
E as horas da treta das ACND roubadas à História, Geografia e FQ?
Isto é o que tenho para dizer neste momento.
Mas, claro, é uma proposta para ser melhor debatida.
Janeiro 22, 2010 at 12:13 am
Respeitando a proposta do colega, acho insultuoso que sugira que os prof. de ET possam ser convertidos em prof. de TIC. Diz muito da baixa conta em que muitos têm as TIC, respeitando eu a capacidade dos colegas de ET. TIC não é ensinar dactilografia e a meter slides com mariquices! Leiam lá o programita da coisa. Quero ver como converteria os colegas de ET quando tivessem de explicar como funciona um CPU ou como funciona o protocolo TCP/IP, e isto mesmo em termos gerais. E já nem falamos de como seria quando os miúdos começassem a fazer perguntas “daquelas”. E provavelmente as TIC poderiam ficar-se pelo 7.º e 9.º ou 7.º e 8.º. Três anos é muito.
Janeiro 22, 2010 at 12:13 am
#76
Ora ai está uma boa área onde deveria investir. Ensinar os alunos fazendo com que estes possam ter prazer (e não é à moda da Extremadura).
Janeiro 22, 2010 at 12:16 am
História, sim!
Geografia (?).
TIC? Na minha escola, há mais profs. de TIC do que de Geografia, História, Física e Química, Filosofia, etc.
Porquê o desvalorizar das línguas estrangeiras? Inglês, essencial. Porque foi retirado do 12.º ano? Os alunos de Ciências não necessitam de conhecer quase tão bem o Inglês como a própria língua materna? E o Francês, que está a ser deliberadamente empurrado para a extinção nos «curricula» nacionais?
Sou de Humandades: Português, Latim e Grego!
Janeiro 22, 2010 at 12:16 am
Tenho a impressão que a brincadeira está a chegar ao fim. De todo o modo, enquanto a coisa vai e vem, temos um espaço do “entretanto”, isto é, do “faz de conta”.
E como estamos “entretanto” eu proponho que na “Formação Pessoal e Social” seja inserida a “formação sexual” com um bloco 90 minutos de componente teórica e um bloco de 90 minutos de componente prática.
Evidentemente que os professores devem ter acesso a formação continua nesta área. 🙂
Janeiro 22, 2010 at 12:21 am
Para as disciplinas com 1 dia por semana o que acontece se o professor faltar num dia é só voltar a ver a turma passados 15 dias desde a última vez.
A proposta do colega Faria é omissa no que toca ao inicio e fim do ano lectivo, pois é preciso tempo para ensinar e tempo para aprender.
A diminuição da carga horária só beneficia os centros de explicação e similares pois alguém tem que ensinar aos alunos o que se consegue ensinar/aprender nas aulas em tão pouco tempo e com a qualidade merecida.
Janeiro 22, 2010 at 12:21 am
Ó Sísifo, cuidado com a encosta pá. Diz-me lá qual é a escola do Básico que tem mais que um prof de TIC? Não estás a confundir com disciplinas de Informática para os CEF e nas secundárias? E depois, se não houvessem esses cromos todos de TIC, eras tu que ias mudar o toner à impressora? Não, se calhar havia de ser a Coordenadora do teu departamento, não?
Janeiro 22, 2010 at 12:33 am
#78
Já não falando nas disciplinas dos cursos profissionais tais como gestão de redes, análise de sistemas, Linguagens de programação, etc.
Sim porque TIC != WORD, EXCEL e PPT.
(Já agora != é o operador binário de comparação em várias linguagens de programação, ou seja, “diferente”).
Declaração de interesses: sou professor de Matemática e de Informática. Sou contra a desumanização do currículo. Considero aberrante a pouca importância que neste momento é atribuída à Filosofia (se bem que não é do Ensino Secundário de que aqui se fala) mas também considero que temos de preparar os alunos para a sociedade cada vez mais recheada de tecnologia. Não defendo a educação de autómatos, mas de pessoas que percebam o que a tecnologia encerra.
Sem a definição clara dos objectivos a atingir pelos alunos no final de um ciclo tudo o que aqui se disser é completamente estéril e reveste-se de um carácter corporativista.
Janeiro 22, 2010 at 12:34 am
Falaram ali abaixo das CFQ. É Física, a química era no século XXVIII, quando o tal de Wilhelm Scheele inventou a maneira de o pessoal respirar. Antes disso era um sufoco.
Não há química, restam uns tipos dedicados à física das feromonas. Só há física, que é Matemática.
Ainda hoje passei por uns abandonados, aos quais me calhou dar uma aula de substituiução há um mês atrás: não são do ciclo a que lecciono, mas aprenderam em cinco minutos a multiplicar. Está que foi só o algoritmo védico, os professores de Matemática deles odeiam-me.
E eu ralado.
Janeiro 22, 2010 at 12:39 am
#83
O pintodacosta deve ser doutorado em ciências ou outra qualquer disciplina que esteja relacionado com a fruta!!!
Estes comentários valorizam mesmo o debate. Eu retiro-me deste ninho de ratos!
Boa iniciativa Paulo.
Janeiro 22, 2010 at 12:53 am
preservar, estudar, divulgar
http://ttonline.dgarq.gov.pt/dtematico.htm
Janeiro 22, 2010 at 12:56 am
“Respeitando a proposta do colega, acho insultuoso que sugira que os prof. de ET possam ser convertidos em prof. de TIC. Diz muito da baixa conta em que muitos têm as TIC, respeitando eu a capacidade dos colegas de ET. TIC não é ensinar dactilografia e a meter slides com mariquices! Leiam lá o programita da coisa. Quero ver como converteria os colegas de ET quando tivessem de explicar como funciona um CPU ou como funciona o protocolo TCP/IP, e isto mesmo em termos gerais. E já nem falamos de como seria quando os miúdos começassem a fazer perguntas “daquelas”.”
Ó colega peranta estas afirmações só lhe posso dizer que não conhece o programa de ET.
Não quero acreditar que ainda é daqueles que pensa que todos os professores de ET são os “antigos” mestres.
É por causa de comentários destes que a nossa classe jamais será uma verdadeira classe.
Com comentários deste calibre só podia assinar “pintodacosta”.
Como a maioria dos profs de TIC são jovens… penso que o colega também o seja.Só por isso poderia justificar este comentário completamente disparatado.
Janeiro 22, 2010 at 1:24 am
entre outras coisa, algumas das que escrevi aqui:
http://professorsemquadro.blogspot.com/2008/04/propostas-do-be-mais-um-penso-para-uma.html
resumindo: um tronco comum de saberes + outras escolhas
Janeiro 22, 2010 at 1:29 am
– Nem todas as disciplinas tem de estar espalhadas pelos 3 anos do ciclo. Poderia regressar-se ao modelo que vigorou até 2001 com algumas disciplinas concentradas em 2 anos.
– O n.º de disciplinas deve ser reduzido.
– Devem existir currículos especializados desde o 7.º ano.
Janeiro 22, 2010 at 1:37 am
#83
“se não houvessem esses cromos…”
Depois, há os professores dos “houveram, haveriam e houvessem” que envergonham a classe…
Janeiro 22, 2010 at 1:48 am
#91
Lá está, são precisas mais horas para Língua Portuguesa…
Janeiro 22, 2010 at 1:58 am
#88: Então já sei a quem vou pedir informações sobre o erro no meu servidor PXE da Sala TIC ao tentar repôr uma imagem pelo servidor: aos colegas de ET.
#91: Vergonha é pensar em termos de “classe” no século XXI, já que imagino que não pertence ao proletariado.
Janeiro 22, 2010 at 3:17 am
Concordo e sublinho os comentários do “brincalhão” (em #13) e do CVC (em #27). Discutirmos a carga horária de cada disciplina sem primeiro se estabelecerem os conteúdos curriculares de cada uma delas, não faz sentido. A menos que se parta do pressuposto que esse não é passível de alterações, mas considero que é aí que se deve colocar a base da discussão. Aí e na duração das aulas. Mais de 60 minutos de aulas, nestas idades, não é produtivo. Também não é possível continuar a aceitar que certas disciplinas funcionem apenas uma vez por semana (como CFQ (a minha área)) porque, por exemplo, os feriados de 1 e 8 de Dezembro são no mesmo dia da semana, assim, os alunos podem ter uma aula a 24 de Novembro, a seguinte a 15 de Dezembro (auto-avaliação) e depois reiniciam a disciplina a 5 de Janeiro. É preferível que a disciplina se concentre em dois anos (ou mesmo em um, em vez dos 3 anos do ciclo) mas tenha uma maior carga semanal.
Quanto a disciplinas fundamentais a este nível (imprescindíveis nos 3 anos do ciclo) considero: a Matemática, a Língua Portuguesa, a História, a Educação Física e uma disciplina da área artística (que pode ser escolhida pelo Enc. de Educ.).
Especificamente em relação à disciplina que lecciono, enquanto os alunos não souberem Matemática e Português, não vão fazer nada para as aulas de CFQ. Actualmente o programa da disciplina é demasiado grande para a carga horária atribuída, resultado, tudo é leccionado de forma superficial e o insucesso não é elevado, só que, na realidade, os alunos chegam ao secundário sem bases nenhumas e aí, a Física e Química passa a ser a disciplina com classificações mais baixas (principalmente nos exames nacionais, porque em termos de frequência há sempre um milagre ou outro) isto, apesar de todo o facilitismo implantado nos últimos anos, com o fornecimento de formulários e a legalização das cábulas (via memória das calculadoras gráficas), dos 7 tempos semanais da disciplina (falo do secundário) e de mais 3 ou 4 horas que a esmagadora maioria dos alunos passa no explicador. É cada vez maior o número de alunos que chega ao final do 11º ano (para não dizer 12º) sem capacidade para esboçar o mais elementar dos raciocínios. Enquanto os alunos não forem capazes de interpretar um enunciado e de raciocinar de forma lógica, alinhando dois ou três argumentos válidos, é indiferente se a carga horária da Física e Química é de 3 horas ou de 10 horas; ou os testes são exactamente iguais às fichas corrigidas nas aulas anteriores e a resolução está na memória da calculadora, ou qualquer alteração nos enunciados, ainda que mínima, equivalerá sempre a um estrondoso insucesso.
Janeiro 22, 2010 at 10:48 am
#44
è deHistória, por isso é que fala assim do “Espanhol”!!!
Janeiro 22, 2010 at 11:14 am
@Apache
“Especificamente em relação à disciplina que lecciono, enquanto os alunos não souberem Matemática e Português, não vão fazer nada para as aulas de CFQ.”
Mas não é isso que eles devem aprender no 1º e 2º Ciclo?
Não há uma razão de maturidade intelectual para apenas terem a Física e a Química no 3º Ciclo?
Eu não sou grande entendido no assunto ( a minha esposa é que é prof, do secundário), mas parece-me que o essencial é apostar muito na Matemática, Lingua Portuguesa, Educação Artística, História e uma L´+ingua Estrangeira nos 1 e 2º ciclos, e no 3º ciclo, progressivamente, dar maior carga horária às Ciências Físicas, Químicas, Naturais, à Geografia, às TIC, à Educação Tecnológica(não aquela que temos nas escolas), diminuindo outras.
Há uma idade certa para aprender algumas coisas, por isso isso deveria ter-se em conta.
Janeiro 22, 2010 at 11:17 am
http://k-punk.abstractdynamics.org/archives/011459.html
Leitura recomendada
Janeiro 22, 2010 at 11:36 am
NOVENTA MINUTOS NÃÃÃOOOO!!!!!
Janeiro 22, 2010 at 11:38 am
Alguns comentários revelam a fraca importância que anda a ser atribuída à Geografia. Será que pensam que vai ser leccionada integrada em História? Seria uma desonestidade intelectual no 3º ciclo.
É uma disciplina fundamental para entender o que nos vai acontecendo! Pois porque a vida não é só futebol e telenovelas… há mais mundo para além disso.
Janeiro 22, 2010 at 11:53 am
La fabrique scolaire de l’histoire : Illusions et désillusions du roman national
Laurence De Cock, Emmanuelle Picard (dir.) Éditions Agone, Collection : Passé & présent, 2009
http://www.cahiers-pedagogiques.com/spip.php?article6587
Janeiro 22, 2010 at 12:18 pm
Princípios para uma Reforma Curricular para o 2º Ciclo:
1. Revogar as Áreas não Disciplinares (por constituírem uma redundância).
2. Criar uma disciplina tipo ACTIVIDADES HUMANAS (ESTUDOS SOCIAIS), que integrasse o essencial da História e Geografia de Portugal, das Ciências da Natureza e de Organização Política, Social e Económca (da actualidade).
3. Criar opções no campo Técnicas/Artes e da Educação Física/Desporto, para que os alunos escolham uma de cada.
4. Leccionar Português e Matemática, todos os dias.
5. Reservar as manhãs para as disciplinas mais teóricas e as tardes para as outras.
Janeiro 22, 2010 at 12:20 pm
História e Geografia são fundamentais para compreender o mundo na sua identidade e alteridade; há que reforçar a Língua Portuguesa; uma Língua Estrangeira é suficiente; Físico-Química e Ciências Naturais juntas? acabar com as ACND; reduzir o tempo da Ed. Física; 1 disciplina artística que integre as suas diferentes dimensões (plástica, musical, performativa) …
Janeiro 22, 2010 at 1:45 pm
Juntar Física, Química e Ciencias Naturais é um grande erro: apetecível, mas errado. Já somos um país de fraca capacidade tecnológica, juntai as duas e a asneirada será ainda pior. Embora a grande inovação tecnológica actual seja nas fronteiras dessas Ciências, é preciso saber muito bem as duas.
Poder-se-ia era juntar as duas até ao 8º Ano (como é feito em diversos países anglo-saxónicos) e separá-las bem a sério do 9º ao 12º. Separar a Física da Química, parece-me mais do que o ideal.
Também não me parece que se deva juntar História e Geografia.
Reforçar a Língua Portuguesa quando esse reforço faz mais sentido : 1º e 2º ciclo.
E acabar com o ensino em espiral, tão em voga na Matemática actual.
Janeiro 22, 2010 at 2:46 pm
Paulo
Seria interessante, do meu ponto de vista, abrir a discussão sobre quais os conhecimentos que deveriam possuir os alunos à saída do Ensino Básico. Teriam que ser várias discussões, pelo menos um post por disciplina. Começar-se-ía pelas disciplinas mais dependentes de outras: Geografia antes de Ciências Naturais, da Física e da Química; Física e Química antes da Matemática; Línguas estrangeiras antes de Língua Portuguêsa; Filosofia e Latim só no fim.
Janeiro 22, 2010 at 3:13 pm
Formação Cívica e afins: exit.
Substituam por algo realmente útil como: natação e primeiros socorros.
Janeiro 22, 2010 at 3:49 pm
#25
“Matriz teórica todas as manhãs.
Matriz prática, artística, física e experimental todas as tardes.
Uma sala por turma.”
As experiências dos anos 50 em Vanves demostraram que com Actividades Físicas de manhã e aulas teóricas à tarde (e menos tempo total para matérias teóricas) os resultados escolares eram melhores. P
Outras info aqui http://dererummundi.blogspot.com/2008/05/educao-fsica-e-sucesso-escolar.html
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Janeiro 22, 2010 at 4:00 pm
Um dos maiores erros das últimas reformas foi a generalização dos tempos de 90m., não tanto para os professores, mas sobretudo para os alunos. A aprendizagem requer tempo distribuído ao longo da semana e não compactado em 1 vez por semana. Aprende-se mais em duas vezes 50m., por semana, do que em 1 vez 90m. Por outro lado, no caso das disciplinas com apenas 90m. por semana, se o aluno ou o professor faltarem, tal significa que só duas semanas depois é que se voltam a encontrar. Como se hão-de lembrar os alunos, nomeadamente os mais pequenos, do que aprenderam 15 dias antes? Além disso, acho que é uma violência psicológica obrigar os jovens a ficarem mais do que 50m. confinados ao mesmo espaço. Por isso, acho que os professores deveriam lutar pela reposição dos tempos de 50m., para bem do ensino e da aprendizagem e da sanidade mental dos nossos jovens.
Janeiro 22, 2010 at 4:51 pm
# 106 André
Se quiseres mando-te uma fundamentação (baseada nas ditas experiências) muito mais completa do que a do rerum. Utilizei-a em 86, numa carta escrita ao então SEE para tentar impedir a redução da nossa carga horária.
Janeiro 22, 2010 at 5:09 pm
# 104 António Ferrão
A nossa escola/agrupamento tem isso feito.
Temos, no nosso Projecto Curricular, os perfis de saída de cada ciclo e Pré.
Claro que estão feitos em função dos programas existentes… bastaria “limá-los”.
Janeiro 22, 2010 at 6:20 pm
#109,
Fui consultar o documento. Honestamente, parece-me mais uma excelente peça de eduquês, com muito decalque de chavões ministeriais.
Mas por via das dúvidas tentei saber se os resultados dos alunos dessa escola estão de acordo com os perfis traçados.
Qual não é o meu espanto quando encontro no ranking de 2009 a referida escola no lugar… 1300 (ou em primeiro a contar do fim) com a fabulosa média de 1,986.
Parece que isto é má sina das escolas eduquesas.
Janeiro 22, 2010 at 6:25 pm
#109 Maria Lisboa
Li por alto o documento que referiste. Para a disciplina de Ciências Físico-Químicas, reproduzo o que vem indicado como “Perfil do aluno à saída do 3º Ciclo:
Saberes
UNIVERSO
. Sistema Solar
MATERIAIS
. Constituição do mundo material
. Substâncias e misturas de substâncias
. Propriedades físicas e químicas dos materiais.
. Separação das substâncias de uma mistura.
. Transformações físicas e químicas
ENERGIA
. Fontes e formas de energia
. Transferências de energia
Som e luz
Reacções químicas
Mudança global
Sistemas eléctricos e electrónicos
Classificação dos materiais
Parece-me muito sintético, podendo servir como ponto de partida.
Janeiro 22, 2010 at 6:28 pm
#110 Jamé
Se procurasse informação suplementar, não iria atribuir a uma única causa a má sina que descobriu. O Eduquês tem a sua quota parte.
Janeiro 22, 2010 at 8:01 pm
#110 Jamé,
eu não disse que a escola tem sucesso. Não tem e é muito difícil que alguma vez o venha a ter, não porque os professores não se esforcem mas porque outras variáveis, começando pelo estrago social que determinadas políticas sociais fazem, o condicionam.
Disse, simplesmente, que havia um documento na linha do que alguém, lá para cima falou, e do que está a ser feito por Natércio Afonso & Comp. Disse, também, que o que ali está foi feito a partir dos programas (penso eu…). Que os programas são “eduqueses” toda a gente sabe. Como isto e os programas são transpostos para a práctica lectiva/pedagógica de cada disciplina só posso imaginar porque não estou nas aulas e nem sempre acredito no que oiço.
Sei, e já é muito, que nem a prática pedagógica nem o perfil da minha disciplina não têm nada de eduquês (excepto aquela divisão entre capacidades/competências e saberes que já corrigi no último documento, passando tudo a saberes)
Janeiro 25, 2010 at 3:07 pm
#108 Maria Lisboa
O que eu conheço (mais precisamente de Vanves) vem num capítulo do já velhinho (mas ainda em muitos aspectos muito actual) o Desporto e as Estruturas Sociais…
Quanto aos perfis de saída, sou director de um CP de Técnico de Apoio à Infância e do perfil de desempenho à saída de curso oficial (ver aqui, http://www.grupolusofona.pt/portal/page?_pageid=754,1425434&_dad=portal&_schema=PORTAL) nós reduzimos para isto:
-Apoio à organização e gestão de actividades de acompanhamento de crianças
-Promoção de comportamentos (atitudes e valores, segurança, higiene, etc.) nas crianças a acompanhar
-Diagnóstico e prevenção de situações de risco (doenças, acidentes, comportamentos…).
É apenas sobre a componente profissional (não devemos ser tão redutores, afinal é um curso equivalente a 12º e não formação profissional) mas é um esforço para podermos objectivar o nosso trabalho e aqui concordo com o “nossa” ex-equipa ministerial… são necessárias “evidências” para podermos avaliar o nosso trabalho
Por outro lado, por ser um Curso Profissional possivelmente o Perfil de Saída é mais objectivo, mas vi perfis “oficiais” de outros cursos profissionais com 5/6 páginas…é preciso é “descomplicar”!!
(socorro! acabei de ler que nos últimos dois parágrafos além de utilizar a palavra “objectivo” – por si só não seria motivo de pânico-, até utilizei o termo “objectivar”…tou mesmo a precisar de uma pausa lol)
Fevereiro 8, 2010 at 12:09 pm
Acho bem, só uma lingua estrangeira obrigatória, deixando liberdade de escolha.
È essencial aumentar o nº de horas a matemática, mas aulas de 90m, para estas idades,não me parece produtivo.
De facto é preciso fazer alterações e espero que sejam já para o próximo ano lectivo e que não passem 10 anos a estudar propostas.
Maio 26, 2010 at 10:04 pm
Gostava de saber qual o grupo disciplinar do Faria.
Propunha também o Faria para ministro do eduquês nacional para combater o insucesso escolar no 3º ciclo
Junho 17, 2010 at 11:34 am
Com esta proposta de revisão voltamos só ao ensino de caneta e papel.
Quero lembrar que a disciplia de Educação tecnológica é uma disciplina essencialmente prática.
Onde pára o SABER FAZER?
Março 28, 2021 at 9:42 pm
Olá alguem ainda tem as imagens pxe do servidor da sala tic?