Na edição de hoje do Sol vem uma peça de Margarida Davim em que se recolhem as opiniões dos líderes da APEDE, MUP e PROmova, assim como do Ramiro Marques e minha.
Como sabemos, os movimentos opõem-se ao acordo, o Ramiro apoia-o, tendo-o achado irrecusável, enquanto eu o acho apressado e a necessitar de muitos acertos antes de ser passado a letra de lei.
As minhas declarações completas às questões colocadas foram as seguintes:
Este acordo assegura que todos os professores com ‘Bom’ vão chegar ao topo da carreira em tempo útil?
Não, de modo algum. A divisão da carreira terminou, mas a progressão tornou-se mais lenta até chegar ao ponto do estrangulamento anterior.
Digamos que o topo da escada está acessível, sem nenhum travão estanque, mas os degraus aumentaram muito.
Porquê?
Porque os mecanismos criados para retardar a progressão permitirão que, no mínimo uns 30% nunca lá cheguem antes da reforma, em especial aqueles que estão na carreira abaixo do 4º escalão que, em relação a 2006 passam a ver o topo da carreira muito mais longe do que viam.
Pode dar-me exemplos de situações em que isso não esteja garantido?
Tudo depende da idade em que um professor inicie a sua carreira. O desenho da actual carreira só permite a um professor chegar, em condições “normais”, ao topo salarial ao fim de 34 anos para quem começa agora, o que significa perto ou pelos 60 anos.
Para quem já está na carreira e a tenha começado a leccionar depois dos 25 anos e só tenha sido integrado mais tarde na carreira, a chegada ao actual 10º escalão só se adivinha com uma bengala na mão. Há colegas meus com mais de 40 anos que, estando actualmente no 3º ou 4º escalão da carreira não têm perspectivas de alcançar esse patamar.
Os professores que tiveram Muito Bom e Excelente vão beneficiar já da bonificação este ano lectivo?
Não sabemos ainda e espero que não porque seria uma aplicação retroactiva da lei que, mais do que beneficiar quem aderiu a um modelo de ADD desacreditado, prejudica quem fez o seu trabalho e lutou em coerência contra esse mesmo modelo, acabando por lhe ser reconhecida a a razão ao tornar-se o “simplex” como norma para alcançar o Bom na avaliação do desempenho.
De que modo é que as novas regras vão acentuar a desigualdade salarial entre professores? Pode dar exemplos?
Neste momento ainda esperamos que algumas regras constantes do “acordo” sejam revistas. Há situações – decorrentes das regras transitórias dos vários modelos aprovados desde 2007 – que criaram disparidades entre docentes que estavam em situação quase igual.
Por exemplo, foi criado um novo escalão e índice (5º escalão e índice 235) que vai funcionar como um tampão para a progressão de docentes que, se ficarem alguns anos à espera de transição com “Bom” (nem mencionando nos das classificações superiores), se podem mais tarde (2, 3 anos) encontrar em escalões de remuneração distintos, quando antes estavam no mesmo.
Quais são, em seu entender, os aspectos mais graves do acordo que foi assinado?
Existem vários, de que eu destacaria os seguintes:
– Uma carreira pouco atractiva para quem está nos dois primeiros escalões e, em relação ao início (há 6-8 anos), muito mais longa.
– O perigo da aplicação de regras, baseadas na avaliação, com efeitos retroactivos em progressões futuras, porque as pessoas tomaram decisões com um quadro legislativo que não contemplava opções que agora existem.
– Normas transitórias para a progressão com algumas falhas e uma data (2013) muito próxima para assegurar que a progressão na carreira não será mais estrangulada a curto prazo.
– Um modelo de avaliação que mais não passa do que da institucionalização do regime simplificado. Um modelo que faz depender a excelência de um docente de duas aulas assistidas por ano não é credível.
Como é que o acordo foi recebido nas escolas?
Com algum desânimo. Apesar do cansaço e desejo de finalizar o conflito, esperava-se mais daquela maratona negocial em que foram mudadas algumas vírgulas e poucos parágrafos à proposta com que o ME começou aquele dia.
Quem é que fica verdadeiramente a ganhar com este acordo?
Politicamente ficou o Governo. Os professores, globalmente, ganham o fim da divisão da carreira mas em troca de algumas cedências em matéria de progressão e duração da dita carreira.
Em que pontos é que os sindicatos deveriam ter sido mais inflexíveis?
No acesso ao 5º escalão da carreira e nos efeitos potencialmente retroactivos de algumas normas da progressão.
O que é que terá levado os sindicatos a assinar o acordo? Perceberam que já não tinham o mesmo tipo de apoio junto dos docentes e da opinião pública?
Ou isso ou a percepção que se o não assinassem ficariam encerrados outros dossiês importantes para a negociação. Cada vez é mais claro que se o acordo não fosse assinado não existiriam outras vias negociais para discutir aspectos da gestão escolar e dos horários, por exemplo.
O que é que poderá acontecer agora? A assinatura do acordo representa o fim da luta contra o modelo de avaliação do ME e o ECD?
O modelo de avaliação era apenas a face visível da contestação ao modelo de carreira. Nessa perspectiva as coisas não mudaram radicalmente. Quando a generalidade dos docentes se aperceber de algumas das normas do “acordo” – caso passem a letra de lei – a insatisfação crescerá. E se, de forma consciente ou meramente instrumental, a maioria dos docentes optar pelo modelo “completo” da avaliação com vista à obtenção das classificações que permitem acelerar a progressão, há o sério risco de implosão do dito modelo.
Janeiro 15, 2010 at 4:10 pm
Muito bem, Paulo.
Janeiro 15, 2010 at 4:22 pm
“Ou isso ou a percepção que se o não assinassem ficariam encerrados outros dossiês importantes para a negociação. Cada vez é mais claro que se o acordo não fosse assinado não existiriam outras vias negociais para discutir aspectos da gestão escolar e dos horários, por exemplo.”
Isso são as duas hipóteses politicamente correctas. A terceira, menos simpática para os sindicatos, é que a agenda política dos partidos que mandam nos sindicatos aconselhava à moderação e ao recato…
Janeiro 15, 2010 at 4:25 pm
#2,
A terceira hipótese e a segunda podem estar entrelaçadas.
Eu apenas falo da questão concreta da negociação, não de outros eventuais bastidores.
É óbvio que o aplauso generalizado da oposição – seja de esquerda, seja de direita (em especial o PSD) – nos faz perceber que…
Janeiro 15, 2010 at 4:25 pm
Para além de não terem assegurado o tempo de serviço de todo o pessoal que anda há 8, 10, 12 anos a contrato… tempo esse que sempre contou para um reposicionamento futuro.
Janeiro 15, 2010 at 4:25 pm
Paulo, Quanto ao tempo:
Um professor com 20 anos de serviço, está no 4º escalão, considerando o congelamento, precisa de mais dois anos para transitar para o 5º. Faz as contas: os que têm, actualmente, 20 anos, necessitariam de mais 20 anos para chegar ao 10º escalão, ou seja chegariam ao topo com 40 anos de carreira. Acresce-se o facto destes professores terem de adquirir, cumulativamente, estômago bastante para pedirem as tais 2 aulitas assistidas, sem as quais nunca serão um M.Bom professores e portanto, impossibilitados de ascensão.
Janeiro 15, 2010 at 4:28 pm
#4,
Essa terá sido a “troca” por não passarem pelo crivo da prova de ingresso.
Janeiro 15, 2010 at 4:45 pm
Um estudo diferente.
http://arlindovsky.wordpress.com/2010/01/15/tabela-real-de-progressao/
Também tenho direito à minha tabela. 😆
Janeiro 15, 2010 at 4:45 pm
Má troca!
Ninguém lhes colocou essa questão! Foi uma troca sem feedback dos interessados. Deixaram-nos cair. E isso não deveria ter acontecido sem que tivesse havido a reestruturação dos quadros prevista para o próximo concurso.
Janeiro 15, 2010 at 4:46 pm
Concordo com as posições do Paulo. Acabei de ler a Sábado, e o senhor do Jornal de Negócios, que lá tem a sua colunazita de vulgarólogo, porque não ESTUDA a fundo as questões, limita-se a, penso, ouvir os Prós e Contras e, com base nessa instituição sapientíssima, fazer uns comentários, concluiu que os professores só queriam afinal de contas uma coisa: DINHEIRO, qual burocracia qual carapuça? Dinheiro e mais nada! É triste! Eu quero dinheiro? Quero, só um parvo é que não quer, mas quero, antes de tudo, que não haja um esvaziamento completo da função docente, que é o que está a acontecer. Nem vou mais longe: para que servem os megadepartamentos??
Janeiro 15, 2010 at 4:51 pm
# 6
A não realização da prova de ingresso é o que permitirá sujeitar os professores à maior das indignidades: Permite ao Ministério/Patrão/chefe pôr em causa, sempre que lhe for útil, as habilitações científicas e profissionais do professor.
Não acontece em nenhuma outra profissão, e, acredito que nenhuma ordem profissional o permitisse.
Eu pensava que a Faculdade onde me licenciei tinha credenciado a minha habilitação científica e que o Ministério em conjunto com essa mesma Faculdade tinham credenciado a minha habilitação profissional, após dois anos de estágio.
Dou-me conta, agora, que de dois em dois anos, tenho de fazer prova se estou habilitada para a docência, pedindo, que alguém me veja duas aulitas e diga: sim, senhor.
Meus caros, nada me espanta neste meu país cujas vontades são as que lhe mandarem ter, sou indiferente, portanto, aos critérios que definirem para me classificarem, até podem dizer-me que não sirvo porque tenho rugas, uso roupa pouco fashion, sou feia e tenho a mania de tentar entender o porquê das coisas, agora, porem em causa, de dois em dois anos, a profissionalidade de todos os professores, é obra.
(desculpem a ironia, mas em termos objectivos, acredito, que este é o paradigma. Ou alguém acha que a avaliação vai contribuir para termos uma melhor Escola, uma Escola estruturada nos valores universais humanos?)
Janeiro 15, 2010 at 4:57 pm
#2
Isso são as duas hipóteses politicamente correctas. A terceira, menos simpática para os sindicatos, é que a agenda política dos partidos que mandam nos sindicatos aconselhava à moderação e ao recato…
#3
A terceira hipótese e a segunda podem estar entrelaçadas.
(…)
É óbvio que o aplauso generalizado da oposição – seja de esquerda, seja de direita (em especial o PSD) – nos faz perceber que…
…………………………………..
Ficar pelas meias palavras e pelas reticências, dá azo a múltiplas interpretações. Não vejo que receios ou pruridos possa haver para não serem mais explícitos no desenvolvimento dessa teoria da agenda político-partidária. E analisar, caso a caso. Mesmo que surjam surpresas inconvenientes. Mas sempre ficaríamos mais próximos da verdade dos factos.
Janeiro 15, 2010 at 5:25 pm
Respostas de uma clareza cristalina. Paulo Guinote no seu melhor. Parabéns.
P.S. “E se, de forma consciente ou meramente instrumental, a maioria dos docentes optar pelo modelo “completo” da avaliação com vista à obtenção das classificações que permitem acelrar a progressão, há o sério risco de implosão do dito modelo.”
Penso que os professores devem requerer aulas assistidas para demonstrar que ciclos de avaliação tão curtos causam mais inconvenientes do que benefícios.
Janeiro 15, 2010 at 5:41 pm
De que modo é que as novas regras vão acentuar a desigualdade salarial entre professores? Pode dar exemplos?
Eu também quero dar um exemplo:
Consideremos o que diz a Fenprof: “Para quem já integrava a carreira, desde 2007, o tempo total de serviço não é relevante, mas sim o tempo de permanência no escalão de integração.”
Sendo assim, um professor que entre agora na carreira, no seu 13º ano estará no escalão 4, índice 218,certo?
Quem tem como eu, 20 anos e 4 meses de serviço (ou 18 anos, com o roubo congelado) está também no esc.4 e aí neste índice 218 fica então indecentemente posicionado quando devia ser alçado, pelo menos, ao escalão 5 (a salvo, GRAÇAS A DEUS,das quotas, avaliação complex, relatores, relatórios,aulas assistidas, portafolhas, mau ambiente, conflitos, stress, taquicardia, azia, má digestão, etc…etc…e tal).
Trata-se de um castigo por ter lutado… em benefício dos que ainda virão?
Portanto, o tempo total de serviço TEM DE SER relevante!!!O contrário é imoral e ilegal.
Lei é lei e direitos adquiridos são adquiridos, já cá estão e ninguém pode tirar… ao contrário do que dizem, o tempo total de serviço NA CARREIRA é o assunto mais relevante a ser discutido após o dia 20.
Janeiro 15, 2010 at 5:43 pm
#13
espreita a minha tabela
Janeiro 15, 2010 at 5:48 pm
Colando parte de um outro comentário…
https://educar.wordpress.com/2010/01/14/entrevista-blogosferica-a-mario-nogueira-2/#comment-347157
Eu estava tentado a ver a coisa como se estivesse na Bienal de Évora: Cada mestre bonecreiro a puxar para seu lado para levarem todos os títeres ao mesmo desfecho, não fosse a fantochada voltar à cena na A.R., onde ninguém saberia já como desenlear os cordéis.
Mal por mal, sem ironia, prefiro a explicação fina e inteligente do MN, de que a urgência do acordo serviu sobretudo o interesse… dos professores.
Pouco importa se é verdadeira ou não 😉
Também creio que o acordo foi melhor (que a A.R.) para os interesses da bonecada – O que está longe de ser bom, entenda-se – Ainda que eu esteja, objectivamente, entre os que andam para trás (já era titular, estou no início do 245, etc.). Mas antes títere com (opção de) vida própria que titular manietado.
Janeiro 15, 2010 at 5:49 pm
#14
Não me serve.
Estes putos… 🙂
Janeiro 15, 2010 at 5:54 pm
O Ramiro anda a ver se lhe toca qualquer coisinha. Com a Milú não teve direito a nada, agora usa o elogio par ver se calha. E é estranho que um professor do Superior seja favorável a um acordo que malhou forte nos graus académicos.
Janeiro 15, 2010 at 6:12 pm
Excelente entrevista, Paulo!
Os meus parabéns! Oxalá os senhores do ME passem por aqui e o vejam…ou comprem o Sol…e já agora os senhores dos sindicatos também…porque nada está legislado..por enquanto..ainda há tempo para remediar algumas injustiças…
Janeiro 15, 2010 at 6:25 pm
# 17
Não sei o que move ninguém, sei que o Ramiro Marques bateu com a porta na cara de Lurdes Rodrigues, em Fevereiro de 2008, quando não concordou com o sistema de avaliação do qual queriam que fizesse parte da paternidade.
Janeiro 15, 2010 at 6:36 pm
#12,
Um elogio do kafkazul é uma pérola.
#11,
As meias palavras são palavras inteiras.
Janeiro 15, 2010 at 6:48 pm
#5 e #13, como eu vos entendo. Ainda não consigo acreditar como é possível esta facada nas costas!! E depois de ver a tabela enviada pelo SPGL ainda fiquei mais (se possível) surpreendido com aquela divisão na carreira…
Paulo, posições claras e incontestáveis. É assim, sem espinhas políticas para “disfarçar” 😉
Janeiro 15, 2010 at 6:49 pm
#14, Arlindovky, obrigado por essa tabela. Bem útil neste tempo de confusão.
Janeiro 15, 2010 at 6:54 pm
O 270/09 é de Setembro, e fina-se agora.
Quem garante o quê?
Que seriedade e que credibilidade têm as leis que se publicam e as pessoas nelas?
Será para quanto tempo? Servirá que conveniências? Qie interesses?
Janeiro 15, 2010 at 6:54 pm
Pelas minhas contas um professorque esteja na carreira no 1º ,2º, 3º e 4º escalões jamais conseguirá chegar ao topo.Para além dos anos de congelamento, os anos no antigo 3º escalão foi dado e de borla.
Janeiro 15, 2010 at 7:14 pm
O manyfaces tem razão. A 3ª hipótese é a real.
…a agenda política dos partidos que mandam nos sindicatos aconselhava à moderação e ao recato… a que a batalha que os profes travaram fosse trocada por umas lentilhas (orçamento? distribuição de tachos/cargos? $$$ para fundações ou coisas que tal?)
Janeiro 15, 2010 at 7:28 pm
Paulo,
há muito tempo que visito “esta sua casa”.
Penso que sempre se pautou por critérios de justiça, de dignidade, num Estado de Direito.
Isto ajuda a compreender a sua crença na solução jurídica.
Gostaria de saber a sua opinião:
Como analisa, a esta luz, a arbitrariedade de fazer os funcionários descer de escalão e reposicioná-los um pouco arbitrariamente. Sei que o índice salarial se mantém. Mas há mais para além do dinheiro.
Há já oito anos que me encontro no décimo escalão o que equivale ao topo da carreira.
Á luz de que direito, com que critérios de dignificação dos trabalhadores, me vão retirar dessa situação, sem processo disciplinar, sem negociação comigo, sem nada… O dinheiro não é tudo…
Com a agravante de, dadas as condições de transição, não ter hipótese de REGRESSAR ao topo. Reformar-me-ei, despromovido e humilhado, depois de ter atingido o topo e aí ter permanecido durante oito anos, com total dedicação ao trabalho.
Haverá protecção legal para estas humilhações do governo (e dos sindicatos negociadores)?
Estou a imaginar o General a quem lhe arrancam as estrelas e o colocam com os galões de major ou coronel, EMBORA A GANHAR O MESMO (com o mesmo indice de remuneração de general…).
Estes aspectos não foram acautelados.Em minha opinião.
Janeiro 15, 2010 at 7:39 pm
#26-concordo.Tudo isto é uma grande vigarice e uma grande trapalhada.
Janeiro 15, 2010 at 7:41 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/01/15/cinebulimunda-uns-belos-rapazes-les-beaux-gosses-de-riad-sattouf/
Janeiro 15, 2010 at 7:41 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/01/15/frase-para-reflexao-apos-manifestacoes-de-120-mil/
Janeiro 15, 2010 at 7:41 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/01/15/uma-singela-homenagem-a-lurdinhas-russian-animation-the-cow-petrov-english-subtitles/
Janeiro 15, 2010 at 7:42 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2010/01/15/samwell-protect-respect-a-musica-mais-ouvida-pelo-largo-do-rato-neste-ultimos-dias/
Janeiro 15, 2010 at 7:45 pm
A PRETALHADA HOJE DEU SHOW EM FRENTE AO PALÁCIO DA JUSTIÇA…FALTOU A CACHUPA…AINDA VÃO ACUSAR A POLÍCIA DE RACISMO..POR TER BATIDO COM Bastões de cor esbranquiçada…
Janeiro 15, 2010 at 7:48 pm
#26-É certo o que dizes…Estou em situação semelhante. 9 anos no topo da carreia.
Ah,afinal não estou?
Janeiro 15, 2010 at 7:53 pm
#32
o que quer dizer pretalhada ?
é um termo lisboeta ?
Janeiro 15, 2010 at 7:54 pm
Nesta mesma linha de atropelos,
pergunto:
Com que direito se acaba com o Quadro de Professores de NOMEAÇÃO DEFINITIVA da Escola, quando essa nomeação foi alcançada por CONCURSO PÚBLICO E OFICIAL, com nomeação publicada em DIÁRIO DA REPÚBLICA e paga pelo professor?
Isto sem processo disciplinar, nem negociação, nem indemnização, nada?
Perguntar-se-ia o mesmo para o caso dos Titulares. CONCURSO PÚBLICO e OFICIAL! com admitidos e excluídos!
Como é que o Ministério honra os seus compromissos contratuais?
Que ESTADO DE DIREITO é este?
Que cegueira geral é esta?
Janeiro 15, 2010 at 7:55 pm
Exacto..e atenção: não é de cariz racista…serve para chamar à atenção para que muitas vezes se encobre o chamado racismo com situações paternalistas….e tão só…
Janeiro 15, 2010 at 7:56 pm
tadinhos, já não estão no topo. podem vir a ganhar mais uns euritos antes deabandonar o barco…
então e quem não vai atingi-lo antes de se reformar? são o quê?
safa!
Janeiro 15, 2010 at 7:56 pm
Que ESTADO DE DIREITO é este?
Qual estado ?Qual direito? Brincamos? Isso morreu ….o que hoje existe é um não estado…semelhante ao do Taiti…só muda a cor dos habitantes ..nada mais…
Janeiro 15, 2010 at 8:03 pm
situações paternalistas tipo :
não devemos deixar os professores ter uma carreira sem avaliação, quando todos os portugueses a têm ?
ou
temos que pôr os professores mais tempo na escola pq todos os portugueses trabalham 8 horas ou mais e a maioria ganha o ordenado mínimo ?
entendi !
Janeiro 15, 2010 at 8:05 pm
Paulo Guinote acho esta é a melhor parte do Acordo caso seja colocado em decreto lei.
“E se, de forma consciente ou meramente instrumental, a maioria dos docentes optar pelo modelo “completo” da avaliação com vista à obtenção das classificações que permitem acelerar a progressão, há o sério risco de implosão do dito modelo.”
Qual o problema da implosão da ADD?
Não é esse o caminho a seguir?
Não compreendo o tema da “humilhação” dos professores que se submetem a duas aulas assitidas face ao poder que essas aulas assistidas conferem aos mesmos; 180 mil*2 = 360 mil aulas assistidas este ano lectivo.
Bummm!!! ME implodiu.
Janeiro 15, 2010 at 8:06 pm
???? Não entendi Helena…mas se for por aí porque não tornar -como em Cuba- os ordenados todos iguais…? O PAÍS POUPAVA IMENSO…E TODOS FICÁVAMOS FELIZES…
http://bulimunda.wordpress.com/2010/01/15/cinebulimunda-uns-belos-rapazes-les-beaux-gosses-de-riad-sattouf/
Janeiro 15, 2010 at 8:10 pm
Atenção companheiros, a Ministra disse hoje que a nova legislação irá sair brevemente. Quem não for reposicionado antes disso perderá muito dinheiro.E alguns ficarão encalhados. Apressem-se a solicitar por escrito o reposicionamento. De outra forma irão pelo cano os rectroactivos desde 1 de Outubro.
Janeiro 15, 2010 at 8:13 pm
“E se, de forma consciente ou meramente instrumental, a maioria dos docentes optar pelo modelo “completo” da avaliação com vista à obtenção das classificações que permitem acelerar a progressão, há o sério risco de implosão do dito modelo.”
Nã.
Só terão Muito Bom e Excelente os que subirem ao 3º, 5º e 7º.
Não percebo para que se vai impludir a coisa se a coisa está feita para não ser impludida.
Janeiro 15, 2010 at 8:19 pm
#42
Mas acontece q a minha secretaria ainda não tem os reposicionamentos feitos.
Janeiro 15, 2010 at 8:21 pm
#43
Cerca de 360 mil aulas assistidas …
Se todos as pedirem ainda este ano e no terceiro período.
Era interessante ver o resultado final, até porque implosão não é sinónimo de Muito Bom ou Excelente e as aulas assistidas não são sinónimo de subida de escalão.
Janeiro 15, 2010 at 8:24 pm
#45
Era.
Mas também acho que as notas estão atribuídas à partida.
Quem precisa este ano do excelente e do muito bom?
Fulano x, y e z, porque sobem ao 3º ou 5º e/ou 7º.
Janeiro 15, 2010 at 8:30 pm
#43,
Implode se os avaliados exigirem dos avaliadores um menu completo e tiverem a capacidade de manter alto o nível de exigência.
Só não implode se descobrirmos muitos milhares de avaliadores dotados para a função.
O que me parece que, coiso e tal.
Janeiro 15, 2010 at 8:35 pm
#46
Arlindovsky
Mas não é preciso “precisar” para pedir, certo?
E também não é preciso vir a ter MB ou Exc para concorrer a essas notas…
Janeiro 15, 2010 at 8:43 pm
#43
Ou descobrirmos muitos milhares de professores que não se requeiram aulas assistidas.
Janeiro 15, 2010 at 9:03 pm
Eu vou pedir uma por mês, no mínimo 🙂
Janeiro 15, 2010 at 9:13 pm
#35-Continuo a estar de acordo. Parece que o ps não tem, não parece, não tem a noção da decência e não sabe, não quer saber o que é Lei.
Já não vamos falar do 12/2008 que aguarda para sair da gaveta…
Janeiro 15, 2010 at 9:13 pm
Só se todos ou quase todos pedirmos é que podemos mostrar na prática o que significa a ADD da Milú/IA em acção.
Na minha escola está afixado o prazo até 25/01 para pedir e eu vou fazê-lo. Vai ser divertido.
Janeiro 15, 2010 at 9:15 pm
#49
Azul escuro
“professores que não se requeiram aulas assistidas.”
esta sintaxe está a precisar de ser revista…
Janeiro 16, 2010 at 11:55 am
#53
A pressa é inimiga da perfeição.
Janeiro 16, 2010 at 12:21 pm
[…] a sua tese no conteúdo de uma entrevista de que eu já tinha lido algumas partes nos blogues do P.Guinote e do […]
Janeiro 17, 2010 at 12:37 am
#32
Besta racista!…