Ando com pavio curto e diminutivo fácil para esta camada de analistas de aviário, a quem os números e os juízos de valor escorrem como verbo fácil. Pedro Adão e Silva é desta estirpe, 3ª via blairiana bem engomada, com um horror epidérmico a tudo o que lhe cheire a não sei quê. O texto tem logo um título à maneira (espero a próxima crónica “A factura das Universidades”), para quem até é professor, só que superior, iscteano.
A factura dos professores
Deixo assumidamente de lado a dimensão pedagógica da avaliação para sublinhar dois aspectos: os professores gozam de uma carreira excepcional no contexto da função pública e a sua massa salarial corresponde a cerca de 3% do PIB e consome 80% do orçamento da política educativa.
(…)
Este acordo coloca-nos numa situação melhor do que a de 2005: passa a existir uma avaliação com consequências, que diferencia, sendo que o Ministério não prescindiu das quotas e de vagas fechadas em dois escalões. Contudo, coloca-nos também numa situação pior do que a que decorria do “modelo” Maria de Lurdes Rodrigues: as condições de progressão são bem mais favoráveis e há uma autêntica bomba orçamental ao retardador, tendo em conta que os professores que não progridem acumulam bonificações que, em última análise, acabam por lhes garantir a ascensão na carreira. Claro que devemos agora esperar que as escolas, uma vez acordado um modelo, passem a diferenciar as notas, em lugar da pornográfica generalização de bons, muito bons e excelentes actualmente existente.
No fim, fica uma certeza: da mesma forma que o país tem na factura energética uma das principais causas do endividamento externo, tem na factura dos professores uma das causas do crescimento da despesa orçamental.
Ficamos a saber que Pedro Adão e Silva acha que a carreira de docente do ensino básico e secundário é excepcional (não sei por por que razão a não escolheu e preferiu ir para junto dos amigos superiores) e este modelo de avaliação é brilhante porque contém a despesa pública, não porque promove a qualidade do ensino.
Ficamos ainda a saber que os custos com os professores estão no mesmo plano do endividamento externo por via da factura energética. Como demagogia é difícil encontrar melhor.
Como Pedro Adão e Silva entra por uma prosa onde assoma o termo pornografia, eu ousaria contraditar que é obscena a sua ignorância prática em questões do ensino não-superior – ainda perdia algum tempo do surf a informar-se – e que a sua postura planante sobre esta questão demonstra mais de servilismo ao poder dos tempos do que um pensamento próprio que lhe poderia descompor a postura e os botões de punho.
Pedro Adão e Silva não tem culpa por achar o que acha pois, no fundo, acha o que lhe fica bem achar neste momento. Fosse o acordo diferente acharia outra coisa condizente.
Aliás eu deixo assumidamente de parte a dimensão pedagógica da demonstração dos erros de Pedro Adão e Silva nesta matéria porque acredito, com o mais fundo do meu âmago, que seria inútil o esforço, pois a ele já chegou a vulgata com a palavra socrática a espalhar nesta matéria pelos ignaros.
Isabel Alçada dizia que 1% de massa salarial dos professores é muito dinheiro. A serem bons os 3% do PIB de Pedro Adão e Silva, aquele número significa 0,03% do nosso PIB, um valor verdadeiramente astronómico na escala das prioridades de investimento no nosso país.
Janeiro 12, 2010 at 11:47 pm
Também, o que esperar de um dos autores do programa eleitoral de Vital Moreira?
Janeiro 12, 2010 at 11:56 pm
já percebi. o cromo preferia a fractura dos professores…
Janeiro 13, 2010 at 12:04 am
Vá lá… o Homem é surfista, escreve assim como quem desliza na onda… os números estão certos e o apelo à diferenciação de notas faz sentido (tanto Bom senhores…). O resto é prosa cool, que isto de escrever tanta crónica e botar tanta opinião obriga ao verbo fácil…
Janeiro 13, 2010 at 12:06 am
Este P(A)S é mais um dos boys que ainda por aí pululam, de job para job mas sempre “na crista da onda…rosa”.Quanto à referência pornográfica que o boy faz, eu diria que segue as típicas prestações pornochanchadas por ele protagonizadas na têbêi.
Janeiro 13, 2010 at 12:07 am
Bicha Boys
Janeiro 13, 2010 at 12:10 am
Primeiro momento: Holigans
Segundo momento: Bandidos
Terceiro Momento: Pornográficos
Quarto momento: ?
(Aceitam-se palpites)
Janeiro 13, 2010 at 12:13 am
E ninguém pergunta em que condições trabalham os professores?
7, 8, 10 horas na escola, 2 graus negativos na sexta, 1×75 corpos e cabeças adolescentes a passarem-nos pela frente numa manhã; carrega, monta e desmonta o portátil , mais o manual, mais o resto da tralha de sala para sala de 90 em 90 minutos; os ruídos, os movimentos, de sermos 1700 ao mesmo tempo no mesmo espaço todos os dias…? E chegar a casa ao fim do dia e procurar recursos, pensar na melhor estratégia, corrigir os trabalhos, preparar a ficha… É uma da manhã, a coisa meia feita, o despertador toca às 6.45 todos os dias, invariavelmente.
Precisamos discutir CONDIÇÕES DE TRABALHO.
Janeiro 13, 2010 at 12:16 am
dedução original
(ou a grande novidade)
de acordo com este boy de recados, a estrutura (e respectiva progressão) da carreira está, assumidamente, condicionada por factores economicistas.
As percentagens, organismos e repectivas imputações que se lixem.
Janeiro 13, 2010 at 12:17 am
Quanto custa um professor assim?
Janeiro 13, 2010 at 12:18 am
#3 Manyfaces
…os números estão certos…
Manyfaces preocupado com a economia.
…e o apelo à diferenciação de notas faz sentido…
Manyfaces preocupado com a pedagogia.
Se mal lhe pergunto, caro Amigo, é possível discutir em separado, ou trata-se de um irremediável dois em um?
Janeiro 13, 2010 at 12:18 am
António Ferrão
quarto momento: chulos
Janeiro 13, 2010 at 12:19 am
como diz o paulo, ele é tão engomadinho…..
será que com um par de estalos ele ia lá???
podia ser que se fizesse homem.
não acham que, a muita gente que por aí anda, um par de estalos fazia bem?? eu cada vez mais me convenço disso… aliás tenho algum receio que já tenhamos perdido uma ou duas gerações deles…
Janeiro 13, 2010 at 12:22 am
Quanto será que ganha um professor do ISCTE?
A mesma escola da MLR, só produz gente desta. Mediocre!!
Janeiro 13, 2010 at 12:25 am
PAS = é um (P)uto; um (A)nalfabeto; um (S)ocretino.
O tempo encarregar-se-á de pôr esta escamulha na linha… (do TGV).
Janeiro 13, 2010 at 12:31 am
Infelizmente os ex-alunos dos ISCTE não têm interesse em divulgar o tipo de formação que lá se Ministra. Por isso a escola continuará a cavalgar a onda. Mas …
Tempus edax rerum.
Janeiro 13, 2010 at 12:31 am
A bem da verdade: Os professores do superior estão quase todos com as carreiras estagnadas.
Janeiro 13, 2010 at 12:34 am
Claro. Quantos publicam e investigam? E de entre esses quantos o fazem com seriedade?
Janeiro 13, 2010 at 12:34 am
Mas com o Mandarinato e a Misericórdia ninguém se mete.
Janeiro 13, 2010 at 12:37 am
Não vale as teclas que gastaram.
http://videos.sapo.pt/wiVLYpfii0KUHNNJJYYz
Janeiro 13, 2010 at 12:37 am
e pronto .
no sábado de manhã não ouvi outra coisa na tsf. bem acho que foi domingo perto do almoço e o único argumento que conta continua a ser isto.
é demais.
mas ninguem fala do carro que o professor disponibiliza para manter o serviço de educação do estado
nem dos serviços ao domicilio dos enfermeiros nos carros de serviço com cinco pessoas dentro para dar de mamar a um bebe que a mãe não lhe apetece amamentar sem ter subsidio……
ou nas carrinhas de 50 000 euros da protecção civil que passeiam nas nossa estradas diariamente e por aí fora.
quanto a PAS cinco minutos na sala de aula e ainda se safava.
da maneira que a canalha está era um portento.
começava-lhes a contar sobre as paisagens dentro da crista da onda, ia ser o herói lá do sitio.
e na treta dos horários destes professores do superior.
Janeiro 13, 2010 at 12:39 am
e vai mais um link…
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1074307
Janeiro 13, 2010 at 12:44 am
Volto a colocar um comentário que tinha posto num outro post:
E sempre gostava de saber quanta é a população de todos esses serviços do ME.
O que referem quando falam da carga orçamental com o pessoal da educação não diz respeito apenas aos professores.
Gostava de ver esses gastos divididos em 2 coluninhas…e depois comparar.
Janeiro 13, 2010 at 12:45 am
#6
… Prostituídos.
É só olhar para estes e outros colegas (no sentido militar do termo) superiores.
Janeiro 13, 2010 at 12:46 am
“Ensino Superior recebe cem milhões de euros para formar cem mil trabalhadores em quatro anos.
De acordo com Mariano Gago, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o actual momento de crise económica em que vivemos é o ideal para que as pessoas apostem na sua requalificação. Nos próximos quatro anos, o Governo quer cem mil activos com diploma do ensino superior.
Ao final da tarde de ontem, o Governo, as universidades e os politécnicos assinaram um “contrato de confiança”, que se traduz num acréscimo de cem milhões de euros no Orçamento de Estado (OE) para este ano, e que deixa reitores e presidentes dos politécnicos “satisfeitos”, depois de anos de queixas por causa do subfinanciamento do sector; apesar de os representantes das universidades terem pedido o dobro.”
“José Sócrates reconhece o esforço feito pelas instituições, que nos últimos anos formaram mais alunos com menos dinheiro. “Foi um bom trabalho”, conclui.”
http://www.universia.pt/servicos_net/informacao/noticia.jsp?noticia=57051
Janeiro 13, 2010 at 12:51 am
http://anabelapmatias.blogspot.com/
em baixo no site divida pública.
PAS, consulte.
Janeiro 13, 2010 at 12:55 am
Mais um imbecil disfarçado de engomadinho. E com ele não gasto mais as teclas.
Como diz a Maria Lisboa, eu também gostava de ver a coluna referente aos gastos com o pessoal dos serviços do ME e apêndices.
Janeiro 13, 2010 at 12:56 am
http://www.economico.sapo.pt/noticias/a-factura-dos-professores_78505.html
Mas, isto é um “jornal” do amigo “Jaquim”…
Janeiro 13, 2010 at 1:01 am
Um dia gostaria que alguém fizesse um estudo sobre as universidades portuguesas, as taxas de sucesso dos alunos, as metodologias utilizadas, os horários e condições de trabalho.
Tenho a convicção que, em muitos casos, ficaríamos com uma versão hardcore da coisa.
Janeiro 13, 2010 at 1:01 am
Como pudemos ter acesso ás continhas TODAS do ME?
Por exemplo: verbas gastas com a desavaliação no “terreno”, pareceres, consultores externos, formadores, gabinetes de imagem e de informação, tecnoburocratas de todos gabinetes, pessoal dos gabinetes/serviços e quejandos etc, etc, etc.
Tudo explicadinho.
Como?
Janeiro 13, 2010 at 1:02 am
quanto ao >i>boy
“Segundo a LUSA, Pedro Adão e Silva, ex-dirigente do PS, é um dos 11 nomes que integra a comissão de redacção encarregue de redigir a moção que José Sócrates irá apresentar ao próximo congresso do PS, a realizar de 27 de Fevereiro a 1 de Março em Espinho”
http://eusouogatomaltes.blogspot.com/2009/01/pedro-ado-e-silva-ou-importncia-de-se.html
“Segundo fonte da direcção do PS, a moção de estratégia do secretário-geral socialista, José Sócrates, para o próximo congresso do partido – que se realizará entre 27 de Fevereiro e 01 de Março, em Espinho -, integra 11 elementos.
(…)
Nos 11 elementos da equipa de José Sócrates estão também dois dos nomes do chamado “núcleo duro” da direcção socialista liderada por Ferro Rodrigues entre 2002 e 2004: o actual ministro do Trabalho e da Solidariedade, Vieira da Silva, e o ex-dirigente Pedro Adão e Silva.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/b5012cd5172d6c7955aca7.html
Janeiro 13, 2010 at 1:03 am
boy
Janeiro 13, 2010 at 1:04 am
fui
Janeiro 13, 2010 at 1:05 am
O superior interesse do ensino
Terça-feira, Março 04, 2008
http://www.grandelojadoqueijolimiano.blogspot.com/2008/03/o-superior-interesse-do-ensino.html
Janeiro 13, 2010 at 1:10 am
Eu sou professora do Ensino Básico / Secundário, porém, já fui professora do Ensino Superior e por lá não continuei porque não quis! Não quis perpetuar o meu estatuto de professora equiparada a… Durante os anos que por lá andei fartei-me de trabalhar: leccionava, em média, 12 h semanais. Anos lectivos houve eu que ora leccionava 9 h/semana num semestre ora lecciona 14 h/semama no outro semestre. Já repararam como trabalhei? Trabalhava tanto para os alunos que não sei como tinha horas a fio por minha conta, isto é, para investir na minha formação. Devo ter sido uma excepção! Vejam bem que não tinha um dia livre por semana: às vezes tinha 2 outras vezes tinha 3 dias! Aquela gente era muito má a fazer horários, não acham? Afinal eu até estava lá na faculdade todos os dias!!! Pois é, mas a trabalhar para a minha valorização profissional. Foram anos mesmo estranhos: diria que de luxo…tinha um gabinete, ainda que partilhado, computador, material de escritório, telefone… Faltar às aulas? Faltava quando precisava, como agora faço, mas com umas diferenças: não tinha falta, não se “metia” o artigo x, y, ou z…simplesmente se avisavam os alunos de que a aula não seria dada e que posteriormente seria compensada em data e horário a definir. Voltando atrás…dediquei tantas horas de trabalho à componente lectiva que até tive tempo de me dedicar a um Mestrado e, seguidamente, a iniciar um Doutoramento. E, repare-se bem, a faculdade até me pagava as despesas de investigação, incluindo propinas… Estive presente em conferências nacioanais e internacionais e, não obstante as despesas a meu cargo, havia sempre uns tostões vindos da FCT e da própria faculdade para que os gastos por minha conta fossem minimizados. Quem será que contribuiu para tudo isto? talvez os desgraçados dos educadores de infância e dos professores dos ensinos básico e secundário, digo eu!
http://www.educar.wordpress.com/2008/04/12/pela-blogosfera-causa-nossa/#comments
Janeiro 13, 2010 at 1:14 am
Betinho a armar ao pingarelho, a botar faladura do que não sabe. Este deve ter pouco para fazer, com certeza. Não deve ter sete turmas, nem direcção de turma, nem cinco níveis para preparar, nem de dar apoios, nem reuniões em não-sei-quantos grupos, nem de atender encarregados de educação, nem de fazer acções de formação aos sábados, nem de estar sempre a fazer relatórios de tudo, planos curriculares de instâncias várias, planos de recuperação, planos de acompanhamento, PEIs, actas. Olhe, eu também gostava de fazer surf e até de escrever no jornal a cascar em quem avilta professores sem saber do que fala, mas não tenho tempo. Tenho sempre testes para corrigir e aulas para preparar. Vá ser professor numa escola secundária durante um ano, e então escreva outro artigo como deve ser, se for capaz e tiver tempo. Veja lá se ainda se afoga, mas não no surf.
Janeiro 13, 2010 at 1:14 am
Obscena?…
A ultima vez que ouvi esta palavra foi quando se falou da reforma de 18000 euros mensais por um ano e meio de trabalho na CGD,de um ex-ministro.
Janeiro 13, 2010 at 1:16 am
passando por aqui:
http://agrj.wordpress.com/2010/01/12/portas-de-plataforma-estacao-sacoma-e-todas-as-outras/
Janeiro 13, 2010 at 1:27 am
ABANDONO UNIVERSITÁRIO
Estudo de caso no IST
http://www.gep.ist.utl.pt/files/comunica/artigo_comunicacao10PAG.PDF
Por que razão não são publicados números na comunicação social sobre os custos do insucesso e abandono escolar?
Janeiro 13, 2010 at 1:35 am
Isto não é 1 análise de aviário. É uma análise muito flat.
“Amanhã não há aulas! Há jogo!”
“Depois logo se vê quando a aula será dada”.
“Boa, mãe! Ainda por cima joga o meu clube!”
Janeiro 13, 2010 at 1:58 am
3% do PIB, nem é muito, para uma classe que representa 2,7% da força de trabalho portuguesa (grosso modo 150 mil em 5,5 milhões).
Eu sinceramente não percebo onde é que está o espanto… ou melhor, percebo, a demagogia não costuma fazer contas, ou só faz as que lhe dão jeito.
Janeiro 13, 2010 at 2:16 am
A criatura vive aqui ao pé. De manhã leva a criança à escola, depois passeia o cão, vai ao café e quando está bom tempo ao surf. Nunca o vi atarefado. Anda sempre com um ar seráfico e num andar de quem caminha sobre as águas. Vê-se mesmo que o trabalho é algo só lhe acontece às vezes, quando ele assim escolhe.
Janeiro 13, 2010 at 2:54 am
http://lisboa-telaviv.blogspot.com/2010/01/eliminem-se-os-professores.html
“… e o défice descerá de 8,5% para 5,5% do PIB. A julgar pelos cálculos que Pedro Adão e Silva apresenta no Diário Económico, a massa salarial dos professores representa 3% do PIB, o que, segundo este ilustre “politólogo”, é uma pesada factura para um país tão bem gerido como o nosso. Para não variar, só fez as contas que lhe deu jeito fazer. Não referiu que os professores, para além de serem quase todos licenciados e serem a maior classe profissional em Portugal, representam 2,7% da força laboral do país. A maior classe, e uma das mais qualificadas, representa 2,7% dos empregos e recebe 3% do rendimento. Um nítido exagero.
Mas destes números não quis saber Pedro Adão e Silva. Limitou-se a seguir a moda: cada vez que se fala em carreiras de professores, as carpideiras do regime saltam a terreno para debitar as mentiras do costume. Miguel Sousa Tavares, Emídio Rangel, e agora Pedro Adão e Silva, estão sempre à espera da oportunidade para emitir a sua sentença de alegados entendidos em educação e/ou economia. Invariavelmente concluem o mesmo: os professores trabalham pouco e ganham muito. Nem vale a pena complicar de mais, porque tudo se resume a isso.
Esta é uma das terríveis consequências da política de hostilização dos professores, seguida pelo governo Sócrates. Mas não só. É também o resultado da excessiva exposição que os sindicatos, e alguns professores, fazem da carreira docente. Os líderes sindicais, que surgiram a anunciar o acordo celebrado com a ministra da Educação, são disso exemplo. Deveriam ter revelado um pouco mais de sobriedade e recato, para não expor uma classe inteira aos disparates dos comentadores anti-professores. Deveriam saber que há muita inveja na sociedade portuguesa contra esta profissão, e que em tempos de crise, as invejas são ainda mais exacerbadas. Principalmente quando são promovidas pelos demagogos do costume.
A juntar a isso, acresce ainda o facto de a palavra “acordo”, colar imediatamente aos professores a palavra “privilégio”. O que é um perigo, pois nem o acordo é o que parece, como depressa muitos professores perceberão, nem há garantias que daqui a 2 anos ainda esteja em vigor. Mário Nogueira e outros, às vezes parecem esquecer-se que estão a lidar com o Ministério do Faz e Desfaz, que governa o País dos Invejosos.”
Janeiro 13, 2010 at 3:24 am
Não vejo onde está o problema de 3% dos activos (todos com curso superior) ganharem 3% do PIB.
Por não se indigna Pedro Adão e Silva por a fortuna dos 5 mais ricos de Portugal ascender a 8% do PIB?
Janeiro 13, 2010 at 4:18 am
Esta “inveja” da populacao contra os professores nem sempre existiu, e relativamente recente e tem sido acicatada propositadamente.
Quem ja tem uns bons anos de carreira, ainda se lembra quando os professores eram apelidados de “meia-dose e dois num quarto”.
Ou das frases: ” Es professor? Pois, e pouco mas e certinho!” Ou dos filhos de pescador que respondiam aos professores: “O meu pai ganha mais que tu!”
A pesca ja nao e o que era,e muita gente ja estoirou o dinheiro resultante da venda dos terrenos que herdou para a construcao de urbanizacoes.
Um exemplo bem expressivo: Em 89, meti-me a comprar casa. O construtor perguntou o que e que eu fazia e perante a minha resposta de que eu era professor, retorquiu”
“O amigo nao leve a mal, mas se e professor como e que tenciona pagar a casa?”
Janeiro 13, 2010 at 7:46 am
E nós ainda queremos avaliadores externos? E nós ainda os queremos… nós é que somos estranhos…e burros.
Janeiro 13, 2010 at 8:38 am
Os salários são uma chatice… Nada como o tempo da escravatura. Será o retrocesso, ainda que mitigado, que defendem os “Pedro Adão e Silvas”?
Janeiro 13, 2010 at 10:05 am
Não liguem ao meu irmão ele apenas tem ionveja da vossa carreira. Coitado, na sua porofissão é somente avaliadao pelos seus amigos que amavelmente convida para os júris.
Janeiro 13, 2010 at 6:01 pm
a torrente de ordinarice que por aqui passa mete nojo.
Ò iluminados professores… todos nós que temos opiniões diferente somos lacaios do socrates
coitada da minha filha que é ensinada por gente competente mas mal formada.
Janeiro 13, 2010 at 11:34 pm
Sabendo que o estádio do Algarve tem custos de manutenção suportados pelo erário público no valor de €5000/dia, este fulano merecia um balde de estrume pela cabeça abaixo…