Socialistas ameaçam com ingovernabilidade
Oposição suspendeu Código Contributivo até 2011 e Sócrates contesta aumento de despesa..
Resta saber até que ponto a arma da despesa vai depois servir de desculpa para alguém lavar mais branco a questão da progressão dos professores a partir do início de 2010.
Novembro 28, 2009 at 10:46 am
Novembro 28, 2009 at 10:49 am
Em Portugal, os democratas dos dias de hoje só conseguem governar em ditadura!
Novembro 28, 2009 at 10:51 am
E em ditadura só fazem m**da!
Novembro 28, 2009 at 11:25 am
Pois… !
Se não metessem tanto a mão o dinheiro rendia-lhes mais.
Novembro 28, 2009 at 11:26 am
#2,3-Queres tu dizer: Nem para peças servem…Adeus sucata!
Novembro 28, 2009 at 12:05 pm
Os sucateiros estavam convencidos que tinham a maioria absoluta para sempre, mas trocaram-lhes as voltas. Agora fazem-se de vítimas, como já vem sendo hábito.
Novembro 28, 2009 at 12:21 pm
[…] Novembro 28, 2009 por fjsantos A propósito da afirmação peremptória do 1º ministro “Quem governa é o Governo”. o Paulo Guinote faz um alerta importante à navegação «Resta saber até que ponto a arma da despesa vai depois servir de desculpa para alguém lavar mais… […]
Novembro 28, 2009 at 1:16 pm
“despesa vai depois servir de desculpa” ?
Meu caro, a despesa, ou melhor a tentativa de a reduzir, não é a desculpa, mas a motivação primeira de toda este imbróglio da avaliação Sócrates/Teixeira dos Santos, Lurdes Rodrigues, esta agora substituída por Isabel Alçada, com a missão de alterar alguma coisa para que, no essencial, nada mude.
Novembro 28, 2009 at 1:43 pm
Tenho este “feeling” que vai continuar a sobrar para nós……..
Novembro 28, 2009 at 2:38 pm
Não vai servir de desculpa, porque “20” milhões são insignificantes perante “milhares” de milhões.
Novembro 28, 2009 at 4:21 pm
Já só faltam 22 dias para que a “propaganda da despesa” justifique a nova maioria absoluta parlamentar!
A parte boa, é que hoje é sábado!
Novembro 28, 2009 at 4:27 pm
Até ao momento vi dois tipos de propostas da parte das oposições:
Propostas tipo 1- Aumento da despesa.
Propostas tipo 2 – Redução da receita.
O resto é espectáculo!
Novembro 28, 2009 at 4:40 pm
#12
O resto é o mexilhão (neste caso os docentes)que ainda vão aguardar os tais trinta dias!
Ou serão os trinta dinheiros,com que Judas traíu?
Novembro 28, 2009 at 5:01 pm
Universidade Independente: “La Cosa Nostra
”
Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates
Armando Vara – caixa da CGD
Emídio Rangel – Ex-Director Centro de Estudos de Televisão
Rui Nobre – ex-secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas
Carlos Narciso – ex-assessor do ex-ministro dos Assuntos Parlamentares Augusto Santos Silva,
etc.
Novembro 28, 2009 at 5:23 pm
Poucos minutos após a votação no parlamento já os muchachos da TSF apelidavam a oposição de “coligação negativa”.
Adoro este jornalismo independente.
Novembro 28, 2009 at 5:36 pm
Há que dizer: Os sucialistas não sabem governar. Sabem governar-se.
Novembro 28, 2009 at 8:36 pm
50 mil milhões desapareceram
Estado Português suspeito de fraude
Uma brigada europeia de inspecção, chefiada peta director do Gabinete Anti-Fraude da
União Europeia (Franz Hemann Bruner, na foto), abriu um mega-processo ao Estado
Português. Objectivo: saber onde param 50 MILHÕES DE EUROS enviados por Bruxelas e
misteriosamente desaparecidos nos corredores do Poder…
A Unidade de Combate à Fraude da União Europeia contratou peritos para investigar o
paradeiro de 50 mil milhões defundos que aterraram em Lisboa mas ninguém sabe onde param.
Stefan Zickgrag, presidente da Confederação das PME da Europa, denunciou ao gabinete
anti-fraude da Comissão as assustadoras suspeitas de desaparecimento de dinheiro do IIIQCA
António Guterres negociou dez milhões de contos para desenvolver o País, mas o dinheiro,
entregue na maioria a parceiros sociais, não deu os resultados negociados à partida com
Bruxelas
O Tribunal de Contas Europeu acusa Portugal de não ter sistemas de controlo de despesas e
estima o desperdício anual comunitário em 4,6 mil milhões de euros
Peritos em finanças públicas estiveram em Portugal nos últimos meses, a mando daUnião
Europeia, à procura do destino de mais de 50 mil milhões de euros emfundos estruturais
que Portugal recebeu desde o ano 2000, mas que agora ninguém parece saber onde foram
aplicados – se é que o foram. Para a Comissão Europeia o que está em causa, sabe O Diabo,
é que todo o dinheiro investido em quatroeixos fundamentais de desenvolvimento deviam ter
dado frutos. Mas não deram e a CE quer agora saber o que foi feito ao dinheiro entregue
ao Estado para formação e desenvolvimento.
A primeira denúncia chegou ao Gabinete de Luta Anti Fraude da Comissão Europeia a 23de
Outubro de2008. Documentos a que O Diabo teve acesso revelam que Stefan Zickgraf,
director da Confederação Europeia das Associações de Pequenas e Médias Empresas assina
uma carta reveladora de denúncias sobre a incapacidade de se saber onde está o dinheiro
que Portugal recebeu durante o Terceiro Quadro Comunitário de Apoio, negociado por
António Guterres e pelos socialistas, e que começou a ser aplicado em 2000. A denúncia da
Confederação Europeia demorou apenas seis dias, depois daquele organismo ter recebido um
relatório alarmante da Associação Nacional de PME de Portugal, onde são revelados dados
sobre a aplicação dos fundos.
A Comissão Europeia está agora a investigar os 18 programas operacionais que foram
criados desde 2000 e aplicados até 2006 e que, segundo esses programas, serviam para
colocar a economia portuguesa e os trabalhadores nacionais ao nível europeu.
Mas a estratégia falhou e os programas não tiveram controlo, segundo se lê na denúncia, a
que O Diabo também teve acesso. Os investigadores internacionais estão agora à procura
dos 10 milhões de contos (cerca de 50 mil milhões de euros) que entraram em Portugal e
foram distribuídos para quatro grandes” eixos: 14 mil milhões para a qualificação e o
emprego; 16 mil milhões para alterar o perfil produtivo do Pais; 5 mil milhões para
“afirmar o valor do território e da posição geo-económica”; 15 mil milhões para o
desenvolvimento sustentável das repões mais pobres. Mas, quase dez anos depois, a Europa
olha para o trabalho feito e não vê resultados. Perante estas denúncias e a estagnação
do desenvolvimento, a Comissão Europeia levanta agora a hipótese dosdinheiros terem caído
em mãos ilícitas.
Alertado para este facto também está o Tribunal de Contas. Num relatório de auditoria a
que o Diabo teve acesso, o órgão estatal que vigia os dinheiros públicos, refere, em
relação ao Sistema de Incentivos a Pequenas Iniciativas Empresariais, que não há controlo
eficiente. Cita-se um documento oficial do Tribunal de Contas: “As contas de gerência das
entidades gestoras e pagadoras dos incentivos do SIPIE – O IAPMEI e o IFT -, não
individualizam, na receita, as verbas recebidas(do FEDER e do orçamento do Estado), para
o financiamento do SIPIE e, na despesa, os correspondentes montantes de incentivos pagos,
os quais estão integrados nos valores globais referentes aos vários sistemas de
incentivos do POE, de que são também entidades pagadoras. Este sistema de gestão, em
globo, das verbas do POE: a) não atende ao princípio da especificação orçamental, apesar
dos elevados União Europeia decide investigar directamente junto de entidades privadas,
passando por cima dos organismos de controlo do Estado membro. Anca Demirescu é uma
antiga auditora do Banco Mundial que agora échamada a investigar a entrega de milhões de
euros pelo Estado português a mais de 90 por cento das empresas nacionais.
Surpreendido peta visita da inspectora, Augusto Morais considera haver “uma fundada
suspeita de sérias irregularidades e que o Tribunal de Contas deve investigar, com
urgência, para não sermos apanhados pela Comissão Europeia em processos com apontamentos
de corrupção, muito maiores do que o “Face Oculta”, onde não ficaremos muito bem. Aliás
já somos conhecidos, por sermos o parceiro europeu mais corrupio da EU a 27″ – disse já
o coordenador da Associação Nacional das PME a o Diabo. Morais adianta: “O que está era
cima da mesa é a incapacidade do Estado em controlar para onde vai o dinheiro. Acredito
que quando o ministério das Finanças e Economia decidem entregar o dinheiro para acções
de formação ou para investigação, o façam com as melhores intenções. Mas depois ninguém
controla o destino dessas verbas.
A Associação Nacional de PME aponta o dedo aos parceiros sociais: “Sâo quem recebe mais
dinheiro do Estado para organizar acções de formação e desenvolvimento. Não é
necessário um grande estudo para perceber que Portugal continua a ser o país menos
qualificado em termos de mão-de-obra, produtividade e competitividade. Os ministros,
desde Elisa Ferreira a Manuel Pinho, tiveram nas mãos muito dinheiro para contrariar
estes dados, mas infelizmente as estatísticas continuam a traçar um padrão negro.
Porisso, os empresários, os economistase osanalistas perguntam: onde foi gasto tanto
dinheiro se não teve resultado”?
PSD questiona governo
Entretanto, Paulo Rangel, líder da bancada do PSD no Parlamento Europeu, lançou esta
semana sérias dúvidas sobre a aplicação fundos comunitários. Rangel estranha o silêncio
do ministro da Economia, Vieira da Silva, sobre “a aplicação deficiente dos fundos
comunitários”. O eurodeputado acusa o governante de estar “mais ocupado a comentar casos
de actualidade judicial”, disparou, referindo-se às declarações do ministro sobre o caso
“Face Oculta”.
“A situação dos fundos comunitários é de tal forma grave que é impensável que a pessoa
que tem a pasta do Quadro de Referência Estratégicos Nacional não tenha dado uma palavra
sobre isso”, disse Paulo Rangel.
Ainda este mês oGoverno vai ter que devolver a Bruxelas mais de 270 mil euros mal
aplicados nos Açores, depois de em 2002 ter havido uma queixa de uma empresária de S.
Miguel à Comissão Europeia sobre o Sistema de Incentivos de Base Regional.
O dinheiro, em vez de servir todos os empresários necessitados, terá sido distribuído em
circuito fechado. A Falta de legislação para avaliar estas situações e o continuo recurso
às entidades europeias implica que cada queixademora, em média, seis anos e meio a ser
investigada. Isto é, só em 2016, na melhor das hipóteses, se saberá o resultado às
denúncias feitas entre 2008 e 2010.
Entretanto, segundo o último relatório do Tribunal de Contas Europeu, Portugal está
envolvido em quatro casos de irregularidades, dois dos quais dizem respeito aos
pagamentos efectuados para a expropriação de terras para a construção de SCUTs. Ao todo,
o País pode ter que devolver à Comissão Europeia mais de milhões de euros em
consequência da má administração e aplicação dos fundos comunitários.
Há 15 dias, em Lisboa, o TCE admitiu que existem “inúmeras insuficiências” no controlo
dos Estados membros na atribuição dos fundos comunitários. A culpa, admite o TCE, é dos
mecanismos administrativos complexos, dos sistemas de controlo nacionais ineficazes, das
bases de dados desactualizadas, dos registos de superfícies desadequados – tudo isto
dificulta o controlo pelas entidades supervisoras e provoca a atribuição indevida de
verbas.
O presidente do Tribunal de Contas Europeu, Victor Caldeira, admite que “oFundo de Coesão
da União Europeia representa a área mais afectada por erros”, em que “os sistemas de
controlo nos Estados membros são apenas parcialmente eficazes na correcção dos pagamentos
irregulares detectados pelos controlos nacionais “. Em 2008, a percentagem de erros levou
a um gasto supérfluo e irregular de 4,6 mil milhões de euros só no Fundo de Coesão. As
verbas erradas da agricultura, por exemplo, estão ainda com pior controlo, sem se saber
quem recebe o quê, para quê.
Ao todo, cerca de 11 por cento do dinheiro que a Comissão transforma em subsídios e
programas deve ser desperdiçado.
O DIABO
http://www.blogdaportugalidade.blogs.sapo.pt/74078.html
Novembro 29, 2009 at 7:09 pm
MANUAL PARA CURSOS CEF
Propriedade: José Cuco
Edição: limitada de autor
Contacto e-mail: o_olho_do_cuco@hotmail.com
Manual de conduta do professor, perante os CEF
Subsídios para um relacionamento saudável com os alunos
Quando o(a) aluno(a) chega atrasado(a).
Quando o(a) aluno(a) chega atrasado(a) mande entrar, e indague dos motivos do atraso. Procure sobretudo saber se a família
ficou bem em casa, e verifique se arqueja, mesmo que levemente, devido à pressa com que se dirigiu para a aula. Pergunte se
não quererá um copo de água, e descansar um bocadinho no recreio, ou mesmo ali debruçado sobre a mesa. Se já marcou a respectiva
falta, releve-a, para que o aluno(a) numa próxima oportunidade, não se sinta pressionado(a).
Quando o(a) aluno(a) pede para ir lá fora, ainda mal acabou de entrar na sala de aula
Se o(a) aluno(a) lhe pedir para ir lá fora, mesmo que tenha acabado de entrar, seja compreensivo(a), ele(a) pode muito bem
estar com necessidade de fazer alguma necessidade que não fez durante o intervalo, devido ao facto de ter tido a necessidade de
cumprir outra qualquer necessidade mais urgente. É sabido que o curto lapso de tempo, que é o interregno entre aulas, mal dá
para namorar um pouco ou mastigar um pastel de nata. Na dúvida deve sempre deixar o(a) aluno(a) sair, porque é regra de
ouro que na incerteza, prevalece sempre a vontade dos alunos.
Quando o(a) aluno(a) não está a prestar atenção ao que o docente está a dizer.
Quando o(a) aluno(a) está “ausente” questione-o(a), no sentido de saber, se essa “ausência” tem alguma coisa a ver com preocupações
da sua vida familiar, amorosa, social, ou outra. Pergunte-lhe em que estava a pensar e ajude-o(a) na medida do possível.
Ofereça-lhe boleia para casa, no fim das aulas, e no percurso pergunte-lhe se é problema de dinheiro. Se for, empreste-lhe
a quantia que achar razoável para que ele(a) resolva os seus problemas mais prementes.
Quando o aluno está permanentemente virado para trás
Nestes casos convém verificar se o(a) aluno(a) está na última fila ou nas outras mais à frente. Se estiver na última fila pode
tratar-se de síndrome de perseguição, uma vez que atrás dele, presumivelmente, não está ninguém, embora ele imagine que
está, e daí virar-se. Registe o facto, e na 1ª oportunidade transmita o sucedido ao DT a fim de que ele proceda em conformidade,
quiçá comunicando o caso à Equipa de Educação para a Saúde. Se ele(a) estiver numa das filas à frente da fila de trás, não
é preocupante, espere que ele(a) termine a transmissão de algo inadiável, que estará a fazer para o colega à sua retaguarda,
advirta-o(a) para o perigo de se voltar bruscamente, por causa dos torcicolos. Se por acaso se verificar mesmo o torcicolo, não
caia na tentação de lhe torcer o pescoço no sentido contrário porque, apesar da sua boa vontade, podem acusá-lo(a) de agressão
a jovem indefeso(a).
Quando o(a) aluno(a) pede para ir “mijar”
Quando o(a) aluno(a) lhe pede para ir “mijar”, pergunte-lhe delicadamente se o que ele(a) quer mesmo não é, “ir urinar”. Se
reagir com espanto, inquirindo-lhe: “ir fázer o qué?!”, explique-lhe pacientemente que urinar é sinónimo de fazer xi-xi e que um
menino(a) educado(a) não diz “mijar”. Quando muito poderá dizer “realizar uma micção”, ou ainda, na pior das hipóteses, usar
um diminutivo popular, dizendo que vai fazer uma “mijinha”.
Se ele(a) não perceber, ilustre a situação no quadro, ou então exemplifique você mesmo, com todos os pormenores, ao vivo e a
cores.
Este pequeno Manual tem em vista ajudar os professores a lidar com a faixa de alunos mais incompreendidos
e maltratados do sistema de Ensino em Portugal, também conhecidos pelos “filhos da
Ministra”.
O autor não se constitui como o arauto da verdade absoluta e por isso aceita as críticas e sugestões
a introduzir numa nova edição, se a houver. O documento é portanto, dinâmico e de reflexão, e pretende
corrigir eventuais desvios de comportamento dos professores, perante determinadas situações
reais, comprometedores para o futuro de uma parte dos discentes, e de suas famílias, que tanto
sacrifício fazem para frequentar um CEF.
Seleccionei as 16 questões, mais frequentes, e sobre elas lavrei os conselhos que me pareceram mais
ajustados.
Quando o(a) aluno(a) pede para ir comer
Se o(a) aluno(a) lhe pedir para ir comer, procure informar-se se é a 1ª refeição que ele(a) vai tomar nesse dia, e sendo, aconselhe-
o(a) sobre o que deve comer para não lhe cair “fundo” no estômago. Diga-lhe também que não coma à pressa porque comer à
pressa faz mal. Que não se preocupe com o tempo, porque a aula pode esperar, o essencial é a saúde. Aconselhe-o(a) a mastigar
os alimentos, pelo menos 35 vezes, a fim de que o bolo alimentar fique devidamente preparado para ser recebido pelo seu delicado
estômago.
Quando o(a) aluno(a) boceja.
Segundo o povo, bocejar pode ter dois significados, ou se está com sono ou com fome. Procure saber qual das situações tem a ver
com o bocejo, ou, o que pode ser mais grave, se se trata do cúmulo das duas. Se for fome, procure saber a que se deve, porque
pode ser um problema de falta de dinheiro e isso é uma situação grave e preocupante. Neste caso não hesite em disponibilizar
uma pequena verba ou empreste o seu cartão da escola para que o aluno se possa alimentar. Participe depois o sucedido à
Direcção da escola e entregue o talão da despesa, pode ser que haja verba para lhe restituírem o dinheiro emprestado.
Se for sono aconselhe-o(a) a “encostar-se” um pouco na mesa e fale mais baixo, tendo em atenção os conselhos do ponto seguinte..
Quando o(a) aluno(a) dorme na aula
Quando o(a) aluno(a) dorme na aula, não o(a) acorde. Modere o tom de voz, procurando um registo mais grave e reduzindo um
pouco o volume. No entanto, antes do toque de saída procure saber se ele(a) dormiu o suficiente na noite anterior, se teve insónias
devido à escola, se tem algum problema familiar ou coisa do género. Assegure-se de que, em última análise, não existirá
algum problema de saúde associado. Na dúvida comunique o caso à Equipa de Educação para a Saúde.
Quando o(a) aluno(a) fala em Crioulo
Quando o(a) aluno(a) fala em crioulo, de duas uma, ou ele(a) sabe que você sabe crioulo e quer que você saiba o que ele quer
dizer, ou ele sabe que você não sabe crioulo e não quer que você saiba o que ele está a dizer. De uma forma ou outra ele(a) pretende
provocar. Não se deixe intimidar, diga que sim e faça de conta que não percebeu nada, mesmo que tenha percebido.
Na 1ª oportunidade passe no Centro de Formação e veja se já abriu a acção de formação, há muito prevista no plano, para
aprender o dito crioulo. O saber não ocupa lugar e em breve, vai fazer-lhe falta, já que o crioulo, diz-se, vai passar a ser a 1ª
língua oficial da escola.
Quando o(a) aluno(a) se levanta e, sem motivo aparente, vai até à janela.
O(a) aluno(a) vai fazer aquilo que em gíria se chama, “laurear a pevide”. E como esta juventude precisa de “laurear a pevide”
como a boca precisa de pão, não fique preocupado(a), ele(a) foi ver o que se passa no recreio e logo, logo regressa ao seu lugar
com muito menos vontade do que tinha, quando inopinadamente se ergueu e foi à janela. Com um bocadinho de sorte, pode ser
que daí a mais um pouco se deixe dormir, para só acordar próximo da hora de acabar a aula.
Quando o(a) aluno(a) fala alto com o colega do lado.
Faça um compasso de espera, sorria levemente com ar benevolente para que o(a) aluno(a) não se melindre. Deixe que ele(a)
acabe a conversa e pergunte delicadamente se pode continuar. Perante a resposta afirmativa agradeça o gesto e continue a sua
explicação sobre a matéria. Interrompa sempre que o acto se repita e reitere o mesmo procedimento. Não mostre enfado.
Quando o(a) aluno(a) o(a) manda para o “c___alho”
Se o(a) aluno(a) o(a) mandar para o c___alho, reaja com calma e pense que algum motivo ele há-de ter para se insurgir dessa
forma. Não esqueça um velho princípio comercial que diz que o cliente tem sempre razão, e sendo os alunos os nossos clientes,
não é preciso dizer mais nada. De qualquer forma explique-lhe que ele está a reagir de cabeça quente e que não são modos próprios
para se dirigir ao(à) professor(a). Diga-lhe com serenidade que deve usar o termo “pénis” em vez de “c___alho” , ou então
mande-o(a) (a ele(a)) mandá-lo(a) (a si) para a “vagina da senhora sua mãe”. Ditas as frases desta forma, tornam-se muito
mais simpáticas e nem têm carga ofensiva, porque se evitou o palavrão grosseiro, gratuito e fútil.
Aproveite até para fazer uma introdução à Educação Sexual e explique-lhe qual é a diferença entre pénis e vagina, o que os
dois fazem, quando o 1º penetra a 2ª, e ainda as consequências dessa acção. Se ele não perceber faça-lhe um desenho para ilustrar
o acto.
Quando o(a) aluno(a) encostar o seu (dele(a)) peito ao seu (seu) peito
O essencial é manter a calma, por natureza estes(as) alunos(as) são serenos(as) e brincalhões(onas). Sorria ainda que o sorriso
tenha tons de amarelo. Se for preciso peça desculpa e prometa que o motivo que levou a encostar os peitos, mesmo que o desconheça,
jamais se repetirá.
Quando o(a) aluno(a) grita no Hall de entrada do Pavilhão
É bom sinal, os(as) alunos(as) estão a extravasar toda a energia acumulada durante um dia, resultante da pressão de tanto
estudo. É um escape necessário, devemos por isso aconselhá-los a gritar ainda mais alto para abrir completamente os pulmões.
Quando o(a) aluno(a) grita com a(o) funcionária(o)
Alguma a(o) funcionária(o) lhe fez. Devemos certificar-nos dos motivos e participar da(o) empregada(o) à Direcção para que
esta proceda em conformidade. Uma boa proposta será deixar o Pavilhão sem funcionária(o), porque assim corta-se o mal pela
raiz.
Quando o(a) aluno(a) solta um gás
Quando o(a) aluno(a) solta um gás devemo-nos por a jeito e com as fossas nasais bem desobstruídas, a fim de que o mesmo cause
o efeito desejado por quem o solta, de contrário será uma desilusão e a última coisa que devemos fazer, com os alunos, é desiludi-
los. Quando o gás vem com pressão suficiente para provocar som audível, não devemos evitar que todos os outros alunos se
riam, devemos, pelo contrário, incentivar e rir muito também, promovendo assim uma verdadeira alegria no trabalho. Mas
atenção! O(a) professor (a) está terminantemente proibido(a) de gasear. A liberdade tem limites!