O Pedro deixou um comentário, já depois das 3 da matina, que merece ser divulgado em post para discussão mais alargada:
A minha proposta de ADD ligeiramente modificada da anterior que aqui há cerca de um ano apresentei.
“Quem avalia?
O que se avalia?
Quando se avalia?
1)A avaliação do professor no contexto da sala de aula deverá ser exercido por um professor avaliador da mesma especialidade do avaliado. O avaliador científico-pedagógico deverá ser um professor que tenha prestígio entre os seus pares. Para isso tem de ser alguém reconhecido na comunidade educativa, dotado de bom-senso, que compartilhe saberes entre os seus colegas, prestando-se a dar o exemplo abrindo a sua sala de aula para repartir com os outros as suas experiências lectivas. Caberá ao Director avaliar: a assiduidade, a formação contínua e acrescida adquirida e a participação do professor nas actividades e cargos distribuídos ao longo do ano lectivo.
2)A avaliação deverá centrar-se em duas componentes:
a)uma de maior peso (70%) centrada na sala de aula, através de uma observação sistemática do avaliador, a ocorrer no último ano do módulo de tempo de serviço à subida de escalão, à forma como o professor interage com os seus alunos: a postura na sala de aula, a disponibilidade para ajudar os alunos que se atrasam nas aprendizagens, a diversificação das estratégias para os diferentes alunos, o rigor científico na leccionação dos conteúdos e a forma rigorosa e equilibrada como avalia os alunos.
b) Fora do contexto da sala de aula: a assiduidade, a formação contínua e acrescida adquirida e o desempenho no serviço distribuído por cada ano lectivo.
3) A avaliação tem como quadro de referência o módulo de tempo de serviço necessário à subida de escalão, pelo que a assiduidade, a formação contínua e/ou acrescida adquirida, a participação na vida escolar sejam apreciadas no final de cada ano lectivo, uma vez que são evidências facilmente observáveis. Somente no último ano de permanência de cada escalão é que teria lugar a avaliação científico-pedagógica através da observação de aulas. A anotação a atribuir, no fim de cada escalão, ao professor em causa seria igual à média ponderada das notações atribuídas pelo professor avaliador e pelo director.
NOTA: SERIA PREFERÍVEL QUE A AVALIAÇÃO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA FOSSE ATRIBUÍDA A UM INSPECTOR EXTERNO DA MESMA ÁREA DE FORMAÇÃO DO AVALIADO, MAS DADO O NÚMERO DE INSPECTORES DISPONÍVEIS TORNA-SE IMPRATICÁVEL ESTA FORMA DE AVALIAÇÃO. A PREFERÊNCIA DE UM INSPECTOR DECORRE UNICAMENTE DE UM FACTOR CULTURAL: A SUSPEIÇÃO QUE LEVANTA UMA AVALIAÇÃO FEITA ENTRE PESSOAS QUE CONVIVEM NO DIA-A-DIA.
Assim na avaliação “fora do contexto sala de aula” entrariam 3 ou 4 factores relevantes cuja avaliação não é nada complexa. A avaliação no contexto “sala de aula” consistiria na observação de aulas a decorrer num único ano lectivo, procurando que o professor não “trabalhe” constantemente para a avaliação.
A avaliação atribuída no final de cada escalão somente poderiam ser anotadas com as classificações de Insuficiente, Regular, Bom e Muito Bom.
Somente teriam acesso à classificação de Excelente os professores que fossem anotados de Muito Bom e que desenvolvessem na escola uma trabalho de investigação a ser avaliado por um júri composto pelo docente avaliador da componente científico-pedagógica e um ou dois professores universitários da área desenvolvida no trabalho de investigação.
Consequências da avaliação:
Insuficiente – o tempo permanecido nesse escalão é descontado na íntegra havendo lugar a que o docente em questão seja alvo de acompanhamento durante um período de tempo igual a dois anos. No final desse acompanhamento, seria alvo de uma notação: Apto ou Não Apto com as devidas consequências. O tempo a contar para progressão ao escalão seguinte seria igual ao módulo de tempo de serviço no escalão onde esse docente se encontra subtraído por dois (tempo de acompanhamento).
Regular – permanência no mesmo escalão por mais dois anos.
Bom – progressão automática ao fim do módulo de tempo de serviço de cada escalão.
Muito Bom – diminuição de 2 anos na permanência no escalão seguinte da carreira, até ao limite máximo de 2 escalões.
Excelente – o tempo de permanência no módulo de tempo do escalão seguinte seria contado de imediato na íntegra + 2 anos do escalão subsequente. Este bónus somente poderia ocorrer uma única vez.
Chegado ao topo de carreira o docente deixaria de ser somente avaliado na componente técnico-pedagógica.
As fichas de avaliação seriam preenchidas integralmente pelos avaliadores na presença dos avaliados, dispensando-se documentos comprovativos (portfólios, materiais de ensino, etc), excepto nos comprovativos de acções de formação concluídas ou certificados de formações acrescidas.
Nota: A exclusão dos portefólios e dos materiais didácticos como documentos de evidências tem como fim evitar que os do costume inventem, copiem, etc, etc, materiais que nunca foram utilizados nas respectivas aulas. NÃO PODEMOS PERMITIR QUE A AVALIAÇÃO SE TRANSFORME NUMA FARSA, MOSTRANDO-SE MUITAS VEZES AQUILO QUE NÃO SE FAZ, OU SEJA, PARA INGLÊS VER.”
Pedro Castro
Outubro 8, 2009 at 11:53 am
Pedro,
Concordo com algumas coisas. Outras não porque desfocam do fundamental. Mas isto supõe tempo para apresentar argumentos e alternativas ao que propões. E não tenho tempo para já para tal coisa.
Abraço
Outubro 8, 2009 at 11:55 am
Paulo
Gostaria, antes de começar a discutir possíveis modelos (e sem querer tirar valor à proposta do Pedro Castro), discutir os objectivos de uma Avaliação de Desempenho Docente (PARA QUE SERVE?). Parece-me que é isso que deve ser feito em primeiro lugar…
Uma boa base de discussão são os OBJECTIVOS* enunciados para o modelo em vigor:
1) Contribuir para a melhoria da prática pedagógica do docente;
2) Contribuir para a valorização e aperfeiçoamento individual do docente;
3) Permitir a inventariação das necessidades de formação do pessoal docente;
4) Detectar os factores que influenciam o rendimento profissional do pessoal docente;
5) Diferenciar e premiar os melhores profissionais;
6) Facultar indicadores de gestão em matéria de pessoal docente;
7) Promover o trabalho de cooperação entre os docentes, tendo em vista a melhoria dos resultados escolares;
8) Promover a excelência e a qualidade dos serviços prestados à comunidade.
* Segundo o ECD, estes objectivos, tem como finalidade a “melhoria dos resultados escolares dos alunos e da qualidade das aprendizagens e proporcionar orientações para o desenvolvimento profissional, no quadro de um sistema de reconhecimento de mérito e de excelência”.
Concordamos nós com estes OBJECTIVOS propostos? Concordamos nós que é para isto que a avaliação deve servir? O que deveria ser alterado?
Outubro 8, 2009 at 12:06 pm
Antes de mais, o modelo proposto em nada cumpre o que está nos pontos 3, 4 e especialmente 7.
Aliás o modelo legislado faz exactamente o contrário.
Outubro 8, 2009 at 12:13 pm
(cont. do coment #2)
Podíamos fazer esta discussão tendo por base estas questões (não sei se falta alguma…):
1. Para que serve? (Objectivos)
2. O que se vai avaliar? (Dimensões a avaliar)
3. Quem avalia? (Definição dos avaliadores)
4. Quando se avalia? (Periodicidade da Avaliação)
5. Como se avalia? (Modelo de Avaliação)
6. O que fazer com os resultados da avaliação? (Consequências da Avaliação)
p.s. no coment #2 o objectivo 8. saiu com um sorriso 8). Não era ironia 8)
Outubro 8, 2009 at 12:18 pm
#4.
Com ironia fica melhor e mais adequado.
Outubro 8, 2009 at 12:25 pm
Mais importante do que os objectivos enunciados são aqueles que estão ocultos. Especialmente este:
RESTRINGIR A PROGRESSÃO NA CARREIRA DOCENTE, DE FORMA A REDUZIR O PESO ORÇAMENTAL COM OS SALÁRIOS DOS PROFESSORES.
Se querem mesmo discutir a avaliação dos professores, e por acréscimo a carreira, os titulares e tudo o mais, deixemos-nos de lirismos e de jogos florais.
Vamos ao cerne da questão.
Outubro 8, 2009 at 12:33 pm
#6
Concordo consigo. Obviamente que, nesta Avaliação de Desempenho Docente, há um objectivo escondido:
Nem todos podem chegar ao topo da carreira (ou devem?), por isso, terá que haver uma selecção daqueles que podem lá chegar (ou seja, a avaliação terá(?) que ter influência na progressão da carreira).
Outubro 8, 2009 at 12:43 pm
Nesta proposta do Pedro, o que mais me chamou a atenção foi esta passagem:
“SERIA PREFERÍVEL QUE A AVALIAÇÃO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA FOSSE ATRIBUÍDA A UM INSPECTOR EXTERNO DA MESMA ÁREA DE FORMAÇÃO DO AVALIADO, MAS DADO O NÚMERO DE INSPECTORES DISPONÍVEIS TORNA-SE IMPRATICÁVEL ESTA FORMA DE AVALIAÇÃO.”
Que é algo que nós já sabemos: os senhores inspectores mostraram-se indisponíveis para avaliar professores, e o ME condescendeu com a sua vontade.
Agora imaginem esta reformulação do texto:
SERIA PREFERÍVEL QUE A AVALIAÇÃO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA FOSSE ATRIBUÍDA A UM PROFESSOR DA MESMA ÁREA DE FORMAÇÃO DO AVALIADO, MAS DADO O NÚMERO DE PROFESSORES DISPONÍVEIS PARA AVALIAR COLEGAS TORNA-SE IMPRATICÁVEL ESTA FORMA DE AVALIAÇÃO.
Na prática, é isto que está a suceder: com o simplex, o ME concentrou a avaliação nos directores e na componente burocrática e “discursiva” actualmente em vigor.
Outubro 8, 2009 at 12:49 pm
#7:
Isso levanta outra questão: como é que motiva um profissional a meio da carreira que não tem lugar no número dos “eleitos”?
Claro que, não sendo essencial a promoção da qualidade do sistema, esta questão torna-se secundária.
Ou seja, na perspectiva do poder, não precisamos de muitos professores excelentes, precisamos é de muitos professores baratos!
Outubro 8, 2009 at 12:49 pm
Não esquecer que é absolutamente necessário que se exija a desburocratização do trabalho do docente, sobretudo, fora do contexto da sala de aula. Vivemos afogados em papeladas, prazos irrealistas, reuniões desnecessárias, etc… que nos tomam demasiado tempo e energias para exercer o que realmente importa: a preparação das aulas, a investigação e o trabalho com os alunos.
A formação contínua do professor deve ser mais considerada e apoiada.
Outubro 8, 2009 at 12:56 pm
“A avaliação do professor no contexto da sala de aula deverá ser exercido por um professor avaliador da mesma especialidade do avaliado. O avaliador científico-pedagógico deverá ser um professor que tenha prestígio entre os seus pares. Para isso tem de ser alguém reconhecido na comunidade educativa, dotado de bom-senso, que compartilhe saberes entre os seus colegas, prestando-se a dar o exemplo abrindo a sua sala de aula para repartir com os outros as suas experiências lectivas.”
Não sei que dimensão tem a escola do Pedro, mas parece-me que, na maioria das escolas de pequena e média dimensão, pura e simplesmente não existirão, na grande maioria dos grupos disciplinares, os professores que reúnam todas estas condições. E que tenham pachorra para andar a brincar às aulas assistidas, já agora…
Outubro 8, 2009 at 1:02 pm
Um modelo de avaliação para a escola pública e democrática que não pretenda ser gerida lucrativamente como uma empresa, tem obrigatoriamente que ser:
modelo de avaliação pedagógico;
modelo não castrador;
modelo não punitivo;
modelo formador;
modelo de confiança dos professores;
modelo de reconhecido mérito;
modelo sem quotas;
modelo aplicado por pares competentes e de reconhecido mérito;
modelo que coexiste numa escola de gestão democrática;
modelo que vive da confiança dos intervenientes;
modelo que não precisa ser mais onoroso para funcionar melhor;
modelo que não precisa recorrer a estímulos para que o docente seja melhor;
tem que ser efectivamente um modelo verdadeiro, como o são a maioria dos professores que diariamente são avaliados pelos seus alunos;
há professores menos bons? há
há professores que dão erros? há
há professores que necessitam de muita formação? há
há professores que nunca o deveriam ser? há.
mas,
em todas as escolas, estes são facilmente identificáveis sem que seja necessário castrá-los.
uma escola precisa de todos!
hoje podemos ser excelentes professores, mas
porque esticámos demasiado o nosso neurónio dedicando-nos profundamente a esta desgastadora profissão,
amanha, com demência relativa, não devemos ser parte da lay off que o ME nos quer impôr.
RESPEITO PELA NOBRE CLASSE.
Outubro 8, 2009 at 1:07 pm
#10:
O problema é que a utopia (pois é disso mesmo que se trata) de uma avaliação justa e rigorosa terá de envolver muitas horas, muita gente e muitos papéis e papeletas.
Aqui, não há volta a dar. Se queremos um sistema onde enfiamos todos os dados acerca do trabalho de um professor para recebermos em troca uma nota que o avalia, então temos que assumir que esse sistema, para ser justo, será por força terrivelmente complexo.
Esta avaliação que os socratinos conseguiram convencer os professores a discutir significa dizer, em relação a dois bons professores da mesma escola, que um vale 7,7 e o outro vale 7,8 e que, como só há uma vaga, só este último irá progredir, não é coisa que se possa fazer a olhómetro.
Ou se calhar até pode…
Outubro 8, 2009 at 1:10 pm
Permitam-me um comentário rápido, entre duas aulas? O cerne da questão:
a) para que serve?
b)Atrevo-me a ir mais longe, e para que serve a formação-(Nos moldes e condições actuais)?
c) E o quetipo de assiduidade se deve promover?
PARA REFL/DISC
1- Comparando a nossa formação, percurso académico e anos de serviço, com outros profissionai em identicas condições, ao serviço do Estado, temos um estatuto remuneratório e pacote de condições de trabalho adequado? Na família sou o que estou em piores condições…. pelo que entendo que não faz qualquer sentido restringir o acesso remuneratório (não à titularidade) antes do 9º ou 10º escalºao, antigos.
2 – Possuindo muitos de nós mais do que um curso sup pé-bolonha, Mestrados e Doutoramentos, faz sentido ir às tantas da noite ou aos fins de semana fazer formação? Não somos aptos a tratar da nossa autoformação, desde que me forneçam condições dignas?
3 – Faz sentido que os nossos ex-colegas de faculdade, que tendo reprovado e vindo dar umas aulas a “biscate”, tenham agora mais tempo de serviço do que os outros que cumprindo horários completos noutros serviços públicos, p.Ex Universidades, e agora sejam “inferiores hierárquicos” e auferindo menos do que aqueles, mesmo quando acabaram por ser nossos ex-alunos? Pois na minha escola tenho dois dos meus ex alunos…. no TOPOOOOOO.
4 – Finalmente a questão das faltas – Para não falarmos na estafada questão do acompanhamento dos filhos com mais de 12 anos, vamos falar de velhinhos – Muitos de nós temos pais de idade avançada …. pois há dias ei comigo a mandar a minha mãe +ara o hospiytal de taxi – (ia ser submetida a uma operação). Umas benditas reuniões e a dificuldade em justificar a F impediram-me do mais elementar dever de assistência. Arranjei as coisas para a ir buscar ao Hospital. Para meu espanto, uma vez lá (numa localidade a 170Km da minha escola)fui informado que tinha que levar novamente a doente, para controlo, no dia seguinte às (8H30). Lá tive que Faltarrrrrrrrrrrrr, rogaram-me um praga na escola e ainda ouvi um “desabafo” do médico, – “ainda por cima é professor…” que reconhecia que me tinha que passar um atestado, mas que lhe quebrava o rítmo das consultas e que a informática tb o estava a controlar ….. sim para a avaliação, com influência no sist remuneratório….
FINALIZANDO – Mesmo existindo muitos tipos de profs, CREIO QUE TUDO ANDARIA MELHOR SE NOS DEiXASSEM TRABALHAR –
Outubro 8, 2009 at 1:15 pm
#9
“Ou seja, na perspectiva do poder, não precisamos de muitos professores excelentes, precisamos é de muitos professores baratos!”
Eu não ia por aí…
O que eu acho é que a progressão (que, como sabe, envolve vários escalões) e o desenvolvimento da carreira devem ter alguma relação com a avaliação de desempenho (no sentido em que acelera ou abranda o processo de progressão).
Na minha opinião a progressão na carreira não deve estar condicionada por quotas (o que não quer dizer que não concorde com as quotas na Avaliação Docente, pois são coisas distintas!).
Aliás, acho que, para os últimos escalões, deveria haver duas formas de progredir na carreira:
1) Sem diferenciação funcional, isto é como anteriormente, condicionada pelos anos de serviço e respectivas avaliações docentes (com as “acelerações” e “abrandamentos” consequentes).
2) Com diferenciação funcional – tipo, professor titular (ou Avaliador) – condicionada pelos anos de serviço e respectivas avaliações docentes (com as “acelerações” e “abrandamentos” consequentes) e formação específica na área (não me choca que para esta vertente da carreira haja concursos mediante as necessidades da escola).
p.s. Já sei que vão dizer que a minha posição é muito próxima do modelo actual. Eu sei. Mas, é a minha opinião.
Outubro 8, 2009 at 1:58 pm
Aplaudo a coragem do autor desta proposta num deserto vazio de soluções em que a palavra de ordem parece ser deixar essa avaliação, preferencialmente, nas mãos do avaliado, através de relatórios com a assinatura do próprio.
O perigo reside aí mesmo: professores há que tem um ego que os leva a consideram-se os melhores do mundo; outros, pelo contrário, com exagerada humildade, chegam a duvidar das próprias qualidades. A avaliação é um assunto demasiado sério para deixar nas mãos do próprio avaliado sem passar pelo crivo de uma hetero-avaliação.
Ninguém, de boa-fé, poderá aceitar de bom grado que só haja bons médicos, óptimos advogados e, mesmo, excelsos artífices que transformam a sociedade portuguesa num paraíso isento dos defeitos humanos. Os professores não são, ou melhor não podem ser uma excepção.
Seria louvável que os comentários não sofressem do bota-abaixo tão característico da alma lusitana debruçando-se, pelo contrário, sobre a proposta aqui feita tentando melhorá-la através de críticas construtivas. Valeu?
Outubro 8, 2009 at 2:15 pm
A minha opção vai para os inspectores externos.
Por falta de inspecção, multiplicaram-se faculdades que só sobressaiam pela actividade frenética das fotocopiadoras. Simples acções de inspecção teriam resolvido rapidamente o problema, sem grande espalhafato, mas com óbvias consequências para os aventureiros da mercantilização do ensino. Da falta de inspecções eficazes nasceram os doutores nas caixas dos supermercados e nos call-centers. Antes estivesse a referir-me a fantasias… Quando os problemas não são resolvidos no sítio e tempo certo, propagam-se estes danos colaterais, no caso, danos sociais graves.
As mudanças de escalão salarial na carreira docente também poderia ser tratada com recurso a inspectores-avaliadores. O corpo de inspectores avaliadores seria formado por professores em fim de carreira (último terço). Esta solução permitia aos interessados solicitar o exame na altura em que achasse mais conveniente, logo que tivesse vencido o período de permanẽncia mínimo dentro de cada escalão. O inspector externo integraria uma equipa com membros qualificados da própria escola.
O número de escalões também pode ser revisto. Dez parece-me exagerado, dentro da mesma profissão. Sete parece-me mais indicado.
Outubro 8, 2009 at 2:27 pm
E uma comemoração condigna da não eleição da Milu, quando é que é…?!?
Outubro 8, 2009 at 2:31 pm
Num post anterior tentei propor uma discussão sobre o que subjaz ao conflito ME-Professores.
Lancei o desafio em comentário # 84.
http://www.educar.wordpress.com/2009/10/07/coesao-para-o-exterior-fragilidade-interna/
…
Outubro 8, 2009 at 2:35 pm
Caros colegas do ensino básico e secundário,vou lhes contar o que sei através da avaliação a professores em universidades americanas.
A avaliação de um professor em contexto de aula, não pode ser feita por alguém qualquer, sem experiência longa no assunto . ISto é, a avaliação é feita por um avaliador, que só faz isso e que têm uma experiência longa ( nº de horas elevadas nessa função), para que essa avaliação seja considerada relevante ou válida.
Há literatura publicada sobre isso.
Parece-me que a proposta dos inspectores externos é a mais adequada (vide #17) no contexto português. Mas esses inspectores não deveriam estar sob a alçada do Min Edu,pois iriar haver a tentação de avaliar um professor pela “bitola” centralmente instituida. E.g. , com este frenesim de tecnologias da educação, qualquer inspector ministerial iria dar uma avaliação mais baixa a quem não usa powerpoint por exemplo.
Um Director, que seja realmente um chefe de uma organização moderna e não de inspiração ditatorial ou fio-de-curso das agências centrais, e que avalie correctamente uma auto-avaliação ( quem se auto avalia, vincula-se ao que inscreve e fica responsabilizado por isso), será mais do que suficiente.
A propósito de Directores, que raio se passa nalgumas escolas que conheço, em aqueles ao invés de se preocuparem com a segurança, a logística, condições de trabalho, organização administrativa, passam o tempo a criar grelhas “eduquesas” e parafernálias burocráticas?
Outubro 8, 2009 at 2:37 pm
Na delegação regional da Inspecção que tem a jurisd~ição da minha Escola existem 3 inspectores(as) que foram meus(minhas) colegas de curso. Foram para a Inspecção porque como professores eram uns autênticos desastres (já como alunos davam sinais de estarem ali porque era emprego garantido – ao tempo era um curso com “saída garantida”). Ainda passaram pelo órgão de gestão (Conselhos Directivos e Executivos) mas, quanto surgiu a oportunidades abandonaram a Escola.
Se, por acaso, a avaliação vier a ser realizada por inspectores é possível que venham a ser meus avaliadores! Como os(as) posso reconhecer como competentes? Onde adquiriram essas competências?
E os directores? Que competências têm para avaliar?
Outubro 8, 2009 at 2:39 pm
# 7
O que está a dizer é que um professor após 30 anos de carreira não tem direito a auferir um vencimento de 2000 Euros????????
Todos ou quase todos?
Diga lá porquê.
Conhece as tabelas de vencimentos dos profissionais com as mesmas habilitações académicas e profissionais?
Então? Por que somos em maior número …?
Não brinque com coisas sérias.
Outubro 8, 2009 at 2:41 pm
Não devemos discutir a ADD antes de se discutir e reformular o ECD. Caso contrário estamos a pactuar com o ME e os seus desvarios neoliberais. ADD antes do ECD é um tiro no pé.
O ECD deve assegurar reais condições de trabalho e de formação contínua dos docentes. É preciso definir o papel do professor e temos de ter a certeza dos nossos deveres. Nos últimos 20 anos passamos a ter deveres acrescidos (assistente social, animador tempos livres, burocrata, secretariado etc) obrigando-nos legalmente a minimizar o ensino mas todos os dias nos acusam levianamente de não ensinar!
Também não me parece nada de bom tom querer discutir a ADD quando é preciso que se discuta para que serve essa avaliação.
Não podemos pactuar com penalizações na ADD das faltas justificadas quando sabemos que somos os Únicos profissionais a quem é atribuída 1 falta após 10 minutos de atraso. (A maioria da população não sabe isso e ninguém lhes explica porque é mais fácil acusar os profs de absentismo). Quantos são os portugueses que durante um ano chegam atrasados devido ao trânsito, atraso nos transportes públicos, acidentes, doenças súbitas do próprio ou familiares directos? Porque é que somos obrigados por um sistema maníaco a ter de recorrer a 1 atestado médico quando tivemos uma inundação em casa? Um professor deixa de ser excelente profissional por ter de ser operado e obrigado a uma recuperação de dois meses? (Estás questões são estúpidas, não são? Mas os professores passam por estas situações aberrantes.)
Sejamos inteligentes porque é preciso um ECD discutido e bem negociado.
Durante a negociação do ECD a ADD pode ser feita por ponderação curricular com critérios iguais para todas as escolas. E critérios já aceites aceites em outras instituições.
Os cargos não podem ser usados indiscriminadamente na avaliação pois como sabemos neste momento são atribuídos sem critérios claros e também não é feita avaliação objectiva do seu desempenho. Tenho a certeza que não preciso de descrever o que se passou com a atribuição dos cargos em muitas escolas…
Outubro 8, 2009 at 2:43 pm
tudo bem menos os inspectores externos pois não conhecem a realidade da escola, os alunos e isso não me agrada.quero pessoas do meio.
Outubro 8, 2009 at 2:46 pm
Falta o principal:
Como se avalia?
Outubro 8, 2009 at 2:56 pm
#22
“O que está a dizer é que um professor após 30 anos de carreira não tem direito a auferir um vencimento de 2000 Euros????????”
Ana,
O que digo é que a antiguidade não deve ser o único critério para a progressão da carreira. A progressão da carreira deve estar condicionada também pelas avaliações (e até pela formação), tornando essa progressão mais rápida ou mais lenta.
Em teoria todos podem lá chegar (uns mais rápidos do que outros, conforme as avaliações e, como agora, formação), mas será justo que todos, os bons e os maus, cheguem lá da mesma forma?
A este propósito, e só para provocar, coloco uma questão que já tenho abordado noutros comentários (por exemplo, no comentário https://educar.wordpress.com/2009/10/07/tem-a-sua-graca-ser-alguem-do-ps-a-dizer-isto/#comment-299116).
Quando duas pessoas exercem as mesmas funções em determinado estabelecimento, os quais apresentam a mesma escolaridade e produtividade, mas um ganha salário maior que o outro, será que não há razões para contestar salários iguais?
Note, independentemente de defender que a carreira de professor, nos últimos escalões, deve contemplar duas vias distintas de progressão (uma, sem diferenciação das funções de um professor nos escalões anteriores da carreira e, outra, com diferenciação de funções – por exemplo, exerce também cargos de coordenador e de avaliador), acredito que, em certa medida, deve haver uma certa diferenciação funcional nos diferentes escalões da carreira docente (por exemplo, os professores em escalões mais altos deveriam assegurar as turmas mais difíceis, as direcções de turma, e.t.c.)
P.s. Não tenho a certeza se fui claro… mas escrevo, literalmente, em cima do joelho…
Outubro 8, 2009 at 3:05 pm
Discordo de algumas coisas, a saber:
“O avaliador científico-pedagógico deverá ser um professor que tenha prestígio entre os seus pares. Para isso tem de ser alguém reconhecido na comunidade educativa, dotado de bom-senso…”
O reconhecimento faz-se não com o bom senso, mas sim com a formação vocacional para o exercício dessa função na qual o avaliador teve de prestar provas para uma eleição entre os “pares”.
Treta de manias que qualquer um sabe avaliar de forma isenta e com “bom senso”.
Uma avaliação externa deverá ser obrigatória para a subida de um patamar na carreira sem a existência de quotas e arbitrariedades que qualquer governo possa impôr em “regulamentos”.
A observação de aulas deverá ser realizada apenas quando existirem indícios de manifesta insuficiência por parte do professor avaliado.
P.S. Detesto a palavra “pares”, mas também estou numa de viragem à esquerda para não ferir susceptibilidades. 😆
Segundo P.S. (malditas iniciais Alguém comentou por aqui algo que vi na tv (só vi, não ouvi) em que apareciam o António Costa, o Zé e o Carlos Carvalhas. Aquilo era um encontro das esquerdas?
Outubro 8, 2009 at 3:08 pm
Estou plenamente de acordo com o Texto do Pedro Castro.
Sou pela Avaliação mista:
(inspecção/supervisão + colega da escola).
Importa também acabar com a divisão artificial e institucional da carreira docente.
Outubro 8, 2009 at 3:12 pm
#26
os professores em escalões mais altos deveriam assegurar as turmas mais difíceis, as direcções de turma.
Raio de gente outra vez.
Então porquê?
As turmas mais difíceis devem ser asseguradas pelos professores mais competentes em lidar com turmas dificeis. Os directores de turma devem ser os mais competentes nesta área.
Porque deve existir esta diferenciação “biológica”?
É difícil perceber que de entre TODOS os professores não se podem generalizar as funções entregues dentro da escola?
Outubro 8, 2009 at 3:13 pm
Os inspectores externos não podem estar ligados às estruturas do ministério da educação, por todas as razões já aqui mencionadas e mais algumas que ainda ninguém referiu…
A carreira docente tem demasiados escalões em Portugal. DEvido a isso, é que os ECDs se arrastam na discussão pública e na politiquice dos governos. It’s all about the money! Por existirem muitos escalões, inventam-se crivos alucinantes e divisões de carreiras e palhaçadas afins.
Ridículo é querer avaliar um professor para progressão de carreira a nível nacional com métodos centralistas, quando existem muitas heterogeneidades entre escolas, dentro da própria escola, entre disciplinas e saberes diferentes e até entre professores com formações iniciais diversas.
Quanto a todos os professores chegarem ao topo,se existissem apenas 2 ou 3 escalões, decerto que não haveria esse problema. Para diferenciar, existiriam outros processos quer financeiros, quer nas condições de trabalho. Cargos de direcção intermédia deveriam ter prémios de produtividade.
Outubro 8, 2009 at 3:14 pm
Falar de avaliação sem analisar o sistema estamos a cair na armadilha de quem governa. Por isso assolam-me algumas dúvidas:
Quem dirige as escolas tem mérito?
Numa instituição onde reine a desorganização e o compadrio todos sabem o que se sucede, e será culpa dos professores?
Alguma vez este sistema reconheceu o mérito de algum professor ou funcionário público? Não nos podemos esquecer que os cargos directivos na função pública são de nomeação política! Quem avalia os directores? e como?
Professores a avaliar professores. Mesmo reconhecendo o mérito ao avaliador, existem dinâmicas diferenciadas e metodologias diversas que podem funcionar com um professor num determinado contexto e não funcionar com outro professor noutro contexto. Há que ter cuidado.
Estudemos o caso Finlandês e adaptemos à nossa realidade sócio-cultural. É vital reformular-se o estatuto do aluno, no sentido de uma maior responsabilização individual e familiar.
A escola deve ser avaliada como um todo e cada escola deve criar os seus mecanismos de avaliação enquanto instrumentos de gestão.CASO A ESCOLA SEJA AVALIADA NEGATIVAMENTE TODA A ESCOLA DEVE SER RESPONSABILIZADA.
Não nos precipitemos e não nos deixemos cair no paradigma dogmático da avaliação, que tudo resolve, cuidado com os “mitos”.
Haveria muito mais para dizer e reflectir.
Outubro 8, 2009 at 3:21 pm
#29
“As turmas mais difíceis devem ser asseguradas pelos professores mais competentes em lidar com turmas dificeis. Os directores de turma devem ser os mais competentes nesta área.”
100% de acordo. O problema é saber quem são os mais competentes… Afinal, a avaliação (e, consequentemente,a progressão na carreira) devem servir para isso mesmo…
Outubro 8, 2009 at 3:30 pm
#32
Para isso deve servir a avaliação.
Por isso ela deve ser centrada no reconhecimento das práticas sem cariz meramente punitivo.
Ou seja, poderão existir dois tipos de avaliação que possam ser articuladas: uma centrada no reconhecimento das práticas e outra que sirva apenas para a consequente progressão na carreira.
Se bem que eu defenda para a primeira situação a existência de formação adequada para o desempenho dessas funções.
Outubro 8, 2009 at 3:35 pm
Um dos aspectos que deve merecer alguma reflexão é o facto da avaliação docente implicar uma sobrecarga de trabalho que poderá pôr em causa o seu principal objectivo: “contribuir para a melhoria da prática pedagógica do docente”.
Deste modo, o processo de avaliação não deve apresentar-se como mais um “abcesso”, mas sim integra-se, naturalmente, no trabalho requerido ao professor.
Concordando com a exigência de “avaliação científico-pedagógica através da observação de aulas” “somente no último ano de permanência de cada escalão”, considero que, nessa altura, deveria ser alargada a componente de trabalho individual a atribuir ao docente avaliado.
Não podemos continuar a aceitar que ao professor seja atribuído, em qualquer circunstância, o ridículo limite de 10/11 horas para trabalho individual.
Outubro 8, 2009 at 3:42 pm
Por falar em avaliação… será bom não esquecermos que:
uma das metas da anterior legislatura era abater aos quadros da função pública 75 000 funcionários;
até 2005 havia um modelo de avaliação que Pinto de Sousa extinguiu para mais tarde dizer que nunca existiu;
quando o anterior governo quis implementar um novo e aviltante modelo de avaliação, o seu grande objectivo era provocar a retirada precoce de milhares de professores que, à partida, não se sujeitariam às políticas de humilhação de MLR;
sabendo nós como sabemos que esse processo avaliação nunca poderia contribuir para o aumento real do sucesso dos alunos, temos o legítimo direito de duvidar que a melhoria efectiva da qualidade do ensino ministrado nas escolas públicas tivesse alguma vez estado nos planos de MLR e respectiva equipa.
Se existem problemas graves e urgentes nas nossas escolas pouco ou nada terão a ver, na maior parte dos casos, com questões relacionáveis com a avaliação dos professores. Assim sendo, se estivermos realmente interessados numa escola com mais qualidade, não podemos descurar a única AVALIAÇÃO que releva: a análise rigorosa de todos os aspectos que contribuíram para a actual degradação da escola (programas desajustados, horários inadequados, indisciplina, instalações deficientes, carência de equipamentos básicos, etc.).
Entristece-me, por isso, ver a facilidade com que as pessoas se deixam contagiar pela febre de avaliação promovida pelo PS, com o risco de serem mais papistas que o papa.
É essencial, quanto a mim, não perdermos a dimensão política da questão da Escola Pública e não deixarmos que os debates sobre a mesma resvalem para redutoras dimensões corporativas
Outubro 8, 2009 at 3:49 pm
O arlindovsky tem razão, deve mesmo existir 2 tipos de avaliação. No ensino superior, as 2 podem confluir, pois existem parâmetros um pouco mais objectivos com relevância ( publicações científicas,coordenador de projectos de investigação, orientação de teses de mestrado e de doutoramento) e existem categorias diferentes bem vincadas.
No ensino básico e secundário, tal não acontece e além do mais, a parte pedagógica torna-se bem mais crucial. Dai que avaliar a prática pedagógica deve ser distinta da avaliação para progressão de escalão. Muitos defendem que basta a última para resolver a primeira, comparando com a avaliação noutras profissões. MAs a verdade é que, para além de esquecerem-se que o ensino é um processo bem mais complexo do que avaliar um operador de uma máquina ou um bancário, também se esquecem que ninguém melhora a parte pedagógica sem efectuar formação, discussão entre pares, partilha de experiências,investigação no processo de ensino, etc..
Outubro 8, 2009 at 3:59 pm
Concordo com alguns pressupostos da proposta do Pedro Castro.
Não concordo com um aspecto e todos aqui já conhecem a minha posição.
A avaliação interpares só poderá existir qdo houver, de facto, uma diferenciação.
Ou seja, só pode ser avaliador quem fez formação nesse sentido e foi avaliado.
O bom senso não serve para uma coisa tão séria, julgo eu.
Quem afere o bom senso do hipotético avaliador?
Há assim tantos colegas de mérito e carácter reconhecido, dentro de cada escola, para avaliar todos os grupos disciplinares?
Reconheci qualificações às minhas delegadas à profissionalização. Sei que trabalhavam em equipa e tinham um coordenador com quem reuniam e que supervisionava o seu trabalho.
Preferia que houvesse inspectores com essa função, mas tb sei que não os há e que os existentes se recusaram a cumprir esse papel.
Por isso, antes que seja tarde, criem cursos para formação de avaliadores. Talvez, ao fim de um ano de curso, e de serem avaliados, possam estar aptos a avaliar colegas.
Outubro 8, 2009 at 4:07 pm
Talvez nunca estejam preparados…vou ver se encontro o link de um artigo da Judy Dori, uma especialista do MIT em avaliação educacional. Tive com ela há cerca de um ano uma excelente conversa numa reunião onde estavam mais professores(neste caso sobre avaliação de professores no ens.superior). E sobre observação de aulas, foi muito interessante. Em particular a cara com que ficou uma prof.catedrática a respeito da validade com que se fazem avaliações de um professor, observando as suas aulas. Há in+umeros erros, mas assim que encontrar o artigo, eu coloco aqui. Entretanto este artigo também é interessante(para quem poder ler):
Teacher self-assessment: A mechanism for facilitating professional growth
Teaching and Teacher Education, Volume 23, Issue 2, April 2007, Pages 146-159
John A. Ross, Catherine D. Bruce
Outubro 8, 2009 at 4:20 pm
Mas porque e que se pensa que nos progredimos na carreira?
O que acontece e que os escaloes existem nao para a progressao na carreira, mas sim para retardar o momento em que se comeca pagar decentemente.
Talvez nao fosse mau comecar a ver mais vezes o problema sob esta optica.
Outubro 8, 2009 at 4:38 pm
Finlândia, OCDE et al
Teatcher evaluation for formative purposes and as part of broader scholl purposes
Context In Finland, school teatchers have positions comparable to national and amunicipal public servants. However, school leaders are in charge os school selection – once the required license is obtained – and in charge of all policies that are considered as necessary to the enhancement of teatching quality, among witch, teatcher evaluation. Finland is a paradigmatic case where the former system of “teatchers and schools inspection and supervision” was removed in 1990 but not replaced by another similar external system. As a consequence, teatcher evaluation currently goes hand in hand with other policies within each particular school.
Methods / Evaluators: The Finnish scheme of teatcher avaluation is characterized by the very high level of confidence placed in school and teatcher competencies and professionalism as the basis to improve teatching quality. Thus, teatcher self-evaluation is considered as the prime means os professional optimisation. School leaders also have a crucial role in enganging teatchers in self-reflection about their own practice, and in developing a culture of evaluation alonfside ambitious goals, according to the school context and challenges. The majority of schools have implemented annual discusssions between school leaders and teatchers to evaluate the fulfillement of personal objectives set up during the previous year and to establish further personal objectives that correspond both to the analysis of the teatche and the needs of the school.
Malène Isoré, Teatcher Evaluation: Current Practices in OECD Countries
Directorate for Education, OECD, Jul 7, 2009
(page 34)
Outubro 8, 2009 at 4:47 pm
#40 hum… alguns erros na cópia. Devia ter traduzido logo. O texto completo está na hiperligação.
Outubro 8, 2009 at 4:58 pm
Fora do tema…
Alguém já ouviu o boato que a Ana Gomes seria a próxima ME?
Outubro 8, 2009 at 4:59 pm
experiência…
Outubro 8, 2009 at 5:02 pm
#40
Pelo que me foi dado observar, a senhora não está eleita como deputada. Ou seja, o “tacho” deve ser grande. O VL deve substituir o Sócrates como deputado por Castelo Branco.
Como diz o outro, “prognósticos” só no fim. 😆
Outubro 8, 2009 at 5:02 pm
era o #42
Outubro 8, 2009 at 5:02 pm
Numa primeira leitura, a análise do Pedro Castro parece-me interessante. Tendo como suporte o texto, aqui vão pequenas sugestões:
No ponto 1) acrescentaria
A avaliação do professor no contexto da sala de aula deverá ser exercida por um professor avaliador da mesma especialidade do avaliado. O avaliador científico-pedagógico deverá ser um professor que tenha prestígio entre os seus pares podendo ser, a pedido do interessado, um professor de outra escola, não escolhido pelo interessado, e reconhecido para o efeito.
Caberá ao Director avaliar: a assiduidade, a formação contínua e acrescida adquirida e a participação do professor nas actividades e cargos distribuídos ao longo do ano lectivo, assim como a sua participação em projectos e em trabalhos de investigação na sua área, com implicação directa na prática lectiva.
No ponto 2) b) acrescentaria
Caberá ao Director avaliar: a assiduidade, a formação contínua e acrescida adquirida e a participação do professor nas actividades e cargos distribuídos ao longo do ano lectivo, assim como a sua participação em projectos e em trabalhos de investigação na sua área, com implicação directa na prática lectiva
Mais abaixo, substituiria:
Somente teriam acesso à classificação de Excelente os professores que fossem anotados de Muito Bom e que desenvolvessem na escola um trabalho de investigação a ser avaliado por um júri composto pelo docente avaliador da componente científico-pedagógica e um ou dois professores universitários da área desenvolvida no trabalho de investigação
Por
Os professores com a menção de Excelente serão aqueles que tiverem desenvolvido um trabalho excelente em todos os domínios sujeitos a avaliação, com validação da nota por professores externos à escola
Em “Consequências da avaliação” acrescentaria:
Chegado ao topo de carreira o docente deixaria de ser somente avaliado na componente técnico-pedagógica. Tempo de permanência de três anos em cada escalão, com diferença salarial homogénea, de escalão para escalão, contando para todos os efeitos o tempo de serviço (antes e depois da profissionalização).
Outubro 8, 2009 at 5:29 pm
AVALIAÇÃO EXTERNA – Conheço inspectore(a)s que foram meus colegas de curso e nunca lhes poderei reconhecer competência num processo de avaliação. Por que será?
ESCOLA DITA DEMOCRÁTICA – não se pode instituir um modelo de avaliação sem se rever a LBSE, O ECD e o Estatuto do Aluno.
Posteriormente, urge rever o 75/2008 relativo à gestão.
Quem reconhece competência aos actuais DIRECTORES?
É urgente que as escolas implementem um modelo de GESTÂO e coordenação eleito democraticamente pelos docentes.Acabemos com o eduquês que há muito quer reinar nas nossas escolas.
FINALMENTE, reposta a verdade e curadas as feridas que este ME e muitos acólitos DIRECTORES adesivados infringiram a esta NOBRE CLASSE, poderemos então pensar num MODELO DE AVALIAÇÂO.
Agora, modelos de avaliação há muitos e são fáceis de fazer! Basta ser um modelo discutido e participado por quem percebe de educação.
Outubro 8, 2009 at 5:30 pm
Diz-me um colega hoje:
– Quero ir para o inferno!
– Boa ideia, se calhar. Já agora porquê? – pergunto.
– A fornalha que dizem kakiloé deve fazer arder a papelada toda…
Outubro 8, 2009 at 5:42 pm
47#Que tal vai a campanha?
Vamos tirar mais uma maioria absoluta ao PS?
Espero que sim…
Segunda cá te espermos na escola…
Outubro 8, 2009 at 5:50 pm
#49 Segunda cá te esperamos?
Eu não faço campanha nem vou a escolas.
Outubro 8, 2009 at 5:52 pm
O ponto 1 cai logo por terra. É uma ilusão pensar que temos massa crítica para tal. Além do mais o mais frequente é que os professores mais experientes são em regra os que menos estudam, os que menos actualizados estão.
Outubro 8, 2009 at 5:56 pm
#46, conheces muitos professores com prestígio entre os colegas?
Não te esqueças que muitos desses se reformaram…
Outubro 8, 2009 at 6:07 pm
Compreendo que o Pedro não queira ficar apenas pelas críticas ao actual modelo e apresente alternativas, mas…
Será mesmo, a avaliação de professores, questão fundamental para a melhoria da qualidade de ensino?
Quererá o governo, melhorar a qualidade de ensino? Ou apenas aumentar as taxas de progressão, sem o assumir de forma clara, por Decreto?
Conhecem assim tantos professores que não cumpram os seus deveres funcionais? Se sim, que fazem os PCE/Directores? Se não, então a “culpa” não está no desempenho. Estará nos formadores de professores, nos currículos, na indisciplina, na falta de equipamentos…? Quem avalia isto?
Já aqui disse: qualquer modelo formal de avaliação de professores, que não passe pela mera verificação do cumprimento dos deveres funcionais (formação obrigatória incluída, se assim se entender) é impraticável e conduz a tremendas injustiças, pela simples razão que a maioria dos avaliados não reconhece aos formadores (pares ou inspectores) competências para o exercício de tal função. E não adianta falarmos de formação para esses formadores, porque também não há reconhecimento de competências aos formadores das ESE’s (que os iriam formar). Se há uma receita para “bom professor”, que a tutela a apresente de forma clara e teremos muito gosto em experimentá-la, se não há, que se calem com a falácia da avaliação de professores (que visa poupar dinheiro e passar todos os alunos) e preocupem-se com os reais problemas do ensino.
Outubro 8, 2009 at 6:21 pm
Concordo com alguns pressupostos da proposta do Pedro Castro.
Concordo com a Reb quando diz que a avaliação interpares só poderá existir quando houver, de facto, uma diferenciação.
Ou seja, só pode ser avaliador quem fez formação nesse sentido e foi avaliado.
Por enquanto preferia que a avaliação fosse da competência do director.
Alguém tem por aí o modelo do ensino privado?
Outubro 8, 2009 at 6:34 pm
#54, acho que o Pedro já colocou num comentário mas, na altura, não li e agora não encontro. 🙂
#53, concordo.
O que é um bom professor?
Já agora: o que faz com que um professor tenha prestígio entre colegas, alunos e famílias?
Como se poderia escolher o avaliador dos outros?
A mim parece-me que um bom professor, aquele para quem o acto de ensinar lhe sai ” de dentro” ( if you know what I mean?) não está disponível para avaliar colegas…
A simplicidade costuma vir aliada ao conhecimento…
Outubro 8, 2009 at 6:45 pm
A este proposto vem a talhe de foice a consulta aos Descritores de Dublin
Outubro 8, 2009 at 7:01 pm
#55
“A mim parece-me que um bom professor, aquele para quem o acto de ensinar lhe sai ” de dentro” ( if you know what I mean?) não está disponível para avaliar colegas…”
Nem “foge” da escola para inspector, nem se perpetua num órgão de gestão.
Outubro 8, 2009 at 7:19 pm
# 26
“O que digo é que a antiguidade não deve ser o único critério para a progressão da carreira. A progressão da carreira deve estar condicionada também pelas avaliações (e até pela formação), tornando essa progressão mais rápida ou mais lenta.”
Gostaria que se referisse à avaliação dos médicos ou dos professores dos ensinos politécnico e universitário
Gostaria que se referisse à não existência de avaliação em muitos sistemas educativos europeus
Gostaria que referisse as tabelas salariais de médicos e professores P.e U.
Gostaria que se referisse ao enquadramento destas profissões* (aspectos “vantajosos” e aspectos “complicados)
* comparando-os, grosso modo, com a docência
Outubro 8, 2009 at 7:25 pm
Por exemplo um bom pilicía será qauele
Outubro 8, 2009 at 7:30 pm
A obsessão pela avaliação pelos comentadores ue por que andam de vez em quando -Mat, Maria campos Justina , Kafka etc…-leva-me aperguntar se também quantificam os afectos:número de abraços que dão à mulher e filhos…? Número de vezes que fazem amor..? número de vezes que sorriem ou não para os ditos…?
Tenho para mim que estas personagens são vazias de nada…agarram-se a algo que para eles significada a Vida…p trabalho..a obsessão pela quantificação..pela avaliação pela produção…no fim são apenas zombies que sedentos de tirar aos outros aquilo que não têm vagueiam solitários pelo limbo que é a sua vida…sejam felizes ..se puderem..
Outubro 8, 2009 at 7:31 pm
Vou tentar enviar este comentário mais uma vez.
“A PREFERÊNCIA DE UM INSPECTOR DECORRE UNICAMENTE DE UM FACTOR CULTURAL”
A minha cultura nunca me permitiria aceitar que quem não dá aulas alguma vez pudesse avaliar quem quer que fosse.
Os inspectores devem ver e analisar papéis. Quem deixou de ensinar (quais as razões?) não deve vir explicar aos outros como se ensina. Por mim, exijo que quem me explica a seguir demonstre. Aliás, nós criticamos aqueles(as) que mandam bocas lá dos seus pedestais por saberem que são inconsequentes e depois aceitamos para a avaliação pessoas que digam o que disserem têm sempre razão… exactamente por não poderem demonstrá-la? Estes disparates devem vir de malta nova com algum tipo de complexo! Peço desculpa, mas nisso tenho as minhas intransigências!
Responder Encaminhar
Outubro 8, 2009 at 7:31 pm
O Paulo Guinote, no Livro ” A Educação do Meu Umbigo”, refere-se à “biblia” dos estudiosos e consultores em Recursos Humanos no âmbito das organizações (empresas, escolas, hospitais).
“Estrutura e Funcionamento das Organizações”, Mintzberg. Não sei se a obra está em circuito comercial especializado.
O Capítulo dos modelos organizacionais é o fundamental. Li a obra em francês.
Outubro 8, 2009 at 7:31 pm
A obsessão demonstrada pela avaliação por comentadores que por que andam de vez ..correcção…
Outubro 8, 2009 at 7:32 pm
Hoje foi publicada no Moodle da minha escola a grelha para preenchermos com os objectivos individuais e para entregar até dia 16 de outubro. O meu director ainda inventou mais umas quantas coisas novas. Eu até gostaria que aqui fossem publicadas para verem como há directores mais papistas do que o Papa. A minha grande dúvida é se é legal colocar nessa grelha itens que não vêm na legislação.
Por exemplo no apoio prestado aos nossos alunos,o prof só pode ter avaliação de Muito Bom se prestar apoio para além do seu horário lectivo. Isto parece-me ser um abuso ou será que é legal. Não é que me queira candidatar ao muito bom porque se sou contra este modelo não quero aulas assistidas.
Há ainda muitos outros pontos que me parecem ser muito abusivos mas seria cansativo estar aqui a enumerar todos.
Outubro 8, 2009 at 7:32 pm
Não sei se a obra está á venda ao público em circuito comercial especializado.
Outubro 8, 2009 at 7:34 pm
Mais um que se masturba em casa sozinho frente á televisão Isa..e como nada tem a esperar da vida inferniza a dos outros…Bem vou á janta…Inté…
Outubro 8, 2009 at 7:35 pm
Bulimunda adorei essa imagem !!!!!!!!!
Outubro 8, 2009 at 7:37 pm
Tentei múltiplas vezes enviar um comentário, mas não consegui. Aqui vai um resumo.
Só obrigado aceitarei ser avaliado por quem não dá aulas. Seja um inspector ou o Papa. Quero que quem me dá dicas me prove que tem razão, aplicando-as à minha frente. Dando aulas bem dadas para eu aprender! Não podemos andar aqui a criticar quem diz banalidades para papalvo ouvir e depois acertarmos que venha seja quem for dizer-nos outras tantas, de forma inconsequente.
Outubro 8, 2009 at 7:43 pm
Isa, poderíamos ver essa grelha po aqui?
Outubro 8, 2009 at 7:47 pm
As pessoas não se dão conta nos problemas gravíssimos de uma classificação de serviço diferenciada no âmbito da profissão docente.
Ainda hoje uma auxiliar da escola me fazia referência à sua classificação de serviço – a diferença de uma ou duas décimas de um colega levava-a a sentir-se injustiçada, etc.
O problema é que na docência pode ser muito mais grave e impossível de controlar os danos para o Ensino já que os professores trabalham isolados em salas de aula (etc).
Reparem no problema que advem dos pais saberem das classificações dos professores …
Outubro 8, 2009 at 7:49 pm
#35 Isabel Guerreiro
Gostei, até vou copiar e colar:
“Se existem problemas graves e urgentes nas nossas escolas pouco ou nada terão a ver, na maior parte dos casos, com questões relacionáveis com a avaliação dos professores. Assim sendo, se estivermos realmente interessados numa escola com mais qualidade, não podemos descurar a única AVALIAÇÃO que releva: a análise rigorosa de todos os aspectos que contribuíram para a actual degradação da escola (programas desajustados, horários inadequados, indisciplina, instalações deficientes, carência de equipamentos básicos, etc.).
Entristece-me, por isso, ver a facilidade com que as pessoas se deixam contagiar pela febre de avaliação promovida pelo PS, com o risco de serem mais papistas que o papa.”
Na verdade merecemos o que temos tido e se calhar ainda mais. Agora que temos uma pequena abertura, agora que, se calhar, os partidos políticos estão mais atentos, andamos a pensar em lindos modelos de avaliação.
Não devíamos denunciar o que está errado nas escolas. Os vícios do sistema, os programas mal feitos, os exames inadequados, as condições de trabalho?
Basta ler o post anterior.
E andamos a construir modelos da avaliação? Temos estrutura para tal? tempo? E alguém vai reconhecer aos professores competências para tal?
ou é apenas pelo gosto sadomasoquista.
Outubro 8, 2009 at 8:12 pm
Não importa qual o modelo de avaliação que for escolhido, NUNCA resultará sem as devidas mudanças que eu aponto:
1) As turmas são enormes. E, por amor de Deus, não me venham com a (censurado) da Finlândia! Estou a criar um pó danado a este país. A nossa nação está bastante atrasada e muitíssimos pais nem sequer um dicionário têm em casa. Mesmo que estejam dispostos a dar um futuro melhor aos seus filhos, não sabem como o fazer. Estas crianças precisam de muito apoio e de muita ajuda dos professores, de forma a superarem as suas dificuldades e claras desvantagens, em relação aos filhotes dos ricos e da classe média informada. Por isso, as turmas pequenas devem ser, neste momento, uma prioridade urgente, um investimento a ter em conta;
2) O excesso de burocracia e de papelada asfixiam literalmente os professores. E nem digo mais nada, porque não vale a pena dizer mais;
3) As condições de trabalho nas escolas obrigam os professores a continuarem a trabalhar na sua própria casa. Estamos a falar de horas e horas perdidas nas nossas vidas;
4) A classe do professor tem que voltar a ser respeitada. Os professores, actualmente, estão ligeiramente acima da prostituta, mas já se encontram abaixo da cabeleireira. Sem autoridade, não poderemos ensinar. Na verdade, nem sequer poderemos comunicar com os alunos;
5) O eduquês tem que acabar de vez. As melhores escolas públicas do país já não conseguem competir com as melhores escolas privadas do país. De que vale a pena passarmos os alunos se, na hora H, eles não são capazes de competir com as classes mais abastadas? Ficarão com os empregos piores, os salários piores, uma vida pior. A origem do ensino público consistiu em oferecer aos mais desfavorecidos uma hipótese de ascensão social, algo que não teriam tido nunca, se nunca tivessem tido acesso à escola. Quando eu vejo colegas meus dizerem “ah, ao menos vêm à escola e terminam o 12º ano”, quando se referem aos alunos mais desfavorecidos, faço-lhes logo esta pergunta: “sim, e isto vai servir PARA QUÊ? Ou esta gente acha que os patrões desta nação são estúpidos e não sabem que este ensino é puro bluff? Tive vários alunos de cursos profissionais que, mesmo tendo o 12º ano, continuam desempregados. Pior ainda, se quiserem trabalhar no espaço da CE, não têm quaisquer hipóteses de competirem com alunos de outras nações, com um ensino bastante melhor do que o nosso. Não não estamos apenas a criar novos pobres: estamos a PERPETUAR a pobreza, através do eduquês.
Outubro 8, 2009 at 8:22 pm
Intemporal, concordo plenamente contigo. Se bem me lembro, em tempos já bem distantes, quem nos dava dicas mostrava-nos como se fazia, era um direito que tinhamos, e às vezes era engraçado verificar que aquilo que nos diziam para fazermos, não era propriamente aquilo que se verificava nas suas aulas. Penso que devemos exigir assistir às aulas dos nossos avalaiadores como antes assistiamos às aulas dos orientadores.
Outubro 8, 2009 at 8:54 pm
Traços gerais, acho a proposta do Pedro muuuito interessante e próxima da que considero mais adequada, tendo em conta a realidade do nosso sistema de ensino.
Força, Pedro!
😉
Outubro 8, 2009 at 9:05 pm
anahenriques (69)
Desde o aparecimento dos objectivocratas, há mais de três décadas, têm aparecido com regularidade cratas de todas as matizes.
Agora é a vez dos avaliocratas que apenas vêem o presente.
Parece-me altura de escrever um tratado sobre “Como ideias úteis acabam por infernizar a vida das pessoas” ou “De instrumentos quase úteis a ferramentas sadomasoquista”.
Outubro 8, 2009 at 9:33 pm
Dada a falta de tempo, vou tentar colocar a pergunta mais elementar:
1) Para que deve servir a escola?
2) Se a resposta a 1) for algo como: “Deve servir para avaliar professores”, então, analogamente, deve perguntar-se e responder-se:
a) Para que deve servir um hospital?
R: Deve servir para avaliar médicos.
b) Para que deve servir um tribunal?
R: Deve servir para avaliar juízes.
3) Dada a implausibilidade das respostas a 2) a) e b), então deve seguir-se a implausibilidade da resposta a 1) dada em 2).
4) Logo, caso não se recentre o problema a partir de 1), estamos mais ou menos a discutir o sexo dos anjos. E por muito e bom sexo que estes tenham, caso existam e sejam sexuados e para aí estejam voltados, eu tenho mais que fazer. Mas daí também não se segue que não haja um modelo mais plausível do que o proposto pelo Pedro e que algumas das coisas que o Pedro defende não sejam desejavelmente implementáveis.
5) Falta-me tempo, acreditem, para escrever sobre isto. Se puder, tentarei avançar com outra proposta.
Abraço
Outubro 8, 2009 at 9:48 pm
#11
Absolutamente de acordo.
Outubro 8, 2009 at 9:52 pm
Se bem me lembro, gostava muito mais da proposta que o Pedro fez há um ano atrás. E concordo com o comentário #? de que parece que estamos a ficar também com a febre da “avaliação”.
No contexto de carreira que temos, em que não há diferenciação funcional (diferenciação a fingir, como a dos titulares, não conta), não compreendo como é que um professor que cumpra com o seu trabalho não chegue ao topo da carreira. (Aqui, concordo com outro comentário do Pedro, onde sugeria que, por questões conjunturais, poderíamos fazer uma moratória na progressão.)
Não percebo a pertinência das aulas assistidas, com fins classificativos, seja por quem for, mas especialmente por pares. Se não há inspectores que cheguem, muito menos haverá pares com as condições descritas pelo Pedro, para, repito, classificarem, diferenciarem.
Só vejo utilidade nas aulas assistidas por pares numa dimensão formativa e colegial (estive um ano numa escola em que o meu grupo fazia isso: íamos, de vez em quando, assistir às aulas uns dos outros e depois falávamos sobre elas. Era não só engraçado, como produtivo).
Só vejo utilidade nas aulas assistidas por não-pares (preferencialmente pela inspecção), quando há indícios de incumprimento ou “desnorte”.
Por mais politicamente incorrecto que seja, não posso deixar de pensar que a avaliação docente (como noutras profissões) só deve ser formativa.
Pelo contrário, a fiscalização (da assiduidade, do cumprimento do serviço e dos programas, etc.) deverá ser rigorosa e deve ter consequências na carreira.
Quanto ao mérito, devo dizer que me motiva muito mais o seu reconhecimento informal pelos meus pares e pelos meus alunos do que qualquer mudança de escalão. Ainda assim, admito o desejo de certificação oficial desse mérito, pelo que acho que deve ser feito a pedido do próprio, submetendo-se para isso a uma prova pública nos moldes de uma “aula pública”, como já aqui defendeu o Pauço Guinote.
Claro que tudo isto deveria ter argumentação mais sólida por trás (e tem…), mas o tempo, por agora, não dá para mais.
Outubro 8, 2009 at 9:54 pm
Já agora, fico com a curiosidade de saber como se fará a avaliação dos professores que se encontram nas estruturas do ME (DREs, GAVE, GEPE, e outros).
Outubro 8, 2009 at 10:12 pm
#78
Charrua foi avaliado 🙂
Outubro 8, 2009 at 10:24 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/08/goodbye-to-the-normals-e-quem-serao-eles-short-film/
Outubro 8, 2009 at 10:27 pm
#80
Buli
Acho que já deves saber, mas mesmo assim aqui vai.
http://arlindovsky.wordpress.com/2009/10/08/a-morte-de-bunny-munro-nick-cave/
Outubro 8, 2009 at 10:45 pm
#79

Boa!
Outubro 8, 2009 at 10:47 pm
Uma nota final por hoje:
O que é referido pelo Rolando Almeida em #51 e pelo Apache em #53 e #57, entre outros comentários, deve ser tido seriamente em conta. Caso contrário… pufffff…
p.s. Que me desculpem aqueles que não citei e que li, tanto quanto pude, com alguma atenção.
Outubro 8, 2009 at 10:57 pm
Parece que já se entranhou mesmo nos professores a lição socretina e lurdesca de que o que estava mal na educação era o modelo de avaliação dos docentes.Numa altura em que se ensina pouco nas escolas e os alunos pouco aprendem mas vêem o seu sucesso aumentar, será que a avaliação dos docentes merece todo este investimento teórico que por aqui vejo, algum porventura com contornos até mais tortuoso que o simplex vigente.
Continuamos todos, ao contrário das outras classes profissionais, convencidos que existem muitos maus professores nas escolas.Seremos piores que os outros profissionais!
Fazemos de contas que avaliamos os nossos alunos, daí a melhoria das taxas de insucesso, desdobramo-nos em valorizar atitudes e competências em detrimento dos conhecimentos mas no que se refere à nossa avaliação queremo-la pura e dura.
Por vezes parece-me que não precisa vir ninguém de fora para infernizar a vida dos professores, bastam os próprios.
Outubro 8, 2009 at 11:18 pm
# 83
Estou de acordo.
A ênfase na avaliação de professores é um embuste.
Se existisse uma boa fórmula, esta estaria a ser aplicada universalmente em todos os sistemas de Ensino do mundo civilizado.
Não existe.
A avaliação de professores tem muitíssimos mais custos associados do que resultados positivos daí decorrentes.
Insisto. Compete ás instituições de Ensino Superior creditadas para a formação científica e para a formação profissional de professores a selecção para a entrada nos cursos. Desde a nota mínima de acesso, às provas escritas e orais específicas de acesso ás formações académicas que proporcionam.
Conferem ou não a “carta de condução”, a carteira profissional a um docente. Daí a designação de professor profissionalizado.
Se consideram APTO para o exercício da profissão é porque está APTO.
A actualização dos professores é obrigatória em termos de carreira – formação em exercíco. Se está ou não a ser bem realizada compete a um órgão do ME responsável por tal – O Conselho Tecinco Científica da Formação de Professores (Braga).
A nível de desempenho profissional, unicamente defendo como passível de ser avaliado a reflexão do profissional sobre o seu trabalho na forma de Auto Crítica ou Auto Reflexão. Uma Comissão de Professores (3 a 5) INFERE tempo como base a própria reflexão de cada professor. Este treino de inferência é relativa/ fácil de ser introduzido em 3/5 professores de cada escola. Refiro-me a uma Comissão na forma que existia no anterior modelo.
As chefias – direcção de escola e director regional validam outros aspectos (assiduidade, formação, desempenhos de outro serviço atribuído) e o DRE para homologação da avaliação/classificação.
Outubro 8, 2009 at 11:30 pm
“A avaliação do professor no contexto da sala de aula deverá ser exercido por um professor avaliador da mesma especialidade do avaliado.”
Desta vez, estou em total desacordo com o Pedro.
1º) Cada “sala de aula” (turma) é um contexto diferente.
2º) Quem é conhecedor do contexto da sua intervenção é o professor, NUNCA ninguém exterior a esse setting.
3º) Cada aula é uma aula diferente.
4º) Não existem professores “avaliados” e professores “avaliadores”. Existem professores.
5º) UM??? Livra, Pedro. Essa é mesmo um erro.
Etc.
Outubro 8, 2009 at 11:37 pm
Quando existe um caso tido como grave no exercício da profissão SEMPRE existiram fórmulas para intervir. Consignadas na Lei.
Era (é) um simples cumprimento da Lei.
Comecei a trabalhar substituindo uma professora que foi afastada de turma por denúncias dos pais de alunos. A inspecção agiu no momento e a professora afastada. Foi feito um inquérito para apuramento da situação. Creio que a professora não pode mais exercer a docência. Foi afastada.
Outubro 8, 2009 at 11:43 pm
O TPC do Pedro Castro está excelente. Só peca por querer funcionar numa estrutura inexistente, que nos atrevemos a chamar ECD.
Outubro 8, 2009 at 11:51 pm
ACABEM DE VEZ COM O INFERNO DAS AULAS DE SUBSTITUIÇÃO. É DE LOUCOS !!!!
Outubro 8, 2009 at 11:52 pm
E com as aulas de 90 minutos, idem.
Outubro 8, 2009 at 11:57 pm
# 90
Não existem “aulas” de substituição porque os professores que substituem o professor ausente do serviço não é da mesma área disciplinar e nem é pago para substituir.
Outubro 9, 2009 at 12:06 am
Quanto aos cargos, foram atríbuidos aos adesivos do director, amigos, familiares e alguns passaram a ser tão bons que acumulam 2, 3 ou 4. Muitos deles sem qualquer respeito pelos pré-requisitos que estão nos RI.
Os avaliadores, além de formação em supervisão pedagógica, que deveria ser pelo menos um ano, pode ser que assim não houvesse tantos disponíveis para assumir a função, muitos que andaram a gritar pelas ruas, mas quando foram chamados, foi logo yes, yes,…muitos deles precisam urgentemente de formação/reciclagem em metodologias, pois a antiguidade não revela absolutamente nada, nem flexibilidade, nem abertura, nem disponilidade para mudar e reflectir. A avaliação dentro da escola, nunca será justa, deverá pelo menos haver uma pessoa externa, que talvés assumisse o maior poder de decisão, pois não há reconhecimento de mérito ou competências entre pares e se o havia, agora tentam por toda a gente a vestir o mesmo modelo tamanho unico, como se fazia aos alunos. Criando uma série de regras nas escolas, que deixa pouco espaço para se ser diferente, uniformizando critérios e planificações iguais e outras situações do genero, senão prepares as aulas com os colegas, então és penalizado, por não queres desenvolver trabalho colaborativo. Há uma série de coisas que podem ser definidas pela gestão e pedagogico que nos obrigam, entre aspas, a vestir o tal tamanho único, para que depois seja fácil avaliar tudo pela mesma bitola.
Com o desperdicio de horas que há este ano nas escolas, dava perfeitamente para diminuir o nº de alunos por turma e atribuir turmas aos professores, pois é para isso que estão na escola. A Ministra começou por cortar tudo o que era horas inuteis e acabou o mandato a dar tudo. Há mais horas do que algumas vez houve para a gestão, mas as portas continuam fechadas a maior parte do tempo, há horas para cargos e carguinhos e coisa nenhuma.
Há professores que nunca quiseram saber de cargos nas escolas e depois deste modelo correram para eles, impondo como a sua antiguidade ao abrigo da legislação em vigor, mas só agora claro, por causa da avaliação, antes nunca se importaram com isso.
O ano passado foram atribuídas horas aos avaliadores, que na verdade foram inuteis, pois os professores não pediram aulas assitidas, mas os avaliadores gozaram as horitas o ano todo. Era interessante saber o que foi feito de benéfico para as escolas nessas horas que lhe foram atribuídas e todas somadas em cada escola devem ser inúmeras, se analizarmos a horas atribuídas no pais todo a avaliadores que não avaliaram, então é um escandalo.
Outubro 9, 2009 at 12:19 am
Concordo, em muito, com o que o Pedro Castro propôs. Claro que os adeptos da avaliação castradora não concordam, porque querem qualquer coisa que passa pela promoção do seu umbigo (não, não é uma alfinetada ao PG). Gostava muito de conhecer a prática do Mat e c.ª limitada, porque muitos dos defensores dos modelos diferenciadores à paulada são dos piores profissionais da docência que conheço.
Outubro 9, 2009 at 12:29 am
Estou de acordo com a anahenriques em #86, 87 e 88.
Bem sei que precisamos de negociar, mas temos de o fazer defendendo algumas posições de princípio, com argumentos cogentes.
Insisto com a proposta que o Pedro Castro fez há uns tempos: se o problema é dinheiro, devemos mostrar-nos disponíveis para negociar uma moratória nas progressões, em favor do bem comum.
Mas arranjar modelos de avaliação que colidam com princípios básicos de bom senso, só porque a avaliação está na moda, não.
As perguntas que há a fazer, parece-me, são:
1) O que é que serve melhor a escola?
2) Antes de todo este disparate, tínhamos um modelo de avaliação. Em que é que ele falhou (ou não)?
3) É possível melhorá-lo?
4)Há modelos alternativos que, claramente, melhorem a escola?
Outubro 9, 2009 at 1:04 am
#53,
APACHE!
De acordo.
É como alguém dizia um dia destes, :”Parece que ficámos todos com uma MLR no cérebro”.
E é bem verdade. A manipulação, a demagogia, a hipocrisia vão entranhando. E depois este sentimento de culpa que se interioriza…se entranha na mente da gente.
Boa noite.
Outubro 9, 2009 at 1:24 am
Esclarecimento de algumas questões:
1) A minha proposta de avaliação tem como pano de fundo a Escola Democrática, onde todos os órgãos, incluindo os de gestão intermédia, são eleitos. Não podemos esquecer que no Umbigo a esmagadora maioria dos professores pugnou pelo total cumprimento do ECD, em especial, pugnou pelo cumprimento de uma norma que enaltece o modelo democrático de gestão de todos os órgãos, até mesmo os de gestão intermédia.
2) Nesse contexto elegemos como nossos representantes os colegas que, em princípio, pensamos serem os melhores para o desempenho de cargos.
Se elegermos como coordenador de departamento o colega que zelará pela avaliação pedagógica dos colegas que mal advirá ao mundo?
Numa escola democrática, em princípio, não elegemos “os melhores” ou será ingenuidade minha?
Neste contexto, repito, neste contexto, não me repugna mesmo nada em ser avaliado na componente técnico-pedagógica por um professor que mereceu a confiança dos seus pares. Não estou a falar, obviamente, que o avaliador seja um professor titular, estou simplesmente a referir-me a um professor avaliador democraticamente eleito pelos seus colegas que desempenhando o cargo de coordenador da área disciplinar exerça a função de avaliar os colegas. Não podemos dizer que queremos um MODELO DE ESCOLA DEMOCRÁTICA e depois venhamos a defender uma avaliação realizada por um elemento estranho à escola.
Ou falamos de democracia nas escolas quando somente nos convém para certas coisas e menos democracia para outras?
Se queremos um modelo democrático, então meus caros, os nossos avaliadores terão de ser forçosamente aqueles que escolhemos através do voto.
Senão mais vale caminhar no sentido da gestão exercida por directores profissionais e chefiada nos órgãos intermédios por professores devidamente habilitados pertencentes à escola ou pertencentes ao exterior.
3) O modelo de ADD que sugeri implica a extinção da divisão da carreira logo a revogação deste ECD.
4)Apresentei uma proposta no intuito de dar uma contribuição para a discussão, já que tudo indica que avaliação será uma realidade com que nos defrontaremos. Fomos todos ou quase todos “formatados” para aceitarmos a inevitabilidade de sermos avaliados, mesmo sabendo que existem países que não têm sistemas formais de avaliação. Os sindicatos defenderam a existência de uma avaliação, nas manifestações gritámos bem alto que não rejeitávamos a avaliação mas sim esta ADD. Logo está fora de questão a não existência em Portugal de um sistema de avaliação formal. Se de facto aceitamos uma avaliação formal então, de uma vez por todas, temos de apresentar alternativas. É só isto!
No entanto, se de facto não queremos uma avaliação formal, então passemos a discutir da necessidade ou não necessidade de uma avaliação formal. Com sinceridade, sem rodeios e sem complexos. Afinal até existem imensos países na Europa que não a têm, ou se a têm, esta muitas vezes traduz-se, numa auto-avaliação colectiva como no caso da Finlândia.
Já agora, ou assumimos que queremos uma ADD e então passamos a apresentar alternativas ou então assumimos que uma ADD é desnecessária e procuremos uma argumentação coerente e bem fundamentada para a sua não concretização.
Outubro 9, 2009 at 1:41 am
#95
“se o problema é dinheiro, devemos mostrar-nos disponíveis para negociar uma moratória nas progressões, em favor do bem comum.”
Estou em total desacordo, Teresa.
O problema não é querer poupar dinheiro, o problema é querer poupar dinheiro à custa dos “professorzecos”, porque no topo da carreira vão implementar um novo escalão. Além disso, há dinheiro para o TGV (que poupa 20 ou 30 minutos às viagens Lisboa-Porto); há dinheiro para um novo aeroporto de Lisboa (com a Portela a dar e sobrar para as encomendas); há dinheiro para distribuir Magalhães à borla por milhares de SASE (escalão A), que dias depois estão à venda na feira; há dinheiro para mandar abaixo escolas secundárias com 20 anos (em bom estado) que apenas precisavam de obras ao nível das instalações eléctricas; há dinheiro para gastar em despesas gigantescas, com gabinetes ministeriais (5 mil milhões de euros por ano); mas não há dinheiro para baixar as propinas do Superior, nem para pagar aos “zecos”, nem para muitas outras coisas para as quais não convém haver dinheiro. Para esse peditório, não contem comigo.
#64
“A minha grande dúvida é se é legal colocar nessa grelha itens que não vêm na legislação.” [Isa]
“Os modelos de impressos das fichas de avaliação e de auto-avaliação são aprovados por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação. [n.º 3 do artigo 44.º do ECD]
Se se refere a grelhas (de recolha de informação (rascunhos, se preferir)) que permitam posteriormente o preenchimento das “fichas de avaliação” publicadas em DR, a resposta é: não podem acrescentar deveres ou obrigações ou reduzir direitos legalmente estatuídos.
“Por exemplo no apoio prestado aos nossos alunos, o prof. só pode ter avaliação de Muito Bom se prestar apoio para além do seu horário lectivo.” [Isa]
Estes apoios têm de estar marcados no horário dos docentes, ou nos tempos de trabalho de escola (nos quais se incluem as reduções ao abrigo do Artigo 79.º) ou nos tempos remanescentes/supervenientes (resultantes da passagem das aulas de 50 min. para 45). Não podem, em caso algum, fazer parte das 10 (menos de 100 alunos) ou 11 (mais de 100 alunos) horas (no mínimo) que cada docente tem (no computo das 35) para trabalho individual.
Outubro 9, 2009 at 1:43 am
#93
Com o desperdicio de horas que há este ano nas escolas, dava perfeitamente para diminuir o nº de alunos por turma e atribuir turmas aos professores, pois é para isso que estão na escola. A Ministra começou por cortar tudo o que era horas inuteis e acabou o mandato a dar tudo. Há mais horas do que algumas vez houve para a gestão, mas as portas continuam fechadas a maior parte do tempo, há horas para cargos e carguinhos e coisa nenhuma.
Concordo. Aliás, se toda a porcaria (cargos, ACND, supervenientes, etc.) que enche os horários dos professores fosse extinta, chegávamos à conclusão 10% a 15% dos professores são excedentários.
Outubro 9, 2009 at 1:53 am
#93,
Que parvoíce! Que treta! Onde inventou essa história dos cargos terem sido atribuídos aos adesivados? Não há paciência para tanto disparate.
Começou a dar aulas esta semana? Os coordenadores foram eleitos pelos colegas com voto secreto. TODOS eles/as. Os outros cargos foram atribuídos a quem? Pense bem? Por acaso reparou bem nas horas que os Coordenadores perderam em Formações? Eles foram obrigados a ter formação. Onde andou o ano passado?
Muitas escolas nem tinham Director e as papeladas não começaram com D. Já vinham dos CE.anteriores.
Outubro 9, 2009 at 1:59 am
Acrescento que nem sou nem fui Coordenadora. Até tenho cargos a mais que me dão uma boa maquia ao fim do mês (estou a gozar). Os cargos só dão trabalho aos montes e nuita hora de papelada e grelhas e arrelias. Meta isso na sua cabecinha.
De certeza que há gente adesivada e que adora cargos. Não generalizemos.
Outubro 9, 2009 at 1:59 am
#95
Como se viu, o problema não era dinheiro.
E há quantos anos estamos a ser sacrificados em nome do bem comum? E o que resultou desse sacrifício? O que é que melhorou efectivamente neste país? O sistema de Saúde? A justiça? O BPN? O Joe Berardo?
Outubro 9, 2009 at 2:00 am
#99,
Concordo mas ainda bem que não há redução. O desemprego disparava.
Outubro 9, 2009 at 2:07 am
# 93 e 99
Meu Deus, tanto recalcamento e ressabiamento! Suas excelências não consideram que é necessário haver horas para o Desporto Escolar, os Clubes escolares, as coordenações, os apoios educativos, etc.?
Antes desta ministra chegar, cheguei a entrar na escola às 9h da manhã e sair às 11 da noite em épocas de avaliação e, comigo, outros colegas. E fizemo-lo sem recriminações; aproveitávamos para uma lancharada ou jantarada rápida e voltávamos para retomar a implementação / acompanhamento do projecto A, B ou C ou auxiliar o colega X. Hoje, «no way, Joselito.»
De igual forma, quando estive à frente do Clube de Teatro, há cinco ou seis anos, fi-lo com uma hora de redução da componente lectiva. Além disso, quando se aproximavam os momentos de representações, ficava com os miúdos até às dez, onze horas. Mais: como isto sucedia em horário pós-laboral, pegava no meu carrinho e ia distribuí-los pelas aldeias, sem ajudas de custo obviamente. Saía tudo do meu bolso e fi-lo com muito prazer. Desde então, passei a bola a outros, porque me mataram a alegria de estar na escola. Obrigado a todos os cretinos que para tal contribuíram, começando pelos inomeáveis!
Outubro 9, 2009 at 2:07 am
#97
1), 2) e 3), Pedro, percebeu-se que estavas a falar de avaliadores eleitos, mas essa não é a questão. Estás a querer validar, por via da votação democrática, um modelo com o qual discordo (e pelo que aqui foi dito, outros colegas também). Claro que se todos se abstivessem nessa votação (ou votassem nulo) não haveria avaliador, mas bem sabemos que (na generalidade dos casso) isso não acontecia. [O que propões (pese o exagero) é algo como: – você vai levar um murro e eu até podia nomear o agressor, mas vou deixar que seja você a elegê-lo].
Antes de votar em quem vai avaliar temos de decidir o que se vai avaliar; que credibilidade tem essa avaliação; que utilidade tem; se é justa; se os custos são aceitáveis face aos benefícios, etc.
4) “Apresentei uma proposta no intuito de dar uma contribuição para a discussão.” Óptimo, está a resultar.
“nas manifestações gritámos bem alto que não rejeitávamos a avaliação.” Eu não. A maioria (julgo que) estaria a pensar num modelo de auto-avaliação (idêntico ao anterior), ou num essencialmente formativo. [Volto às metáforas: se um idiota qualquer der um pontapé na parede do meu prédio, como não tem consequências, não vale a chatice, mas se o der, no vidro da porta e o partir, então, ou aceita pagá-lo ou vamos mesmo ter chatice.]
Outubro 9, 2009 at 2:10 am
#99 e #103
Não percebo essa conclusão.
Eu, por exemplo, não fosse este trio infernal, teria menos 4 horas de componente lectiva do que tenho. Por idade e por redução do secundário.
Os representantes de grupo têm reduções na componente lectiva? Não. Mas tinham.
Não percebo como é que seriam necessários menos professores…
Outubro 9, 2009 at 2:11 am
#97,
Já li a sua proposta. Concordo com o comentário do Mauricio. Força.
Já é muito tarde e amanhã há aulas.
Outubro 9, 2009 at 9:29 am
Sou a última a comentar este post, para afirmar o seguinte.
1- Parabéns ao Pedro Castro por apresetar uma proposta positiva com uma atitude que nada tem a ver com o bota-abaixo, a crítica sem sentido e o negativismo de muitos que aqui passam.
2- Verifico que há muitos pontos de aproximação ao modelo actual:
a) aceita aulas assistidas, b) avaliação inter-pares do mesmo ramo científico, c) avaliação que vai além da mera actividade lectiva, outras dimensões…
3-) Ligeiras diferenças de pormenor poderáo ser equacionadas e negociadas pela antiga equipa ou pela mesma futura(?).
4- Prova-se assim que bem andou o governo e Maria de Lurdes Rodrigues em colocar na agenda a avaliação dos professores e conseguiu a vitória de se poder afirmar, neste caso sim, que JAMÉ a ADD será a mesma!!!
Outubro 9, 2009 at 9:45 am
Será que a Maria Campos é a Milú, que com a ajuda de assessores já sabe colocar posts aqui???
Não posso dar parabéns às propostas que aqui se estão a discutir, pelas mesmas razões que Maria Campos se mostra tão enternecida.
Outubro 9, 2009 at 9:48 am
#108
Bem dispostinha hoje?
E para a farsa das aulas de substituição, não vai nada, nada, nada?
E para as aulas de 90 minutos, não vai nada, nada, nada?
E para o Estatuto Caucionador da Indisciplina dos Alunos, não vai nada, nada, nada?
E para a farsa dos CEF’s, não vai nada, nada, nada?
E para o farol da Finlândia, não vai nada, nada, nada?
E para a exclusão de MLR do próximo governo, não vai nada, nada, nada?
Jamais é uma palavra muito forte. Mas serão necessários muitos anos para reparar todos os estragos.
Outubro 9, 2009 at 10:02 am
#110 António

Outubro 9, 2009 at 10:29 am
Proposta: esquema da progressão em carreira única, contada a partir do momento em que o professor lecciona (antes e depois da profissionalização).
Escalão 1 – 3 anos
Escalão 2 – 3 anos
Escalão 3 – 3 anos
Escalão 4 – 3 anos
Escalão 5 – 3 anos
Escalão 6 – 3 anos
Escalão 7 – 3 anos
Escalão 8 – 3 anos
Escalão 9 – 3 anos
Escalão 10- 3 anos (apresentação de prova pública, para passagem ao 11º)
Escalão 11- índice 370(topo da carreira)
Diferenças salariais de escalão para escalão, equivalentes.
Outubro 9, 2009 at 10:32 am
Esquema de progressão baseado na proposta do Pedro Casto.
Outubro 9, 2009 at 10:48 am
Há um aspecto na proposta de Pedro Castro que me parece desnecessária. A parte em que se permite adicionar pontuações resultantes da observação da sua actividade com pontos resultantes da assiduidade. É um pouco como somar peças de fruta com tubérculos.
Outubro 9, 2009 at 11:00 am
#104
De facto, há muito ressabiamento, recalcamento, inveja, desconfiança, etc., etc., etc.. É complicado este grupo profissional. Subscrevo o agradecimento final. Agora, trata-se de cumprir o horário e nada mais. Se querem assim…assim têm.
Outubro 9, 2009 at 11:16 am
#110
António Ferrão,
Trocaste-lhe o género. Ou não. 😉
#105 Apache
1) “Estás a querer validar, por via da votação democrática, um modelo com o qual discordo (e pelo que aqui foi dito, outros colegas também).” – subscrevo isto.
2) Tal subscrevo outras objecções sérias que foram colocadas. Por ex., quase no início da discussão pelo António Duarte em #11 e por outros comentadores (o Rolando Almeida em #51, coloca de outro modo a questão; e depois outros comentadores voltam a levantar objecções relevantes).
#97 Pedro,
1) O teu trabalho tem a seguinte virtude: contribui claramente para uma saudável discussão MAS, tanto quanto me apercebo, não responde à questão crucial, a partir da qual todas as outras se devem colocar. Esta (está em #73): Para que deve servir a escola?
(E já parto do pressuposto, plausível, de que sirva para alguma coisa).
2) Sei que responder a essa questão implica recuar até à discussão de uma espécie de um (ou mais do que um) “axioma”. Mas sem isso, acho que corremos um tremendo risco: falhamos o alvo crucial: melhorar o ensino e a aprendizagem dos nossos alunos (falo como pai e como professor).
3) Sei que objectar é, por vezes, uma posição cómoda. Não o tentei fazer por uma questão de comodidade, mas por uma questão de rigor. Agora tenho que ver se tenho tempo – e não tenho neste momento 😦 – para elaborar uma proposta alternativa, para ser posta a discussão, caso se considere isso pertinente e, consequentemente, seja alvo de crítica e melhoramento ou até refutada a tal ponto que a deixe cair. E se o fizer (já o fiz há tempo, mas a coisa tem de ser revista) não irá ser nada de novo, mas apenas algo de restruturado a partir de ideias de outros (e uma ou outra “minha”) e, talvez, tentando conjugar alguns aspectos de possíveis modelos da autoria de outros.
Outubro 9, 2009 at 11:22 am
#116 Leia-se,
Esta (está em #76): Para que deve servir a escola? (erradamente tinha escrito #73)
#112 Rosa Medina,
Tenta começar a discussão a partir dessa pergunta, caso a consideres relevante.
Tenho de ir. Abraço.
Outubro 9, 2009 at 11:24 am
#116
Há para ali mais gralhas e omissões linguísticas, pelo menos…
Fui mesmo.
Outubro 9, 2009 at 12:19 pm
#116 João Paulo Maia
Género? Qual género? É incógnito!
Como ponto de partida para a tua reflexão, proponho esta citação de Vitor Hugo:
Celui qui ouvre une porte d’école, ferme une prison.
Se gostas mais das analogias somáticas, põe a escola no sistema imunitário, as a sua ausência nas infecções bacteriológicas secundárias.
Outubro 9, 2009 at 1:26 pm
Quando li a proposta do Pedro, pensei: Maria de Lurdes venceu! Conseguiu fazer passar a mensagem dos avaliadores e dos avaliados! Lá está, uma coisa dita muitas vezes acaba por se impor como “digna de crédito”. O comentário de Maria Campos acerca do assunto deu-me razão: a proposta do Pedro segue a lógica milusiana! Eu sou totalmente contra tal lógica! Concordo com a REB, 55 e estou sempre de acordo com a ANA HENRIQUES. E sou totalmente contra as aulas avaliadas por pares! E isto vem de alguém que dá quase sempre aulas à noite, de porta aberta! Dada a especificidade dos antigos cursos SEUC, habituei-me a dar aulas com a porta aberta! Não tenho nada a esconder! Agora, recuso espectáculo para avaliador ver. Se bem me lembro do estágio, havia colegas que ensaiavam as aulas assistidas com os alunos e forneciam-lhes um guião. Eu nunca ensaiei nada! Cumpria o que havia a cumprir e dava a minha aula calmamente. Esse tempo passou. Agora sou professora, ou seja, sou qualificada para dar aulas! Esta esquizofrenia avaliativa causa-me vómitos. Como formadora de RVCC, fiquei a saber que as empresas de pizas têm metas do género, este mês venderam-se x pizzas com x ingredientes, no próximo mês, há que vender mais x pizzas, de tamanho superior e com mais ingredientes. Bem, a escola cada vez mais se parece se parece com uma pizzaria. QUE PENA!!
Outubro 9, 2009 at 2:25 pm
Certamente por inadvertência, as medidas de urgência que realmente interessam para se retomar um rumo digno da palavra ensino estão a ser preteridas a favor de uma discussão secundária. Mas sem condições para que o trabalho em aula produza alunos preparados para enfrentar exames não “martelados”, que interessa o desempenho dos professores. O excesso eduquês do aluno-centrismo da escola, resultou num despodurado professor-centrismo. Vale bem saber se o condutor será Michael Chumaker ou Nelson Piquet, se o carro estiver com o motor gripado. Nem que fossem todos professores catedráticos, diz, e muito bem, Medina Carreira. O resultado seria igual.
Não se combatem caciques condescendendo com a sua lógica. É preciso neutralizar a sua acção (feito, quanto à anterior equipa) e depois destruindo os fundamentos da argumentação orientada para tirar dividendos de muitas formas de medo. É o que tem procurado fazer Ana Henriques, que daqui felicito.
Outubro 9, 2009 at 2:58 pm
Pedro Castro, pela 1ª vez tens a Maria Campos de acordo contigo. 🙂 🙂
Vamos lá esmiuçar um bocadinho isto. 🙂
Todos rejeitámos este modelo de ADD, porquê?
O que levou tantas pessoas a manifestarem-se pelas ruas, tantas escolas a redigirem moções de protesto?
Está em causa uma avaliação, qualquer que ela seja?
Não me parece. Anteriormente, havia um outro modelo de avaliação e não penso que alguma vez tenha sido contestado.
Tudo isto começou com o concurso para titular, completamente ilegal, mas que deixámos passar pq não andávamos bem informados.
Ninguém se lembrou que esse concurso iria colocar uns professores a avaliar outros.
Qdo isso foi regulamentado, caiu-nos tudo em cima.
O que é isto? A colega x vai avaliar as colegas y e z. Como? Que formação tem?
Os avaliadores andavam em pânico e só sossegaram qdo saiu o simplex e a maioria dos avaliados não requereram aulas assistidas. Se tivesse ido para a frente, tinha sido o caos nas escolas e julgo que nunca teria sido possível aplicar tal medida.
Falas de coordenadores eleitos. Foram eleitos para coordenar o trablaho da disciplina, em equipa, como sempre se fez, com trocas de materiais e experiências. Não foram eleitos para avaliar os colegas. Não têm essa competência no seu currículo.
Tout court!
Qto à eleição dos coordenadores nas reuniões de disciplina, posso contar-te, por exemplo, como foi a minha eleição.
Reunião do grupo de línguas. A coordenadora demissionária avisou que não queria ficar mais tempo. Quem se oferece? Umas disseram que tinham de dar assistência aos filhos, outras à mãe, umas tinham a sogra doente em casa delas. Chega a minha vez. Eu disse que não tinha nada a alegar, mas que não gostava desses cargos.
Fui eleita por unanimidade. 🙂
Ao fim de 3 anos, cumprida a minha função, nova eleição. Ficou a colega que faltava, do grupo das efectivas.
Entretanto, sai o ECD, concurso, passou a titular. 🙂 🙂
Outubro 9, 2009 at 3:11 pm
É muito fácil criticar; mais difícil é construir. (Espero nunca vir a dar razão à Milu.) Mas parece-me que haverá por aqui muita gente preocupada com o seu umbigo e menos preocupada em apresentar uma contra-proposta em termos do ECD. É natural, pois muitos falam de barriga cheia, isto é, já ganham uns troquinhos e só ficarão prejudicados em termos de aposentação. Esses estão nas tintas para muita coisa, só lhes interessará continuarem a dar as suas aulinhas da maneira que ficarem menos incomodados e cansados. Uma grande parte dos problemas da escola de hoje agravou-se com a imposição desta monstruosidade a que se dá o nome de ECD. Indisciplina, estatuto do aluno, perda de autoridade e prestígio perante a opinião pública, aulas de 90 minutos, aulas de substituição, demasiado tempo nas escolas, muitas vezes, com pouca rentabilidade, novo modelo de gestão, etc. etc… Desculpem-me a sinceridade, mas, sendo muito difícil agradar a gregos e a troianos, urge apresentar qualquer coisa de consistente, relativamente ao ECD; caso contrário, a possibilidade que se nos abre é a de os partidos no Parlamento procederem efectivamente à suspensão deste ECD, ficando, imediatamente de seguida, um vazio por preencher. Isto significa que ficaremos mais felizes, pela abolição do actual estatuto, pela possibilidade de uma carreira única, de professores, mas continuaremos “congelados”. Urge, pois, o empenho na apresentação de alternativas. Sejamos construtivos.
Outubro 9, 2009 at 3:46 pm
# 97
Pedro Castro
ESTOU EM TOTAL DESACORDO COM O QUE PROPÕES.
“Esclarecimento de algumas questões:
1) A minha proposta de avaliação tem como pano de fundo a Escola Democrática, onde todos os órgãos, incluindo os de gestão intermédia, são eleitos. Não podemos esquecer que no Umbigo a esmagadora maioria dos professores pugnou pelo total cumprimento do ECD, em especial, pugnou pelo cumprimento de uma norma que enaltece o modelo democrático de gestão de todos os órgãos, até mesmo os de gestão intermédia.
GESTÃO INTERMÉDIA???????????????????????
Enlouqueceste??????????????
ONDE E PARA QUÊ UMA GESTÃO “INTERMÉDIA”, eleita ou não, se tudo MAS TUDO dentro de uma escola é INERENTE Á PROFISSÃO DOCENTE, todos somos OBRIGADOS A EXERCER coordenações de trabalho!!!!!
É O MAIOR dISPaRATE – TOTAL DISPARATE. Quer seja por eleição ou não.
NÃO HÀ LUGAR A nENHUMa ESTRUTURA DE PODER INTERMÉDIO NUMA ESCOLA. Rebenta totalmente com uma escola, como se está a verificar, se se introduzir na escola um MODELO DE ORGANIZAÇÃO DE “BUROCRACIA MECANICISTA”.
Admito. Não esperava tamanha “calinada” vinda de ti.
“2) Nesse contexto elegemos como nossos representantes os colegas que, em princípio, pensamos serem os melhores para o desempenho de cargos.
Se elegermos como coordenador de departamento o colega que zelará pela avaliação pedagógica dos colegas que mal advirá ao mundo?
CARGOS????????????????? CARGOS????????????
Numa escola ????????????????????????
CÉUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Outubro 9, 2009 at 4:02 pm
A única diferenciação HIERARQUICA numa organização como uma escola é entre professores e gestão.
NADA MAIS é passível de ter conteúdo funcional, totalmente diferenciado da função docente, que permita criar um outro patamar hierárquico. NADA. É TOTALMENTE ARTIFICIAL e, logo, provoca percas significativas de eficiência e eficácia organizacional. Úma mudança ou reestruturação organizacional serve propósitos de eficiência e eficácia, certo? Melhorias nos resultados, certo?
´
Pois. O que propões (como se está já a verificar!) são PERCAS CONSIDERÁVEIS …
Aliás, o Apache tem toda a razão quando afirma … “Estás a querer validar, por via da votação democrática, um modelo com o qual discordo (e pelo que aqui foi dito, outros colegas também).” – 105
Outubro 9, 2009 at 4:17 pm
Julgo que em breve o Paulo irá postar a minha proposta de Avaliação de Desempenho. Entretanto, se alguém a quiser conhecer para poder dizer mal mais preparadadmente, pode seguir este link:
http://matavaliaodeprofessores.blogspot.com/
p.s. agradecia que os comentários que tenham que fazer o façam aqui
Outubro 9, 2009 at 4:39 pm
Quotas? Hum…
Para quê então insistir na ideia de premiar o mérito?
Em que ficamos? Falamos de alhos, ou de bugalhos?
Outubro 9, 2009 at 4:56 pm
António,
Como sabe a não existência de quotas, numa avaliação inter-professores, impossibilita qualquer diferenciação do mérito.
Digamos que é um mal necessário… e utilizado em vários sistemas públicos de avaliação.
Outubro 9, 2009 at 5:35 pm
# 128
Imbecilidade!
Outubro 9, 2009 at 5:38 pm
#129
Olhe que não, olhe que não.
Outubro 9, 2009 at 5:55 pm
Caro MAT
Não leve estas divergências à laia de questões pessoais. Prometo fazer um esforço para seguir a sua linha de raciocínio.
Nada tenho contra as quotas, desde que o resto do texto contemple todas as suas consequências.
Por exemplo, a referência a premiar o mérito deve ser abolida.
A sua última frase deve ser corrigida para:
Como sabe a existência de quotas, numa avaliação inter-professores, impossibilita qualquer diferenciação do mérito.
O facto de ser utilizado em vários sistemas públicos advém da mercantilização progressiva dos serviços públicos. Originalmente, o sistema de quotas é das grandes empresas multinacionais privadas. Um professor de Matemática não deveria extrapolar propriedades mecanicamente, sem se dar ao trabalho de fundamentar o seu acordo.
Outubro 9, 2009 at 6:04 pm
#131
António,
Leu?
http://matavaliaodeprofessores.blogspot.com/
E a única coisa que tem a dizer é sobre quotas nas classificações?
Outubro 9, 2009 at 6:13 pm
Confesso que tb não compreendi bem esta proposta do Pedro, com quem costumo estar de acordo em muitas coisas.
Concordo com a Ana: a única gestão é a do órgão de gestão da escola que é responsável pela nossa distribuição de serviço e por tudo o que se passa ao longo de cada ano lectivo.
Entendo que a estrutura da escola esteja “fora de moda”. Numa sociedade altamente competitiva, num esquema de produção por objectivos e avaliação dos funcionários, esta organização ( própria de um país que viveu uma revolução há poucas´décadas) deve colidir com a mentalidade de quem nos governa e sofre pressões do mundo “actual”.
Anteriormente havia o curso e a profissionalização. Todos os docentes estavam aptos para ensinar depois da sua profissionalização.
Actualmente, há situações diferentes: os professores formados pelas ESEs frequentaram um curso de 4 anos com “estágio” integrado que, segundo os próprios me disseram, não era nada. Muitas vezes, apenas assistiam às aulas dos tutelares da turma ( a maioria fez estágio no 1º ciclo).
Poderia pensar que foi para estes que foi criado este modelo de avaliação, se pensasse que a preocupação dos governantes era com a qualidade do ensino. Se assim fosse, em vez de apenas avaliados, estes jovens professores deveriam ser formados pelos mais experientes.
Até agora, o cargo de coordenador nada teve de gestor. É um cargo de coordenação pedagógica, ainda partilhado com os colegas do grupo.
Isso torna-o um potencial avaliador?
Até poderia ser se a estrutura da escola fosse outra; se fosse um cargo para o qual se concorre depois de formação especializada para o desempenhar e para avaliar colegas de outro “posto”.
Mas não é!
Se querem que venha a ser, terão de gastar dinheiro a formar esses quadros.
Ora, este governo não quer gastar dinheiro, quer desenrascar as coisas com a prata da casa…
E isto só pode criar conflitos pq todos, excepto as meninas acabadas de chegar das ESEs, sabem que os coordenadores têm a mesma formação, o mesmo percurso que os colegas do lado.
Outubro 9, 2009 at 6:17 pm
#123, Rosa Henriques, todos os problemas da escola que refere têm sido muitas vezes debatidos aqui no Umbigo. Este post é sobre avaliação docente.
Apesar de concordar que temos de reivindicar muitas outras coisas, enqto esta questão do estatuto e da avaliação não estiver resolvida, é difícil partir, em força, para as outras.
É por isso que acho urgente que cheguemos a um patamaR de entendimento.
Que é feito do tal modelo de avaliação do privado?
Pode ou não servir-nos de base?
E o da Fenprof? E o da FNE?
Outubro 9, 2009 at 6:24 pm
#132,Mat, esclareça-me estes pontos, por favor:
1. Quem dá formação ao professor avaliador/ coordenador?
2. Qto tempo deverá durar essa formação? ( espero que não esteja a referir-se aos cursecos que o ME deu, ao longo do ano lectivo passado).
3. Por quem é constituido o COnselho Avaliador? Há um por escola ou é comum a várias escolas?
Outubro 9, 2009 at 6:31 pm
#132
MAT
Como quereria que tivesse descoberto o seu acordo com as quotas, se não tivesse lido o seu texto. Sou adivinho?
Levantei a questão das quotas porque até me estava a dar certo prazer a leitura, quando tropecei nessa inconsistência interna do documento, imprópria de um professor de Matemática.
Se não pretendemos que um princípio seja aplicado, mais vale não o proclamar, ou não concorda?
Outubro 9, 2009 at 6:39 pm
# 132
1. e 2. Como deve perceber, para implementar um processo de avaliação serão sempre necessárias disposições transitórias. Assim, numa primeira fase, devem ser feitas formações sob orientação do Ministério de Educação (curta duração e muito semelhantes às que já foram feitas) e, numa segunda fase, devem ser feitos protocolos com universidades (ou outras entidades reconhecidamente competentes) para promoverem formações/pós-graduações/especializações nessas áreas (por exemplo e-learning, seria uma boa solução…).
3. O Conselho de Avaliadores deve ser formado por todos os avaliadores da escola.(existe um por escola).
p.s. Possivelmente haverá melhor respostas do que estas…
Outubro 9, 2009 at 6:40 pm
#135
comentário #137
Outubro 9, 2009 at 6:45 pm
# 136
António,
não sou da sua opinião. Acho muito sinceramente que as quotas nas classificações são um mal necessário para que a avaliação se torne credível.
Não seja fundamentalista e perceba o outro lada da questão…
Outubro 9, 2009 at 6:50 pm
#137, estou esclarecida.
As formações que o ME proporcionou foram uma verdadeira palhaçada. Os formadores nem sabiam o que ali estavam a fazer.
Frequentei uma ( para avaliados) e acabámos a falar de avaliação dos nossos alunos pq a senhora não fazia ideia nenhuma sobre avaliação docente.
Aliás, sempre achei escandaloso o dinheiro gasto com estas acções feitas à pressa, só para não dizer que não davam “formação” aos avaliadores, a um universo tão grande de professores.
Desculpe mas eu exijo qualidade!
Tal como exijo de mim mesma, tal como exijo dos meus alunos…
Outubro 9, 2009 at 6:58 pm
#122 Reb
1)Como sabes eu não sou um fanático pela ADD. Eu fiz parte da equipa do Projecto Coménius da minha escola que trabalhou numa rubrica de intercâmbios de experiências entre órgãos de gestão entre países da União Europeia.
2) O meu conhecimento sobre a avaliação de desempenho dos professores na Europa decorreu integrado nesse projecto, durante um período que decorreu entre 1999 a 2008. Mesmo após ter deixado o cargo de PCE em 2005 continuei a participar nesse projecto.
3)Foram realizados, no âmbito acima referido, intercâmbios entre a minha Escola e escolas dos seguintes países europeus: Áustria, Espanha, França, Bélgica, Holanda, Finlândia, Reino Unido(Inglaterra), Reino Unido (Escácia), Chipre, Luxemburgo, Irlanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Letónia, Estónia, Lituânia, Eslovénia, Itália, Alemanha, Itália, Roménia, Malta, Grécia e República Checa, Eslováquia, Polónia e Hungria. (estive a fazer uma revisão de todos os intercâmbios e parece-me que não me esqueci de nenhum País).
4) Num dos encontros, realizado em 2004 na Holanda, foram convidados directores de duas Escolas dos Estados Unidos pertencentes aos estados do Kentucky e do Estado do Alabama.
5) Dentro deste projecto os coordenadores dos encontros (meetings), em regime de rotatividade, foram sempre exercidos por um núcleo de escolas dos seguintes países: Suécia, Finlândia, Dinamarca, Holanda, Alemanha e Portugal.
6) Em todos esse encontros (headteachers, principals, directors, etc) foram abordados problemas relacionados com a organização escolar e curricular, avaliação de sistemas de ensino, avaliação interna e externa de escolas e avaliação de professores.
7) Entre os países que não têm um sistema de avaliação de carácter geral contam-se: Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Reino Unido (Escócia), Suécia, Eslováquia, Hungria e Letónia. O que existe nestes países baseia-se praticamente num relatório não formal enviado pelo professor ao Director ou ao seu imediato responsável onde, relata o trabalho efectuado ao longo do ano, enumera as dificuldades encontradas, sugere estratégias para o ano lectivo seguinte. No caso particular da Finlândia cada professor faz um relatório do trabalho desenvolvido durante o ano ao seu responsável imediato, este, entretanto, realiza uma reunião de trabalho com os colegas onde faz um balanço do trabalho prestado e elabora de seguida um relatório síntese da equipa de trabalho. Em seguida esse responsável de departamento (ciclo de ensino) reúne com outros responsáveis de outros departamentos e com o director onde realizam uma auto-avaliação. O relatório de auto-avaliação da escola é feito pelo director coadjuvado por uma equipa e daquilo que me apercebi é um documento que goza de grande credibilidade por parte da comunidade educativa. A Holanda cometeu, nos anos 90, a loucura de avaliar professores “à grelha”, mas depressa arrepiou caminho, pois a debandada dos professores foi enorme e além disso veio a verificar-se que a qualidade de ensino tinha piorado. Praticamente nesta década a Holanda não tem uma avaliação formal de docentes. Nestes países a carreira está divida em vários escalões que variavam entre 3 a 5/6 no máximo. No fundo todos progrediam na carreira em resultado da antiguidade. NA GENERALIDADE DESTES PAÍSES FUNCIONA O SEGUINTE PRINCÍPIO: TODO O PROFESSOR DEPOIS DE DEVIDAMENTE HABILITADO É CONSIDERADO BOM ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO. Mas atenção, nestes países, em especial nos países nórdicos, O TRABALHO DE EQUIPA É UMA MARCA FUNDAMENTAL. Caso curioso a Itália foi onde encontrei um funcionamento mais individualista da classe docente.
8) Pelo contrário, foi implementada uma avaliação formal do desempenho docente de nos seguintes países: Alemanha, Eslovénia, Estónia, França, Grécia, Lituânia, Malta, Polónia, Portugal, Espanha, Reino Unido (Inglaterra), República Checa e Roménia. No Reino Unido (Inglaterra) encontrei um sistema de avaliação instável onde durante vários anos imperaram as grelhas. Em Portugal e em Espanha o relatório crítico de avaliação era a prática habitual. Nos restantes países a avaliação era exercida pela observação directa de várias aulas, ou pelo responsável da área disciplinar, ou pelo Director (vi um Director na área da Literatura a observar uma aula de um professor de Matemática na Roménia), ou ainda por um avaliador externo (inspector se bem me recordo em quase todos os países). Na Alemanha achei a avaliação caricata pois disseram-me que a assistência às aulas do inspector, por vezes, não demorava mais de 15 minutos. Imaginem tamanho sacrilégio! Se bem me lembro a avaliação era realizada por avaliador externo (sempre inspectores) em França, na Eslovénia, na Polónia e na Alemanha. Os inspectores avaliadores em conjunto com os directores eram os responsáveis pela notação da avaliação. DE FACTO FOI NO REINO UNIDO QUE ENCONTREI NA ESCOLA PÚBLICA UMA POLÍTICA INSTÁVEL EM RELAÇÃO AOS PROFESSORES.
9) Do Kentucky e do Estado do Alabama foi onde encontrei a avaliação mais grelhada. Embora a do Estado do Kentucky fosse de simples preenchimento pelo Director da escola, quando na altura o principal de uma escola de avaliação do Alabama apresentou a sua grelha de avaliação, TODA A GENTE SE ASSUSTOU. Foi de facto a primeira avaliação idiota que me apareceu, em tudo muito parecida com a avaliação chilena.
Como podes verificar Reb a avaliação feita por entidades externas são raras na Europa e segundo me disseram são dispendiosas.
DECLARAÇÃO: Esta minha impressão resulta de conversas que tive com os directores de escolas que participaram em “trocas de experiências” no âmbito do Coménius. No entanto.
CONCLUSÕES: Daquilo que observei destaco que na avaliação de professores na maioria dos diferentes países impera essencialmente a confiança do professor até prova em contrário. APRENDI TAMBÉM QUE O SUCESSO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS DOS PAÍSES MAIS A NORTE BASEIA-SE NO TRABALHO DE EQUIPA E NA TROCA DE EXPERIÊNCIAS. O INDIVIDUALISMO NA CARREIRA DOCENTE É INIMIGA DA QUALIDADE DE ENSINO.
Outubro 9, 2009 at 7:00 pm
#139
fundamentalista
credível
pois…
Nunca entendi a bondade do sistema de quotas, no contexto da avaliação. Bem sei que no privado as palavras adquirem facilmente semânticas flexíveis, ao sabor do poder, nem sempre facilmente partilhadas pelos subordinados. Por isso tento escrutinar a correcção formal.
O mérito será reconhecido em função das suas capacidades desenvolvidas pelo candidato face aos desafios colocados à sua profissão. Nada tem a ver com factores extrínsecos a este contexto. Se é para ser descartado por motivos não atribuíveis ao próprio candidato, naõ vale a pena invocá-lo. Diga-se simplesmente: não há dinheiro. Kaput.
Não considero que a inclusão da questão do mérito na sua proposta tivesse objectivos mistificadores. Apenas alerto que, tal como está, pode ser visto dessa maneiro. E volto a convidá-lo a retirar aquelas partes que estão lá só para enfeitar.
Outubro 9, 2009 at 7:01 pm
Mat diga-me um único país europeu onde a avaliação de professores tenha quotas…?
Talvez uma no máximo se existir…Então porquê aqui e agora?
Outra pergunta : acredita que se4 o topo de carreira fosse atingido aos 1500 euros estávamos aqui a tratar disto agora?
Acho lógico estabelecer quotas no secundário para os alunos que vão ter 18 , 19, e 20?…
E no Básico só 20 por cento de 5…?
Outubro 9, 2009 at 7:03 pm
#141
Retirar “No entanto” ufa está a mais.
Outubro 9, 2009 at 7:08 pm
Excelente análise Pedro…eu já aqui tinha postado os sistemas que imperam na grande parte dos países a Europa Ocidental…em nenhum existe algo tão kafkiano como aqui querem pôr…e a tua análise baseia-se em algo que os Mat, Justina, Kafkas, e afins nunca tiveram, ou seja observação e vivência com pessoas e instituições que operam nesses países….
P.S – acho muito suspeito o Blog do Mat..cheira-me a xuxa disfarçado a lançar o isco a ver o que se diz ..para mais tarde e baseado nisso fazer algo….
Os xuxas continentais se tivessem um mínimo de inteligência fariam uma jogada de antecipação…apresentavam uma nova versão deste modelo baseada na dos Açores como tu já aqui disseste…mas não acho que são suficientemente casmurros para andar com isto de arrasto durante dois anos e deixar rolar entretanto o simplex…
Outubro 9, 2009 at 7:09 pm
Numa altura em que os teóricos da
organização e gestão empresarial defendem cada vez mais a importância do envolvimento e participação criativa dos trabalhadores (encarados como actores “reflexivos”),
desconfiando dos que teimam em racionalizar e controlar os comportamentos no espaço do
trabalho sem ter em conta a pluralidade e riqueza das suas dimensões humanas, a obsessão “gestionária” do Governo no modo de conceber a actividade docente (actividade relacional por excelência) tem o seu quê de anacrónico – e pode vir a ter consequências muito negativas, se não forem revistas os seus fundamentos e modos de concretização.
Outubro 9, 2009 at 7:10 pm
#142
A questão das quotas nas classificações nada tem a a ver com dinheiro. Entenda isso. A classificação de Bom, para a qual não há quotas, garante a progressão tal como se fazia anteriormente. Aliás, o sistema de avaliação que proponho implica, em média, uma maior rapidez na progressão da carreira (e isso implica mais custos com salários).
#143
Não compare as avaliações dos alunos com as dos professores. Por favor, tenha respeito pela minha inteligência (por muito pouca que seja).
Outubro 9, 2009 at 7:12 pm
#141, Pedro, é óptimo que tenhas essa experiência e a partilhes connosco.
O que não viste, em nenhum país, foi um colega a avaliar outro, estando os dois ao mesmo nível.
Isso nem na Itália do berlusconi é possível. 🙂
Isso é tão absurdo que só mesmo os “portugas”, povo de brandos costumes conseguem engolir, comentando “É a vida. ” 🙂
Concordo absolutamente contigo nas considerações sobre trabalho individual/ trabalho colectivo.
Nesse aspecto, o reinado lurdinhas deu uma forte machadada, ao criar competições inúteis entre colegas e ao sobrecarregar-nos de trabalho burocrático.( o ano passado, a maioria das reuniões de grupo foram passadas a analisar decretos, despachos, circulares, etc.)
Outubro 9, 2009 at 7:13 pm
# 145
Xuxa? 🙂
Outubro 9, 2009 at 7:17 pm
#146, por cá, os cursos de gestão ainda não devem basear-se nos novos conceitos de gestão humanizada.
Ainda não perceberam que conseguem mais colaboração qdo ouvem e valorizam sugestões dos empregados.
Outubro 9, 2009 at 7:17 pm
Nunca interrompas o teu inimigo enquanto estiver a cometer um erro
Bonaparte, Napoleão
Outubro 9, 2009 at 7:18 pm
# 148 Reb
“Nos restantes países a avaliação era exercida pela observação directa de várias aulas, ou pelo responsável da área disciplinar, ou pelo Director (vi um Director na área da Literatura a observar uma aula de um professor de Matemática na Roménia), ou ainda por um avaliador externo (inspector se bem me recordo em quase todos os países)”.
Repara ” … responsável por área disciplinar…” ou seja colega. É certo que era um colega com um cargo.
Mas avaliadores externos de professores foram poucos.
Vi em quase todos os países avaliação externa de uma Escola. Excepto na Finlândia onde o professor é daquilo que observei, intocável. Professor na Finlândia “sofre” para entrar no sistema, mas tem um prestígio tão grande que o permite gozar de uma grande autonomia pedagógica.
Outubro 9, 2009 at 7:20 pm
Há tempos li uma experiência realizada numa empresa americana, em que os gestores aprovaram uma flexibilização de horário dos funcionários, permitindo-lhes faltar e compensar noutros dias, qdo precisassem, bem como outras “humanizações” do local de trabalho e os resultados foram uma maior e melhor produção.
Outubro 9, 2009 at 7:21 pm
Devemos tratar a sociedade como uma criança e não consentir que ela nos dite leis» Emerson
Outubro 9, 2009 at 7:23 pm
Não compare a avaliação dos alunos com a dos professores? Mas ela não era para entar na avaliação dos professores?..
E não +e bom os alunos acostumarem-se já ao hábito de haver quotas para avaliar?
Outubro 9, 2009 at 7:24 pm
#152, Pedro, haveria que saber como é que esse colega chegou a “responsável da disciplina”.
Por cá tb havia orientadores de estágio que eram colegas. Mas estavam inseridos num grupo de formação e trabalho.
O que eu não aceito são avaliadores totalmente indiferenciados dos avaliados.
Percebes?
Isso da Roménia não serve de modelo. 🙂
Deve ser por isso que temos por cá tantos romenos imigrados. Falham no sistema de ensino. 🙂
Outubro 9, 2009 at 7:29 pm
Reb – 133
“Entendo que a estrutura da escola esteja “fora de moda”.” O contrário, Reb!
A tendência na actualidade (com 3 décadas, pelo menos!) é esta …
“Numa altura em que os teóricos da
organização e gestão empresarial defendem cada vez mais a importância do envolvimento e participação criativa dos trabalhadores (encarados como actores “reflexivos”),
desconfiando dos que teimam em racionalizar e controlar os comportamentos no espaço do
trabalho sem ter em conta a pluralidade e riqueza das suas dimensões humanas, a obsessão “gestionária” do Governo no modo de conceber a actividade docente (actividade relacional por excelência) tem o seu quê de anacrónico – e pode vir a ter consequências muito negativas, se não forem revistas os seus fundamentos e modos de concretização.”
Outubro 9, 2009 at 7:29 pm
Será que3 esta também entrou nas quotas dos campos? É que nesses até os piolhos contavam…? meticulosos E PARANÓICOS EM RELAÇÃO A MÉTODOS DE AVALIAÇÃO..
Outubro 9, 2009 at 7:29 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/09/anne-frank-the-only-existing-film-images-uma-singela-homenagem-a-alguem-que-a-a-merece/
Outubro 9, 2009 at 7:32 pm
#157, Ana, por cá a “actualidade” costuma chegar com 50 anos de atraso.
Agora foi descoberta a pólvora dos objectivos, grelhas, powerpoints.
Andam deslumbrados com isto.
Aplica-se a tudo.
Outubro 9, 2009 at 7:38 pm
Os tipos de gestão de empresas ou de economia NÃO ESTÃO HABILITADOS A FALAR DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DAS ORGANIZAÇÕES, a menos que posteriormente se especializem na àrea da Psicossociologia das Organizações.
Outubro 9, 2009 at 7:41 pm
#124
CÉUSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
Ana, não me batas…
Eu apresentei uma proposta para darem sugestões.
Pega nela e, na parte da avaliação científico-pedagógica, apresenta uma contra-proposta.
Como não já disse não sou um fundamentalista da ADD.
Eu fui contra esta avaliação porque era impraticável tal era a burocracia que implicaria. Para não falhar nas grelhas, que num futuro muito próximo serão alvo do anedotário da classe docente.
Mas como tem
Outubro 9, 2009 at 7:42 pm
Reb – 160
“Agora foi descoberta a pólvora dos objectivos, grelhas, powerpoints.
Andam deslumbrados com isto.
Aplica-se a tudo.”
Nas empresas onde foi aplicado deu PÉSSIMOS resultados e foi ou está a ser totalmente abandonado, em todos os sectores empresariais.
No Ensino foi tentado aplicar na Holanda com resultados catastróficos (os professores foram bem enganados”) e no Reino Unido onde o descalabro é total.
Outubro 9, 2009 at 7:47 pm
# 162
Pedro,
Penta elencar as funções de uma “gestão intermédia” numa Escola e percebes o absurdo do teu comentário acima.
Outubro 9, 2009 at 7:48 pm
Tenta
Outubro 9, 2009 at 7:55 pm
Conceptualmente, as variáveis “poder” e “liderança” são dimensões totalmente distintas.
Direi grosso modo que a liderança é aceite pelo grupo onde se exerce e o poder é imposto coercivamente.
MLR utilizou em termos públicos constantemente a expressão “lideranças fortes”. Grave, sabendo esta, como “académica”, que estava a enganar as pessoas – o que ela devia ter dito era “poder forte”.
Outubro 9, 2009 at 8:04 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/09/beck-lost-cause-a-desta-avaliacao/
Outubro 9, 2009 at 8:04 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/09/liberdade-e-subjectividade-2/
Outubro 9, 2009 at 8:05 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/09/maxima-pena-short-film-para-os-que-acham-que-o-futebol-e-tudo-na-vida/
Outubro 9, 2009 at 8:05 pm
http://bulimunda.wordpress.com/2009/10/09/ninguem-espera-a-inquisicao-espanhola-pois-um-dia-destes-os-professores-fazem-o-mesmo-que-este-juiz/
Outubro 9, 2009 at 8:16 pm
Os programas e currículos no SNE são Nacionais. Todos os professores, nas diversas disciplinas, os têm que cumprir.
Então, do ponto de vista técnico-pedagógico, para que servem os departamentos?
Antes deste descalabro sinístrico, a legislação OBRIGAVA a uma reunião mensal de duas horas de “departamento”. Estas reuniões, pela minha experiência pessoal, poderiam ter sido todas substituídas por um “placard” …
NADA mudou no campo pedagógico nestes anos.
O que mudou nestes 3/4 anos foi termos CARRADAS DE GRELHAS/PAPEIS/LEGISLAÇÃO a mais para fazer/ler.
Os Departamentos curriculares são uma artificialidade, uma monstrusidade burocrática. O “carguio” de coordenador de departamento, neste contexto, serve o quê e para quê?
Outubro 9, 2009 at 8:25 pm
AS GRANDES “REUNIÕES” ONDE EFECTIVAMENTE OS PROFESSORES PORTUGUESES SEMPRE TROCARAM MATERIAIS E EXPERIÊNCIAS ENTRE SI FORAM SEMPRE NOS INTERVALOS DOS TEMPOS LECTIVOS, NOS ENCONTROS INFORMAIS DE CAFÉ OU OUTROS LOCAIS EXTRA MUROS, por afinidades pessoais e profissionais.
Quase sempre em que são “obrigados”, em formalismos e pode advir “vantagens ou inconvenientes”, sabemos o que acontece … Ou não?
…
Culturalmente, os professores não são diferentes dos outros portugueses. De todo.
E não há Lei “eslava” que resista à realidade da cultura latina e portuguesa.
Outubro 9, 2009 at 8:43 pm
Não o conheço, mas cada vez mais gosto de si, Pedro Castro.
A mim, a haver aulas observadas, também não me choca que tal seja efectivado por um par, desde que reconhecida a sua competência pelos colegas de grupo / departamento para tal tarefa.
Também não me choca que seja um inspector. Ainda há um ano e pouco tive uma inspectora numa aula de substituição durante meia hora e tudo OK. No final da «sindicância», anotou, junto do CE, os aspectos positivos e aqueles que seria necessário limar e… já está.
Outubro 9, 2009 at 8:54 pm
Ana Henriques #17 estou 195% de acordo consigo. A quantidade de trabalho inútil que nos pedem para fazer é uma afronta à paciência e à inteligência. Há tempos, um amigo meu que é professor numa universidade também estranhou a quantidade de reuniões de departamento e de grupo que nós somos obrigados a fazer, QUANDO OS CURRICULA DAS DISCIPLINAS JÁ ESTÃO DEFINIDOS PELO MINISTÉRIO. Ele na universidade, onde os curricula e os conteúdos das disciplinas são definidos localmente, têm muito menos reuniões de departamentos!!! Na nossa profissão há muitos burocratazitos que se sentem realizados a fazer reuniões e actas e a preencher papéis inúteis. Chiça!
Vou copiar o seu comentário, ampliá-lo e destribuí-lo pela sala de professores.
Outubro 9, 2009 at 8:55 pm
#171 !!!!!!!!!!!!!
Outubro 9, 2009 at 9:13 pm
# 174
CORRECTO. A departamentação faz todo o sentido nas Universidades porque os curricula e os conteúdos das disciplinas são definidos localmente.
Nos Ensinos Básico e Secundário a departamentação tal como existe é um artifício. Um placard da escola presta melhor serviço e poupam-se energias para as tarefas pedagógicas.
Outubro 9, 2009 at 9:32 pm
#174
Se na sua escola as reuniões de departamentos não serviram para nada na contestação de todo este novo “paradigma”, está bem. Na minha serviram para alguma coisa, pouco, mas melhor que nada.
Tem de haver momentos formais de reunião, a reunião no café ou no intervalo não agrada a todos e muitas vezes dá origem a clubes.
Há algumas (ou muitas) reuniões que são uma perda de tempo porque são mal presididas, e às vezes de propósito. Neste ano apercebi-me que a estratégia do presidente do pedagógico/executivo era “entulhar” a reunião com informações e assuntos sem importância, para que quando, chegados aos assuntos verdadeiramente importantes, as suas propostas serem mais facilmente aceites, por cansaço e desistência dos restantes membros.
Outubro 9, 2009 at 9:33 pm
O futuro da educação..e depois ainda dizem que o melhor que aconteceu foi o poder autárquico..pois…tá bem abelha..e ainda querem a regionalização…..pois..por outro lado acabava o desemprego e íamos a bancarrota mais rápido…
Hoje no Jornal:
Já há mais empresas municipais do que municípios» (JdN)
Sociedades locais aumentaram em 306 unidades nos últimos quatro anos
Outubro 9, 2009 at 9:34 pm
O comentário não era bem para a Prajnaparamita era mais para a Anahenriques, malditos números.
Outubro 9, 2009 at 9:34 pm
Li os posts, com atraso é certo, e só me resta dizer: avaliação pelos pares ?Não, obrigada.
Depois de Concurso, sem regras pedagógicas e éticas aceitáveis, que transformou em titulares uma série de pessoas com menos tempo de serviço, formação científica e experiência pedagógica muito inferior a muitos colegas, a avaliação tem que ser ponderada e analisada com muita seriedade e bom senso.Acrescente-se a continuidade e parasitação e a adesivagem dos que são directores e Adjuntos e o resultado vai ser uma salganhada de coisas esquisitas e nada boas.Não pretendo tirar o mérito a ninguém , mas o ano de avaliação, que termina em Dezº, deu para perceber o absurdo da mesma.No que se venha a fazer, se vier a ser feito…, já começo a desacreditar…, mas se for feito que se dê ouvidos aos professores e que não se cozinhem no ME o que lhes dá jeitinho.Esta avaliação, diz a experiência de todos, não tem “ponta por onde se lhe pegue”.Se não se partir do zero ou do quase 0, a guerra vai continuar, dentro e fora das escolas.E por experiência todos os colegas, excepto os adesivos, deveriam estar conscientes de tal facto. E quando se fala em mudança na avaliação, tem que se falar em mudança na gestão escolar e na estupidez das reformas dos docentes, algumas a prolongaram-se para além dos 70 anos, enquanto uma série de jovens estão no desemprego.E a prova de ingresso dos que são originários das Universidades, da área das Ciências da Educação ?Isso é para quê ? E o tempo de serviço congelado? Se não têm dinheiro, não o despediçassem em Magalhães e outras coisas, como Campanha eleitoral e o pagamento chorudo aos Directores e Vices, sem aulas e cheios de assessores que até parece que vivemos na Arábia. Os professores devem estar atentos e ser intervenientes, de contrário veremos quem fica lesado de novo .Mais, ainda, essa coisa dos professores fazerem formação, tudo bem, mas deslocarem-se mais de 1okm da sua residência ?…Haja bom senso
Outubro 9, 2009 at 9:41 pm
Vejam como se faz psicologia de choque na aula…
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Outubro 9, 2009 at 9:52 pm
# 177
Atenção. Sempre defendi e defendo reuniões de trabalho!!!
Outubro 9, 2009 at 10:57 pm
Ainda há trabalho? Onde?
Outubro 9, 2009 at 11:06 pm
#134, Reb
A avaliação de desempenho decorre do Estatuto, pelo que todas as alterações terão as correspondências respectivas.
Quanto ao post ser sobre avaliação, não tenho dúvidas. Não valerá a pena falar das conversas paralelas, algumas mesmo inconvenientes, que aparecem aqui nas caixas de comentários.
Outubro 10, 2009 at 11:08 am
# 97
Pedro Castro
Há um erro muito grave que detectei e que urge corrigir.
Como sabes os sistemas educativos dos vários países são diferentes quanto à concepção dos Currículos. Há países cujo Currículo é Nacional (como em Portugal) e há países que devido às suas características culturais optaram por currículos regionais/locais.
Nos casos de Currículo Nacional pouco ou nada há a mudar. Os professores conhecem os Programas Nacionais. Aplicam-os.
Nos casos de Currículo Regional/Local a concepção curricular (embora com algumas orientações nacionais) requer concepção curricular e os conteúdos das disciplinas são definidos localmente. Nestes últimos casos faz sentido a departamentação ou algo parecido e uma gestão de tipo intermédio nas escolas.
Nos casos de currículo nacional não faz. É um artifício organizacional quiçá “desejável” mas NUNCA pode ser de gestão intermédia.
Como existia anterior/, antes do sinistério, estava correcto – horas para quem transitoriamente tivesse essa tarefa mensal (2 horas), por troca com turmas.
Aliás, a gestão curricular regional/local em vários países está a dar de tal forma maus resultados que nesses países os sistemas educativos estão a retornar ao sistema de Currículo Nacional. A Suiça é um dos casos.
Outubro 10, 2009 at 3:44 pm
#141 Pedro,
Ainda não o referi. Faço-o agora: o teu comentário é muitíssimo útil.
#184 Rosa Henriques,
Peço desculpa de em #117 (pelo menos) lhe ter trocado o nome, reportando-me a #112. Escrevi “Rosa Medina” 😦
Outubro 13, 2009 at 12:52 pm
Concordo totalmente com a Ana Henriques. Já agora, sobre reuniões (essa praga pòs-moderna) li uma vez duas frases interessantes de alegados gurus da gestão(ah, já agora, eu não me deixo impressionar por gurus):
1- uma boa reunião não deve nunca demorar mais de 15 minutos.
2- não devia haver cadeiras nas salas de reuniões, estas deviam ser feitas de pé.
Digam lá se não é pertinente!
Junho 19, 2013 at 12:59 am
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