Há notícias de que começa a chegar às escolas por estes dias a segunda vaga de computadores, o que confirma a meta de 1 computador para cada 2 alunos para 2010 (http://www.escola.gov.pt/objectivos.asp).
Sabendo que não são portáteis mas sim computadores de secretária, tomando como referência que cada mesa é ocupada por 2 alunos, isso vai dar, a partir de 2010, 1 computador em cada mesa. Em todas as salas de aula!
E pergunto eu: como se vai gerir esta “coisa” monstruosa? Para além das questões técnicas (quadros eléctricos, tomadas eléctricas, cabos de rede pela sala, etc.), as questões de disciplina (utilização pelos alunos não autorizada, vandalismo, etc.), e também as questões pedagógicas. O que se vai fazer nas aulas com os computadores a estorvar o trabalho regular?
Definitivamente, as coisas só são feitas para a estatística, com a meta para 2010 de um rácio superior à média europeia.
Se ao menos tivessem aprendido alguma coisa com a experiência dos portáteis fornecidos às escolas ainda há poucos anos! Os portáteis têm a grande vantagem de não estorvarem quando não estão a ser utilizados e de poderem circular pelas salas, respondendo à procura. Um rácio de 1 portátil por cada 4 alunos era muito mais eficaz, mas nunca conseguiria o mesmo efeito “mediático” das estatísticas.
JF
Julho 22, 2009 at 10:51 pm
Paulo
Há coisas bastante piores.
E a pior de todas vai ser ter 100% das crianças irradiadas de manhã à noite com micro-ondas das redes sem fios.
Eu não ligava grande coisa a isso, até o meu organismo se ter tornado intolerante
à radiação electromagnética especialmente à maravilha do wireless, após o que a minha vida se tornou um suplício.
http://bioinitiative.org/
Julho 22, 2009 at 10:54 pm
Com o software que trazem instalado e respectiva política de utilização, podem ser úteis para os os dias frios (se ficarem ligados durante a noite sempre aquecem as salas).
Julho 22, 2009 at 10:54 pm
É o outro lado! Isto está tudo ligado. Acreditem…
Julho 22, 2009 at 11:03 pm
Ao pensar nos avanços que as novas tecnologias têm, quando olho para os computadores fixos já instalados não posso deixar de pensar num monta de sucata.
Entrtanto, gandas negócios!!
Julho 22, 2009 at 11:04 pm
E a radiação e o brilho dos quadros interactivos que se tornam bem agressivos quando a exposição é mais longa.
Os portáteis também são mais convenientes quando é feita uma ligação a um quadro interactivo porque permitem ver a imagem em simultâneo no monitor do computador e no quadro.
Por outro lado há actividades de aprendizagem interactiva mas que não estão desenvolvidos em Português. Penso que se deveria ter começado por desenvolver material para utilizar.
Há ainda um outro problema que tem a ver com a compatibilidade do serviço de internet. Ao que parece o que vem com os computadores do Plano Tecnológico é de pelo menos uma geração anterior ao que está em uso e há escolas que são obrigadas a fazer ajustes que custam…
Achei interessante que algumas turmas se confessaram fartas de excesso de Power-Points! E têm razão!…
Julho 22, 2009 at 11:04 pm
“estorvar o trabalho”!? Qual trabalho? Com os computadores isto vai ser uma reinação. E até 2013 acabam os manuais em papel. É tudo feito no computador. Até deixa de ser necesseario a deslocação à Casa- de -banho.
Julho 22, 2009 at 11:05 pm
É verdade. Ainda ontem chegaram mais do que o esperado à minha escola. Também vieram u ns quadros interactivos. O futuro está aí!
Julho 22, 2009 at 11:07 pm
Resta saber quem vai gerir a manutenção desse monstro!
E resta também saber para onde irá todo esse material(e dinheiro) informático quando as actuais tecnologias estiverem ultrapassadas.
Ensinem mas é as crianças a LER, ESCREVER E PENSAR, a INTERVIR, A ESTRUTURAR O PENSAMENTO e A SEREM RECONHECIDAS PELO ESFORÇO E EMPENHO.
Tudo o resto é tretas de atitudes kitsch pseudo tecnológicas. O novo riquismo da actual modernidade está assente nas patacuadas do “choque tecnológico”, mas esquecem-se que tudo é oco e sem sentido se o trabalho não estiver organizado e optimizado (que não está!). Obviamente num sistema onde impera o “eduquês”, a “lama” legislativa e a burocracia pastosa, de nada servirá computadores nem outros artifícios para os “asnos” se contentarem!
Preocupem-se com o essencial e vejam a informática como uma ferramenta e não como um fim saloio!
Julho 22, 2009 at 11:07 pm
Há tempos também soube a opinião de um ex-aluno da minha escola, que já está na universidade, acerca das aulas de um professor que “aposta” nas novas tecnologias e usa muito powerpoint: uma seca.
Julho 22, 2009 at 11:07 pm
Ter em cada sala 1 computador por cada 2 alunos é demais e ao mesmo tempo é de menos.
No ano anterior, quando tinha turmas reduzidas, tive oportunidade de muitas vezes fazer fichas usando os recursos do Moodle, porque tinha portáteis para pôr um aluno por computador a resolver os exercícios.
Este ano com turmas um pouco maiores já não tinha possibilidade de colocar um aluno por computador, a não ser que usasse simultaneamente a sala TIC e os portáteis.
Resultado: as actividades que os alunos tanto apreciavam (e que afinal eram bastante produtivas) tiveram de ser postas de lado.
Espero ao menos que as escolas não façam uma distribuição disparatada em que se colocam 2 alunos em frente de um computador. É certo e sabido que um faz e o outro olha.
Julho 22, 2009 at 11:08 pm
E quem é o feliz comtemplado que vai “levar o ramo” desta empreitada?
Julho 22, 2009 at 11:09 pm
Eles andam doidos com isso. No agrupamento ao lado do meu, chegaram quadros interactivos em catadupa. Não há lugar para os guardar e poucos profs têm formação para os utilizar.
Digam-me lá uma coisa: eu acho que os tais q.i. são fantásticos ( pelo que já vi) mas vai passar a ser proibido usar o quadro e o giz??
é bué reaccionário? 🙂
Julho 22, 2009 at 11:09 pm
digo: contemplado
Julho 22, 2009 at 11:10 pm
Já foi contemplado!
Julho 22, 2009 at 11:12 pm
Este ano, na minha direcção de turma, havia uma colega jovem que só trabalhava com powerpoint. Dava a matéria às escuras, fazendo-os ler os resumos ( esquemas), como se estivessem a ler o manual.
Os miúdos fartaram-se e tornaram-se muito indisciplinados. 😉
Julho 22, 2009 at 11:15 pm
bem pessoal, já cheguei ao limite com tanta trapalhada na nossa coutada. por isso, vou até paris de frança para arejar as ideias e voltar fortalecido para mais umas batalhas na rua, na escola e nos blogues. we shall never surrender. boas e santas férias e até setembro, se Deus quiser!
Julho 22, 2009 at 11:20 pm
A este propósito nunca é demais ver este vídeo..elucidativo ..
Julho 22, 2009 at 11:23 pm
Quem já trabalhou com alunos nas salas TIC de 15 computadores, sabe bem o tormento que é fazer alguma coisa produtiva mesmo com turmas bem comportadas. Falam alto, gritam, chamam o professor todos ao mesmo tempo, ficam excitadíssimos, distraem-se com youtube e hi5, não ouvem o que se diz.
As actividades com as TIC podem ser muito produtivas, desde que sejam muito bem pensadas e os alunos convenientemente orientados. Dá o dobro do trabalho para o mesmo resultado. Ajudaria muito muito muito que cada aluno trabalhasse num computador e não a pares. Mas com estas carradas de computadores, se não houver nas escolas mais bom senso na distribuição dos recursos do que há entre os nossos governantes, então vai ser o fim da macacada.
É bem possível que a escola como a conhecemos esteja a dar as últimas. E não vai a caminho de melhoras.
Julho 22, 2009 at 11:32 pm
#18
São aulas que dão muito trabalho a preparar para serem realmente interessantes e produtivas e exigem também muito do Professor na sala de aula.
Mas as aulas tradicionais terão de certeza a primazia porque são insubstituíveis!
Julho 22, 2009 at 11:49 pm
Com a disciplina e vontade de trabalhar que muitos alunos têm vai ser o diabo para que aprendam alguma coisa. O mais certo é passarem os dias na net e a jogar ou se o professor procurar contrariar isso vai ter grandes problemas com alguns alunos. É só loucos e ignorantes a mandar. Não conhecem a realidade das escolas. Ou então é só jogadas para favorecer interesses de certos grupos e para engordarem os próprios bolsos.
Julho 22, 2009 at 11:50 pm
Há escolas que já tinham muitos videoprojectores. Chegaram muito mais.
Retiraram os que estavam e meterem-nos na arrecadação para instalarem os novos.
Isto é de gente louca, num país pobre, que importa todos estes equipamentos do estrangeiro.
Julho 22, 2009 at 11:55 pm
«Dá o dobro do trabalho para o mesmo resultado» (18)
Esta frase faz-me lembrar o que se passou entre 1985 e 2000 nos escritórios: por um lado a promessa de que com mais computadores se aumentaria em muito a produtividade. Por outro a constatação de que afinal a produtividade pouco aumentava, o que levava a propor cada vez mais computadores.
Julho 22, 2009 at 11:56 pm
Vocês nunca ouviram falar em vírus? Vírus às carradas, todos os dias todos os dias todos os dias…
Ahhh!!!…Venham lá os vírus informáticus diáruis e em menos de um trimestre acabam as modernices saloias…
Até amanhã…
Julho 22, 2009 at 11:58 pm
#22
Assim chegaremos aos dois computadores por aluno?
Nã…Viva o Vírus…
Inté…
Julho 22, 2009 at 11:58 pm
«É o outro lado! Isto está tudo ligado. Acreditem…»
A gente acredita. E nem precisamos de ir ao teu blog para acreditar em ti. Imagina que íamos para ao hospital de Sta Maria com um problema qualquer na vista e nos punham um daqueles remédios que não curam nada… Livra… A gente acredita mesmo sem ver.
Julho 22, 2009 at 11:59 pm
#22 muita parra e pouca uva
Julho 23, 2009 at 12:01 am
O socrates deve de ter batido com a cabeça no chão quando a mãe o pariu e também uma grande maioria dos que estão com ele.
Julho 23, 2009 at 12:02 am
#18: Como é que eles dizem no Parlamento inglês? Hear, hear? A ver se alguém na DGIDC acorda e o ouve. TIC e as disciplinas de Informática só podem ser leccionadas em turnos!
#8: “Resta saber quem vai gerir a manutenção desse monstro!”
Ufa que agora o senhor fez-me rir. Quem foi que geriu a tralha toda nestes últimos 3, 4 anos, lá no seu agrupamento/escola? Ah as coisas já apareciam feitas e nunca se preocupou em saber ou valorizar, foi? Ou só se lembrava quando tinha um problemazito no portátilzeco? Não me diga que nunca viu por lá um tótó com fios às costas, olhe e às vezes até parece que, quando tinha tempo, dava umas aulitas de TIC também, e tinha as mesmas obrigações que o senhor professor! A sério! É o chamado prof/técnico/formador/paraquedista do ensino. Diz que agora há uma equipa PTE, mas isso, em algumas escolas, vai ser o mesmo que entregar a tralha toda a esse tótó. Pense-se só nos agrupamentos do Básico.
Mas nestes posts iluminados sobre as TIC, nem uma referência ao tótó, é incrível.
Julho 23, 2009 at 12:04 am
Acho que esta moda dos pc´s vai ser boa para os ladrões! As escolas ficam cheias de material informático e a segurança das mesmas é praticamente nula!
Na minha escola muitos fechos das janelas não funcionam, há portas com fechaduras avariadas, com fechaduras cuja chave se perdeu, etc…
Vai ser lindo, vai!
Julho 23, 2009 at 12:05 am
«Digam-me lá uma coisa: eu acho que os tais q.i. são fantásticos ( pelo que já vi) mas vai passar a ser proibido usar o quadro e o giz??»
Eu tenho uma relação muito próxima com a sra ministra (que vai continuar a ser por muitos e bons anos, Deus a ajude) e sei que os quadros podem muito bem continuar a ser usados. O que vai ser proibido é só o giz.
Julho 23, 2009 at 12:05 am
Só digo isto: esta gente pensa com quê? não é de certeza com a cabeça. Os alunos ou estudam, fazem os TPCs, resolvem exercícios, treinam, sentam o rabiosque, estão sossegados, ouvem… A ordem aqui não interessa porque só com tanta tecnologia nunca vão chegar a lado nenhum.
Todos tivemos alunos bons e muito bons e como era? TRABALHAR. Sirvam-se das tecnologias e não sejam escravos delas. Que mentes iluminadas!
Julho 23, 2009 at 12:08 am
#30,
Espero bem que o quadro e o giz se possam e devam continuar a usar. Os computadores ocupam um espação nas carteiras e quero ver onde vão pôr os cadernos ou outra coisa qualquer.
Julho 23, 2009 at 12:10 am
#28
Se andassem só com os fios às costas a resolver problemazitos com os portáteis, não era nada mau! O pior é que estes totós, como você lhes chama, ainda tem as aulas deles para dar!
Pode ser que abram concurso para a vaga dos “totó dos fios” e lhes ofereçam redução da componente lectiva !
Estes professores são uns desgraçados, pelo menos na minha escola, a pessoa responsável pela parte informática é uma pessoa mesmo muito sacrificada!
Julho 23, 2009 at 12:11 am
#24
Bem visto! Mas deve faltar dinheiro para tanto.
Julho 23, 2009 at 12:11 am
#28
Por isso é que se chamam salas Tic e só com 15 computadores para os ditos 15 alunos dos turnos!
Mas os professores que não são de Tic mas aplicam as Tic na sala de aula têm uma realidade bem diferente como é tão bem relatado em #18!
Julho 23, 2009 at 12:15 am
Caro Américo Tomás do # 22,
Com muito respeito pela sua opinião, o amigo (permita-me que o trate assim)ter-se-á temporariamente distraído e não reparou que estamos a falar de salas de aula e não de escritórios. Uma sala tem, por norma, uma mesa de 1mX0,65 para dois alunos. Agora ponha lá em cima, nem digo 2, basta 1 monitor e diga que espaço sobra para os utilizadortes. E a que distância dos olhos dos alunos fica o monitor? Nos escritórios funcionais e bem apetrechados depois da revolução a que o meu caro implicitamente alude, não é assim, pois não?
Julho 23, 2009 at 12:16 am
#33: Oi? Mas eu sou um dos tótós. Não percebeu nada.
#35: Comom? Quais turnos? Não há turnos nenhuns! São 90 min por semana para turmas de 20 para cima alunos!
Julho 23, 2009 at 12:16 am
#28
#33 + #35 : # 28 “tiro à água”!
Julho 23, 2009 at 12:19 am
Se fornecessem os computadores quando as escolas os pedem por efectivamente precisarem deles, ainda vá que não vá, agora enviarem computadores para todo o lado, quer os usem ou não, é o maior absurdo que alguma vez se possa imaginar. Apostar no futuro seria dar formação na utilização dos computadores e esperar que as pessoas os comprassem por iniciativa própria e às suas custas quando achassem que estes seriam uma mais valia para si.
Julho 23, 2009 at 12:22 am
Ironia a mais para a minha camioneta!
Mas há aulas de Tic no secundário(?) que funcionam com turnos, não há?
Julho 23, 2009 at 12:22 am
O sistema operativo destes PC deveria ser em inglês, para matar dois coelhos de uma cajadada, a TIC e o Inglês.
Julho 23, 2009 at 12:25 am
Eu já fui um desse tótós.
Avariava um computador… e lá ia o tótó.
A rede informática avariava no bloco C e lá ia o tótó.
Nas reuniões de avaliação a rede informática da secretaria danificou a base de dados e o tótó fez uma directa.
Havia um convidado para uma sessão que envolvia o retroprojector e aparelhagem de som e lá ia o tótó.
Avariava uma impressora, lá ia o tótó no próprio carro, gastando gasolina, arranjar a maquineta.
No bloco H avariava a rede e eu e mais outro tótó passávamos o dia inteiro a formatar discos e copiar com o Ghost os programas do servidor principal. Enquanto isso no bloco D alguns alunos furavam o esquema de segurança e o tótó saia da escola às 3 da manhã.
Este ano os totós deixaram de ser totós.
Para se ter uma rede informática numa escola como a minha com mais de 1800 alunos são necessários no mínimo 3 técnicos informáticos a tempo inteiro.
SE querem um Ferrari arranjem pilotos com “unhas”.
Julho 23, 2009 at 12:25 am
# 21
Proponho que daqui a uns tempos, não é preciso muito, se visitem as arrecadações das escolas!
Julho 23, 2009 at 12:26 am
em 42 ler “saía” em vez de “saia”.
Julho 23, 2009 at 12:26 am
Na minha escola já desapareceram uns quantos.
Julho 23, 2009 at 12:31 am
#42, Pedro Castro
Mas confessa que no final essa dedicação te valeu um MUITO EXCELENTE…
Julho 23, 2009 at 12:34 am
#2
Concordo totalmente
#8
…na minha escola tiveram a brilhante ideia de colocarem o lixo electrónico nos balneários do gabinete de EF!!!
#28
caro colega, sei que têm esse triste trabalho…mas onde é que está escrito que têm de fazer a manutenção e/ou os arranjos disso tudo? espero que não me responda que se não o fizer não consegue dar aula, – as escolas pagam a preço de oiro a empresas para o fazerem…e ainda lhes poupam trabalho
# restantes
…e porque não, já agora, um quadro interactivo e um pc por mesa?
Julho 23, 2009 at 12:35 am
Caro 25sempre25 (#36)
Pensava que o meu comentário #22 era claro no sentido.
Nunca me passou pela ideia comparar fisicamente (e não só) um escritório com uma sala de aulas!
O que eu julgava ter dito é que, mesmo que fosse possível, na minha opinião não traria efeitos apreciáveis na melhoria.
E assim entendi o comentário #24.
Julho 23, 2009 at 12:37 am
Portáteis! Ao menos enviem antes portáteis, que são mais fáceis de arrumar quando não estão a ser usados! PORTÁTEIS!
Julho 23, 2009 at 12:37 am
#28,
em algumas escolas, vai ser o mesmo que entregar a tralha toda a esse tótó. Pense-se só nos agrupamentos do Básico
Não necessariamente. O 700/2009 é claro quanto à composição da equipa (o que não significa que não se possa aldrabar o sistema) e o Sr. Director (na altura só Presidente do Conselho Executivo) já teve de colocar os nomes de quem faz parte da equipa há uns bons meses (o que, mais uma vez, não significa que não se abandalhe tudo até porque as horinhas aumentaram bué).
Quanto às computadeiras que estão a chegar vêm com antena para não termos de ter montanhas de cabos de rede (só precisamos de dois cabos de corrente porque les machines não permitem a alimentação do monitor a partir da “torre” – bem, não é exactamente uma torre mas mais uma grande caixa de pizza). E trazem uns cabos muito bonitos género aquelas protecções anti-roubo das bicicletas com cadeados e tudo para as computadeiras ficarem agarradas às mesas :lol:. Quanto ao software é mais (muito mais do mesmo – mas agora temos o Visual Basic versão XPTO, um grande avanço para a educação – a malta que achar que precisa de outro software não Microsoft terá que tentar convencer o homem das massas a abrir os cordões à bolsa). Impressoras também não vieram, mas isso não faz mal porque o que a malta precisa mesmo é de montanhas de computadeiras.
E prontus: Portugal no seu melhor na frente do para lá do prá frentemente 😆
Julho 23, 2009 at 12:40 am
25sempre25
Tive a recompensa de não ser avaliado: nem OI nem FAA.
Mas também acabou o tótó.
Julho 23, 2009 at 12:45 am
#50: Vá lá a um agrupamento do Básico tentar arranjar pessoas dispostas a fazer parte da equipa, e com competências mínimas claro.
#47: “mas onde é que está escrito que têm de fazer a manutenção e/ou os arranjos disso tudo?”
Olhe, nós fazemos isso por desporto, sabe? Nem há despachos nem nada, aquela coisa do Coordenador TIC é só um nome giro que damos a nós próprios para nos sentirmos importantes, e diz que “as gajas” ficam aos pulos hehehe!!! Poupe-me.
Julho 23, 2009 at 1:03 am
#52 Também eu fui coordenador tic e a certa altura resolvi que passava a ter horário de “expediente”. O que era possível nesse horário, fazia-se, o que não era, esperava. Às vezes roubava uma horita ou outra à restante componente não-lectiva, mas só ocasionalmente. A solução para o excesso de trabalho (e voluntarismo) é o HORÁRIO de trabalho. Agora para gerir na casa das centenas de computadores (já sabia que não trazem anti-vírus?) não há outra solução para não dar em maluco: HORÁRIO! Cumprir um horário.
Julho 23, 2009 at 1:03 am
#52
A forma das suas intervenções faz lembrar o personagem interpretado pelo Jeff Goldblum, no filme “A Mosca” quando começava a sentir necessidade de comer coisas muito açucaradas…
Julho 23, 2009 at 1:10 am
Daqui a uns anos todo este material no valor de centenas de milhões de euros está obsoleto.
Fui partidário das tecnologias nas aulas de Física até os alunos me pedirem que eu passasse a usar novamente o quadro e o giz porque aprendiam melhor assim
Julho 23, 2009 at 1:14 am
Os portáteis têm ainda outra vantagem de peso: quando o quadro eléctrico dispara por excesso de carga, as baterias mantêm-nos a funcionar.
E não precisam de ter fios espalhados pelas salas.
E não há ratos e teclados com fios (que alguns alunos se divertem a retirar das fichas para o colega do lado não conseguir usar o computador, a cortar cabos, a roubar peças).
E em geral não são tão ruidosos, nem aquecem tanto.
E não são tão altos que impeçam de ver o professor e o quadro.
PORTÁTEIS e não PCs de secretária!
Julho 23, 2009 at 1:30 am
O professor tem de andar sempre com todos os materiais que quiser usar, gravados em qualquer suporte.
O computador só os lê. Não permite a gravação.
Julho 23, 2009 at 1:40 am
Ó para ele:
Sócrates diz que não há melhor primeiro-ministro
“Ainda está para nascer um primeiro-ministro que faça melhor do que eu”, afirmou ontem à noite, no Porto, o secretário-geral do PS, José Sócrates. O primeiro-ministro falava perante 150 empresários.
Sr. “Primeiro” :
MAIS PÉROLAS DESTAS E MATA – NOS DE RISO!
Se calhar acha que vai cá ficar mais do que o outro, pelo menos mais 50 anos não?!!!!!!
Julho 23, 2009 at 3:23 am
nao percebo …
acabam com as disciplinas de informática no secundário e carregam as escolas de hardware…
tudo muito estranho
privilegia-se a ferramenta enquanto se destrói o raciocínio lógico
Julho 23, 2009 at 3:52 am
As caixas, deitadas nas carteiras normais que as escolas têm, ocupam mais espaço que o velhos monitores.
O sistema é Vista, a enterrar no Outono.
Tem Linux, mas nem o ligaram à rede.
Os quadros interactivos têm um software manhoso.
São as minhas queixas em 3 semanas de trabalho com o material.
Mas com uma coisa fico contente: assusta os infofóbicos que deixaram aqui a mesma opinião que tinha o carroceiro do séc XIX quando viu passar o comboio.
Tenham vergonha…
Julho 23, 2009 at 8:09 am
Ó skepticism,
o problema começa por o Director ser, por inerência, o coordenador do PTE (pode delegar o cargo, é verdade, mas quantos directores o farão?). Quanto a arranjar pessoas com conhecimentos para a equipa, mesmo no secundário não sei se haverá muita gente com competências na área pedagógica para serem responsável pelo acompanhamento e dinamização do plano. E o chefe do pessoal administrativo tem competências para estar na equipa? E o coordenador do CRE? E arranja-se algum funcionário?
Em Portugal, o governo começa a fazer as casas já não pelo tecto mas pelos acabamentos. As paredes e os alicerces podem vir depois, mas são um after thought, para utilizarmos uma expressão em inglês técnico 😆
Julho 23, 2009 at 8:11 am
Olha! Voltámos aos antigos smileys 😆 🙂
Julho 23, 2009 at 9:00 am
A distribuição acelerada dos Magalhães está relacionada com as previsíveis consequências da Gripe A nas escolas.
O plano é simples:
Professores equipados com fatos protetores “ensinam” à distância a partir da central escolar.
Falta só um pormenor e é por isso que o plano não tem o aval do “pai da nação”.
Quem ficará a tomar conta das criancinhas em depósito domiciliário?
Julho 23, 2009 at 9:04 am
Na minha escola, há dois anos, quando vieram portáteis e outro material, foi quase tudo roubado. Quatro assaltos nocturnos e consecutivos à escola e foi uma limpeza geral. Ainda não percebi muito bem que providências se tomaram, mas parece que já há um guarda nocturno (não sei se será um dos senhores idosos que costumam andar pela escola durante o dia…).
E este é apenas um primeiro pensamento…
Julho 23, 2009 at 9:22 am
PERMUTAS
Permutam-se computadores por mesas e cadeiras em condições e, já agora, se puder ser, ergonómicamente correctas.
Julho 23, 2009 at 10:11 am
#60
Veja o filme linkado no #17 (bulimunda)e deixe de ser tão infopasmado. A não ser que considere o Japão um país de carroceiros atrasados e sem vegonha nenhuma da sua (deles, claro…) infoexclusão…
Julho 23, 2009 at 10:13 am
“vergonha”
Julho 23, 2009 at 12:15 pm
No séc. XIX o Japão nem tinha comboios.
A informática é uma ferramenta. Não morde. Usa-se.
Ando nesta guerra há 20 anos e já não há pachorra para os infofóbicos. Quando coloquei um PC na sala de professores e uma colega foi ao CD queixar-se que aquilo podia ter vírus e contaminá-la ainda deu para rir. Agora já não dá.
Julho 23, 2009 at 12:33 pm
Meu caro não é a questão de ser infofóbico é sim a ideia de de tomar a máquina pelo homem…se corresponde á fotografia deve ter feiro o exame do 9º ano sem máquina de calcular… logo era um analfafóbico..!.Eu até gosto de computadores, agora de eles passem a ser a minha vida e tudo o resto à volta é paisagem..alto lá.!..Sabia que a droga do século XXI será a realidade virtual…?
Julho 23, 2009 at 12:53 pm
Quando fiz o curso geral dos liceus as calculadoras eram um objecto de luxo, existentes em alguns, poucos, escritórios.
Agora vivo no séc. XXI, e uso o que tenho. Inclusive usaria o que chama de realidade virtual numa aula de História. Se dispuser (e disponho) de um modelo tridimensional de Roma, fico a ganhar comparando com os velhos bonecos dos manuais.
Não tenho medo do futuro. Tenho é talvez medo de voltar ao passado, sem calculadoras, sem computadores, e pior que tudo sem liberdade para os usar.
Julho 23, 2009 at 1:35 pm
Velhos são os trapos…eu sou de História e utilizo blogs para os alunos e dvds e quando existem esses modelos tridimensionais…agora a palavra é ainda a parte amis importante da transmissão de conhecimentos…como os videolivros ou ebooks os jornais electrónicos….falta-lhe o essencial ..o contacto com a pele..o folhear..e isso meu caro é insubstituível…cuidado ..eu não sou velho do Restelo mas não sou um eufórico de tudo o que é tecnologia só porque é…leia o ADMIRÁVEL MUNDO NOVO…CARPE DIEM…
Julho 23, 2009 at 1:36 pm
DIGO..a parte mais…
Julho 23, 2009 at 6:39 pm
Para que andar, se exitem cadeiras de roda?
Nao tenhamos medo do futuro!
Julho 23, 2009 at 6:39 pm
Para que andar, se existem cadeiras de rodas?
Nao tenhamos medo do futuro!
Julho 23, 2009 at 6:43 pm
Pois e para que é que as mulheres querem os homens se existem vibradores que nunca se cansam e lhes dão prazer sem chatices eventuais….é que se vamos por aí..ui..ui…
Julho 23, 2009 at 6:52 pm
Este filme dá uma ideia de até onde pode chegar a dependência do homem pela máquina…vejam até aos 5 minutos….
Julho 23, 2009 at 6:53 pm
#69:
” Sabia que a droga do século XXI será a realidade virtual…?”
Ha quem diga que isso e uma das razoes pelas quais nunca encontramos outras civilizacoes extraterrestres:
“…Travelers never came through space to visit Earth. They had no need.
They had found universes in grains of sand. ”
Excerto final do conto “Blood Music” de Greg Bear
Julho 23, 2009 at 7:02 pm
Julho 23, 2009 at 7:06 pm
Repare-se em coisas como esta: «E a pior de todas vai ser ter 100% das crianças irradiadas de manhã à noite com micro-ondas das redes sem fios» De facto! Fico cada vez mais estupefacto! Nunca vi coisa tão reaccionária como a classe dos professores (quem não for, não diga que é professor para não passar pela vergonha). É cada comentário! Lamentável. Claro que já andei na escola. E tenho lá dois filhos. E já encontrei muitos professores deste calibre. O tempo não passa por esta gente. Há muito tempo que digo: falam-me de professores? Pego logo na pistola.
Julho 23, 2009 at 7:09 pm
Você não é aquele tipo de Aveiro que papou os dois filhos..? Parece-me…
Julho 23, 2009 at 10:13 pm
#79
O Sr não sabe do que está a falar!
Nem sequer pensa nos seus filhos, é mesmo muito desagradável e até pouco saudável estar em frente a um quadro interactivo uma aula inteira!
Estes Professores estão a falar com conhecimento de causa, o Sr só espreita e …falta-lhe a humildade da sabedoria. Acha que sabe tudo, viu tudo e já está tudo bem resolvido e explicado na sua simples cabeça!
Julho 24, 2009 at 11:18 am
Apropriado o tema, o post, como (quase)sempre. Interessantes a maior parte dos comentários mas há sempre alguém que estraga tudo. E os comentários que incomodam mais nem sequer são aqueles em se que fazem considerações antipáticas e desagradáveis sobre os professores, não; são os comentários ordinarotes como os #75 e #80. Poupe-nos sr. /a comentador/a essa sua costela foleira! Incomoda, estraga o ambiente, é um aborrecimento.
Julho 24, 2009 at 11:38 am
Você é que deve ser uma pessoa aborrecida , dquelas que o máximo de excitaçãoque teve foi comer caril de vaca.
Devia ler clássicos e ver se a brejeirice não faz parte do ser português.
Get a life, arranje homem ou mulher e viva.
Julho 24, 2009 at 1:37 pm
Eu tenho turmas em que cada aluno tem à frente um computador. Tudo bem, se os senhores usassem os computadores de forma racional! Quem é que os consegue parar a meio de um jogo de solitário? Quantas vezes é preciso dizer, prestem atenção? Desliguem os computadores? Depois, ainda por cima, são os mediadores, os directores a dizer: não os deixem estar com os computadores ligados! Eles têm de ter os computadores desligados, a menos que seja necessário trabalhar com eles, claro! Desde que os computadores entraram na sala de aula é um desassossego. Não há pachorra para ouvir:« Ó s’tora, deixe-me só acabar este jogo!»
Julho 24, 2009 at 3:45 pm
#83
Uma das facetas aberrantes do “ser português” não é a malícia, nem o picante dos “clássicos”, mas sim a ordinarice invasora do estilo Quim Barreiros e aqueles que o acham excitante.
O que aqui se contestou, caríssimo/a, é de ordem estética e não ética. Capice? (But I’m sure you don’t get it, and frankly, I don’t give a damn.)
Julho 24, 2009 at 6:04 pm
25sempre25(#36)
O meu apelido é Tavares.