A divisão de posições no Parlamento acerca da petição a favor responsabilização dos pais pelo absentismo e comportamento dos alunos, é muito interessante: esquerda com o PS incluído de um lado, direita do outro.
A clivagem é natural: à esquerda o mito do bom selvagem aplica-se de forma transgeracional. Os indivíduos são sempre inocentes, a sociedade (formada por marcianos) é que os corrompe. Ou pior, são os professores que não sabem lidar com os problemas. À direita soa sempre bem a penalização dos prevaricadores, em especial se isso significar redução das despesas sociais.
Fora do Parlamento Albino Almeida alinhou com as posições da esquerda parlamentar.
Eu neste caso sou um bocado mais reaccionário, embora ache que as multas não poderiam ser cegas e precisariam de uma análise rigorosa de cada caso, o que é sempre difícil, a menos que os Directores de Turma (primeira linha das escolas a detectar e lidar com estas situações) fossem coadjuvados em tais decisões por outro tipo de profissionais (assistentes sociais, psicólogos educacionais).
Debate: pais devem pagar pelos erros dos filhos na escola?
(…)
Para Luís Braga, a multa ou cortes nos benefícios sociais teriam um efeito inibidor por receio das sanções. “Uma das coisas que faz mexer as pessoas é o dinheiro. Daí que fale em multas.” E questiona: “Fará sentido uma família que não cumpre o seu dever de ir à escola e de preocupar-se com a educação do filho, ter direito ao abono de família?”Albino Almeida, da Confederação das Associações de Pais (Confap), lamenta “a génese e as medidas” da petição e espera que a Assembleia da República a “rejeite completamente”. “Não é eficaz. Pretende penalizar sem envolver as associações representantes dos pais.” Para Albino Almeida a petição é “uma manobra de propaganda bem orquestrada que quer penalizar sem envolver.” A penalização “não é caminho” e o presidente da Confap propõe antes “políticas públicas de capacitação parental”, ou seja, orientar e apoiar os pais.
“Não nos podemos esquecer que uma em cada cinco crianças é pobre e por isso esta é uma medida demagógica”, afirma Albino Almeida. “Queria ver esse professor a aplicar a medida à comunidade cigana…”
O argumento de que as famílias mais pobres não poderiam suportar as multas não demove o professor de Viana do Castelo: “Pais que não dão atenção aos filhos não são uma fatalidade. É preciso fazer algo para mudar isso.” “Não estamos contra os pais, não é uma luta de professores contra pais”, disse ao i o primeiro signatário da petição.
(…)
Na Assembleia, houve poucas surpresas: PS, BE e PCP discordaram das multas e a oposição à esquerda aproveitou o debate para criticar a política de educação do governo. Só PSD e CDS se mostraram favoráveis à petição. Abel Baptista, deputado do CDS, é o mais ousado: “As sanções não são só multas ou retirada de prestações sociais, podem ser trabalhos comunitários por parte da família e aluno”, afirmou ao i. Rosalina Martins, do PS, defende antes que o caminho certo seria conciliar o “empenho das associações de pais, alunos e professores”, e sugeriu: “Técnicos de mediação entre escolas e famílias”.
Julho 9, 2009 at 10:03 pm
Eu acho que responsabilizar os pais não é ser reaccionário. Os pais devem e têm de ser responsabilizados pelo comportamento dos filhos.
Caso contrário, admite-se que a escola é meramente um local onde os pais despejam os filhos para poderem ir trabalhar, sendo relegada a responsabilidade de tudo o que cada criança/adolescente faz.
Acho que sim, que deviam ser responsabilizados, com multas condizentes com os seus salários, numa percentagem obviamente razoável.
Também acho que as escolas deviam ter menos pudor em ordenar que os alunos com comportamentos “desviantes” cumprissem penas (cada vez mais) severas de trabalho social na escola: tudo, desde lavar pratos, a varrer, a limpar carteiras e salas, tudo.
O problema, claro está, é que para além de castigar, punir, multar, é preciso orientar. Não chega dizer “não vás por aí”, é preciso dizer “os caminhos certos são”.
Será que as famílias e os pais fossem funcionais e razoáveis existiriam 3% dos problemas que hoje existem?
Ainda sou um garoto, não sei responder.
Julho 9, 2009 at 10:06 pm
Esta é uma das coisas em que não vejo porque há-de haver esquerda ou direita. Em causa está uma coisa simples: quando há direitos também há responsabilidades. Apesar de frequentemente muitos terem sempre os primeiros presentes, apesar de se esquecerem dos segundos.
Já agora, os ingleses já tem experiência nesta área.
Julho 9, 2009 at 10:13 pm
“Esta é uma das coisas em que não vejo porque há-de haver esquerda ou direita.”
A educação desde o 25 de Abril centra-se em políticas de “esquerda”, por isso estamos como estamos.
Julho 9, 2009 at 10:20 pm
Os ingleses têm de facto experiência nesta área…e eu até concordo…porém será que em Inglaterra com isto os problemas abrandaram…? Duvido…I d’ont think so….
Julho 9, 2009 at 10:25 pm
A esquerda no que concerne a autoridade dos Professores e os direitos/deveres dos alunos deixa muito a desejar…
Ainda ontem quando aqui foi publicado o programa do BE em relação à educação, fiquei algo decepcionada (ou talvez não) não só com o “eduquês”, como também em relação a este assunto.
Não estou com muitas esperanças no futuro da educação em Portugal.
Ai, não estou, não.
Julho 9, 2009 at 10:25 pm
Julho 9, 2009 at 10:39 pm
Para Albino Almeida o ónus de tudo que de mau se passa no sistema educativo deve recair nos “malandros” dos professores.
Acerca da perspectiva deste “salvador da pátria”, escrevi dois posts no blogue “De rerum natura”. Do segundo, intitulado “Ainda o evangelho segundo Albino Almeida” (29/06/2009), transcrevo a parte final:
“Marcel Proust ensinou-nos que “a vida é um pouco mais complexa do que se diz, e também as circunstâncias; há uma necessidade premente de mostrar essa complexidade”. Ora, a proposta de Albino Almeida não se destina a fazer parte da solução do problema de uma escola que não dá ao aluno a oportunidade de viver em plenitude uma vida em que há mais vida para além dos muros escolares. Faz-se ela própria parte do problema transformando a escola num depósito em que os pais deixam os filhos para que os professores se substituam ao papel dos pais, com a agravante de uma autoridade relacional em que lhes é atribuído o papel de maus da fita de um ensino a que se não pode exigir milagres de desmultiplicação: ensinar é, essencialmente, a missão do professor; educar deve ser, essencialmente, a função dos pais. Acessoriamente, será uma obra que deve ser levada a efeito por uma conjugação de esforços de ambos.
Não querer compreender isto é justificar, “à outrance”, a existência da escola-armazém como “componente de apoio à família para que as crianças possam ficar na escola quando os pais não podem estar com elas”. Tão simples como isto!”
Não é, de estranhar, portanto, a sua posição em querer desresponsabilizar o papel dos pais do importante papel para que não cheguem às escolas “os maus selvagens” que atrasam o processo das aprendizagens escolares. Albino Almeida, sempre igual a ele próprio…
Julho 9, 2009 at 10:42 pm
A questão é: Afinal são os professores ou são os pais os responsáveis?
A resposta comum, desta vez maioritária, juntou a esquerda e o Albino.
É uma aliança de peso! Sinais dos tempos!
Julho 9, 2009 at 10:48 pm
Não sei se o pagamento de multas seria o caminho – ainda não formei opinião sobre o assunto- mas, é certo que os pais deviam ser sancionados pelo comportamento dos filhos, já que são os pais que lhes permitem tudo.
Julho 9, 2009 at 10:57 pm
Tenho tanta pena que os políticos tenham preconceitos, sejam de esquerda ou de direita…
Há uma coisa chamada “bom senso” que se vai perdendo qdo se olha para a realidade através dos “olhos” de uma ideologia.
Se perguntássemos a um indivíduo pouco diferenciado, ou mesmo a um dos nossos alunos o que deveria ser feito qdo um aluno manda um professor para o c…., a resposta seria muito simples.
Educar não é só proteger, também é exigir.
Julho 9, 2009 at 10:57 pm
Mais tarde ou mais cedo haverá uma política de responsabilização dos pais. Veja-se o que aconteceu em Inglaterra, onde uma indisciplina endémica degradou em muito a escola pública.
Como os alunos indisciplinados não permitiam que os alunos interessados aprendessem foi a própria opinião pública que colocou na ordem a permissividade dos pais.
À displicência em relação ao comportamento dos alunos seguiu-se, no Reino Unido, uma repressão, por vezes exagerada, dos pais ao mínimo descuido na educação dos filhos.
Mais tarde ou mais cedo, infelizmente quando batermos no fundo, iremos seguir o caminho escolhido pelos ingleses.
Julho 9, 2009 at 10:58 pm
Rui Baptista
estava para escrever qqr coisa desse teor mas… seria chover no molhado porque, desta vez, concordo inteiramente consigo.
tb estou como o Paulo
“Eu neste caso sou um bocado mais reaccionário”
Julho 9, 2009 at 10:59 pm
Concordo com os cortes nas prestações sociais (tipo rendimento social de inserção), desde que os miúdos não passasem fome!
Mas antes de chegarmos a este ponto é necessário repor as expulsões de alunos.
Perturba a escola: andor! que vá bugiar!
E deixe a escola em paz.
Julho 9, 2009 at 11:10 pm
Eu reaccionário também me confesso. Creio, todavia, que, para minorar as consequências do problema, bastava dar meios aos professores. Aos pais o que é dos pais, aos professores o que é nosso! Querem apostar que, para muitos, o pior castigo era terem os meninos em casa?
Julho 9, 2009 at 11:14 pm
poisé…!
mas acontece que expulsam-se e vão infernizar outra escola pública.
E se fossem obrigados a ir para as privadas com ou sem contrato de associação?
poisé…! as estatísticas…
Julho 9, 2009 at 11:15 pm
No fundo, a esquerda (e a direita, já agora) não tem nenhuma solução, não digo que resolva, mas que atenue alguns dos grandes problemas da escola pública: qualidade do ensino e da aprendizagem, necessidade de esforço e de estudo/trabalho, disciplina.
Todos têm direito à escola, mas deveres… bem, mais devagarinho. Aguentem-se! É o que diz o meu (ainda) PCE e os inspectores que por cá passam e que querem soluções milagrosas para os maus resultados escolares dos alunos e depois são confrontados por dois ou três profs. mais esclarecidos e que não estão com meias palavras.
Julho 9, 2009 at 11:17 pm
# 15
Brilhante ideia: expulsar os maus alunos da escola pública para as melhores privadas.
Não foi a ministra que disse que os bons profs. deveriam dedicar aos casos mais graves e dramáticos como os médicos?
Se ironia!
Julho 9, 2009 at 11:24 pm
TPC quase feito
Julho 9, 2009 at 11:26 pm
Eu acho que devem ser os avós a pagar pelos erros dos netos.
E os padrinhos também podem contribuir, já que têm sempre muito cacau. Ou quase sempre. Ou mesmo que não tenham nenhum que paguem na mesma pois são padrinhos para alguma coisa.
…
Já os pais…
… sei lá…
… ao invés dos erros que paguem os acertos.
Sempre poupam umas massas…
…
…
…
Julho 9, 2009 at 11:26 pm
FIM
Julho 9, 2009 at 11:34 pm
#21,
Já cheguei, já vi.
Já começo eu e amanhã continuo.
Obrigado.
Julho 9, 2009 at 11:37 pm
“Education sociale et Promotion de la santé
Règlements valaisans
11.1 Règlement concernant les congés et les mesures disciplinaires applicables dans les limites de la scolarité obligatoire”
http://www.vs.ch/Press/DS_13/COPT-2005-09-19-8199/fr/1.11.Reglements-valaisans.doc
Julho 9, 2009 at 11:41 pm
Vou para os blogs: a ver o que se apanha…
Julho 9, 2009 at 11:56 pm
Missão Governo Socrates: Desmantelar Portugal !
O objectivo deste blog é registar com base na comunicação social as coisas demasiado estupidas, outras demasiado graves que ocorrem em Portugal, nos últimos meses de governação Socrates (2005/09).
http://governacao-ps-socrates.blogspot.com/2009/07/os-pais-na-escola-como-pares.html
Julho 9, 2009 at 11:59 pm
no país dos cucos
“Avant d’envisager toute action, il est important de se remémorer ce principe fondamental inscrit dans la législation de notre pays qui stipule que l’éducation de l’enfant est en premier lieu la tâche des parents.”
“L’éducation des enfants est en premier lieu l’affaire des parents; l’école recherche leur collaboration afin que la formation des élèves s’accomplisse dans les conditions les plus favorables.
Les parents s’abstiennent de demander des congés abusifs et d’entraver le personnel enseignant dans l’exercice de ses fonctions.
3 Les parents assument en particulier la responsabilité de la présence à l’école de leur enfant; ils doivent s’intéresser à son comportement et à son travail et répondent des conséquences que ses fautes peuvent entraîner.
La non-observation des dispositions qui précèdent est passible des sanctions prévues à l’article 16 du présent règlement.”
“Sanctions contre les parents
L’inspecteur prononce contre les parents coupables de négligence dans l’instruction des enfants, contre ceux qui ont obtenu des congés pour leur enfant sur la base de fausses déclarations et contre ceux qui entravent intentionnellement les maîtres dans l’exercice de leurs fonctions, des amendes pouvant s’élever de 400 à 1000 francs.
Les parents sont débiteurs solidaires des amendes prononcées à leur encontre par les autorités compétentes.”
“Les amendes non payées sont transformables en arrêts, selon les dispositions spécifiques. “
Julho 10, 2009 at 12:00 am
Eu até sou de esquerda, mas…
Quando a esquerda quer que os pais fiquem apenas com o prazer da queca e os outros, como os professores, fiquem sozinhos com os problemas consequentes da queca, alguma coisa está mal.
Esta atitude reflete-se na “peninha” e na compreensão em relação aos criminosos, em contraste com a indiferença pelas vítimas.
São irrazoabilidades da esquerda.
O assunto irrita-me, daí o desconchavo, do qual apresento desculpas. 😦
Julho 10, 2009 at 12:15 am
a elevação e queda de José Sócrates
(A. Barreto)
http://o-jacaranda.blogspot.com/2009/07/erros-seus.html
Julho 10, 2009 at 12:32 am
#15
Expulsão duma escola e impossibilidade de se matricular noutra, nesse ano lectivo!
Até à revisão do estatuto do aluno, pela AR, os alunos maiores de 15 anos podiam ser expulsos. Agora não.
Julho 10, 2009 at 8:25 am
Curiosamente, ou não, Albino Almeida retoma o discurso de Bourdieu para desresponsabilizar os pais, tal como o BE e o PCP o fazem.
Por outro lado, a cultura empresarial, difundida de forma soft, entre outros por Perrenoud, leva a que se considerem os alunos/famílias, como clientes das escolas. Ora uma vez considerados clientes/consumidores, este têm fundamentalmente “direitos”, numa base relacional de “trocas”. Só têm de pagar os impostos e “reclamar” pela “qualidade” do “produto”.
É este cruzamento de teorias de “esquerda” com ideias de “direita” que faz com que a educação esteja num beco sem saída.
Não há pensamento, nem reflexão, nem questionamento sério dos problemas da educação, apenas retórica bourdalesa e demagogia de mercado, que é o que se vende nas universidades e que os intelectuais oficiais não se cansam de balir aos quatro ventos.
Julho 10, 2009 at 9:44 am
Olhem se tiver de votar à direita para que haja mais disciplina na Escola fá-lo-ei.Isto tem a ver com o senso comum,se retirarem o abono ou subsidio a alguns podem crer que resulta !|Nos colégios os castigos são ,por exemplo.apanhar o lixo ,varrer…E não há queixas!
Julho 10, 2009 at 9:57 am
Eu já aqui disse que precisa-se de ME conservador/direita? para equilibrar o barco.
com pulso para acalmar a pássara à malta do Eduquês e com carreira feita de forma a que não precise de fazer favores políticos a ninguém.
Julho 10, 2009 at 10:03 am
Quantos aos subsídios: se a malta subsidiada consegue comprar roupa de marca, playstations, jogos, ter dois e 3 computadores em casa, uma tv por pessoa, tlms xpto, dinheiro para os tlms, deslocar-se em carro próprio, etc etc ( como nós professores bem sabemos..), pq razão não poderão ter um descontozito igual ao preço de um tlm ou de um jogo ou do pequeno-almoço tomado em agregado familiar, diariamente, no café do sítio, como forma de responsabilização e de retribuição à sociedade pelos desacatos que os seus filhos provocam..?
Julho 10, 2009 at 10:04 am
ah, esqueci-me da malta subsidiada com os filhos em centros de estudos a 200 euros/mês, é verdade!!!
Julho 10, 2009 at 10:26 am
A expulsão de um aluno em nada resulta só pelo facto do mesmo ter sido expulso de uma escola pois, se não houver um acompanhamento ele cometerá os mesmo erros ou talvez, fará ainda pior.
Podemos verificar por todos o País, a enorme falta de Técnicos especializados como: Assistente Social (fazer o acompanhamento das famílias), Psicólogo (trabalhar com os alunos problemáticos e com os respectivos encarregados de educação), Terapeuta da fala,etc…
O que temos nas escolas? Alunos, Professores, Auxiliares e pouco mais.
Ora, se ao professor compete transmitir conhecimentos, preencher “resmas” de fichas, quem acompanha os alunos do que diz respeito à indisciplina, à falta de conceitos básicos de educação, etc…
Expulsar por expulsar sem antes esgotar todo um trabalho de equipa com diversos técnicos não dará resultado, com certeza.
“Mandá-los” para uma Instituição Particular (que, na opinião de alguns docentes,são Instituições para “betinhos” e que os professores que lá trabalham têm que suportar tudo porque para isso são pagos), de na resultará também.
Esse tipo de aluno, e volto a referir, tem que ser acompanhado por outro(s) técnico(s).
Lutemos sim, para que as escolas sejam dotadas de bons e competentes Técnicos da Educação e não continuarmos a “empurrar os maus alunos” de escola em escola. Não podemos (ou não devemos) continuar a dizer que os alunos “infernizam”, “andor”…
Julho 10, 2009 at 10:32 am
33#
Compete a todo e qualquer cidadão, denunciar junto às Entidades competentes tais situações. Mandar “bocas por mandar, de nada nos serve.
Também tenho conhecimento de situações dessas só que, sempre que tenho provas suficientes, esses tais subsídios são-lhes retirados.
Não basta reclamar, temos que agir!
Mas a ajudar “essa fartura” também tivemos os nos (salsa seja) (des)governantes com a entrega do maravilhoso Magalhães.
Julho 10, 2009 at 11:36 am
#35,
denunciar? seria importante, realmente. Assim como poderia pedir factura à minha esteticista, ao cabeleireiro e ao picheleiro.
Mas a SS/MF/DGCI não podem eles fazer bem o seu trabalho? Então agora vamos passar a Inspectores da SS?
Se eles quiserem ir às escolas perguntar quem está indevidamente subsidiado, façam favor.
Aposto que iam cumprir os Objectivos que devem ter para um ano em 3 dias.
Julho 10, 2009 at 12:02 pm
Marta, quando afirma no seu primeiro parágrafo (33)
“A expulsão de um aluno em nada resulta só pelo facto do mesmo ter sido expulso de uma escola pois, se não houver um acompanhamento ele cometerá os mesmo erros ou talvez, fará ainda pior.”
…aclaremos uma coisa: da expulsão de um aluno perturbador de uma sala de aula ou de uma escola RESULTA DE CERTEZA algo de bom que é a tranquilidade para as dezenas de outros alunos e para o(s) professor(es) que querem trabalhar. Essa ideia muito difundida de que a expulsão de um aluno não acarreta benefícios, é falaciosa e revela uma preocupação exclusiva com UM mal comportado, e o desprezo por DEZENAS de vítimas desse mau comportamento.
Estou de acordo consigo que seriam necessários técnicos especializados para tratarem desses casos.
Julho 10, 2009 at 12:12 pm
Temos de pensar mais em proteger os bons alunos, aqueles que querem realmente aprender e são constantemente prejudicados.
Julho 10, 2009 at 1:16 pm
elitistas…
Julho 10, 2009 at 1:16 pm
#29, h5, essa ideia “o cliente tem sempre razão” fica engraçada qdo aplicada a uma população que, não só não paga, como usufrui de almoço, livros e senha de passe. 🙂
Julho 10, 2009 at 2:29 pm
#40
reb, enquanto os filhos estão na escola com o almoço, passe e livros, pagos por nós, os pais andam de café em café a gastar o rendimento mínimo (nem me dou ao trabalho de escrever o outro nome que agora lhe dão).
E ainda nos gozam…………….. que é como quem diz: nós temos tudo de graça e nem sequer precisamos de trabalhar.
Julho 10, 2009 at 3:24 pm
#36
Eu comecei por dizer:”todo e qualquer cidadão”, não disse que teria que ser o prefessor.
Se não pede factura/recibo daquilo que gasta, voluntária ou involuntariamnete está a contribuir para que cada vez mais haja “fugas ao fisco”. Acredite ou não, eu peço recibo de tudo o que compro bem como de serviços de que necessito tais como: oficina, um canalizador, um electricista, etc…
Sei que gasto mais mas, sei também que não contribuo para as tais fugas.
#37
Um aluno “pertubador” deve ser acompanhado permanentemente. Não temos Técnicos para isso? Pois não. Reclamemos, mais ainda,do que aquilo que temos reclamado!
Se um aluno é pertubador, claro que não tem o direito de pertubar os seus colegas e de impedir um professor de trabalhar “normalmente.
Pergunto: será que sendo expulso de escola em escola esse mesmo aluno alguma vez terá a consciência de que é um “pertubador” sem cura?
38#
Entendo que não devemos proteger SÓ os bons alunos. Os “outros” talvez precisem de muito mais protecção, protecção essa que terá que ser a outros níveis.
Julho 10, 2009 at 3:59 pm
“Os “outros” talvez precisem de muito mais protecção, protecção essa que terá que ser a outros níveis.”
Absolutamente de acordo. talvez haja um conjunto de alunos então no país que precise menos de aulas e mais de reabilitação social.
Agora chsipar-lhes com a carga horária normal ( que já de si os põe a todos tensos, quanto mais a estes) e ainda preencher-lhes as poucas horas que restam com a intervenção, não dará de certeza bom resultado.
A menos que…a autonomia seja efectiva para tratar destes casos. E que a tão propalada ligação às forças vivas da sociedade n seja verbo de encher. O aluno, em determinado momento, precisa mais de um psiquiatra ou de um psicólogo do que da aula de história? Precisa disso semanalmente durante 6 meses?
Vai à consulta ao hopital ou ao centro de saúde.
Que vá, que vá tratar-se.
Mas tem realmente que ser feita alguma coisa para que não ponha os outros todos doidos, enquanto ele não se controla social e emocionalmente.
Julho 10, 2009 at 7:03 pm
é nisto que o bloco me desilude.. em respeito à educação o cds é sem dúvida o que mais vezes acerta só é pena não ter votos.Na educação políticas de esquerda não funcionam por isso estamos como estamos. É necessário mais conservadorismo disciplina obediência e penalização para os prevaricadores: pais, professores e alunos!!
Julho 11, 2009 at 10:08 am
Lembro-me de , em tempos, ter lido um filósofo francês ( quem? já não sei..) que dizia que o único erro do Maio68 tinha sido destruir a escola francesa…
Julho 11, 2009 at 11:39 am
A responsabilização dos pais é, deve ser assumida directamente. As associações de pais/ee são agremiações por quotas, representando, portanto, quem nelas está associado.
Esta é uma questão complexa que requer a reflexão de todos os interessados, envolvidos num discussão séria e esclarecedora, sem preconceitos ou submissão a modas passageiras. Há efectivamente, um problema e a sociedade tem de o encararar e dar-lhe a solução ajustada Não deve ser remetido só para o Parlamento, mas discutido amplamente, começando desde logo pelas “comunidades” escolares e esducativas.
Para mim uma coisa é certa. Não é sob a predominância da CONFAP ou de que confederação for que esta questão deve ser encarada pelas famílias. Estas organizações fazem parte da discussão, porém, não são guias para a acção. É a partir da consciência informada e esclarecida, e não instrumentalizada, de cada um dos portugueses que deve ser construída a solução.